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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 PROBLEMA 6 – AI...MINHA CABEÇA! Lúcia de 35 anos, numa consulta a um clínico geral, relatou episódios frequentes de dor de cabeça periorbital que se iniciaram com intensidade leve e progressivamente atingiram forte intensidade, de localização unilateral. O médico solicitou tomografia computadorizada de crânio, que foi normal. As diversas crises possuíam caráter pulsátil, com tendência a se localizar nas regiões frontal ou temporal. Muitas vezes os episódios eram precedidos de sintomas visuais, caracterizados por pontos de luminosidade intermitente, que duravam cerca de 5 minutos. Segundo ela, a dor geralmente a incapacitava para as atividades normais e, se não tratada, demorava entre 4 a 72 horas, terminando de forma gradual. Informou ainda que às vezes apresentava náuseas, fotofobia e fonofobia e que várias mulheres da família apresentavam os mesmos sintomas. Já fez uso de vários analgésicos do grupo dos AINES sem obter alívio da dor. O médico realizou algumas orientações gerais e prescreveu um triptano. Solicitou que a paciente retornasse ao consultório dentro de um mês com um diário de dor. Explicou-lhe que se não houvesse melhora do quadro doloroso, tentaria outras opções terapêuticas, inclusive medicações profiláticas. Instrução: A dor de cabeça é um sintoma frequente nas emergências. OBJETIVOS DE ESTUDO: CONHECER O QUADRO CLÍNICO E A CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS PRIMÁRIAS. - A cefaleia é uma das razões mais comuns pelas quais os pacientes procuram atendimento médico. A nível global, é mais incapacitante do que qualquer outro problema neurológico. - Tipicamente, ocorre dor quando os nociceptores periféricos são estimulados em resposta a determinados fatores, como lesão tecidual ou distensão visceral. Nesse contexto, a percepção da dor constitui uma resposta fisiológica normal mediada por um sistema nervoso sadio. Entretanto, a dor também pode ocorrer em consequência de dano ou ativação inapropriada das vias produtoras de dor do SNP ou SNC. A cefaleia pode resultar de um desses mecanismos ou de ambos. Existem poucas estruturas cranianas que geram dor, as quais incluem o couro cabeludo, a foice do cérebro, os seios da dura-máter e segmentos proximais das grandes artérias da pia-máter. Acredita-se que as demais estruturas não sejam capazes de produzir dor. - O sistema de classificação desenvolvido pela Internacional Headache Society (Sociedade Internacional de Dor de Cabeça) caracteriza a cefaleia como: Primária: são as cefaleias que têm o sintoma da dor de cabeça sendo seu principal, sem demais sinais ou sintomas sistêmicos. Não causa lesão estrutural, tende a não ser progressiva ou originar sequelas. Secundária: os sintomas são decorrentes de afecções sistêmicas subjacentes, sendo consequência de uma agressão causada por doença de base, a qual pode ser grave, como meningite, hemorragia subaracnóidea (HSA), trombose venosa cerebral (TVC) e tumores do SNC. - Falando mais especificamente das cefaleias primárias, tem-se sua classificação: Enxaqueca/Migrânea: é uma perturbação cefalálgica primária comum e incapacitante. Geralmente começa com um sinal anunciador, que pode persistir durante horas a dias, por exemplo, quando os pacientes observam dificuldade de concentração ou fadiga, sem dor de cabeça. Uma aura pode ou não ocorrer, mas é geralmente presente antes da dor de cabeça começar. A dor de cabeça tem como principal característica a unilateralidade, mas pode ser unilateral ou bilateral, latejante, moderada a grave, e, classicamente, piora com a atividade. Ademais, algumas características acompanham tais crises: náuseas, vômitos, fotofobia e fonofobia. Também podem ocorrer: dor no pescoço, ocasionalmente tontura, osmofobia (sensibilidade aumentada a certos odores) e dificuldade para pensar. A enxaqueca com aura é geralmente visual, mas pode ser sensitiva ou pode incluir afasia ou vertigem. Aura de enxaqueca sem dor de cabeça começa com um distúrbio neurológico, como um fenômeno visual, mas sem dor de cabeça subsequente. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 Cefaleia tipo tensão: a cefaleia do tipo tensional constitui a cefaleia primária mais comum, embora os pacientes raramente procurem a clínica devido ao baixo nível de incapacidade associada. Caracteriza-se por um desconforto da cabeça bilateral, em aperto e semelhante a uma faixa, de intensidade leve a moderada. Em geral, a dor progride lentamente, flutua na sua intensidade e pode persistir de modo mais ou menos contínuo durante muitos dias. Pode ser episódica ou crônica (presente em 15 dias ou mais por mês). Em relação a enxaqueca, a cefaleia do tipo tensional é, nos demais aspectos, indefinida e carece de manifestações associadas, como náuseas, vômitos, fotofobia, fonofobia, osmofobia, caráter latejante e agravamento com o movimento. Cefaleias trigémino-autonômicas: descrevem um grupo de cefaleias primárias, incluindo: cefaleia em salvas, SUNCT/SUNA e hemicraniana contínua. São caracterizadas por crises de duração relativamente curta de cefaleia associada a sintomas cranianos autonômico, como lacrimejamento, hiperemia conjuntival ou congestão nasal. A dor é habitualmente intensa e pode ocorrer mais de 1x ao dia. Devido à congestão nasal ou rinorreia associadas, os pacientes frequentemente recebem um diagnóstico incorreto de “cefaleia sinusal” e são tratados com descongestionantes, que são ineficazes. A característica essencial dessa classe de cefaleias reside na natureza lateralizada dos sintomas (ex.: cefaleia unilateral e manifestações cranianas autonômicas ipsilaterais). As CAT devem ser diferenciadas das cefaleias de curta duração que não exibem síndromes cranianas autonômicas proeminentes. Outras cefaleias primárias: Cefaleia primária da tosse: cefaleia generalizada de início súbito, duração de vários minutos, algumas vezes de até algumas horas, que é precipitada pela tosse. É passível de prevenção evitando a tosse ou outros eventos desencadeantes, que podem incluir espirros, esforço ao urinar ou defecar, riso ou curvar o corpo. Cefaleia primária do esforço físico: possui características que se assemelham tanto à cefaleia primária da tosse quanto à migrânea. Pode ser desencadeada por qualquer forma de exercício e, com frequência, tem o caráter pulsátil da migrânea. A dor, cuja duração pode ser de 5min a 24h, é bilateral e pulsátil no início; pode-se observar o desenvolvimento de características migranosas em pacientes suscetíveis à migrânea. Quando ocorre, tende a ser de duração mais curta em adolescentes. É possível prevenir evitando esforços excessivos, particularmente em climas quentes ou em grandes altitudes Cefaleia primária associada à atividade sexual: começa habitualmente na forma de cefaleia bilateral surda, que subitamente fica intensa no orgasmo. É possível prevenir ou aliviar a cefaleia com a interrupção da atividade sexual antes do orgasmo. São relatados 3 tipos de cefaleia associada à atividade sexual: uma dor surda na cabeça e no pescoço, que se intensifica à medida que aumenta a excitação sexual; uma cefaleia súbita, intensa e explosiva que ocorre no orgasmo; e uma cefaleia postural que se desenvolve após o coito e que se assemelha à cefaleia da hipotensão do LCS (líquido cérebro-espinhal) – em consequência de atividade sexual vigorosa. Cefaleia primária em facada: caracteriza-se por dor na cabeça semelhante a facadas ou, raramente na face, com duração de um a muitos segundos ou minutos e ocorrência na forma de uma única facada ou série de facadas, ausência de características cranianas autonômicas associadas, ausência de deflagradores cutâneos das crises e padrão de recidiva a intervalos irregulares (horas e dias). NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 Cefaleia numular: a dor é localizada em uma área redonda ou elíptica fixa, cujo tamanho varia de 1 a 6cm, e que pode ser contínua ou intermitente. Em raroscasos, pode ser multifocal. Em geral, a cefaleia numular é contínua, com exacerbações, embora possa ser episódica. Pode haver distúrbios sensitivos focais, como alodinia e hipoestesia. Cefaleia hípnica: caracteriza-se pela sua ocorrência dentro de algumas horas após o início do sono. A cefaleia, cuja duração é de 15 a 30min, é tipicamente generalizada e de intensidade moderada, embora também possa ser unilateral e pulsátil. Em geral, não há fotofobia ou fonofobia, nem náuseas. As crises podem ocorrer até 3x durante a noite, e os cochilos durante o dia também podem desencadear a cefaleia. É mais prevalente em mulheres, acima dos 60 anos e com controle inadequado de HAS. Cefaleia persistentes e diária nova: é uma síndrome clinicamente distinta, caracterizada por cefaleia diária desde o início, durante pelo menos 3 meses. O paciente com CPDN claramente pode lembrar a data e o momento exatos do início. Em geral, a cefaleia começa de maneira abrupta, embora o início possa ser mais gradual em alguns casos; foi proposta uma evolução ao longo de 3 dias como limite superior para essa síndrome. Cefaleia pós-traumática: um evento traumático pode desencadear um processo de cefaleia de muitos meses ou anos de duração após o evento. O termo trauma é empregado de maneira ampla: a cefaleia pode se desenvolver após uma lesão da cabeça (procedimentos neurocirúrgicos odontológicos ou procedimentos em otorrinolaringologia); todavia, pode ocorrer também depois de um episódio infeccioso, como meningite viral ou doença de tipo gripal. A cefaleia pode ser acompanhada de queixas de tontura, vertigem e comprometimento da memória. Os sintomas podem sofrer remissão depois de várias semanas, ou podem persistir por meses e até mesmo anos após a lesão. EXPLICAR AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E A FISIOPATOLOGIA DAS QUATRO FASES DA ENXAQUECA. - A enxaqueca é mais prevalente no sexo feminino (2,2 a 2,9:1). As crises são mais frequentes, mais incapacitantes e mais duradouras nas mulheres. O pico de prevalência se situa em torno dos 30 a 50 anos, sendo menor nas crianças e nos idosos. A enxaqueca com aura é menos frequente que sem aura (1:5) - A enxaqueca caracteriza-se por crises recorrentes constituídas por até 4 fases. Vale dizer que nem sempre essas fases estarão presentes em todas as crises e/ou em todos os pacientes, em alguns casos, por exemplo, pode haver apenas 1 das fases. 1ª fase (pródromos): ocorrem os sintomas premonitórios. Precede a cefaleia por horas ou até um dia. Nesta fase o paciente fica mais irritadiço, com raciocínio e memorização mais lentos, desanimado, tem avidez (desejo) por alguns tipos de alimentos e o sono é agitado e com pesadelos. Ocorrem em cerca de 60% das crises. 2ª fase (aura): ocorre em cerca de 20% das crises. Surgem sintomas neurológicos inequivocadamente atribuíveis ao córtex ou tronco cerebral. Desenvolve-se gradualmente em 5 a 20 minutos e dura menos de 60 minutos. A aura típica é um distúrbio visual constituído por pontos luminosos, zig-zag brilhantes, perda ou distorção de um dos hemicampos visuais ou parte deles. Inicia-se na região central e vai caminhando para um dos lados até desaparecer no campo temporal. Podem ocorrer em associação aos sintomas visuais as sensações anormais (formigamento ou dormência) num hemicorpo e/ou dificuldade para falar. Quando se associa diminuição da força muscular de face/membros a enxaqueca é denominada de enxaqueca hemiplégica (familiar ou esporádica). 3ª fase (intensidade): apresenta cefaleia de forte intensidade, latejante/pulsátil, piorando com as atividades do dia a dia, atrapalhando ou mesmo impedindo o prosseguimento das atividades necessitando ir para cama, em lugar escuro e silencioso, pois surge, ainda, náusea e/ou vômitos, fotofobia e fonofobia. A dor é unilateral em 2/3 das crises, geralmente mudando de lado, de uma crise para outra. Predomina nas regiões anteriores da cabeça (órbita ou região frontotemporal). Em média as crises duram de 4 a 72h. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 4ª fase (pósdromo): é o final da crise (ressaca). Fase de exaustão. Os pacientes ficam horas ou até dias com uma sensação de cansaço, fraqueza, depressão, dificuldade de concentração, necessitando de um período de repouso para seu completo restabelecimento. - Como observado, a crise de enxaqueca, quando tem suas 4 fases, pode durar dois ou mais dias e, durante esse período, o paciente fica total ou parcialmente incapacitado para exercer suas atividades normais no trabalho, na família ou no lazer - Cada uma das fases da crise enxaquecosa pode ser explicada por mecanismos fisiopatológicos diferentes. - Os sintomas premonitórios seriam provocados por distúrbios límbico-hipotalâmicos, nos quais predominaria uma hipersensibilidade dopaminérgica - A aura por um fenômeno encefálico chamado depressão alastrante (DA), um achado neurofisiológico que ocorre no lobo occipital quando é estimulado por potássio ou por estímulos mecânicos ou elétricos. Após essa estimulação o ritmo alfa, normal dessa região, se dessincroniza e ocorre uma depressão da atividade neuronal que se propaga para frente sem respeitar as demarcações dos lobos cerebrais e dos territórios vasculares sendo, portanto, um fenômeno neuronal - A fase da dor é consequência da ativação do sistema trigêmino-vascular, resultando em reação inflamatória estéril no espaço perivascular ao nível das meninges. Após os sintomas premonitórios e a aura, que podem faltar numa crise de enxaqueca, há ativação do núcleo trigêmeo, especialmente dos neurônios que darão origem ao primeiro ramo. Essa ativação resultará em estímulos que caminham para a periferia, especialmente para os vasos das meninges, local onde são liberados neurotransmissores (substância P, CGRP), que agindo nos vasos provocam vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular. A abertura dos poros vasculares permitirá extravasamento de plasma e de substâncias endovasculares (bradicinina, peptídeos, vasoativos, óxido nítrico) que promoverão uma inflamação. A estimulação das aferências trigeminais, nesse nível, provocado pela inflamação, gerará estímulos dolorosos que serão levados ao núcleo trigeminal e, daí, para o tálamo e, finalmente, para o córtex, local em que a dor se tornará consciente. A serotonina participa de todo esse processo, sendo ela o principal neurotransmissor da fase de dor da crise enxaquecosa (alvo terapêutico). No enxaquecoso haveria também, distúrbios nos sistemas opioide, serotoninérgico e noradrenérgico, centrais de controle da dor. Os mecanismos fisiopatológicos dos sintomas associados (náuseas, vômitos, fono e fotofobia) não estão suficientemente elucidados, mas a ativação dos núcleos vagais e dos sistemas sensoriais, por certo, está envolvida nessa fase - Falando mais especificamente dos principais subtipos de migrânea, tem-se que alguns critérios devem ser avaliados para diagnóstico: NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 Migrânea sem aura: Migrânea com aura: NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 DISCUTIR OS TRATAMENTOS MEDICAMENTOSO E NÃO MEDICAMENTOSO, ABORTIVO E PROFILÁTICO DA MIGRÂNEA. TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO: - O tratamento da migrânea deve ser precedido da identificação de morbidades associadas, fatores desencadeantes e agravantes. Com esses elementos, é possível educar o paciente no manejo de desencadeantes possíveis de serem evitados, ou melhor, elaborados. Também poderemos avaliar a possibilidade ou não do tratamento não-farmacológico, o qual, incluem: Técnicas de relaxamento (em casos selecionados); Terapia cognitivo-comportamental (útil quando há nível elevado de estresse associado à motivação do paciente); Dieta (indicada somente para desencadeantes comprovados naquele paciente específico); Psicoterapia (em casos selecionados); Fisioterapia (recomendada em casos selecionados). Estilo de vida regular, comrealização de exercícios físicos, dieta saudável, padrões rotineiros de sono, evitar consumo excessivo de cafeína e de álcool, reduzir ao máximo alterações nos níveis de estresse. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: TERAPIAS ABORTIVAS (CRISE AGUDA): - A escolha do melhor esquema terapêutico para cada paciente depende de vários fatores, onde o mais importante é a gravidade da crise, sendo um tratamento individual e não padronizado. Em crises leves de migrânea o controle pode ser obtido com uso de medicamentos via oral; já crises intensas de enxaqueca podem exigir tratamento intranasal ou parenteral. Se houver necessidade de medicação adicional dentro de 1 hora, devido à persistência dos sintomas ou sua recorrência, deve-se aumentar a dose inicial, ou deve-se escolher uma classe diferente para terapia de resgate. Para a crise, poderemos utilizar medicações inespecíficas ou específicas para a migrânea. Medicações inespecíficas: paracetamol, anti-inflamatório não- hormonal (AINH) e combinações analgésicas (p. ex., associação com cafeína), antieméticos (metoclopramida, domperidona), corticosteróides (dexametasona) e antagonistas dopaminérgicos (clorpromazina) - Medicações específicas: tartarato de ergotamina, diidroergotamina (DHE) e os triptanos (sumatriptano, zolmitriptano e rizatriptano) - Medicamentos comumente usados para crise aguda: Anti-inflamatórios não esteroidais – podem reduzir significativamente a gravidade e a duração de uma crise aguda e são mais efetivos quando tomados no início da crise. Esses fármacos isolados podem não abortar por completo uma crise de migrânea moderada ou grave. A associação de ácido acetilsalicílico com metoclopramida é comparável a uma dose única de sumatriptana oral Agonistas dos receptores de 5-hidroxitriptamina (triptanas) – esses medicamentos de forma isolada não produzem alívio rápido, consistente e completo da migrânea. As triptanas podem não ser efetivas na migrânea com aura, a não ser que administradas até o término da aura e o início da cefaleia. Acredita- se que a coadministração de um AINE de ação mais longa com sumatriptana aumenta o efeito inicial da sumatriptana e reduz as taxas de recidiva da cefaleia Antagonistas dos receptores dopaminérgicos – tanto por via oral ou parenteral são considerados tratamento auxiliar na migrânea. A absorção desses fármacos é afetada durante a migrânea, devido à redução da motilidade gastrintestinal (mesmo na ausência de náuseas) e está relacionada com a gravidade da crise, mais do que com a sua duração. São utilizados caso a terapia com AINE e/ou triptanas fracassem, a fim de aumentar a absorção gástrica e para diminuir as náuseas/vômitos. Determinados fármacos fenotiazínicos podem melhorar a dor da cefaleia quando administrados por via parenteral, embora possam ter efeito sedativo Opioides – costumam ser administrados em emergência. Esses fármacos ajudam a reduzir/eliminar a dor, além de ser um esquema subótimo para pacientes com cefaleia recorrente. Os opioides não tratam a fisiopatologia subjacente da cefaleia; na verdade, atuam no sentido de alterar a sensação da dor, e há evidências de que possam tornar outros medicamentos para a migrânea (como as triptanas) menos efetivos. Além disso, o uso frequente de opioides pode resultar em cefaleia por uso excessivo de NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 medicação, levando à dependência física ou adicção; a fissura e/ou abstinência de opioides podem, por sua vez, agravar a migrânea. Por conseguinte, recomenda-se que o uso de opioides na migrânea seja restrito a pacientes com cefaleias intensas, porém infrequentes, que não respondem a outras abordagens farmacológicas ou que apresentam contraindicações para outros tratamentos Compostos que contêm butalbital – apesar de promover um alívio analgésico, esses medicamentos apresentam um alto potencial de dependência e desenvolvimento de cefaleia por uso excessivo de medicação, que é um estado de cefaleia refratária diária ou quase diária. Em alguns países é proibido - O Consenso da Sociedade Brasileira de Cefaleia (CSBC) divide o tratamento da crise de migrânea segundo sua intensidade: CRISE FRACA Primeiro devem ser tomadas medidas gerais: repousar em quarto escuro, evitar barulhos e, se possível, conciliar o sono. Também poderão ser úteis bolsas de gelo e/ou compressão da artéria das têmporas. Caso a dor não responda a essas medidas, as medicações que poderão ser utilizadas são os analgésicos comuns: Paracetamol (1.000 mg VO, podendo ser repetido 2 a 4 horas após, até o máximo de 3 g/dia); Dipirona (500 mg VO, podendo ser repetida 2 a 4 horas após, até o máximo de 2 g/dia). Os AINHs indicados são: Naproxeno sódico (750 a 1.250 mg VO, podendo ser repetido 2 a 4 horas após e até o máximo de 1.650 mg/dia; Ibuprofeno (800 a 1.200 mg VO, podendo ser repetido 2 a 4 horas após e até o máximo de 1.600 mg/dia); Diclofenaco de sódio (50 a 100 mg VO, podendo ser repetido 2 a 4 horas após e até o máximo de 200 mg/dia); Ácido tolfenâmico (200 a 400 mg VO, podendo ser repetido 2 a 4 horas após e até o máximo de 600 mg/dia); Cloxinato de lisina (250 mg VO, podendo ser repetido 2 a 4 horas após e até o máximo de 500 mg/dia). Todos podem ser associados ou precedidos 30 minutos antes pelos antieméticos e gastrocinéticos metoclopramida (20 mg VO) ou domperidona (20 m g VO), respectivamente CRISE MODERADA Além dos analgésicos e dos AINHs, estão recomendados: Tartarato de ergotamina (1 a 2 mg VO, podendo ser repetido 1 a 2 horas até o máximo de 4 mg/dia); DHE (0,5 a 1 mg VO, podendo ser repetido 1 a 2 horas após até o máximo de 2 mg/dia); Sumatriptano (50 a 100 mg VO, 20 mg intranasal, podendo ser repetido até o máximo de 200 mg VO /dia); Zolmitriptano (2,5 a 5 mg VO ou SL, podendo ser repetido até 5,5 mg/dia); Rizatriptano (5 a 10 mg VO ou SL, podendo ser utilizado até 20 mg/dia; a dose de 5 mg deverá ser utilizada caso o paciente esteja fazendo profilaxia com propranolol); Naratriptano (2,5 mg VO, podendo ser repetido até 5 mg/dia) Em caso de recorrência da dor, os triptanos poderão ser associados aos AINHs. CRISE FORTE Podem ser utilizados: Os triptanos associados aos AINHs e precedidos de antieméticos e gastrocinéticos; A indometacina (100 mg VR, podendo ser repetida uma hora após e no máximo de 200 mg/dia); A dexametasona (4 mg EV, podendo ser repetida 12 a 24 horas após); A clorpromazina (0,1 a 0,7 mg/kg IM); O haloperidol (5 mg IM). Terapia profilática: Inicia-se o tratamento preventivo para pacientes que exibem uma frequência crescente de crises de migrânea ou cujas crises respondem inadequadamente aos medicamentos abortivos. As indicações de profilaxia devem levar em conta os critérios: Frequência de três ou mais crises ao mês; NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 Grau de incapacidade importante (mesmo se forem poucas crises); Falência da medicação de crise; Subtipos especiais de migrânea: basilar, com aura prolongada, auras frequentes e atípicas e infarto enxaquecoso; Ineficácia da profilaxia não farmacológica quando esta tiver sido a opção inicial do paciente. Utiliza-se os seguintes grupos farmacológicos na profilaxia da migrânea: GRUPO 1 - Beta-bloqueadores: os bloqueadores beta-adrenérgicos têm sido amplamente utilizados, há muitos anos. Aqueles que possuem eficácia comprovada na migrânea são propranolol, atenolol, nadolol e metoprolol. O mais grave de todos os efeitos colaterais e que é contraindicação absoluta ao uso de beta-bloqueadores é o aparecimento de broncoespasmo GRUPO 2 - Antidepressivos: os antidepressivos tricíclicos têm eficácia comprovada por vários estudos na profilaxia da migrânea. Admite-se que ajam por inibir a recaptação da serotonina e da noradrenalina. Sua ação antimigranosa independe da ação antidepressiva. Essas drogas são particularmente úteis na migrânea associadaa sintomas depressivos, insônia, abuso de analgésicos e ergóticos, alta frequência de crises e associação com a cefaleia do tipo tensional crônica. Até o momento, não há dados convincentes para a indicação de inibidores seletivos da recaptação da serotonina na profilaxia da migrânea. Quanto aos IMAO, as interações medicamentosas e alimentares desaconselham seu uso. Os outros tricíclicos, como a imipramina e a clomipramina, também podem ser utilizados com menor eficácia. As doses variam de 25/75 mg uma a três vezes ao dia. Os tricíclicos como um todo apresentam a vantagem de poder ser utilizados uma vez por dia, geralmente à noite por causa do sono GRUPO 3 – Drogas antiepiléticas: na última década, estudos têm mostrado que alguns antiepiléticos são eficazes na profilaxia da migrânea. Entre eles se destacam o ácido valproico e o divalproato de sódio, que com os beta-bloqueadores e os tricíclicos são os medicamentos mais eficazes na profilaxia da migrânea. O uso do topiramato aumentou em função do seu efeito de prevenir ganho de peso ou até causar perda de 10% do peso corporal, mas não há estudos que comprovam sua eficácia em migrânea GRUPO 4 – Bloqueadores de canais de cálcio: grupo heterogêneo de substâncias das quais somente a flunarizina tem atividade profilática antienxaquecosa comprovada. Em relação aos beta-bloqueadores, tricíclicos e ao ácido valproico, o efeito da flunarizina na profilaxia da migrânea é bem inferior GRUPO 5 - Antagonistas serotoninérgicos: foi o primeiro grupo de medicação eficaz para a profilaxia da migrânea. Os principais fármacos deste grupo são metisergida, pizotifeno e cipro- heptadina, esta última particularmente utilizada na infância. Embora a metisergida seja muito eficaz, seus efeitos adversos exigem particular atenção em seu uso. GRUPO 6 – Miscelânea: drogas dopaminérgicas, antiagregantes plaquetários, anticoagulantes, cofatores do metabolismo da serotonina (riboflavina) e toxina botulínica são drogas utilizadas baseadas na fisiopatologia da migrânea. Alguns estudos em homens mostram que a aspirina, por ação direta no sistema nervoso central, pode diminuir em 20% a 30% a frequência e a intensidade das crises de migrânea. Alguns anti-hipertensivos, como os inibidores de enzima de conversão e os inibidores do angiotensinogênio, também podem diminuir em até 30% a intensidade e frequência das crises. Betabloqueadores são utilizados em combinação com antidepressivos tricíclicos para tratar pacientes com migrânea. A associação dos medicamentos aumenta a eficácia e diminui o número de efeitos colaterais. Nos pacientes com grande intensidade da dor, outras medicações profiláticas podem ser usadas em associação. Principalmente no tratamento da migrânea crônica, a associação de medicamentos e o uso de tricíclicos são mais eficazes SEGUIMENTO: Qualquer que seja o medicamento profilático a ser introduzido é importante que se explique ao paciente que é um processo demorado e que a não resposta a um medicamento não significa falta de resposta a todos NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 O medicamento deve ter sua dose aumentada a cada duas ou três semanas até que se alcance a dose máxima. Nesse momento se deve associar um novo medicamento. Às vezes, mesmo que não se alcance a dose máxima, pode-se associar um novo medicamento, mantendo os dois em uma dose, em que os efeitos colaterais sejam menores e o paciente possa suportar A dose de medicação profilática que controla a dor deve ser mantida por pelo menos seis meses. Após esse período, retirar lentamente o profilático e observar. Três situações podem acontecer: ao retirar o medicamento o paciente continua bem e sem dor; a dor volta em menor intensidade; ou volta com a mesma intensidade anterior. Quando a dor volta, é importante reintroduzir o medicamento e manter por um período maior, como, por exemplo, dois anos. Alguns pacientes vão precisar do medicamento pelo resto da vida Para profilaxia, recomendam-se sono e alimentação regulares, exercícios físicos e não ingestão de alimentos desencadeantes, como vinho tinto e outras bebidas alcoólicas, chocolate, queijo, embutidos, alimentos ricos em glutamato de sódio e nitritos. Outras medidas incluem hipnoterapia, biofeedback, homeopatia, acupuntura, estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS), ajustes oclusais, manipulação cervical, técnicas de relaxamento e abordagens psicológicas e cognitivo-comportamentais, com resultados variáveis. EXPLICAR O MECANISMO DA AÇÃO DOS TRIPTANOS E SUAS INDICAÇÕES NO TRATAMENTO DA ENXAQUECA. - Os triptanos são uma classe de medicamento específica para o tratamento da crise de enxaqueca. O efeito terapêutico desses medicamentos deve-se à sua ação agonista sobre os receptores de serotonina 5HT1B e 5HT1D, o que leva à constrição dos vasos cranianos e à inibição da inflamação neurogênica que ocorre na enxaqueca. Devido à especificidade sobre os receptores 5HT1B e 5HT1D, esses compostos apresentam um perfil de tolerabilidade superior ao da ergotamina. - Dentre os fármacos agonistas dos receptores de 5-HT1B/1D tem-se sumatriptana, almotriptana, eletriptana, frovatriptana, naratriptana, rizatriptana e zolmitriptana. - Cada fármaco varia na sua eficácia clínica: a rizatriptana e a eletriptana são as mais provavelmente eficazes. A sumatriptana e a zolmitriptana apresentam taxas semelhantes de eficácia, bem como tempo de início, com a vantagem de ter diferentes vias de administração. A almotriptana possui uma taxa de eficácia semelhante àquela da sumatriptana, porém é mais bem tolerada, enquanto a frovatriptana e a naratriptana têm um início de ação ligeiramente mais lento, porém apresentam um perfil de efeitos colaterais mais leves. - Mecanismo de ação: os triptanos (sumatriptano, zolmitriptano, naratriptano, rizotriptano) são agonistas dos receptores da serotonina 5-HT1B e 5-HT1D, que se concentram em áreas do corpo posterior da medula espinal que recebem aferências do nervo trigêmeo. Reduzem a vasodilatação meníngea e causam vasoconstrição seletiva de curta duração nas anastomoses arteriovenosas na região das artérias carótidas (mais intensamente das artérias durais que nas cerebrais e temporais) e previnem o extravasamento plasmático dural sem alterar marcadamente o fluxo sanguíneo encefálico. - Indicações: são eficazes no tratamento das crises agudas de enxaqueca e de cefaleia em salvas; reduzem a ocorrência de náuseas, vômitos e fonofobia em casos de enxaqueca. O uso deve ser cauteloso em doentes com comprometimento renal ou hepático. - Efeitos adversos: como manifestações adversas de seu uso, citam-se: hipertensão arterial; angina de peito; vasoespasmo coronariano, periférico e entérico; arritmias cardíacas; palpitações; ataxia; dispneia; broncospasmo; depressão respiratória; cianose; tonturas; mal-estar; sonolência; sensação de fraqueza; disgeusia; convulsões; hemorragia encefálica e alterações visuais. A intoxicação é caracterizada pela ocorrência de náuseas, vômitos, acidose metabólica, hiperglicemia, hipotensão arterial, bradicardia e/ou bloqueio de ramo de segundo e terceiro graus. Os efeitos adversos cardiovasculares são mais expressivos quando usados em concomitância ou até 24 horas após a última administração dos alcalóides do ergot. São contraindicados em associação aos IMAOs ou outros agonistas 5HT1B/1D. A cimetidina prolonga o seu período de ação. Em associação com IRSSs, podem causar fraqueza, hiperreflexia e incoordenação motora. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 10 Devem ser evitados em doentes com afecções cardíacas isquêmicas, angina Prinzmental, hipertensão arterial e enxaqueca vertebrobasilar e hemiplégica. - Os triptanos podem ser divididos em dois grupos: De ação rápida e alta eficácia em duas horas: sumatriptano, rizatriptano, zolmitriptano, almotriptano e eletriptano; De ação lenta, com menor resposta em duas horas (resposta semelhanteem quatro horas): naratriptano e frovatriptano. - Os triptanos, quando usados frequentemente, podem levar à cefaleia crônica diária associada ao uso excessivo de medicação, com um risco estimado em 10,9%. O uso excessivo dos triptanos não aumentou o risco de complicações isquêmicas, mesmo dos pacientes que estavam usando outras drogas cardiovasculares. - Os triptanos estreitam as coronárias em 10% a 20%. A vasoconstrição dos triptanos é substancialmente menor e não tão prolongada como a dos ergotamínicos. Eles são contraindicados em pacientes com doença cardiovascular (IAM, insuficiência coronariana, vasoespasmo coronariano, doença vascular periférica, HAS não compensada, história de AVC ou isquemia cerebral transitória), insuficiência hepática ou renal, migrânea do tipo basilar ou hemiplégica familiar. - A escolha do triptano e sua via de administração deve levar em consideração peculiaridades (mais utilizadas são a via nasal e a via subcutânea) da crise tais como: total do tempo necessário para chegar ao auge da intensidade da dor e presença de náusea e/ou vômito. - Os triptanos podem ser utilizados em qualquer momento da crise. - Nas crises fortes recomenda-se o uso de triptanos, indometacina ou clorpromazina. - Drogas vasoconstritoras, como os ergotamínicos, o isometepteno, e os triptanos devem ser evitadas em algumas subformas da migrânea com aura, como na migrânea basilar, na migrânea hemiplégica e na migrânea com aura prolongada; sua utilização deve ser feita de forma judiciosa na presença dos fatores de risco supramencionados. - Os medicamentos utilizados na crise de migrânea menstrual bem caracterizada e com evidência de bons resultados são sumatriptano 6mg subcutâneo (máximo de duas aplicações em 24 horas com no mínimo 6 horas entre as duas aplicações) ou zolmitriptano 2,5mg via oral (máximo de 7,5mg nas 24 horas). EXPLICAR A IMPORTÂNCIA DOS FATORES DESENCADEANTES E DE MEDIDAS PREVENTIVAS NO CONTROLE DA ENXAQUECA. - Alguns fatores podem precipitar e outros aliviar uma crise. Os fatores mais frequentes relatados pelos pacientes que podem desencadear uma crie são o estresse, período menstrual, alguns alimentos, bebidas alcoólicas, luz forte, calor, viagens, odores, fome, alterações do ciclo vigília-sono, mudanças climáticas. As crises podem ser aliviadas com o repouso em local silencioso e de penumbra e resfriamento das têmporas. - Em relação aos fatores desencadeantes, comprovou-se que o encéfalo do enxaquecoso é hiperexcitável/sensível. Assim, situações comuns do dia a dia podem desencadear uma cascata de eventos neuroquímicos que culminam com uma crise enxaquecosa. Essa hiperexcitabilidade é herdada, provavelmente herança poligênica com penetrância incompleta. A hiperexcitabilidade cortical pode ser consequência de diminuição do íon magnésio encefálico, aumento de aminoácidos excitatórios (aspartato e glutamato) e alterações dos canais de cálcio voltagem-dependentes. - Nas medidas gerais, é preciso considerar a abordagem do paciente na primeira consulta, levando em conta o seu perfil psicológico e os hábitos de vida, os fatores desencadeantes da crise e a adoção de medidas terapêuticas não farmacológicas (relaxamento muscular, acupuntura, massagens, do-in, psicoterapia, bio- NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 11 feedback), já utilizadas ou não. Por outro lado, é preciso considerar ainda que o tratamento pode ser desdobrado em sintomático (tratamento da crise) e profilático (tratamento preventivo ou de manutenção). - Acredita-se que a maior parte das crises de migrânea seja precipitada por uma soma de fatores desencadeantes como exposição ao sol, calor e mudanças na rotina diária. A fadiga, a diminuição das horas de sono e o estresse podem desencadear a migrânea ou a cefaleia do tipo tensional. - Os desencadeantes alimentares de migrânea mais frequentes são: álcool, tiramina (queijos maturados e alimentos fermentados) e o glutamato monossódico (comida chinesa). QUESTÕES: 1) Considere características de quadros de cefaleia: I. Sempre unilateral, usualmente iniciando ao redor do olho. II. Lacrimejamento ipsilateral e vermelhidão nos olhos. III. Paciente prefere ficar em ambiente silencioso e escuro. IV. Duração de 4 a 72 horas. São próprios dos quadros de migrânea: a) II e III. b) I e II. c) III e IV. d) I e IV. 2) Quanto à enxaqueca, assinale a alternativa correta. a) Em crianças e adolescentes (< 18 anos), os episódios podem durar de 2 horas a 72 horas, além de serem mais frequentemente bilaterais em relação aos adultos. b) A aura é um complexo de sintomas neurológicos que ocorre normalmente após o início da cefaleia. c) Na enxaqueca hemiplégica, cada um dos sintomas não motores dura < 72 horas, e os sintomas motores duram entre 5 minutos e 60 minutos. d) Os sintomas da aura apresentam duração de até uma hora, contudo, os sintomas de aura sensitiva podem ser mais duradouros. 3) “Crises de dor forte, estritamente unilateral, orbitária, supraorbitária, temporal ou qualquer combinação destes locais, durando 15-180 minutos, ocorrendo desde uma vez em cada 2 dias até 8 vezes por dia. A dor está associada a hiperemia conjuntival ipsilateral, lacrimejo, congestão nasal, rinorreia, sudorese da região frontal e da face, miose, ptose e/ou edema da pálpebra, e/ou inquietação ou agitação”. De acordo com a classificação internacional de cefaléias, qual tipo de cefaléia apresenta as características descritas acima? a) Enxaqueca com aura NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 12 b) Enxaqueca sem aura c) Cefaléia em salvas d) Cefaléia tensional 4) Em relação à profilaxia da migranea, assinale a alternativa correta. a) Deve ser instituída em crises que se iniciaram na infância ou em pacientes idosos. b) Não deve ser instituída quando o paciente tiver uma crise ao mês, mesmo que seja extremamente incapacitante. c) A retirada pode ser realizada de maneira abrupta, desde que exista acompanhamento adequado. d) A preferência é sempre por monoterapia até atingir a dose adequada ou com o mínimo tolerável de efeitos colaterais. 5) São considerados sinais de alerta de uma cefaléia secundária, EXCETO: a) Febre e rigidez de nuca. b) Surgimento de cefaléia após os cinquenta anos. c) Convulsões. d) Fotofobia e fonofobia.
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