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História e Estilos do Mobiliário

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Prévia do material em texto

Estilo e História 
do Mobiliário
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Renata Guimarães Puig
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Civilizações Clássicas e Idade Média
• Pré-História;
• Egito;
• Grécia;
• Roma;
• Bizâncio;
• Alta Idade Média e Europa Gótica.
• Ver a divisão clássica de História, iniciando com os primeiros assentamentos humanos 
na Pré-História, civilização egípcia, grega e romana;
• Estudar a Idade Média com o estilo Bizantino e, por último, o estilo Gótico.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Civilizações Clássicas e Idade Média
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Civilizações Clássicas e Idade Média
Contextualização
A História do Mobiliário não pode ser desvinculada da História Geral da humani-
dade, não são histórias diferentes. Há uma relação da produção de móveis com os 
costumes de um povo, sua organização política, sua religião. Assim como em Ar-
quitetura existe uma relação das edificações com o período da História das Artes, o 
mobiliário faz parte do universo cultural do homem e por isso vamos, ao longo da 
disciplina, traçar um paralelo com o desenvolvimento da civilização.
Importante!
Na História da Arte, estudamos o período Barroco, de magníficas pinturas no interior 
das igrejas. Suas características propiciavam ao expectador verdadeiros cenários que o 
levavam ao divino, que representavam o céu, os santos e toda a importância da religião. 
Essa Arte estava ligada a um movimento da igreja católica em retomar fiéis, em firmar 
seu poder e expansão de seus domínios após o período de abalos com o surgimento do 
Protestantismo. Na Arquitetura, as edificações também foram influenciadas pelo perí-
odo Barroco: adornos nas construções, curvas, exageros de formas, tudo fazia parte do 
estilo artístico do momento. E é claro que os móveis acompanharam esse estilo de Arte.
Importante!
De maneira geral, podemos entender a História do Mobiliário por diferentes 
enfoques: primeiro pela sua utilidade, ou seja, o móvel criado para alguma função 
básica, como a necessidade do homem de sentar, dormir, apoiar e guardar objetos. 
Assim surgiram os bancos, cadeiras, camas, mesas, baús e guarda-roupas.
Segundo, pela importância dos móveis como indicadores da posição social. 
Quanto mais alta a hierarquia social, mais importância à mobília de uma residência.
Em terceiro lugar, podemos destacar as inovações tecnológicas da produção 
mobiliária. Desde a fabricação artesanal com madeiras, à produção em série em 
fábricas após a Revolução Industrial e a utilização de novos materiais, como vidros, 
metais, polímeros, ferragens etc. O móvel acompanha o desenvolvimento tecnoló-
gico da humanidade. Nos últimos anos, principalmente após as grandes guerras, o 
avanço foi muito maior do que em vários séculos anteriores.
O quarto e último aspecto seria a disposição e organização dos móveis no espa-
ço das moradias. Por exemplo, a separação dos ambientes em espaços para refei-
ções, dormitórios, salas de estar é uma modificação que vem ocorrendo ao longo 
da história, certamente influenciada pela cultura, pelo domínio de novas técnicas 
construtivas e pelo modo de vida.
Para ilustrar esse primeiro contato com o tema, podemos citar a presença, atual-
mente, do home-office nas residências. Há alguns anos, ninguém pensava em traba-
lhar em casa, o local de trabalho era a empresa, a indústria, o escritório ou comércio.
8
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Nos anos 80 do século XX, o personal computer ou PC foi se popularizando e entrando nas 
residências; na década de 90 foi a vez da internet chegar aos lares e logo a rede mundial de 
computadores modifi cou as relações de trabalho. Podemos trabalhar em casa, conectados 
à empresa, vender ou comprar produtos em qualquer parte do planeta, e um novo espaço 
surge dessa necessidade: o escritório dentro da residência. Na sequência, pensamos: a mesa 
para o computador, a cadeira confortável para fi car várias horas trabalhando, como adequar 
a sala ou o quarto para receber essa nova função?
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Essa evolução no modo de vida sempre 
aconteceu, desde os primeiros assentamen-
tos humanos até a residência do século 
XXI, caminhando junto com a produção do 
mobiliário. E é nesta viagem à história da 
humanidade que embarcaremos, com o ob-
jetivo de chegarmos ao fim conhecendo as 
principais características dos móveis produ-
zidos na antiguidade até hoje.
É importante estabelecer que 
seguiremos a divisão mais co-
mum, ou a mais utilizada por 
diversos autores sobre História 
Geral, a periodização clássica: 
Pré-História - História Antiga – 
Idade Média – História Moderna 
e História Contemporânea.
Nas próximas unidades, relacionaremos o período histórico com o movimento 
arquitetônico ou artístico correspondente e estudaremos como eram os móveis 
mais utilizados. Também faremos visitas virtuais a museus pelo mundo para conhe-
cermos esses móveis. Então, sejam bem-vindos à nossa viagem!
Pré-História
Período que se inicia com o surgimento do Homem e se estende até cerca de 
3.000 a.C., com o surgimento da escrita na Mesopotâmia. Esse período se subdi-
vide em Paleolítico e Neolítico. O homem pré-histórico do Paleolítico era nôma-
de, não se fixava no território, vivia da caça de animais e coleta de alimentos. Foi 
nesse período a descoberta do fogo. Já no período Neolítico houve a Revolução 
Agrícola e talvez a mais importante das revoluções. O homem passou a plantar e 
domesticar animais. Tem-se aí sua fixação no território, quando deixa de ser nô-
made. As primeiras aldeias localizam-se na região denominada Crescente Fértil, 
entre os rios Tigre e Eufrates.
Ainda na Pré-história, no período Neolítico, a chamada Idade dos Metais, quan-
do o bronze e o ferro eram utilizados para fabricar instrumentos, contribuiu para o 
conjunto de transformações que deram início ao aparecimento das primeiras civili-
zações da antiguidade. Em aproximadamente 3.000 a.C., os fenômenos escrita e 
cidade surgiram quase que simultaneamente. A produção agrícola começou a gerar 
excedentes, uma quantidade de alimentos para além das necessidades imediatas 
de consumo. A sociedade começou a se organizar em outras atividades que não 
somente o trabalho na agricultura.
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UNIDADECivilizações Clássicas e Idade Média
O excedente possibilitou a existência da cidade, onde moradores eram consumi-
dores e não produtores agrícolas. Foram concebidas obras de irrigação, demarca-
ções de terras e templos religiosos, como os zigurates na Mesopotâmia. A escrita 
surgiu da necessidade de registrar a acumulação de riquezas e conhecimentos. 
Infelizmente, existem poucos registros de como eram os objetos que compunham 
as residências das primeiras civilizações. O conhecimento do mobiliário das civili-
zações primitivas é baseado em desenhos gravados em pedras ou pinturas que dão 
ideia da proporção e forma, mas sem detalhes.
Skara Brae (Figura 1), na Baía de Skaill, nas ilhas Orkney, na Escócia, era um povoado neolítico 
final, composto por oito casas de pedra que foram habitadas entre 3.200 e 2.500 a.C. Este an-
tigo assentamento é a aldeia neolítica mais bem preservada no norte da Europa. As paredes 
das estruturas ainda estão de pé e os becos cobertos de suas lajes de pedra originais. O arranjo 
interior de cada casa mostra a vida dos agricultores que ali viviam há mais de 5.000 anos, sua 
necessidade de armazenamento e composição de “mobiliário”. A descoberta de Skara Brae foi 
um acidente. Em 1850, uma violenta tempestade devastou a Baía de Skaill, revelando uma 
estrutura de tópicos de uma aldeia que consiste de uma série de pequenas casas sem telhados 
que estava enterrada sob as dunas de areia.
Figura 1 – Povoado neolítico de Skara Brae, Escócia
Fonte: Wikimedia Commons
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Egito
O processo histórico egípcio marca a passagem da barbárie para a civilização, 
quando começa a se dar a Revolução Urbana. O surgimento da escrita colabora 
para o desenvolvimento e marca os primeiros registros da História.
A civilização egípcia não foi eminentemente urbana, como a grega, mas já apre-
sentava o dinamismo das civilizações urbanizadas. Destaca-se a importância das 
obras hidráulicas, como barragens, canais de irrigação e uma série de obras monu-
mentais. Muitos objetos da civilização egípcia foram mantidos ao longo dos séculos 
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em túmulos ou câmaras em boas condições de conservação que possibilitaram a 
reconstrução de seu modo de vida.
De acordo com a condição social, as casas egípcias eram muito diferentes umas 
das outras. As cabanas de trabalhadores quase não possuíam móveis: bancos de 
baixa altura, feitos de terra e cobertos com esteiras de junco ou com rolos de linho 
que podiam servir de assentos e camas.
Importante!
Os egípcios criaram muitas peças de mobiliário ainda em uso nos dias de hoje, como, por 
exemplo, camas, cadeiras, bancos e arcas. As camas eram estreitas, não havia cama de 
casal e sua altura raramente excedia 30 centímetros (Figura 2).
Você Sabia?
Figura 2 – Cama em madeira gessada e dourada
Fonte: Oates, 1981
Tanto as camas quanto as cadeiras das classes mais privilegiadas tinham os pés 
talhados em forma de patas de animais. O touro e o leão eram os mais copiados. 
Havia também elementos decorativos com motivos florais, a flor de lótus e do pa-
piro eram as mais comuns (Figura 3).
Figura 3 – Cadeira da rainha Hetefere
Fonte: Oates, 1981
11
UNIDADE Civilizações Clássicas e Idade Média
Algumas peças de linho dobrado 
formavam colchões empalhados. Os 
bancos podiam ser dobráveis ou fixos, 
simples ou com muitos ornamentos, 
muitas vezes decorados também imi-
tando patas de animais. Havia grande 
diversidade na altura de bancos e ca-
deiras, muitos eram baixos, cerca de 
25 centímetros do chão. Existiam ca-
deiras largas e baixas com pés e braços 
novamente imitando patas de animais 
(Figura 4). Figura 4 – Trono de TutancâmonFonte: Oates, 1981
Para armazenar alimentos, usavam cestos de junco, palhinha e fibra de palma. 
Arcas e caixas com dobradiças metálicas guardavam roupas e objetos pessoais. 
Utilizavam mesas para manter objetos afastados do solo. Pelos registros de pintu-
ras, não se alimentavam sentados ao redor de uma mesa de refeições. Também 
utilizavam vasos decorativos. Outro tipo de móvel encontrado em túmulos reais foi 
a cama com dossel, com restos de um linho muito fino que, provavelmente, era 
usado para proteção de mosquitos, além da cadeira de transporte com ornamen-
tação em ouro (Figura 5).
Figura 5 – Cadeira de transporte da rainha Hetefere
Fonte: Oates, 1981
Grécia
Não existem peças de mobiliário do período da Grécia antiga que chegaram 
até nós, como as que foram encontradas no Egito. É possível somente fazer uma 
reconstituição do modo de vida pelos relevos esculpidos, pinturas em vasos e litera-
tura. Textos de Homero, Aristóteles e Platão retratam algumas cenas.
Na arquitetura, os gregos usaram proporção, formas geométricas, pilares, fron-
tões. Construíram teatros, templos e edifícios públicos, mas poucos registros se 
têm do interior de suas residências, usadas para refeições e dormitório, como a ca-
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deira Klismos, mais usada pelas mulheres pelo conforto proporcionado para o uso 
diário e para amamentação (Figura 6). A vida na Grécia antiga era fora das casas, 
com o uso para cerimônias ao ar livre da cadeira/cama Kline.
Figura 6 – Cadeira grega Klismos
Fonte: Oates, 1981
Algumas escavações nos dão ideia de como eram as divisões da habitação. 
Construídas de tijolos cozidos e sobre fundações de pedra, eram voltadas para o 
interior. Um pátio interno descoberto, muitas vezes com um lago, que captava água 
da chuva e armazenava-a numa cisterna subterrânea. Salas de estar, cozinha e local 
para banho. As paredes interiores eram decoradas com um estuque colorido. No 
pátio era comum um altar para o deus Zeus. Em nichos abertos na parede do pátio, 
utilizavam braseiras para aquecimento e iluminação.
Importante!
Em uma pintura de um vaso, por exemplo, os gregos retrataram a montagem de uma 
elegante cadeira de madeira fi xada com cavilhas (encaixes na própria madeira), assento 
de junco e balaústres verticais no encosto.
Importante!
As residências eram diferentes na cidade e 
no campo, havia habitações coletivas em Ate-
nas. Os homens, responsáveis pela política, fa-
ziam reuniões para conversar. O mobiliário mais 
elaborado era o da sala de jantar, vários sofás 
colocados em volta das paredes, que derivavam 
da cama egípcia, com pernas mais compridas e 
de forma retangular sem entalhes, projetavam-se 
por cima do assento formando um encosto. As 
pernas e a armação dos sofás eram pintadas ou 
tinham embutidos de madeira, pedras preciosas 
ou metal (Figura 7).
Figura 7 – Cadeira e arca grega
Fonte: Oates, 1981
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UNIDADE Civilizações Clássicas e Idade Média
Usavam mesas com maior frequência do que os egípcios, mas também não era 
a mesa de jantar como usamos hoje, faziam pequenas mesas retangulares para os 
sofás. Criaram a mesa pequena redonda de três pés, que também aparece na sala 
de jantar, porta-lanternas de bronze com três pernas arqueadas com formato de 
patas de animais.
Os gregos utilizavam almofadas, tecidos, paredes coloridas e pavimentos com mosaicos.
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O banco estava presente em grande variedade, muitas vezes leve e dobrável. 
Muitos possuíam pernas em forma de animais. As arcas eram parecidas com as 
egípcias para guardar objetos. Ainda não existiam guarda-louças ou cômodas, os 
artigos de uso imediato eram pendurados nas paredes. As mulheres guardavam 
espelhos, joias e adornos em pequenas caixas e cestos de vime.
Roma
Os romanos foram conquistando vários povos e assimilando suas culturas, o 
império teve longa duração e abrangeu um imenso território do Atlântico ao Rio 
Eufrates, o Mar Negro, o Danúbio, Reno, do Mar do Norte ao Saara e os desertos 
da Arábia (Figura 8).
Hibernos
Caledônia
Eburaco
Deva
Camuloduno
Londínio
Britânia
Eburaco
Ébuso
Íbero
Bétis
Anas
Tago
Dúrias
Bracara
Astúrica
Palância
Numância
Toleto
Emérita Augusta
Sagunto
Cartago Nova
Córduba
Gades
Olisipo
Escálabis
Tingis
Lixo
Volubilis
Lusitânia
Bética
Hispânia
Tarraconense
Mauritânia
Siga
Altava
AlériaCórsega
Túrris
Calaris
Sardenha
Siracusa
MessanaSicília
Régio
Brundísio
Gênua
Aquileia
Roma
Neápolis
Tarento
Itália
Mediolano
Rubicão
Pado
Tibre
Salona
Dalmácia
Sírmio
Singiduno Bonônia
Viminácio
Sarmizegutusa
Raciácia
Savo
Danúbio
Nova
Dorostoro
Axiópolis
Tomis
Nivioduno
Dácia
Buros
Cotinos
Costóbocos
Carpos
Bastarnas
Quados
Jáziges
Roxolanos
Moguntiaco
Augusta dos Tréveros
Argentorato
Colônia Agripina
Noviômago
Vesôncio
Augusta Raurica
Lutécia dos Parísios
Rotômago
Avárico
Lugduno
Burdígala
Arelate
Narbo
Massília
RódanoGarumna
Líger
Sequana
Reno
Frísios
Chaucos
Lombardos
Queruscos
Quamavos
Têncteros Quatos
Hermúnduros
Suevos
Burgúndios
Lúgios
Marcomanos
Vindobona Carnunto
Aquinco
Aquitânia
Gália Récia Nórico
Panônia
Dravo
Hadrumeto
Tapso
Tisdro
Girba
Capsa
Bágradas
Tacape
Hipona
Útica
Cartago
Icósio
Cesareia
Numídia África
Léptis Magna
Tripolitânia
Musulâmios
Gétulos
Garamantes
Mauros
Cirene
Cirenaica
Paretônio
Amônio
Oxirrinco
Mênfis
Ptolemais
Alexandria
Mio Hôrmio
Tebas
Siene
Hierasicamino
Berenice
Aila
Leuce Come
Hegra Come
Nilo
Egito
HegraNasomenes
Cidônia
Cálcis
Creta
Chipre
Pafos
Salamis
Tebas
Atenas
Corinto
Acaia
Épiro
Macedônia
Salonica
Ásia
Éfeso
Lícia
Panfília
Trácia Bizâncio
Mésia
Bitínia
Galácia
Icônio
Sinope Trapezo
Ponto
Capadócia
Cilícia
Sérdica
Naísso
Araxes
117 AD
Petra
Jerusalém
Bostra
Tiro
Sídon
Trípoli
Emesa
Antioquia
Palmira
NísibisEdessa
Osroena
Armênia
Ardaã
Armavir
Vagarsapate Artaxata
Gardman
Gordiena
Adiabena
Assíria
Mesopotâmia
Babilônia
Ctesifonte
Selêucia
Babilônia
Susa
Charax
Tigre
Eufrates
Ibéria
Lazos
Cólquis
Abasgos
Apsilas
Sanigas
Siracos
Alanos
AorsosMeotas
Albânia
Panticapeu
Fanagória
Quesoneso
Ólbia
Tiras
Tanais
Reino do Bósforo
Império Parta
Figura 8 – Mapa da época
Fonte: Wikimedia Commons
Por meio de ruínas de edifícios romanos e principalmente com a descoberta da 
cidade de Pompéia, soterrada sob as lavas do Vesúvio, totalmente intacta, com 
edificações, móveis e objetos, podemos ter a história do modo de vida dos roma-
nos reconstruída. Casas com pavimentos de mosaicos, paredes com pinturas e 
janelas envidraçadas.
14
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O Tratado de Arquitetura escrito por Vitrú-
vio, um engenheiro-arquiteto romano, regis-
trou todas as normas construtivas e influen-
ciou a arquitetura de diversos períodos a partir 
de sua redescoberta no Renascimento.
Os romanos desenvolveram muitas técni-
cas construtivas e na Antiguidade clássica foi o 
povo que mais criou tipologias de edificações 
diferentes. Construíram estradas ligando toda a extensão do império e também aque-
dutos que levavam água a terras distantes, garantindo seu domínio. Construíram 
teatros, fóruns, termas, basílicas, arcos de triunfo, entre outros.
Preocupavam-se pouco com o aspecto exterior das residências, as Domus 
(confira no link a seguir). Não possuíam janelas para as ruas. O interior era com-
posto de um átrio, onde havia um altar e estátuas de antepassados. Dividia-se 
entre pátio e recepção com espaço descoberto ao centro. Também faziam capta-
ção da água das chuvas, como os gregos. No lado oposto, estava a área privada 
da casa, com pilares alinhados e, muitas vezes, embelezada com estátuas, fontes 
e lago; ao redor, localizavam-se os dormitórios, salas, cozinha e sala de jantar.
Domus romana, no link a seguir: https://goo.gl/ZeyZXs
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Não havia muitos móveis, apenas camas, mesas, cadeiras, sofás e arcas. As for-
mas dos móveis, em geral, eram simples, mas nas casas mais ricas a decoração era 
mais elaborada. Sofás com apoio nas cabeceiras e nos pés, muitos já apresentavam 
um estofamento, camas de bronze (Figura 9), caixas para guardar objetos pessoais 
de marfim e metal. Uma novidade do período eram as mesas feitas de mármore 
com pés esculpidos com figuras de plantas e animais. Candelabros e alguns bancos 
eram de bronze, já dominavam técnicas de fundição.
Figura 9 – Cama em bronze
Fonte: Oates, 1981
Figura 10 – Sofá com apoios laterais
Fonte: Oates, 1981
Havia pinturas nas paredes e pavimentos elaborados com mosaicos, possuíam 
cortinas de várias cores, almofadas e colchas, até nas residências das províncias 
existia um conforto geral e equilibrado. A reunião do jantar era o principal aconte-
Utilizavam pedras, mármores e 
uma argamassa denominada 
pozolana, uma mistura de terra 
vulcânica. Dominaram técni-
cas construtivas como o arco e 
a abóboda, que permitiram a 
construção em altura.
15
UNIDADE Civilizações Clássicas e Idade Média
cimento da vida social romana, os convidados acomodavam-se em assentos como o 
Lectus (para comer, sentar, repousar) (Figura 10), apoiados sob o cotovelo esquerdo, 
e serviam-se de alimentos dispostos em mesas redondas.
Candelabros de bronze ou prata 
ficavam em locais estratégicos para 
iluminação. Nesse período, surgiu a 
mesa console, ou seja, uma mesa de 
três pés para ser apoiada à parede (Fi-
gura 11). Também eram populares os 
suportes de bacias ou tabuleiros com 
tripés metálicos. Figura 11 – Mesa com tripé em mármore
Fonte: Oates, 1981
Bancos de fechar, baseados nos modelos gregos, e as cadeiras com pernas em x 
podiam ser encontradas em todo o império. Cadeiras de vime com as costas curvas 
eram utilizadas pelas mulheres para os cuidados de beleza. Os romanos aperfeiço-
aram algumas ferramentas, como a serra de arco, serrotes e plainas.
Após um grande período de auge e estabilidade, o Império Romano sofreu inú-
meros ataques e invasões, principalmente dos bárbaros do norte, e entrou em deca-
dência. Suas cidades foram destruídas, deu-se início à Idade das Trevas. A tomada do 
Império Romano em 476 d.C., pelos bárbaros, marca o fim da Antiguidade Clássica 
e o início da Idade Média.
Bizâncio
Roma, a capital do império romano, foi transferida em 330 d.C. para Bizâncio, 
cidade grega situada na confluência de rotas comerciais, pelo imperador Constanti-
no. Rebatizada de Constantinopla, tornou-se um grande centro comercial, político, 
religioso e artístico. Concentrava um grande número de artistas e artífices que pro-
duziam sedas, tapeçarias, bordados, esmaltes, trabalhos em metal e marfim.
O estilo bizantino espalhou-se por várias cidades do mundo antigo. Novamente 
não há exemplares do mobiliário doméstico que resistiu ao tempo. Apenas pintu-
ras, manuscritos, marfins entalhados, pinturas murais e mosaicos que retratam o 
cenário de como era a vida naquela época. As casas de classe alta eram parecidas 
com o que vimos na Grécia e Roma, voltadas para o interior em torno de um átrio 
central. Tinham uma área de recepção para os homens que utilizavam todo o tér-
reo. Na parte superior, ficavam as mulheres e crianças.
Os mosaicos, que revestiam as paredes dos palácios, mosteiros e igrejas, re-
tratavam uma vida de riquezas e conforto. A base da arte bizantina foi a mescla 
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de duas tradições: o requinte do Helenismo combinado com o formalismo do 
Oriente. O clássico misturou-se gradualmente com representações abstratas, suas 
formas elegantes e sutis foram substituídas por formas estáticas, adaptando-se ao 
esplendor formal dos palácios e casas bizantinas.
Helenismo é um termo que designa tradicionalmente o período histórico e cultural durante 
o qual a civilização grega se difundiu no mundo mediterrânico, euroasiático e no Oriente, 
fundindo-se com a cultura local.
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Nos banquetes no palácio real, os convidados acomodavam-se à maneira roma-
na; quando a sós, a família real utilizava cadeiras para as refeições. Nas residências, 
arrumavam as mesas frequentemente com toalhas bordadas. Utilizavam talheres, 
mas muitos ainda comiam com as mãos. Mesas geralmente redondas ou em forma 
de D eram metálicas ou de pedra. Nas casas modestas eram retangulares e de ma-
deira, algumas apresentavam um guarda-louças sob o tampo.
Os tronos produzidos no período eram grandiosos, feitos com materiais luxuosos, 
como joias e tecidos requintados. Muitos trabalhos delicados de relevo em marfim 
eram encontradosem arcas (Figura 12), estojos e portas. Um exemplo que é possível 
ver ainda hoje é o Trono de Maximiano, na cidade italiana Ravena (Figura 13).
Figura 12 – Sarcófago bizantino
Fonte: Oates, 1981
Figura 13 – Trono de Maximiano
Fonte: Oates, 1981
Continuaram produzindo as populares cadeiras e bancos de fechar em X e 
assentos de couro. Banquinhos para apoiar os pés também eram comuns. Produ-
ziam os mais variados tamanhos de caixas, desde para guardar pequenos objetos, 
até caixas que serviam de assento, mesa ou cama. A estrutura muitas vezes era 
almofadada, com marchetaria em madeiras raras, ouro e prata ou, ainda, chape-
adas de marfim.
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UNIDADE Civilizações Clássicas e Idade Média
Nesse período surgiram as estantes, os palácios e mosteiros organizavam ma-
nuscritos nesse tipo de armário. No uso doméstico, ainda guardavam objetos de 
uso geral e de vestuários em arcas, mas pode ser que arrumavam alguns objetos 
em prateleiras, porém ainda não existiam guarda-roupas. A caligrafia era prati-
cada por pessoas instruídas, os escribas, por isso surgiu a mesa-secretária, que 
muitas vezes ficava junto a um armário com prateleiras (Figura 14).
Figura 14 – Armário para manuscritos e mesa
Fonte: Oates, 1981
As camas eram simples e derivadas do período clássico, muitas com pernas 
torneadas ou com estrutura de colunas para dossel. As pessoas mais ricas dormiam 
em camas com tecidos bordados, colchas e acolchoados. Os comerciantes bizanti-
nos também usufruíam de um alto padrão de vida, havendo relatos de que faziam 
uso de pratas, talheres, lamparinas, castiçais etc.
Em contraste com a prosperidade do Império Oriental, a Europa Ocidental es-
tava em decadência. Durante mais de 200 anos, os romanos tentaram inutilmen-
te conter os bárbaros, cidades que outrora foram centros de vida urbana, empo-
brecidas e despovoadas ficaram destruídas. Houve uma ruralização da sociedade. 
Somente onde havia centro religioso ou centros de produção artesã foi possível 
alguma vida urbana. Na maioria dos locais, os germânicos elegiam reis, e campo-
neses trabalhavam para eles em troca de proteção. Estava surgindo o Feudalismo, 
a propriedade mantida à força, construção de castelos por toda a parte e povoados 
cercados por muralhas. O poder da Igreja ia aumentando na medida em que o an-
tigo império ia esfacelando-se.
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Alta Idade Média e Europa Gótica
O modo de vida doméstico e a decoração voltaram a níveis primitivos. As ca-
sas da população camponesa em geral eram compostas de apenas um cômodo, 
onde aconteciam todas as funções: estar, dormir, cozinhar e estrebaria de animais. 
Outras tinham divisões, como despensa, copa, sala central e um aposento para 
dormitório. Esse tipo de construção foi encontrado até o século XV. Os normandos 
faziam casas com torres de guarda, com altura de dois ou três andares, que utiliza-
vam como defesa e alojamento de armas.
O mobiliário foi influenciado pelo período de grande instabilidade, muitas famí-
lias tinham que se deslocar para áreas desabitadas na Europa e para administrar 
suas propriedades espalhadas em vastas regiões. Os agrupamentos familiares po-
diam ter uma centena de pessoas e eram necessárias carroças e cavalos para trans-
portar as arcas com pertences pessoais, como tapetes, roupas de cama, colchões, 
almofadas. Móveis de fechar para conseguir levar louças, joias, vidros, tudo era 
produzido para facilitar o transporte.
Importante!
Móvel, palavra originária de meubles em francês, surgiu nessa época, que quer dizer 
algo transportável.
Você Sabia?
As características de alguns móveis, 
como, por exemplo, as cadeiras, mos-
travam a posição social das pessoas. A 
cadeira de espaldar mais alto era usa-
da pelo homem de posição social mais 
elevada, distinguia-se por possuir uma 
tapeçaria por trás e um baldaquino por 
cima. O restante das pessoas sentava-
-se em bancos comuns. O baldaquino 
(cobertura) tornou-se símbolo de cate-
goria social elevada, podiam também 
usar sobre camas, tronos e até sobre o 
bufete (Figura 15).
Figura 15 – Mesa com baldaquino ao centro
Fonte: Oates, 1981
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UNIDADE Civilizações Clássicas e Idade Média
O bufete ou dressoir era também uma mobília que demonstrava o prestígio 
social. Era uma peça simples em degraus com prateleiras abertas, o número de 
degraus revelava a categoria do proprietário. Era um móvel para arrumação ou 
exposição, funcionava como um aparador (Figura 16).
Figura 16 – Bufete com degraus
Fonte: Oates, 1981
Um dressoir mais estreito ficava na parte do salão destinada ao serviço e era 
usado para guardar a louça. Utilizavam mesa com caixote também para guardar 
louça e preparar alimentos.
Nas casas mais nobres, eram comuns dois salões, um maior para banquetes e 
solenidades, outro menor, ligado aos quartos, usado para refeições diárias.
Os empregados dormiam no mesmo quarto que os senhores, usavam colchões 
de palha ou camas com rodas que podiam ser encaixadas embaixo da cama do 
senhor ou da senhora. Além da cama, havia uma arca, cabide ou varão onde 
penduravam as roupas. O conforto e beleza eram dados pelas almofadas, tapetes 
e paredes pintadas. As camas mais elaboradas possuíam quatro colunas, elevadas 
cerca de trinta centímetros do colchão e das roupas, decoradas com entalhes ou 
torneadas e arrematadas com florões e esferas.
No século XIII, o dossel e o baldaquino 
adquiriram importância na cama. As ar-
cas eram o elemento do mobiliário mais 
usado, difundido e muito necessário. A 
gravação de entalhes popularizou-se a 
partir do século X, pintados com cores 
vivas (Figura 17).
Figura 17 – Arca com entalhes
Fonte: Oates, 1981
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O banco em X ou de fechar era muito corrente e acrescentado de costas rígidas 
e braços, transformou-se na popular cadeira de braços (Figura 18).
Figura 18 – Banco em X
Fonte: Oates, 1981
Os assentos de pedra que eram construídos dentro das paredes, comumente nos 
edifícios religiosos, podiam ser encontrados nas habitações. A madeira de carvalho 
era a mais utilizada na época medieval. A nogueira, com menos abundância, po-
dia ser encontrada na Espanha, Itália e França e madeiras mais macias na Europa 
Central. Em 1320, foi inventada a serra mecânica, na Alemanha, que contribuiu 
juntamente com a serra hidráulica para aperfeiçoamentos na produção dos móveis 
no final da Idade Média.
Os artífices puderam criar móveis mais le-
ves e decorados. O mobiliário refletia as mu-
danças da sociedade medieval do século XIV, 
o aumento das trocas comerciais, o governo 
mais centralizado, uma vez que a administra-
ção ia ficando complicada fora dos muros do 
feudo. Havia menor necessidade de desloca-
mento por parte de reis e nobres e podiam 
investir mais na decoração de suas casas, ad-
quirindo mais conforto (Figura 19).
Figura 19 – Dormitório medieval
Fonte: Oates, 1981
O estilo gótico da Idade Média surgiu na França nas construções de igrejas e 
difundiu-se rapidamente pelo norte da Europa. Na Itália, ao sul, a tradição clássica 
nunca desapareceu por completo. A expansão da arquitetura gótica repercutiu na 
concepção do mobiliário. O pedreiro e o carpinteiro trabalhavam lado a lado na 
construção das igrejas e havia muita semelhança entre as atividades. Pilastras, arre-
mates, florões e arcos ogivais eram adaptados ao mobiliário.
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UNIDADE Civilizações Clássicas e Idade Média
Figura 20 – Trono medieval em bronze
Fonte: Oates, 1981
Com o decorrer do tempo, o aumento da produção deu origem a uma maior 
diversidade para o mobiliário (Figura 20). Por exemplo, passaram a ter mais pos-
sibilidades de escolha de mesas com tamanhos e formas diversas. Outro exemplo, 
o bufete com prateleiras abertas em cima para expor a baixela, com guarda-louças 
fechado no meio e suporte em baixo, encontrava-se não apenas no salão, mas 
também no quarto, onde recebiam convidados.
Uma inovação que apareceu nesse período foi o armário de despensa para 
alimentos. As portas tinham recorte para ventilação e frequentemente ficava no 
dormitório para matar a fome durantea noite.
O quarto funcionava também como uma sala de estar, visto que nele recebiam 
convidados, e o leito muitas vezes era usado como sofá. Nem nas casas mais ricas 
se observava rigor na disposição dos móveis, podiam ser arrumados ao acaso sem 
preocupação com simetria, embora as paredes fossem decoradas.
O fim da Idade Média se deu por uma série de razões. O feudalismo estava em 
crise, pela escassez de alimentos; o crescimento da população e o trabalho servil dos 
camponeses não foram suficientes para suprir a demanda de gêneros alimentícios.
A Europa já havia sido castigada pela Peste Negra, que se espalhou rapida-
mente, matando cerca de 1/3 da população durante o século XIV. Além da fome, 
havia a luta entre nobreza e servos que conquistavam a autonomia das cidades. Aos 
poucos, os muros do feudo se interligavam com áreas de comércio ao seu redor e 
a burguesia enriquecida centralizava seu poder. Era o começo de um novo sistema 
econômico: o Capitalismo.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
The British Museum
https://goo.gl/x2IE7B
Os Móveis
https://goo.gl/RqiV7g
 Filmes
Gladiador e Pompéia
Como uma boa sugestão para visualizar o período da Antiguidade, você pode assistir 
aos filmes Pompéia ou ainda Gladiador, para analisar os cenários da Roma Antiga.
 Leitura
História do Mobiliário Egípcio
SILVA, Carolina Moreira da. História do mobiliário egípcio.
https://goo.gl/2sWqWZ
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UNIDADE Civilizações Clássicas e Idade Média
Referências
BARBOSA, M. I. História de estilos e decoração. São Paulo: Editora Metalivros, 
2011. (eBook)
DENIS, R. C. Uma introdução à história do design. São Paulo: Edgard Blucher, 
2010. (eBook)
DESIGN MUSEUM. Como criar uma cadeira. São Paulo: Editora Gutenberg, 
2011. (eBook)
MONTENEGRO, R. Guia da história do mobiliário. São Paulo: Presença, 
1995. (eBook)
MOUTINHO, S. O.; LONDRES, R.; PRADO, R. B. Dicionário de artes decora-
tivas e decoração de interiores. São Paulo: Lexikon, 2011.
OATES, Phyllis Bennet. História do mobiliário ocidental. Lisboa: Presença, 1991.
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