AD1_ TurismoHistóricoCultural_MAC_ 19116100033

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Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
Licenciatura em Turismo
Disciplina: Turismo Histórico Cultural
Profª Simone Feigelson Deutsch
Mediador à distância – José Carlos Meireles da Silva Data – 7 de setembro de 2021.
Nome: Ana Carolina Lapa da Costa
Polo: Macaé
Matrícula: 19116100033
AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA 1 – (AD1)
Cada vez mais, o Turismo Histórico Cultural tem recebido a atenção dos estudiosos, despertando o interesse dos turistas e incrementando a dinâmica que envolve este segmento turístico. A partir da leitura das aulas 1 e 2 do nosso curso, escolha UMA das situações abaixo para desenvolver a sua AD1.
1ª Situação
No cenário da pandemia de COVID-19, você é um(a) professor(a) que de forma remota participará junto com seus alunos da atividade promovida na escola que você trabalha intitulada Debatendo o Turismo. Para tanto, vocês deverão apresentar uma proposta visando incrementar o Turismo Cultural num dos bairros da cidade na qual você reside (cidade do estado do Rio de Janeiro). (*). Dessa forma:
a) Apresente a sua definição para Turismo Histórico Cultural. (máximo de dois parágrafos)
b) Caracterize um bairro de uma cidade do estado do Rio de Janeiro a partir dois atrativos turísticos que valorizem a história e a cultura local. (máximo de três parágrafos)
c) Por que é importante estudar o Turismo Histórico Cultural para a formação dos alunos na Licenciatura em Turismo? Justifique sua resposta. (máximo de dois parágrafos).
a) Entendo turismo histórico cultural como uma modalidade do fenomeno turístico que nos possibilita a imersão e consequentemente o resgate da nossa história. Socialmente falando somos um povo com pouco conhecimento sobre o seu passado e essa falta de conhecimento, que acredito ser intencional, desencadeia uma série de problemas como o não reconhecimento identitário e o a manutenção do racismo estrutural, que até os dias de hoje exclui negros, indigenas e reforça a não reparação histórica que deve ser feita. Por em pauta e debater esse tema é abrir espaço para um futuro diferente. 
Ao estamos em contato direto com fragamentos de nossa ancestralidade conseguiremos entender a riqueza da nossa origem e toda a diversidade que hábita em nós, além de ter ciência de todo o processo doloroso do genocidio das minorias, que ainda ocorre, e todas as consequências da escravidão. Voltar uns passos atrás e imergir em um contexto histórico, mesmo que apenas por algumas horas, certamente faria com que sejamos um povo com consciência de raça, gênero e classe.
b) 	Escolhi o bairro quilombola da Rasa, em Armação dos Búzios, cidade do litoral do Rio, onde resido. O bairro foi um local de desembarque de pessoas pretas escravizadas durante período em que essa era uma prática legitimada por lei e funcionou como um lugar de refúgio e proteção para os que conseguiam de alguma forma escapar do genocídio. Aí existem dois pontos turísticos ainda pouco explorados e que são de absoluta riqueza: a Ponta do Pai Vitório e o Mangue de Pedra. 
A Ponta do Pai Vitório era uma referência de desembarque de pessoas pretas e a partir desse ponto os escravizados eram levados a seus destinos. Conhecer esse lugar vai muito além da vista exuberante e de toda a tranquilidade que o mar nos transmite, o ponto turístico mencionado é um local de passagem e sobre tudo de força e resistência ancestral.
Foto: Prensa de Babel
O Mangue de Pedra é um ecossistema excepcional e totalmente incomum. Existem apenas três como esse em todo o mundo, trata-se de uma vegetação raramente encontrada em uma praia e que ainda está sob estudo para que se identifique de fato o que permite sua existência em um ambiente sem os recursos para sustentá-lo. O Mangue é um local que também faz parte da história, pois serviu e serve como espaço de descanso para escravizados que fugiam e sustento para muitas famílias que dependem da pesca. 
Foto: Prensa de Babel
c) O Turismo Histórico Cultural não é apenas mais uma forma rentável de se fazer dinheiro com recursos naturais, é também e, sobretudo uma maneira de preservar a nossa memória e recuperar nossos patrimônios imateriais a través de uma atividade de pode aliar conhecimento e prazer, pois enquanto futuros turismólogos devem estar atentos ao equilíbrio que deve estar presente no exercício de nossa profissão. 
Bibliografia de pesquisa: 
Prensa de Babel, Búzios, 1850: A Lenda do Pai Vitório e a Origem da Rasa.
https://prensadebabel.com.br/buzios-1850-a-lenda-do-pai-vitorio-e-a-origem-da-rasa/ 
 	Acesso em 09/09/2021.
Prefeitura de Búzios, Mangue de Pedra, um ecossistema único em Búzios. 
https://buzios.rj.gov.br/mangue-de-pedra-um-ecossistema-unico-em-buzios/
		Acesso em 09/09/2021.