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DERRAME PLEURAL ASSOCIADO À INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA Caso Clínico ■ J.C.P., masculino, 47 anos, natural e procedente da zona rural de São Francisco. ■ QP: “falta de ar, tosse e dor no peito”. ■ HMA: Paciente relata ter iniciado, em abril de 2019, quadro de tosse não-produtiva, inapetência e perda ponderal (6 kg) em curto período, com piora evolutiva da tosse. Além disso, refere dor torácica em topografia de base de hemitórax direito e esquerdo, em pontada, muito intensa, que piora com a inspiração profunda e melhora com o repouso. Ainda, relata dispneia aos esforços e que, há duas semanas, acorda durante a noite devido perda de ar e tosse que alivia ao sentar-se na cama. Desde então, dorme com cinco travesseiros. ■ HP: Nega DM. Antecedente de hipertensão, mas interrompeu o uso das medicações anti- hipertensivas por conta própria para usar chás caseiros. Nega cirurgias prévias e internações recentes. Diagnosticado com Chagas aos 30 anos. ■ ISDA: Queixa-se de edema em MMII e sensação de pés frios nos últimos seis meses. AO EXAME ■ AR: dispneico, redução do frêmito toravocal e ausculta com redução do murmúrio vesicular bilateralmente. ■ AC: PA 160x90mmHg, íctus palpável no 6º espaço intercostal esquerdo na linha axilar anterior, ausculta evidenciando B3, ritmo cardíaco irregular, presença de turgência jugular. Raio-X de Tórax Nota-se o derrame pleural bilateral típico com mais líquido pleural à direita. SILVA, 1998. Análise do líquido pleural ▪ Feito a punção pleural, evidenciou-se: ▪ Relação entre proteína do líquido pleural e sérica: 0,3 ▪ Relação entre DHL do líquido pleural e sérica: 0,5 ▪ DHL no líquido pleural: 1/3 do limite superior do soro HIPÓTESE DIAGNÓSTICA? Fisiopatologia da ICC ■ Síndrome congestiva pulmonar ■ Síndrome congestiva sistêmica Fisiopatologia do Derrame Pleural Quadro clínico ICC ■ Dispnéia paroxística noturna ■ Edema MMII ■ Dispnéia de esforço ■ Hepatomegalia ■ Taquicardíaca ■ Turgência jugular DERRAME PLEURAL ■ Tosse seca ■ Dor torácica ■ Dispnéia ALVES et al., 1996. Abordagem diagnóstica • História, exame físico compatíveis com doença sistêmica • Exames complementares • Raio X • Punção e análise do líquido pleural CRITÉRIOS DE LIGHT PARÂMETROS TRANSUDATOS EXSUDATOS Relação entre proteína do líquido pleural e sérica ≤ 0,5 > 0,5 Relação entre DHL do líquido pleural e sérica ≤ 0,6 > 0,6 DHL no líquido pleural >2/3 do limite superior no soro não sim SATO, 2006. Tratamento ■ Quando a ICC e adequadamente tratada, o derrame pleural em geral desaparece. ■ Em casos de derrame excessivo, pode-se proceder a toracocentese de alivio. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar da EPM – Unifesp – Pneumologia, 2014 Referências ■ ALVES, Paula; MARQUES, Helena; LUCAS, C. Galvão; OLIVEIRA, M. Fernanda; GOMES, M. João Marques. Derrames pleurais de etiologia cardíaca. Revista Porto Pneumologia, v. 2, n. 03, 191-201, 1996. ■ FARESIN, Sonia Maria; SANTORO, Ilka Lopes; LLARGES, Célia Mallart; PERFEITO, João Aléssio Juliano. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar da EPM – Unifesp – Pneumologia. - 2ed – Barueri: Manole Ltda, 2014. ■ GENOFRE, Eduardo; CHIBANTE, Antônio Monteiro da Silva; MACEDO, Alex Gonçalves. Derrame pleural de origem indeterminada. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 32, n.4, 204-210, 2006. ■ SATO, Tetsuo. Differential diagnosis of pleural effusions. JMAJ, v.49, n.9- 10, 315-319, 2006. ■ SILVA, Geruza A. Derrames pleurais: fisiopatologia e diagnóstico. Medicina, Ribeirão Preto, v. 21, 208-215, 1998. Integrantes ■ Clara de Oliveira Costa ■ Estela Silva Lopes ■ João Víctor Cordeiro Rodrigues ■ Larissa Rafaella Pereira Torres ■ Petrônio Gabriel Rabelo Nogueira ■ Rosa Maria Ruas Paraíso
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