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REDES INDUSTRIAIS AULA 4 Prof. Juliano de Mello Pedroso 2 CONVERSA INICIAL Quando o assunto é automação industrial, pode-se lembrar da pirâmide da automação industrial. Nessa pirâmide, vista em aulas anteriores, temos vários níveis hierárquicos que atuam de modos diferentes e com focos distintos. Precisamos entender que existem vários tipos diferentes de redes industrias para todos os níveis dessa pirâmide. Quando conhecemos o que acontece em cada nível, conhecemos também quais são as características da rede que precisamos para cada nível. Com esse foco nesta aula serão tratados os seguintes assuntos: Profibus DP e PA, Profibus FMS, DeviceNet, Ethernet industrial e normas e recomendações de redes industriais. TEMA 1 – PROFIBUS DP E PA O protocolo Profibus faz parte de uma série do tipo fieldbus aberto e independente de fabricantes e que permite a interconexão de dispositivos de fabricantes variados em uma mesma rede. Essas características são conhecidas como interoperabilidade e intercambiabilidade. A primeira significa que, em uma rede industrial Profibus, podem estar interconectados dispositivos de fabricantes variados e que todos eles conseguirão se comunicar, porque esse protocolo é padronizado. Já a segunda significa que, se, por exemplo, um transmissor de pressão ou um medidor de temperatura precisar de manutenção, pode-se optar por um mesmo dispositivo de outro fabricante que ele será capaz de desempenhar a mesma função. O Profibus é um protocolo multimestre que pode operar conjuntamente com dispositivos ou controladores e supervisores de rede. Os equipamentos chamados de mestre têm a função de iniciar a comunicação no barramento. Tal comunicação é feita somente quando o mestre tem o direito de acessar o barramento (token), que é um mecanismo utilizado quando se quer que não haja colisões em sua rede. Os equipamentos chamados de escravos só podem transmitir quando forem solicitados por um mestre, ou seja, são dispositivos periféricos. Exemplos de tais equipamentos são: válvulas, transmissores, sensores, atuadores, entre outros. Conforme o fabricante de dispositivos SMAR, o Profibus tem como meios físicos: RS-485 para uso geral, inclusive em sistemas de automação da 3 manufatura. O Profibus DP utiliza esse padrão de acesso ao meio físico. O IEC 61158-2 é utilizado para aplicações em sistemas de automação e controle de processo. O Profibus PA utiliza esse padrão de acesso ao meio físico. E também pode ser utilizada fibra ótica para sistemas que precisam de grande imunidade à interferência e grandes distâncias. 1.1 Profibus DP Conforme a PI Brasil, o Profibus DP (Decentralized Peripherals) é a solução de alta velocidade do Profibus. Esse tipo de protocolo atua no chão de fábrica e foi desenvolvido para comunicações entre os sistemas de automação e dispositivos descentralizados. O Profibus DP é preparado para transmissões entre os sistemas de automações e equipamentos descentralizados. Esse tipo de rede tem o papel de substituir os sistemas convencionais de comunicação de 4 a 20mA, HART ou em transmissão com 24V. Pode ser usado como meio físico RS-485 ou fibra ótica. Esse protocolo tem três versões atualmente: DP – V0 (1993) DP – V1 (1997) DP – V2 (2002) As principais mudanças estão resumidas na Figura 1. Figura 1 - Versões do Profibus DP Fonte: O que... [s.d.]. 4 Na Figura 2 temos um sistema Profibus DP, que é monitorado por um computador que usa o protocolo ethernet. Figura 2 – Exemplo de sistema Profibus DP Fonte: Profibus... [s.d.]. 1.2 Profibus PA Segundo o manual de descrição técnica da PI Brasil, o PROFIBUS-PA é a solução PROFIBUS que atende os requisitos da automação de processos, onde se tem a conexão de sistemas de automação e sistemas de controle de processo com equipamentos de campo, tais como: transmissores de pressão, temperatura, conversores, posicionadores, etc. Pode ser usada em substituição ao padrão 4 a 20 mA. (O que... [s.d.]). O manual diz que existem vantagens potenciais da utilização dessa tecnologia, onde resumidamente destacam-se as vantagens funcionais (transmissão de informações confiáveis, tratamento de status das variáveis, sistema de segurança em caso de falha, equipamentos com capacidades de autodiagnose, rangeabilidade dos equipamentos, alta resolução nas medições, integração com controle discreto em alta velocidade, aplicações em qualquer segmento, etc.). Além dos benefícios econômicos pertinentes às instalações (redução de até 40% em alguns casos em relação aos sistemas convencionais), custos de manutenção (redução de até 25% em alguns casos em relação aos sistemas convencionais), menor tempo de startup, oferece um aumento significativo em funcionalidade e segurança. Segundo o manual da descrição técnica o PROFIBUS-PA permite a medição e controle por uma linha a dois fios simples. Também permite alimentar os equipamentos de campo em áreas intrinsecamente seguras. O PROFIBUS-PA permite a manutenção e a conexão/desconexão de equipamentos até mesmo durante a operação sem interferir em outras estações em áreas potencialmente explosivas. O PROFIBUS-PA foi desenvolvido em cooperação com os usuários da Indústria de Controle e Processo (NAMUR), satisfazendo as exigências especiais dessa área de aplicação: • O perfil original da aplicação para a automação do processo e interoperabilidade dos equipamentos de campo dos diferentes fabricantes. • Adição e remoção de estações de barramentos mesmo em áreas intrinsecamente seguras sem influência para outras estações. 5 • Uma comunicação transparente através dos acopladores do segmento entre o barramento de automação do processo PROFIBUS- PA e do barramento de automação industrial PROFIBUS-DP. • Alimentação e transmissão de dados sobre o mesmo par de fios baseado na tecnologia IEC 61158-2. • Uso em áreas potencialmente explosivas com blindagem explosiva tipo “intrinsecamente segura” ou “sem segurança intrínseca”. (O que... [s.d.]). Na Figura 3 temos uma ligação entre dispositivos Profibus PA, DP e uma conexão com o protocolo ethernet. Figura 3 – Profibus DP e PA na mesma rede Fonte: Profibus... [s.d.]. TEMA 2 – PROFIBUS FMS A rede Profibus FMS (Fieldbus Message Specification) atua numa camada superior que a das Redes Profibus DP e PA. Esse protocolo foi planejado para se comunicar no nível de célula. Nesse nível temos a comunicação entre CLPs e computadores Industriais ou entre duas IHMs (interfaces homem-máquina). Entretanto esse protocolo está perdendo espaço para a ethernet industrial. Caracteriza-se pelo tempo de resposta rápido e por ser um sistema com grande diversidade de funções disponíveis. Alguns autores acham que esse é um protocolo pouco flexível e não apropriado para redes com comunicações mais amplas. Na Figura 4 temos um descritivo mostrando em qual nível o Profibus FMS atua. 6 Figura 4 – Profibus FMS Fonte: Mackay, 2014. Como o Profibus FMS foi primeiramente planejado para atuar no nível de célula e atualmente já foi quase substituído pelo padrão ethernet, outros padrões e ferramentas foram surgindo. O padrão ethernet também está descendo para níveis mais baixos na pirâmide da automação, por esse motivo criou-se também o Padrão PROFINET que fornece as funcionalidades necessárias para realizar essas funções via ethernet. Na Figura 5 temos um exemplo de uso do protocolo Profibus FMS 7 Figura 5 – Hierarquia dos sistemas de controle e uso do Profibus FMS Fonte: Arcanjo, 2016. Já na Figura 6, temos a substituição do Profibus FMS pelo PROFINET, atuando no mesmo nível por atuar em cima do protocolo ethernet. Muitos dispositivos que têm a disponibilidade para Profibus DP também têm disponibilidade com a interface PROFINET. Figura 6 – Substituiçãodo Profibus FMS pelo PROFINET Fonte: Arcanjo, 2016. 8 TEMA 3 – DEVICENET A rede industrial DeviceNet é uma rede de nível inferior na pirâmide da automação que autoriza dispositivos desde os mais simples como sensores e atuadores até os mais complexos como CLPs e computadores. É mais uma rede de protocolo aberto e bem difundida entre os fabricantes de dispositivos de rede. Uma organização independente chamada ODVA (Open Devicenet Vendor Association) atua na atualização, padronização e modos de difundir esse tipo de rede, que é baseada no CAN (Controller Area Network), o que implica que a rede DeviceNet utiliza os quadros de dados CAN. O protocolo CAN foi desenvolvido pela empresa Bosch nos anos 80, porém nessa data com o foco automobilístico. O protocolo CAN também é serial e descreve os serviços da camada 2 do modelo OSI. Tal camada define os tipos de frames, como são detectados os erros que porventura aconteçam, validação e arbitragem das mensagens. A rede DeviceNet é polivalente e tem sido utilizada em vários produtos disponibilizados por diversos fornecedores, desde atuadores inteligentes até mesmo IHMs (interfaces homem-máquina). Como é uma rede que suporta vários tipos de mensagens, trabalha de forma otimizada. A Figura 7 mostra a área de atuação do DeviceNet. Figura 7 – Faixa de aplicação de uma rede DeviceNet Fonte: Azevedo; Souza, 2017. 9 Como já foi visto, o DeviceNet tem muitas características usadas no Protocolo CAN, então a relação entre o DeviceNet e o Modelo OSI está demonstrada na Figura 8. Figura 8 – Rede Can e DeviceNet segundo o modelo Osi Fonte: Sistema... [s.d.]. A rede DeviceNet possui um barramento central onde se provem as drop lines, permitindo até 64 dispositivos nodais. Pode haver a retida e inserção de equipamentos sem desligar a alimentação da rede. Conforme o fabricante Smar tem uso de opto acopladores para permitir que dispositivos alimentados externamente possam compartilhar o cabo do barramento com os dispositivos alimentados pelo barramento, usa terminadores de 121 ohms em cada fim de linha, permite conexão de múltiplas fontes de alimentação e as conexões podem ser abertas ou seladas. Na figura 10 temos uma rede Devicenet exemplificando as drop lines. (Redes..., 2014). 10 Figura 10 – Aplicações da rede DeviceNet Fonte: Silva Jr., 2011. As topologias que podem ser usadas no DeviceNet são: Branch line (conforme Figura 11) Linha Árvore, conforme a figura 12 Obs: Não é usado a topologia estrela nem anel na rede Devicenet Figura 11 – DeviceNet em topologia Branch Line Fonte: Integra... (2010). 11 Figura 12 – DeviceNet em topologia Fonte: Integra... (2010). TEMA 4 – ETHERNET INDUSTRIAL As empresas que usam automação atualmente fazem uso de vários protocolos industriais, por exemplo, no nível mais baixo Asi e entre CLPs Profibus. A mudança dos Fieldbuses por ethernet industrial segue um modelo de se unificar a tecnologia que vá desde o chão de fábrica até o nível de supervisão e gestão. Quando a ethernet foi projetada, não tinha relação com a automatização na indústria, porém está sendo alterada com muito sucesso para atender aos pré-requisitos da comunicação de informações dentro do processo produtivo industrial. Esse tipo de padrão tecnológico é usado em mais de 90% das redes locais e é muito popular no mundo, e agora está sendo muito bem aceito no chão de fábrica. Esse padrão foi desenvolvido pela Xerox nos anos 70, com a ajuda da DEC (Digital Equipment Corporation) e a Intel. Em 1985 foi aceito como padrão 802.3 do IEEE. O padrão ethernet começou com velocidades de 3Mbps, mas hoje em dia passam de 10Gbps, o que traz uma série de possíveis aplicações dentro do ambiente industrial, pois normalmente as redes industriais têm velocidades baixas se comparadas com o padrão ethernet. Quanto ao meio físico, pode ser de três tipos: 12 Par trançado (com blindagem) Cabo coaxial Fibra ótica Conforme a fabricante de dispositivos HP (Hewlett Packard), atualmente está crescendo o interesse da indústria de que o padrão ethernet seja um tipo de rede que possa atuar no chão de fábrica, por isso o padrão IEEE 1451, que promove as características de como os atuadores e sensores podem ser ligados diretamente a uma rede de controle. O padrão IEEE 1451 também define sensores e atuadores com o uso do WI-FI (Protocolo de rede sem fio de rede local). Esse padrão também está relacionado com a internet das coisas. A ethernet entrando no mundo industrial traz todas as características dos protocolos TCP/IP utilizados na rede mundial de computadores. Essa proposta está revolucionando o chão de fábrica. Essa revolução traz todos os protocolos usados na internet (HTTP, SNMP, etc.) para todos os níveis da pirâmide da automação. Toda essa avalanche de conteúdos pode mudar sensivelmente o modo como são trocadas as informações no chão da fábrica. Mas então é só colocar os equipamentos que compro na loja de informática num processo produtivo e estarei economizando dinheiro? A resposta é não. Os equipamentos que são dessa tecnologia têm vários atributos que devem ser levados em conta antes de colocá-los no chão da fábrica. Na figura 13, temos um exemplo de um equipamento ethernet industrial, que é diferente do equipamento usado em redes locais comerciais. Figura 13 - Switch industrial Fonte: Scalance... [s.d]. 13 Primeiramente deve-se salientar que o equipamento irá trabalhar em ambientes hostis e severos, por exemplo, uma fundição ou uma metalúrgica, por esse motivo o hardware deve ser preparado para enfrentar esse ambiente. A temperatura de trabalho tem outras faixas de valores. Esse equipamento normalmente aguenta mais calor e mais frio também. Um exemplo dessa faixa é um equipamento industrial que aguenta de +80°C a -40°C. Com proteção mecânica especial, a caixa onde se acondiciona o equipamento é diferenciada, tem um nível superior de proteção, pois no ambiente fabril a chance de haver choques mecânicos é muito maior. Índice IPalto. É importante lembrar que o índice IP é o índice sobre poeira e água (sujeira e líquidos em geral) que possam cair no equipamento. Esse índice deve ser alto porque no ambiente chão de fábrica, a chance de cair poeira ou aspergir água também é muito maior. Agora um atributo extremamente importante é a imunidade a ruídos e interferências eletromagnéticas. Imagine uma empresa que recicla ferro e usa eletricidade no processo de fundição dos materiais. O ruído eletromagnético é muito grande. Nesse sentido, o equipamento de rede industrial tem que estar bem preparado. E finalmente arranjos com alta disponibilidade, ou seja, um processo industrial tem que ter maneiras de se prevenir em casos de problemas de comunicação, então a rede ethernet deve ter maneiras de prover redundância para situações assim. Por esses motivos anteriormente citados, o protocolo ethernet deve ser alterado e cada vez mais pesquisado para se tornar cada vez mais atrativo para o chão de fábrica. Todavia o cabeamento também sofre alterações por serem instalados em um ambiente agressivo. Algumas opções que se tem são: Tabela 1 – Tipos de cabos ethernet industrial Tipo de Cabo Velocidade da Rede Distância máxima sem repetidor Número máximo de elementos Par trançado Blindado 10BASE-T 10Mbps 100 metros 1024 Par trançado Blindado 100BASE-T 100Mbps 100 metros 1024 14 Par trançado Blindado 1000BASE-T 1000Mbps 100 metros 1024 Fibra óptica 10BASE-FL 10Mbps 2000 metros 1024 Fibra óptica 100BASE-FL 100Mbps 2000 metros 1024 Fonte: IEEE 802.3 (2018). A distância máxima pode aumentar se colocarmos repetidores em todas as tecnologias. As redes sem fio poderiam ser citadas, porémpela imunidade a ruído baixa, ainda tem suas restrições para serem usadas no núcleo das automações. Os conectores (conforme a Figura 14) também são diferenciados para ter proteção contra umidade, proteções mecânicas e poeira, enfim, todas situações corriqueiras no chão de fábrica. Figura 14 – conectores ethernet industrial Fonte: Conector... (2010). TEMA 5 – NORMAS E RECOMENDAÇÕES DE REDES INDUSTRIAIS Uma troca de informações em um ambiente fabril tem várias particularidades e necessidades que tornam os protocolos comerciais, usados em escritório ou até mesmo usados em residências, inadequados. Mas, para que fique otimizado, é necessário saber as características a que devemos nos ater quando devemos planejar uma estrutura de comunicação de dados industrial, por isso precisamos conhecer algumas boas práticas e as normas envolvidas nessa área. 15 5.1 Recomendações de redes industriais O ambiente fabril é severo por causa do uso dos equipamentos que causam interferência eletromagnética, alteram a temperatura do ambiente, provocam sujeira e ruído mecânico. Além disso, a troca de dados acontece na maioria das vezes entre dispositivos, ou seja, o usuário participa de forma externa inserindo parâmetros ou supervisionando. Nesse ambiente, os tempos de resposta e a segurança dos dados são fatores primordiais para várias situações, e a grande quantidade de dispositivos conectados à rede aumenta o valor da rede industrial severamente. Tarefas industriais na maioria das vezes precisam de sistema de controle e supervisão em tempo real. Um sistema de tempo real é um sistema para o qual é requisitada uma resposta a estímulos provenientes do ambiente dentro de intervalos de tempo impostos pelo próprio processo. No ambiente industrial, é de extrema importância usar protocolos que atendam a esses requisitos, principalmente os processos que requerem tempo real. O protocolo de acesso CSMA/CD não tem como prever se haverá colisão ou quantas colisões haverá, por isso tem problemas para ser implementado diretamente em aplicações fabris, mas para aplicações gerais em residências, por exemplo, é bem satisfatório. Para atingir esses requisitos no ambiente industrial, podem ser usados métodos de acesso ao meio determinísticos. Pode-se usar métodos com a coordenação centralizada, por exemplo, mestre/escravo, ou podem-se usar métodos com a coordenação distribuída como token bus, token ring ou até mesmo variantes determinísticas do CSMA. Quando temos aplicações industriais, um erro na comunicação de dados pode ser terrível e ter consequências danosas. Por isso temos que ter características de confiabilidade no protocolo industrial, por exemplo, um teste cíclico de redundância (CRC – Cyclical Redundance Check). Existem várias características que devemos levar em conta quando vamos implementar um protocolo de redes industriais. Na Figura 15, temos algumas dessas características. 16 Figura 15 – Comparação de necessidades Fonte: Evolução... (2015). A Figura 15 é derivada da pirâmide da automação. Por exemplo, em relação ao número de estações, analisemos que, no nível componente, temos um número grande: quanto mais sobe o nível, diminui o número de estações. Assim acontece com as outras características; algumas, porém, invertidas. 5.2 Normas O IEEE iniciou nos anos 80 a concepção de um projeto chamado 802, que determinou um conjunto de normas para os níveis físico e de enlace no modelo OSI. Nessa proposição, a camada de enlace é dividida em duas subcamadas: LLC – (Logical Link Control), camada responsável por fazer a interface com camada superiores; MAC – (Medium Access Control), subcamada responsável por fazer interface com a camada física. Essas definições foram aceitas pelos demais organismos de padronização. A norma resultante é hoje reconhecida internacionalmente sob a designação ISO/IEC 8802. Esse processo definiu uma norma com 12 pedaços, chamados por IEEE 802.1 ao 802.12. Exemplos dessas definições estão na figura 16. 17 Figura 16 – projeto 802 da IEEE Fonte: Evolução... (2015). A descrição das 12 partes está na Tabela 2 a seguir, compilados na IEEE: Parte 802 Especificidade 802.1 Aspectos gerais e gerenciamento de rede 802.2 Descrição da subcamada LLC da camada de enlace 802.3 Descrição da subcamada MAC e camada Física para redes com topologia em barramento e método de acesso ao meio baseado emCSMA/CD; 802.4 Descrição da subcamada MAC e camada Física para as redes com topologia em barramento e método de acesso ao meio baseado em token-passing (Token-Bus) 802.5 descrição da subcamada MAC e camada Física para asredes com topologia em anel e método de acesso ao meio baseado em"token- passing" (Token- Ring) 802.6 Descrição da subcamada MAC e camada Física para asredes metropolitanas com DQDB (Distributed Queue Dual Bus ou barramento dual com filas distribuídas) 802.7 Contém recomendações do IEEE para LANs usando Broadband. Na versão da ISO/IEC, define uma subcamada MAC com slotted ring e a camada física correspondente 802.8 Sistemas relacionados com fibra ótica 18 802.9 IS (Integrated Services) para integrar LANs com RDSI (Rede Digital de Serviços Integrados, ISDN em inglês) e FDDI (Fiber Distributed Data Intarface) 802.10 Aborda questões de segurança na interoperação de Redes (atualmente define o padrão SDE, Secure Data Exchange) 802.11 Padroniza LANs com MAC sem fio (wireless) e a camada física correspondente (transceivers de rádio) 802.12 Método de acesso com demanda priorizada (DPA, Demand Priority Access) e camada física correspondente Fonte: Evolução... (2015). FINALIZANDO As redes industriais não param de crescer. Até um tempo atrás eram isoladas dentro de pequenos processos. Essas redes eram, na maioria das vezes, constituídas de padrões fechados. Entretanto atualmente novas demandas agiram para que novas soluções de padrão aberto e com maior flexibilidade crescessem. Por isso devemos conhecer diversas soluções para implementá-las no chão de fábrica. Nesse sentido, foram estudas os seguintes padrões: Profibus DP e PA, Profibus FMS, DeviceNet, Ethernet industrial e Normas e recomendações de redes industriais. 19 REFERÊNCIAS ARCANJO, J. S. Protocolo de comunicacão Profibus para redes de automacão e sistemas de controle industriais. Projeto de Graduação (Departamento de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica) – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2016. AZEVEDO, A. P.; SOUZA, A. B. Comparativo entre redes de automação industrial e suas características. I Seminário de Automação Industrial e Sistemas Eletro-eletrônicos, INATEL, MG, Brasil, 2017. Disponível em: <https://brainly.com.br/tarefa/12276688>. Acesso em: 10 mar. 2018. CONECTOR selado aplica-se à ethernet industrial. NEI, ago. 2010. Disponível em: <http://www.nei.com.br/produto/2010-08-conector-selado-panduit-do-brasil- ltda?id=e7e2052a-5ba7-11e4-8697-0e94104de12e>. 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