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Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) Parte I Profª Raíza Trombini A sexualidade é definida como uma questão essencial do ser humano, que contempla Sexo Identidades e papéis de gênero Orientação sexual Erotismo Prazer Intimidade Reprodução Sendo influenciada por uma relação de aspectos Biológicos Psicológicos Socioeconômicos Políticos Culturais Legais Históricos e Espirituais Prevenção Combinada e sexo seguro A percepção dos riscos de adquirir uma IST varia de pessoa para pessoa, e sofre mudanças ao longo da vida. O que é Prevenção Combinada? O termo “Prevenção Combinada” remete à conjugação de diferentes ações de prevenção Às IST Ao HIV Às hepatites virais e seus fatores associados Assim, sua definição está relacionada à combinação das três intervenções: A união dessas diferentes abordagens não encerra, contudo, todos os significados e possibilidades da Prevenção Combinada (BRASIL, 2017e). Biomédica Comportamental Estrutura Aplicadas ao âmbito Individual e coletivo Mandala da Prevenção Combinada (VUNESP – 2019 – TJ-SP- Enfermeiro Judiciário) Face a uma realidade global de índices elevados de infecções transmissíveis por via sexual (IST), torna-se fundamental que os profissionais de saúde aproveitem todas as oportunidades para orientar sobre a importância de se pensar em opção contraceptiva que proporcione uma dupla proteção exemplificada pelo uso combinado a) da camisinha feminina e do anticoncepcional oral. b) do diafragma e do dispositivo intrauterino. c) do anticoncepcional injetável e do diafragma. d) do gel espermicida e do anticoncepcional oral. e) da camisinha masculina e da camisinha feminina. O que é sexo seguro? Usar preservativo; Imunizar para HAV, HBV e HPV; Conhecer o status sorológico para HIV da(s) parceria(s) sexual(is); Testar regularmente para HIV e outras IST; Tratar todas as pessoas vivendo com HIV – PVHIV (Tratamento como Prevenção e I=I1 ); Realizar exame preventivo de câncer de colo do útero (colpocitologia oncótica); Realizar Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), quando indicado; Conhecer e ter acesso à anticoncepção e concepção; Realizar Profilaxia Pós-Exposição (PEP), quando indicado. Oferta de preservativos O preservativo masculino ou feminino deve ser oferecido às pessoas sexualmente ativas ✓ Como um método eficaz para a redução do risco de transmissão do HIV e de outras IST, além de evitar gravidez. Orientações para o uso de preservativos Conservação e o uso correto e regular dos preservativos masculino e feminino Devem fazer parte da abordagem realizada pelos(as) trabalhadores(as) da saúde. Esses insumos devem ser promovidos e disponibilizados como parte da rotina de atendimento. Adolescentes Observa-se que os pais/responsáveis e a equipe de saúde, comumente, tendem ✓ A não abordar aspectos determinantes da saúde sexual dos adolescentes, devido à negação do desejo sexual do jovem e ao incentivo ao prolongamento da infância A abordagem ao adolescente deve respeitar sua autonomia, em conformidade com os princípios da confidencialidade e da privacidade, indispensáveis para estabelecer uma relação de confiança e respeito com os profissionais de saúde. A temática da sexualidade deve estar presente nas ações de . Informação Comunicação Educação em saúde Para adolescentes Sífilis adquirida Definição e etiologia da sífilis A sífilis é uma infecção bacteriana sistêmica, crônica, curável e exclusiva do ser humano. Quando não tratada, evolui para estágios de gravidade variada, podendo acometer diversos órgãos e sistemas do corpo.Agente etiológico Treponema pallidum Transmissão da sífilis A transmissibilidade da sífilis é maior nos estágios iniciais (sífilis primária e secundária), diminuindo gradualmente com o passar do tempo (sífilis latente recente/ tardia). Essa maior transmissibilidade explica-se pela riqueza de treponemas nas lesões, comuns na sífilis primária (cancro duro) e secundária (lesões muco-cutâneas). Classificação clínica da sífilis A sífilis é dividida em estágios que orientam o tratamento e monitoramento: Sífilis recente (primária, secundária e latente recente): Até um ano de evolução Sífilis tardia (latente tardia e terciária): Mais de um ano de evolução (IBADE – IAPEN-AC-ENFERMEIRO-2020) A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passa a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas. A infecção causada pela bactéria Treponema pallidum é uma IST curável e exclusiva do ser humano e pode apresentar várias manifestações clínicas e 4 estágios: primário, secundário, latente e terciário, sendo que nos dois primeiros, a possibilidade de transmissão é maior. Assinale qual alternativa corresponde à IST descrita acima: a) herpes genital b) HIV c) HPV d) Sífilis e) gonorreia Sífilis primária: o tempo de incubação é de dez a 90 dias (média de três semanas). A primeira manifestação é caracterizada por Sua duração pode variar muito, em geral de três a oito semanas, e seu desaparecimento independe de tratamento. Pode não ser notada ou não ser valorizada pelo paciente. Embora menos frequente, em alguns casos a lesão primária pode ser múltipla. Uma úlcera rica em treponemas Geralmente única e indolor Com borda bem definida e regular Base endurecida e fundo limpo Que ocorre no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais do tegumento), sendo denominada “cancro duro”. Sífilis secundária: ocorre em média entre seis semanas a seis meses após a cicatrização do cancro ✓ Inicialmente, apresenta-se uma erupção macular eritematosa pouco visível (roséola), principalmente no tronco e raiz dos membros. Nessa fase, são comuns as placas mucosas, assim como lesões acinzentadas e pouco visíveis nas mucosas. ✓ A sintomatologia desaparece em algumas semanas, independentemente de tratamento, trazendo a falsa impressão de cura. Sífilis latente: período em que não se observa nenhum sinal ou sintoma A maioria dos diagnósticos ocorre nesse estágio. A sífilis latente é dividida em ❑ Latente recente (até um ano de infecção) e ❑ Latente tardia (mais de um ano de infecção). Sífilis terciária: ocorre aproximadamente em 15% - 25% das infecções não tratadas, após um período variável de latência, podendo surgir entre entre 1 e 40 anos depois do início da infecção. (MetroCapital Soluções -2019-Prefeitura de Nova Odessa – SP – Enfermeiro)Um determinado paciente foi diagnosticado com sífilis primária (Fase I). Quando for avaliar esse paciente, o profissional de enfermagem, deve prever os seguintes achados clínicos: a) Irritabilidade e sonolência. b) Úlceras genitais firmes e indolores. c) Dor de garganta e gânglios inchados. d) Fraqueza muscular e irritabilidade. e) Alucinações e sonolência. (COVEST-COPSET-2019-UFPE- Técnico de Enfermagem - Adaptada) A sífilis é uma infecção bacteriana de caráter sistêmico, curável e exclusiva do ser humano. Quanto a essa infecção, assinale a afirmativa correta. a) A primeira manifestação da sífilis é caracterizada pela presença de manchas avermelhadas na pele da palma da mão e da planta dos pés. b) A transmissão é exclusivamente sexual, não ocorrendo por transfusão de sangue ou derivados. c) Por tratar-se de infecção sexualmente transmissível, no Brasil, a sífilis não é doença de notificação compulsória. d) Quando não tratada, a sífilis pode evoluir para formas mais graves, costumando comprometer especialmente o sistema nervoso e o cardiovascular. e) O tratamento deve ser realizado por via intramuscular, realizado exclusivamente em ambientes com suporte hospitalar. Reação de Jarish-Herxheimer A reação de Jarisch-Herxheimer é um evento que pode ocorrer durante as 24 horas após a primeira dose de penicilina, em especial nas fases primária ou secundária.Caracteriza-se por exacerbação das lesões cutâneas – com eritema, dor ou prurido, mal-estar geral, febre, cefaleia e artralgia, que regridem espontaneamente após 12 a 24 horas. Pode ser controlada com o uso de analgésicos simples, conforme a necessidade, sem ser preciso descontinuar o tratamento. Gestantes que apresentam essa reação podem ter risco de trabalho de parto prematuro, pela liberação de prostaglandinas em altas doses. Entretanto, caso a gestante não seja tratada adequadamente para sífilis, o risco de abortamento ou morte fetal é maior que os riscos potenciais da reação Monitoramento pós-tratamento de sífilis A pessoa tratada com sucesso pode ser liberada de novas coletas após um ano de seguimento pós tratamento. O monitoramento é fundamental para: Classificar a resposta ao tratamento Identificar possível reinfecção e Definir a conduta correta para cada caso. Resposta imunológica adequada; Critérios de retratamento: reativação e/ou reinfecção. Resposta imunológica ao tratamento de sífilis Atualmente, para definição de resposta imunológica adequada, utiliza-se O teste não treponêmico não reagente ou uma queda na titulação em duas diluições em até seis meses para sífilis recente e queda na titulação em duas diluições em até 12 meses para sífilis tardia. Quanto mais precoce for o diagnóstico e o tratamento, mais rapidamente haverá Desaparecimento dos anticorpos circulantes e consequente negativação dos testes não treponêmicos, ou, ainda, sua estabilização em títulos baixos. A persistência de resultados reagentes em testes não treponêmicos É chamada de “cicatriz sorológica” (serofast) e não caracteriza falha terapêutica. Após o tratamento adequado e com queda prévia da titulação em pelo menos duas diluições, quando descartada nova exposição de risco durante o período analisado, Critérios de retratamento de sífilis: reativação ou reinfecção Muitas vezes, é difícil distinguir entre reinfecção, reativação e cicatriz sorológica, sendo fundamental a avaliação da presença ✓ De sinais e sintomas clínicos novos ✓ Da epidemiologia (reexposição) ✓ Dos exames laboratoriais prévios, para facilitar a elucidação diagnóstica. ✓ Do histórico de tratamento (duração, adesão e medicação utilizada) e São critérios de retratamento e necessitam de conduta ativa do profissional de saúde: Ausência de redução da titulação em duas diluições no intervalo de seis meses (sífilis recente, primária e secundária) ou 12 meses (sífilis tardia) após o tratamento adequado (ex.: de 1:32 para >1:8; ou de 1:128 para >1:32); Aumento da titulação em duas diluições ou mais (ex.: de 1:16 para 1:64; ou de 1:4 para 1:16); Persistência ou recorrência de sinais e sintomas clínicos. Neurossífilis O envolvimento do sistema nervoso central (SNC) pode ocorrer Durante qualquer estágio da sífilis e anormalidades laboratoriais do LCR são comuns em pessoas infectadas já nos estágios iniciais da doença (WORKOWSKI; BOLAN, 2015), pois o T. Pallidum invade precocemente o SNC dentro de horas a dias após a inoculação. Manifestações clínicas da neurossífilis Envolvimento ocular (uveíte, paralisia de nervos cranianos) Envolvimento auditivo Paresia geral Deficiência cognitiva Mudanças de comportamento Demência Depressão Mania Psicose com alucinações visuais ou auditivas Dificuldades de memória Confusão mental Meningite sifilítica Lesão meningovascular: acometimento isquêmico principalmente cápsula interna, artéria cerebral média, carótida, artéria basilar, artéria cerebral posterior, vasos cerebelares Tabes dorsalis Goma sifilítica Epilepsia Diagnóstico de neurossífilis O diagnóstico é baseado em uma combinação de achados clínicos, alterações do LCR e ao resultado do VDRL no LCR. Tratamento da neurossífilis Todos os casos com VDRL reagente no LCR, independentemente da presença de sinais e sintomas neurológicos e/ou oculares Casos que apresentem VDRL não reagente no LCR, com alterações bioquímicas no LCR Presença de sinais e sintomas neurológicos e/ou oculares e/ou achados de imagem do SNC característicos da doença Desde que os achados não possam ser explicados por outra doença Tratamento Neurosífilis Monitoramento pós-tratamento da neurossífilis Indivíduos tratados para neurossífilis devem ser Na persistência de alterações do LCR, recomenda-se Submetidos à punção liquórica de controle após seis meses do término do tratamento. O retratamento e punções de controle em intervalos de seis meses, até a normalização da celularidade e VDRL não reagente. Sífilis: particularidades em populações especiais Gestantes ✓ As gestantes devem ser testadas para sífilis na primeira consulta, no início do terceiro trimestre e na internação para o parto, em caso de aborto/natimorto ou história de exposição de risco/violência sexual ✓ O monitoramento sorológico deve ser mensal até o termo. Após o parto, o seguimento é trimestral até o 12º mês de acompanhamento (3, 6, 9, 12 meses); Sífilis e HIV A prevalência de sífilis é maior entre as PVHIV que entre as pessoas negativas para o HIV. Úlceras genitais podem facilitar a transmissão sexual e perinatal do HIV. A quebra da integridade do epitélio mucoso ocasiona uma via de entrada para o vírus. Todas as PVHIV diagnosticadas com sífilis devem ser submetidas ✓A um exame neurológico minucioso. Em caso de sinais ou sintomas oculares e/ou neurológicos, a consulta com especialista não deve ser retardada e a punção lombar passa a ser uma imposição diagnóstica O curso clínico da sífilis pode ser alterado pela coinfecção com HIV, com a ocorrência de manifestações atípicas ou mais agressivas. Sífilis: parcerias sexuais Um terço das parcerias sexuais de pessoas com sífilis recente desenvolverão sífilis dentro de 30 dias da exposição. Portanto, além da avaliação clínica e do seguimento laboratorial, se houve exposição à pessoa com sífilis (até 90 dias), recomenda-se ✓oferta de tratamento presuntivo a esses parceiros sexuais (independentemente do estágio clínico ou sinais e sintomas), Com dose única de benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM (1,2 milhão de UI em cada glúteo). Sífilis Congênita (SC) Transmissão da espiroqueta presente na corrente sanguínea da gestante infectada para o concepto ✓ via transplacentária ✓ contato direto com a lesão no momento do parto. Pode ocorrer em qualquer fase gestacional ou estágio da doença materna e pode resultar em: Aborto Natimorto Prematuridade ou um amplo espectro de manifestações clínicas; Apenas os casos muito graves são clinicamente aparentes ao nascimento. Avaliação inicial da criança exposta ou com sífilis congênita ❑ Histórico materno de sífilis quanto ao tratamento e seguimento na gestação; ❑ Sinais e sintomas clínicos da criança (na maioria das vezes ausentes ou inespecíficos); ❑ Teste não treponêmico periférico da criança comparado com o da mãe. ❑ Deve ser realizada na casa de parto/maternidade Fluxo de notificação a partir da classificação do RN ao nascimento baseado apenas no histórico materno Criança exposta à sífilis Toda criança exposta será necessariamente encaminhada para a Atenção Primária à Saúde Exame físico da criança exposta à sífilis ✓ O exame físico deve ser completamente normal ✓ O achado de qualquer sinal ou sintoma deve levar à investigação complementar, e a sífilis congênita será incluída no diagnóstico diferencial. ✓ Análise de exame laboratorial não treponêmico para exclusão da possibilidade de sífilis congênita Testagem para sífilis na criança exposta à sífilis Todos os RN nascidos de mãe com diagnóstico de sífilis durante a gestação, independentemente do histórico de tratamento materno, deverão realizar teste não treponêmico periférico. O sangue de cordão umbilical não deve ser utilizado No teste não treponêmico, um título maior que o materno em pelo menos duas diluições (ex.: materno 1:4, RN maiorou igual a 1:16) ✓ É indicativo de infecção congênita. No entanto, a ausência desse achado não exclui a possibilidade do diagnóstico de SC. Todas as crianças com sífilis congênita devem ser submetidas a uma investigação completa, incluindo punção lombar para análise do líquor e radiografia de ossos longos. Seguimento clínico-laboratorial da criança exposta à sífilis É esperado que os testes não treponêmicos das crianças declinem aos três meses de idade A resposta pode ser mais lenta em crianças tratadas após um mês de idade. ✓ Devendo ser não reagentes aos seis meses nos casos em que a criança não tiver sido infectada ou que tenha sido adequadamente tratada. A falha no tratamento em prevenir a ocorrência de SC é indicada por: ❑ Persistência da titulação reagente do teste não treponêmico após seis meses de idade; E/OU ❑ Aumento nos títulos não treponêmicos em duas diluições ao longo do seguimento (ex.: 1:2 ao nascimento e 1:8 após). Nesses dois casos, as crianças serão notificadas para sífilis congênita e submetidas à punção lombar para estudo do LCR com análise do VDRL, contagem celular e proteína, Devendo ser tratadas durante dez dias com penicilina parenteral (a escolha do tratamento dependerá da presença ou não de neurossífilis), mesmo quando houver histórico de tratamento prévio. Sífilis Congênita Sífilis congênita precoce pode surgir até o segundo ano de vida Sífilis congênita tardia – sinais e sintomas após dois anos de idade da criança Manifestações clínicas de sífilis congênita precoce São os sinais mais frequentes: Hepatomegalia Icterícia Corrimento nasal (rinite sifilítica) Rash cutâneo Linfadenopatia generalizada; Anormalidades esqueléticas. Atraso no desenvolvimento psicomotor Manifestações clínicas de sífilis congênita tardia Seguimento clínico da criança com sífilis congênita O seguimento pode ser feito na puericultura, conforme orientação da Saúde da Criança (1ª semana de vida, 1º, 2º 4º, 6º, 9º, 12º e 18º mês), com retorno para checagem de exames. - Consulta oftalmológica - Consulta audiológica - Consulta neurológica SEMESTRAIS POR 2 ANOS S Tratamento da criança com sífilis congênita Tratamento de sífilis congênita no período pós-natal Benzilpenicilina potássica (cristalina) 50.000 UI/kg, IV, de 4/4h a 6/6h, por 10 dias. Crianças diagnosticadas com sífilis congênita após um mês de idade e aquelas com sífilis adquirida deverão ser tratadas com benzilpenicilina potássica/cristalina. (Quadrix- 2019- Prefeitura de Itajaí – GO – Técnico de Enfermagem) No que se refere à sífilis congênita (SC), assinale a alternativa correta. a) O risco de transmissão vertical é maior, nas fases latentes ou terciárias da doença, em gestantes portadoras de sífilis não tratada ou tratada inadequadamente. b) A permanência de altos índices de SC é devido aos fatores relacionados às medidas de alto custo, tecnicamente sofisticadas, de baixa eficácia e de difícil acesso à população. c) A gestação com infecção treponêmica pode evoluir para óbito fetal, aborto espontâneo, prematuridade e recém‐nascido sintomático e assintomático. d) A confirmação diagnóstica da SC é feita a partir da coleta do sangue do cordão umbilical do recém‐nascido durante o parto. e) A SC apresenta apenas o estágio precoce quando as manifestações clínicas são diagnosticadas até o primeiro trimestre de vida. (IESES-2019-Técnico em Enfermagem) Sobre a sífilis, verifique as assertivas e selecione a opção correta. I. A sífilis é uma infecção bacteriana sistêmica, crônica, curável e exclusiva do ser humano. II. Quando não tratada, evolui para estágios de gravidade variada, podendo acometer diversos órgãos e sistemas do corpo. III. Trata-se de uma doença conhecida há séculos; seu agente etiológico, descoberto em 1905, é o Treponema pallidum, subespécie pallidum. IV. Sua transmissão se dá principalmente por contato sexual; contudo, pode ser transmitida verticalmente para o feto durante a gestação de uma mulher com sífilis não tratada ou tratada de forma não adequada. V. A maioria das pessoas com sífilis são assintomáticas; quando apresentam sinais e sintomas, muitas vezes não os percebem ou valorizam, e podem, sem saber, transmitir a infecção às suas parcerias sexuais. VI. O Brasil, assim como muitos países, apresenta uma reemergência da doença. a) As assertivas I, II, III, IV, V e VI estão corretas. b) Apenas as assertivas I e VI estão corretas. c) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas. d) Apenas as assertivas I, II, III e V estão corretas. (Compreve-2019-UFRN-Técnico em Enfermagem) Considerando o contexto epidemiológico da sífilis e da sífilis congênita no Brasil, o Ministério da Saúde orienta que o diagnóstico laboratorial seja feito por técnicas variadas, dependentes da fase da infecção, assim como também o é o tratamento da doença. Por isso, é importante acompanhar a evolução da cura por meio de: a) exames não treponêmicos, pois estes tendem à negativação após o tratamento e, por isso, são utilizados no seguimento pós-terapêutico. b) exames treponêmicos, pois estes tendem à negativação após o tratamento e, por isso, são utilizados no seguimento pós-terapêutico. c) testes rápidos, pois são os mais indicados no seguimento pós-terapêutico. d) exame físico do paciente, pois o desaparecimento dos sinais e sintomas é confirmatório. (IF-ES-2019-Enfermeiro) Com relação à triagem das Infecções Sexualmente Transmissíveis na gestação, analise as afirmativas abaixo e marque (V) para as VERDADEIRAS e (F) para as FALSAS: ( ) A pesquisa para o HIV deve ser feita na primeira consulta do pré-natal, idealmente no primeiro e no terceiro trimestre da gestação. Porém, no caso de gestantes que não tiveram acesso ao pré-natal, o diagnóstico pode ocorrer no momento do parto, na própria maternidade, por meio do teste rápido para HIV. ( ) A pesquisa para sífilis deve ser feita na primeira consulta do pré-natal, idealmente no primeiro trimestre da gravidez, no início do terceiro trimestre (28ª semana), no momento do parto (independentemente de exames anteriores), e em caso de abortamento. ( ) A pesquisa de tricomoníase na gestação é recomendado considerando o risco de parto pré- termo, e a redução dos efeitos adversos perinatais. ( ) No caso da Hepatite B não é recomendada a pesquisa do HbsAg de rotina no pré-natal, devido ao baixo índice de detecção do agravo em gestantes e à ausência de imunoprofilaxia ou intervenção medicamentosa que possam prevenir a transmissão vertical. A sequência CORRETA é: a) V – V – F – F b) F – F – V – V c) F – F – F – V d) F – V – F – V e) V – F – F – V (IF-ES-2019-Enfermeiro) Percebe-se, atualmente, um grande número de casos de Sífilis. Nesse contexto, em relação a esta doença, marque a alternativa CORRETA: a) É causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. b) A Sífilis latente é o período em que não se observa sinal ou sintoma clínico de Sífilis, porém, verifica-se reatividade nos testes imunológicos que detectam anticorpos. c) Na Sífilis primária os sinais e sintomas surgem em média entre seis semanas e seis meses após a infecção e as lesões de pele não são pruriginosas. d) Os testes rápidos para detectar Sífilis são práticos e de fácil execução, com leitura do resultado somente após 2 horas. e) A penicilina é o medicamento de escolha para o tratamento da Sífilis. Seu esquema terapêutico é: Penicilina G benzatina 2,4 milhões UI, IM, semanal, por 3 meses. (FUNDATEC-2019-Enfermeiro) A sífilis é uma doença sexualmente transmissível, tendo se tornado, nos últimos anos, uma epidemia no Brasil. Nesse sentido, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas. ( ) O período de incubação é de 10 a 90 dias, com média de 21 dias, a partir do contato sexual infectante. ( ) São exames para diagnóstico: teste treponêmico (VDRL e TRUST) e teste não treponêmico (FTA-abs). ( ) Em gestantes, a sífilis pode ser transmitida para o feto (transmissão vertical), por via transplacentária, em qualquerfase da gestação: média de 100% na fase primária, 90% na fase secundária e 30% na fase latente. ( ) Doença de notificação compulsória regular (até 10 dias): todo caso confirmado de sífilis adquirida, gestacional ou congênita. ( ) Deverá ser realizada testagem para sífilis no 1º trimestre da gravidez ou na 1ª consulta, e no início do 3º trimestre. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: a) V – V – F – V – F. b) F – V – F – F – V. c) V – V – V – V – F. d) F – F – V – V – V. e) V – F – V – F – V. (AOCP – 2018 – Enfermeiro) Lactente de cinco meses chega ao pronto-socorro para tratamento hospitalar com: hepatomegalia, pênfigo palmoplantar, osteocondrite, icterícia, e linfadenopatia generalizada. A mãe relata que não teve acompanhamento na gestação. Esse lactente possivelmente será internado para tratamento de: a) HPV b) Cólera c) Tétano d) Hepatite A e) Sífilis Congênita (PUC –PR - 2017 – Enfermeiro) O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde ressalta o importante papel do enfermeiro no manejo das infecções sexualmente transmissíveis (IST), em consonância com a Política Nacional da Atenção Básica, a qual estabelece, entre outras atribuições específicas do enfermeiro, a realização de consulta de enfermagem, de procedimentos e de atividades em grupo e, conforme protocolos ou outras normativas técnicas e observadas as disposições legais da profissão, a solicitação de exames complementares, a prescrição de medicações e o encaminhamento, quando necessário, de usuários a outros serviços. Além disso, a Lei nº 7.498, de 25 junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício de enfermagem, estabelece que cabe ao enfermeiro, como integrante da equipe de saúde, a prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde. Diante disso, é imprescindível o conhecimento do enfermeiro acerca das diferentes infecções sexualmente transmissíveis, para que seja possível a realização e o planejamento de cuidados e ações efetivas na prevenção, promoção e recuperação da saúde da população. Em relação à sífilis, que é uma das infecções sexualmente transmissíveis, analise as afirmativas a seguir. I. Sífilis latente é uma das variantes clínicas de sífilis em que o diagnóstico é realizado exclusivamente por meio de testes imunológicos, pois não se observam sinais e sintomas clínicos. II. Em gestantes com sífilis, a transmissão para o feto ocorre exclusivamente na passagem pelo canal do parto. III. Na sífilis primária, após o contato sexual, o período de incubação é em média de três semanas. A primeira manifestação é caracterizada por uma erosão ou úlcera no local de entrada da bactéria, cuja lesão é denominada “cancro duro”. IV. A lesão inicial na sífilis primária, via de regra, é indolor e acompanhada de linfadenopatia inguinal. Dura em torno de duas a seis semanas e pode desaparecer espontaneamente. V. A sífilis congênita é evitável quando se identificam e se tratam adequadamente a gestante e suas parcerias sexuais. A sífilis congênita precoce pode surgir até os 4 anos de idade; se surgir depois disso, é considerada sífilis congênita tardia. Assinale a alternativa CORRETA. a) Estão corretas somente as afirmativas I, II e III. b) Estão corretas somente as afirmativas I, III e IV. c) Estão corretas somente as afirmativas II, III e IV. d) Estão corretas somente as afirmativas I, IV e V. e) Estão corretas somente as afirmativas II, III e V. Candidíase Vulvovaginal Candida albicans é o agente etiológico da candidíase vulvovaginal (CVV) em 80% a 92% dos casos Prurido Ardência Corrimento geralmente grumoso sem odor Dispareunia de introito vaginal Os sinais característicos são: Disúria externa Os sinais característicos são eritema e fissuras vulvares, corrimento grumoso, com placas aderidas à parede vaginal, de cor branca, edema vulvar, escoriações e lesões satélites, por vezes, pustulosas pelo ato de coçar. Tratamento da CVV Vaginose bacteriana A vaginose bacteriana (VB) é a desordem mais frequente do trato genital inferior entre mulheres em idade reprodutiva (gestantes ou não) e a causa mais prevalente de corrimento vaginal com odor fétido. Está associada à perda de lactobacilos e ao crescimento de inúmeras bactérias, bacilos e cocos Gram-negativos anaeróbicos. Teste de Whiff positivo (odor fétido das aminas com adição de hidróxido de potássio a 10%). Tratamento de Vaginose Bacteriana Tricomoníase Vulvovaginite menos frequente nos dias atuais, é causada por um protozoário flagelado unicelular, o Trichomonas vaginalis, e parasita com mais frequência a genitália feminina que a masculina. Seus sinais e sintomas característicos consistem em Corrimento vaginal intenso Amarelo-esverdeado, por vezes acinzentado, bolhoso e espumoso, acompanhado de odor fétido (na maioria dos casos, lembrando peixe) e prurido eventual, que pode constituir reação alérgica à afecção. Tratamento de Tricomoníase Cervicite As cervicites são frequentemente assintomáticas (em torno de 70% a 80%). Nos casos sintomáticos, as principais queixas são Corrimento vaginal Sangramento intermenstrual ou pós-coito Dispareunia Disúria Polaciúria e Dor pélvica crônica Os principais agentes etiológicos são Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae Diagnóstico de cervicite O diagnóstico laboratorial da cervicite causada por C. trachomatis e N. gonorrhoeae pode ser feito por pela detecção do material genético dos agentes infecciosos por biologia molecular. Esse método é o de escolha para todos os casos, sintomáticos e assintomáticos. Tratamento do corrimento vaginal e cervicite Infecções que causam corrimento uretral As uretrites são caracterizadas por inflamação e corrimento uretral. Os agentes microbianos das uretrites podem ser transmitidos por relação sexual vaginal, anal e oral. O corrimento uretral costuma ter aspecto que varia de mucoide a purulento, com volume variável Estando associado a dor uretral (independentemente da micção), disúria, estrangúria (micção lenta e dolorosa), prurido uretral e eritema de meato uretral. Etiologia das uretrites Os agentes etiológicos mais frequentes das uretrites são A Neisseria gonorrhoeae e a Chlamydia trachomatis. Aspectos específicos das uretrites Uretrite gonocócica É um processo infeccioso e inflamatório da mucosa uretral, causado pela Neisseria gonorrhoeae (diplococo Gram-negativo intracelular). O risco de transmissão de um parceiro infectado a outro é, em média, 50% por ato sexual. Os sinais e sintomas são determinados pelos locais primários de infecção: A infecção uretral no homem é assintomática em menos de 10% dos casos. Nos casos sintomáticos, há presença de corrimento em mais de 80% e de disúria em mais de 50%. O período de incubação costuma ser de dois a cinco dias após a infecção. Nas mulheres, a uretrite gonocócica é frequentemente assintomática. ✓ As membranas mucosas da uretra (uretrite) ✓ Endocérvice (cervivite) ✓ Reto (proctite) ✓ Faringe (faringite) e conjuntiva (conjuntivite). Uretrite não gonocócica É a uretrite sintomática cuja bacterioscopia pela coloração de Gram, cultura e detecção de material genético por biologia molecular são negativas para o gonococo. Vários agentes têm sido responsabilizados por essas infecções, como Chlamydia trachomatis, Mycoplasma genitalium, Ureaplasma urealyticum, Mycoplasma hominis, Trichomonas vaginalis, entre outros A infecção por clamídia no homem é responsável por aproximadamente 50% dos casos de uretrite não gonocócica. A transmissão ocorre pelo contato sexual (risco de 20% por ato), sendo o período de incubação, no homem, de 14 a 21 dias. Infecção por clamídia e gonococo extragenital A infecção retal é geralmente assintomática, sendo mais frequentes em homens que fazem sexocom homens (HSH). A infecção de faringe é habitualmente assintomática em mais de 90% dos casos. O diagnóstico se faz a partir do histórico sexual A conjuntivite gonocócica é mais comum em recém-nascidos de mães infectadas e em adultos; pode ocorrer por autoinoculação e fômites, evoluindo com secreção purulenta e edema periorbital. Se não tratada, pode levar a complicações como ulceração de córnea, perfuração e cegueira. Tratamento de uretrites Tratamento de uretrites Infecções que causam úlcera genital As úlceras genitais representam síndrome clínica, sendo muitas vezes causadas por IST, e se manifestam como Lesões ulcerativas erosivas, precedidas ou não por pústulas e/ou vesículas, Acompanhadas ou não de dor, ardor, prurido, drenagem de material mucopurulento, sangramento e linfadenopatia regional. IST que se manifestam com úlceras genitais em alguma fase da doença, cujos agentes etiológicos infecciosos mais comuns são: Treponema pallidum (sífilis); HSV-1 e HSV-2 (herpes perioral e genital, respectivamente); Haemophilus ducreyi (cancroide); Chlamydia trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3 (LGV); Klebsiella granulomatis (donovanose). Herpes genital Os HSV tipos 1 e 2 pertencem à família Herpesviridae A primoinfecção herpética tem um período de incubação médio de seis dias. Em geral, é uma manifestação mais severa, caracterizada pelo surgimento de lesões eritemato-papulosas de um a três milímetros de diâmetro, que rapidamente evoluem para vesículas sobre base eritematosa, muito dolorosas e de localização variável na região genital. O quadro local na primoinfecção pode ser acompanhado de manifestações gerais como: Febre Mal-estar Mialgia e disúria, com ou sem retenção urinária. Nas mulheres, pode simular quadro de infeção urinária baixa. A linfadenomegalia inguinal dolorosa bilateral está presente em 50% dos casos. Tratamento de herpes genital Cancroide O cancroide é provocado pelo Haemophilus ducreyi, mais frequente nas regiões tropicais. Denomina-se também cancro mole, cancro venéreo ou cancro de Ducrey. O período de incubação é geralmente de três a cinco dias, podendo se estender por até duas semanas. O risco de infecção em uma relação sexual é de 80%, mais frequente em homens. As lesões são dolorosas, geralmente múltiplas e devidas à autoinoculação. A borda é irregular O diagnóstico diferencial é feito com cancro duro (sífilis primária), herpes genital, LGV, donovanose e erosões traumáticas infectadas. Apresentando contornos eritemato- edematosos e fundo heterogêneo Recoberto por exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido, que, quando removido, revela tecido de granulação com sangramento fácil. Linfogranuloma venéreo (LGV) O LGV é causado por Chlamydia trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3. A evolução da doença ocorre em três fases: inoculação, disseminação linfática regional e sequelas. Fase de inoculação: pápula, pústula ou exulceração indolor, que desaparece sem deixar sequela Fase de disseminação linfática regional: no homem, a linfadenopatia inguinal - uma a seis semanas após a lesão inicial; é o principal motivo da consulta. Na mulher, a localização da adenopatia depende do local da lesão de inoculação Fase de sequelas: o comprometimento ganglionar evolui com supuração e fistulização por orifícios múltiplos, que correspondem a linfonodos individualizados, parcialmente fundidos em uma grande massa. Donovanose É uma IST crônica progressiva, causada pela bactéria Klebsiella granulomatis. ✓Acomete preferencialmente pele e mucosas das regiões genitais, perianais e inguinais ✓ É pouco frequente, ocorrendo na maioria das vezes em climas tropicais e subtropicais. A donovanose (granuloma inguinal) está frequentemente associada à transmissão sexual, sendo a transmissibilidade baixa. O quadro clínico inicia-se com ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granuloso, de aspecto vermelho vivo e de sangramento fácil. A ulceração evolui lenta e progressivamente, podendo tornar-se vegetante ou úlcerovegetante. As lesões costumam ser múltiplas, sendo frequente a configuração em “espelho” nas bordas cutâneas e/ou mucosas. Infecção pelo HPV O HPV (sigla em inglês para papilomavírus humano) é um DNA-vírus de cadeia dupla, não encapsulado, membro da família Papovaviridae. Infecta epitélios escamosos e pode induzir uma grande variedade de lesões cutaneomucosas. Por qualquer tipo de atividade sexual e, A transmissão do HPV dá-se Excepcionalmente, durante o parto, com a formação de lesões cutaneomucosas em recém-nascidos ou papilomatose recorrente de laringe. A transmissão por fômites é rara. Os tipos de HPV que infectam o trato genital são divididos em dois grupos, de acordo com o potencial oncogênico e com as lesões às quais costumam estar associados: Baixo risco oncogênico: tipos 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 70, 72 e 81. Alto risco oncogênico: tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82. Os tipos 26, 53 e 66 provavelmente são de alto risco oncogênico, enquanto os tipos 34, 57 e 83, de risco indeterminado. Os tipos que causam verrugas genitais são quase sempre diferentes daqueles que causam câncer. O tempo médio entre a infecção pelo HPV de alto risco e o desenvolvimento do câncer cervical é de aproximadamente 20 anos Tabagismo e deficiências imunológicas, incluindo as causadas pela infecção pelo HIV, desnutrição, cânceres e drogas imunossupressoras são fatores predisponentes. De acordo com o tipo do vírus, sua carga viral, sua capacidade de persistência e o estado imunológico do hospedeiro. Na maioria das pessoas, a infecção pelo HPV não produz qualquer manifestação. O tempo de latência pode variar de meses a anos e, quando presentes, as manifestações podem ser subclínicas. Apresentações clínicas do HPV As lesões da infecção pelo HPV são polimórficas, sendo as lesões pontiagudas denominadas condiloma acuminado. Costumam ser únicas ou múltiplas, achatadas ou papulosas, mas sempre papilomatosas. Apresentam-se da cor da pele, eritematosas ou hiperpigmentadas. Em geral são assintomáticas, mas podem ser pruriginosas, dolorosas, friáveis ou sangrantes. No homem, as lesões ocorrem mais frequentemente no folheto interno do prepúcio, no sulco bálano- prepucial ou na glande. Podem acometer, ainda, a pele do pênis e/ou do escroto. Na mulher, costumam ser observadas na vulva, vagina e/ou cérvice. Em ambos, podem ser encontradas nas regiões inguinais ou perianais. As mulheres com verrugas anogenitais requerem um exame ginecológico completo, incluindo O exame preventivo de câncer de colo do útero e, quando indicada pelas alterações citológicas, colposcopia, acompanhada ou não de biópsia. Pacientes Com lesões anais, idealmente, devem ter um exame proctológico com anuscopia e toque retal. Diagnóstico do HPV O diagnóstico das verrugas anogenitais é tipicamente clínico. Em situações especiais, há indicação de biópsia para estudo histopatológico: 1. Dúvida diagnóstica, suspeita de neoplasias ou outras doenças; 2. Lesões atípicas ou que não respondam adequadamente aos tratamentos; 3. Lesões suspeitas em pessoas com imunodeficiências; Estudo citológico de material colhido do canal anal – populações especiais Não são recomendados testes que identificam os diferentes tipos de HPV na rotina clínica. Tratamento domiciliar É um modulador da resposta imunológica pela indução do interferon alfa e de outras citocinas. Imiquimode 50mg/g creme (dias alternados por 3 semanas – até 16 semanas): Podofilotoxina (2x/dias por 3 dias consecutivos + 4 dias sem aplicação: Possui propriedades antimitóticas. A absorção sistêmica é baixa. Tratamento ambulatorial Ácido tricloroacético (ATA) 80% a 90% em solução Podofilina 10%-25% (solução) – exceto gestantes Eletrocauterização Exérese cirúrgica Crioterapia HPV:seguimento Sabendo-se que o tratamento das verrugas anogenitais não leva à erradicação viral, recorrências são frequentes. O paciente e sua(s) parceria(s) sexual(is) devem retornar ao serviço caso se identifiquem novas lesões. Testes de detecção viral não são indicados em nenhuma situação, por não trazerem qualquer benefício às pessoas acometidas. Hepatites virais As hepatites virais causadas pelos vírus hepatotrópicos (vírus das hepatites A, B, C, D ou Delta e E) são doenças causadas por diferentes agentes etiológicos, que têm em comum o tropismo primário pelo tecido hepático e que constituem um enorme desafio à saúde pública em todo o mundo. Hepatite A A hepatite A é uma doença comumente transmitida por meio de contato oral-fecal, por ingestão de água e/ou alimentos contaminados. A transmissão sexual do vírus da hepatite A (HAV) também tem sido relatada. Hepatite B O HBV é transmitido por meio de contato com fluidos corpóreos infectados. O sangue é o veículo de transmissão mais importante, mas outros fluidos também podem transmitir o HBV, como sêmen e saliva. Os meios de transmissão conhecidos são perinatal, sexual e parenteral/percutâneo. As rotas de transmissão predominantes variam de acordo com a endemicidade da infecção pelo HBV. Hapatite D – Coinfecção ou Superinfecção Hepatite C A forma mais eficaz de transmissão do vírus da hepatite C (HCV) ocorre por meio da exposição percutânea repetida, ou mediante grandes volumes de sangue infectado No Brasil, a transfusão de sangue e hemoderivados de doadores não testados para HCV foi considerada uma forma importante de transmissão durante muitos anos. Infecções Entéricas e Intestinais Sexualmente Transmissíveis Infecções assintomáticas são a maioria dos casos e mantêm a cadeia de transmissão Sinais e sintomas baixos: dor anal, corrimento anal mucopurulento, tenesmo e hematoquezia Sinais e sintomas altos: diarreia, dor abdominal, cólicas, náuseas e febre Proctite – limitada à mucosa retal – transmissão pelo intercurso anal - Sintomas baixos Proctocolite – mucosa retal e cólon – transmissão fecal-oral – Sintomas baixos Enterite – duodeno, jejuno e/ou íleo – transmissão fecal-oral – Sintomas altos 1. (Contemax – 2019 – Enfermeiro) Responda verdadeiro (V) ou falso (F) com relação ao Cancro Mole e assinale a alternativa que traz a sequência CORRETA: (__) É causado pela bactéria Treponema pallidum, bacilo gram-negativo intracelular, transmitida na maioria das vezes por prática sexual desprotegida, frequente nas regiões tropicais. (__) No homem, as localizações mais frequentes são no frênulo e no sulco bálano prepucial; na mulher, na fúrcula e na face interna dos grandes lábios. (__) Caracteriza-se por apresentar lesões múltiplas (podendo ser única), tipo úlceras, habitualmente dolorosas, de borda irregular, com contornos eritemato-edematosos e fundo irregular, cobertas por exsudato necrótico, amarelado e de odor fétido. a) V – V – F. b) V – F – F c) F – V – V. d) F – V – F. e) F – F – V. 2. (Fundatec – 2019 – Técnico de Enfermagem) As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Assinale a alternativa que NÃO corresponde aos sintomas da respectiva DST. a) Tricomoníase: nas mulheres poderá ser assintomático, ou sintomático quando apresenta corrimento parecido com clara de ovo no canal da urina e dor ao urinar. A infecção pode atingir o útero e as trompas, nesses casos, pode haver complicações como dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas (fora do útero), parto prematuro e até esterilidade. b) Linfogranuloma venéreo: caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital de curta duração (de três a cinco dias), que se apresenta como uma ferida ou como uma elevação da pele. Após a cura da lesão primária, surge um inchaço doloroso dos gânglios de uma das virilhas. Se esse inchaço não for tratado adequadamente, evolui para o rompimento espontâneo e formação de feridas que drenam pus. c) Herpes: manifesta-se através de pequenas bolhas localizadas principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis. Essas bolhas podem arder e causam coceira intensa. Ao se coçar, a pessoa pode romper a bolha, causando uma ferida. d) Cancro mole: feridas múltiplas e dolorosas de tamanho pequeno com presença de pus, que aparecem com frequência nos órgãos genitais (pênis, ânus e vulva). Podem aparecer nódulos (caroços ou ínguas) na virilha. e) Sífilis: manifesta-se inicialmente como uma pequena ferida nos órgãos sexuais (cancro duro) e com nódulos nas virilhas. A ferida e os nódulos não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Após um certo tempo, a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa impressão de estar curada. Se a doença não for tratada, continua a avançar no organismo, surgindo manchas em várias partes do corpo, queda de cabelos, cegueira, paralisias. 3. ( IADES – 2019 – Enfermeiro) Alguns processos infecciosos e inflamatórios favorecem a transmissão do HIV, a exemplo de doenças sexualmente transmissíveis (DST) não ulcerativas como a (o) a) Sífilis b) Cancro mole c) Herpes genital d) Cancro duro e) Tricomoníase 4. (IF -2019 – Enfermeiro) No que se refere à infecção pelo HPV, julgue as alternativas abaixo e marque a CORRETA. a) A forma de apresentação subclínica, da infecção pelo HPV, ocorre quando as pessoas infectadas pelo HPV não desenvolvem qualquer lesão. Essa condição pode permanecer durante toda a vida. Apenas algumas pessoas podem, anos mais tarde, vir a expressar a doença com condilomas ou alterações celulares do colo uterino. b) A forma de apresentação latente, da infecção pelo HPV, ocorre quando as microlesões pelo HPV são diagnosticadas por meio de exame de Papanicolau, com ou sem biópsia. c) A forma de apresentação clínica manifesta-se pela presença de lesões exofíticas, com superfície granulosa, únicas ou múltiplas, restritas ou disseminadas, da cor da pele, eritematosas ou hiperpigmentadas e de tamanho variável. d) A maioria das infecções por HPV são sintomáticas ou aparentes. e) Os tipos de HPV que infectam o trato genital são divididos de acordo com o risco oncogênico e o tipo de lesão. Os tipos 16 e 18 são de baixo risco oncogênico, enquanto que os tipos 6 e 11 de alto risco oncogênico. 5. (Fundatec – 2019- Enfermeiro) Mulher, 32 anos, solteira, vem à UBS para realização do exame de citopatológico. Ao exame, a paciente apresenta secreção amarelo-esverdeada, bolhosa e fétida e colo com petéquias e em “framboesa”. Diante desses sintomas, qual a provável doença dessa paciente? a) Candidíase b) Clamídia c) Vaginose bacteriana (Gardnerella vaginalis) d) Tricomoníase e) Gonorréia 6. Com relação às doenças sexualmente transmissíveis (DST) e seus sintomas, numere a coluna da direita de acordo com sua correspondência com a coluna da esquerda. 1. Linfogranuloma venéreo. 2. Tricomoníase. 3. Herpes. ( ) Corrimento amarelo-esverdeado, com mau cheiro, dor durante o ato sexual, ardor, dificuldade para urinar e coceira nos órgãos sexuais. ( ) Pequenas bolhas localizadas principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis. ( ) Lesão genital de curta duração (de três a cinco dias), que se apresenta como uma ferida ou como uma elevação da pele. a) 1-3-2 b) 2-3-1 c) 3-2-1 d) 2-1-3 e) 1-2-3 Profª. Raíza Trombini Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos @professoraiza.trombini “CASCATA DE CUIDADO CONTÍNUI DO HIV” Processo de atenção aos usuários que vivem com HIV, passando pelos seguintes momentos: 3. Sua retenção no seguimento, por meio do acompanhamento e realização de exames periódicos 4. Início da TARV e sua promoção para uma boa adesão ao tratamento, a fim de alcançar os objetivos finais do cuidado 1. Diagnóstico oportuno 2. Vinculação do indivíduo HIV positivo a um serviço de saúde 5. A supressão da carga viral e o alcance de uma qualidade de vida comparável à das pessoas que não possuem o HIV O desfecho principalpara considerar uma PVHIV vinculada é a realização da 1ª consulta no serviço de atenção para o qual foi encaminhada e, de preferência, seu início de tratamento o mais rápido possível. VINCULAÇÃO: No acolhimento Orientação Direcionamento e Encaminhamento de uma pessoa recém- diagnosticada com HIV ao serviço de saúde É o processo que consiste RETENÇÃO: Acompanhamento clínico regular e contínuo da pessoa que vive com HIV já vinculada ao serviço de saúde É o processo que consiste no Um paciente retido no serviço é aquele que realiza exames e/ou retira os medicamentos antirretrovirais sistematicamente, sem faltar às consultas. ADESÃO AO TRATAMENTO: As doses Horários e Outras indicações Consiste na utilização ideal dos medicamentos ARV da forma mais próxima possível àquela prescrita pela equipe de saúde, respeitando Cuidado compartilhado para PVHIV PREVENÇÃO COMBINADA DO HIV Mandala de Prevenção Combinada HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA HIV 1 e 2 Retrovírus citopáticos e não oncogênicos Família Retroviridae Subfamília Lentivirinae Reservatório: o homem Transmissão: sexual, parenteral, vertical, ocupacional Infecção aguda pelo HIV A infecção aguda pelo HIV ocorre nas primeiras semanas da infecção pelo HIV Durante essa fase, tem-se CV-HIV elevada e níveis decrescentes de linfócitos, em especial os LT-CD4+, uma vez que estes são recrutados para a a reprodução viral. O indivíduo, nesse período, torna-se altamente infectante. (CEBRASPE – 2017 – TER-BA- Técnico em Enfermagem ) A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) bem como a manifestação clínica em fase avançada da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) constituem importantes preocupações para a saúde pública. Com relação à AIDS e aos múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue os itens a seguir. I O HIV-1 e o HIV-2 são adenovírus da família Lentiviridae. II O ser humano é o único hospedeiro tanto do vírus HIV-1 quanto do HIV-2. III O vírus HIV pode ser transmitido por via sexual (esperma e secreção vaginal), pelo sangue (via parenteral e de mãe para filho) e pelo leite materno. IV O tratamento da AIDS com medicação antirretroviral (TARV) reduz a carga viral e reativa o sistema imunológico, levando à cura da doença. a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) III e IV. (IF-CE -2017- Técnico em Enfermagem) Sobre o HIV/aids, analise os itens. I. O HIV é um retrovírus com genoma DNA que utiliza, para multiplicar-se, uma enzima denominada transcriptase reversa. II. Janela imunológica é o tempo compreendido entre a aquisição da infecção e a soroconversão. III. Embora o HIV tenha sido isolado de vários fluidos corporais que contêm células inflamatórias, somente o contato com sangue, saliva, sêmen, secreções vaginais e leite materno tem sido implicados como fontes de infecção desse vírus. IV. Uma vez instalada a aids, as pessoas portadoras do HIV apresentam sinais e sintomas de processos oportunistas, representados principalmente pelas seguintes doenças: infecções oportunistas (pneumonias, meningites e enterites), tumores (sarcoma de Kaposi e linfomas) e alterações neurológicas induzidas pelo HIV. Estão corretos: a) somente II e III. b) I, II e IV. c) I, II, III. d) II, III e IV. e) somente II e IV. (IBFC – 2017 – EBSERH – Enfermeiro) A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e sua manifestação clínica em fase avançada, ou síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), ainda representam um problema de saúde pública de grande relevância na atualidade, em função do seu caráter pandêmico e de sua transcendência. Sobre este assunto, analise as afrmativas a seguir e assinale a alternativa correta. I. HIV-1 e HIV-2 são retrovírus da família Lentiviridae. II. Pertencem ao grupo dos retrovírus citopáticos e não oncogênicos, necessitando, para se multiplicar, de uma enzima denominada transcriptase reversa, responsável pela transcrição do ácido ribonucleico (RNA) viral para uma cópia do ácido desoxirribonucleico (DNA), que pode então se integrar ao genoma do hospedeiro. III. Esses vírus são bastante duráveis no meio externo, não sendo inativados por uma variedade de agentes físicos (calor). IV. Esses vírus são inativados por agentes químicos como hipoclorito de sódio e glutaraldeído. Estão corretas as afirmativas: a) I, II, III e IV b) I e II, apenas c) I, II e IV, apenas d) II, III e IV, apenas e) II e IV, apenas A infecção pelo HIV é acompanhada por um conjunto de manifestações clínicas: a Síndrome Retroviral Aguda (SRA). Os principais achados clínicos de SRA incluem: FEBRE CEFALEIA ASTENIA ADENOPATIA FARINGITE EXANTEMA MIALGIA A SRA pode cursar com febre alta, sudorese e linfadenomegalia, comprometendo principalmente as cadeias cervicais anterior e posterior, submandibular, occipital e axilar. Podem ocorrer, ainda, esplenomegalia, letargia, astenia, anorexia e depressão. Sintomas digestivos, como náuseas, vômitos, diarreia, perda de peso e úlceras orais podem estar presentes. Entretanto, o comprometimento do fígado e do pâncreas é raro na SRA. Cefaleia e dor ocular são as manifestações neurológicas mais comuns, mas pode ocorrer raramente quadro de meningite asséptica, neurite periférica sensitiva ou motora, paralisia do nervo facial ou síndrome de Guillan-Barré. A SRA é autolimitada e a maior parte dos sinais e sintomas desaparece em três a quatro semanas. Linfadenopatia, letargia e astenia podem persistir por vários meses. Latência clínica e fase sintomática Na fase de latência clínica, o exame físico costuma ser normal, exceto pela linfadenopatia, que pode persistir após a infecção aguda. A presença de linfadenopatia generalizada persistente é frequente e seu diagnóstico diferencial inclui doenças linfoproliferativas e tuberculose ganglionar. Podem ocorrer alterações nos exames laboratoriais, sendo a plaquetopenia um achado comum, embora sem repercussão clínica na maioria dos casos. Além disso, anemia (normocrômica e normocítica) e leucopenia leves podem estar presentes. À medida que a infecção progride, sintomas constitucionais (febre baixa, perda ponderal, sudorese noturna, fadiga), diarreia crônica, cefaleia, alterações neurológicas, infecções bacterianas (pneumonia, sinusite, bronquite) e lesões orais, como a leucoplasia oral pilosa, tornam-se mais frequentes, além do herpes-zoster. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida O aparecimento de IO (infecções oportunistas) e neoplasias é definidor da AIDS. PNEUMOCISTOSE NEUROTOXOPLASMOSE TUBERCULOSE PULMONAR ATÍPICA OU DISSEMINADA MENINGITE CRIPTOCÓCICA RETINITE POR CITOMEGALOVÍRUS As neoplasias mais comuns são sarcoma de Kaposi (SK), linfoma não Hodgkin e câncer de colo uterino, em mulheres jovens. Nessas situações, a contagem de LT-CD4+ situa- se abaixo de 200 céls/mm³, na maioria das vezes. (UFMA – 2016 – Técnico em Enfermagem) Sobre a infecção pelo HIV, julgue as afirmativas abaixo: ( I ) A infecção aguda é definida como o período das primeiras semanas de infecção pelo HIV. Essa fase é acompanhada por um conjunto de manifestações clínicas, denominado Síndrome Retroviral Aguda (SRA), cujos principais achados clínicos incluem: febre, adenopatia, faringite, exantema, mialgia e cefaleia. ( II ) A SRA é autolimitada e a maior parte dos sinais e sintomas desaparece em torno de três a quatro semanas. A sorologia para a infecção pelo HIV é geralmente negativa nessa fase. ( III ) O aparecimento de infecções oportunistas e neoplasias é definidor da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). Entre as infecções oportunistas, destacam-se: pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose pulmonar atípica ou disseminada, meningite criptocócica e retinite por citomegalovírus. Assinale a sentença correta. a) Somente as afirmativas I e III estão corretas. b) Somente as afirmativas I e II estão corretas. c) Somente a afirmativa II está correta. d) Somente a afirmativa I está correta. e) As afirmativasI, II e III estão corretas. (FUNDATEC -2019 – Enfermeiro) A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA/AIDS) é uma doença caracterizada por uma disfunção grave do sistema imunológico. A infecção pelo HIV é marcada por uma considerável destruição de linfócitos T CD4 + e sua evolução pode ser dividida em três fases: infecção aguda, infecção assintomática e doença sintomática. As manifestações clínicas variam conforme a fase da doença. Sobre essas fases, assinale a alternativa correta. a) Na fase de infecção aguda, as manifestações clínicas podem variar desde um quadro gripal até uma Síndrome Mononucleose-like. b) Na fase de infecção assintomática, há queixas inespecíficas, como sudorese noturna, febre, fadiga, emagrecimento e diarreia crônica. c) Na fase da doença sintomática, alguns pacientes podem apresentar linfoadenopatia generalizada persistente. d) A Síndrome de Guillain-Barré está presente na fase de infecção assintomática. e) A candidíase oral não é comum em nenhuma das fases. DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO PELO HIV Imunoensaio (1ª até 4ª geração) Teste Rápido - TR Ensaios Complementares Detecção Direta do HIV Sangue seco em papel filtro (COMPREVE -2018 – Técnico em Enfermagem) Em uma unidade de pronto atendimento (UPA), um técnico em enfermagem sofre uma lesão causada por agulha com presença de sangue a qual tinha sido usada para administrar uma medicação endovenosa em uma paciente idosa, viúva há 10 anos . A paciente chegou à UPA com sintomas sugestivos de pneumonia aguda e tem histórico de diabetes mellitus e de hipertensão arterial. Após o acidente, o profissional acidentado ficou muito nervoso e, imediatamente, realizou a limpeza da lesão com água corrente e sabão líquido. Diante do caso, a enfermeira tomou as devidas providências de acordo como as orientações atuais do Ministério da Saúde. Considerando esse caso, o Ministério da Saúde orienta que deve-se realizar a testagem inicial por meio de um teste rápido (TR1), com sangue. Caso o resultado seja não reagente, o status sorológico estará definido como negativo. Por outro lado, caso o TR1 seja reagente para HIV, a) estabelece-se o diagnóstico definitivo de HIV, encaminha-se o paciente para acompanhamento clínico e inicia-se a terapia antirretroviral. b) deverá ser realizado um segundo teste rápido (TR2), diferente do primeiro. Se este também for reagente, estabelece-se o diagnóstico de HIV. c) estabelece-se o caso como suspeito de HIV, coleta-se uma amostra de sangue por punção venosa e encaminha- se a amostra para teste em laboratório. d) deverá ser realizado um segundo teste rápido (TR2), utilizando-se o mesmo kit de coleta. Caso este também seja reagente, estabelece-se o diagnóstico de HIV. ABORDAGEM INICIAL DO ADULTO INFECTADO PELO HIV ANAMNESE - Roteiro para abordagem inicial da PVHIV (COPVEST-COPSET -2019 – Enfermeiro) Na abordagem inicial de uma pessoa com diagnóstico de infecção pelo HIV, deve-se estabelecer uma relação de confiança e respeito entre essa pessoa e a equipe multiprofissional do serviço de saúde. Sobre a assistência inicial ao indivíduo com HIV, assinale a alternativa correta. a) O profissional não deve se deter em explicar a respeito da doença e sua história natural. b) A história prévia ou atual de infecções como tuberculose deve ser questionada. c) A avaliação de doenças cardiovasculares e hipertensão devem ser conduzidas em outro momento. d) A investigação das condições de trabalho, domicílio e alimentação são irrelevantes. e) O uso de álcool e tabaco não deve ser considerado como hábito de risco ou vulnerabilidade. (IADES -2018 – SES/DF – Enfermeiro de Família e Comunidade) O Ministério da Saúde indica um roteiro de aspectos que devem ser abordados, nos primeiros atendimentos, ao paciente que vive com HIV/AIDS. Em relação a esse roteiro, assinale a alternativa que apresenta temas inclusos na abordagem de risco. a) Compreensão acerca da doença: transmissão, história natural, significado da contagem LT- CD4+ e carga viral. Impacto da terapia antirretroviral combinada (TARV) na morbimortalidade. b) História de sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis. Uso de tabaco, álcool e outras drogas. Interesse em reduzir os danos à saúde. c) Imunizações. Uso de outros medicamentos, práticas complementares e (ou) alternativas. d) Análise da rede de apoio social (família, amigos, organizações não governamentais). e) Doenças cardiovasculares e hipertensão. Dislipidemias. Diabetes. EXAME FÍSICO A infecção pelo HIV tem um acometimento sistêmico. Quanto mais baixa a contagem de LT-CD4+, mais frequentemente os pacientes devem ser examinados. O exame físico deve ser completo e incluir: A aferição da pressão arterial, peso, altura, cálculo do índice de massa corpórea e medida da circunferência abdominal. Exames complementares iniciais A abordagem laboratorial no início do acompanhamento clínico auxilia ❑ A avaliação da condição geral de saúde ❑ A pesquisa de comorbidades ❑ A presença de coinfecções e a urgência no início da TARV. Também fornece informações laboratoriais basais pré-tratamento, bem como orienta sobre a necessidade de imunizações ou profilaxias. Exames complementares para abordagem inicial Recomendação de periodicidade de consultas médicas Monitoramento laboratorial da infecção pelo HIV utilizando contagem de LT-CD4+ e carga viral Frequência de solicitação de exame de LT-CD4+ para monitoramento laboratorial de PVHIV, de acordo com a situação clínica A contagem de LT-CD4+ é um dos biomarcadores mais importantes para avaliar a urgência de início da TARV e a indicação das imunizações e das profilaxias para IO. Frequência de solicitação de exame de CV-HIV para monitoramento laboratorial de PVHIV, de acordo com a situação clínica A contagem de LT-CD4+ tem importância na avaliação inicial, enquanto a CV-HIV é considerada o padrão-ouro para monitorar a eficácia da TARV e detectar precocemente problemas de adesão em PVHIV. TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL Situações de priorização de atendimento para início da TARV Esforços devem ser feitos para reduzir o tempo entre o diagnóstico de HIV e o início da TARV, sempre avaliando a preparação e a motivação individual. Gestantes A TARV está indicada para toda gestante infectada pelo HIV Independentemente de critérios clínicos e imunológicos, e não deverá ser suspensa após o parto, independentemente do nível de LT-CD4+. A TARV poderá ser iniciada na gestante, INDEPENDENTE DA IDADE GESTACIONAL A genotipagem pré-tratamento está indicada para todas as gestantes infectadas pelo HIV. (FEPESE -2014 – Enfermeiro) A gestação pode ser um dos momentos mais difíceis de descoberta da infecção pelo HIV para a mulher. Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) em relação ao assunto. ( ) Em gestantes que não tiveram acesso ao pré-natal adequado, o diagnóstico do HIV pode ser realizado somente na hora do parto, por meio do teste rápido de triagem. ( ) No pós-parto, ainda na maternidade, as mulheres devem ser orientadas sobre o aleitamento artificial e a referência para serviço especializado em HIV/aids. ( ) No caso de gravidez planejada é recomendável que a mulher apresente bons indicadores imunológicos e virológicos e adesão à terapia antirretroviral para a concepção. ( ) O risco de transmissão vertical é de aproximadamente 20%, mesmo que todas as medidas de controle sejam adotadas (TARV combinada para gestante, AZT injetável na hora do parto, suspensão do aleitamento materno, entre outras). Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. a) V – V – V – V b) V – V – V – F c) V – F – F – V d) F – V – F – V e) F – V – F – F Investigação de tuberculose A TB é a principal causa de óbito por doença infecciosa em PVHIV, e por isso deve ser pesquisada em todas as consultas. A pesquisa deve iniciar-se com o questionamento sobre a presença dos seguintes sintomas: tosse,febre, emagrecimento e/ou sudorese noturna. A presença de qualquer um desses sintomas pode indicar TB ativa e requer investigação. A infecção pelo HIV eleva o risco de desenvolvimento de TB ativa em indivíduos com TB latente, sendo o mais importante fator de risco para TB. O tratamento da infecção latente com isoniazida (INH) é recomendado para todas as PVHIV com PT maior ou igual a 5mm, desde que excluída TB ativa. O tratamento da ILTB com isoniazida ✓ Reduz significativamente o risco de desenvolvimento de TB em PVHIV com PT reagente nos anos seguintes, constituindo, portanto, estratégia importante e duradoura de proteção contra a TB. Tuberculose ativa A TB ativa, sob qualquer apresentação clínica, é sinal de imunodeficiência; A coinfecção TB-HIV deve caracterizar o portador de HIV como sintomático e indicar o início da TARV. Pacientes com contagem de LT-CD4+ abaixo de 50 céls/mm³ ou com sinais de imunodeficiência avançada: Iniciar com rapidez o tratamento anti-tb e começar a TARV dentro de duas semanas do início do tratamento para TB. A genotipagem pré-tratamento (para PVHIV virgens de TARV) está indicada para todos os pacientes coinfectados com TB e HIV (FCC -2013 – TRT/BA – Enfermeiro - Adaptada) Um indivíduo infectado pelo HIV, em uso de terapia antirretroviral e com suspeita de tuberculose, é submetido à prova tuberculínica, apresentando enduração de 2 mm em antebraço esquerdo. Nesta situação, dentre outros, é recomendável: a) introduzir a quimioprofilaxia, pois a prova tuberculínica, isoladamente, é suficiente para o diagnóstico da tuberculose doença. b) iniciar, imediatamente, a quimioprofilaxia com isoniazida, por este indivíduo apresentar infecção latente. c) fazer o teste após dois meses do início da terapia antirretroviral, por este indivíduo estar em recuperação imune. d) refazer o teste em 72 horas para confirmação do diagnóstico de tuberculose ativa, para iniciar a quimioprofilaxia com isoniazida. e) Caso a prova tuberculínica seja inferior a 5 mm, recomenda-se sua repetição anual e também após a reconstituição imunológica com o uso da TARV. Hepatite B Todas as pessoas recentemente diagnosticadas com HIV devem ser rastreadas quanto à infecção pelo HBV e vacinadas se susceptíveis. A coinfecção pelo HIV tem um profundo impacto no curso da infecção pelo HBV. Pacientes coinfectados com hepatite B e HIV devem iniciar a TARV com esquema contendo TDF independentemente da contagem de LT-CD4 SÍNDROME INFLAMATÓRIA DA RECONSTITUIÇÃO IMUNE: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Os seis primeiros meses do início da TARV são especialmente importantes. A melhora clínica e imunológica, assim como a supressão viral são esperados nos indivíduos aderentes à TARV. ✓ Entretanto, podem ocorrer IO e/ou a SIR, bem como desenvolvimento precoce de reação às drogas, como hipersensibilidade, especialmente nos primeiros três meses de tratamento. Ainda que a TARV diminua a mortalidade, os níveis desta são maiores nos primeiros três meses de tratamento ✓ Principalmente em pacientes que iniciam o tratamento com doença avançada e imunodeficiência grave (contagem de LT-CD4+ <100 céls/mm³), na presença de coinfecções e/ou comorbidades, anemia, baixo IMC ou desnutrição. A reconstituição imune é uma das metas da TARV. Em algumas situações, observa- se um quadro clínico de caráter inflamatório exacerbado, chamado de SIR, associada ao início da TARV. ▪ Essa síndrome se manifesta como piora “paradoxal” de doenças preexistentes, geralmente autolimitadas, mas que podem assumir formas graves. São descritas reações inflamatórias relacionadas a infecções fúngicas, virais e bacterianas, além de neoplasias e fenômenos autoimunes. O início da TARV não deve ser postergado por receio de ocorrência da SIR, uma vez que os benefícios da TARV superam enormemente seus riscos. Diagnóstico da SIR O diagnóstico da SIR é clínico e deve ser considerado quando sinais ou sintomas inflamatórios ocorrem entre quatro a oito semanas após o início da TARV, na reintrodução de um esquema interrompido ou na modificação para um esquema mais eficaz após a falha virológica. Observa-se, em geral, aumento na contagem de LT-CD4+ e redução na CV-HIV, o que demonstra a efetividade do tratamento. No diagnóstico diferencial, deve ser excluída ✓ Falha da TARV por má adesão ou resistência viral ✓ Falha ao tratamento da coinfecção ou IO ✓ Interações medicamentosas e eventos adversos associados à TARV. Critérios para suspeita clínica de SIR Tratamento da SIR Na suspeita de SIR, deve-se priorizar o diagnóstico e tratamento da IO. Na maior parte dos casos, sua resolução é espontânea, envolvendo tratamento sintomático, tais como anti-inflamatórios não hormonais. Ressalta-se que a TARV não deverá ser interrompida, exceto em casos graves. A terapia com corticosteroides para supressão da resposta inflamatória deve ser utilizada nos casos graves. Pode ser necessário o uso de prednisona 1-2 mg/kg, ou equivalente, durante uma a duas semanas, com posterior e gradual retirada. INFECÇÃO PELO HIV-2 A transmissão do HIV-2 é atualmente baixa em outros países do Ocidente; A infecção pelo HIV-2 é endêmica em países da África Ocidental. Assim como na infecção pelo HIV-1, a infecção pelo HIV-2 também pode progredir para aids e, portanto, a TARV é importante durante o curso da infecção Transmissão do HIV-2 Contato sexual e exposição a sangue (transfusão de sangue e hemoderivados, compartilhamento de agulhas). o HIV-2 apresenta menor infecciosidade que o HIV-1. Os modos de transmissão da infecção pelo HIV-2 são os mesmos da infecção pelo HIV-1, isto é Quadro clínico da infecção pelo HIV-2 A infecção pelo HIV-2 caracteriza-se por Uma fase assintomática mais longa e progressão mais lenta para aids que a infecção pelo HIV-1. Além disso, a taxa de progressão para a aids em pacientes infectados pelo HIV-2 é bastante variável. Alguns pacientes infectados pelo HIV-2 desenvolvem imunodeficiência avançada e complicações de maneira semelhante aos infectados pelo HIV-1; outros parecem ter sobrevida normal ou progredir mais lentamente. A infecção pelo HIV-2 é caracterizada por uma contagem de LT-CD4+ maior e quantificação menor de CV-HIV que a observada em pacientes com HIV-1. Uma vez que a imunodeficiência avançada se desenvolve, os indivíduos infectados pelo HIV-2 apresentam maior mortalidade. A possibilidade de infecção pelo HIV-2 deve ser considerada de acordo com o vínculo epidemiológico em pacientes com confirmação sorológica de infecção pelo HIV-1, mas com CV-HIV baixa ou indetectável ou naqueles com queda progressiva de LT-CD4+, apesar do uso de TARV. Diagnóstico de infecção pelo HIV-2 Sempre que houver suspeita epidemiológica de infecção pelo HIV-2, deve-se proceder à solicitação da testagem para HIV-2 Tratamento da infecção pelo HIV-2 Várias peculiaridades terapêuticas devem ser consideradas em pacientes com infecção pelo HIV-2: ✓ Alguns ARV são intrinsecamente ineficazes: todos os ITRNN disponíveis e muitos IP (nelfinavir, ritonavir, indinavir, fosamprenavir, atazanavir, tipranavir), bem como o ENF/ T-20. A resistência aos ARV ocorre mais rapidamente, mesmo na presença de CV indetectável, e pode apresentar outras vias de resistência (ITRN, IP) A SIR com a TARV é mais lenta e menos intensa em comparação com a infecção pelo HIV-1. Esquemas antirretrovirais O HIV-2 é amplamente resistente aos ITRNN e inibidores de fusão (IF) Esquemas antirretrovirais no tratamento da infecção pelo HIV-2 LIPODISTROFIA A lipodistrofia é um grupo de desordens do tecido adiposo caracterizadas pela A redistribuição de gordura pode acontecer em conjunto com alterações metabólicas, sendo esse padrão semelhante ao observado na SMet. A lipodistrofia tem um impacto importante na qualidade de vida das PVHIV, causando-lhes problemas físicos, psicológicos e sociais. A adesão à TARV tende a diminuir ao longo do tempo, após o diagnóstico de lipodistrofia. Manifestações clínicas As alteraçõescorporais compreendem: LIPOATROFIA: redução da gordura em regiões periféricas, como braços, pernas, face e nádegas, podendo apresentar proeminência muscular e venosa relativa; O diagnóstico da lipodistrofia associada ao HIV é baseado na concordância entre as queixas relatadas pelo paciente e a avaliação feita pela equipe de saúde. LIPO-HIPERTROFIA OU LIPOACUMULAÇÃO: acúmulo de gordura na região abdominal, presença de gibosidade dorsal, “ginecomastia” nos homens e aumento de mamas em mulheres e acúmulo de gordura em diversos locais do corpo, como as regiões submentoniana e pubiana, entre outras; Recomendações em relação ao tratamento da lipodistrofia Mudanças no estilo de vida (exercício físico, orientação nutricional); Redução da exposição aos ARV (modificação da TARV: somente indicada para a lipoatrofia associada aos ITRN – AZT); Tratamento farmacológico para as alterações metabólicas; Tratamentos cirúrgicos. Profilaxia Pré-exposição – PrEP (HIV) Segmentos Populacionais Prioritários e critérios de indicação de PrEP BRASIL, 2018 Componente da Consulta Inicial de PrEP BRASIL, 2018 TDF (Tenofovir) + FTC (Entricitabina) Dose fixa combinada, VO, 1x/dia, uso contínuo Esquema Antirretroviral para PrEP Para relações anais Cerca de 7 dias de uso contínuo da PrEP Para relações vaginais Aproximadamente de 20 dias de uso contínuo da PrEP PARA PROTEÇÃO Seguimento clínico e laboratorial: Trimestral (TR para HIV) ( INSTITUTO AOCP – 2019 – ENFERMEIRO) A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP, do inglês Pre- Exposure Prophylaxis) consiste no uso de antirretrovirais (ARV) para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. Essa estratégia se mostrou eficaz e segura em pessoas com risco aumentado de adquirir a infecção. Entre os segmentos populacionais prioritários que se enquadram nos critérios de indicação de PrEP, está(ão): a) gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH). b) usuários de drogas injetáveis. c) comunidade universitária. d) adolescentes imunossuprimidos. ( INSTITUTO AOCP – 2018 – ENFERMEIRO) A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) é a combinação de dois medicamentos (tenofovir + entricitabina). Faz parte da população-alvo para esse método os citados a seguir, EXCETO: a) homens que fazem sexo com outros homens. b) transexuais. c) trabalhadores do sexo. d) pessoas que apresentem episódios frequentes de Infecções Sexualmente Transmissíveis. e) profissionais de saúde que trabalhem com portadores de HIV. Profilaxia Pós-exposição – PEP (HIV) Como? Quando? Com quem? Avaliação Inicial BRASIL, 2018 Exposição COM RISCO DE TRANSMISSÃO DO HIV -Sangue -Sêmen -Fluidos vaginais -Líquidos de serosas -Líquido amniótico -Líquor -Líquido articular -Leite materno Exposição SEM RISCO DE TRANSMISSÃO DO HIV -Suor -Lágrima -Fezes -Urina -Vômitos -Saliva Secreções nasais Tipo de Material Biológico Exposição COM RISCO DE TRANSMISSÃO DO HIV -Percutânea -Membranas mucosas -Cutâneas pele não íntegra Exposição SEM RISCO DE TRANSMISSÃO DO HIV -Cutânea em pele íntegra -Mordedura sem a presença de sangue Tipo de Exposição (INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO – 2019 – ENFERMEIRO) Existem materiais biológicos sabidamente infectantes e envolvidos na transmissão do HIV. Assim, a exposição a esses materiais constitui situação na qual a PEP (profilaxia pós-exposição) está recomendada. De acordo com o tipo de material biológico, marque a opção que contém a afirmativa correta: a) Exposição sem risco de transmissão de HIV: urina, vômitos, saliva, secreções nasais; b) Exposição com risco de transmissão de HIV: sangue, urina, vômitos, líquor; c) Exposição sem risco de transmissão de HIV: líquor, vômitos, leite materno, secreções nasais; d) Exposição com risco de transmissão de HIV: sangue, leite materno, vômitos e lagrima. (FAUEL – 2019 – ENFERMEIRO) De acordo com o Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para profilaxia pós-exposição (PEP) de risco à infecção pelo HIV, existem materiais biológicos infectantes envolvidos na transmissão do HIV assim como tipos de exposições com risco de infecção pelo HIV. Situações estas na qual a PEP está recomendada. Assinale a alternativa CORRETA. a) São considerados tipos de materiais biológicos infectantes que podem transmitir o HIV: sêmen, sangue, liquor e leite materno; e é considerado tipo de exposição com risco de infecção pelo HIV: mordedura sem a presença de sangue. b) São considerados tipos de materiais biológicos infectantes que podem transmitir o HIV: sangue, fluidos vaginais, secreções nasais e urina; e é considerada tipo de exposição com risco de infecção pelo HIV: percutânea – exemplos: lesões causadas por agulhas ou outros instrumentos perfurantes e/ou cortantes; c) São considerados tipos de materiais biológicos infectantes que podem transmitir o HIV: sangue, líquidos de serosas, leite materno e fezes; e são consideradas tipo de exposição com risco de infecção pelo HIV: cutâneas envolvendo pele não íntegra – Exemplos: presença de dermatites ou feridas abertas. d) São considerados tipos de materiais biológicos infectantes que podem transmitir o HIV: sangue, sêmen, leite materno e liquor; e são consideradas tipos de exposição com risco de infecção pelo HIV: membranas mucosas – exemplos: respingos em olhos, nariz e boca. O primeiro atendimento após a exposição ao HIV é uma URGÊNCIA. Deve-se iniciar a PEP o mais precocemente, em até 72 horas subsequentes à exposição TDF (Tenofovir) +3TC (Lamivudina)+DTG (Dolutegravir) A duração da PEP é de 28 dias Esquema Preferencial para PEP - HIV Repetir a testagem em 30 dias e 90 dias após a exposição (IADES -2019 – SEASTER-PA- ENFERMEIRO) Atualmente, qual é o esquema preferencial de profilaxia pós-exposição (PEP) nos casos de exposição ao vírus da imunodeficiência humana (HIV)? a) AZT + 3TC + DTG, com duração de 28 dias. b) AZT + 3TC, com duração de 28 dias. c) AZT + 3TC + ATV/r, com duração de 30 dias. d) TDF + 3TC, com duração de 30 dias. e) TDF + 3TC + DTG, com duração de 28 dias. (AOCP – 2018 – UFOB – ENFERMEIRO) A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) de risco à infecção pelo HIV consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essa infecção. Considerando as recomendações do Ministério da Saúde sobre o tema, julgue o item a seguir. O primeiro atendimento após a exposição ao HIV é uma urgência. A PEP deve ser iniciada o mais precocemente possível, tendo como limite as 72 horas subsequentes à exposição. (COMPREVE – 2018 – Técnico em Enfermagem) Em uma unidade de pronto atendimento (UPA), um técnico em enfermagem sofre uma lesão causada por agulha com presença de sangue a qual tinha sido usada para administrar uma medicação endovenosa em uma paciente idosa, viúva há 10 anos . A paciente chegou à UPA com sintomas sugestivos de pneumonia aguda e tem his tórico de diabetes mellitus e de hipertensão arterial. Após o acidente, o profissional acidentado ficou muito nervoso e, imediatamente, realizou a limpeza da lesão com água corrente e sabão líquido. Diante do caso, a enfermeira tomou as devidas providências de acordo como as orientações atuais do Ministério da Saúde. Em relação a esse caso e baseado no Protocolo do Ministério da Saúde (2017), se o resultado do teste rápido (TR1e 2) com sangue da pessoa exposta for reagente, a profilaxia pós-exposição a) está indicada, especialmente, se a avaliação do status sorológico da pessoa fonte pelo HIV, for reagente quanto à infecção pelo HIV. b) não está indicada, pois esse resultado sugere que deve ser feita a avaliação do status sorológico da pessoa fonte quanto à infecção pelo HIV, e o profissional exposto deve ser encaminhado para novos exames laboratoriais. c) não está indicada, pois esse resultado indica que a infecção pelo HIV ocorreu antes da exposição e a pessoa deve ser encaminhada para acompanhamento clínico e início da terapia antirretroviral. d) está indicada, principalmente, pelo risco do acidente nessa situação
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