Prévia do material em texto
11 UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA CIÊNCIAS ECONÔMICAS nome do(s) autor(es) em ordem alfabética - RA DESAFIOS ECONÔMICOS PARA 2022 CIDADE 2022 nome do(s) autor(es) em ordem alfabética - RA DESAFIOS ECONÔMICOS PARA 2022 Trabalho apresentado à Universidade ANHANGUERA, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas norteadoras do semestre letivo. Tutor (a): XXXXXXXXX CIDADE 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 2 DESENVOLVIMENTO 4 2.1 PASSO 1 4 2.2 PASSO 2 4 2.3 PASSO 3 5 2.4 PASSO 4 5 3 CONCLUSÃO 10 REFERÊNCIAS 11 INTRODUÇÃO Inúmero são os desafios econômicos para 2022, principalmente considerando a pandemia de COVID-19 que, há dois anos, assola todo o mundo, em diversas esferas. Mesmo com as incertezas trazidas pela pandemia, no último ano, a economia mundial iniciou um processo de recuperação e os as pesquisas mostram que esse crescimento econômico será mantido em 2022, ainda que repleto de desafios (DA SILVA & DA SILVA, 2020). Entretanto, as perspectivas futuras nacionais ainda são rodeadas pela insegurança, visto que a inflação segue reduzindo o poder de compra dos sujeitos e as taxas de desemprego ainda são bastante expressivas, gerando instabilidade e fragilizado no mercado de trabalho. Além disso, o atual cenário econômico segue com juros em alta e com o surgimento da variante Ômicron, que aumenta o receio de um novo colapso mundial. Vale ressaltar que os riscos fiscais brasileiros e a incerteza política no ano eleitoral impactam fortemente a política monetária do Brasil, visto que os anos eleitorais promovem uma volatilidade econômica já esperada (DE OLIVEIRA et al., 2020). Mesmo que com alguns entraves, alguns setores econômicos, comércio e serviços encontram-se em crescimento. Porém, o setor industrial tem vivenciado um momento delicado, com produção em declínio em virtude da escassez de suprimentos, que impacta diretamente nos atrasos das entregas e queda dos estoques. O elevado custo das matérias-primas de produção, aumento da energia elétrica, inflação em alta, risco fiscal e elevada taxa de juros são os principais fatores que podem vir a prejudicar o crescimento econômico no ano de 2022. Partindo dessa perspectiva, o presente trabalho proporcionou a compreensão dos principais aspectos envolvidos com a alta da inflação e das taxas de juros, passando pela revisão do contexto histórico que marcou o desenvolvimento do pensamento econômico, pela importância da criticidade na utilização de modelos matemáticos nas ciências econômicas, além de proporcionais reflexôes acerca da intervenção estatal na economia. DESENVOLVIMENTO PASSO 1 O aumento da inflação somado ao aumento da taxa básica de juros (Selic) impacta fortemente a política monetária nacional e, consequentemente, as variáveis macroeconômicas, com redução do crescimento econômico. Partindo disso, as variáveis macroeconômicas sofrem os seguintes impactos: · Quantidade de moeda (M): aumenta, pois, a demanda da moeda aumenta; · Juros de mercado (i): aumentam, e são muito influenciados pelo movimento do mercado internacional; · Investimentos produtivos (I): diminuem, visto que o aumento da Selic causa o aumento dos preços dos financiamentos de um modo geral, das taxas de cartão, empréstimos bancários e outras modalidades de crédito; · Consumo (C): diminui, visto que juros altos o desestimulam, além encarecerem o crédito; · Produto (Y): diminui, visto que consumo e investimentos também estão reduzidos; · Inflação (π): diminui, pois o aumento das taxas de juros são uma estratégia para tentar conter a inflação; · Taxa de câmbio (e): diminui, pois, a inflação tende a diminuir e a moeda nacional tende a ser valorizada. Vale ressaltar que trata-se de uma relação esperada, não há certeza nos resultados. PASSO 2 Para contrapor as principais ideias do liberalismo econômico, surge o Keynesianismo, de John Maynard Keynes, que rompeu com o laissez faire, laissez passer liberalista e propôs que o Estado deveria interferir na economia, na sociedade e nos demais aspectos que sejam necessários. O estado intervencionista foi amplamente adotado depois da Segunda Grande Guerra Mundial, pois essa intervenção foi essencial para a reestruturação dos países no pós-guerra. Além da intervenção estatal, o Keynesianismo era caracterizado por: forte oposição ao liberalismo econômico, redução das taxas de juros, garantia de empregos, equilibração da oferta e da demanda e e oferecimento de benefícios sociais para a população de baixa renda (KREGEL, 1998). PASSO 3 Diversos conceitos em economia utilizam as funções matemáticas para expressar suas relações. A função receita é um exemplo disso e é expressa através da função R(x) = px, na qual o x corresponde ao número de mercadorias vendidas e p corresponde ao preço de mercado. Essa função é utilizada para conhecer o faturamento bruto de determinada entidade. Desse modo, o número de mercadorias vendidas é a variável independente e o preço do mercado é a variável dependente (GOLDSTEIN et al., 2016). A economia matemática é a vertente que utiliza a matemática na elaboração de modelos econômicos com o objetivo principal de contribuir para a construção de teorias econômicas rigorosas. Os modelos matemáticos em economia são elaborados a partir da necessidade de um diálogo entre o universo socioeconômico e as ciências de dados, proporcionando maior compreensão da realidade com rigor científico. Porém, ainda que contribuam bastante com a compreensão da realidade dos dados , os modelos matemáticos precisam ser usados de maneira crítica, pois a economia é uma ciência social e, dentro dessa perspectiva, os modelos consistem em aproximações que buscam contribuir com a compreensão do funcionamento real dos fenômenos, auxiliando, sobretudo no controle e na previsão dos eventos. Portanto, os modelos matemáticos devem ser utilizados considerando o risco e a incerteza acerta das inferências que proporcionam. PASSO 4 A intervenção do Estado na economia gera importantes e acaloradas discussões acerca dos benefícios e prejuízos que circundam essa prática. Existem adeptos do neoliberalismo, que rejeitam qualquer interferência do Estado por acreditarem que consiste em um modo de cerceamento da liberdade; existem posições liberais que concordam com a intervenção estatal em momentos pontuais de crise econômica; e também existem aqueles que defendem e acreditam na abordagem mais intervencionista, que vêem o Estado como um grande impulsionador do desenvolvimento socioeconômico. Muitos governos ao redor do mundo optam pela conciliação dessas vertentes a depender da situação emergente, ainda que sejam movimentos antagônicos (MARTINS et al., 2011). Para adentrar essa discussão, é importante ressaltar eventos que são extremamente importantes para a construção de um pensamento crítica sobre essa pauta. A pandemia de COVID-19, por exemplo, demonstrou a importância da intervenção estatal. Além disso, na história dos pós-guerra, é comum que os países recorram ao Estado para atuar incisivamente no processo de reconstrução de suas respectivas economias. Em situações como essas, o Estado precisou adotar medidas capazes de minimizar a pobreza da população, injetando recursos para que essas pessoas possam sobreviver, além de ampliar os investimentos e as capacidades de instituições que promovem cuidado e acolhimento, como os hospitais. Além disso, a fim de evitar o colapso de empresas, o Estado ampliou seus investimentos também no setor privado. Todos esses investimentos são provenientes da arrecadação de tributos e acabam reforçando as justificativas positivas acerca da intervenção do Estado na economia. Outro aspecto que é importante ressaltar trata da desigualdade social e sua relação com o crescimento econômico. Os adeptos do neoliberalismo acreditam que as desigualdades constituem um fator motivador, capaz de estimular os sujeitos a buscarem melhorias nas suascondições de vida através da superação das suas limitações. Entretanto, diversos estudos mostram que se trata de uma visão equivocada acerca da desigualdade social (CINGANO, 2014; KRUEGER, 2012). A desigualdade impoõe obstáculos ao desenvolvimento dos indíviduos, impedindo a mobilidade social dos mais pobres, ou seja, os pobres possuem oportunidades muito restritas de ascender socialmente. Além disso, em locais onde a desigualdade social é mais evidente e, consequentemente, a concentração de renda é maior nas mãos dos mais ricos, a mobilidade social encontra-se comprometida. Por tudo o que foi exposto aqui, somado a importante atuação do Estado na pandemia de COVID 19, o cenário econômico de 2022 parece sinalizar intervenção estatal ainda mais forte na recuperação da economia após dois anos de pandemia e consequente abalo econômico vivenciado por todo o mundo. 2.5 PASSO 5 Em cenários de incertezas ter ferramentas para tentar prever o comportamento futuro é de suma importância. Diante disso; com base nos dados e diante do contexto apresentado na SGA, realiza-se cálculos para determinar o consumo de um determinado grupo de pessoas. Os dados contidos na tabela 1, corresponde ao grupo de pessoas C: (Y) e a renda deste grupo de pessoas R: (X), apresentando a regressão linear. Tabela 1 – Consumo e renda das famílias Amostra Consumo C: (Y) Renda R: (x) 1 65 80 2 120 150 3 210 298 4 260 320 5 380 420 6 450 600 7 510 850 8 555 750 9 615 980 10 660 780 Fonte: adaptado pela autora. Bertolo (2012) explica que; “o erro padrão da estimativa ajuda-nos calibrar o "ajuste" da linha de regressão; isto é, quão bem temos descrito a variação na variável dependente. Quanto menor o erro padrão, melhor o ajuste.” RESUMO DOS RESULTADOS Estatística de regressão R múltiplo 0,947162 R-Quadrado 0,897116 R-quadrado ajustado 0,882418 Erro padrão 64,61975 Observações 9 ANOVA gl SQ MQ F F de significação Regressão 1 254875,5675 254875,5675 61,03762228 0,000106005 Resíduo 7 29229,98809 4175,712584 Total 8 284105,5556 Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P Interseção 62,11720695 50,36237946 1,233404927 0,257230961 80 0,621784215 0,079586772 7,812657824 0,000106005 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0% -56,97089689 181,2053 -56,9709 181,2053 0,433591404 0,809977 0,433591 0,809977 RESULTADOS DE PROBABILIDADE Percentil 65 5,555555556 120 16,66666667 210 27,77777778 260 38,88888889 380 50 450 61,11111111 510 72,22222222 555 83,33333333 615 94,44444444 660 Segundo Petenate (2017), a regressão linear é responsável por avaliar a relação linear entre duas variáveis, sendo uma resposta e um preditor. Quando é realizada a comparação das duas variáveis, é possível prever um valor de resposta com uma precisão maior que o simples acaso. Na regressão linear simples, a relação entre duas variáveis pode ser representada por uma linha reta, criando uma relação direta de causa e efeito. Gráfico 1. Probabilidade de Consumo Fonte: elaborado pela autor. (2022) Através do modelo de regressão, fica evidenciado que à medida que aumenta-se a Renda R: (x) do grupo de pessoas; em consequência ocorre um uma maior probabilidade de Consumo C: (y). O elemento gráfico ajuda na análise de tendências, e demonstra que existe uma tendência de alta no consumo nos períodos analisados, e comprova que as variáveis tem relação. CONCLUSÃO Esse trabalho, através do levantamento bibliográfico realizado e leituras sobre a economia da atualidade, proporcionou aprendizado importante e imprescindível para a formação profissional dos futuros economistas. O desenvolvimento dessa atividade permitiu ainda o desenvolvimento do olhar crítico dos alunos acerca de importantes debates, como a necessidade de intervenção estatal. Portanto, constatou-se que o cenário econômico para o ano de 2022 é desafior e repleto de inseguranças e incertezas, necessitando de ações e estratégias bem pensadas para reduzir inflação, atuar na geração de empregos e aumentar o poder de compra dos sujeitos, aspectos importantes para um funcionamento econômico saudável. REFERÊNCIAS BERTOLO, L.A. Correlação e Regressão. 2012. Disponível em:< http://www.bertolo.pro.br/AdminFin/AnalInvest/NotasSobreRegressao.pdf> Acesso em 09 mar. 2021 CINGANO, Federico. Trends in income inequality and its impact on economic growth. 2014. DA SILVA, Mygre Lopes; DA SILVA, Rodrigo Abbade. Economia brasileira pré, durante e pós-pandemia do covid-19: impactos e reflexões. Observatório Socieconômico da COVID-FAPERGS, 2020. DE OLIVEIRA, Ana Luíza Matos et al. Economia pós-pandemia: desmontando os mitos da austeridade fiscal e construindo um novo paradigma econômico. Autonomia Literária, 2020. GOLDSTEIN, Larry J. et al. Matemática aplicada: economia, administração e contabilidade. Bookman Editora, 2016. KREGEL, Jean A. Aspects of a Post Keynesian theory of finance. Journal of Post Keynesian Economics, v. 21, n. 1, p. 111-133, 1998. KRUEGER, Alan B. The rise and consequences of inequality in the United States. Speech at the Center for American Progress, v. 12, p. 3, 2012. MARTINS, José Celso et al. Da intervenção do estado na economia. Revista do Curso de Direito, v. 8, n. 8, p. 9-30, 2011. PETENATE, M. Regressão linear e múltipla: entenda as diferenças! 2017. Disponível:<https://www.escolaedti.com.br/regressao-linear-e-multipla-entenda-as-diferencas.> Acesso em 09 mar. 2022. Probabilidade consumo Grupo de pessoas 5.5555555555555554 16.666666666666664 27.777777777777779 38.888888888888886 50 61.111111111111114 72.222222222222214 83.333333333333329 94.444444444444443 120 210 260 380 450 510 555 615 660 Percentil da amostra