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CONTRATOS AGRÁRIOS ➢ Acordo de vontade com vistas a criar, modificar ou extinguir direitos. Elementos de validade: agente capaz e legítimo, objeto lícito e possível, determinado, forma prescrita ou não defesa em lei. CAPACIDADE: é a regra quando se adquire a maioridade, somente aquele que pode dispor do objeto é legítimo; LICITUDE: a licitude do objeto, tem relação com a possibilidade de ir a juízo e reclamar a satisfação POSSIBILIDADE: alcançável, fisica e jurídica. Módulo rural: menor medida de um imóvel que baste apenas para a sobrevivência e crescimento pessoal e possa cumprir a sua função social (abaixo disso não é admitido registro e o negócio jurídico não é válido, pois o objeto é juridicamente impossível). A alienação da área rural em porcentual infernor ao módulo rural só é permitida desde que se observe os seguintes requisitos conjuntamente: ➢ A área seja aliendade ao confinante – vizinho ➢ Desde que a área remanescente (o restante) seja inferior ao módulo rural. DETERMINADO: individualizado; FORMA: forma prescrita ou não defesa em lei (forma livre) Os contratos agrários, são de forma livre (escrito ou verbal). No direito agrário é PREVALECIDO a forma verbal. PRINCÍPIOS GERAIS: Autonomia da vontade: as partes podem manifestar-se livremente, desde que não contrarie a legalidade e aos bons costumes; Obrigatoriedade: uma vez formalizado, se torna obrigatório, e o mais importante, vale por toda a sua extensão o Caso fortuito ou força maior não exige obrigatoriedade Relatividade dos efeitos: os contratos obrigam somente aquele que os atingem, as partes contratantes Boa-fé objetiva: não se pode fazer um negócio jurídico visando prejudicar a outra parte, a não obervância da boa-fé objetiva, permite-se o questinamento judicial. ESPECÍFICOS: Supremacia do interesse público: é um limitador do princípio da autonomia da vontade, que é possível que se acorde a respeito de qualquer estipulação, entretanto, sendo contrato agrário, há de se respitar os prazo minímos estabelecidos. o Arrendamento, mínimo de 3 anos (resulução 59.566/66) o O princípio da supremacia do interesse público impede que se ultrapasse as regras de interesse público Liberdade das formas: no direito agrário prevalece a forma verbal, pela própria dinâmica o A questão da prova referente a formalização do contrato, é secundário, pois existem outros meios que podem comprovar; o É comum no direito agrário a obtenção de financiamento rural, nesse caso, é exigido o contrato formal para seu financiamento. Proteção do Hipossuficiente: independente da forma do contrato, nele deve conter obrigatoriamente cláusulas que assegurem a proteção social e econômica dos arrendatários e dos parceiros outorgados, havendo sempre a interpretação mais favorável ao hipossuficiente. Proteção dos Recursos Naturais; independente da forma do contrato, nele deve conter cláusulas que assegurem a conservação dos recursos naturais. ESPÉCIES DE CONTRATOS AGRÁRIOS – LEI 59.666/64 Agrícola Arrendamento Pecuário Exploração florestal TÍPICOS Agrícola Pecuária Parceria Agroindustrial Extrativa Mista Comodato rural ATÍPICOS Pastoreio Fico (depósito) Roçado TÍPICOS Arrendamento: paga-se um valor fixo. Parceria: pode ser contrato verbal e o recebimento é de acordo com a maior ou menor produtividade, pois se assenta em percentual do ganho. ATÍPICOS Comodato rural: aquele que alguém cede gratuitamente um bem a outra pessoa (cede a casa do sítio para a pessoa morar, em contraprestação de cuidar do sítio). Sempre deve ser feito de forma escrita, para que os termos sejam estabelecidos. Pastoreio/invernada: tem como principal característica a brevidade, eis que não ultrapassa um ano, sendo comum, na maioria das vezes, nos períodos entre safras e de inverno, ocorre em situações pontuais, específicas, 2/3 meses Fico: se assemelha ao contato de depósito, e resume à uma prática de transação de gado por meio de um documento chamado de Fica, sendo que os animais ficam em poder do emitente por motivos variados – falta de espaço, destinação da área para outros fins – sem finalidade específica de engordar. Roçado: consiste na entrega por período entre safras da propriedade rural para que a parte que a recebe possa usar a terra e ao término de seu uso entregue-a limpa e preparada para a próxima lavoura a ser feita pelo proprietário. EXTINÇÃO/DESPEJO Com a extinção do contrato, volta-se ao estado anterior da coisa, tendo o proprietário, a partir da extinção a posse direta do imóvel. Os contratos se extinguem seja por acontecimentos originários, seja por acontecimentos extraordinários. O artigo 26 do regulamento 59.666/64 estabelece as seguintes causas de extinção: I - término do prazo do contrato; o Entretanto, antes do vencimento, o proprietário deve comunicar o arrendante ou o parceiro/outorgado sobre sua intenção de retomar o imóvel (direito de retomada) sob pena de prorrogação automática, esse prazo é de 6 meses antes do término. o Caso houver prorrogação, abre-se um novo ciclo II - Pela retomada; III- Pela aquisição da gleba arrendada, pelo arrendatário o Pela aquisição da gleba (porção) arrendada ou dada em parceria. Para o direito, essa situação se denomina confusão. o Chegaram em um acordo e adquiriu. IV - Pelo distrato ou rescisão do contato; V - Pela resolução ou extinção do direito do arrendador; o A título de exemplo o contrato pode ser extinto quando não houver o pagamento; quando houver desrespeito a uma regra ambiental VI - Por motivo de força maior que impossibilite a execução do contrato. o Ex, chuva de granizo. o Se pagou antes, devolve o dinheiro, pois caso contrário, gera enriquecimento sem causa. VII - Por sentença judicial irrecorrivel VIII - Pela perda do imóvel rural; o Seja por um acontecimento natural, por ex, inundação, seja por acontecimento jurídico IX - Desapropriação total ou parcial X - Por qualquer outra causa prevista em lei. Com a extinção do contrato, abre-se a possibilidade do despejo rural, previstas no artigo 32 da lei 59.666/64, o despejo equivale a reintegração de posse, pois o arrendante ou o parceiro outorgado, deverão afastar-se da prioridade/gleba. As hipóteses são: I- ao término no prazo contratual ou da renovação II- se o arrendatário subarrendar, ceder ou emprestar o imóvel rural, no todo ou em parte, sem o prévio e expresso consentimento do arrendador; III- não pagar o aluguel IV - dano causado a gleba/propriedade V- Se o arrendatário mudar a destinação do imóvel rural VI - Abandono parcial ou total do plantio VII - Inobservância das normas obrigatórias fixadas no art. 13 dêste Regulamento o Não observação das normas ambientais VII - Nos casos de pedido de retomada, permitidos e previstos em lei e neste regulamento (Art.22), comprovada em Juízo a sinceridade do pedido;
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