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Infecções Sexualmente 
Transmissíveis (IST)
Parte I
Profª Raíza Trombini
A sexualidade é definida 
como uma questão 
essencial do ser humano, 
que contempla
Sexo
Identidades e papéis de gênero
Orientação sexual
Erotismo
Prazer
Intimidade
Reprodução
Sendo influenciada por uma relação de aspectos 
Biológicos
Psicológicos
Socioeconômicos
Políticos
Culturais
Legais
Históricos e Espirituais
Prevenção Combinada e sexo seguro
A percepção dos riscos de adquirir uma IST 
varia de pessoa para pessoa, e sofre mudanças 
ao longo da vida. 
O que é Prevenção Combinada? 
O termo “Prevenção Combinada” remete à 
conjugação de diferentes ações de prevenção
Às IST
Ao HIV 
Às hepatites virais e seus fatores associados
Assim, sua definição está relacionada à 
combinação das três intervenções:
A união dessas diferentes abordagens não 
encerra, contudo, todos os significados e 
possibilidades da Prevenção Combinada 
(BRASIL, 2017e). 
Biomédica
Comportamental
Estrutura
Aplicadas ao âmbito 
Individual e coletivo
Mandala da Prevenção Combinada
(VUNESP – 2019 – TJ-SP- Enfermeiro Judiciário) Face a uma realidade global de índices elevados
de infecções transmissíveis por via sexual (IST), torna-se fundamental que os profissionais de
saúde aproveitem todas as oportunidades para orientar sobre a importância de se pensar em
opção contraceptiva que proporcione uma dupla proteção exemplificada pelo uso combinado
a) da camisinha feminina e do anticoncepcional oral.
b) do diafragma e do dispositivo intrauterino.
c) do anticoncepcional injetável e do diafragma.
d) do gel espermicida e do anticoncepcional oral.
e) da camisinha masculina e da camisinha feminina.
O que é sexo seguro?
Usar preservativo; 
Imunizar para HAV, HBV e HPV; 
Conhecer o status sorológico para HIV da(s) parceria(s) sexual(is);
Testar regularmente para HIV e outras IST; 
Tratar todas as pessoas vivendo com HIV – PVHIV
(Tratamento como Prevenção e I=I1 );
Realizar exame preventivo de câncer de colo do útero
(colpocitologia oncótica);
Realizar Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), quando 
indicado; 
Conhecer e ter acesso à anticoncepção e concepção; 
Realizar Profilaxia Pós-Exposição (PEP), quando 
indicado. 
Oferta de preservativos 
O preservativo masculino ou feminino deve ser 
oferecido às pessoas sexualmente ativas
✓ Como um método eficaz para a redução do 
risco de transmissão do HIV e de outras IST, 
além de evitar gravidez.
Orientações para o uso de preservativos
Conservação e o uso correto e regular dos 
preservativos masculino e feminino
Devem fazer parte da abordagem realizada 
pelos(as) trabalhadores(as) da saúde. 
Esses insumos devem ser promovidos e 
disponibilizados como parte da rotina de 
atendimento. 
Adolescentes
Observa-se que os pais/responsáveis e a equipe 
de saúde, comumente, tendem
✓ A não abordar aspectos determinantes da
saúde sexual dos adolescentes, devido à
negação do desejo sexual do jovem e ao
incentivo ao prolongamento da infância
A abordagem ao adolescente deve respeitar sua 
autonomia, em conformidade com os princípios da 
confidencialidade e da privacidade, indispensáveis para 
estabelecer uma relação de confiança e respeito com os 
profissionais de saúde.
A temática da sexualidade deve 
estar presente nas ações de
. Informação
Comunicação
Educação em saúde 
Para adolescentes
Sífilis adquirida
Definição e etiologia da sífilis
A sífilis é uma infecção bacteriana sistêmica, crônica, 
curável e exclusiva do ser humano. Quando não tratada, 
evolui para estágios de gravidade variada, podendo 
acometer diversos órgãos e sistemas do corpo.Agente etiológico
Treponema pallidum
Transmissão da sífilis
A transmissibilidade da sífilis é maior nos estágios iniciais 
(sífilis primária e secundária), diminuindo gradualmente 
com o passar do tempo (sífilis latente recente/ tardia). 
Essa maior transmissibilidade explica-se pela riqueza de 
treponemas nas lesões, comuns na sífilis primária (cancro 
duro) e secundária (lesões muco-cutâneas). 
Classificação clínica da sífilis
A sífilis é dividida em estágios que orientam o 
tratamento e monitoramento:
Sífilis recente (primária, 
secundária e latente 
recente):
Até um ano de evolução
Sífilis tardia (latente 
tardia e terciária):
Mais de um ano de 
evolução
(IBADE – IAPEN-AC-ENFERMEIRO-2020) A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis
(IST) passa a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem
sinais e sintomas. A infecção causada pela bactéria Treponema pallidum é uma IST curável e
exclusiva do ser humano e pode apresentar várias manifestações clínicas e 4 estágios: primário,
secundário, latente e terciário, sendo que nos dois primeiros, a possibilidade de transmissão é
maior. Assinale qual alternativa corresponde à IST descrita acima:
a) herpes genital
b) HIV
c) HPV
d) Sífilis
e) gonorreia
Sífilis primária: o tempo de incubação é de dez a 90 dias (média de três
semanas). A primeira manifestação é caracterizada por
Sua duração pode variar muito, em geral de três a oito semanas, e seu 
desaparecimento independe de tratamento. Pode não ser notada ou não ser 
valorizada pelo paciente. Embora menos frequente, em alguns casos a lesão 
primária pode ser múltipla.
Uma úlcera rica em treponemas
Geralmente única e indolor
Com borda bem definida e regular
Base endurecida e fundo limpo
Que ocorre no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, 
vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais do 
tegumento), sendo denominada “cancro duro”. 
Sífilis secundária: ocorre em média entre seis semanas a seis meses após a
cicatrização do cancro
✓ Inicialmente, apresenta-se uma erupção macular eritematosa pouco visível
(roséola), principalmente no tronco e raiz dos membros. Nessa fase, são comuns
as placas mucosas, assim como lesões acinzentadas e pouco visíveis nas mucosas.
✓ A sintomatologia desaparece em algumas semanas, independentemente de
tratamento, trazendo a falsa impressão de cura.
Sífilis latente: período em que não se observa nenhum sinal ou sintoma
A maioria dos diagnósticos ocorre nesse estágio. 
A sífilis latente é dividida em
❑ Latente recente (até um ano de infecção) e
❑ Latente tardia (mais de um ano de infecção). 
Sífilis terciária: ocorre aproximadamente em 15% - 25% das infecções não tratadas,
após um período variável de latência, podendo surgir entre entre 1 e 40 anos depois
do início da infecção.
(MetroCapital Soluções -2019-Prefeitura de Nova Odessa – SP – Enfermeiro)Um determinado
paciente foi diagnosticado com sífilis primária (Fase I). Quando for avaliar esse paciente, o
profissional de enfermagem, deve prever os seguintes achados clínicos:
a) Irritabilidade e sonolência.
b) Úlceras genitais firmes e indolores.
c) Dor de garganta e gânglios inchados.
d) Fraqueza muscular e irritabilidade.
e) Alucinações e sonolência.
(COVEST-COPSET-2019-UFPE- Técnico de Enfermagem - Adaptada) A sífilis é uma infecção
bacteriana de caráter sistêmico, curável e exclusiva do ser humano. Quanto a essa infecção, assinale
a afirmativa correta.
a) A primeira manifestação da sífilis é caracterizada pela presença de manchas avermelhadas na pele
da palma da mão e da planta dos pés.
b) A transmissão é exclusivamente sexual, não ocorrendo por transfusão de sangue ou derivados.
c) Por tratar-se de infecção sexualmente transmissível, no Brasil, a sífilis não é doença de notificação
compulsória.
d) Quando não tratada, a sífilis pode evoluir para formas mais graves, costumando comprometer
especialmente o sistema nervoso e o cardiovascular.
e) O tratamento deve ser realizado por via intramuscular, realizado exclusivamente em ambientes
com suporte hospitalar.
Reação de Jarish-Herxheimer
A reação de Jarisch-Herxheimer é um evento que pode ocorrer 
durante as 24 horas após a primeira dose de penicilina, em 
especial nas fases primária ou secundária.Caracteriza-se por exacerbação das lesões cutâneas – com 
eritema, dor ou prurido, mal-estar geral, febre, cefaleia e artralgia, 
que regridem espontaneamente após 12 a 24 horas.
Pode ser controlada com o uso de analgésicos simples, 
conforme a necessidade, sem ser preciso descontinuar o 
tratamento. 
Gestantes que apresentam essa reação podem ter 
risco de trabalho de parto prematuro, pela liberação 
de prostaglandinas em altas doses. Entretanto, caso a 
gestante não seja tratada adequadamente para 
sífilis, o risco de abortamento ou morte fetal é maior 
que os riscos potenciais da reação
Monitoramento pós-tratamento de sífilis
A pessoa tratada com sucesso pode ser liberada de novas 
coletas após um ano de seguimento pós tratamento. 
O monitoramento é fundamental para:
Classificar a resposta ao tratamento
Identificar possível reinfecção e
Definir a conduta correta para cada caso. 
Resposta imunológica adequada; 
Critérios de retratamento: reativação e/ou reinfecção.
Resposta imunológica ao tratamento de sífilis 
Atualmente, para definição de resposta 
imunológica adequada, utiliza-se
O teste não treponêmico não reagente ou uma queda 
na titulação em duas diluições em até seis meses para 
sífilis recente e queda na titulação em duas diluições 
em até 12 meses para sífilis tardia.
Quanto mais precoce for o diagnóstico e o 
tratamento, mais rapidamente haverá Desaparecimento dos anticorpos 
circulantes e consequente negativação 
dos testes não treponêmicos, ou, ainda, 
sua estabilização em títulos baixos.
A persistência de resultados reagentes em 
testes não treponêmicos
É chamada de “cicatriz sorológica” (serofast) e 
não caracteriza falha terapêutica. 
Após o tratamento adequado e com queda prévia da titulação 
em pelo menos duas diluições, quando descartada nova 
exposição de risco durante o período analisado, 
Critérios de retratamento de sífilis: reativação ou reinfecção
Muitas vezes, é difícil distinguir entre reinfecção, reativação e cicatriz 
sorológica, sendo fundamental a avaliação da presença
✓ De sinais e sintomas clínicos novos
✓ Da epidemiologia (reexposição)
✓ Dos exames laboratoriais prévios, 
para facilitar a elucidação 
diagnóstica. 
✓ Do histórico de tratamento (duração, 
adesão e medicação utilizada) e 
São critérios de retratamento e 
necessitam de conduta ativa do 
profissional de saúde:
Ausência de redução da titulação em duas diluições no 
intervalo de seis meses (sífilis recente, primária e 
secundária) ou 12 meses (sífilis tardia) após o tratamento 
adequado (ex.: de 1:32 para >1:8; ou de 1:128 para >1:32);
Aumento da titulação em duas diluições ou mais (ex.: de 1:16 
para 1:64; ou de 1:4 para 1:16);
Persistência ou recorrência de sinais e sintomas clínicos. 
Neurossífilis
O envolvimento do sistema nervoso central 
(SNC) pode ocorrer
Durante qualquer estágio da sífilis e anormalidades 
laboratoriais do LCR são comuns em pessoas infectadas 
já nos estágios iniciais da doença (WORKOWSKI; 
BOLAN, 2015), pois o T. Pallidum invade precocemente 
o SNC dentro de horas a dias após a inoculação. 
Manifestações clínicas da neurossífilis
Envolvimento ocular (uveíte, paralisia de nervos cranianos)
Envolvimento auditivo
Paresia geral 
Deficiência cognitiva
Mudanças de comportamento
Demência 
Depressão
Mania
Psicose com alucinações visuais ou auditivas
Dificuldades de memória 
Confusão mental 
Meningite sifilítica 
Lesão meningovascular: acometimento 
isquêmico principalmente cápsula interna, 
artéria cerebral média, carótida, artéria basilar, 
artéria cerebral posterior, vasos cerebelares
Tabes dorsalis
Goma sifilítica 
Epilepsia 
Diagnóstico de neurossífilis
O diagnóstico é baseado em uma combinação 
de achados clínicos, alterações do LCR e ao 
resultado do VDRL no LCR.
Tratamento da neurossífilis
Todos os casos com VDRL reagente no LCR, independentemente da presença de sinais 
e sintomas neurológicos e/ou oculares
Casos que apresentem VDRL não reagente no LCR, com alterações bioquímicas no LCR
Presença de sinais e sintomas neurológicos e/ou oculares e/ou achados de imagem do 
SNC característicos da doença
Desde que os achados não possam ser explicados por outra doença
Tratamento Neurosífilis
Monitoramento pós-tratamento da neurossífilis
Indivíduos tratados para neurossífilis devem ser
Na persistência de alterações do LCR, recomenda-se
Submetidos à punção liquórica de controle 
após seis meses do término do tratamento. 
O retratamento e punções de controle em intervalos de seis meses, até a 
normalização da celularidade e VDRL não reagente. 
Sífilis: particularidades em populações especiais
Gestantes
✓ As gestantes devem ser testadas para sífilis na primeira consulta, no início do
terceiro trimestre e na internação para o parto, em caso de aborto/natimorto ou
história de exposição de risco/violência sexual
✓ O monitoramento sorológico deve ser mensal até o termo. Após o parto, o
seguimento é trimestral até o 12º mês de acompanhamento (3, 6, 9, 12 meses);
Sífilis e HIV
A prevalência de sífilis é maior entre as PVHIV 
que entre as pessoas negativas para o HIV. 
Úlceras genitais podem facilitar a transmissão 
sexual e perinatal do HIV. 
A quebra da integridade do epitélio mucoso 
ocasiona uma via de entrada para o vírus. 
Todas as PVHIV diagnosticadas com sífilis 
devem ser submetidas
✓A um exame neurológico minucioso. 
Em caso de sinais ou sintomas oculares e/ou 
neurológicos, a consulta com especialista não 
deve ser retardada e a punção lombar passa a 
ser uma imposição diagnóstica
O curso clínico da sífilis pode ser alterado pela coinfecção com HIV, com a 
ocorrência de manifestações atípicas ou mais agressivas. 
Sífilis: parcerias sexuais 
Um terço das parcerias sexuais de pessoas com 
sífilis recente desenvolverão sífilis dentro de 30 
dias da exposição. 
Portanto, além da avaliação clínica e do seguimento 
laboratorial, se houve exposição à pessoa com sífilis 
(até 90 dias), recomenda-se
✓oferta de tratamento presuntivo a esses 
parceiros sexuais (independentemente do 
estágio clínico ou sinais e sintomas), 
Com dose única de 
benzilpenicilina benzatina 2,4 
milhões UI, IM (1,2 milhão de 
UI em cada glúteo). 
Sífilis Congênita (SC)
Transmissão da espiroqueta presente na corrente
sanguínea da gestante infectada para o concepto
✓ via transplacentária
✓ contato direto com a lesão no momento do parto.
Pode ocorrer em qualquer fase gestacional ou estágio da doença 
materna e pode resultar em:
Aborto
Natimorto
Prematuridade ou um amplo 
espectro de manifestações clínicas; 
Apenas os casos muito graves são clinicamente 
aparentes ao nascimento.
Avaliação inicial da criança exposta ou com sífilis congênita 
❑ Histórico materno de sífilis quanto ao tratamento e seguimento na gestação;
❑ Sinais e sintomas clínicos da criança (na maioria das vezes ausentes ou
inespecíficos);
❑ Teste não treponêmico periférico da criança comparado com o da mãe. 
❑ Deve ser realizada na casa de parto/maternidade
Fluxo de notificação a partir da classificação do RN ao nascimento baseado 
apenas no histórico materno
Criança exposta à sífilis 
Toda criança exposta será necessariamente encaminhada para a Atenção Primária à Saúde 
Exame físico da criança exposta à sífilis
✓ O exame físico deve ser completamente normal
✓ O achado de qualquer sinal ou sintoma deve levar à investigação complementar, e 
a sífilis congênita será incluída no diagnóstico diferencial.
✓ Análise de exame laboratorial não treponêmico para exclusão da possibilidade de 
sífilis congênita
Testagem para sífilis na criança exposta à sífilis 
Todos os RN nascidos de mãe com diagnóstico de 
sífilis durante a gestação, independentemente do 
histórico de tratamento materno, deverão realizar 
teste não treponêmico periférico.
O sangue de cordão umbilical não deve ser utilizado
No teste não treponêmico, um título maior que o materno em pelo menos 
duas diluições (ex.: materno 1:4, RN maiorou igual a 1:16)
✓ É indicativo de infecção congênita. No entanto, a ausência desse achado não
exclui a possibilidade do diagnóstico de SC.
Todas as crianças com sífilis congênita devem ser submetidas a uma 
investigação completa, incluindo punção lombar para análise do 
líquor e radiografia de ossos longos.
Seguimento clínico-laboratorial da criança exposta à sífilis
É esperado que os testes não treponêmicos das crianças declinem
aos três meses de idade
A resposta pode ser mais lenta em crianças tratadas após um mês 
de idade. 
✓ Devendo ser não reagentes aos seis meses nos casos em que a
criança não tiver sido infectada ou que tenha sido
adequadamente tratada.
A falha no tratamento em prevenir a ocorrência de SC é indicada por:
❑ Persistência da titulação reagente do teste não treponêmico após seis
meses de idade; E/OU
❑ Aumento nos títulos não treponêmicos em duas diluições ao longo do
seguimento (ex.: 1:2 ao nascimento e 1:8 após).
Nesses dois casos, as crianças serão 
notificadas para sífilis congênita e 
submetidas à punção lombar para 
estudo do LCR com análise do 
VDRL, contagem celular e proteína, 
Devendo ser tratadas durante dez dias com 
penicilina parenteral (a escolha do tratamento 
dependerá da presença ou não de neurossífilis), 
mesmo quando houver histórico de tratamento 
prévio.
Sífilis Congênita
Sífilis congênita precoce pode surgir até o segundo ano de vida
Sífilis congênita tardia – sinais e sintomas após dois anos de idade da criança
Manifestações clínicas de sífilis congênita precoce
São os sinais mais frequentes:
Hepatomegalia
Icterícia
Corrimento nasal (rinite sifilítica)
Rash cutâneo
Linfadenopatia generalizada;
Anormalidades esqueléticas.
Atraso no desenvolvimento psicomotor
Manifestações clínicas de sífilis congênita tardia 
Seguimento clínico da criança com sífilis congênita
O seguimento pode ser feito na puericultura, conforme orientação da Saúde da
Criança (1ª semana de vida, 1º, 2º 4º, 6º, 9º, 12º e 18º mês), com retorno para
checagem de exames.
- Consulta oftalmológica
- Consulta audiológica
- Consulta neurológica
SEMESTRAIS POR 2 ANOS
S
Tratamento da criança com sífilis congênita 
Tratamento de sífilis congênita no período pós-natal 
Benzilpenicilina potássica (cristalina) 50.000 UI/kg, IV, de 4/4h a 6/6h, por 10 dias.
Crianças diagnosticadas com sífilis congênita após um mês de idade e aquelas com 
sífilis adquirida deverão ser tratadas com benzilpenicilina potássica/cristalina.
(Quadrix- 2019- Prefeitura de Itajaí – GO – Técnico de Enfermagem) No que se refere à sífilis
congênita (SC), assinale a alternativa correta.
a) O risco de transmissão vertical é maior, nas fases latentes ou terciárias da doença, em
gestantes portadoras de sífilis não tratada ou tratada inadequadamente.
b) A permanência de altos índices de SC é devido aos fatores relacionados às medidas de alto
custo, tecnicamente sofisticadas, de baixa eficácia e de difícil acesso à população.
c) A gestação com infecção treponêmica pode evoluir para óbito fetal, aborto espontâneo,
prematuridade e recém‐nascido sintomático e assintomático.
d) A confirmação diagnóstica da SC é feita a partir da coleta do sangue do cordão umbilical do
recém‐nascido durante o parto.
e) A SC apresenta apenas o estágio precoce quando as manifestações clínicas são diagnosticadas
até o primeiro trimestre de vida.
(IESES-2019-Técnico em Enfermagem) Sobre a sífilis, verifique as assertivas e selecione a opção correta.
I. A sífilis é uma infecção bacteriana sistêmica, crônica, curável e exclusiva do ser humano.
II. Quando não tratada, evolui para estágios de gravidade variada, podendo acometer diversos órgãos e sistemas do
corpo.
III. Trata-se de uma doença conhecida há séculos; seu agente etiológico, descoberto em 1905, é o Treponema
pallidum, subespécie pallidum.
IV. Sua transmissão se dá principalmente por contato sexual; contudo, pode ser transmitida verticalmente para o
feto durante a gestação de uma mulher com sífilis não tratada ou tratada de forma não adequada.
V. A maioria das pessoas com sífilis são assintomáticas; quando apresentam sinais e sintomas, muitas vezes não os
percebem ou valorizam, e podem, sem saber, transmitir a infecção às suas parcerias sexuais.
VI. O Brasil, assim como muitos países, apresenta uma reemergência da doença.
a) As assertivas I, II, III, IV, V e VI estão corretas.
b) Apenas as assertivas I e VI estão corretas.
c) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas.
d) Apenas as assertivas I, II, III e V estão corretas.
(Compreve-2019-UFRN-Técnico em Enfermagem) Considerando o contexto epidemiológico da
sífilis e da sífilis congênita no Brasil, o Ministério da Saúde orienta que o diagnóstico laboratorial
seja feito por técnicas variadas, dependentes da fase da infecção, assim como também o é o
tratamento da doença. Por isso, é importante acompanhar a evolução da cura por meio de:
a) exames não treponêmicos, pois estes tendem à negativação após o tratamento e, por isso, são
utilizados no seguimento pós-terapêutico.
b) exames treponêmicos, pois estes tendem à negativação após o tratamento e, por isso, são
utilizados no seguimento pós-terapêutico.
c) testes rápidos, pois são os mais indicados no seguimento pós-terapêutico.
d) exame físico do paciente, pois o desaparecimento dos sinais e sintomas é confirmatório.
(IF-ES-2019-Enfermeiro) Com relação à triagem das Infecções Sexualmente Transmissíveis na
gestação, analise as afirmativas abaixo e marque (V) para as VERDADEIRAS e (F) para as FALSAS:
( ) A pesquisa para o HIV deve ser feita na primeira consulta do pré-natal, idealmente no
primeiro e no terceiro trimestre da gestação. Porém, no caso de gestantes que não tiveram
acesso ao pré-natal, o diagnóstico pode ocorrer no momento do parto, na própria maternidade,
por meio do teste rápido para HIV.
( ) A pesquisa para sífilis deve ser feita na primeira consulta do pré-natal, idealmente no primeiro
trimestre da gravidez, no início do terceiro trimestre (28ª semana), no momento do parto
(independentemente de exames anteriores), e em caso de abortamento.
( ) A pesquisa de tricomoníase na gestação é recomendado considerando o risco de parto pré-
termo, e a redução dos efeitos adversos perinatais.
( ) No caso da Hepatite B não é recomendada a pesquisa do HbsAg de rotina no pré-natal,
devido ao baixo índice de detecção do agravo em gestantes e à ausência de imunoprofilaxia ou
intervenção medicamentosa que possam prevenir a transmissão vertical.
A sequência CORRETA é:
a) V – V – F – F
b) F – F – V – V
c) F – F – F – V
d) F – V – F – V
e) V – F – F – V
(IF-ES-2019-Enfermeiro) Percebe-se, atualmente, um grande número de casos de Sífilis. Nesse 
contexto, em relação a esta doença, marque a alternativa CORRETA:
a) É causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae.
b) A Sífilis latente é o período em que não se observa sinal ou sintoma clínico de Sífilis, porém, 
verifica-se reatividade nos testes imunológicos que detectam anticorpos.
c) Na Sífilis primária os sinais e sintomas surgem em média entre seis semanas e seis meses após 
a infecção e as lesões de pele não são pruriginosas.
d) Os testes rápidos para detectar Sífilis são práticos e de fácil execução, com leitura do resultado 
somente após 2 horas.
e) A penicilina é o medicamento de escolha para o tratamento da Sífilis. Seu esquema 
terapêutico é: Penicilina G benzatina 2,4 milhões UI, IM, semanal, por 3 meses.
(FUNDATEC-2019-Enfermeiro) A sífilis é uma doença sexualmente transmissível, tendo se 
tornado, nos últimos anos, uma epidemia no Brasil. Nesse sentido, analise as assertivas abaixo e 
assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) O período de incubação é de 10 a 90 dias, com média de 21 dias, a partir do contato sexual 
infectante.
( ) São exames para diagnóstico: teste treponêmico (VDRL e TRUST) e teste não treponêmico
(FTA-abs).
( ) Em gestantes, a sífilis pode ser transmitida para o feto (transmissão vertical), por via 
transplacentária, em qualquerfase da gestação: média de 100% na fase primária, 90% na fase 
secundária e 30% na fase latente.
( ) Doença de notificação compulsória regular (até 10 dias): todo caso confirmado de sífilis 
adquirida, gestacional ou congênita.
( ) Deverá ser realizada testagem para sífilis no 1º trimestre da gravidez ou na 1ª consulta, e no 
início do 3º trimestre.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) V – V – F – V – F.
b) F – V – F – F – V.
c) V – V – V – V – F.
d) F – F – V – V – V.
e) V – F – V – F – V.
(AOCP – 2018 – Enfermeiro) Lactente de cinco meses chega ao pronto-socorro
para tratamento hospitalar com: hepatomegalia, pênfigo palmoplantar,
osteocondrite, icterícia, e linfadenopatia generalizada. A mãe relata que não teve
acompanhamento na gestação. Esse lactente possivelmente será internado para
tratamento de:
a) HPV
b) Cólera
c) Tétano
d) Hepatite A
e) Sífilis Congênita
(PUC –PR - 2017 – Enfermeiro) O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com
Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde ressalta o importante papel do enfermeiro no manejo
das infecções sexualmente transmissíveis (IST), em consonância com a Política Nacional da Atenção Básica, a qual
estabelece, entre outras atribuições específicas do enfermeiro, a realização de consulta de enfermagem, de
procedimentos e de atividades em grupo e, conforme protocolos ou outras normativas técnicas e observadas as
disposições legais da profissão, a solicitação de exames complementares, a prescrição de medicações e o
encaminhamento, quando necessário, de usuários a outros serviços. Além disso, a Lei nº 7.498, de 25 junho de
1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício de enfermagem, estabelece que cabe ao enfermeiro, como
integrante da equipe de saúde, a prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em
rotina aprovada pela instituição de saúde. Diante disso, é imprescindível o conhecimento do enfermeiro acerca das
diferentes infecções sexualmente transmissíveis, para que seja possível a realização e o planejamento de cuidados e
ações efetivas na prevenção, promoção e recuperação da saúde da população.
Em relação à sífilis, que é uma das infecções sexualmente transmissíveis, analise as afirmativas a seguir.
I. Sífilis latente é uma das variantes clínicas de sífilis em que o diagnóstico é realizado exclusivamente por meio de 
testes imunológicos, pois não se observam sinais e sintomas clínicos. 
II. Em gestantes com sífilis, a transmissão para o feto ocorre exclusivamente na passagem pelo canal do parto. 
III. Na sífilis primária, após o contato sexual, o período de incubação é em média de três semanas. A primeira 
manifestação é caracterizada por uma erosão ou úlcera no local de entrada da bactéria, cuja lesão é 
denominada “cancro duro”. 
IV. A lesão inicial na sífilis primária, via de regra, é indolor e acompanhada de linfadenopatia inguinal. Dura em 
torno de duas a seis semanas e pode desaparecer espontaneamente. 
V. A sífilis congênita é evitável quando se identificam e se tratam adequadamente a gestante e suas parcerias 
sexuais. A sífilis congênita precoce pode surgir até os 4 anos de idade; se surgir depois disso, é considerada sífilis 
congênita tardia.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) Estão corretas somente as afirmativas I, II e III.
b) Estão corretas somente as afirmativas I, III e IV.
c) Estão corretas somente as afirmativas II, III e IV.
d) Estão corretas somente as afirmativas I, IV e V.
e) Estão corretas somente as afirmativas II, III e V.
Candidíase Vulvovaginal
Candida albicans é o agente etiológico da candidíase 
vulvovaginal (CVV) em 80% a 92% dos casos
Prurido Ardência
Corrimento geralmente grumoso sem odor
Dispareunia de introito vaginal
Os sinais característicos são:
Disúria externa
Os sinais característicos são eritema e fissuras vulvares, 
corrimento grumoso, com placas aderidas à parede 
vaginal, de cor branca, edema vulvar, escoriações e 
lesões satélites, por vezes, pustulosas pelo ato de coçar. 
Tratamento da CVV
Vaginose bacteriana 
A vaginose bacteriana (VB) é a desordem mais 
frequente do trato genital inferior entre mulheres em 
idade reprodutiva (gestantes ou não) e a causa mais 
prevalente de corrimento vaginal com odor fétido. 
Está associada à perda de lactobacilos e ao
crescimento de inúmeras bactérias, bacilos e cocos
Gram-negativos anaeróbicos.
Teste de Whiff positivo (odor fétido das aminas com 
adição de hidróxido de potássio a 10%).
Tratamento de Vaginose Bacteriana
Tricomoníase 
Vulvovaginite menos frequente nos dias atuais, é 
causada por um protozoário flagelado unicelular, o 
Trichomonas vaginalis, e parasita com mais frequência 
a genitália feminina que a masculina. 
Seus sinais e sintomas característicos consistem em
Corrimento vaginal intenso
Amarelo-esverdeado, por vezes acinzentado, 
bolhoso e espumoso, acompanhado de odor 
fétido (na maioria dos casos, lembrando 
peixe) e prurido eventual, que pode constituir 
reação alérgica à afecção. 
Tratamento de Tricomoníase
Cervicite
As cervicites são frequentemente assintomáticas (em torno de 70% 
a 80%). Nos casos sintomáticos, as principais queixas são 
Corrimento vaginal
Sangramento intermenstrual ou pós-coito
Dispareunia
Disúria
Polaciúria e
Dor pélvica crônica 
Os principais agentes etiológicos 
são Chlamydia trachomatis e 
Neisseria gonorrhoeae
Diagnóstico de cervicite
O diagnóstico laboratorial da cervicite causada 
por C. trachomatis e N. gonorrhoeae pode ser 
feito por pela detecção do material genético dos 
agentes infecciosos por biologia molecular. Esse 
método é o de escolha para todos os casos, 
sintomáticos e assintomáticos. 
Tratamento do corrimento vaginal e cervicite
Infecções que causam corrimento uretral
As uretrites são caracterizadas por inflamação e 
corrimento uretral. Os agentes microbianos das 
uretrites podem ser transmitidos por relação sexual 
vaginal, anal e oral. 
O corrimento uretral costuma ter aspecto que varia de
mucoide a purulento, com volume variável
Estando associado a dor uretral (independentemente 
da micção), disúria, estrangúria (micção lenta e 
dolorosa), prurido uretral e eritema de meato uretral. 
Etiologia das uretrites
Os agentes etiológicos mais frequentes das uretrites são
A Neisseria gonorrhoeae e a Chlamydia trachomatis. 
Aspectos específicos das uretrites
Uretrite gonocócica
É um processo infeccioso e inflamatório da mucosa 
uretral, causado pela Neisseria gonorrhoeae (diplococo 
Gram-negativo intracelular). 
O risco de transmissão de um parceiro infectado a 
outro é, em média, 50% por ato sexual.
Os sinais e sintomas são determinados pelos locais 
primários de infecção:
A infecção uretral no homem é 
assintomática em menos de 10% 
dos casos. Nos casos sintomáticos, 
há presença de corrimento em mais 
de 80% e de disúria em mais de 
50%. O período de incubação 
costuma ser de dois a cinco dias 
após a infecção. Nas mulheres, a 
uretrite gonocócica é 
frequentemente assintomática.
✓ As membranas mucosas da uretra (uretrite)
✓ Endocérvice (cervivite)
✓ Reto (proctite)
✓ Faringe (faringite) e conjuntiva (conjuntivite). 
Uretrite não gonocócica
É a uretrite sintomática cuja bacterioscopia pela coloração de 
Gram, cultura e detecção de material genético por biologia 
molecular são negativas para o gonococo. 
Vários agentes têm sido responsabilizados por essas infecções, como
Chlamydia trachomatis, Mycoplasma genitalium, 
Ureaplasma urealyticum, Mycoplasma hominis, 
Trichomonas vaginalis, entre outros 
A infecção por clamídia no homem é responsável por 
aproximadamente 50% dos casos de uretrite não gonocócica. A 
transmissão ocorre pelo contato sexual (risco de 20% por ato), sendo 
o período de incubação, no homem, de 14 a 21 dias. 
Infecção por clamídia e gonococo extragenital 
A infecção retal é geralmente assintomática, sendo mais frequentes 
em homens que fazem sexocom homens (HSH).
A infecção de faringe é habitualmente assintomática em mais de 90% 
dos casos. O diagnóstico se faz a partir do histórico sexual
A conjuntivite gonocócica é mais comum em recém-nascidos de mães infectadas e 
em adultos; pode ocorrer por autoinoculação e fômites, evoluindo com secreção 
purulenta e edema periorbital. Se não tratada, pode levar a complicações como 
ulceração de córnea, perfuração e cegueira.
Tratamento de uretrites
Tratamento de uretrites
Infecções que causam úlcera genital
As úlceras genitais representam síndrome clínica, sendo muitas 
vezes causadas por IST, e se manifestam como
Lesões ulcerativas erosivas, precedidas ou não por 
pústulas e/ou vesículas, 
Acompanhadas ou não de dor, ardor, prurido, drenagem 
de material mucopurulento, sangramento e 
linfadenopatia regional.
IST que se manifestam com úlceras genitais em alguma 
fase da doença, cujos agentes etiológicos infecciosos mais 
comuns são: 
Treponema pallidum (sífilis);
HSV-1 e HSV-2 (herpes perioral e genital, respectivamente);
Haemophilus ducreyi (cancroide);
Chlamydia trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3 (LGV); 
Klebsiella granulomatis (donovanose). 
Herpes genital
Os HSV tipos 1 e 2 pertencem à família 
Herpesviridae
A primoinfecção herpética tem um período de incubação médio de seis dias. 
Em geral, é uma manifestação mais severa, caracterizada pelo surgimento de 
lesões eritemato-papulosas de um a três milímetros de diâmetro, que 
rapidamente evoluem para vesículas sobre base eritematosa, muito 
dolorosas e de localização variável na região genital.
O quadro local na primoinfecção pode ser acompanhado de
manifestações gerais como:
Febre
Mal-estar
Mialgia e disúria, com ou sem retenção urinária. 
Nas mulheres, pode simular quadro de infeção urinária baixa. A 
linfadenomegalia inguinal dolorosa bilateral está presente em 50% dos 
casos.
Tratamento de herpes genital
Cancroide 
O cancroide é provocado pelo Haemophilus ducreyi, 
mais frequente nas regiões tropicais. 
Denomina-se também cancro mole, cancro venéreo 
ou cancro de Ducrey. 
O período de incubação é geralmente de três a cinco dias, podendo 
se estender por até duas semanas. 
O risco de infecção em uma relação sexual é de 80%, mais 
frequente em homens. 
As lesões são dolorosas, geralmente múltiplas e devidas à autoinoculação. 
A borda é irregular
O diagnóstico diferencial é feito com cancro duro (sífilis primária), 
herpes genital, LGV, donovanose e erosões traumáticas infectadas. 
Apresentando contornos eritemato-
edematosos e fundo heterogêneo
Recoberto por exsudato necrótico, amarelado, 
com odor fétido, que, quando removido, revela 
tecido de granulação com sangramento fácil. 
Linfogranuloma venéreo (LGV)
O LGV é causado por Chlamydia trachomatis, 
sorotipos L1, L2 e L3.
A evolução da doença ocorre em três fases: 
inoculação, disseminação linfática regional e 
sequelas. 
Fase de inoculação: 
pápula, pústula ou exulceração
indolor, que desaparece sem 
deixar sequela
Fase de disseminação 
linfática regional: 
no homem, a 
linfadenopatia inguinal -
uma a seis semanas após a 
lesão inicial; é o principal 
motivo da consulta. 
Na mulher, a localização da 
adenopatia depende do 
local da lesão de 
inoculação
Fase de sequelas: 
o comprometimento ganglionar 
evolui com supuração e fistulização
por orifícios múltiplos, que 
correspondem a linfonodos 
individualizados, parcialmente 
fundidos em uma grande massa. 
Donovanose
É uma IST crônica progressiva, causada pela 
bactéria Klebsiella granulomatis. 
✓Acomete preferencialmente pele e mucosas 
das regiões genitais, perianais e inguinais
✓ É pouco frequente, ocorrendo na maioria 
das vezes em climas tropicais e subtropicais. 
A donovanose (granuloma inguinal) está frequentemente associada à 
transmissão sexual, sendo a transmissibilidade baixa. 
O quadro clínico inicia-se com ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem 
delimitada, com fundo granuloso, de aspecto vermelho vivo e de 
sangramento fácil. 
A ulceração evolui lenta e progressivamente, podendo tornar-se vegetante ou 
úlcerovegetante. As lesões costumam ser múltiplas, sendo frequente a 
configuração em “espelho” nas bordas cutâneas e/ou mucosas.
Infecção pelo HPV
O HPV (sigla em inglês para papilomavírus humano) 
é um DNA-vírus de cadeia dupla, não encapsulado, 
membro da família Papovaviridae. 
Infecta epitélios escamosos e pode induzir uma 
grande variedade de lesões cutaneomucosas. 
Por qualquer tipo de atividade sexual e, 
A transmissão do HPV dá-se 
Excepcionalmente, durante o parto, com a 
formação de lesões cutaneomucosas em 
recém-nascidos ou papilomatose recorrente de 
laringe. A transmissão por fômites é rara. 
Os tipos de HPV que infectam o trato genital são 
divididos em dois grupos, de acordo com o 
potencial oncogênico e com as lesões às quais 
costumam estar associados: 
Baixo risco oncogênico: tipos 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 70, 72 e 81. 
Alto risco oncogênico: tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 
68, 73 e 82. 
Os tipos 26, 53 e 66 provavelmente são de alto risco oncogênico,
enquanto os tipos 34, 57 e 83, de risco indeterminado.
Os tipos que causam verrugas genitais são quase sempre diferentes 
daqueles que causam câncer. 
O tempo médio entre a infecção pelo HPV de alto risco e o 
desenvolvimento do câncer cervical é de aproximadamente 20 anos
Tabagismo e deficiências imunológicas, incluindo as causadas pela 
infecção pelo HIV, desnutrição, cânceres e drogas imunossupressoras são 
fatores predisponentes. 
De acordo com o tipo do vírus, sua carga viral, sua capacidade de 
persistência e o estado imunológico do hospedeiro. 
Na maioria das pessoas, a infecção pelo HPV não produz qualquer manifestação. O 
tempo de latência pode variar de meses a anos e, quando presentes, as 
manifestações podem ser subclínicas. 
Apresentações clínicas do HPV
As lesões da infecção pelo HPV são polimórficas, sendo as lesões 
pontiagudas denominadas condiloma acuminado. 
Costumam ser únicas ou múltiplas, achatadas ou papulosas, mas 
sempre papilomatosas. 
Apresentam-se da cor da pele, eritematosas ou hiperpigmentadas.
Em geral são assintomáticas, mas podem ser pruriginosas, 
dolorosas, friáveis ou sangrantes. 
No homem, as lesões ocorrem mais frequentemente 
no folheto interno do prepúcio, no sulco bálano-
prepucial ou na glande. Podem acometer, ainda, a 
pele do pênis e/ou do escroto. 
Na mulher, costumam ser observadas na vulva, vagina 
e/ou cérvice. 
Em ambos, podem ser encontradas nas regiões 
inguinais ou perianais. 
As mulheres com verrugas anogenitais requerem um exame 
ginecológico completo, incluindo
O exame preventivo de câncer de colo do útero e, 
quando indicada pelas alterações citológicas, 
colposcopia, acompanhada ou não de biópsia. 
Pacientes Com lesões anais, idealmente, devem ter um 
exame proctológico com anuscopia e toque retal. 
Diagnóstico do HPV
O diagnóstico das verrugas anogenitais é tipicamente clínico. Em situações 
especiais, há indicação de biópsia para estudo histopatológico:
1. Dúvida diagnóstica, suspeita de neoplasias ou outras doenças;
2. Lesões atípicas ou que não respondam adequadamente aos tratamentos;
3. Lesões suspeitas em pessoas com imunodeficiências;
Estudo citológico de material 
colhido do canal anal – populações 
especiais
Não são recomendados testes que
identificam os diferentes tipos de HPV na
rotina clínica.
Tratamento domiciliar
É um modulador da resposta 
imunológica pela indução do 
interferon alfa e de outras citocinas. 
Imiquimode 50mg/g creme 
(dias alternados por 3 
semanas – até 16 semanas):
Podofilotoxina (2x/dias por 3 
dias consecutivos + 4 dias 
sem aplicação:
Possui propriedades antimitóticas. A 
absorção sistêmica é baixa. 
Tratamento ambulatorial
Ácido tricloroacético (ATA) 80% a 90% em solução
Podofilina 10%-25% (solução) – exceto gestantes
Eletrocauterização
Exérese cirúrgica
Crioterapia
HPV:seguimento
Sabendo-se que o tratamento das 
verrugas anogenitais não leva à 
erradicação viral, recorrências são 
frequentes. 
O paciente e sua(s) parceria(s) sexual(is) devem retornar ao 
serviço caso se identifiquem novas lesões. Testes de detecção 
viral não são indicados em nenhuma situação, por não 
trazerem qualquer benefício às pessoas acometidas. 
Hepatites virais
As hepatites virais causadas pelos vírus hepatotrópicos (vírus das hepatites A, B, C, 
D ou Delta e E) são doenças causadas por diferentes agentes etiológicos, que 
têm em comum o tropismo primário pelo tecido hepático e que constituem um 
enorme desafio à saúde pública em todo o mundo. 
Hepatite A
A hepatite A é uma doença comumente transmitida por 
meio de contato oral-fecal, por ingestão de água e/ou 
alimentos contaminados. A transmissão sexual do vírus da 
hepatite A (HAV) também tem sido relatada. 
Hepatite B 
O HBV é transmitido por meio de contato com fluidos 
corpóreos infectados. O sangue é o veículo de transmissão 
mais importante, mas outros fluidos também podem 
transmitir o HBV, como sêmen e saliva. 
Os meios de transmissão conhecidos são perinatal, sexual 
e parenteral/percutâneo. As rotas de transmissão 
predominantes variam de acordo com a endemicidade da 
infecção pelo HBV. 
Hapatite D – Coinfecção ou Superinfecção
Hepatite C 
A forma mais eficaz de transmissão do vírus da 
hepatite C (HCV) ocorre por meio da exposição 
percutânea repetida, ou mediante grandes 
volumes de sangue infectado
No Brasil, a transfusão de sangue e 
hemoderivados de doadores não testados para 
HCV foi considerada uma forma importante de 
transmissão durante muitos anos. 
Infecções Entéricas e Intestinais Sexualmente Transmissíveis
Infecções assintomáticas são a maioria dos casos e mantêm a cadeia de transmissão
Sinais e sintomas baixos: dor anal, corrimento anal mucopurulento, tenesmo e 
hematoquezia
Sinais e sintomas altos: diarreia, dor abdominal, cólicas, náuseas e febre
Proctite – limitada à mucosa retal – transmissão 
pelo intercurso anal - Sintomas baixos
Proctocolite – mucosa retal e cólon –
transmissão fecal-oral – Sintomas baixos
Enterite – duodeno, jejuno e/ou íleo –
transmissão fecal-oral – Sintomas altos
1. (Contemax – 2019 – Enfermeiro) Responda verdadeiro (V) ou falso (F) com relação ao Cancro
Mole e assinale a alternativa que traz a sequência CORRETA:
(__) É causado pela bactéria Treponema pallidum, bacilo gram-negativo intracelular, transmitida
na maioria das vezes por prática sexual desprotegida, frequente nas regiões tropicais.
(__) No homem, as localizações mais frequentes são no frênulo e no sulco bálano prepucial; na
mulher, na fúrcula e na face interna dos grandes lábios.
(__) Caracteriza-se por apresentar lesões múltiplas (podendo ser única), tipo úlceras,
habitualmente dolorosas, de borda irregular, com contornos eritemato-edematosos e fundo
irregular, cobertas por exsudato necrótico, amarelado e de odor fétido.
a) V – V – F.
b) V – F – F
c) F – V – V.
d) F – V – F.
e) F – F – V.
2. (Fundatec – 2019 – Técnico de Enfermagem) As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) são causadas por
vírus, bactérias ou outros microrganismos. Assinale a alternativa que NÃO corresponde aos sintomas da respectiva
DST.
a) Tricomoníase: nas mulheres poderá ser assintomático, ou sintomático quando apresenta corrimento parecido
com clara de ovo no canal da urina e dor ao urinar. A infecção pode atingir o útero e as trompas, nesses casos, pode
haver complicações como dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas (fora do útero), parto prematuro e
até esterilidade.
b) Linfogranuloma venéreo: caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital de curta duração (de três a cinco
dias), que se apresenta como uma ferida ou como uma elevação da pele. Após a cura da lesão primária, surge um
inchaço doloroso dos gânglios de uma das virilhas. Se esse inchaço não for tratado adequadamente, evolui para o
rompimento espontâneo e formação de feridas que drenam pus.
c) Herpes: manifesta-se através de pequenas bolhas localizadas principalmente na parte externa da vagina e na
ponta do pênis. Essas bolhas podem arder e causam coceira intensa. Ao se coçar, a pessoa pode romper a bolha,
causando uma ferida.
d) Cancro mole: feridas múltiplas e dolorosas de tamanho pequeno com presença de pus, que
aparecem com frequência nos órgãos genitais (pênis, ânus e vulva). Podem aparecer nódulos
(caroços ou ínguas) na virilha.
e) Sífilis: manifesta-se inicialmente como uma pequena ferida nos órgãos sexuais (cancro duro) e
com nódulos nas virilhas. A ferida e os nódulos não doem, não coçam, não ardem e não
apresentam pus. Após um certo tempo, a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa
a falsa impressão de estar curada. Se a doença não for tratada, continua a avançar no organismo,
surgindo manchas em várias partes do corpo, queda de cabelos, cegueira, paralisias.
3. ( IADES – 2019 – Enfermeiro) Alguns processos infecciosos e inflamatórios favorecem a 
transmissão do HIV, a exemplo de doenças sexualmente transmissíveis (DST) não ulcerativas 
como a (o)
a) Sífilis
b) Cancro mole
c) Herpes genital
d) Cancro duro
e) Tricomoníase
4. (IF -2019 – Enfermeiro) No que se refere à infecção pelo HPV, julgue as alternativas abaixo e
marque a CORRETA.
a) A forma de apresentação subclínica, da infecção pelo HPV, ocorre quando as pessoas
infectadas pelo HPV não desenvolvem qualquer lesão. Essa condição pode permanecer
durante toda a vida. Apenas algumas pessoas podem, anos mais tarde, vir a expressar a
doença com condilomas ou alterações celulares do colo uterino.
b) A forma de apresentação latente, da infecção pelo HPV, ocorre quando as microlesões pelo
HPV são diagnosticadas por meio de exame de Papanicolau, com ou sem biópsia.
c) A forma de apresentação clínica manifesta-se pela presença de lesões exofíticas, com
superfície granulosa, únicas ou múltiplas, restritas ou disseminadas, da cor da pele,
eritematosas ou hiperpigmentadas e de tamanho variável.
d) A maioria das infecções por HPV são sintomáticas ou aparentes.
e) Os tipos de HPV que infectam o trato genital são divididos de acordo com o risco oncogênico e 
o tipo de lesão. Os tipos 16 e 18 são de baixo risco oncogênico, enquanto que os tipos 6 e 11 de 
alto risco oncogênico.
5. (Fundatec – 2019- Enfermeiro) Mulher, 32 anos, solteira, vem à UBS para realização do exame 
de citopatológico. Ao exame, a paciente apresenta secreção amarelo-esverdeada, bolhosa e 
fétida e colo com petéquias e em “framboesa”. Diante desses sintomas, qual a provável doença 
dessa paciente?
a) Candidíase
b) Clamídia
c) Vaginose bacteriana (Gardnerella vaginalis)
d) Tricomoníase
e) Gonorréia
6. Com relação às doenças sexualmente transmissíveis (DST) e seus sintomas, numere a coluna 
da direita de acordo com sua correspondência com a coluna da esquerda.
1. Linfogranuloma venéreo.
2. Tricomoníase. 
3. Herpes.
( ) Corrimento amarelo-esverdeado, com mau cheiro, dor durante o ato sexual, ardor, 
dificuldade para urinar e coceira nos órgãos sexuais.
( ) Pequenas bolhas localizadas principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis.
( ) Lesão genital de curta duração (de três a cinco dias), que se apresenta como uma ferida ou 
como uma elevação da pele.
a) 1-3-2
b) 2-3-1
c) 3-2-1
d) 2-1-3
e) 1-2-3
Profª. Raíza Trombini
Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos
@professoraiza.trombini
“CASCATA DE CUIDADO CONTÍNUI DO HIV”
Processo de atenção aos usuários que vivem com HIV, passando pelos seguintes
momentos:
3. Sua retenção no seguimento, por meio do acompanhamento e 
realização de exames periódicos 
4. Início da TARV e sua promoção para uma boa adesão ao
tratamento, a fim de alcançar os objetivos finais do cuidado
1. Diagnóstico oportuno 
2. Vinculação do indivíduo HIV positivo a um serviço de saúde
5. A supressão da carga viral e o alcance de uma qualidade de vida
comparável à das pessoas que não possuem o HIV
O desfecho principalpara considerar uma PVHIV vinculada é a realização da 1ª 
consulta no serviço de atenção para o qual foi encaminhada e, de preferência, 
seu início de tratamento o mais rápido possível.
VINCULAÇÃO:
No acolhimento
Orientação
Direcionamento e
Encaminhamento de uma pessoa recém-
diagnosticada com HIV ao serviço de saúde 
É o processo que 
consiste
RETENÇÃO:
Acompanhamento clínico 
regular e contínuo da pessoa 
que vive com HIV já vinculada 
ao serviço de saúde
É o processo que 
consiste no
Um paciente retido no serviço é aquele que realiza 
exames e/ou retira os medicamentos antirretrovirais 
sistematicamente, sem faltar às consultas.
ADESÃO AO 
TRATAMENTO: 
As doses
Horários e
Outras 
indicações
Consiste na utilização ideal dos 
medicamentos ARV da forma mais 
próxima possível àquela prescrita 
pela equipe de saúde, respeitando
Cuidado compartilhado para PVHIV
PREVENÇÃO COMBINADA DO HIV
Mandala de Prevenção Combinada
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
HIV 
1 e 2
Retrovírus 
citopáticos e 
não 
oncogênicos
Família 
Retroviridae
Subfamília 
Lentivirinae
Reservatório: o 
homem
Transmissão: 
sexual, 
parenteral, 
vertical, 
ocupacional
Infecção aguda pelo HIV
A infecção aguda pelo HIV ocorre nas 
primeiras semanas da infecção pelo HIV
Durante essa fase, tem-se CV-HIV elevada 
e níveis decrescentes de linfócitos, em 
especial os LT-CD4+, uma vez que estes são 
recrutados para a a reprodução viral. O 
indivíduo, nesse período, torna-se 
altamente infectante.
(CEBRASPE – 2017 – TER-BA- Técnico em Enfermagem ) A infecção pelo vírus da 
imunodeficiência humana (HIV) bem como a manifestação clínica em fase avançada da síndrome 
da imunodeficiência adquirida (AIDS) constituem importantes preocupações para a saúde 
pública. Com relação à AIDS e aos múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue os itens a seguir.
I O HIV-1 e o HIV-2 são adenovírus da família Lentiviridae.
II O ser humano é o único hospedeiro tanto do vírus HIV-1 quanto do HIV-2.
III O vírus HIV pode ser transmitido por via sexual (esperma e secreção vaginal), pelo sangue (via 
parenteral e de mãe para filho) e pelo leite materno.
IV O tratamento da AIDS com medicação antirretroviral (TARV) reduz a carga viral e reativa o 
sistema imunológico, levando à cura da doença.
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) III e IV.
(IF-CE -2017- Técnico em Enfermagem) Sobre o HIV/aids, analise os itens.
I. O HIV é um retrovírus com genoma DNA que utiliza, para multiplicar-se, uma enzima denominada transcriptase
reversa.
II. Janela imunológica é o tempo compreendido entre a aquisição da infecção e a soroconversão.
III. Embora o HIV tenha sido isolado de vários fluidos corporais que contêm células inflamatórias, somente o contato 
com sangue, saliva, sêmen, secreções vaginais e leite materno tem sido implicados como fontes de infecção desse 
vírus.
IV. Uma vez instalada a aids, as pessoas portadoras do HIV apresentam sinais e sintomas de processos oportunistas, 
representados principalmente pelas seguintes doenças: infecções oportunistas (pneumonias, meningites e 
enterites), tumores (sarcoma de Kaposi e linfomas) e alterações neurológicas induzidas pelo HIV.
Estão corretos:
a) somente II e III.
b) I, II e IV.
c) I, II, III.
d) II, III e IV.
e) somente II e IV.
(IBFC – 2017 – EBSERH – Enfermeiro) A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e sua manifestação 
clínica em fase avançada, ou síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), ainda representam um problema de 
saúde pública de grande relevância na atualidade, em função do seu caráter pandêmico e de sua transcendência. 
Sobre este assunto, analise as afrmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
I. HIV-1 e HIV-2 são retrovírus da família Lentiviridae.
II. Pertencem ao grupo dos retrovírus citopáticos e não oncogênicos, necessitando, para se multiplicar, de uma 
enzima denominada transcriptase reversa, responsável pela transcrição do ácido ribonucleico (RNA) viral para 
uma cópia do ácido desoxirribonucleico (DNA), que pode então se integrar ao genoma do hospedeiro.
III. Esses vírus são bastante duráveis no meio externo, não sendo inativados por uma variedade de agentes físicos 
(calor).
IV. Esses vírus são inativados por agentes químicos como hipoclorito de sódio e glutaraldeído.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II, III e IV
b) I e II, apenas
c) I, II e IV, apenas
d) II, III e IV, apenas
e) II e IV, apenas
A infecção pelo HIV é acompanhada por um conjunto de manifestações clínicas: a
Síndrome Retroviral Aguda (SRA). 
Os principais achados clínicos de SRA incluem:
FEBRE CEFALEIA ASTENIA
ADENOPATIA FARINGITE EXANTEMA
MIALGIA
A SRA pode cursar com febre alta, 
sudorese e linfadenomegalia, 
comprometendo principalmente as 
cadeias cervicais anterior e 
posterior, submandibular, occipital 
e axilar. Podem ocorrer, ainda, 
esplenomegalia, letargia, astenia, 
anorexia e depressão.
Sintomas digestivos, como náuseas, vômitos, diarreia, perda de peso e úlceras
orais podem estar presentes. Entretanto, o comprometimento do fígado e do
pâncreas é raro na SRA.
Cefaleia e dor ocular são as manifestações neurológicas mais comuns, mas pode
ocorrer raramente quadro de meningite asséptica, neurite periférica sensitiva ou
motora, paralisia do nervo facial ou síndrome de Guillan-Barré.
A SRA é autolimitada e a maior parte dos sinais 
e sintomas desaparece em três a quatro 
semanas. Linfadenopatia, letargia e astenia 
podem persistir por vários meses. 
Latência clínica e fase sintomática 
Na fase de latência clínica, o exame físico costuma ser normal, exceto pela
linfadenopatia, que pode persistir após a infecção aguda.
A presença de linfadenopatia generalizada persistente é frequente e seu diagnóstico
diferencial inclui doenças linfoproliferativas e tuberculose ganglionar.
Podem ocorrer alterações nos exames laboratoriais, sendo a plaquetopenia um achado
comum, embora sem repercussão clínica na maioria dos casos. Além disso, anemia
(normocrômica e normocítica) e leucopenia leves podem estar presentes.
À medida que a infecção progride, 
sintomas constitucionais (febre baixa, 
perda ponderal, sudorese noturna, 
fadiga), diarreia crônica, cefaleia, 
alterações neurológicas, infecções 
bacterianas (pneumonia, sinusite, 
bronquite) e lesões orais, como a 
leucoplasia oral pilosa, tornam-se mais 
frequentes, além do herpes-zoster. 
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
O aparecimento de IO (infecções oportunistas) e neoplasias é definidor da AIDS.
PNEUMOCISTOSE NEUROTOXOPLASMOSE
TUBERCULOSE 
PULMONAR ATÍPICA 
OU DISSEMINADA
MENINGITE 
CRIPTOCÓCICA
RETINITE POR 
CITOMEGALOVÍRUS
As neoplasias mais comuns são sarcoma de Kaposi (SK), linfoma não Hodgkin e câncer
de colo uterino, em mulheres jovens. Nessas situações, a contagem de LT-CD4+ situa-
se abaixo de 200 céls/mm³, na maioria das vezes.
(UFMA – 2016 – Técnico em Enfermagem) Sobre a infecção pelo HIV, julgue as afirmativas abaixo:
( I ) A infecção aguda é definida como o período das primeiras semanas de infecção pelo HIV. Essa fase é 
acompanhada por um conjunto de manifestações clínicas, denominado Síndrome Retroviral Aguda (SRA), cujos 
principais achados clínicos incluem: febre, adenopatia, faringite, exantema, mialgia e cefaleia.
( II ) A SRA é autolimitada e a maior parte dos sinais e sintomas desaparece em torno de três a quatro semanas. A 
sorologia para a infecção pelo HIV é geralmente negativa nessa fase.
( III ) O aparecimento de infecções oportunistas e neoplasias é definidor da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida 
(AIDS). Entre as infecções oportunistas, destacam-se: pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose pulmonar 
atípica ou disseminada, meningite criptocócica e retinite por citomegalovírus.
Assinale a sentença correta.
a) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
b) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
c) Somente a afirmativa II está correta.
d) Somente a afirmativa I está correta.
e) As afirmativasI, II e III estão corretas.
(FUNDATEC -2019 – Enfermeiro) A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA/AIDS) é uma 
doença caracterizada por uma disfunção grave do sistema imunológico. A infecção pelo HIV é 
marcada por uma considerável destruição de linfócitos T CD4 + e sua evolução pode ser dividida 
em três fases: infecção aguda, infecção assintomática e doença sintomática. As manifestações 
clínicas variam conforme a fase da doença. Sobre essas fases, assinale a alternativa correta.
a) Na fase de infecção aguda, as manifestações clínicas podem variar desde um quadro gripal até 
uma Síndrome Mononucleose-like.
b) Na fase de infecção assintomática, há queixas inespecíficas, como sudorese noturna, febre, 
fadiga, emagrecimento e diarreia crônica.
c) Na fase da doença sintomática, alguns pacientes podem apresentar linfoadenopatia
generalizada persistente.
d) A Síndrome de Guillain-Barré está presente na fase de infecção assintomática.
e) A candidíase oral não é comum em nenhuma das fases.
DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO PELO HIV
Imunoensaio
(1ª até 4ª 
geração)
Teste Rápido - TR
Ensaios 
Complementares
Detecção Direta 
do HIV
Sangue seco em 
papel filtro
(COMPREVE -2018 – Técnico em Enfermagem) Em uma unidade de pronto atendimento (UPA), um técnico em 
enfermagem sofre uma lesão causada por agulha com presença de sangue a qual tinha sido usada para administrar 
uma medicação endovenosa em uma paciente idosa, viúva há 10 anos . A paciente chegou à UPA com sintomas 
sugestivos de pneumonia aguda e tem histórico de diabetes mellitus e de hipertensão arterial. Após o acidente, o 
profissional acidentado ficou muito nervoso e, imediatamente, realizou a limpeza da lesão com água corrente e 
sabão líquido. Diante do caso, a enfermeira tomou as devidas providências de acordo como as orientações atuais do 
Ministério da Saúde.
Considerando esse caso, o Ministério da Saúde orienta que deve-se realizar a testagem inicial por meio de um teste 
rápido (TR1), com sangue. Caso o resultado seja não reagente, o status sorológico estará definido como negativo. 
Por outro lado, caso o TR1 seja reagente para HIV,
a) estabelece-se o diagnóstico definitivo de HIV, encaminha-se o paciente para acompanhamento clínico e inicia-se 
a terapia antirretroviral.
b) deverá ser realizado um segundo teste rápido (TR2), diferente do primeiro. Se este também for reagente, 
estabelece-se o diagnóstico de HIV.
c) estabelece-se o caso como suspeito de HIV, coleta-se uma amostra de sangue por punção venosa e encaminha-
se a amostra para teste em laboratório.
d) deverá ser realizado um segundo teste rápido (TR2), utilizando-se o mesmo kit de coleta. Caso este também seja 
reagente, estabelece-se o diagnóstico de HIV.
ABORDAGEM INICIAL DO ADULTO INFECTADO PELO HIV
ANAMNESE - Roteiro para abordagem inicial da PVHIV
(COPVEST-COPSET -2019 – Enfermeiro) Na abordagem inicial de uma pessoa com diagnóstico de 
infecção pelo HIV, deve-se estabelecer uma relação de confiança e respeito entre essa pessoa e a 
equipe multiprofissional do serviço de saúde. Sobre a assistência inicial ao indivíduo com HIV, 
assinale a alternativa correta.
a) O profissional não deve se deter em explicar a respeito da doença e sua história natural.
b) A história prévia ou atual de infecções como tuberculose deve ser questionada.
c) A avaliação de doenças cardiovasculares e hipertensão devem ser conduzidas em outro 
momento.
d) A investigação das condições de trabalho, domicílio e alimentação são irrelevantes.
e) O uso de álcool e tabaco não deve ser considerado como hábito de risco ou vulnerabilidade.
(IADES -2018 – SES/DF – Enfermeiro de Família e Comunidade) O Ministério da Saúde indica 
um roteiro de aspectos que devem ser abordados, nos primeiros atendimentos, ao paciente que 
vive com HIV/AIDS. Em relação a esse roteiro, assinale a alternativa que apresenta temas inclusos 
na abordagem de risco.
a) Compreensão acerca da doença: transmissão, história natural, significado da contagem LT-
CD4+ e carga viral. Impacto da terapia antirretroviral combinada (TARV) na morbimortalidade.
b) História de sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis. Uso de tabaco, álcool e outras 
drogas. Interesse em reduzir os danos à saúde.
c) Imunizações. Uso de outros medicamentos, práticas complementares e (ou) alternativas.
d) Análise da rede de apoio social (família, amigos, organizações não governamentais).
e) Doenças cardiovasculares e hipertensão. Dislipidemias. Diabetes.
EXAME FÍSICO 
A infecção pelo HIV tem um acometimento 
sistêmico. 
Quanto mais baixa a contagem de LT-CD4+, 
mais frequentemente os pacientes devem ser 
examinados. 
O exame físico deve ser completo e incluir:
A aferição da pressão arterial, peso, altura, 
cálculo do índice de massa corpórea e 
medida da circunferência abdominal.
Exames complementares iniciais 
A abordagem laboratorial no início do acompanhamento clínico auxilia
❑ A avaliação da condição geral de saúde
❑ A pesquisa de comorbidades
❑ A presença de coinfecções e a urgência no 
início da TARV. 
Também fornece informações laboratoriais basais pré-tratamento, bem como orienta 
sobre a necessidade de imunizações ou profilaxias. 
Exames complementares para abordagem inicial
Recomendação de periodicidade de consultas médicas
Monitoramento laboratorial da infecção pelo HIV utilizando 
contagem de LT-CD4+ e carga viral
Frequência de solicitação de exame de LT-CD4+ para monitoramento 
laboratorial de PVHIV, de acordo com a situação clínica
A contagem de LT-CD4+ é um dos biomarcadores mais importantes para avaliar a 
urgência de início da TARV e a indicação das imunizações e das profilaxias para IO. 
Frequência de solicitação de exame de CV-HIV para monitoramento 
laboratorial de PVHIV, de acordo com a situação clínica
A contagem de LT-CD4+ tem importância na avaliação inicial, enquanto a CV-HIV é
considerada o padrão-ouro para monitorar a eficácia da TARV e detectar
precocemente problemas de adesão em PVHIV.
TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL
Situações de priorização de atendimento para início da TARV
Esforços devem ser feitos para reduzir o tempo entre o diagnóstico de HIV e o início da
TARV, sempre avaliando a preparação e a motivação individual.
Gestantes
A TARV está indicada para toda gestante infectada 
pelo HIV
Independentemente de critérios clínicos e 
imunológicos, e não deverá ser suspensa após o 
parto, independentemente do nível de LT-CD4+. 
A TARV poderá ser iniciada na gestante, INDEPENDENTE DA IDADE GESTACIONAL
A genotipagem pré-tratamento está indicada para todas as gestantes infectadas pelo
HIV.
(FEPESE -2014 – Enfermeiro) A gestação pode ser um dos momentos mais difíceis de descoberta 
da infecção pelo HIV para a mulher.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) em relação ao assunto.
( ) Em gestantes que não tiveram acesso ao pré-natal adequado, o diagnóstico do HIV pode ser 
realizado somente na hora do parto, por meio do teste rápido de triagem.
( ) No pós-parto, ainda na maternidade, as mulheres devem ser orientadas sobre o aleitamento 
artificial e a referência para serviço especializado em HIV/aids.
( ) No caso de gravidez planejada é recomendável que a mulher apresente bons indicadores 
imunológicos e virológicos e adesão à terapia antirretroviral para a concepção.
( ) O risco de transmissão vertical é de aproximadamente 20%, mesmo que todas as medidas de 
controle sejam adotadas (TARV combinada para gestante, AZT injetável na hora do parto, 
suspensão do aleitamento materno, entre outras).
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
a) V – V – V – V
b) V – V – V – F
c) V – F – F – V
d) F – V – F – V
e) F – V – F – F
Investigação de tuberculose 
A TB é a principal causa de óbito por doença 
infecciosa em PVHIV, e por isso deve ser 
pesquisada em todas as consultas. 
A pesquisa deve iniciar-se com o questionamento sobre a presença dos seguintes
sintomas: tosse,febre, emagrecimento e/ou sudorese noturna.
A presença de qualquer um desses sintomas pode indicar TB ativa e requer
investigação.
A infecção pelo HIV eleva o risco de desenvolvimento de TB ativa em indivíduos com 
TB latente, sendo o mais importante fator de risco para TB.
O tratamento da infecção latente com isoniazida (INH) é 
recomendado para todas as PVHIV com PT maior ou 
igual a 5mm, desde que excluída TB ativa. 
O tratamento da ILTB com isoniazida
✓ Reduz significativamente o risco de desenvolvimento 
de TB em PVHIV com PT reagente nos anos seguintes, 
constituindo, portanto, estratégia importante e 
duradoura de proteção contra a TB.
Tuberculose ativa 
A TB ativa, sob qualquer apresentação clínica, é sinal de imunodeficiência; 
A coinfecção TB-HIV deve caracterizar o portador de HIV como sintomático e indicar
o início da TARV.
Pacientes com contagem de LT-CD4+ abaixo de 50 céls/mm³ ou com sinais de
imunodeficiência avançada: Iniciar com rapidez o tratamento anti-tb e começar a
TARV dentro de duas semanas do início do tratamento para TB.
A genotipagem pré-tratamento (para PVHIV virgens de TARV) está indicada
para todos os pacientes coinfectados com TB e HIV
(FCC -2013 – TRT/BA – Enfermeiro - Adaptada) Um indivíduo infectado pelo HIV, em uso de 
terapia antirretroviral e com suspeita de tuberculose, é submetido à prova tuberculínica, 
apresentando enduração de 2 mm em antebraço esquerdo. Nesta situação, dentre outros, é 
recomendável:
a) introduzir a quimioprofilaxia, pois a prova tuberculínica, isoladamente, é suficiente para o 
diagnóstico da tuberculose doença.
b) iniciar, imediatamente, a quimioprofilaxia com isoniazida, por este indivíduo apresentar 
infecção latente.
c) fazer o teste após dois meses do início da terapia antirretroviral, por este indivíduo estar em 
recuperação imune.
d) refazer o teste em 72 horas para confirmação do diagnóstico de tuberculose ativa, para iniciar 
a quimioprofilaxia com isoniazida.
e) Caso a prova tuberculínica seja inferior a 5 mm, recomenda-se sua repetição anual e também 
após a reconstituição imunológica com o uso da TARV.
Hepatite B
Todas as pessoas recentemente 
diagnosticadas com HIV devem ser 
rastreadas quanto à infecção pelo HBV 
e vacinadas se susceptíveis.
A coinfecção pelo HIV tem um profundo impacto no curso da infecção pelo HBV. 
Pacientes coinfectados com hepatite B e HIV devem iniciar a TARV com esquema
contendo TDF independentemente da contagem de LT-CD4
SÍNDROME INFLAMATÓRIA DA 
RECONSTITUIÇÃO IMUNE: 
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Os seis primeiros meses do início da TARV são especialmente importantes. A
melhora clínica e imunológica, assim como a supressão viral são esperados nos
indivíduos aderentes à TARV.
✓ Entretanto, podem ocorrer IO e/ou a SIR, bem como desenvolvimento precoce
de reação às drogas, como hipersensibilidade, especialmente nos primeiros três
meses de tratamento.
Ainda que a TARV diminua a mortalidade, os níveis desta são maiores nos
primeiros três meses de tratamento
✓ Principalmente em pacientes que iniciam o tratamento com doença avançada e
imunodeficiência grave (contagem de LT-CD4+ <100 céls/mm³), na presença de
coinfecções e/ou comorbidades, anemia, baixo IMC ou desnutrição.
A reconstituição imune é uma das metas da TARV. Em algumas situações, observa-
se um quadro clínico de caráter inflamatório exacerbado, chamado de SIR,
associada ao início da TARV.
▪ Essa síndrome se manifesta como piora “paradoxal” de doenças preexistentes,
geralmente autolimitadas, mas que podem assumir formas graves. São descritas
reações inflamatórias relacionadas a infecções fúngicas, virais e bacterianas,
além de neoplasias e fenômenos autoimunes.
O início da TARV não deve ser postergado por receio de ocorrência da SIR, uma
vez que os benefícios da TARV superam enormemente seus riscos.
Diagnóstico da SIR
O diagnóstico da SIR é clínico e deve ser considerado quando sinais ou sintomas
inflamatórios ocorrem entre quatro a oito semanas após o início da TARV, na
reintrodução de um esquema interrompido ou na modificação para um esquema
mais eficaz após a falha virológica.
Observa-se, em geral, aumento na contagem de LT-CD4+ e redução na CV-HIV, o
que demonstra a efetividade do tratamento.
No diagnóstico diferencial, deve ser excluída
✓ Falha da TARV por má adesão ou resistência viral
✓ Falha ao tratamento da coinfecção ou IO
✓ Interações medicamentosas e eventos adversos associados à TARV.
Critérios para suspeita clínica de SIR
Tratamento da SIR 
Na suspeita de SIR, deve-se priorizar o diagnóstico e tratamento da IO. Na
maior parte dos casos, sua resolução é espontânea, envolvendo tratamento
sintomático, tais como anti-inflamatórios não hormonais. Ressalta-se que a
TARV não deverá ser interrompida, exceto em casos graves.
A terapia com corticosteroides para supressão da resposta inflamatória deve
ser utilizada nos casos graves.
Pode ser necessário o uso de prednisona 1-2 mg/kg, ou equivalente, durante 
uma a duas semanas, com posterior e gradual retirada.
INFECÇÃO PELO HIV-2
A transmissão do HIV-2 é atualmente baixa em outros países do Ocidente;
A infecção pelo HIV-2 é endêmica em países da África Ocidental. 
Assim como na infecção pelo HIV-1, a infecção pelo HIV-2 também pode
progredir para aids e, portanto, a TARV é importante durante o curso da infecção
Transmissão do HIV-2 
Contato sexual e exposição a 
sangue (transfusão de 
sangue e hemoderivados, 
compartilhamento de 
agulhas).
o HIV-2 apresenta menor 
infecciosidade que o HIV-1. 
Os modos de transmissão da infecção pelo HIV-2 são os mesmos da infecção pelo
HIV-1, isto é
Quadro clínico da infecção pelo HIV-2
A infecção pelo HIV-2 caracteriza-se por
Uma fase assintomática mais longa e progressão mais lenta para aids que a
infecção pelo HIV-1.
Além disso, a taxa de progressão para a aids em pacientes infectados pelo HIV-2 é
bastante variável.
Alguns pacientes infectados pelo HIV-2 desenvolvem imunodeficiência avançada e
complicações de maneira semelhante aos infectados pelo HIV-1; outros parecem
ter sobrevida normal ou progredir mais lentamente.
A infecção pelo HIV-2 é caracterizada por uma contagem de LT-CD4+ maior e
quantificação menor de CV-HIV que a observada em pacientes com HIV-1.
Uma vez que a imunodeficiência avançada se desenvolve, os indivíduos infectados
pelo HIV-2 apresentam maior mortalidade.
A possibilidade de infecção pelo HIV-2 deve ser considerada de acordo com o
vínculo epidemiológico em pacientes com confirmação sorológica de infecção
pelo HIV-1, mas com CV-HIV baixa ou indetectável ou naqueles com queda
progressiva de LT-CD4+, apesar do uso de TARV.
Diagnóstico de infecção pelo HIV-2
Sempre que houver suspeita epidemiológica de infecção pelo HIV-2, deve-se
proceder à solicitação da testagem para HIV-2
Tratamento da infecção pelo HIV-2 
Várias peculiaridades terapêuticas devem ser consideradas em pacientes com
infecção pelo HIV-2:
✓ Alguns ARV são intrinsecamente ineficazes: todos os ITRNN disponíveis e muitos IP
(nelfinavir, ritonavir, indinavir, fosamprenavir, atazanavir, tipranavir), bem como o
ENF/ T-20.
A resistência aos ARV ocorre mais rapidamente, mesmo na presença de CV
indetectável, e pode apresentar outras vias de resistência (ITRN, IP)
A SIR com a TARV é mais lenta e menos intensa em comparação com a infecção
pelo HIV-1.
Esquemas antirretrovirais
O HIV-2 é amplamente resistente aos ITRNN e inibidores de fusão (IF)
Esquemas antirretrovirais no tratamento da infecção pelo HIV-2
LIPODISTROFIA
A lipodistrofia é um grupo de desordens do tecido adiposo caracterizadas pela
A redistribuição de gordura pode acontecer em conjunto com alterações
metabólicas, sendo esse padrão semelhante ao observado na SMet.
A lipodistrofia tem um impacto importante na qualidade de vida das PVHIV,
causando-lhes problemas físicos, psicológicos e sociais. A adesão à TARV tende
a diminuir ao longo do tempo, após o diagnóstico de lipodistrofia.
Manifestações clínicas
As alteraçõescorporais compreendem:
LIPOATROFIA: redução da gordura em regiões periféricas, como braços, pernas, 
face e nádegas, podendo apresentar proeminência muscular e venosa relativa;
O diagnóstico da lipodistrofia
associada ao HIV é baseado 
na concordância entre as 
queixas relatadas pelo 
paciente e a avaliação feita 
pela equipe de saúde. 
LIPO-HIPERTROFIA OU LIPOACUMULAÇÃO:
acúmulo de gordura na região 
abdominal, presença de 
gibosidade dorsal, 
“ginecomastia” nos homens e 
aumento de mamas em 
mulheres e acúmulo de gordura 
em diversos locais do corpo, 
como as regiões submentoniana
e pubiana, entre outras;
Recomendações em relação ao tratamento da lipodistrofia
Mudanças no estilo de vida (exercício físico, orientação nutricional);
Redução da exposição aos ARV (modificação da TARV: somente indicada para a
lipoatrofia associada aos ITRN – AZT);
Tratamento farmacológico para as alterações metabólicas;
Tratamentos cirúrgicos. 
Profilaxia Pré-exposição – PrEP (HIV)
Segmentos Populacionais Prioritários e critérios de indicação de PrEP
BRASIL, 2018
Componente da Consulta Inicial de PrEP
BRASIL, 2018
TDF (Tenofovir) + 
FTC (Entricitabina)
Dose fixa 
combinada, VO, 
1x/dia, uso 
contínuo
Esquema Antirretroviral para PrEP
Para relações anais
Cerca de 7 dias de uso 
contínuo da PrEP
Para relações vaginais
Aproximadamente de 
20 dias de uso 
contínuo da PrEP
PARA PROTEÇÃO
Seguimento 
clínico e 
laboratorial:
Trimestral (TR 
para HIV)
( INSTITUTO AOCP – 2019 – ENFERMEIRO) A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP, do inglês Pre-
Exposure Prophylaxis) consiste no uso de antirretrovirais (ARV) para reduzir o risco de adquirir a
infecção pelo HIV. Essa estratégia se mostrou eficaz e segura em pessoas com risco aumentado
de adquirir a infecção. Entre os segmentos populacionais prioritários que se enquadram nos
critérios de indicação de PrEP, está(ão):
a) gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH).
b) usuários de drogas injetáveis.
c) comunidade universitária.
d) adolescentes imunossuprimidos.
( INSTITUTO AOCP – 2018 – ENFERMEIRO) A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) é a
combinação de dois medicamentos (tenofovir + entricitabina). Faz parte da população-alvo para
esse método os citados a seguir, EXCETO:
a) homens que fazem sexo com outros homens.
b) transexuais.
c) trabalhadores do sexo.
d) pessoas que apresentem episódios frequentes de Infecções Sexualmente Transmissíveis.
e) profissionais de saúde que trabalhem com portadores de HIV.
Profilaxia Pós-exposição – PEP (HIV)
Como? Quando?
Com 
quem?
Avaliação Inicial
BRASIL, 2018
Exposição COM RISCO 
DE TRANSMISSÃO DO 
HIV
-Sangue
-Sêmen
-Fluidos vaginais
-Líquidos de serosas
-Líquido amniótico
-Líquor
-Líquido articular
-Leite materno
Exposição SEM RISCO 
DE TRANSMISSÃO DO 
HIV
-Suor
-Lágrima
-Fezes
-Urina
-Vômitos
-Saliva
Secreções nasais
Tipo de Material Biológico
Exposição COM RISCO 
DE TRANSMISSÃO DO 
HIV
-Percutânea
-Membranas mucosas
-Cutâneas pele não íntegra
Exposição SEM RISCO 
DE TRANSMISSÃO DO 
HIV
-Cutânea em pele 
íntegra
-Mordedura sem a 
presença de sangue
Tipo de Exposição
(INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO – 2019 – ENFERMEIRO) Existem materiais biológicos sabidamente
infectantes e envolvidos na transmissão do HIV. Assim, a exposição a esses materiais constitui
situação na qual a PEP (profilaxia pós-exposição) está recomendada. De acordo com o tipo de
material biológico, marque a opção que contém a afirmativa correta:
a) Exposição sem risco de transmissão de HIV: urina, vômitos, saliva, secreções nasais;
b) Exposição com risco de transmissão de HIV: sangue, urina, vômitos, líquor;
c) Exposição sem risco de transmissão de HIV: líquor, vômitos, leite materno, secreções nasais;
d) Exposição com risco de transmissão de HIV: sangue, leite materno, vômitos e lagrima.
(FAUEL – 2019 – ENFERMEIRO) De acordo com o Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para
profilaxia pós-exposição (PEP) de risco à infecção pelo HIV, existem materiais biológicos
infectantes envolvidos na transmissão do HIV assim como tipos de exposições com risco de
infecção pelo HIV. Situações estas na qual a PEP está recomendada. Assinale a alternativa
CORRETA.
a) São considerados tipos de materiais biológicos infectantes que podem transmitir o HIV:
sêmen, sangue, liquor e leite materno; e é considerado tipo de exposição com risco de
infecção pelo HIV: mordedura sem a presença de sangue.
b) São considerados tipos de materiais biológicos infectantes que podem transmitir o HIV:
sangue, fluidos vaginais, secreções nasais e urina; e é considerada tipo de exposição com
risco de infecção pelo HIV: percutânea – exemplos: lesões causadas por agulhas ou outros
instrumentos perfurantes e/ou cortantes;
c) São considerados tipos de materiais biológicos infectantes que podem transmitir o HIV:
sangue, líquidos de serosas, leite materno e fezes; e são consideradas tipo de exposição com
risco de infecção pelo HIV: cutâneas envolvendo pele não íntegra – Exemplos: presença de
dermatites ou feridas abertas.
d) São considerados tipos de materiais biológicos infectantes que podem transmitir o HIV:
sangue, sêmen, leite materno e liquor; e são consideradas tipos de exposição com risco de
infecção pelo HIV: membranas mucosas – exemplos: respingos em olhos, nariz e boca.
O primeiro atendimento após a exposição ao HIV é uma 
URGÊNCIA.
Deve-se iniciar a PEP o mais precocemente, em até 72 horas 
subsequentes à exposição 
TDF (Tenofovir) +3TC 
(Lamivudina)+DTG 
(Dolutegravir)
A duração da PEP é de 
28 dias
Esquema Preferencial para PEP - HIV
Repetir a testagem em 30 dias 
e 90 dias após a exposição
(IADES -2019 – SEASTER-PA- ENFERMEIRO) Atualmente, qual é o esquema preferencial de
profilaxia pós-exposição (PEP) nos casos de exposição ao vírus da imunodeficiência humana
(HIV)?
a) AZT + 3TC + DTG, com duração de 28 dias.
b) AZT + 3TC, com duração de 28 dias.
c) AZT + 3TC + ATV/r, com duração de 30 dias.
d) TDF + 3TC, com duração de 30 dias.
e) TDF + 3TC + DTG, com duração de 28 dias.
(AOCP – 2018 – UFOB – ENFERMEIRO) A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) de risco à infecção pelo 
HIV consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essa infecção. 
Considerando as recomendações do Ministério da Saúde sobre o tema, julgue o item a seguir.
O primeiro atendimento após a exposição ao HIV é uma urgência. A PEP deve ser iniciada o 
mais precocemente possível, tendo como limite as 72 horas subsequentes à exposição.
(COMPREVE – 2018 – Técnico em Enfermagem) Em uma unidade de pronto atendimento (UPA),
um técnico em enfermagem sofre uma lesão causada por agulha com presença de sangue a qual
tinha sido usada para administrar uma medicação endovenosa em uma paciente idosa, viúva há
10 anos . A paciente chegou à UPA com sintomas sugestivos de pneumonia aguda e tem his
tórico de diabetes mellitus e de hipertensão arterial. Após o acidente, o profissional acidentado
ficou muito nervoso e, imediatamente, realizou a limpeza da lesão com água corrente e sabão
líquido. Diante do caso, a enfermeira tomou as devidas providências de acordo como as
orientações atuais do Ministério da Saúde.
Em relação a esse caso e baseado no Protocolo do Ministério da Saúde (2017), se o resultado do
teste rápido (TR1e 2) com sangue da pessoa exposta for reagente, a profilaxia pós-exposição
a) está indicada, especialmente, se a avaliação do status sorológico da pessoa fonte pelo HIV, for 
reagente quanto à infecção pelo HIV.
b) não está indicada, pois esse resultado sugere que deve ser feita a avaliação 
do status sorológico da pessoa fonte quanto à infecção pelo HIV, e o profissional exposto deve 
ser encaminhado para novos exames laboratoriais.
c) não está indicada, pois esse resultado indica que a infecção pelo HIV ocorreu antes da 
exposição e a pessoa deve ser encaminhada para acompanhamento clínico e início da terapia 
antirretroviral.
d) está indicada, principalmente, pelo risco do acidente nessa situação

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