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A Guerra das Correntes

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Nikola Tesla era um incentivador da utilização da corrente alternada, quando se mudou para os Estados Unidos em 1884, passou a trabalhar para Thomas Edison que defendia o uso da corrente contínua, Edison até já havia patenteado e tornado a corrente contínua padrão nos Estados Unidos.
Na corrente contínua defendida por Edison os elétrons se movimentam em um único sentido e a energia transmitida sofre grande desperdício no meio do caminho, já a corrente alternada defendida por Tesla, possui elétrons que variam sua direção constantemente, a energia que é transmitida não perde muita força no meio caminho. 
Devido a opiniões divergentes com relação as correntes, Tesla deixou de trabalhar para Edison e fez uma parceria com George Westinghouse, que comprou com antecedência os direitos das patentes do sistema polifásico de Tesla e passou a comercializá-lo. A partir daí Tesla e Edison se tornaram rivais e a Guerra das Correntes começava.
Edison lançou uma grande campanha publicitária sobre a utilização da corrente contínua para distribuir eletricidade, que ia contra ao que Westinghouse e Tesla defendiam, ou seja, à corrente alternada. As propagandas de Edison consistiam na divulgação de notícias com acidentes fatais, visando desestimular o uso da corrente alternada.
Edison fazia uso dessa campanha para defender a sua opinião, pois quando a distribuição de corrente contínua foi instituída nos Estados Unidos, todo o sistema operava sob tensão de 100 V. Esse nível de tensão foi escolhido devido à facilidade de fabricar lâmpadas que forneciam iluminação e tinham um desempenho econômico similar à iluminação a gás, que na época estava sendo substituída. Além disso, sabia-se que 100 V não constituía um risco grave de eletrocussão.
Infelizmente para Edison utilizar a corrente contínua tinha suas limitações, a queda de tensão devida à resistência dos condutores do sistema era um fato comum e, por isso, as usinas geradoras deveriam se localizar longe dos centros de consumo, o que era um grande inconveniente. Para uma determinada quantidade de energia conduzida, era necessário elevar a tensão na rede, naquela época, não havia tecnologia de baixo custo para fazer essa conversão em corrente contínua, mas em um sistema de corrente alternada, o uso de transformadores de tensão era técnica e economicamente viável. Assim, os transformadores permitiam que a energia fosse transmitida sob tensões muito mais elevadas sendo possível para as usinas cobrirem uma área de consumo muito maior. E, assim, Nikola Tesla venceu a Guerra das Correntes.

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