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Aula 02 Microbiologia clínica 22 1

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Aula 02: Exames microbiológicos
Luciana Fialho
Biomédica
- Os microrganismos que causam doenças infecciosas são definidos como patógenos, pois se
multiplicam e causam lesão tecidual.
- Todos os microrganismos isolados em cultura de um local do corpo devem ser considerados
potenciais patógenos.
- Os processos infecciosos demonstram respostas fisiológicas à invasão e multiplicação do
microrganismo agressor.
Exames microbiológicos
Fonte:Internet
- O desenvolvimento de doenças é influenciado pela saúde geral do paciente, mecanismos de defesa e
contato prévio com o agente agressor.
- Quando há suspeita de doença infecciosa deve-se realizar culturas.
- O profissional da saúde é responsável por colher as amostras e como os procedimentos variam, ele
deve consultar os protocolos da instituição para coleta, transporte e conservação da amostra.
Exames microbiológicos
Fonte:Internet
- O material deve ser colhido onde é mais provável de encontrar o microrganismo suspeito, com
mínima contaminação possível da flora normal.
Fontes de amostra:
Exames microbiológicos
Fonte:Internet
⚫ Sangue.
⚫ Pus, exsudato ou drenagem de feridas.
⚫ Urina, fezes e escarro.
⚫ Corrimentos ou secreções genitais.
⚫ Líquido cerebrospinal.
.
Segurança em Laboratório de Microbiologia
No Laboratório de Análises Clínicas, a segurança é de responsabilidade da direção, no sentido de
evitar, ao máximo, riscos aos seus empregados;
Assim como é de responsabilidade de cada trabalhador a execução de suas tarefas dentro dos
parâmetros de segurança, pelo que serão estabelecidas regras genéricas e normas específicas
pertinentes.
Segurança em 
Laboratório de 
Microbiologia
• A rotina do Laboratório de
Microbiologia envolve riscos
relacionados à exposição, tanto com
material clínico e reagentes químicos,
como com potenciais agentes
patogênicos concentrados em meio de
cultura.
• A adoção e prática de normas de
segurança e uso de equipamentos
afins são considerados
imprescindíveis.
Fases dos exames 
laboratoriais
• A realização do exame laboratorial passa por três
etapas diferentes.
• O maior objetivo é determinar a concentração ou
a atividade de analitos em um material biológico, a
obtenção de um laudo de qualidade e evitar que os
pacientes recebam um resultado incorreto.
• Durante a primeira fase, ou pré-analítica, a
atenção para com o paciente e o cuidado com os
procedimentos para obtenção do material, ou
amostra são formas de garantir a qualidade no
laboratório.
Fase pré-analítica
• Inúmeros profissionais de diferentes áreas
estão envolvidos nessa primeira fase.
• Pesquisas afirmam que cerca de 70% dos
erros que acontecem em laboratórios clínicos
ocorrem na fase pré-analítica. Sabe-se que
esses erros podem ser minimizados se os
profissionais estiverem comprometidos e
atentos com os procedimentos.
• A fase pré-analítica é composta por algumas
etapas:
1- Pedido do exame
2- Preparação do paciente
3- Coleta
4- Armazenamento 
5- Transporte
Pedido de um exame
microbiológico
• O processo para realização dos exames
laboratoriais inicia-se com o pedido de exame, feito
geralmente durante a consulta médica.
Dados gerais sobre o paciente:
· hipótese diagnóstica;
· dados clínicos (descrever objetivamente os achados
clínicos mais significativos, lesões cutâneas ou de mucosas)
· dados epidemiológicos relevantes (viagem ou excursão,
se vive em área endêmica de alguma doença infecciosa
(malária), doença ocupacional (contato com animais, por
exemplo), acidentes (mordida, trauma, picada de
carrapato, enchentes, etc.) envolvimento em surto de
infecção hospitalar, etc.
Dados gerais sobre o 
paciente:
• -dados laboratoriais que evidenciem o sítio
do processo infeccioso (RX, tomografia, urina
rotina, hemograma, etc.);
• · provável origem do processo infeccioso
comunitário ou hospitalar. Se hospitalar:
relacionado a procedimento invasivo (sonda
vesical, cateter, traqueostomia, diálise,
alimentação parenteral, cirurgia);
• · uso de antíbióticos nos últimos dez dias
(por quê e quais?);
• Nome, idade e identificação do laboratório (atendimento, pedido ou prontuário). 
• Setor de internamento (quando internado) 
• Dados clínicos (suspeita clínica) 
• Material específico/sítio 
• sexo
• Data e horário da coleta 
• Antibióticos em uso 
• Médico solicitante 
Dados que devem constar no pedido do exame
Coleta 
microbiológica
Todo resultado liberado pelo 
laboratório de microbiologia é 
conseqüência da qualidade da amostra 
recebida.
A coleta e o transporte inadequados
podem ocasionar falhas no isolamento
do agente etiológico e favorecer o
desenvolvimento da flora
contaminante, induzindo à um
tratamento não apropriado.
Portanto, procedimentos adequados de
coleta devem ser adotados para evitar
o isolamento de um “falso” agente
etiológico, resultando numa orientação
terapêutica inadequada.
Coleta microbiológica- Biossegurança
• • Toda amostra biológica deve ser considerada potencialmente
contaminada.
• • Manipular amostras biológicas com luvas, máscaras e quando
necessários óculos.
• • Manipular amostras com riscos de respingos ou formação de
aerossóis dentro do fluxo laminar.
• • Não pipetar nenhuma solução ou amostra com a boca.
• • Material contaminado deve ser descontaminado antes do
descarte.
• • Não reencapar agulhas.
• • Descartar materiais perfurocortantes em recipientes
apropriados.
• • Sinalizar áreas contaminadas. Limpar e desinfetar as bancadas de
trabalho antes e após a jornada de trabalho.
• • Manter as áreas de trabalho organizadas.
• • Larvar as mãos e/ou pele imediatamente após contato com
amostra biológica, após remover as luvas e ao completar qualquer
atividade.
• • Não tocar com as luvas em áreas limpas.
Coleta microbiológica- Considerações gerais
• • Colher antes da antibioticoterapia sempre que possível.
• • Instruir claramente o paciente sobre o procedimento.
• • Observar a antissepsia na coleta de todos os materiais
clínicos.
• • Colher do local onde o micro-organismo suspeito tenha
maior probabilidade de ser isolado;
• • Considerar o estágio da doença na escolha do material.
Por exemplo: patógenos entéricos causadores de diarreia
estão presentes em maior quantidade e são mais facilmente
isolados durante a fase aguda ou diarreica do processo
infeccioso intestinal.
• • Quantidade suficiente de material deve ser coletada para
permitir uma completa análise microbiológica. Caso a
quantidade seja pequena, priorizar os exames de maior
relevância.
Coleta microbiológica- Identificação da 
amostra
• O profissional responsável pela coleta será também responsável por
identificar de forma legível e correta o material a ser encaminhado ao
laboratório de microbiologia.
• Na amostra devem estar identificados:
• - nome e registro do paciente;
• - leito ou ambulatório;
• - material colhido;
• - data, hora e quem realizou a coleta.
• Quem colhe o material deve ser devidamente treinado e
periodicamente reciclado nesta atividade. Deve saber que o material
deverá ser destinado, o mais brevemente possível, ao laboratório.
Deve conhecer ou obter instruções sobre conservação e/ou
transporte do material caso este não possa ser realizado
imediatamente.
Coleta microbiológica
UROCULTURA 
Dentre as indicações para urocultura estão os pacientes com sinais clínicos compatíveis (disúria, ardor,
urgência miccional) ou para pacientes submetidos a procedimentos urológicos invasivos.
Material: Coletor estéril de boca larga ou tubo com conservante (ácido bórico) e saco coletor
plástico feminino e masculino.
Volume: O volume mínimo de urina necessário para a análise é de 1 mL.
Preparo do paciente: De preferência coletar a primeira urina da manhã. Reter a urina por 2 horas
antes de realizar o exame se não conseguir coletar a primeira urina da manhã. Não ingerir líquidos em
excesso para não diluir a urina ou alterar o número de UFC/mL, gerando resultados falsos negativos. O
ideal é que o paciente realize a coleta no próprio laboratório, para evitar resultados falso-positivosem
função do tempo de transporte e conservação da amostra.
Coleta microbiológica
UROCULTURA 
a) Mulheres: Lavar as mãos, separar os grandes lábios. Higienizar a área genital de frente para trás
com sabão e água, enxaguar com gaze seca. Desprezar o primeiro jato e sem interromper a micção,
colher jato médio.
b) Homens: Retrair o prepúcio higienizar a genitália externa com sabão e água, dando atenção
especial, enxaguar com gaze seca. Desprezar o primeiro jato e sem interromper a micção, coletar o
jato médio.
c) Crianças: Fazer a higiene da região genital, com água e sabão. Enxaguar com gaze seca. Fixar o
saco coletor e trocar o saco a cada 30 minutos repetindo a higiene. Se houver contaminação fecal a
amostra deve ser desprezada e o procedimento reiniciado. Após a micção, retirar o coletor, fechar e
enviar ao laboratório.
https://www.youtube.com/watch?v=Med37-qdlF4
Coleta microbiológica
UROCULTURA 
Sempre que possível colher antes da antibioticoterapia.
Armazenamento: Refrigerada (2 a 8°C). 
Estabilidade em coletor estéril: Até 24 h se refrigerada (2 a 8°C). Estabilidade em tubo com
conservante (ácido bórico): Até 48h a temperatura ambiente (20 a 25°C).
Transporte: Devem ser transportadas acondicionadas em caixas térmicas sob refrigeração (2 a 8°C). 
Prazo para recebimento:
• Recomendações para outros laboratórios: Enviar a amostra em até 24 horas se refrigerada (2 a 8°C) ou
48 horas em tubo com ácido bórico em TA.
Coleta microbiológica
COPROCULTURA 
cultura para enteropatógenos. 
Aplicação: Exame utilizado para o diagnóstico de diarréias infecciosas, realizando
a identificação dos principais micro-organismos causadores de infecções gastrointestinais;
Material:
a) Fezes - devem ser coletadas no início dos sintomas, quando diarréicas e antes de qualquer terapia
antibiótica. Nas formas crônicas realizar mais de uma coprocultura. NUNCA coletar da fralda.
b) Swab Retal - Introduzir o swab estéril aproximadamente 1 cm além do esfíncter anal. Cuidadosamente
rodar o swab e colocar o swab no meio de transporte (Cary-Blair) e enviar ao laboratório. Para facilitar a
coleta o swab pode ser umedecido em salina ou água destilada estéril.
Volume: 10 gramas de fezes (1 colher de sobremesa)
Coleta microbiológica
COPROCULTURA 
Cultura para enteropatógenos. 
Armazenamento: Temperatura ambiente ou refrigerada (2 a 8°C). 
Preparo do paciente: Coletar, com o swab uma pequena parte do material em diversas partes do bolo
fecal notadamente onde houver muco, pus, sangue e transferi-las para o meio de transporte Cary-Blair.
Estabilidade: Swab com Cary Blair: até 24 horas refrigerada (2 a 8°C). 
Transporte: Coletor estéril em caixa térmica refrigerada (2 a 8°C). 
Prazo para recebimento:
• Recomendações para outros laboratórios: As amostras inoculadas em meio de transporte Cary Blair podem
ser conservadas refrigeradas (2 a 8°C) por até 24 horas.
Coleta microbiológica
HEMOCULTURA 
O diagnóstico é feito pela detecção de micro-organismos viáveis na corrente sanguínea, definido como
bacteremia.
Material: Frascos de Hemoculturas 
a) Tampa Verde – Aeróbios e Fungos (adulto) 
b) Tampa Amarela – Aeróbios e Fungos (pediátrico) 
c) Tampa Preta – Micobactérias
d) Tampa Laranja – Anaeróbios (adulto e pediátrico) 
Volume: O volume é uma variável que interfere na sensibilidade e positividade da hemocultura. Para
sistemas automatizados colher seguindo as recomendações do fabricante para cada frasco.
Coleta microbiológica- HEMOCULTURA
Preparo do paciente: 
• Inspecionar e palpar a veia do braço do paciente para selecionar a mais firme e mais proeminente, de maior 
relevo a fim de puncioná-la. 
• Lavar as mãos com água e sabão. 
• Retirar o lacre do frasco, limpar a tampa com álcool a 70%, deixando o algodão sobre o frasco até o 
momento da punção. 
• Selecionar o local da punção e colocar as luvas. 
• Garrotear o braço do paciente e selecionar uma veia, fazer antissepsia 2 - 3 vezes, com álcool a 70%, em 
movimentos circulares de dentro para fora. Não tocar a área já selecionada. Caso necessite apalpar novamente, 
usar luvas estéreis. 
• Aguardar secar (1-2 minutos). 
• Coletar a amostra com seringa e agulha descartáveis e transferir para o frasco sem trocar a agulha. 
• Homogeneizar os frascos. A identificação dos frascos deve conter além do código de barra com dados do 
paciente a sinalização (1ª, 2ª ou 3ª amostras). Dispensar o material de coleta em local apropriado, isto é, em 
caixa de material perfurocortante. 
• Enviar ao laboratório sem refrigerar. 
Coleta microbiológica- HEMOCULTURA
•Números de amostras: Considera-se que o número de amostras mínimo recomendado deve ser 2 a 4 pares 
por episódio de bacteremia. 
Armazenamento: Temperatura ambiente (20 a 25°C).
Estabilidade: Até 12 horas à temperatura ambiente (20 a 25°C).
Transporte: Devem ser transportadas acondicionadas em caixas sem refrigeração. 
Prazo para recebimento:
• Recomendações para outros laboratórios: Enviar amostras até 12 horas após a coleta em temperatura
ambiente (20 a 25°C).
• As amostras enviadas ao laboratório devem ser coletadas, transportadas e processadas de forma
apropriada.
Estas amostras devem ser representativas do processo infeccioso!
• Amostras inadequadas podem levar a informações equivocadas, causar erro no diagnóstico e 
consequente falha no tratamento do paciente. 
Coleta microbiológica- Critérios para rejeição de amostras
Coleta microbiológica- Critérios para rejeição de 
amostras
• Amostras não 
rotuladas ou sem 
identificação 
• Divergência na 
identificação do 
paciente 
• Coletores 
inadequados 
• Demora no envio 
da amostra 
• Amostras 
derramadas ou 
coletor com 
rachaduras 
• Swab seco com 
tempo de coleta > 
2 horas 
• Um swab para 
múltiplos exames 
• Volume 
inadequado 
• Contaminação 
visual da amostra 
- Transportar as amostras IMEDIATAMENTE ao laboratório para:
Transporte de amostras microbiológicas
assegurar a sobrevivência e isolamento do microrganismo, pois o laboratório de microbiologia trabalha
basicamente em função da viabilidade dos microrganismos;
· evitar o contato prolongado dos microrganismos com anestésicos utilizados durante a coleta, pois eles
poderão exercer atividade bactericida;
· evitar erros de interpretação nas culturas quantitativas, principalmente urina e lavado broncoalveolar.
• Tão importante como o cumprimento dos requisitos técnicos de execução da coleta é a forma como
as amostras devem ser transportadas e acondicionadas até ao seu processamento.
• A maioria das espécies bacterianas tem seu crescimento prejudicado pela demora em seu
processamento, mudança de temperatura, umidade.
• As amostras devem ser enviadas ao laboratório o mais rápido possível.
• Em caso de demora no processamento ou transporte, devem-se estabelecer condições de
temperatura para o armazenamento.
Transporte de amostras microbiológicas
FIM

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