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Infecções Sexualmente Transmissíveis

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Infecções Sexualmente Transmissíveis 
Saúde Sexual
→ A saúde sexual envolve direito, intimidade, 
sociedade, reprodução, gênero, sexo, 
religião, desenvolvimento, comportamento, 
valores, orientação, discriminação, 
aceitação, preconceito, culpa, castigo, 
vergonha, aprovação, sujeira, julgamento 
 
 
Sexo Seguro
→ O termo “sexo seguro” é associado ao uso 
exclusivo de preservativos. Outras medidas 
de prevenção são importantes e 
complementares para prática sexual segura: 
 Usar preservativo 
 Imunização 
 Testar regularmente para IST 
 Tratar todas as pessoas vivendo com HIV 
 Realizar colpocitologia oncótica 
 Conhecer e ter acesso aos métodos de 
anticoncepção 
 Realizar profilaxia pós-exposição (PEP) 
 
 
Prevenção Combinada 
→ Combinação de 3 tipos de intervenções: 
Médico, Comportamento e Estrutura 
→ O melhor método de prevenção é aquele 
que o indivíduo escolhe, com auxílio do 
profissional de saúde, e que atende às suas 
necessidades sexuais e de proteção. 
Nenhuma intervenção isolada é eficaz para 
reduzir todos os danos causados pelas ISTs 
→ A oferta do preservativo masculino e 
feminino deve ser realizada sem restrições de 
qualidade de retirada e exigência de 
documentos de identificação. A distribuição 
deve ser feita como parte da rotina de 
atendimento, conforme necessidade de 
cada pessoa 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rastreamento de IST 
→ Diferentemente de outros rastreamentos, 
como a mamografia para câncer de mama, 
o rastreamento das IST não identifica apenas 
uma pessoa. 
→ Está sempre ligado a uma rede de 
transmissão. Quando não identificado e 
tratado o agravo na parceria, este se 
perpetua na comunidade e expõe o 
indivíduo a reinfecção 
→ Uma pessoa com IST nunca é só uma 
pessoa, e sim uma rede de parcerias sexuais 
que estão infectadas 
 
 
 
Como abordar na consulta? 
→ Perguntar somente se fará diferença para 
o diagnóstico e tratamento 
 
Principais Síndromes em IST 
 
 
Infecções que causam 
Cervicite e Uretrite 
→ A cervicite (inflamação da cérvice) é 
normalmente causada por dois agentes: 
Chlamydia trachomatis e Neisseria 
gonorrhoeae (infectam epitélio glandular) 
→ Tem como clínica o colo inflamado com 
secreção mucopurulenta e sangramento ao 
swab. 
→ A maioria é assintomática 
 
→ O diagnóstico normalmente é feito por 
bacterioscopia – os diplococos são na 
grande maioria gram-positivos, mas a 
gonorreia é gram-negativa. Biologia 
molecular (PCR) ou Cultura (Thayer-Martin) 
→ Quando há clínica característica de 
cervicite, o tratamento é sindrômico, e trata-
se as duas juntas, gonorreia e clamídia 
(quando não tem laboratório disponível) 
→ O tratamento da clamídia é com 
azitromicina 1 g 
→ Gonorreia: ceftriaxona intramuscular em 
dose única 
 
→ A uretrite (inflamação da uretra), e uma 
série de agentes podem causar uretrite: 
Trichomonas vaginalis, Ureaplasma 
urealyticum, Mycoplasma genitalium, 
Chlamydia trachomatis, Neisseria 
gonorrhoea e Herpes simples (HSV) 
→ Clínica: secreção purulenta e sintomas 
urinários como disúria 
 
→ O diagnóstico pode ser feito por 
bacterioscopia e principalmente pela 
detecção pela biologia molecular, exame 
de PCR 
→ Tratamento Uretrite: quando laboratório 
não disponível trate como agente não 
identificado (tratamento de maneira 
sindrômica) – Ceftriaxona + azitromicina 
 
 
Tricomoníase 
→ Agente: Trichomonas vaginalis – 
protozoário flagelado unicelular 
→ Clínica: corrimento vaginal intenso, 
bolhoso, colo uterino com aspecto de 
morango ou framboesa 
 
→ Diagnóstico: visualização direta de exame 
a fresco com gota do conteúdo vaginal 
→ Tratamento: 
 
Doença Inflamatória Pélvica 
(DIP)
→ Uma complicação séria – pode selar o 
futuro reprodutivo da mulher 
→ Síndrome clinica atribuída a ascensão de 
microrganismos do trato genital inferior 
comprometendo o endométrio 
(endometrite), tubas uterinas, anexos uterinos 
e/ou estruturas contiguas (salpingite, 
miometrite, ooforite, parametrite, 
pelviperitonite) 
→ O processo infeccioso progride em 
direção as tubas e a cavidade peritoneal 
pélvica e, quando atinge o liquido 
peritoneal, o agente infeccioso pode 
progredir até o espaço infradiafragmático 
direito e promover a peri-hepatite ou 
síndrome de Fitz-Hugh-Curtis 
 
Diagnóstico de DIP 
3 critérios maiores + 1 critério menor 
OU 
1 critério elaborado 
 
 
Tratamento de DIP 
→ Deve ser iniciado o quanto antes 
→ Kit de ceftriaxona, doxiciclina e o 
metronidazo por 14 dias 
 
Consequências da DIP 
→ Sepse 
→ Infertilidade por conta das tubas kinking 
→ Gestação ectópica 
• DIP em uso de DIU: se a paciente for usuária 
de DIU, não há necessidade de remoção do 
dispositivo. Porém, caso exista indicação, a 
remoção não deve ser anterior à instituição 
da antibioticoterapia, devendo ser realizada 
somente após duas doses 
 
 
Infecções que causam Úlcera 
Genital 
→ Úlcera Genital: síndrome clínica 
manifestada por lesões erosivas 
acompanhadas ou não de dor, ardor, 
prurido e drenagem pus, sangramento e 
linfadenopatia regional. Úlcera genital não é 
exclusividade das IST e podem ser infecções 
não específicas: dermatoses bolhosas, 
dermatite de contato, líquen erosivo, lesões 
traumáticas e até lesões malignas 
 
Sífilis 
→ Reemergência – disseminada na 
população brasileira 
→ Agente: Treponema pallidum 
(espiroqueta) – exclusiva do ser humano 
→ Classificação 
 Sífilis recente (até 1 ano) – primária, 
secundaria e latente recente 
 Sifilis tardia (> 1 ano) – latente tardia e 
terciaria 
→ Transmissão: contato sexual – pode ser 
transmitida verticalmente para o feto 
durante a gestação (sífilis congênita). 
→ Espiroquetas penetram nas mucosas ou 
entram por abrasões na pele 
→ É caracterizada por um cancro, ou seja, 
uma ulcera genital com bordo elevado e um 
fundo que normalmente é brilhante 
 
→ Linha do tempo: após a contaminação, 
há o período de incubação e o paciente 
apresenta o cancro duro, depois existe uma 
cicatrização espontânea que faz com que 
essa ulcera se resolva. Posteriormente há 
uma janela, e o recrudescimento de lesões 
cutaneomucosas que aparecem 
normalmente na palma da mão (roséola 
sifilítica ou sífilis palmoplantar) e pode 
aparecer também alopecia. Aí estabelece-
se um período da chamada sífilis tardia, em 
que o paciente não apresenta sintomas, e as 
espiroquetas alcançam o sistema nervoso e 
fazem uma série de alterações (neurossífilis) 
 
 
Diagnóstico Sífilis: 
→ Pesquisa direta: raspagem da lesão 
ulcerada durante a sífilis primária ou punção 
de linfonodos acometidos. 
→ Campo escuro: é o padrão-ouro para 
diagnóstico da sífilis primária 
→ Testes Imunológicos: 
 
 
→ Elevação dos anticorpos: o FTA-Abs e os 
outros testes treponêmicos são os primeiros a 
aparecerem, na sequencia o VDRL (testes 
não treponêmicos). Teste não treponêmico, 
conforme vai passando o tempo, pode 
negativar 
 
 
 
→ VDLR: diluições sequenciais
 
→ Tratamento Sífilis: Penicilina Benzatina 
(Benzetacil ®) 
 
 Reação de Jarisch-Herxheimer: pode 
acontecer nas 24 horas após a dose 
da penicilina justamente fazendo um 
rash cutâneo, e os pacientes 
interpretam isso como alergia, então, 
acha que é alérgico a penicilina 
 
Herpes genital 
→ É a IST ulcerativa mais frequente 
→ Primo-infecção e recorrentes 
→ As gestantes com herpes apresentam risco 
fetais e neonatais. Indicação de parto 
cesáreo com lesões ativas 
→ Incubação: 6 dias na primo-infecção 
→ Agente: HSV tipos 1 (oral) e 2 (genital) - 
(nem sempre) – pertencem a família 
Herpesviridae, da qual fazem parte o 
citomegalovírus, o vírus da varicela zoster, o 
vírus Epstein-Barr e o vírus do herpes humano 
→ Lesões eritemato-papulosas de um a três 
milímetros de diâmetro, que rapidamente 
evoluem para vesículas sobre base 
eritematosa, muito dolorosas e de 
localização variável na região genital. 
 
→ Pode haver sintomassistêmicos (febre, 
adenopatia). 
→ Primoinfecção é mais severa 
Diagnóstico: Clínico, citodiagnóstico de 
Tzanck 
→ Tratamento: 
 
 
 
 
Cancro Mole 
(Cancroide, úlcera de Ducrey,) 
→ Incubação: 3 a 7 dias 
→ Agente: Haemophilus ducreyi. 
→ Transmissão exclusivamente sexual 
→ Clínica: a mulher pode ser portadora 
assintomática. A infecção acomete os 
homens em maiores proporções. Lesão 
dolorosa que se desenvolve com halo de 
eritema. Em até 48h torna-se pústula, sofre 
erosão e, por fim, úlcera. 
→ É um tipo de IST que faz linfadenite 
(bubão) que é um linfonodo que aumentou, 
e está supurando, fazendo um abscesso 
causado pela infecção 
 
→ Diagnóstico: clínico, microscopia, cultura 
(difícil técnica de execução) 
→ Tratamento: 
 
 
Linfogranuloma venéreo 
“Bico de regador” 
→ Incubação: 3 a 21 dias 
→ Agente: Chlamydia trachomatis - A 
manifestação clinica mais comum é a 
linfadenopatia (sorotipos são altamente 
invasivos aos tecidos linfáticos) 
→ Clínica: Erosão da pele pápula, pústula ou 
exulceração indolor, que desaparece sem 
deixar sequela. 
 Adenite 
 Fibrose e destruição 
 
→ Tratamento: 
 
 
 
Donovanose 
(Granuloma Inguinal) 
→ É pouco frequente, ocorrendo na maioria 
das vezes em climas tropicais e subtropicais. 
Embora os mecanismos de transmissão não 
sejam bem conhecidos, sendo sua 
transmissibilidade baixa. 
Incubação: meses 
→ Agente: Klebsiella granulomatis. Parece 
pertencer à flora intestinal 
→ Clínica: Ulceração de borda plana, bem 
delimitada, com fundo granuloso, de 
aspecto vermelho vivo e de sangramento 
fácil. As lesões costumam ser múltiplas 
“espelho” nas bordas cutâneas e/ou 
mucosas 
 
→ Tratamento: 
 
HPV 
(Papiloma vírus humano) 
→ Verruga genital, crista de galo, figueira ou 
cavalo de crista 
→ O principal fator de risco para o 
desenvolvimento de atipias na zona de 
transformação é a presença do HPV, 
responsável por 99% dos casos de câncer de 
colo. 
→ Trata-se de um parasita intracelular, capaz 
de acelerar a velocidade das mitoses 
celulares, o que aumenta a chance de 
desenvolvimento de atipias 
Incubação: tempo de latência pode variar 
de meses a anos 
→ Agente: existem mais de 200 subtipos de 
HPV. Alto risco oncogênico: tipos 16, 18, 31, 
33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82 
→ Clínica: as infecções são tipicamente 
assintomáticas. As lesões da infecção pelo 
HPV são polimórficas - quando pontiagudas, 
denominam-se condiloma acuminado – 
verrugas 
 
→ Diagnóstico: o diagnóstico das verrugas 
anogenitais é tipicamente clínico. Na 
dúvida: biopsia. 
→ Tratamento: 
 Ácido tricloroacético (ATA) 80% a 90% 
 Podofilina 10% a 25% - não pode ser 
usada em gestantes 
 Eletrocauterização 
 Exérese cirúrgica “shaving” – 
raspagem das lesões 
 Crioterapia – nitrogênio líquido 
 Imiquimode: modulador da resposta 
imunológica pela indução do 
interferon alfa e de outras citocinas. 
(DOMICILIAR) 
→ Prevenção: a vacinação é uma opção 
segura e eficaz na prevenção da infecção 
pelo HPV. A vacina é potencialmente mais 
eficaz para adolescentes vacinadas(os) 
antes do primeiro contato sexual, induzindo a 
produção de anticorpos em quantidade dez 
vezes maior que a encontrada na infecção 
naturalmente adquirida em um prazo de dois 
anos

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