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TÍTULOS DE CRÉDITO

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TÍTULOS DE CRÉDITO 
1. Noções introdutórias 
Será analisado neste curso: 
 Letra de cambio e Nota Promissória. Dec. 57663/66 (Lei Uniforme: 
Convenção de Genebra) 
 Duplicata. Lei 5.474/68 
 Cheque. Lei 7.357/85 
O CC/02 a sua aplicação é subsidiária as referidas normas, por força do art. 903 
do CC: 
Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os 
títulos de crédito pelo disposto neste Código. 
 
 
1. Conceito de titulo de crédito. 
CC, Art. 887. "O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito 
literal e autônomo nele contido (C de CódigoCivil para lembrar na hora da 
prova), somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei". 
Conceito clássico de Vivante: Titulo de crédito é um documento necessário para 
o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado. 
 
 
1. Princípios dos Títulos de Crédito 
 Cartularidade 
 Literalidade 
 Autonomia 
OBS: Executividade não é principio de titulo de crédito, simplesmente é o seu 
atributo, conforme art. 585, I do CPC – Títulos executivos extrajudiciais. 
 
 
1. Princípio da Cartularidade 
Pelo princípio da cartularidade o crédito deve ser materializado (representado) em 
um documento (título). 
Para a transferência do crédito é necessário a transferência do documento. Com a 
tradição é que se aperfeiçoa a transferência do título, desta feita, o simples 
endosso não tem o condão de transferir a dívida se não for feita a tradição. 
Não há que se falar em exigibilidade do crédito sem a apresentação do documento 
original. 
Exceção: Na Lei de Duplicatas, podemos encontrar exceção a este princípio, uma 
vez que o parágrafo 2º. do artigo 15 permite a execução judicial de crédito sem 
que seja apresentado o título ao devedor 
Outra exceção é a Duplicata virtual – emissão de um título por meios eletrônicos. 
CC, art. 889, § 3º O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em 
computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do 
emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo. 
1. Princípio da Literalidade 
Pelo principio da literalidade, só tem validade para o direito cambiário aquilo que 
está literalmente escrito (constando). 
É possível o prolongamento do título, quando não houver mais espaço no titulo, 
que deverá ser anexado ao titulo (como um pedaço de papel grampeado num 
cheque por exemplo). 
Pelo principio da literalidade, a quitação tem que ser dada no titulo de crédito e não 
em documento separado. Desta feita, o devedor deve ter a cautela de resgatar o 
titulo, para não haver transtornos futuros, posto que o credor (se por exemplo for 
por endosso) não é obrigado a conhecer a quitação anterior do crédito. 
 
 
1. Principio da Autonomia 
As relações jurídico cambiais são autônomas e independentes entre si. As 
disposições que constam na cártula (título de crédito) não se vinculam à causa que 
as originou, adquirem autonomia à partir da expedição do título. Assim, a 
obrigação de pagar uma nota promissória não se vincula ao negócio que deu 
causa à sua emissão. 
O devedor não poderá opor exceções pessoais a terceiros de boa-fé. Ex: Rogerio 
compra de Renato um celular (relação jurídica cambial). Como forma de 
pagamento emite um cheque com vencimento posterior a 30 dias. O celular 
apresenta defeito e Rogério resolve não compensar o cheque. Renato ajuíza ação 
de execução. Rogerio em sua defesa poderia alegar exceções pessoais? R: 
Poderá opor exceções pessoais. 
E se o titulo fosse transferido para um terceiro de boa-fé? R: Não poderá opor 
exceções pessoais. A grande garantia que o credor tem para receber seu crédito é 
a autonomia. A relação primitiva não depende da outra. 
Títulos de credito são uma obrigação quérable ou portáble?Para responder 
essa pergunta vc deve fazer outra: quem é que deve ser procurado? Se o credor 
tem que procurar o devedor é quérable; quando o devedor que tem de procurar o 
credor a obrigação é quérable. Desta feita, podemos extrair que as obrigações de 
títulos de crédito são quesíveis porque o credor tem que procurar o devedor. 
Dica: Querable tem duas letras "e" – devedor também. Portable tem uma letra "e" 
credor também. 
Podemos extrair deste princípio outros sub princípios da Autonomia 
(posição majoritária). 
 
 
1. Da Abstração 
Via de regra, os títulos de crédito, são documentos abstratos, ou seja, não têm 
ligação com a relação jurídica subjacente que lhes deu origem. 
Saliente-se, entretanto, que as duplicatas, são títulos de créditocausais, uma vez 
que a legislação prevê expressamente as causas que permitem as suas 
emissões. Causa subjacente(causa debendi) é a causa que deu origem a emissão 
do titulo de crédito. 
 
 
 
 
1. Da Inoponibilidade das Exceções aos Terceiros de Boa-fé 
O devedor de título de crédito não pode deixar de cumprir sua obrigação de pagar 
ao credor de boa-fé, alegando como motivo exceções oponíveis a credores 
anteriores. Note-se, entretanto, que não tendo circulado o título, o devedor poderá 
opor exceção de direito pessoal contra o credor. 
Para se vincular um titulo de credito a um documento, como por exemplo uma nota 
promissória vinculada a um contrato de compra e venda de um imóvel é 
necessário que tenha sido escrito na própria NP a sua causa de origem, para que 
haja vinculação – se houver essa vinculação, o devedor poderá apresentar 
exceção pessoal ao terceiro de boa fé. Fonte STJ: 
Súmula nº 258. A nota promissória vinculada a contrato de abertura 
de crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que 
a originou. (DJU 24.9.2001) 
 
 
Destes princípios foi criado um aparato jurídico que garante ao comerciante 
credor: 
a) a pessoa que transfere o título não poderá cobra-lo mais; 
b) somente podem interferir no crédito as relações dispostas e transcritas 
na cártula; 
c) nenhuma exceção pertinente a relação que ele não tenha participado terá 
eficácia jurídica quando da cobrança do título. 
 
 
 Observação Importante quanto ao pagamento e seus efeitos 
Pro solvendo – para pagamento. O titulo pro solvendo não provoca a novação no 
que toca a relação causal, que subsiste junto com a relação cambiária, porque as 
duas relações coexistem. É um titulo para pagamento, e assim a relação causal 
somente será extinta com o pagamento do título. Há uma presunção de que 
todos os títulos são pro solvendo, serão pro soluto se houver previsão 
expressa. 
Pro soluto – em pagamento. Tem natureza pro soluto quando emitido e entregue 
ao beneficiário visando a extinção da obrigação que gerou a sua criação, quando 
dado em pagamento da relação causal. Neste caso, o titulo de credito provoca a 
novação, extingue a obrigação decorrente da causa debendi. 
Exemplo: Uma compra e venda de imóvel, sendo paga com uma NP pro solvendo. 
Neste caso, quando o devedor vai entregar a NP para o vendedor, não ocorre a 
chamada novação, ou seja, não houve a extinção da relação causal, ou seja, não 
ocorreu a extinção. A mera entrega do titulo não tem o condão de extinguir a 
obrigação de pagamento do preço pelo comprador. Só vai ocorrer a extinção da 
relação causal quando houver o pagamento da NP. O vendedor poderá neste caso 
optar entre a execução do título e a rescisão do contrato de compra e venda. 
Diferente se o titulo for pro soluto. Ao entregar a NP pro soluto, o devedor provoca 
automaticamente a novação. A obrigação não é mais pagar a compra a venda do 
imóvel mas sim, pagar a NP. O vendedor somente poderá ajuizar a execução. 
 
 
 
 
 
 
1. Classificação dos títulos de crédito 
 
 
1. Quanto aoModelo. 
Com base nesse critério, que diz respeito a aspectos formais do título de crédito, 
estes poderão ser classificados como de modelo livre ou vinculado. 
 
 
1. Modelo Vinculado. É aquele cuja forma e modelo deve 
obedecer uma padronização obrigatória (Na norma há definição de 
um padrão a ser seguido para que tenham validade, definidos pelo 
Conselho Monetário Nacional). É exemplo de título de modelo 
vinculado o cheque e a duplicata. 
 
 
2. Modelo Livre. Aqueles que não exigem a observância de 
padrão previamente estabelecido pela norma. São títulos de modelo 
livre a nota promissória e a letra de câmbio. 
 
 
1. Quanto as hipóteses de emissão. 
 
 
1. Causal. Causais são os títulos cuja emissão depende de 
prévia ocorrência de fato que a lei determina ser causa possível 
para sua origem. Somente poderá ser emitido nas hipóteses 
(causas) autorizadas por lei. Como exemplo de título causal 
temos a duplicata mercantil (só pode circular se houver compra e 
venda mercantil). 
 
 
2. Não causal. É aquele cuja emissão não depende de causa 
específica, razão pela qual serve para documentar diversos tipos 
de negócio. São aqueles TC dos quais não indaga-se a origem, 
podendo servir p/qualquer fim. Ex: Cheque e Nota promissória. 
 
 
1. Quanto a sua circulação. Será feita duas classificações: a 
tradicional e a moderna (somente para prova cespe) 
 
 
1. Classificação Tradicional 
 
 
1. Portador. Quando não identifica o beneficiário. O titulo ao 
portador circula por mera tradição, entrega. 
OBS: O titulo ao portador foi extinto pela Lei 8021/90, com ressalva se houver 
previsão expressa em lei especial (ex: Lei 9069/95 – cheque ao portador até o 
valor de R$ 100,00. Art. 69. A partir de 1º de julho de 1994, fica vedada a emissão, 
pagamento e compensação de cheque de valor superior a R$ 100,00 (cem Reais), 
sem identificação do beneficiário). 
 
 
1. Nominativo. É aquele que identifica o beneficiário. São TC emitidos 
em favor de pessoa cujo nome conste do registro do emitente. O titulo 
nominativo pode ser a ordem e não a ordem (A sua circulação se 
processa mediante endosso em preto ou contrato de cessão de crédito). 
 
 
 A ordem: São títulos emitidos em favor de pessoa 
determinada, circulando através do endosso sem exigência de outras 
formalidades. Quem responde por endosso responde pela existência 
e o pagamento do título. Há presunção de que os TC são à ordem, 
salvo se houver previsão expressa no título. 
 
 
 Não a ordem: Circula por cessão civil. Somente responde 
pela existência. 
Observação. Cheque clonado. Havendo transferência do cheque, o devedor 
responde pela mesma forma, ou seja, pela existência do titulo, mas não pelo 
pagamento porque há vicio na origem. 
 
 
P: Qual é o efeito do endosso no CC? É a mesma coisa que a cessão civil, ou 
seja, só responde pela existência. 
Art. 914. Ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do 
endosso, não responde o endossante pelo cumprimento da prestação 
constante do título. 
 
 
1. Classificação moderna (prova CESPE) 
 
 
1. Portador. Quando não identifica o beneficiário. O titulo ao 
portador circula por mera tradição, entrega. 
 
 
2. Nominal. É o que a doutrina classifica como nominal, qual 
seja, aquele que identifica o beneficiário. 
 
 
3. Nominativo. É aquele que se transfere mediante termo 
Art. 921. É título nominativo o emitido em favor de pessoa cujo 
nome conste no registro do emitente. 
Art. 922. Transfere-se o título nominativo mediante termo, em 
registro do emitente, assinado pelo proprietário e pelo adquirente. 
Trata-se de um livro de registro de emitente. Neste livro tem que constar o nome 
do favorecido. Se o credor quiser transferir o titulo, terá de procurar o devedor para 
alterar a titularidade no livro de registro. 
 
 
1. Quanto a sua estrutura. 
Com base nesse critério, os títulos são classificados em ordem de 
pagamento ou promessa de pagamento. 
1. Ordem de pagamento. Possui 03 intervenientes: Aquele que 
dá a ordem de pagamento; Aquele que recebe a ordem e o 
tomador/beneficiário. Alguém dá ordem para que interposta pessoa 
efetue o pagamento a um terceiro beneficiário. São exemplos o 
cheque, a duplicata mercantil, a letra de câmbio. 
 
 
2. Promessa de Pagamento. Possui 02 intervenientes: 
Promitente e o tomador/beneficiário. Na promessa de pagamento 
alguém, diretamente, se compromete a pagar determinado valor ao 
beneficiário. É exemplo de promessa de pagamento a nota 
promissória. 
 
 
 
 
LETRA DE CAMBIO 
1. Noções gerais 
Conceito. É o titulo de credito decorrente de relação ou relações de crédito, entre 
duas ou mais pessoas, pela qual a designada sacador dá uma ordem de 
pagamento pura e simples, à vista ou a prazo, a outrem, denominado sacado, a 
seu favor ou de terceira pessoa (tomador ou beneficiário) no valor e nas 
condições constantes do título. 
Com relação à sua estrutura, é classificada como ordem de pagamento. Assim, 
como fora mencionado em módulo anterior, alguém dá ordem para que interposta 
pessoa efetue o pagamento a um terceiro beneficiário. 
Portanto, três situações jurídicas diversas surgem, quais sejam: 
 (sacador) a situação daquele que dá a ordem para o 
pagamento de determinada quantia; 
 
 
 (sacado) a situação daquele a quem a ordem para 
pagamento é dirigida, que deverá efetuar o pagamento, e 
 
 
 (tomador) a daquele que será beneficiado pela ordem de 
pagamento. 
Ex: Carlos deve a Junior a quantia de R$ 1.000,00. Como não tem dinheiro, mas 
tem crédito com João no mesmo valor, ele emite uma letra de cambio dando a 
ordem (saque) para que João efetue o pagamento a Junior. 
 
 
1. Saque 
Saque é o ato cambiário a partir do qual um título de crédito é emitido. É o ato de 
criação/emissão de um título de crédito. O saque gera três situações jurídicas 
distintas: 
 a do sacador, que dá ordem de pagar; 
 a do destinatário de uma ordem de pagamento – sacado (é o 
devedor principal); 
 a do beneficiário dessa ordem de pagamento – credor 
(tomador). 
 Sacado 
sacador (ordem) tomador 
 
 
2.1. Efeitos do saque 
São os seguintes os efeitos do saque: 
 Autoriza o tomador a, na data do vencimento, procurar o sacado (devedor) 
com o objetivo de receber o valor mencionado no título; 
 
 
 O saque vincula o sacador ao pagamento do título como coobrigado. 
1. Aceite 
Trata-se de ato cambial por meio do qual o sacado concorda com o pagamento do 
valor mencionado na letra de câmbio. 
Ato privativo. O aceito é ato privativo do sacado. Quando o sacado dá o aceito 
ele se torna o devedor principal do título de crédito. 
Responsabilidade do pagamento. 
É solidária, ou seja, ao credor que não receber o crédito na data aprazada, poderá 
optar entre aqueles que participam da relação cambiária. Se o sacador pagar, terá 
o direito de regresso contra o devedor principal (sacado). 
Ato facultativo. Ao sacado não existe obrigatoriedade em aceitar determinada 
letra de câmbio, sendo dada a ele a possibilidade de recusá-la. 
 
 
Efeitos da recusa do aceite. 
 Tornar o sacador o devedor principal. 
 
 
 Caso isto ocorra (recusa do aceite) ocorrerá ovencimento antecipado do 
título (vencimento extraordinário) e a obrigação de saldá-lo passará ao sacador. 
 
 
 Outrossim, existe a possibilidade de o sacado concordar com apenas parte 
do que se encontra inserido no título. Nesse caso, estaremos diante do aceite 
parcial. 
 
 
1. AceiteParcial 
Ocorre naqueles casos em que o sacado expressa sua concordância com alguns 
dos termos inseridos no título. Concordando apenas com parte do que encontra-se 
inserido no título, haverá recusa quanto a outra parte. 
Aceite parcial limitativo – relacionado ao valor. Poderá o sacado deixar de 
concordar com o valor mencionado no título, efetuando apenas o pagamento 
parcial, quando estaremos diante do aceite parcial limitativo. 
Aceite parcial modificativo – relacionado as condições de pagamento. Além 
disso, poderá alterar alguma das condições de pagamento do título, como no caso 
em que modifica a data de seu vencimento, ocasião em que estaremos diante do 
aceite parcial modificativo. 
 
 
OBS: O aceite parcial implica também em recusa parcial do título, o que determina 
seu vencimento antecipado quanto a parte que foi recusada. Nesse caso, assim 
como na recusa integral, persistirá a obrigação do sacador de pagar na forma do 
saque. 
P: (Magistratura RJ): O que á a clausula não aceitável e a sua finalidade? R: 
desde que inserida no titulo de credito, com a clausula não aceitável o titulo não 
pode ser apresentado para aceite, somente poderá ser apresentado para 
pagamento, sendo exigível somente na data do vencimento. Assim, a finalidade é 
evitar o vencimento antecipado do título. 
 
 
1. Endosso 
É o ato cambiário formal, decorrente de declaração unilateral de vontade 
manifestada no título de crédito, ainda que dele não conste a cláusula à ordem 
(por conta da presunção), pela qual o beneficiário ou terceiro adquirente 
(endossante) transfere os direitos dele decorrentes a outra pessoa (endossatário), 
ficando em regra o endossante responsável pelo aceite e pelo pagamento do título. 
Aquele que endossa a letra de câmbio (endossante) é quem tem o crédito, ou seja, 
o tomador e, por força desse ato, transfere seu crédito ao endossatário. 
O endosso pode ser dado no verso (feito por simples assinatura) 
e anverso (assinatura com expressão identificadora. Ex: Endosso a....; pague-se 
à....) do título. 
Limites. Via de regra, não existem limites para o endosso nos títulos de crédito, 
exceto para o cheque, que só pode ser endossado uma vez. 
 
 
1. Espécie de endosso 
Dividem-se em quatro as espécies de endosso, segundo a doutrina: 
 
 
1. Endosso Próprio que subdividi-se em 
 Endosso em preto: é modalidade de endosso que traz a 
identificação do endossatário. 
 Endosso em branco: não traz a identificação do endossatário (o 
beneficiário é quem está na posse do título, funcionando a cártula como 
um título ao portador). 
OBS: Saliente-se que a Lei n. 8.021/90 veda o pagamento de cambial a credor não 
identificado (para cheques com valor superior a R$ 100,00). Nessa esteira, há 
possibilidade de o endosso ser em branco, entretanto, no momento da cobrança, o 
endossatário deverá se identificar. Assim, faz-se necessário que o último endosso 
seja em preto. 
 Endosso Póstumo: é aquele que se realiza após o protesto ou após 
o prazo do vencimento do TC. (TRF) Efeitos do Endosso Póstumo: 
Se simplesmente ocorreu o vencimento ele só tem o efeito do endosso 
mesmo; Outrossim, se além do vencimento teve protesto ou expirou o 
prazo de protesto ele não tem mais efeito de endosse e sim, de cessão 
civil. 
P: O endosso tem que ser datado? R: Em regra sim. Se ele não for datado, há 
uma presunção de que ele foi dado antes do prazo de protesto ou antes do próprio 
protesto. 
Efeitos do Endosso próprio. Com o endosso, observar-se-ão os seguintes 
efeitos: 
 Transferência da titularidade do crédito mencionado na cártula do 
endossante para o endossatário; 
 Vinculação do endossante ao pagamento do título, na qualidade de 
coobrigado. 
 
 
1. Endosso Impróprio: 
Assim denominada pela doutrina, é modalidade de endosso quenão transfere a 
titularidade do crédito representado pelo título. 
A transferência ao endossatário poderá ter dois objetivos: visar somente a 
cobrança do crédito ou garantir determinada obrigação assumida. Desta feita, duas 
são as modalidades do denominado "endosso impróprio": 
 Mandato: 
É a clausula cambiária pela qual o endossante constitui o endossatário 
como seu mandatário para a pratica de todos os atos necessários ao 
recebimento da soma cambiária. 
O endossatário recebe o título de crédito apenas para efetuar a 
cobrança do valor nele mencionado e dar a respectiva quitação; após a 
cobrança, o endossatário deverá devolver o dinheiro ao endossante. 
 
 
 Caução (piguinoratício): Consubstancia o penhor dos direitos 
decorrentes do titulo de crédito para garantia de obrigação de 
natureza contratual contraia pelo portador perante terceiro.O título é 
transferido ao endossatário como garantia por alguma obrigação 
assumida pelo endossante (é como se fosse um penhor recaindo sobre 
o título de crédito). É importante que seja a prazo. 
P: É possível endosso caução no cheque? Não porque cheque é pagamento a 
vista. 
 
 
 
 
 Observações importantes: 
Há, ainda, uma modalidade de endosso denominado "endosso sem garantia", 
que é aquele que o titular procede na transferência a titularidade da cártula sem 
que se obrigue ao seu pagamento. Na realidade, trata-se de denominação 
doutrinária. Entretanto, possui características de cessão civil. 
Endosso parcial. Importante frisar que, conforme preceitua o artigo 912 do 
Código Civil, a cláusula que condicione o endosso é considerada não escrita, bem 
como o endosso parcial é considerado nulo. 
 
 
1. Aval 
Tem como principal característica a garantia. 
Trata-se de ato cambial de garantia. Assim, por meio dele, determinada pessoa 
(avalista) garante o pagamento do valor mencionado em título de crédito, seja em 
favor do devedor principal, seja em favor de algum coobrigado (que se denomina 
avalizado). 
O aval pode ser dado no verso e no anverso. Só que no aval é justamente o 
contrario do endosso, ou seja, se for no verso é necessário a assinatura + 
expressão identificadora; já no anverso basta uma simples assinatura. 
Responsabilidade. O aval carreia ao avalista as mesmas responsabilidades 
atinentes ao avalizado, além de a obrigação daquele ser autônoma em relação à 
deste. Isto significa que eventual nulidade da obrigação do avalizado não 
contamina a obrigação assumida pelo avalista. 
Importantíssimo ressaltar que o aval antecipado é legalmente permitido 
(artigo 14, do Decreto Lei 2.044/1908). Ele ocorre naqueles casos em que o aval 
é prestado antes da data do aceite do título. Caso isso ocorra, a responsabilidade 
do avalista será mantida mesmo no caso de o avalizado recusar o aceite do título 
de crédito. 
Saliente-se que, no caso de antecipação do aval, o avalista responde pelo valor do 
título da forma que o assumiu (uma vez que, como acima mencionado, o aval é 
obrigação autônoma). 
 
 
O aval pode ser em branco (quando não está identificado o avalizado) e em 
preto (identificado o avalizado). Assim como o endosso, o aval pode ser em 
preto, caso em que haverá a identificação do avalizado, ou em branco, sem que se 
identifique o avalizado. No último caso, o aval será sempre em favor do sacador 
(aquele que primeiro se obriga). 
OBS: No aval em branco o avalista está garantindo apenas o sacador 
emitente. Quando se tem aval em branco quem está sendo garantido é aquele 
que deu origem ao título (sacador emitente). Desta feita, se houve endosso para 
terceiros, o aval terá efeito apenas para o sacador. 
 
 
Aval depois do vencimento - Efeitos. O avalista é o amigão de verdade, faz tudo 
transparente, assina na frente do titulo, é amigo para qualquer situação (amigo 
hoje,ontem e amanha). Desta feita, podemos concluir que o aval posterior ao 
vencimento não muda nada. 
 
 
O aval é um ato tipicamente cambial. Pelo principio da literalidade somente há 
responsabilidade pelo expresso nas disposições. 
Se houver vinculação ao titulo de credito, para que o avalista seja obrigado pelas 
condições pactuadas no contrato é indispensável que este avalista conste no 
referido contrato. 
STJ, Súmula nº 26. O avalista do título de crédito vinculado a contrato de 
mútuo também responde pelas obrigações pactuadas, quando no contrato 
figurar como devedor solidário. (DJU 20.6.1991) 
 
 
Aval parcial. Desde que exista expressa menção no título, o aval pode ser parcial 
(art. 30 da Lei Uniforme). A exigência de previsão expressa homenageia o 
princípio da cartularidade. 
Art. 30. O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido 
por aval. 
Esta garantia é dada por um terceiro ou mesmo por um signatário da letra. 
Cuidado com o Código Civil que proíbe o aval parcial. Art. 897. O pagamento 
de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser 
garantido por aval. 
Parágrafo único. É vedado o aval parcial. 
Qual que prevalece então? Ora, pelo principio da especialidade, sendo a lei 
uniforme uma lei especial, prevalece sobre a geral (CC). Típico caso de antonímia 
de leis. 
 
 
 Diferenças entre aval e fiança 
Aval Fiança 
Só pode ser dado em título de crédito Só em contrato 
O aval é autônomo. 
OBS: Em caso de morte ou incapacidade do 
avalizado, o avalista continua responsável. 
Fiança é acessório 
Não tem benefício de ordem. 
LU, Art. 32. O dador de aval é responsável da 
mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. 
A sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a 
obrigação que ele garantiu ser nula por qualquer 
razão que não seja um vício de forma. 
Tem benefício de ordem, exceto 
se houver renuncia expressa do 
beneficio de ordem. 
 
 
OBS: Art. 1647, III, CC: Art. 1647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum 
dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação 
absoluta: III - prestar fiança ou aval; 
Enunciado Nº 132. 
Enunciado propositivo de alteração legislativa: Proposição sobre o art. 
1.647, inc. III, do novo Código Civil: OUTORGA CONJUGAL EM AVAL. 
Suprimir as expressões "ou aval" do inc. III do art. 1.647 do novo Código 
Civil. 
Justificativa: Exigir anuência do cônjuge para a outorga de aval é afrontar a Lei 
Uniforme de Genebra e descaracterizar o instituto. Ademais, a celeridade 
indispensável para a circulação dos títulos de crédito é incompatível com essa 
exigência, pois não se pode esperar que, na celebração de um negócio corriqueiro, 
lastreado em cambial ou duplicata, seja necessário, para a obtenção de um aval, ir 
à busca do cônjuge e da certidão de seu casamento, determinadora do respectivo 
regime de bens. 
6. Espécie de Vencimento na Letra de Câmbio 
A letra de câmbio tem 04 modalidades de vencimento: 
1. À Vista: É aquela que é exigível de imediato, podendo ser 
apresentada a qualquer tempo para pagamento. 
 
 
2. Data certa: 
Quando se define uma data. Ex: O titulo irá vencer no dia 30 de dezembro 
de 2008. 
 
 
3. A certo termo de vista: Coloca-se um numero "x" de dias,contados 
a partir de uma data inicial (A data inicial é a data do aceite). Ex: 90 dias a 
certo termos de vista, contados quando o sacado por o seu aceite na Letra 
de Câmbio. 
 
 
4. A certo termo de data: Coloca-se "x" de dias, contados a partir da 
data de emissão. Ex: 90 dias a certo termos da data. 
Dica: Filme do Exterminador do Futuro: "Asta La vista aceite". 
 
 
NOTA PROMISSÓRIA 
Dec. 57663/63. 
1. Conceito. 
Nota promissória é uma promessa de pagamento a um terceiro, diferente do que 
acontece na letra de câmbio que é ordem de pagamento. 
 
 
1. Partes 
Emitente, subscritor e promitente: devedor da obrigação. 
Tomador ou beneficiário: primeiro credor da NP. 
 
 
1. Requisitos 
Art. 75. A nota promissória contém: 
1. denominação "nota promissória" inserta no próprio texto do título e expressa na língua 
empregada para a redação desse título; 
2. a promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada; 
3. a época do pagamento; 
4. a indicação do lugar em que se efetuar o pagamento; 
5. o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga; 
6. a indicação da data em que e do lugar onde a nota promissória é passada; 
7. a assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor). 
 
 
Art. 76. O título em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo 
anterior não produzirá efeito como nota promissória, salvo nos casos 
determinados das alíneas seguintes. 
A nota promissória em que se não indique a época do pagamento será considerada à vista. 
Na falta de indicação especial, o lugar onde o título foi passado considera-se como sendo o 
lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do subscritor da nota 
promissória. 
A nota promissória que não contenha indicação do lugar onde foi passada considera-se como 
tendo-o sido no lugar designado ao lado do nome do subscritor. 
 
 
1. Aplicabilidade subsidiária na Letra de Câmbio 
Tudo que foi visto em Letra de Cambio se aplica a Nota Promissória, tais como 
endosso, aval, vencimento, etc. 
Art. 77. São aplicáveis às notas promissórias, na parte em que não sejam contrárias à natureza 
deste título, as disposições relativas às letras e concernentes: endosso (artigos 11 a 20); 
vencimento (artigos 33 a 37); pagamento (artigos 38 a 42); direito de ação por falta de 
pagamento (artigos 43 a 50 e 52 a 54); pagamento por intervenção (artigos 55 e 59 a 63); 
cópias (artigos 67 e 68); alterações (artigo 69); prescrição (artigos 70 e 71); dias feriados, 
contagem de prazos e interdição de dias de perdão (artigos 72 a 74). 
São igualmente aplicáveis às notas promissórias as disposições relativas às letras pagáveis no 
domicílio de terceiro ou numa localidade diversa da do domicílio do sacado (artigos 4º e 27), a 
estipulação de juros (artigo 5º), as divergências das indicações da quantia a pagar (artigo 6º), 
as conseqüências da aposição de uma assinatura nas condições indicadas no artigo 7º, as da 
assinatura de uma pessoa que age sem poderes ou excedendo os seus poderes (artigo 8º) e a 
letra em branco (artigo 10). 
São também aplicáveis às notas promissórias as disposições relativas ao aval (artigos 30 a 
32); no caso previsto na última alínea do artigo 31, se o aval não indicar a pessoa por quem é 
dado, entender-se-á ser pelo subscritor da nota promissória. 
 
 
1. Diferenças com a Letra de Cambio 
Não há ordem de pagamento na Nota promissória, como ocorre na letra de 
cambio, razão pela qual, na Nota Promissória não se admite a figura do aceite. 
 
 
1. Vencimento (Prazo) 
Art. 78. O subscritor de uma nota promissória é responsável da mesma forma que o aceitante 
de uma letra. 
As notas promissórias pagáveis a certo termo de vista devem ser presentes ao visto dos 
subscritores nos prazos fixados no artigo 23(conta-se do visto e não do aceite). O termo de 
vista conta-se da data do visto dado pelo subscritor. A recusa do subscritor a dar o seu visto é 
comprovada por um protesto (artigo 25), cuja data serve de início ao termo de vista. 
Desta feita, aplica-se todos os tipos de vencimento aplicáveis a Letra de Câmbio. 
 
 
CHEQUE 
Lei nº 7.357/85 (Dispõe sobre o cheque e dá outras providências) 
1. Conceito. 
Cheque é uma ordem de pagamento a vista. 
 
 
1. Partes 
 
 
1. Sacador: é aquele que dá a ordem de pagamento– é o correntista; 
 
 
2. Sacado: aquele que recebe a ordem – é o banco ou uma outra 
instituição financeira 
 
 
3. Tomador/beneficiário: primeiro credor do cheque 
 
 
1. Requisitos essenciais do Cheque 
Art. 1º O cheque contém: 
I - a denominação "cheque" inscrita no contexto do título e expressa na língua em que 
este é redigido; 
II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada; 
III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado); 
IV - a indicação do lugar de pagamento(requisito suprível) 
V - a indicação da data e do lugar de emissão(requisito suprível) 
VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais. 
Parágrafo único. A assinatura do emitente ou a de seu mandatário com poderes especiais pode 
ser constituída, na forma de legislação específica, por chancela mecânica ou processo 
equivalente. 
Na falta de um dos requisitos essenciais, ocorre a nulidade do título. No 
entanto, o art. 2º excepciona a regra em relação a lugar de pagamento e emissão 
– considerados como requisitos supríveis: 
Art. 2º O título, a que falte qualquer dos requisitos enumerados no artigo precedente 
não vale como cheque, salvo nos casos determinados a seguir: 
I - na falta de indicação especial, é considerado lugar de pagamento o lugar designado 
junto ao nome do sacado; se designados vários lugares, o cheque é pagável no 
primeiro deles;não existindo qualquer indicação, o cheque é pagável no lugar de sua 
emissão; 
II - não indicado o lugar de emissão, considera-se emitido o cheque no lugar indicado 
junto ao nome do emitente. 
 
 
P: O credor pode preencher as opções ou o titulo em branco?R: O STF já se 
posicionou sobre o tema, sumulando-o: Súmula nº 387. A cambial emitida ou 
aceita com omissões, ou em branco,pode ser completada pelo credor de boa-fé 
antes da cobrança ou do protesto. 
 
 
1. Pluralidade de beneficiários? 
Fran Martins diz que se pode colocar no titulo a pluralidade de beneficiários em 
ordem de alternatividade ou cumulatividade. No entanto, ele diz que, tanto o 
recebimento, como a circulação do título vai depender da vontade de todos os 
beneficiários. 
Ex: João, Maria e Francisco – todos eles terão que endossar o titulo de credito se 
eles forem beneficiários. 
Ex²: João, ou Maria Ou Francisco – João terá que endossar. 
 
 
1. Aceite 
Diferentemente na letra de cambio, onde o aceite é facultativo(o sacado paga se 
quiser ao tomador). No entanto, no cheque, segundo o art. 6º da referida lei: "Art. 
6º O cheque não admite aceite considerando-se não escrita qualquer declaração 
com esse sentido". 
 
 
1. Endosso 
O cheque admite endosso. Esse endosso pode ser no verso ou no anverso do 
titulo (assim como na letra de cambio). No verso, basta uma simples assinatura. 
No anverso tem que ter uma assinatura + uma expressão identificadora. 
Pode ser feito na forma: endosso à.... ou pague-se à...... 
Assim como na letra de cambio, também é possível o 
1. Endosso preto (identifica-se o endossatário) e 
 
 
2. Endosso branco (não identifica o endossatário – art. 20). 
Consistindo apenas na assinatura do endossante (endosso em branco), só é válido 
quando lançado no verso do cheque ou na folha de alongamento. Se o endosso é 
em branco, pode o portador: 
I - completá-lo com o seu nome ou com o de outra pessoa; 
II - endossar novamente o cheque, em branco ou a outra pessoa; 
III - transferir o cheque a um terceiro, sem completar o endosso e sem endossar. 
 
 
OBS: Tem muitos manuais desatualizados que dizem que o cheque admitem 
apenas um endosso e os demais são considerados nulos – O banco central 
em sua aliena 36 disponha desse tema. Não se admite mais de um endosso em 
razão da CPMF. Como não há mais CPMF, não há mais limite de endosso para 
o cheque. 
1. Endosso parcial 
Art. 18. O endosso deve ser puro e simples, reputando-se não-escrita qualquer condição a que 
seja subordinado. 
§ 1º São nulos o endosso parcial e o do sacado. 
§ 2º Vale como em branco o endosso ao portador. O endosso ao sacado vale apenas 
como quitação, salvo no caso de o sacado ter vários estabelecimentos e o endosso ser 
feito em favor de estabelecimento diverso daquele contra o qual o cheque foi emitido. 
P: Se o endosso do sacado é nulo, como fica a questão do cheque 
administrativo? R: No cheque temos a figura do sacador, sacado e tomador ou 
beneficiário. No cheque comum o sacador é o correntista. No cheque 
administrativo quem dá a ordem de pagamento é o banco contra ele mesmo – 
desta feita, não há endosso – Assim, é possível que sacador e sacado seja a 
mesma pessoa no cheque administrativo. 
 
 
1. Endosso Impróprio: Mandato 
No caso de endosso impróprio mandato, não ocorre a transferência do crédito, ou 
seja, um terceiro está legitimando a posse deste título, para que ele efetue a 
cobrança daquele titulo perante o sacado ou sacador. Ex: Agencias de cobrança. 
Pelo CC, ocorrendo a morte de uma das parte cessa o mandato.CC, Art. 682. 
Cessa o mandato: II - pela morte ou interdição de uma das partes. No entanto, 
essa regra não se aplica ao Cheque: 
Art. 26. Quando o endosso contiver a cláusula "valor em cobrança", "para cobrança", "por 
procuração", ou qualquer outra que implique apenas mandato, o portador pode exercer 
todos os direitos resultantes do cheque, mas só pode lançar no cheque endosso-mandato. 
Neste caso, os obrigados somente podem invocar contra o portador as exceções oponíveis 
ao endossante. 
Parágrafo único. O mandato contido no endosso não se extingue por morte do endossante 
ou por superveniência de sua incapacidade. 
 
 
1. Endosso Impróprio: Caução 
Também chamado de pignoratício. Não se transfere a titularidade do crédito, 
institui-se um penhor sobre o titulo – cria-se uma garantia. Só se admite endosso 
caução quando o título é a prazo. 
O cheque é ordem de pagamento a vista, desta feita, o cheque não admite 
endosso caução. 
 
 
1. Responsabilidade do endossante 
O endossante garante o pagamento (art. 21). 
 
 
1. Aval 
Art. 29. O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado 
por terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título. 
Extrai-se do referido artigo que o cheque admite o aval total ou parcial. 
1. O aval pode ser em preto ou em branco. 
Aval em preto é quando está identificado o avalizado. 
Quando o avalista não identifica o avalizado, nós temos o aval em branco. No 
cheque, quando se tem o aval em branco, o avalizado é o emitente. 
 
 
1. Valor por extenso x algarismo 
Prevalece aquele que está por extenso, ainda que ele seja superior. 
OBS: No entanto, se for indicada mais de uma quantia seja por extenso ou por 
algarismo, prevalece a de menor quantia. 
Art. 12. Feita a indicação da quantia em algarismos e por extenso, prevalece esta no 
caso de divergência. lndicada a quantia mais de uma vez, quer por extenso, quer 
por algarismos, prevalece, no caso de divergência, a indicação da menor quantia. 
 
 
1. Dois ou mais cheques apresentados para 
pagamento – Ordem preferencial 
Se dois ou mais cheques são apresentados simultaneamente para pagamento 
onde não há fundo fisponível para pagamento de todos os cheques, qual o cheque 
que deve ser pago? Segundo o art. 41, terão preferência o cheque de data de 
emissão mais antiga, ou se na mesma data de emissão, os de numero inferior 
(este numero é o do cheque): 
Art. 40. O pagamento se fará à medida em que forem apresentados os cheques e se 2 
(dois) ou mais forem apresentados simultaneamente, sem que os fundos disponíveis 
bastem para o pagamentode todos, terão preferência os de emissão mais antiga e, 
se da mesma data, os de número inferior. 
 
 
1. Prazo de apresentação 
O prazo de apresentação, contados da data de emissão é de: 
 30 dias se apresentado na mesma praça 
 60 dias se apresentado em praça diferente 
Art. 33. O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo 
de 30 (trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60 (sessenta) dias, 
quando emitido em outro lugar do País ou no exterior. 
Parágrafo único. Quando o cheque é emitido entre lugares com calendários diferentes, 
considera-se como de emissão o dia correspondente do calendário do lugar de pagamento. 
P: O que ocorre se ultrapassado o período? R: Se apresentado fora do prazo e 
tiver fundos disponíveis, haverá o pagamento pelo banco. 
P: Quais são as finalidades do prazo de apresentação? R:Existem duas 
finalidades 
1. A primeira finalidade é de dar inicio do prazo prescricional; 
 
 
2. Só é possível a execução do endossante do cheque se ele foi 
apresentado dentro do prazo legal (art. 47, II) 
Art. 47. Pode o portador promover a execução do cheque: 
II - contra os endossantes e seus avalistas, se o cheque apresentado em tempo hábil 
e a recusa de pagamento é comprovada pelo protesto ou por declaração do sacado, 
escrita e datada sobre o cheque, com indicação do dia de apresentação, ou, ainda, por 
declaração escrita e datada por câmara de compensação. 
Em que pese a letra fria da lei, o STF sumulou sobre o assunto em relação ao 
avalista e emitente: Súmula nº 600. Cabe ação executiva contra o emitente e 
seus avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, 
desde que não prescrita a ação cambiária. 
 
 
1. O portador que não apresentar o cheque em tempo hábil, ou não 
comprovar a recusa de pagamento pela forma indicada neste 
artigo, perde o direito de execução contra o emitente, se este tinha 
fundos disponíveis durante o prazo de apresentação e os deixou de 
ter, em razão de fato que não lhe seja imputável (art. 47, §3º). 
Fato não imputável ao sacador: aquele fato que o emitente não deu origem – ex: 
durante o prazo de apresentação tinha dinheiro da conta. O prazo é ultrapassado e 
vem o plano Collor e retira o dinheiro da conta. Nesse prazo não cabe ação 
executiva. 
Furtos ou roubos em caixa eletrônicos, assim como hackers que invadem a conta, 
tem-se entendido como fato não imputável. 
A penhora on line não é fato não imputável, pois o devedor deu causa a penhora. 
 
 
1. Cheque Pós-Datado 
Também chamado na pratica do dia a dia de cheque pré-datado. 
Nos termos do art. 32. "O cheque é pagável à vista. Considera-se não-estrita 
qualquer menção em contrário. O cheque apresentado para pagamento antes do 
dia indicado como data de emissão é pagável no dia da apresentação. 
O STJ em relação ao assunto, diz que o cheque pós datado não perde a sua 
característica de ser um título cambial. Essa pos datação é entendida como 
uma ampliação do prazo de apresentação. Resp. 223.486. 
Desta feita, a contagem é feita a partir da data fixada para pagamento posterior a 
data de emissão. 
Se houver a emissão de cheque pos datato. O cheque pode ser apresentado antes 
da data, pois o prazo de pos datado é considerado como não escrito – o Banco 
não pode se recusar ao pagamento do cheque. 
A apresentação do cheque antecipadamente pode ocasionar em dano moral, 
mas não tem impedimento em relação ao pagamento: "A apresentação 
antecipada do cheque pós-datado configura descumprimento de contrato, e traz o 
dever de indenizar quando, por tal motivo, prejuízos foram causados ao emitente. 
Presume-se o dano moral causado pela inscrição indevida do registro no cadastro 
de devedores. A indenização é antes punitiva do que compensatória". 
 
 
1. Pagamento Parcial 
No ato do "desconto do cheque", poderá haver insuficiência de fundos para o 
pagamento integral. 
Havendo recurso parcial, este é pago ao portador (por critério do banco), sendo 
que o tomador não pode recusar o pagamento parcial, devendo pois, que este 
pagamento parcial conste no cheque. 
"Art. 38. Parágrafo único. O portador não pode recusar pagamento parcial, 
e, nesse caso, o sacado pode exigir que esse pagamento conste do cheque 
e que o portador lhe dê a respectiva quitação." 
 
 
1. Conta Conjunta - Responsabilidade 
Cai muito em Prova CESPE. 
Segundo o STJ, na conta conjunta existe solidariedade ativa: Ambos podem 
movimentar a conta. Em relação a solidariedade passiva: não há que se falar em 
solidariedade passiva, a não ser que todos os titulares ponham suas assinaturas 
no cheque. Resp. 13680-SP; Resp 336632-ES 
Assim, só responde pelo pagamento o emitente do cheque. 
O tabelionato só pode aceitar o protesto contra o emitente, podendo haver dano 
moral em relação àquele que não emitiu o referido título: 
INDENIZAÇÃO. DANO MORAL. NEGATIVAÇÃO. BANCO DE DADOS. CHEQUE 
EMITIDOS PELO EX-MARIDO DA AUTORA E DEVOLVIDOS POR FALTA DE 
FUNDOS. EXISTÊNCIA DE CONTA CONJUNTA, QUE NÃO IMPLICA EM 
SOLIDARIEDADE ENTRE OS CORRENTISTAS, QUANDO APENAS UM DELES 
MOVIMENTA A CONTA. Espécie de contrato de adesão, no qual não se pode afirmar 
que suas cláusulas foram ajustadas sob a égide do principio da autonomia da vontade 
(art. 54 do Código de Defesa do Consumidor). Dano moral caracterizado. Procedência 
da ação que é de rigor. Recurso provido. (TJ-SP; APL 1255266-8; Ac. 2706318; São 
Caetano do Sul; Vigésima Terceira Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Rizzatto 
Nunes; Julg. 11/06/2008; DJESP 06/08/2008) 
 
 
1. Sustação 
Fábio Ulhoa Coelho diz que nos temos duas espécies de sustação: 
1. Revogação ou contra-ordem: Somente o emitente que pode dar 
contra-ordem ou a revogação junto ao banco (sacado), só produzindo efeito 
depois de expirado o prazo de apresentação. Passou o prazo de 
apresentação o banco não faz o pagamento. O tomador deve procurar o 
sacador para fazer a troca do título. Isso é muito utilizado para fins de 
controle de conta bancária. 
Art. 35. O emitente do cheque pagável no Brasil pode revogá-lo, mercê de 
contra-ordem dada por aviso epistolar, ou por via judicial ou extrajudicial, com 
as razões motivadoras do ato. 
Parágrafo único. A revogação ou contra-ordem só produz efeito depois de 
expirado o prazo de apresentação e, não sendo promovida, pode o sacado 
pagar o cheque até que decorra o prazo de prescrição, nos termos do art. 59 
desta Lei. 
2. Oposição ou sustação: Pode ser feito pelo emitente ou o portador 
legitimado, podendo haver a sustação mesmo durante o prazo de 
apresentação. Esta modalidade é a mais usual. 
Art. 36. Mesmo durante o prazo de apresentação, oemitente e o portador 
legitimado podem fazer sustar o pagamento, manifestando ao sacado, por 
escrito, oposição fundada em relevante razão de direito. 
§ 1º A oposição do emitente e a revogação ou contra-ordem se excluem 
reciprocamente. 
§ 2º Não cabe ao sacado julgar da relevância da razão invocada pelo oponente. 
 
 
1. Protesto de Titulo prescrito 
Titulo prescrito pode ser protestado segundo o STJ, em que pese posição 
doutrinária e jurisprudencial contrária. 
A lei 9492/97 diz em seu Art. 9º: "Todos os títulos e documentos de dívida 
protocolizados serão examinados em seus caracteres formais e terão curso se não 
apresentarem vícios, não cabendo ao Tabelião de Protesto investigar a 
ocorrência de prescrição ou caducidade". 
Desta feita, o tabelião não é responsável pelo protesto de título prescrito. 
Se o titulo está prescrito, poderá ser oposto a sustação (antes do protesto) ou 
cancelamento do protesto (depois do protesto).DUPLICATA 
Lei 5.474/68 
1. Conceito 
Duplicata é um titulo de crédito causal. Só pode ser emitido duplicata em caso 
de compra e venda mercantil ou em caso de prestação de serviço. 
 
 
1. Faculdade da emissão de Duplicata 
A lei prescreve que não é obrigatório a emissão da duplicata. A obrigatoriedade é a 
emissão da fatura ou de uma nota fiscal fatura. O crédito representado nessa 
fatura poderá ser materializado em uma duplicata. 
Art. 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para 
circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título 
de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao 
comprador. 
 
 
1. Representação 
Para uma fatura pode se ter uma ou mais duplicatas. Art. 2º, § 3º Nos casos de 
venda para pagamento em parcelas, poderá ser emitida duplicata única, em que 
se discriminarão todas as prestações e seus vencimentos, ou série de duplicatas, 
uma para cada prestação distinguindo-se a numeração a que se refere o item I do 
§ 1º deste artigo, pelo acréscimo de letra do alfabeto, em seqüência. 
No entanto, não se pode ter uma duplicata para uma ou mais faturas, porque 
duplicata só é apresentada para uma fatura:Art. 2º, § 2º Uma só duplicata não 
pode corresponder a mais de uma fatura. 
 
 
1. Triplicata 
No caso de extravio ou perda ou falta de devolução de uma duplicata, assegura a 
lei ao credor a extração de triplicata, que conterá os mesmos requisitos do título 
original (art. 23) 
 
 
1. Ordem de pagamento 
A duplicata, assim como a letra de cambio, é uma ordem de pagamento, contendo 
as seguintes partes: 
1. Sacador; 
2. Sacado; 
3. Tomador ou beneficiário 
O vendedor ou prestador de serviço (sacador) dá uma ordem para o comprador 
(sacado) para ele efetuar o pagamento para ele mesmo (sacador – beneficiário). 
 
 
1. Reforma ou prorrogação 
Admite-se a reforma ou prorrogação do prazo de vencimento da duplicata, 
mediante declaração em separado, ou nela escrita e assinada pelo vendedor 
emitente, se não endossou o título, ou pelo último endossatário. 
 
 
1. Aceite 
Na letra de cambio foi visto o aceite, sendo este facultativo. Não sendo aceito, a 
responsabilidade recai exclusivamente para o sacado. 
No entanto para a duplicata não tem sentido a recusa do aceite, pois o sacador e 
beneficiário são as mesmas pessoas, razão pela qual, o aceite é ato 
obrigatório – o sacado é obrigado a dar o aceite. 
O aceite é obrigatório na duplicata e a lei o supre nas seguintes hipóteses: 
 Quando o sacado a retém até a data do vencimento, avisando por escrito à 
apresentante o aceite e a retenção. 
 Quando a duplicata não for aceita, mas tiver sido protestada e estiver 
acompanhada de qualquer documento comprobatório da entrega e do recebimento 
da mercadoria. 
 Quando não aceite e não devolvida, tiver sido a duplicata protestada, 
mediante indicações do credor ou do apresentante do título, com qualquer 
documento comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria. 
 
 
1. Hipóteses legais que permitem a de recusa de aceite 
Essas hipóteses estão no art. 8º c/c art. 21 da Lei de Duplicatas. São apenas 03 
situações: 
1. Em caso de avaria/ não recebimento da mercadoria/ não prestação 
dos serviços 
 
 
2. Em caso de vicio/defeito de quantidade ou qualidade do produto ou 
serviço; 
 
 
3. Divergência quanto a prazo, preço e condições de pagamento 
 
 
1. Remessa e devolução 
Após a emissão da duplicata (duplicata a prazo), o sacador terá prazo de 30 dias 
para sua remessa ao sacado. 
Se resolver emitir duplicata, deverá remetê-la ao comprador dentro de trinta dias 
da data de emissão. Não sendo duplicata à vista, o comprador deverá devolvê-la 
dentro do prazo de 10 dias, devidamente aceita ou acompanhada da recusa, essa 
prática está em desuso diante da possibilidade de emissão da triplicata. 
 
 
1. Requisitos Essenciais da Duplicata 
 Denominação duplicata 
 Número da fatura 
 Nome e domicílio do vendedor e comprador 
 Valor a ser pago 
 Aceite 
 
 
1. Modalidades de protesto na duplicata 
Protesto é o ato público e solene, pelo qual o devedor toma conhecimento de que 
o portador de um título de crédito exige o seu aceite ou pagamento. Tem as 
seguintes características: 
- objetiva conservar e ressalvar direitos 
- faz prova da falta ou recusa, total ou parcial, do aceite ou pagamento 
- caracteriza a mora do devedor 
No ordenamento, há várias modalidades de protesto: 
1. Protesto judicial: trata-se de um procedimento judicial cautelar 
especifico, destinado a manifestar a intenção do requerente em prevenir 
eventuais responsabilidades de terceiros, alertando-os a fazerem alguma 
coisa, sob pena de responderem por perdas e danos. 
 
 
2. Protesto extrajudicial: é aquele tirado pelo oficial de registro de 
protesto, com a finalidade principal de provar a falta de aceite ou de 
pagamento do devedor e a ressalva de direitos com relação aos 
coobrigados. 
 
 
3. Protesto facultativo: o título cambial não precisa ser protestado 
para ser executado, em relação aos obrigados principais, aceitantes, 
avalistas. 
 
 
4. Protesto obrigatório: em relação aos coobrigados, sacador, 
endossante, ele é indispensável. 
 
 
5. Protesto especial: é o protesto obrigatório para se requerer a 
falência de um comerciante por atos de impontualidade, inclusive de títulos 
que normalmente não estão sujeitos ao protesto comum. 
 
 
A duplicata é protestável por falta de aceite, de devolução ou pagamento (art. 
13). 
 Protesto por falta de aceite: Ocorre quando o devedor silencia-se em 
relação ao aceite 
 
 
 Protesto por falta de devolução: Ocorre quando o sacado não devolve a 
duplicata, retendo-a. 
OBS: Não tendo a duplicata sido devolvida pelo comprador, no prazo especificado 
por lei, sem que haja um motivo justificado, o portador terá que tirar protesto 
mediante simples indicação feita ao oficial de protesto - Na pratica ele é o protesto 
por indicações (indica-se os dados constantes da duplicata). 
 Protesto por falta de pagamento: Ocorre quando a duplicata é devolvida 
no prazo com aceite, só que não é paga. 
DEPOIS DO VENCIMENTO DA DUPLICATA, SÓ CABE PROTESTO POR 
FALTA DE PAGAMENTO 
 
 
P: É possível execução de duplicata sem aceite? R: É possível sim, só que a lei 
exige dois requisitos contidos no art. 15, inciso II: 
Art. 15. A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade 
com o processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II 
do Código de Processo Civil, quando se tratar: 
II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente: 
a) haja sido protestada; 
b) comprovante da entrega da mercadoria ou da prestação de serviço. O 
conhecimento de transporte é suficiente para comprovar, a entrega da 
mercadoria ou da prestação de serviço; fotos de casamento é comprovante da 
prestação de serviço do fotografo, etc. 
Importante salientar que o STJ sumulou sobre o tema: Súmula nº 248. 
"Comprovada a prestação dos serviços, a duplicata não aceita, mas protestada, é 
título hábil para instruir pedido de falência. (DJU 5.6.2001)" 
 
 
1. Sustação do Protesto 
embora não prevista expressamente na legislação cambiária, trata-se de uma 
medida judicial cautelar que objetiva impedir eventual abuso de direito. Sustado o 
protesto de um título, o interessado terá 30 dias a partir da sua concessão para 
propor a ação principal, que será: 
- ação anulatória de relação cambial 
- ação anulatóriade título 
 
 
7.2. Cancelamento do Protesto 
O protesto não se caracteriza pela perpetuidade e pode ser cancelada por 
autorização judicial ou por autorização do próprio credor que tenha recebido o 
valor do título após a lavratura do respectivo instrumento 
 
 
 
 
PRAZOS PRESCRICIONAIS PARA OS 
TITULOS DE CRÉDITO 
Tabela: 
 
Devedor 
principal e seu 
avalista 
Co-devedor 
(endossante) e seu 
avalista 
Direito de 
regresso 
 
 
LETRA DE 
CAMBIO E NOTA 
PROMISSÓRIA 
03 anos contados 
do vencimento. 
 
 
OBS: Devedor 
principal não 
precisa de protesto 
01 ano contados a partir do 
protesto. 
 
 
OBS: É preciso protestar o 
título 
06 meses: 
 Do 
pagamento quando 
for extrajudicial ou, 
 Quando 
demandado (citação) 
 
 
 
 
DUPLICATA 
03 anos contados 
do vencimento. 
 
 
OBS: Devedor 
principal não 
precisa de protesto 
01 ano contados a partir do 
protesto. 
 
 
OBS: É preciso protestar o 
título 
06 meses: 
 01 ano Do 
pagamento quando 
for extrajudicial ou, 
 Quando 
demandado (citação) 
 
 
 
 
 
 
 
 
CHEQUE 
06 meses contados 
dofim do prazode 
apresentação (30 
dias ou 60 dias + 6 
meses). 
06 meses contados do protesto. 
 
 
OBS: O protesto poderá ser 
substituído por uma declaração 
do banco sacado ou por uma 
declaração da câmara de 
compensação – é o carimbo de 
insuficiência de fundos. * 
06 meses: 
 Do 
pagamento quando 
for extrajudicial ou, 
 Quando 
demandado (citação) 
 
 
* OBS: A Súmula nº 153 do STF previa que o "Simples protesto cambiário não 
interrompe a prescrição". 
Essa sumula não se aplica mais, porque no CC em seu art. 202: "A interrupção da 
prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: III - por protesto 
cambial"; 
 
 
Passado o prazo de execução o credor pode promover em relação ao cheque 
Ação de enriquecimento ilícito – ajuizado no prazo de 02 anos findo o prazo 
prescricional da ação executiva. Trata-se de uma ação ordinária. Nesta ação, não 
se discute a causa debendi (causa de origem da dívida). 
Ação Monitória. Súmula nº 299. É admissível a ação monitória fundada em 
cheque prescrito. (DJU 22.11.2004). Até mesmo nesta ação não se discute a 
causa debendi (relação causal da emissão do cheque). 
O prazo da ação monitória vai depender da relação causal que vai ser discutida na 
ação monitória. Ex: cheque emitido para pagamento de honorários – pelo art. 206 
o prazo é de 05 anos; Para compra e venda o prazo é de 10 anos.. 
 
 
P: Se o cheque tem aval e o cheque está prescrito. Persiste a 
responsabilidade do avalista? R: Não. O aval é uma relação tipicamente 
cambial, razão pela qual, se o titulo esta prescrito o avalista não tem mais 
responsabilidade. STJ, Resp. 200492 MG.

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