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1 Universidade Federal Rural da Amazônia Melhoramento Florestal Seleção de espécie/procedências Prof. Dr. Paulo César Flôres Junior Sumário O que é o Melhoramento Floresta? Setor Florestal Fatores que influenciam na escolha de espécie Fases da escolha de espécie Seleção de procedências Fases da seleção de procedências 2 O que é o Melhoramento Florestal??? É a aplicação de técnicas de seleção e recombinação, com vistas ao aumento da frequência dos alelos favoráveis das características de interesse, em uma dada população (Pires et al., 2011). ✓Maior desenvolvimento a partir da década de 50 ✓No Brasil, o melhoramento se desenvolveu a partir de 1967, com a implantação da Lei dos Incentivos Fiscais ao Reflorestamento 3 Quais as buscas do programa de melhoramento florestal? ➢Determinar as espécies ou fontes geográficas dentro de uma espécie que possam ser usadas em uma determinada área; ➢Determinar as causas, quantidade e natureza da variabilidade dentro de espécies; ➢Produzir árvores que reúnam as combinações de características desejadas; ➢Produzir maciçamente materiais melhorados para fins de reflorestamento; ➢Desenvolver e manter uma população base suficientemente adequada para garantir progressos em gerações avançadas. Fonte: Zobel e Talbert (2003) 4 Para começar o Melhoramento Florestal... Seleção de espécies Seleção de procedências 5 Fonte: Higa (2017) 6Fonte: Ibá (2019) Florestas plantadas e florestas naturais: Florestas plantadas englobam desde florestas de conservação altamente protegidas a plantações produtivas de curta rotação. Florestas plantadas não deve substituir florestas naturais, nem afetar negativamente a qualidade de vida dos povos das florestas e indigenas. Florestas plantadas devem complementar os serviços ecossistêmicos das florestas naturais ou semi-naturais. 7 Energia renovável: Floresta energética é a mais importante fonte de energia e o produto florestal mais importante em muitos países em desenvolvimento, para aquecimento e cocção. Em países industrializados o uso da madeira e biomassa da madeira como fonte renovável de energia está aumentado, mas este é um problema porque não há suficiente. A competição do uso da madeira para energia e outros usos está intensificando e deve ser adequadamente administrado. 8 Mudanças climáticas: O papel do reflorestamento e do aflorestamento na adaptação e mitigação das mudanças climáticas é amplamente reconhecido pela Convenção das Mudanças Climáticas da ONU. O fornecimento de serviços ecossistêmicos pelas plantações florestais será alterado pelas mudanças climáticas, gerando novos desafios para os planejadores e gestores. 9 Diversidade Biologica Conservação da diversidade biológica e recursos genéticos são fundamentais no manejo de plantações florestais. Os impactos positivos e/ou negativos das plantações florestais na diversidade biológica dependem das condições e uso prévio da terra e da intensidade de manejo aplicada em escala de paisagem. O use em larga-escala de monocultura com forte impacto ambiental deve ser substituída por iniciativas mais ecológicas e integradas, como plantios mistos, sistema silvicultural com princípios “semelhantes ao natural”, manejo conservacionista de remanescentes de florestas naturais, plantios de espécies nativas e introduzidas. O potencial das espécies nativas é frequentemente negligenciado em plantações florestais, algumas das quais podendo atingir taxas de crescimento comparáveis. 10 Danos bióticos e abióticos Plantações florestais estão sujeitos a muitos danos bióticos e abióticos e eventos climáticos extremos, que devem aumentar em função das mudanças climáticas. Portanto, temperaturas mais elevadas e secas prolongadas podem aumentar a susceptibilidade às pragas, doenças e incêndios. O aumento da intensidade e frequência da vulnerabilidade das plantações florestais pode resultar em sérios impactos na produtividade florestal, fornecimento de serviços ecossistêmicos, e infraestrutura rural. Outro grande risco é a transmissão acidental de pestes invasoras ou patógenos através do comércio internacional. Alguns danos já atingiu o nível de ameaças ao manejo florestal regular. 11 Serviços ecossistêmicos: Plantações florestais fornecem uma gama de serviços provisionais, regulatórios e culturais, muitos dos quais não podem ser fornecidos por outros tipos de uso da terra. Apesar de ser reconhecido na legislação florestal, na prática, esses valores ficam de lado pois são complexos, intangível e difíceis de serem medidos para serem valorados. Assim, é essencial produzir mais evidências e mensagens consistentes dos benefícios dos serviços ecossistêmicos das plantações florestais em comparação com outros tipos de uso da terra e comunicar estas informações de forma simples em uma linguagem compreensiva. 12 Necessidade de pesquisas: O desenvolvimento da pesquisa é crítico para o manejo sustentável das plantações florestais. Assim, a pesquisa precisa ser apoiada e ampliada em todos os níveis. 13 Espécies mais plantadas: • Gênero Pinus e Eucalyptus: ❖1/3 dos plantios em regiões tropicais ❖Finalidades industriais ❖Adaptação aos novos ambientes ❖Silvicultura conhecida ❖Rápido crescimento, rotação curta, rentabilidade • Espécies: ➢Eucalyptus camaldulensis, E. grandis, E. globulus, E. urophylla. ➢Pinus caribaea var. hondurensis, P. elliottii, P. taeda P. patula e P. radiata 14 Outras espécies: • Cedrela odorata, Cordia alliodora, Cupresssus lusitanica, Gmelina arborea, Paraserianthes falcataria, Swietenia macrophylla e Tectona grandis são também plantados nos trópicos para produção de madeira serrada. 15 Outras espécies: • Espécies florestais plantadas visando múltiplas finalidades por agricultores variam de região para região. Entre os gêneros de importância para este segmento, no mundo, estão: ➢Acacia, Albizia, Cassia, Casuarina, Cordia, Leucaena, Mimosa, Prosopis, Sesbania e Ziziphus. Alnus acuminata, Azadirachta indica, Calliandra calothyrsus, Dalbergia sissoo, Gliricidia sepium, Grevillea robusta, Melia azedarach, Parkinsonia aculeata e Tamarindus indica (Evans, 1992, citado por Boyle et al., 1997). 16 Fatores que influenciam na escolha de espécies: 1) Finalidade de plantio 2) Adaptação 3) Silvicultura 4) Rentabilidade 17 Fatores que influenciam na escolha de espécies: 1) Finalidade de plantio • Tipos de madeira originadas de reflorestamentos: a) Madeira de coníferas: para laminados, serrados, celulose e papel b) Madeira de folhosas: para lenha, postes, moirões, celulose, laminação, celulose e papel, etc. 18 Fatores que influenciam na escolha de espécies: 1) Finalidade de plantio a) madeira de coníferas p/laminados, serrados, celulose e papel: ➢Nativas: Araucaria angustifolia, Podocarpus lambertii e P. sellowii. ➢Exóticas: Pinus taeda, P. elliottii, P. caribaea hondurensis, P. oocarpa, P. tecumumanii, P. maxominoi, Cunninghamia lanceolata, Cupressus lusitanica, Cryptomeria japonica 19 Fatores que influenciam na escolha de espécies: 1) Finalidade de plantio b) madeira de folhosas p/lenha, postes, moirões, celulose, (laminação e serrados), etc: ➢Nativas: Mimosa scabrella. ➢Exóticas: Eucalyptus viminalis, E. dunnii, E. grandis, Acacia mearnsii, etc. 20 Fatores que influenciam na escolha de espécies: 2) Adaptação ❖Clima: Temperatura, regime pluviométrico, etc. ❖Solo: Profundidade efetiva, fertilidade ❖Pragas: Formiga, Sirex, pulgão, etc. ❖Doença: Gomose, cancro, ferrugem, etc. 21 Fatores que influenciam na escolha de espécies: 3) Silvicultura ❖Semente (onde e quando obtê-las, condições de armazenamento, período de manutenção da viabilidade, necessidade de superação de dormência). ❖Método de produção da muda. ❖Preparo do solo. ❖Espaçamento de plantio. ❖Método de plantio (a céu aberto ou sob cobertura) ❖Adubação. ❖Tratos culturais, podas, desbastes, etc. ❖Idade de colheita, etc . 22Fatores que influenciam na escolha de espécies: 4)Rentabilidade ❖Produtividade volumétrica ❖Qualidade da madeira ❖Valor do produto no mercado 23 SELEÇÃO DE ESPÉCIES 24 Fases 1. Eliminação de espécies. 2. Competição entre espécies. 3. Comprovação silvicultural. 25 1. Eliminação de espécies Objetivo selecionar algumas espécies (5~10) com base em um teste de campo, onde são incluídos um maior número possível de espécies (>20). Utiliza-se parcelas pequenas e a seleção das espécies é baseada em avaliações realizadas nos estágios iniciais (período de 10 a 20% da idade prevista de rotação). Sobrevivência e crescimento. 26 2. Competição entre espécies Objetivo selecionar algumas espécies (2~3) com base em um teste de campo, onde são incluídos um número limitado de espécies (5-10). Utiliza-se parcelas médias e a seleção das espécies é baseada em avaliações realizadas nos estágios iniciais (período de 50% da idade prevista de rotação). Avaliação criteriosa e análise estatística rígida (blocos casualizados). 27 3. Comprovação silvicultural Objetivo selecionar a principal espécie a ser plantada com base em um teste de campo. Utiliza-se parcelas grandes ou (talhões >1.000 plantas) e a seleção das espécies é baseada em avaliações realizadas até o final da rotação. Avaliação crescimento e qualidade da madeira. 28 Seleção de Procedências Procedência = localização geográfica e ambiental das árvores ou povoamentos fornecedores de material reprodutivo tais como, sementes, pólen ou propágulos, sendo que para espécies nativas, o termo se confunde com origem. 29 FASES 1. Amostragem ampla 2. Amostragem restrita 3. Comportamento silvicultural 30 FASES: 1. Amostragem ampla rápida, simples ou seja avaliação sumária; coleção ampla de procedências; eliminação de procedências sem potencial de adaptação e produtividade; duração de ¼ a ½ da rotação comercial; parcelas pequenas 31 FASES: 1. Amostragem ampla parcelas pequenas = maior número de repetições; maior espaçamento inicial (comportamento livre de competição); avaliação da sobrevivência, altura, forma do fuste e ramificação; 32 FASES: 2. Amostragem restrita identificar as melhores fontes de sementes em termos de produtividade; parcelas menores pois espera-se menor variação entre procedências; parcelas maiores se for avaliado no final da rotação; pode ser combinado com teste de progênies. 33 FASES: 3. Comportamento silvicultural poucas procedências; parcelas de 0,5 a 5 ha, sem repetição e sem delineamento estatístico; avaliação econômica e qualidade da madeira. 34 Amostragem das procedências ➢Localidades ▪ amplitude da área que deseja cobrir ▪ gradiente de latitude, altitude, declividade, precipitação. ➢Tipos e número de árvores a serem amostradas ✓Representantes de todas as classes de árvores (25). ✓Dominantes ou co-dominantes. ✓Distância mínima (alógamas). ✓Ano produção regular sementes 35 36 Obrigado!!! Paulo Cesar Flôres Junior 37
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