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Memória e Suas Alterações - Resumo Isabella Baihense

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2022/1 
 Isabella Rocha Baihense 
 @isabellabaihense.psi 
 
Psicopatologia I 
Resumo 2 bim 
 
Cap. 17 – Memória e suas alterações 
Definição: Memória é a capacidade de codificar, armazenar e evocar as experiências, 
impressões e fatos que ocorrem em nossas vidas e todo aprendizado depende intimamente da 
memória. 
Perder a memória, segundo Squiree Kandel (2003), “leva à perda de si mesmo, à perda da 
história de uma vida e das interações duradouras com outros seres humanos”. 
 Tipos de memória: 
 Memória psicológica (cognitiva/neuropsicológica): atividade do SN que permite o 
indivíduo codificar, conservar e evocar, a qualquer momento, os dados aprendidos da 
experiência. Essa será mais abordada no nosso estudo! 
 Memória genética e epigenética: memória advinda de informações e conteúdos 
biológicos adquiridos ao longo da história filogenética da espécie. 
 Memória imunológica: informações registradas e possivelmente recuperáveis pelo 
sistema imunológico do indivíduo/ser vivo. 
 Memória coletiva, social e cultural: memória de conhecimentos e práticas sociais e 
culturais produzidas, acumuladas e mantidas por um grupo social. É a base da 
identidade de grupos sociais e a possibilidade da percepção do indivíduo perceber e 
entender o sentido da sua existência. 
Aspectos importantes sobre a memória: ela não é um processo unitário, ou seja, é composta 
de múltiplos elementos que podem ser organizados e expostos de formas distintas, exigindo 
redes e estruturas cerebrais diferentes; e não é um processo passivo e fidedigno de fixação de 
elementos e de evocação exata e realista do que foi evocado. 
-> A memória é frequentemente reeditada, havendo um processo de recriação e reinterpretação 
no arquivo de longo prazo de nossas memórias, ou seja, elas não são “o filme realista do que 
aconteceu” pois informações podem sofrer acréscimos de novos elementos ou decréscimo de 
outros elementos ou acontecimentos. 
 
FASES OU ELEMENTOS BÁSICOS DA MEMÓRIA 
 Codificação: captar, adquirir e codificar informações. – Processo inicial da memorização. 
 Armazenamento: reter as informações de modo fidedigno. 
 Recuperação ou evocação: também denominada de lembranças ou recordações; é fase em 
que as informações são recuperadas para distintos fins. - Etapa final, onde conseguimos 
acessar as informações. 
*Reconhecimento é a capacidade de identificar uma informação apresentada ao sujeito com 
informações já disponíveis na memória de longo prazo. 
*Esquecimento, por sua vez, é a denominação que se dá à impossibilidade de evocar e recordar. 
2022/1 
 Isabella Rocha Baihense 
 @isabellabaihense.psi 
 
Memória segundo o tempo de aquisição, armazenamento e evocação 
- Memória Sensorial e depósito sensorial (até 1 segundo): Memória, percepção e atenção se 
sobrepõe. A memória sensorial é rica em conteúdo, porém esse conteúdo se apaga 
rapidamente. Há um depósito sensorial que funciona geralmente abaixo do limiar da 
consciência, quando se deve “decidir” (inconscientemente) se voltamos a atenção para certos 
estímulos ou se estes serão rapidamente apagados. 
Ex: em uma festa, o indivíduo é exposto à estímulos visuais (memória icônica) e auditivos 
(memória ecoica), ele capta (não de modo de consciente) um número relativamente grande de 
informações, mas pode guarda-las por um período muito curto e, se passando por um grupo e 
seu nome é falado por alguém, esse indivíduo, mesmo sem perceber conscientemente, pode 
passar a dirigir a atenção para a fala desse grupo. 
 
- Memória imediata ou de curtíssimo prazo (de poucos segundos até 1 a 3 minutos): Trata-se 
da capacidade de reter o material (palavras, números, imagens, etc) imediatamente após a 
informação ter sido recebida. Tem capacidade limitada e depende da concentração, da 
fatigabilidade e de certo treino. 
Ex: reter um número telefônico para discar em seguida ou escrever o nome completo de um 
desconhecido que acabou de informar. 
- Memória recente ou de curto prazo (de poucos minutos até 3 a 6 horas): Similar a memória 
de curtíssimo prazo, refere-se à capacidade de reter a informação por curto período e também 
é um tipo de memória de capacidade limitada. 
- Memória de longo prazo ou remota (de dias, meses, até muitos anos): Essa é a função 
relacionada à transferência de informações para depósitos de longo prazo, tendo capacidade 
quase ilimitada. Se relaciona à evocação de informações e acontecimentos ocorridos no passado 
(pode durar por toda a vida) e é um tipo de memória com capacidade bem mais ampla em 
termos de itens a serem guardados. As informações são armazenadas de modo organizado, em 
sistemas que proporcionam uma estrutura organizacional e são arquivadas e conservadas de 
acordo com seu significado, em redes semânticas nas quais conceitos semelhantes são 
armazenados próximos uns dos outros. Portanto, o significado proporciona organização no 
arquivo de longo prazo e, por isso, podemos ouvir uma história com o mesmo significado geral, 
porém com várias frases distintas, meses depois do acontecido, significando que o significado 
foi armazenado e poderá ser evocado, porém as frases não. 
 
Fatores associados ao processo de memorização 
- Nível de consciência e estado geral do organismo: para que a memorização ocorra da melhor 
maneira possível, o indivíduo deve estar esperto, calmo, e não muito cansado. 
- Atenção focal: capacidade de manutenção de atenção concentrada sobre o conteúdo novo a 
ser fixado, pois as novas informações entram na memória de longo prazo principalmente 
quando se presta atenção durante o aprendizado. 
2022/1 
 Isabella Rocha Baihense 
 @isabellabaihense.psi 
 
- Organização e distribuição temporal: distribuição de tentativas de aprendizado ao longo de 
um período de tempo mais longo e cadenciado, no processo de aprendizado de novas 
informações. 
- Interesse e colorido emocional: interesse e empenho do indivíduo em aprender novas 
informações. 
- Conhecimento anterior: elementos já conhecidos ajudam a adquirir novos, principalmente 
quando se articulam novos conhecimentos a informações, classificações e esquemas cognitivos 
já bem assentados, formando uma cadeia de elementos mnêmicos. 
- Capacidade de compreensão do significado da informação: entender o significado da 
informação é de fundamental ajuda para a memorização. Se a informação não tem um 
significado particular, é útil atribuir-lhe um significado arbitrário para facilitar a memorização. 
- Estabelecimento de um contexto rico e elaborado: contexto e circunstâncias associadas à 
informação que se quer memorizar tem papel central na eficácia da memorização. 
- Codificação da informação nova em mais de uma via: quanto maior for o número de canais 
sensoriais e dimensões cognitivas distintas para o armazenamento de uma informação nova, 
mais eficaz será a fixação desta. Ex: se a informação for uma palavra, deve-se buscar associar 
uma imagem visual; se for visual, deve-se buscar associar uma palavra (mapas mentais). 
 
 TIPOS ESPECÍFICOS DE MEMÓRIA 
Tipos dependentes do caráter consciente ou não consciente do processo mnêmico 
 Memória explícita (ou memória declarativa): relacionada ao conhecimento consciente, 
adquirido com algum esforço. É adquirido e evocado com plena intervenção da consciência, 
incluindo as lembranças de fatos autobiográficos, como por exemplo ter almoçado no 
último domingo com a avó, é um fato que pode ser lembrado com algum esforço e de forma 
consciente, a partir de imagens visuais, palavras, conceitos ou eventos. 
 Memória implícita (sem consciência ou não declarativa): tipo de memória que adquirimos 
e utilizamos sem perceber, sem consciência e, geralmente, sem esforço (de força 
automática e/ou espontânea). Alguns exemplos são habilidades motoras como andar de 
bicicleta, saber escrever, escovar os dentes, e também conhecimentos gerais ancorados em 
palavras que adquirimos e utilizamos sem perceber, comoaprender e falar a língua materna. 
A memória implícita está envolvida também com as sensações de familiaridade (ver uma 
pessoa, saber que a conhece mas não localizar de onde e quem exatamente ela é). 
 
Tipos de memória classificados segundo a estrutura cerebral envolvida 
 Memória de trabalho 
Situa-se entre os processos e habilidades da atenção e os da memória imediata. Ex: Ouvir um 
número, retê-lo e em seguida discá-lo no celular; ou pedir informações sobre um endereço na 
rua, memorizar e seguir as instruções dadas até chegar ao destino. 
2022/1 
 Isabella Rocha Baihense 
 @isabellabaihense.psi 
 
De modo geral, é uma memória explícita, consciente, que exige esforço. Ela é plenamente ativa 
e está trabalhando constantemente pois está sempre realizando operações mentais e 
representa um conjunto de habilidades que permite manter e manipular informações novas 
(acessando-as em face às antigas). 
Ela é vista como gerenciadora da memória. Seu papel não é tanto formar arquivos, mas, antes, 
analisar e selecionar as informações que chegam constantemente e compará-las com as 
existentes nas demais memórias de curta e longa duração. Ela é composta por três 
componentes: alça fonológica (utiliza códigos articulatórios e depósitos fonológicos para 
sintetizar e operacionalizar as informações), esboço visoespacial (realiza armazenamento 
temporário e manipulação de imagens) e sistema executivo (faz a mediação da atenção e das 
estratégias para coordenar os recursos cognitivos entre a alça fonológica e o esboço 
visoespacial). 
De modo geral, todas as condições que afetam as regiões pré-frontais causam alteração da 
memória de trabalho. Elas ocorrem em distintas condições clínicas, mas sobretudo nas 
demências, como: 
- demência frontotemporal (DFT), sobretudo na variante frontal da DFT 
- demência de Alzheimer (sobretudo na varitante frontal desta demência) 
- demências vasculares e demência com corpos de Lewy 
 
Em quadros psicopatológicos como esquizofrenia, transtorno de déficit de 
atenção/hiperatividade e transtorno obsessivo-compulsivo, também se verificam alterações da 
memória de trabalho. No envelhecimento normal, ocorrem frequentemente dificuldades, de 
leves a moderadas, na memória de trabalho. 
 
IS → seguir instruções simples; 
VD → demências, esclerose, trauma, esquizofrenia, TDAH, TOC, senilidade. 
 
 Memória episódica 
Memória explícita, de médio e longo prazos, relacionada a eventos específicos da experiência 
pessoal do indivíduo, ocorridos em determinado contexto – recordação consciente de fatos reais 
(ex: relatar o que ocorreu no último final de semana). A perda da memória episódica, em geral, 
se evidencia para eventos autobiográficos recentes, mas, com o evoluir da doença (ex 
Alzheimer), pode incluir elementos antigos. Nesse sentido, a perda da ME obedece à lei de Ribot 
(perdem-se primeiro os elementos recentemente adquiridos e, depois, os mais antigos). 
A memória episódica interage constantemente com a memória semântica (de conhecimentos 
gerais e conceitos; ver adiante), contrastando ou se articulando com ela. 
IS → incapacidade de reter e lembrar informações recentes; 
VD → demências, esclerose, esquizofrenia, Transt. Dissociativo e Parkinson. 
 
 
 
2022/1 
 Isabella Rocha Baihense 
 @isabellabaihense.psi 
 
 Memória semântica 
Se refere ao aprendizado, conservação e utilização do arquivo geral de conceitos e 
conhecimentos do indivíduo, os chamados “conhecimentos gerais sobre o mundo”, ou seja, o 
registro e a retenção dos conteúdos em função do significado que têm ( ex: saber que o céu é 
azul, que moramos no Brasil e falamos português, que somos seres humanos, etc). Assim como 
a episódica, a memória semântica é frequentemente explícita (mas pode ser, eventualmente, 
implícita). 
A contraposição desses dois tipos de memória (episódica e semântica) exemplifica-se da 
seguinte forma: lembrar como foi um jantar com o namorado, em um Paris, há dois meses, 
depende do sistema de memória episódica. Já o conhecimento do significado das palavras 
“jantar”, “Paris”, “namorado”,etc., depende da memória semântica. 
IS → dificuldade em nomear; 
VD → Alzheimer e outras demências. 
 
 Memória de procedimentos 
Tipo de memória automática, não consciente. Exemplos são motoras e perceptuais como andar 
de bicicleta ou tocar um instrumento; habilidades visuoepaciais como montar um quebra-
cabeça e habilidades relacionadas ao processo de linguagem como regras gramaticais 
incorporadas na fala automaticamente ou decorar a conjugação de verbos de uma língua 
estrangeira. Esse tipo de memória é implícita e não declarativa, porém pode ser explícita na fase 
de aprendizado e aquisição de habilidade. A memorização ocorre de forma lenta e por meio de 
repetições e múltiplas tentativas. A localização da memória de procedimentos está relacionada 
com o sistema motor e/ou sensorial específico envolvido na tarefa. 
IS → perda de habilidades motoras; 
VD → parkinson, tumor, AVC, hemorragia. 
 
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA MEMÓRIA 
 Quantitativas 
-> Hipermnésias 
Em casos de pacientes em mania ou hipomania, a hipermnésia traduz mais a aceleração geral 
do ritmo psíquico do que uma alteração propriamente da memória. Há outro tipo de 
hipermnésia, chamada hipermnésia para memória autobiográfica. Trata-se de um fenômeno 
raro, no qual o indivíduo tem uma memória autobiográfica quase perfeita. 
 
-> Amnésias (ou hipomnésias) 
- Amnésias dissociativas ou psicorgênicas: há perda de elementos seletivos, os quais podem ter 
valor psicológico específico (simbólico, afetivo). Ex: O indivíduo esquece uma fase ou evento em 
sua vida, que tem um significado especial, mas consegue lembrar de tudo que ocorreu “ao seu 
2022/1 
 Isabella Rocha Baihense 
 @isabellabaihense.psi 
 
redor”. Ela pode surgir em sequência a um episódio de trauma emocional e/ou relacionada a 
fuga dissociativa 
- Amnésias orgânicas: perda de memória geralmente menos seletiva, em relação ao conteúdo 
emocional e/ou simbólico do material esquecido, do que na amnésia psicogênica. Em geral, 
perde-se primeiramente a capacidade de memorização de fatos e eventos recentes e, em 
estados avançados da doença, há uma perda gradual de conteúdos mais antigos. 
- Amnésia anterógrada: perda de memória a partir do evento que lhe causou o dano cerebral, 
ou seja, a partir desse momento, o indivíduo não consegue mais fixar elementos mnêmicos. 
- Amnésia retrógrada: perda de memória anterior ao início do transtorno ou trauma, ou seja, o 
indivíduo perde a memória para fatos ocorridos antes do início dessa ocorrência. 
- Amnésia retroanterógrada: oposto da anterógrada, o indivíduo só se lembra do que aconteceu 
depois do evento patógeno, e não antes. É comum após trauma craniencefálico. 
 
 Quantitativas (paramnésias) 
As alterações qualitativas da memória envolvem sobretudo a deformação do processo de 
evocação de conteúdos mnêmicos previamente fixados. O indivíduo apresenta lembrança 
deformada que não corresponde à sensopercepção original. Os principais tipos de paramnésias 
são: 
- Ilusões mnêmicas: acréscimo de elementos falsos a elementos da memória de fatos que 
realmente aconteceram. Ex: “Tive 20 filhos com minha mulher” (teve, de fato, 4 filhos com ela, 
mas não20) – se não for uma deformação marcante, fica difícil identificar a ilusão mnêmica do 
processo normal de recordação. Podem ocorrer na esquizofrenia, transtorno delirante e em 
transtornos de personalidade (histriônico, borderline, esquizotípico, etc). 
- Alucinações mnêmicas: são criações imaginativas, dotadas de sensorialidade, marcadamente 
com a aparência de lembranças ou reminiscências que não correspondem a qualquer elemento 
mnêmico, a qualquer lembrança verdadeira. Podem surgir de modo repentino, sem 
corresponder a qualquer acontecimento. Ocorrem principalmente na esquizofrenia e em outras 
psicoses. 
- Confabulações (ou fabulações): confabulaçõessão produções de relatos, narrativas e ações 
que são involuntariamente incongruentes com a história passada do indivíduo, com sua situação 
presente e futura. As confabulações são caracterizadas por três aspectos básicos: são memórias 
ou recordações falsas; a pessoa que confabula não sabe da falsidade de suas recordações; 
confabulações são recordações plausíveis, ou seja, elas se parecem com o que poderia ter 
acontecido, mas que não aconteceu. (S. W-Korsakoff / alcoolismo, TCE, encefalite) 
- Criptomnésias: falseamento da memória, em que as lembranças aparecem como fatos novos 
ao paciente, que não as reconhece como lembranças, vivendo-as como uma descoberta (ex: 
contar uma piada que acabou de ser contada há poucos minutos, como se fosse a primeira vez). 
(demência / Alzheimer). 
2022/1 
 Isabella Rocha Baihense 
 @isabellabaihense.psi 
 
- Ecmnésia: recapitulação e revivescência intensa, abreviada e panorâmica da existência, uma 
recordação condensada de muitos eventos passados, que ocorre em breve período. (crises 
eplepticas / experiências de quase morte). 
 
ALTERAÇÕES DO RECONHECIMENTO 
-> Agnosia (base orgânica): São déficits do reconhecimento de estímulos sensoriais de objetos 
e fenômenos. As agnosias são sempre de modalidades sensoriais específicas, nas quais o 
indivíduo perde a capacidade de reconhecimento (de objetos, faces, sons, etc.) por determinada 
via sensorial (visão, audição ou tato), mas pode reconhecer os objetos por outra via sensorial. 
As agnosias mais importantes são as visuais e as auditivas. 
 
Alterações do reconhecimento associadas a transtornos mentais 
-> Transtornos mentais delirantes: 
 Falsos desconhecimentos: o indivíduo não reconhece pessoas muito familiares ou próximas, 
como pais, irmãos, filhos, cônjuges, etc. Com frequência, falsos desconhecimentos são 
fenômenos delirantes associados a quadros psicóticos como esquizofrenia, mania ou 
depressão psicótica. 
 Falsos reconhecimentos: o paciente identifica alguém desconhecido previamente 
(enfermeiro, médico, terapeuta ou outro membro da equipe), como se fosse seu conhecido 
há muito tempo, e diz “você é meu avô”, acreditando fortemente em tais falsos 
reconhecimentos. Também ocorrem com certa frequência em quadros psicóticos agudos 
(esquizofrenia, depressão psicótica, mania psicótica). 
 Síndrome de Capgras: o indivíduo afirma que uma pessoa próxima e familiar que o visitou 
dizendo ser seu pai (por exemplo) é, na verdade, um sósia, quase idêntico, uma falsa cópia 
(um impostor). 
 Síndrome de Capgras inversa: o sujeito acredita que houve transformação radical em si 
mesmo e que ele próprio é um impostor, e que esse impostor passou a habitar em seu corpo, 
não reconhecendo esse corpo como o seu próprio e verdadeiro. O paciente afirma “esse 
sujeito aqui é, na verdade, uma sósia, uma cópia quase idêntica de mim mesmo”. 
 Síndrome de Frégoli: falso reconhecimento delirante em que o indivíduo identifica 
falsamente uma pessoa estranha como se fosse alguém de seu círculo pessoal.

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