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Enxaqueca: Causas, Sintomas e Gatilhos

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É uma modalidade de cefaleia primária herdada que é 
tipicamente unilateral, mas, às vezes, bilateral, 
intensidade moderada a intensa, de característica 
pulsátil, agravada pela atividade física de rotina, 
associada a náuseas e vômitos, e acompanhada de 
fotofobia e fonofobia. 
A dor de cabeça ocorre a qualquer momento e persiste 
por quatro a 72 horas; pode ocorrer com aura (sintoma 
neurológico focal que pode ser visual, sensorial ou 
motor) ou sem aura. 
 
 
A enxaqueca acomete 12% da população e sua 
prevalência é 3x mais comum em mulheres (12%) do 
que em homens (4%). 
Em crianças a prevalência pode ser de até 17% e é igual 
em meninos e meninas. Na puberdade, a prevalência 
aumenta em meninas e continua sendo maior durante 
toda sua vida. A maior prevalência ocorre entre 25 e 55 
anos de idade. É muito comum a presença de história 
familiar. Tipo principal: sem aura (75%). 
Em 2010 foi eleita: TOP 3 das doenças mais comuns e 
TOP 7 em causa específica de incapacidade. Não é uma 
doença fatal, porém mórbida. 
 
 
Postula-se que ocorre uma disfunção neuronal primária 
que acarreta em uma sequência de mudanças intra e 
extracranianas, levando às 4 fases da enxaqueca: 
Prodrômica, Aura, Cefaleia e Resolução. 
1. A principal teoria conhecida é a Depressão Alastrante 
de Leão, que diz sobre a “onda autopropagadora de 
despolarização neuronal e glial que se espalha pelo 
córtex cerebral”, causando: Aura da enxaqueca; 
Ativação dos aferentes do nervo trigêmeo, que resulta 
em inflamação das meninges sensíveis a dor e ativação 
prolongada da nocicepção trigeminal; e Alteração da 
permeabilidade da barreira hematoencefálica. 
Embora não seja uma cefaleia trigemino-autonômica, 
se reconhece a Ativação do Sistema Trigeminovascular 
como estimulante da liberação de peptídeos vasoativos 
associados a inflamação neurogênica, importante no 
prolongamento e intensificação da cefaleia e que pode 
resultar em sensibilização neuronal. 
 
 
Acredita-se que essa Sensibilização Neuronal Exagerada 
torna os neurônios mais responsivos à estimulação e, 
provavelmente, tem como efeito as características da 
dor da enxaqueca, os sintomas da 4ª fase (Postdrome), 
a hiperalgesia e alodínia. 
2. Além disso, existem teorias relacionadas a algumas 
substâncias, como os baixos níveis de Serotonina que 
levam a um déficit no controle inibitório da via 
descendente de modulação da dor, facilitando ativação 
nociceptiva. Como também, sobre o Peptídeo 
Relacionado ao Gene ao Calcitonina, que está associado 
a transmissão da dor trigeminovascular para SNC e 
inflamação neurogênica (fazendo vasodilatação). 
3. Alguns estudos demonstraram a associação da 
enxaqueca com o shunt cardíaco direitaesquerda, mas 
as evidências ainda são conflitantes. 
É importante ressaltar que, a teoria da vasodilatação e 
vasoconstrição já não é mais aceita. Atualmente, a 
vasodilatação que ocorre durante a enxaqueca é 
considerada consequência da instabilidade do controle 
neurovascular central. 
Em resumo, temos geralmente uma pessoa 
geneticamente susceptível que sofre um gatilho (ainda 
pouco desconhecido) que leva a um processo de 
depressão alastrante (onda de despolarização 
neuronal) que quando ocorre em áreas silenciosas não 
leva a sintomas, mas que quando ocorre em 
determinadas áreas pode levar a sinais focais (auras) 
transitórios. 
Isso acarreta ativação do sistema trigeminovascular, 
que por sua vez aumenta a permeabilidade da barreira 
hematocefálica à mediadores inflamatórios. Os 
impulsos seguem para os núcleos trigeminais no tronco, 
aonde um estado de baixa de serotonina permite 
perpetuação de estímulos dolorosos. 
 
 
Alguns conceitos importantes devem ser mencionados 
como, a grande maioria dos pacientes com enxaqueca, 
cerca de 75%, apresentam gatilho. 
A obesidade, apesar de não ser um gatilho, é um fator 
que piora a frequência e intensidade da enxaqueca. 
 
 
Esses gatilhos são: 
• Estresse emocional (80%) 
• Hormônios em mulheres (65%) 
• Ficar sem comer (57%) 
• Mudanças do tempo (53%) 
• Distúrbios do sono (50%) 
• Odores (44%) 
• Dor no pescoço (38%) 
• Luzes (38%) 
• Álcool (38%) 
• Fumar (36%) 
• Dormir tarde (32%) 
• Calor (30%) 
• Comida (27%) 
• Exercício (22%) 
Mas lembrar – isso não é uma regra! Pacientes podem 
ter gatilhos muito individuais, e não devemos pedir para 
o paciente evitar um gatilho que nunca tenha o 
provocado dores. 
A abordagem atual de gatilhos é de manejá-los sem 
evitação completa, pois evitar completamente pode 
levar a aumento da sensibilização paradoxal ao gatilho. 
 
 
Pode ser dividido em 4 fases: Pródromo, Aura, Cefaleia 
e Pósdromo. 
FASE 1: PRÓDROMO 
Cerca de 77% dos pacientes apresentam sintomas em 1 
a 2 dias antes da cefaleia. 
Ela é caracterizada por um mal-estar indefinido, 
associado a Euforia ou Depressão; Incômodo abdominal 
ou torácico; Rigidez em nuca; Fome; Constipação; 
Cansaço; ou Bocejos repetitivos, este último ocorre 
principalmente em crianças. 
FASE 2: AURA 
A apresentação de aura é a forma mais clássica da 
enxaqueca, porém não é a mais comum! 
Quando presente é muito sugestivo de que o 
diagnóstico é enxaqueca (patognomônico). 
Ela é definida como sintomas neurológicos focais que 
antecedem a dor e duram entre 5 minutos a 1 hora e 
tem evolução gradual. O fato de sua evolução ser 
gradual é um ponto que a diferencia do AVC, que tem 
início súbito. 
É composta por sintomas negativos (resultado da 
ausência ou perda de função neuronal) e positivos (que 
refletem a exacerbação ou hiperfunção específica do 
neurônio). 
Após 1 hora, o quadro é revertido totalmente. Existem 
alguns tipos de aura. 
AURA VISUAL: é a mais comum (70%), que começa – 
classicamente - com uma pequena perda visual no 
centro, podendo se apresentar também como ponto 
brilhante. Posteriormente, vai se expandindo para 
periferia. É comum a formação da imagem chamada 
“Espectro Fortificante”, pois se assemelha a uma 
fortaleza medieval vista de cima. 
AURA SENSITIVA: é a segunda mais comum e pode estar 
associada a aura visual. Geralmente iniciada com um 
formigamento em um membro ou hemiface que migra, 
deixando dormência em seu rastro. É bastante 
característica da aura da enxaqueca. 
Outros tipos de aura são mais incomuns, como a aura 
de linguagem, que se apresenta com níveis variados de 
afasia, e aura motora, que estabelece uma paresia em 
membros e face de um hemicorpo. Atualmente, é 
classificada como enxaqueca hemiplégica. Existe 
também, porém bastante raro, ataques de aura sem 
cefaleia associada, e podem ser confundidos com 
ataque isquêmico transitório (AIT). 
FASE 3: CEFALEIA 
É a dor de cabeça propriamente dita. 
O padrão mais comumente encontrado na enxaqueca é 
uma dor com intensidade moderada a grave, de 
característica pulsátil e unilateral (paciente refere dor 
latejante), que piora com atividade física habitual e 
melhora após vomitar ou dormir, podendo durar até 72 
horas. 
Os principais sintomas associados são: 
• náuseas e vômito; 
• Foto e fonofobia; 
• Haptofobia, que é o medo de ser tocado, no 
caso, é secundário a alodínia cutânea; 
• Osmofobia, caracterizada pela intolerância e 
hipersensibilidade a odores, muito associado 
com as náuseas; 
• Alodínia Cutânea, definida pela percepção de 
dor produzida por um estímulo que 
normalmente não é doloroso, como pentear o 
cabelo. Pode ser explicado pela sensibilização 
das vias centrais de dor causada pela 
enxaqueca. 
FASE 4: PÓSDROMO 
Resolução ou Postdrome, a cefaleia é resolvida, porém 
movimentos súbitos da cabeça geram dor no local onde 
havia cefaleia. O paciente apresenta exaustão física, 
embora alguns relatem exaltação. 
 
 
É baseado no histórico do paciente, sendo realizada a 
diferenciação entre dor de cabeça tensional através da 
intensidade, em que geralmente dores moderadas a 
graves trata-sede enxaqueca. 
Atenção: Pacientes com histórico sugestivo de dor 
secundária devem passar por uma avaliação 
aprofundada com ressonância magnética. 
ENXAQUECA SEM AURA 
A. Pelo menos 5 episódios preenchendo critérios B e C 
B. Episódios de cefaleia durando 4 a 72 horas (quando 
não tratada ou tratada sem sucesso) 
C. A cefaleia tem, pelo menos, 2 das 4 características: 
1. Localização unilateral 
2. Qualidade pulsátil 
3. Intensidade moderada a grave 
4. Agravada por atividade física rotineira 
(ou precisou evitar aquilo) 
D. Durante a cefaleia, pelo menos 1 dos seguintes: a. 
Náusea e/ou vômito b. Foto e/ou fonofobia 
E. Não é mais bem explicada por outro diagnóstico da 
ICHD-3 (International Classification of Headache 
Disorders – 3° edição) 
ENXAQUECA COM AURA 
A. Pelo menos 2 episódios preenchendo critérios B e C 
B. Pelo menos 1 sintoma de aura 100% reversível: 
Exemplos: visual, sensitivo, fala/linguagem, motor, de 
tronco, retiniano. 
C. Pelo menos 2 dos 4 seguintes: 
1. Pelo menos um sintoma de aura alastra 
gradualmente por 5 ou mais minutos e/ou dois ou 
mais sintomas aparecem sucessivamente 
2. Cada sintoma de aura dura entre 5 e 60 minutos 
3. Pelo menos 1 sintoma de aura é unilateral 
4. Aura é acompanhada ou seguida (60 minutos 
depois) de cefaleia 
D. Não mais bem explicada por outro diagnóstico da 
ICHD3 e excluído ataque isquêmico transitório (AIT) 
 
 
Uma vez estabelecido o diagnóstico de migrânea, é 
importante avaliar a extensão da doença e 
incapacidade do paciente. O Migraine Disability 
Assessment Score (MIDAS) é uma ferramenta bem 
validada e fácil de usar: 
O tratamento se divide em 2 tipos – o tratamento 
abortivo (para as crises agudas) e o tratamento 
profilático (para pacientes que possuam indicações de 
usar drogas para evitar que a cefaleia venha). 
 
TRATAMENTO ABORTIVO 
A seleção do esquema ideal para determinado paciente 
depende de vários fatores, sendo que o mais 
importante deles é a gravidade da crise. As crises leves 
de migrânea podem geralmente ser tratadas com 
agentes orais. As crises graves de migrânea podem 
exigir terapia parenteral. 
Para abortar uma crise aguda, temos diversas opções, 
desde AINEs (cetoprofeno, Diclofenaco, Ibuprofeno), 
analgésicos simples (Dipirona e Paracetamol), opioides, 
ergotaminas, antieméticos até o uso de medicamentos 
mais específicos como os Triptanos. 
No geral, os tratamentos abortivos são mais efetivos 
quando tomados logo no início da dor, e uma dose 
maior única tende a dar respostas melhores do que 
várias doses menores. Nos pacientes que tem estase 
gástrica induzida pela enxaqueca, agentes orais podem 
não ser eficazes. 
No geral, usamos AINEs ou analgésicos simples em 
combinação para crises mais leves, e começamos a usar 
os agentes mais específicos (como triptanos e 
dihidroergotamina) em pacientes com enxaquecas mais 
severas e que não respondem bem a eles. 
Podemos também dispor mão de uso de drogas por via 
não oral para pacientes que tenham náuseas ou 
vômitos significativos (como Sumatriptano nasal). No 
geral, os melhores resultados são obtidos com uso 
precoce de agentes específicos para enxaqueca. 
Sempre devemos atentar para evitar o 
desenvolvimento de cefaleia por abuso de analgésicos 
– então limitar uso de triptanos para 9 dias por mês e o 
uso de AINEs para 14 dias no mês. 
AINEs 
Muitas migrâneas não diagnosticadas são autotratadas 
com AINEs sem prescrição. Há um consenso de que os 
AINEs são mais eficazes quando administrados no início 
da crise de migrânea. Entretanto, a eficácia desses 
agentes costuma ser menor do que o ideal nas crises de 
migrânea moderadas ou graves. A combinação de 
paracetamol, ácido acetilsalicílico e cafeína foi aprovada 
para o tratamento da migrânea leve a moderada. 
AINEs muito utilizados: naproxeno, ibuprofeno, 
diclofenaco potássico. 
AGONISTAS DO RECEPTOR De 5-HT1B/1D 
A estimulação dos receptores 5-HT1B/1D pode 
interromper uma crise aguda de migrânea. A 
ergotamina e a di-hidroergotamina são agonistas não 
seletivos dos receptores, enquanto as triptanas são 
agonistas seletivos dos receptores 5-HT1B/1D. 
As triptanas interrompem a sinalização nervosa nas vias 
nociceptivas do sistema trigeminovascular, pelo menos 
no núcleo caudal do trigêmeo e tálamo sensitivo 
trigeminal, além de promover vasoconstrição craniana. 
Diversas triptanas – sumatriptana, almotriptana, 
eletriptana, frovatriptana, naratriptana, rizatriptana e 
zolmitriptana – estão disponíveis para o tratamento da 
migrânea. 
A eficácia clínica de cada fármaco dentro das triptanas 
parece estar relacionada mais ao tmáx (tempo para 
atingir o nível plasmático máximo) do que à potência, 
meia-vida ou biodisponibilidade. Infelizmente, a 
monoterapia com um agonista oral seletivo do receptor 
5-HT1B/1D não resulta em um alívio rápido, consistente 
e completo da migrânea em todos os pacientes. 
Obs1: Os efeitos colaterais são comuns, porém são 
frequentemente leves e transitórios. 
Obs2: As triptanas são contraindicados em pacientes 
com doenças cardiovascular e cerebrovascular. 
Obs3: Recorrência de cefaleia é uma limitação quanto 
ao uso das triptanas e ocorre na maioria dos pacientes. 
Existem também formulações nasais (di-
hidroergotamina, zolmitriptana ou sumatriptana) que 
resultam em níveis sanguíneos em 30 a 60min, porém a 
eficácia é de 50 a 80%. Formulações parenterais (di- 
hidroergotamina e a sumatriptana) também podem ser 
utilizadas para alívio rápido de uma crise e os níveis 
plasmáticos são atingidos em 3min via EV. 
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES DE DOPAMINA 
Os antagonistas dos receptores de dopamina orais 
podem ser considerados uma terapia adjuvante na 
migrânea. A absorção dos fármacos é prejudicada 
durante a migrânea devido à redução da motilidade 
gastrintestinal. A absorção tardia ocorre mesmo na 
ausência de náuseas e está relacionada com a gravidade 
da crise, e não com sua duração. Portanto, quando 
AINEs e/ou triptanas por via oral não atingem o efeito 
desejado, a adição de um antagonista dos receptores de 
dopamina, como metoclopramida ou domperidona, 
deve ser considerada para aumentar a absorção 
gástrica. Além disso, os antagonistas dos receptores de 
dopamina diminuem as náuseas/vômitos e 
restabelecem a motilidade gástrica normal. 
As formulações parenterais podem promover um alívio 
agudo significativo da migrânea e podem ser utilizados 
em combinação com os agonistas dos receptores 5-
HT1B/1D. 
OUTRAS MEDICAÇÕES 
Os opioides são pouco eficazes no tratamento agudo da 
migrânea. A meperidina EV é administrada com 
frequência na sala de emergência, esse esquema 
“funciona” no sentido de que a dor da migrânea é 
eliminada. 
Os opioides não tratam os mecanismos da cefaleia 
subjacente; ao contrário, eles atuam na alteração da 
sensação de dor, e há evidências de que seu uso possa 
diminuir a probabilidade de uma resposta às triptanas 
no futuro. 
Recomenda-se que o consumo de opioides na migrânea 
seja limitado a pacientes com cefaleias graves, mas 
pouco frequentes, que não respondem a outras 
abordagens farmacológicas ou que apresentam 
contraindicações para outras terapias. 
A estimulação magnética transcraniana com pulso 
único (EMT-p) foi aprovada pela FDA para o tratamento 
agudo da migrânea. Dois pulsos podem ser aplicados no 
início da crise, e isso pode ser repetido. 
TRATAMENTO PROFILÁTICO 
Os pacientes com crises de migrânea em frequência 
crescente, ou com crises que não respondem ou 
respondem precariamente a tratamentos abortivos, 
são bons candidatos aos agentes preventivos. 
Indicações para início de tratamento profilático: 
• Frequência > 4 crises por mês ou crises que 
duram mais de 12h 
• Crises incapacitantes 
• Ineficácia ou contraindicações do tratamento 
abortivo 
• Intolerância ao tratamento abortivo 
• Abuso de drogas abortivas 
• Crises programadas(exemplo: menstrual) 
• Auras frequentes ou prolongadas 
• Tipo hemiplégica familiar, basilar, retiniana 
• 9. Abranger comorbidades 
• Preferência do paciente 
O mecanismo de ação desses fármacos não é claro; 
parece provável que a sensibilidade do cérebro 
subjacente à migrânea seja modificada. Os pacientes 
em geral começam com uma dose baixa de um 
tratamento escolhido; a dose é então gradualmente 
aumentada até um máximo razoável que atinja 
benefício clínico. 
Os tratamentos devem ser usados, em sua maioria, 
diariamente, e, em geral, há um intervalo de 2 a 12 
semanas para que se observe um efeito. 
Os medicamentos que podem ser usadas para esse 
intuito são: Propranolol (melhor betabloqueador para 
profilaxia), Venlafaxina, Topiramato, Amitriptilina, 
Valproato de sódioe Flunarizina 
Uma vez atingida a estabilização, o fármaco é 
continuado por cerca de 6 meses e depois 
gradualmente reduzido para avaliar a necessidade de 
continuação. Muitos pacientes conseguem 
descontinuar o medicamento e ter crises menos 
frequentes e mais leves por longos períodos, sugerindo 
que tais fármacos alteram a história natural da 
migrânea. 
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO 
Quando o paciente consegue identificar gatilhos 
confiáveis, pode ser útil evitá-los. Um estilo de vida 
regulado é útil, incluindo dieta saudável, exercícios 
regulares, padrões de sono regulares, além de evitar o 
consumo excessivo de cafeína e álcool e evitar 
mudanças agudas nos níveis de estresse, com atenção 
particular para o período pós-estresse. 
Como o estresse da vida diária não pode ser eliminado, 
diminuir a resposta de uma pessoa ao estresse, por 
meio de várias técnicas, é útil para muitos pacientes. 
Essas técnicas podem incluir ioga, meditação 
transcendental e hipnose.

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