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Geografia do Urbanismo

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Índice
1.	Introdução	2
1.1.	Objectivos	3
1.1.	Metodologia	3
2.	Diferença das cidades (cidades europeias, americanas, latino americanas e africanas) e suas respetivas funções	4
2.1.Principais funções das cidades	4
2.2.Cidades europeias	6
2.2.1.Características das cidades europeias	7
2.2.2.Funções das cidades americanas	8
2.3.Cidades norte americanas	9
2.3.1.Características das cidades americanas	10
2.3.2.Funções das cidades norte americanas	10
2.4.Cidades latino americanas	11
2.4.1.Características das cidades latino americana	12
2.4.2.Funções das cidades latino americana	14
2.5.Cidades africanas	14
2.5.1.Características das cidades africanas	15
2.5.2.Funções das cidades africanas	16
3.	Conclusão	17
4.	Referências bibliográficas	18
1. 
2. Introdução
O grande desenvolvimento das cidades e das formas de vida urbana é um dos fenômenos que melhor caracteriza nossa civilização contemporânea. A cidade não é um feito recente: é resultante de um processo histórico. Ao longo deste século e do passado observa-se um aumento vertiginoso da migração da população rural para as cidades. Tal fato tem modificado a distribuição da população mundial. Ainda segundo o autor, uma das grandes marcas desse século tem sido o “formidável crescimento dos grandes centros urbanos, que não se verificava anteriormente porque o avanço demográfico geral era muito mais lento e porque esse excedente demográfico não era absorvido desproporcionadamente pelas grandes cidades”.
 Contudo, nas últimas décadas, o ritmo de crescimento das cidades está sendo muito superior ao das possibilidades de previsão das autoridades públicas, a sua capacidade de assimilar os problemas e geralmente dos recursos disponíveis para proceder às reformas de grande vulto que se fazem necessárias para criar novas estruturas eficazes. Uma parte da população que chega às cidades é forçada a se distribuir nos locais mais “miseráveis e abandonados, invadindo propriedades alheias ou zonas com condições urbanas inadequadas. Isto deu lugar das cidades americanas ou argelinas, as (barracas de madeira) ou chabolismo espanhol, as famosas favelas brasileiras, os ranchos venezuelanos, etc. Não há cidade em processo de crescimento agressivo que não sofra destas manifestações patológicas”.
1.1. Objectivos
Gerais:
· Diferenças das cidades (cidades europeias, americanas, latino americanas e africanas) e suas respetivas funções 
· 
Específicos:
· Interpretar as personalidades únicas das cidades;
· Identificar as dinâmicas que culminam nas cidades;
· Discutir sobre a evolução das cidades.
1.1. Metodologia
No que concerne a metodologia para a realização do trabalho foi através de sondas bibliográficas relacionadas a esta área de estudo que tornaram possível a realização do trabalho. As obras consultadas encontram-se listadas no final do trabalho, depois da conclusão, estando organizadas em ordem alfabética.
2. Diferença das cidades (cidades europeias, americanas, latino americanas e africanas) e suas respetivas funções 
2.1.Principais funções das cidades
A função de uma cidade é determinada pela actividade principal da sua população, isto é, embora na maioria das cidades se exerçam todas as funções, há uma actividade preponderante que leva a que se considere essa actividade como uma especialidade desta ou daquela cidade. É a partir da estatística, dos inquéritos ou sondagens e da informação fiscal que se obtêm dados que nos permite classificar ou ordenar as funções de um aglomerado urbano. Isto não significa que a cidade ao longo dos tempos, sempre teve, tem e terá essa função dominante. Uma cidade com uma função dominante apresenta uma morfologia e uma fisionomia próprias, uma vida particular e um cunho característico que facilmente se identifica e distingue. Assim, as cidades podem desempenhar as seguintes funções: função político-administrativa e financeira, função industrial, função comercial, função cultural, função religiosa, função turística e recreativa, entre outras.
Função industrial - Embora a actividade industrial esteja presente em todas as cidades, há aquelas que vivem quase exclusivamente da indústria. A maioria das cidades fruto da expansão industrial ainda continua a ter como principal função a indústria, com uma fisionomia e modo de vida próprios: chaminés fumegantes, céu cinzento, barulhos característicos, trânsito automóvel intenso, etc. Numerosos exemplos podem ser dados como Manchester, Turim, Essen, Rhur e Setúbal.
Função comercial - Se a actividade industrial está na origem e expansão de muitas cidades, a função comercial não deixa de ter importância ainda maior, pois não se concebe cidade alguma sem essa função. As vias fluviais, o mar, a via-férrea e mais recentemente, as rápidas rodovias e os modernos aeroportos estimulam as trocas comerciais quer ao nível interno quer ao nível externo. Cidades costeiras portuárias desempenharam ao longo dos tempos e continuam ainda a desempenhar um papel primordial nas trocas comerciais, como o caso do Cabo, Dacar, Lisboa, Leninegrado, Estraburgo, Colónia, Dusseldorf, Roterdão, Detroit, Chicago, Valparaíso, Tóquio, Amesterdão, Liverpool, Marselha, Nova Iorque, entre outras.
Função cultural - A razão de ser de muitas cidades está na existência, desde há longa data, da sua função universitária, tornando-as centros de estudo, de investigação, artística e cultural. A vida académica e todo o movimento citadino que ela arrasta fazem a razão de ser de muitas cidades. São exemplos as cidades de Coimbra, Oxford, Cambridge, Montpellier, Heidelberg, entre outras.
Função religiosa - Muitas cidades como, Meca, Lourdes, Fátima, Vaticano ou Jerusalém caracterizam-se pela sua função religiosa. Centros de peregrinação e de fé religiosa concentram milhares de peregrinos de todo o mundo. Estes intensos fluxos geram outras actividades e fazem destes centros ecuménicos autênticas cidades cuja razão de existência é a fé religiosa.
Função turística e recreativa - Tanto as cidades litorais como as de montanha e ainda os aglomerados termais oferecem, a quem as procuram, distração, repouso ou cura. São exemplos: Nice, Miami, Mónaco, entre outras.
Em relação ao aparecimento das primeiras civilizações, alguns arqueólogos acreditam que elas surgiram próximas aos rios que atravessavam as férteis planícies, onde a agricultura começou a se desenvolver. Durante o V milênio a.C., o domínio de técnicas de irrigação, permitiu estender a colonização dessas regiões até locais antes fora do alcance das comunidades agrícolas. A construção de pequenas valas transversais, que permitiam desviar os cursos de água até os campos próximos, eram uma garantia contra a seca, nos períodos de escassez de chuva. 7 Entretanto, existem outros arqueólogos que defendem a teoria de que o aparecimento das primeiras cidades ocorreu, não nos grandes vales aluviais, como se julgava até a pouco, mas nas zonas montanhosas que delimitavam uma área fértil, nas vertentes das montanhas do Irã, do Iraque, de Israel, da Jordânia e da Síria. Durante o IV milênio a.C., os oásis localizados ao longo do curso dos rios Tigre e do Eufrates, na Mesopotâmia, e do Nilo, no Egito, áreas de enorme potencial agrícola, tornar-se-ão as primeiras sedes com as características de uma civilização urbana. As planícies dessas regiões eram muito férteis, pois as periódicas inundações dos rios traziam para a várzea o limo, um excelente fertilizante natural. Foram, então, utilizadas para o cultivo de diversos cereais (trigo, aveia, centeio, cevada, arroz, milho, etc.) e plantas frutíferas (uvas, figos, damascos, melões, mangas, bananas, morangos, laranja, etc.), proporcionando colheitas excepcionais. Além disso, o terreno aberto favorecia as trocas de mercadoria e de notícias, facilitando as comunicações. Com o passar do tempo, melhoram-se as técnicas de irrigação e as áreas cultiváveis ampliam-se cada vez mais. A introdução dos metais, da roda, do carro puxado pelos bois, do burro de carga e das embarcações à vela e a remo acelera de modo acentuado o desenvolvimento dessas regiões. Começava assim,a partir IV milênio, nas cidades localizadas nas planícies pluviais no Egito, a espiral de uma nova economia: o aumento da produção agrícola, da população e o início da concentração do poder e do excedente da produção nas cidades. O fato de essas cidades estarem localizadas entre o rio e o deserto fez com que se desenvolvessem de forma concentrada. O mesmo não ocorreu com as cidades européias, que, por possuírem um largo campo fértil para produzir, desenvolveram-se de forma espalhada, de acordo com as características de cada região, por todo o continente europeu.
 2.2.Cidades europeias
Na posição de esteio e, simultaneamente, de palco paradigmático de transformação, a cidade e o seu papel obrigam-nos, hoje, à necessidade de situar uma série de questões, numa necessariamente maior simbiose entre as dimensões de conhecimento denominadas de fundamentais – como a filosofia, a política, ou ainda a própria cultura, num certo sentido mais absoluto – com dimensões mais geográficas e socio-espaciais. A cidade é, sem dúvida, e antes de tudo o mais, uma construção social. Talvez mesmo a construção social por excelência. Mas não nos podemos, porém, olvidar que esta continua a deter um vital sentido territorial. A questão do espaço, entendido agora obviamente num sentido amplamente mais político, social, cultural e ainda económico – um sentido portanto mais urbano – torna-se assim, elemento extraordinariamente central para a evolução – e compreensão – tanto dos sistemas
A Europa é o continente que apresenta a mais elevada taxa de urbanização, essa condição aconteceu em decorrência de uma série de fatores, principalmente, a Revolução Industrial, que proporcionou profundas mudanças de caráter social e econômico. Com a instalação de indústrias nos centros urbanos, muitos trabalhadores foram atraídos, o que desencadeou o fenômeno migratório denominado de êxodo rural (deslocamento de trabalhadores rurais para as cidades).
Os países da Europa que ingressaram primeiro no processo de urbanização foram justamente aqueles que implantaram a Revolução Industrial (final do século XVIII), como por exemplo, Reino Unido e Suécia. Os outros países europeus aderiram à Revolução Industrial no decorrer do século XIX, período que em houve o fenômeno da urbanização.
De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), em todo o mundo existem 23 megacidades, ou seja, cidades que possuem uma população absoluta superior a 10 milhões de habitantes. Nesse quesito, a Europa possui somente uma cidade, Moscou (Rússia), com aproximadamente 12 milhões de habitantes. O que mostra que esse continente não possui grandes aglomerações urbanas, se comparado com a Ásia, detentora de 14 megacidades; e a América, com 6 centros urbanos com tais aspectos. Em geral, grande parte dos europeus vive em pequenas e médias cidades, muitas delas com menos de 5 mil habitantes.
permite hoje uma muito ampla flexibilidade nos investimentos e nas acções económicas (no espaço e no tempo), na estruturação dos processos ligados aos sistemas de produção e à geração de mais- -valias. Tal capacidade tem permitido uma maior concentração dos elementos hierárquicos de liderança e de maior controlo, bem como os de geração de maior valor dessas mesmas cadeias (em áreas como as financeiras, as de design ou as de investigação e de desenvolvimento), em locais de características centrais – ou seja, nas cidades Sassen, (1991 e 1994).
2.2.1.Características das cidades europeias
Desde sempre que a sociedade humana se confronta com o dilema de uma desejada versus ostracizada coexistência social. Aos esforços feitos por determinados segmentos sociais (designadamente os de rendimentos, de cultura e de vínculos de poder mais elevados) para uma relativa separação dos seus quotidianos e paisagens, sempre se contrapuseram forças incentivando precisamente ao oposto, no desenvolvimento de espaços de inter-relacionamento, de maior heterodoxia e de diversidade nas relações humanas entre diferentes. Um dos principais elementos do fascínio urbano, o eterno dilema da convivência e da separação humana conduziu, quase sempre, à constatação de que está no encontro entre diferentes a marca essencial, na verdade, da própria essência da cidade.
Todas as cidades que na idade media, e por questões defensivas foram cercadas por muralhas, apresentam hoje, com maior ou menor pormenor, uma planta do tipo radio-concêntrica.
Nelas encontramos um núcleo central rodeado por uma circular correspondente a primeira muralha, entretanto destruída quando a cidade precisou de ser alargada para o exterior.
Utra muralha foi então construída, para proteger a cidade , a qual por sua vez , foi demolida dando lugar a nova rua circular e concêntrica e assim sucessivamente. Por isso a cidade hoje apresenta uma serie de ruas circulares e concêntricas, cortadas radialmente por outras ruas que saem do centro da preferia.
2.2.2.Funções das cidades americanas
Hoje em dia, porém, num mundo de forte mobilidade quotidiana, de inter-conectividade mais virtual, e de crescentes escalas de produção espacial homogeneizadora (privada e pública), as dinâmicas naturais de fomento da heterogeneidade e da dialética urbana não resultam tão líquidas, registando-se importantes indícios de novas formas de segregação socio espacial. Muito particularmente, pela questão da acessibilidade – ou do direito – aos espaços de habitabilidade e de empregabilidade na cidade, especialmente perante os presentes cenários de rendas urbanas crescentemente segmentadoras dos espaços de vivência. Esta realidade parece ainda, ao mesmo tempo, perigosamente suspensa face à igual crise dos sistemas de apoio social do Estado-providência ou de bem-estar.
As cidades são vistas como a origem e a solução dos desafios económicos, ambientais e sociais dos dias de hoje. As zonas urbanas da Europa acolhem mais de dois terços da população da UE, representam cerca de 80 % da utilização da energia e geram até 85 % do PIB da Europa. Estas zonas urbanas são os motores da economia europeia e funcionam como catalisadores da criatividade e da inovação em toda a União. São, contudo, também os lugares onde certos problemas persistentes, como o desemprego, a segregação e a pobreza, se manifestam com maior gravidade. As políticas urbanas têm, por conseguinte, uma grande importância a nível transfronteiriço, e é por esse motivo que o desenvolvimento urbano é fulcral para a Política Regional da UE.
As cidades são os motores indiscutíveis do crescimento económico na Europa. Em quase todas as cidades europeias, as zonas urbanas são os principais produtores de conhecimento e inovação – os centros de uma economia mundial globalizada. De um modo geral, as cidades de maior dimensão contribuem mais significativamente para a economia, mas nem sempre assim é. Relativamente às cidades com mais de um milhão de habitantes, o PIB é 25% superior ao do conjunto da UE e 40% superior à respectiva média nacional. O contributo das cidades para os níveis do PIB tende a diminuir em função da sua dimensão. As cidades mais pequenas (até 100 000 habitantes) tendem a registar atrasos relativamente aos países a que pertencem, mas situam-se na média das taxas de crescimento económico. 
Desde sempre que a sociedade humana se confronta com o dilema de uma desejada versus ostracizada coexistência social. Aos esforços feitos por determinados segmentos sociais (designadamente os de rendimentos, de cultura e de vínculos de poder mais elevados) para uma relativa separação dos seus quotidianos e paisagens, sempre se contrapuseram forças incentivando precisamente ao oposto, no desenvolvimento de espaço, procuram habitação), não conseguem facilmente autonomizar-se e permanecer nas zonas mais centrais e consolidadas, provocando um contínuo movimento para o exterior semiurbano, dinâmica que entra em choque frontal com as novas imagéticas políticas de reabilitação e de retorno à cidade.
2.3.Cidades norte americanas
Face às significativas transformações com que a cidade hoje se depara, não surpreende que se assista a um paralelomovimento de transformação cognitiva e mesmo sensorial do ser urbano. No quotidiano urbano, e numa complexificação Simmeliana (1986), as trajectórias humanas tornam-se crescentemente individualizáveis e autónomas, não facilmente rotuláveis perante as tipologias sociológicas mais clássicas – quer em termos de classe social, quer em termos de classe profissional, quer ainda sob outras perspectivas bem reconhecíveis como a corporativa.
Independentemente dos diferentes passos e dos distintos matizes existentes em cada parte do mundo – diferenças que fazem com que, por exemplo, um país como a america se encontre numa dupla velocidade de evolução, entre uma era industrial ainda em franco desenvolvimento e uma nova era que também aqui parece despontar ter-se-á chegado, de facto, a uma determinada cristalização de alguns sistemas. Porém, presentemente, perante os cada vez mais evidentes sinais de transformação, e mesmo quando em muitos locais ainda se trabalha arduamente na construção de estruturas de regulação clássicas, muito parece estar em causa.
Esta cidade é considerada a mais influente do mundo e exerce forte domínio político, econômico, militar e cultural. Seus aspectos naturais são também bastante diversificados, seja no relevo, no clima, na vegetação, na fauna e na flora, dando a cidade o status de “megadivisão” (país que abriga a maioria das espécies da Terra.
2.3.1.Características das cidades americanas
A cidade caracteriza-se por um traçado ortogonal, bastante singular, em que as avenidas e as ruas se cruzam perpendicularmente, e ao longo das quais se localizam os grandes imóveis. Trata-se pois centro de negócio (comercio e serviços mais importantantes da cidade)
O elemento que define os arranha-céu, com dezenas de andares. O velho histórico ou cento primitivo, próprio da velha cidade europeia, não existe aqui, pois construções primitivas dos primeiros colonos já desapareceram. Há três períodos nas discussões sobre verticalização: o primeiro concebe a densificação dos edifícios norte-americanos durante a concentração econômica; o segundo compreende a expansão da construção de arranha-céus em países da Europa e da Ásia; e o terceiro período apresenta a homogeneização das tecnologias construtivas da Europa e da Ásia e a presença de arranha-céus em cidades brasileiras.
Nesse sentido, quando se fala de competição entre cidades, nenhum exemplo pode ser melhor do que o caso dos arranhacéus. As cidades ampliam sua capacidade competitiva por meio da construção de edifícios altos, fomentando a criação de centros de negócios. O arranha-céu possibilita a realização de uma imagem inovadora, criativa e ousada não só para as grandes empresas privadas, mas também para instituições públicas que almejam semelhantes objetivos.
Baseado no que foi visto ao longo do artigo, podemos dividir a evolução da economia e da política americana em duas fases: de 1865 a 1898, quando ocorre a modernização econômica- social dos Estados Unidos; e de 1898 até sua entrada na Primeira Guerra Mundial, com uma ação mais ativa no sistema internacional, como forma de sobrepor seus interesses sobre as demais nações. Isso ficou nítido com as intervenções realizadas na América Latina. Finalizada a Guerra de Secessão ocorreu um ajuste na estrutura econômica norte-americana. Sob o comando do norte industrial, rapidamente, os Estados Unidos, deixaram de ser uma economia agrária para transformar-se numa potência industrial, superando as potências europeias. O boom econômico foi responsável pela modernização de sua economia, dessa forma, temos entre 1870 e 1913 um crescimento do produto real nos EUA em torno de 478%, contra 124% e 242% da Inglaterra e Alemanha. Em 1913 o PIB dos EUA já era mais de 25% superior à soma do PIB dos demais países europeus.
2.3.2.Funções das cidades norte americanas
Conhecido como a maior potência do mundo, os Estados Unidos ostentam a primeira posição quando o assunto é Produto Interno Bruto, que representa a soma de todos os bens produzidos no país ao longo de um período. O país tem um PIB de US$ 19,39 trilhões, segundo o Fundo Monetário Internacional, estando à frente de países como China e Japão. A economia em 2018 cresceu 2,9% se comparada ao ano anterior.
A economia estadunidense baseia-se nos setores agropecuário, industrial e de serviços. Na agricultura, destacam-se as produções de milho, soja e algodão, com o emprego de altas tecnologias. No setor industrial, destacam-se as produções de máquinas, eletrônicos, produtos químicos, farmacêuticos e automotivos. Já o setor de serviços contribui com mais de três quartos do PIB.
É importante também destacar a produção de petróleo no país, bem como a de gás natural. Em 2019 a produção do petróleo bateu recorde, segundo a Agência Federal de Energia dos Estados Unidos, alcançando 470,6 milhões de barris.
O petróleo é um dos produtos mais exportados pelos Estados Unidos. De acordo com o Observatório de Complexidade Econômica, os EUA correspondem à terceira maior economia exportadora entre os países. No ano de 2017, foram exportados US$ 1,25 trilhões. Um estudo feito por João Sette Whitaker Ferreira mostrou que a cidade de São Paulo, mesmo com toda a construção da sua imagem como cidade global, não possui tanta aproximação dessa realidade. Por isso, o autor alerta para o surgimento de um mito, o da cidade global, no qual se constrói um ideário de cidade contemporânea imbuída de fluxos ditos globais, sob os quais se escondem verdadeiramente os interesses dos agentes locais. Daí a importância de se analisar a estrutura econômica e política de cada conjuntura local. No caso de São Paulo, por exemplo, é preciso notar que: Por vários ângulos que se procure verificar, a maior metrópole do continente parece mais marcada pelo arcaísmo de sua pobreza e da não superação dos conflitos herdados da sua formação historicamente desigual e excludente, do que por alguma nova dinâmica urbana determinada pela economia globalizada. Vale lembrar que estamos falando de uma metrópole na qual cerca de 40% da população vive em situação de informalidade urbana, com aproximadamente 1,2 milhão de pessoas morando em favelas.
Muitos autores consideram a Guerra Civil Americana o ponto de partida para os Estados Unidos transformaram-se numa grande potência econômica no século XX. Para Fiori (2007, p. 75), “a guerra civil americana mudou o rumo da história dos EUA, na segunda metade do século XIX”, tendo em vista que, apesar da destruição física e humana, ao fim do conflito ocorreu uma reorganização do Estado nacional e do capitalismo americano, sob a direção do norte industrial, o que levou a rivalizarem com as potências europeias na condição de maior potência econômica no início do século XX. Segundo Moore Jr (1967, p. 142) “considera-se geralmente a Guerra Civil como um marco que dividiu violentamente as épocas agrária e industrial americana”. De acordo com Karnal (2007, p 165), “entre 1814 e 1898, os Estados Unidos permaneceram longe da política internacional europeia, vivendo os princípios da Doutrina Monroe e de aquisição de territórios no Oeste, seja por meio de compra, seja por meio de guerras contra o México”. Contudo, depois da Guerra Hispano-Americana, 1898, o que se viu foi uma série de intervenções militares na América Latina, com objetivo de restabelecer a ordem interna da região. Na verdade, essas ações camuflavam os verdadeiros interesses, que seria a expansão do império americano na América Latina.
2.4.Cidades latino americanas 
Como ocorre com a expressão “cultura latino-americana” e com a noção mesma de “América Latina”, a ideia de “cidade latino-americana” mostra-se de modo mais nítido quanto mais afastados estamos de qualquer referente real. Qual cidade caberia com clareza nesta categoria: Havana ou Caracas, Montevidéu ou México, Cuzco ou Buenos Aires? O que define uma delas dificilmente serve para a outra. E não se trata apenas de uma dificuldade que se apresenta entre realidades urbanas nacionais: como agrupar em uma mesma categoria Ouro Preto, São Paulo e Brasília, no Brasil,ou Cartagena das Índias e Bogotá, na Colômbia? Que espécie de “cidade latino americana” encarnaria cada uma delas? Que mapa pode ser delineado no conjunto? Se cada cidade apresenta qualidades distintas que dificultam sua integração, sem mais, numa categoria abrangente, seria absurdo tentar definir a cidade latino-americana por meio de um ideal de representação de um conjunto de características a ela atribuídas, como uma espécie de Frankstein urbano; tão absurdo seria o procedimento que ele poderia levar-nos rapidamente à conclusão de que a única cidade latino-americana realmente existente é Miami. Com efeito, a clássica indiferenciação da malha urbana norte-americana, visivelmente distinta de qualquer cidade latino-americana real, permitiu, no entanto, que nas últimas décadas se desenvolvessem.
Entre as décadas de 1950 e 1970, ao contrário, a “cidade latino-americana” não somente existiu mas funcionou como uma verdadeira bomba de sucção para uma série de figuras, disciplinas e instituições que estavam conformando o novo mapa intelectual, acadêmico e político do pensamento social latino-americano, em um de seus episódios mais ricos e produtivos. São bastante conhecidos, em termos gerais, certos itinerários polêmicos que atravessam esse mapa intelectual, das teorias do desenvolvimento às teorias da dependência, do reformismo modernizador às posições revolucionárias, assim como é conhecido seu impacto em todas as dimensões da vida cultural, das ciências sociais, da arte e da literatura. Mas não é tão conhecido, em compensação, o papel que jogou a problemática da “cidade latino-americana” na estruturação desse mapa e na conformação de suas agendas políticas e intelectuais, no exato momento em que as cidades latino-americanas como realidades urbanas se constituíam nos cenários de aplicação dessas agendas e nos motores das transformações políticas e sociais, a que elas procuravam fazer referência.
2.4.1.Características das cidades latino americana
A “cidade latino-americana” se produz então como uma figura-chave da teoria social, desde o meridiano teórico do funcionalismo norte-americano, pan-americanizado no segundo pós-guerra em uma densa rede de instituições (Unesco, Cepal, Siap, Fundações Ford e Rockfeller etc.). Com duas conseqüências fundamentais: boa parte das categorias produzidas pelos cientistas sociais, especialmente norte-americanos, tem a cidade latino-americana como laboratório, e o próprio campo das ciências sociais latino americanas se forma sob esses auspícios (e sob essa tensão operativa que seria denominada planificação). 
A morfologia urbana desta cidade e semelhante a das cidades da América Anglo-saxônica e data do período pôs-descobrimentos.
A planta aplicada a implementação urbana no continente americano teve inspiração na quadricula ortogonal da antiguidade, recriado durante o renascimento que fez renascer a ideia do geocentrismo urbano, resultado de uma perspectiva utilitária que se adaptou muito bem a urbanização especulativa (aproveitamento racional do terreno para rentabilizar ao máximo).
Para compreender o processo de urbanização da américa latina é necessário o reconhecimento de sua relação com a evolução das atividades econômicas desenvolvidas ao longo de sua história. Rocha (2005) estabelece uma periodização que está associada às seguintes especializações econômicas: o empório comercial, passando pelo desenvolvimento da atividade de beneficiamento de produtos agrícolas para as indústrias do sudeste, a produção de sal artesanal e depois mecanizada, a exploração de petróleo e o agronegócio da fruticultura irrigada. São diversas fases que convivem, que se sobrepõem e que têm como consequência profundas mudanças na organização do espaço urbano da cidade. 
Conforme citado anteriormente, o desenvolvimento econômico de américa latina perpassou diversas fases, momentos que convivem e se sobrepõem. Desde o empório comercial, passando pelo desenvolvimento agroindustrial, produção de sal artesanal e depois mecanizada, exploração de petróleo, agronegócio da fruticultura, até outras atividades mais associadas ao consumo. Atualmente as cidades da américa latina vive um momento que se caracteriza pela criação de uma ideia de cidade cultural, sobretudo a partir da década de 2000, recorte temporal desta pesquisa.
 Mais recentemente, as transformações na configuração urbana da cidade podem ser observadas em virtude de novas dinâmicas econômicas, agora mais voltadas para o desenvolvimento do setor terciário, que cresce e se estabelece pela presença de grandes estabelecimentos comerciais e de serviços. Portanto, acreditamos que o setor terciário vem promovendo profundas transformações em sua organização interna, que se materializa mediante a produção de espaços onde novas centralidades podem ser evidenciadas.
Segundo Couto (2011), as cidades da américa latina experimenta da expansão das suas atividades, cada vez mais especializadas, principalmente com o aumento do consumo de bens e serviços modernos, repetindo situação observada em outras cidades. A instalação de novos fixos associados às formas modernas de distribuição de mercadorias, como os supermercados evidencia o estabelecimento de novos fluxos urbanos e regionais a partir do consumo. Em resumo, o consumo como um dos elementos fundamentais na estruturação urbana é uma tendência da urbanização mundial.
2.4.2.Funções das cidades latino americana
A função integradora e o valor simbólico de Brasília para o Brasil, o impacto geopolítico da rodovia da selva no Peru, as grandes vias que unem o interior do Paraguai e da Bolívia com os portos do Brasil e da Argentina, a rota Pan-americana, os grandes projetos hidroelétricos em toda a parte, a concepção regional da Venezuela afirmando a vigência de um novo pólo de desenvolvimento em sua Guayana, demonstram que a América Latina está avançando em suas próprias fronteiras. E novos centros de vida e um esquema de urbanização complementar ao existente sem dúvida surgirão como expressão de uma nova América Latina que se desprenda dos limites do passado e procure na idéia de integração a expressão de sua modernização (Hardoy, 1972).
As cidades americanas dispõem de centros comerciais ou de negócios que completam a sua urbanização tais como: centros de negócio do tipo (A.BD), centros de negócios antigos, subúrbios que concentram a sua função comercial. Arranha-céus moderados em betão e vidro ocupam o lugar das velhas mansões destruídas e albergam escritórios, bancos, sedes de multinacionais e hotéis, que dão para uma praça arborizada, para onde convergem largas avenidas. Aqui e ali, uma nova construção resultante da demolição de um velho edifício completa esta zona.
2.5.Cidades africanas
Em diversas cidades africanas ocorreram, ou continuam a ocorrer, profundas transformações económicas, físicas e sociais que consubstanciam determinados fenómenos indexados ao definhamento das respectivas qualidades urbanas. Este aspecto condiciona o ordenamento integrado dos seus espaços urbanos, devendo, não obstante, ser convertido em factor de desenvolvimento sistémico através da redefinição da relação: indivíduo, lugar, sociedade e território/paisagem urbana. Nesta perspectiva, pode-se referir que a Cidade Africana revela uma riqueza de acontecimentos urbanos caracterizados por arquitecturas próprias e individuais, plasmadas em realidades territoriais intrincadas, nas quais se enraízam [micro] estruturas particulares e complexas de ocupação do solo. Assim, a Cidade Africana apresenta-se como um amplo conjunto de significados e um acumular de experiências que condicionaram o processo da sua transformação urbana. São experiências que existem relacionadas (por continuidade ou por ruptura) e que tornam necessária a percepção das distintas realidades nela operadas, bem como das diferenças entre elas.
Os espaços urbanos africanos tornaram-se tão extensos e díspares que já não são mais possíveis de abordar como uma unidade «polida». É premente transpor o paradigma de dualidade com que insistentemente se procura «olhar»sobre a Cidade Africana: ela é mais que um díptico, perfazendo múltiplas partes que se enquadram num mosaico urbano de geometria complexa. A Cidade Africana já não espelha apenas a dicotomia entre cidade versus campo, entre o urbano versus o rural, entre o formal versus o informal. Estas realidades tendem a desvanecer-se, cruzando-se, sobrepondo-se, justapondo-se a muitas outras que nela foram ganhando forma e expressão.
2.5.1.Características das cidades africanas
A Cidade Africana consubstancia-se em espaços urbanos abertos à cumplicidade das suas diferentes partes, nos quais se revela necessário reinterpretar e reestruturar a textura (visível e «invisível») dos seus padrões e fragmentos: expondo micro-secções e respectivas estratégias de auto-organização que se podem diagnosticar nas suas submorfologias (considerando os seus mecanismos de actuação de modo a poderem ser integrados e enquadrados num abrangente processo de planificação que não exclua ninguém). O construído (a textura e respectivos padrões e tipologias) raramente corresponde a configurações exclusivamente arbitrárias: cada forma construída traz consigo e induz significados à Cidade Africana (dificilmente se relaciona com ela de maneira neutral ou absolutamente autónoma). Os seus conteúdos e significantes estão em constante construção e reconstrução criativa através da acção da vida quotidiana. Reconhecendo a especificidade da Cidade Africana, entendendo-a como entidade dinâmica e flexível, urge consolidar a planificação urbana que possibilite a sua transformação no sentido de a tornar mais habitável, solidária e plural, transpondo descriminações culturais, raciais, de género, socioeconómicas, político-ideológicas, etc. 
A urbanização no continente africano encontra-se pouco desenvolvida, mercê da colonização a que esteve sujeito durante séculos. O continente africano apresenta menos de 1.3 da população urbana. Calcula-se que a taxa no continente não ultrapassa 25%, sendo a África do sul 50% o pais que apresenta maior percentagem urbana, seguido da África do norte com 40% a 49%. A Cidade Africana é a expressão da diferença, de cenários de convivência mutantes nos quais a complexidade das suas partes deve ser entendida como um recurso dinâmico de enriquecimento do todo: através de microleituras na macroleitura, permitindo a diversidade de acções contraditórias, híbridas e multifacetadas, valorizando a promoção da democracia participativa e integradora dos anseios da população urbana.
As casas assemelham-se as casas do interior, de barro e cobertas de colmo, ou em tijolos caído e cobertas de zinco. As arvores são primitivas geralmente preservadas, constituindo zonas verdes. Antes da independência, na preferia das cidades albergavam-se os habitantes de cor, em bairros planeados e cercados por sebes, delimitados por ruas perpendiculares.
2.5.2.Funções das cidades africanas
A generalidade de elementos que conformam a expressão da Cidade Africana, por pequenos e aparentemente insignificantes que possam parecer num primeiro olhar mais superficial, têm uma história e enquadramento concretos, possuem um contexto e significado específico para cada habitante e contribuem para a construção de memórias. Como já referido neste artigo, é hoje necessário (mais do que expressar uma memória dita «colectiva») integrar no [macro]planeamento [micro]estratégias de [auto]organização, não explícitas (quase invisíveis, pouco perceptíveis), mas que se fazem sentir nos modos de apropriação e uso dos espaços urbanos da Cidade Africana, marcando-a com expressões dissidentes, informais. São processos estruturados em novas lógicas de compreensão e interpretação das dinâmicas que nela interagem.
Na Cidade Africana definhou a relação estrutural entre projecto (em primeira instância) e forma (como consequência), agravando a fragilidade de nexos estabelecidos entre os "tipos" e os respectivos usos sociais, modelados na fragmentação e na informalidade, base de novas [micro]formas de utilizar e criar espaço com criatividade «indigente», induzida por via da imaginação, pela necessidade produtiva (sobreviver) e pela impulsividade própria da subjectividade com a qual se conformaram partes dos seus espaços urbanos.
 Uma das funções das cidades africana é político - administrativa e financeira-Esta função, é característica das cidades capitais de Estado, onde os Governos têm as suas sedes, o que atrai, de igual modo, os centros de decisão das grandes empresas, banca, seguros, comunicações, embaixadas, etc. Torna-se assim não só cidade - capital administrativa e financeira, onde todas as grandes decisões são tomadas a nível nacional e por vezes internacional.
3. Conclusão
Os mais antigos registros arqueológicos encontrados de ruínas de cidades remontam à Revolução Neolítca, por volta de 4.000 a 3.000 a.C.. A constituição das cidades na Antiguidade tinha por objetivo ser centro de comércio eou também como fortificações de guerra contra inimigos.
Percebe-se nas cidades do período o início da divisão do trabalho e a utilização de meios de troca, como conchas e pedras semipreciososas, no comércio. As cidades surgiram inicialmente como pequenas aldeias às margens de rios, e com o crescimento populacional e das atividades passaram a constituir cidades mais complexas. Os principais locais de surgimento das cidades foram ao longo dos vales dos rios Tigres e Eufrates, na Mesopotâmia; do Nilo, no Egito; do rio Indo, na Índia; do Yang-Tsé- Kiang e Hoang-HO na China; e do San Juan, na Meso-América.
Em relação ao aparecimento das primeiras civilizações, alguns arqueólogos acreditam que elas surgiram próximas aos rios que atravessavam as férteis planícies, onde a agricultura começou a se desenvolver. Durante o V milênio a.C., o domínio de técnicas de irrigação, permitiu estender a colonização dessas regiões até locais antes fora do alcance das comunidades agrícolas. A construção de pequenas valas transversais, que permitiam desviar os cursos de água até os campos próximos, eram uma garantia contra a seca, nos períodos de escassez de chuva.
 
4. Referências bibliográficas 
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Jofrice C. (s\d). Modulo Único de geografia do urbanismo 4˚ ano Beira: UCM-IED.
Lefebvre H. (1999) A revolução urbana. Belo Horizonte: Ed.UFMG.
Leite I. (1989) geografia geral, Lisboa.
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