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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA ROTEIRO PARA AULAS PRÁTICAS Controle de Qualidade de Produtos Farmacêuticos 2022 Instituto de Ciências da Saúde Laboratório: Multidisciplinar Assunto: Ensaios de identificação de matérias-primas PROCEDIMENTO 01 OBJETIVO: Utilizar métodos baseados em reações químicas para a identificação de excipiente e substância ativa em matérias-primas. PROCEDIMENTO: 1- IDENTIFICAÇÃO DE LACTOSE EM MATÉRIA-PRIMA Juntar 5 mL de hidróxido de sódio SR (6,5%) a 5 mL de solução saturada quente de lactose e aquecer ligeiramente: o líquido torna-se amarelo e depois marrom- avermelhado. Adicionar 3 gotas de sulfato cúprico SR (12,5%): produz-se um precipitado vermelho. OBS: Cuidado na condução do aquecimento, pois podem ocorrer projeções. 2- IDENTIFICAÇÃO DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS) EM MATÉRIA-PRIMA MÉTODO A Ferver 0,1 g de AAS com 5 mL de água destilada por 5 minutos em béquer tampado com vidro de relógio, resfriar e adicionar 2 gotas de cloreto férrico a 9%: uma cor violeta é produzida (devido à formação de ácido salicílico). MÉTODO B Ferver 0,5 g de AAS com 10 mL de NaOH a 6,5% por 5 minutos, adicionar 10 mL de ácido sulfúrico diluído (a 10%): um odor de ácido acético é perceptível e um precipitado é produzido (ácido salicílico). Filtrar o precipitado, adicionar ao filtrado 3 mL de etanol e 3 mL de ácido sulfúrico concentrado (com cuidado, em capela) e aquecer (chapa de aquecimento na capela): um odor de acetato de etila é perceptível. REFERÊNCIAS 1. BRASIL. ANVISA. Farmacopeia Brasileira. Insumos Farmacêuticos e Especialidades. 6ª ed. Volume II. Brasília, 2019. 2. GIL, E. S. Controle físico-químico de qualidade de medicamentos. 3 ed. São Paulo: Pharmabooks, 2010. Material necessário Quantidade (por grupo) Lactose (Solução saturada quente) Aproximadamente 1 g a cada 5 mL. Quantidade total a ser definida em função do número de grupos ácido acetilsalicílico 0,6 g hidróxido de sódio S.R. (6,5%) 1 frasco sulfato cúprico S.R. (12,5%) 1 frasco cloreto férrico S.R. (9,0%) 1 frasco ácido sulfúrico S.R. (10%) 1 frasco ácido sulfúrico p.a. 1 frasco p/turma (capela) etanol p.a. 3 mL Béquer de 100 mL 3 unidades Bico de Bunsen 1 unidade Tela de amianto 1 unidade Gás ** Pipeta graduada de 5 mL 4 unidades Pipeta graduada de 10 mL 2 unidades Vidro de relógio 1 unidade Funil de vidro 1 unidade Espátula 1 unidade Papel para pesagem 2 unidades Papel de filtro 1 unidade Pipeta graduada de 5 mL 1 unidade Pipeta graduada de 10 mL 1 unidade Pipeta Pasteur 3 unidades Pipetador 1 unidade Proveta de 25 mL 1 unidade Rótulos 7 unidades Suporte universal/argola 1 unidade Equipamentos Quantidade Balança analítica A ser definida por turma Manta elétrica A ser definida por turma Capela A ser definida por turma Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança Os materiais resultantes da aula deverão ser descartados e/ ou coletados em recipientes identificados, para encaminhamento adequado pelos técnicos do laboratório de acordo com as normas vigentes. QUESTÕES 1- Na análise da lactose, ocorre alguma alteração na solução após a adição do sulfato cúprico SR (12,5%)? 2- Qual é o resultado (observação) do método A, empregado para a análise do AAS? 3- Ainda em relação a análise do AAS, quais as reações envolvidas nos métodos A e B? Instituto de Ciências da Saúde Laboratório: Multidisciplinar Assunto: Identificação de cloretos em produto acabado PROCEDIMENTO 02 OBJETIVO: Utilizar o ensaio limite para cloretos a identificação de cloridrato de metformina em comprimidos. PROCEDIMENTO: Preparação da solução teste: a. Determinar o peso médio de 20 unidades de comprimidos de cloridrato de metformina. b. Triturar os 20 comprimidos em gral de porcelana até obtenção de pó fino e homogêneo. OBS: as etapas a e b podem ser feitas para utilização por mais de 1 grupo de alunos. c. Pesar quantidade do pó dos comprimidos equivalente a 50 mg de cloridrato de metformina e agitar com cerca de 5 mL de água destilada, em béquer. d. Filtrar e separar o filtrado em 2 tubos de ensaio (Tubo A e tubo B). Ensaio: a. Acidificar os 2 tubos com 3 gotas de ácido nítrico SR (12%) . b. Adicionar 3 gotas de nitrato de prata SR (4%) em ambos os tubos (Haverá aparecimento de precipitado branco caseoso). c. Adicionar solução de amônia SR (10%) – Tubo A – o precipitado se solubiliza (indica presença de cloretos na amostra). d. Adicionar solução de ácido nítrico SR (70%) - Tubo B - o precipitado não deve se solubilizar (indica presença de cloretos na amostra). REFERÊNCIA 1. BRASIL. ANVISA. Farmacopeia Brasileira. 6ª ed. Volume I. Brasília, 2019. Material necessário Quantidade (por grupo) Comprimidos de cloridrato de metformina 20 unidades, porém o pó poderá ser utilizado por vários grupos. Gral de porcelana com pistilo A ser definida por turma Papel para pesagem 1 unidade Espátula para pesagem 1 unidade Béquer de 50 mL 2 unidades Tubo de ensaio 2 unidades Suporte universal/ argola 1 unidade Funil de vidro 1 unidade Papel de filtro 1 unidade Solução de ácido nítrico SR a 12% 50 mL Solução de nitrato de prata SR a 4% 50 mL Solução de amônia SR a 10% (sol. NH4OH 6N) 50 mL Solução de ácido nítrico SR a 70% 50 mL Equipamentos Quantidade Balança analítica A ser definida por turma Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança Os materiais resultantes da aula deverão ser descartados e/ ou coletados em recipientes identificados, para encaminhamento adequado pelos técnicos do laboratório de acordo com as normas vigentes. QUESTÕES 1- Após a determinação do peso médio dos comprimidos, qual o valor da tomada de ensaio (TE) para a realização da análise? 2- O precipitado formado refere-se a qual substância? Escreva qual a reação envolvida. Instituto de Ciências da Saúde Laboratório: Multidisciplinar Assunto: Determinação de teor de cloridrato de metformina em comprimidos através de método espectrofotométrico no UV PROCEDIMENTO 03 OBJETIVO: Utilizar o método de espectrofotometria no UV para o doseamento de cloridrato de metformina em comprimidos. PROCEDIMENTO: 1. Pesar 20 comprimidos de cloridrato de metformina e calcular o respectivo peso médio (PM), utilizando o teor declarado fornecido pelo fabricante. 2. Pulverizar os 20 comprimidos utilizando gral de porcelana e pistilo até obtenção de pó bem fino. 3. Transferir quantidade de pó equivalente à 0,100 g de cloridrato de metformina para balão volumétrico de 250 mL e diluir com 150 mL de água. 4. Agitar mecanicamente por 15 minutos e completar o volume do balão com o mesmo solvente. 5. Filtrar. 6. A partir do filtrado, diluir, sucessivamente, até concentração final de 0,001% (p/V), sempre utilizando a água como solvente. 7. Preparar a solução padrão na mesma concentração anterior, utilizando o mesmo solvente. 8. Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 232 nm, utilizando água para ajuste do zero. 9. Calcular o teor de C4H11N5·HCl na amostra de comprimidos a partir das leituras obtidas. ESPECIFICAÇÃO: Os comprimidos analisados devem conter no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da quantidade declarada de cloridrato de metformina (C4H11N5·HCl). REFERÊNCIA 1. BRASIL. ANVISA. Farmacopeia Brasileira. Insumos Farmacêuticos e Especialidades. 6ª ed. Volume II. Brasília, 2019. Material necessário Quantidade (por grupo) Comprimidos de cloridrato de metformina 20 unidades, porém o pó poderá ser utilizado por vários grupos. cloridrato de metformina (matéria-prima) 0,100 g Gral de porcelana com pistilo A ser definidapor turma Papel para pesagem 2 unidades Espátula para pesagem 2 unidades Béquer de 100 mL 1 unidade Balão volumétrico de 250 mL 2 unidades Balão volumétrico de 200 mL 2 unidades Pipeta volumétrica de 5 mL 2 unidades Pêra 1 unidade Suporte universal/ argola 1 unidade Funil de vidro 1 unidade Papel de filtro 1 unidade Equipamentos Quantidade Balança analítica A ser definida por turma Espectrofotômetro UV/VIS – cubetas de quartzo de 1 cm (Papel macio para a limpeza das cubetas e recipiente para descarte) 1 unidade Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança Os materiais resultantes da aula deverão ser descartados e/ ou coletados em recipientes identificados, para encaminhamento adequado pelos técnicos do laboratório de acordo com as normas vigentes. QUESTÕES 1- Após a determinação do peso médio dos comprimidos, qual o valor da tomada de ensaio (TE) para a realização desse doseamento? 2 – Qual a concentração da amostra em mg/mL? 3 – Qual é o fator de diluição (fd)? 4 – A amostra passa na especificação de teor? Instituto de Ciências da Saúde Laboratório: Multidisciplinar Assunto: Ensaios físicos em formas farmacêuticas e matéria-primas PROCEDIMENTO 04 OBJETIVO: Utilizar os ensaios físicos para a caracterização de comprimidos e matéria- prima. PROCEDIMENTO: 1 – DETERMINAÇÃO DO PESO MÉDIO DE COMPRIMIDOS Amostra: comprimidos de AAS a. Pesar individualmente, 20 comprimidos e determinar o peso médio. TOLERÂNCIA: No máximo duas unidades fora dos limites especificados, e nenhuma acima ou abaixo do dobro das porcentagens indicadas (Tabela 1). 2 - DETERMINAÇÃO DA ALTURA E DIÂMETRO DE COMPRIMIDOS Amostra: comprimidos de AAS a. Determinar com um paquímetro a altura e o diâmetro de 20 comprimidos. b. Anotar os valores individuais e calcular a média aritmética. 3 - DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA MECÂNICA DE COMPRIMIDOS Amostra: comprimidos de AAS Friabilidade a. Determinar o peso total dos comprimidos - Pi b. Regular o aparelho para a velocidade e tempo adequados para um total de 100 rotações. Colocar os comprimidos no aparelho (devidamente limpo) e ligar. c. Após o tempo do teste, retirar os comprimidos do aparelho e pesá-los novamente, desprezando os fragmentos menores e o pó gerado (Pf). d. Calcular a porcentagem de perda de peso pela expressão: F = (Pi – Pf) x 100 Pi Onde: F = friabilidade (%) Pi = Peso inicial Pf = Peso final Dureza a. Determinar a dureza de 10 comprimidos. b. Anotar os valores individuais e calcular a média aritmética. 4 – DETERMINAÇÃO DA FAIXA DE FUSÃO Amostra: AAS matéria-prima a. Preparar amostra e equipamento conforme especificações. b. Determinar a faixa de fusão. c. Anotar os valores obtidos. REFERÊNCIAS 1. BRASIL. ANVISA. Farmacopeia Brasileira. 6ª ed. Volumes I e II. Brasília, 2019. Material necessário Quantidade (por grupo) AAS matéria-prima A ser definida por turma Comprimidos de AAS 20 unidades Pinça metálica 1 unidade Papel de pesagem 2 unidades Equipamentos Quantidade Balança analítica A ser definida por turma Aparelho para determinação do ponto de fusão (melting point) e tubos capilares de vidro (frasco) 1 unidade Aparelho para determinação de dureza de comprimidos 1 unidade Aparelho para determinação de friabilidade de comprimidos 1 unidade Paquímetro A ser definida por turma Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança Os materiais resultantes da aula deverão ser descartados e/ ou coletados em recipientes identificados, para encaminhamento adequado pelos técnicos do laboratório de acordo com as normas vigentes. QUESTÕES 1- A partir dos resultados obtidos, complete o quadro abaixo: COMPRIMIDOS: Ensaio Especificação Referência Resultado 1. Peso médio conforme a Tabela 1 FB 6ª ed., 2019 2. Friabilidade ≤ 1,5% FB 6ª ed., 2019 3. Altura Informativo Interna 4. Diâmetro Informativo Interna 5. Dureza Informativo Interna MATÉRIA- PRIMA: Ensaio Especificação Referência Resultado 1. Faixa de fusão Em torno de 143 °C FB 6ª ed., 2019 2 – As amostras passam nos testes de qualidade e podem ser consideradas aprovadas? Fonte: Farmacopeia Brasileira, 2019, p. 61. Instituto de Ciências da Saúde Laboratório: Multidisciplinar Assunto: Preparo de materiais para o Controle de Qualidade Microbiológico PROCEDIMENTO 05 OBJETIVO: Ensinar os alunos como manusear e preparar todos os materiais utilizados no controle microbiológico. PROCEDIMENTO: Parte 1 1. Embrulhar em papel Kraft, as placas de Petri e pipetas de forma a facilitar o manuseio. Para placas - pacotes com 3 unidades e pipetas individualmente ou pacotinhos de 2 ou 3 (tipo envelope). 2. Preparar os meios de cultura, de tal forma que se faça 100 mL de Ágar caseína-soja (TSA) e 100 mL de Ágar Sabouraud (SAD), que devem ficar nos erlenmeyers para serem autoclavados (tampados e com papel Kraft sobre o tampão). O Caldo caseína- soja (TSB) deve ser preparado e distribuído em tubos de 20 mL, respectivamente. Os meios serão preparados de acordo com o fabricante. 3. Todo material deve ser etiquetado e autoclavado a 121 ºC por 15 minutos. Parte 2 (outro dia) 1- Colocar os meios TSA e SAD em placas (os meios devem estar fundidos previamente). 2- Enquanto as placas esfriam os alunos recebem 2 Swabs estéreis e vão coletar amostra de locais onde queiram. 3- Repicar em estrias a amostra contida no Swab em uma placa de TSA e outra em SAD. 4- Incubação de 24-48 horas, a 37 ºC para as placas de TSA e 1 semana à temperatura ambiente para as de SAD. Placas devem ser incubadas invertidas. 5- Após este período verificar crescimento de microrganismos. Material necessário Quantidade (por grupo) Pipetas de 1 mL 1 unidade Pipetas de 10 mL 1 unidade Tubos de ensaio com tampa (20 mL) 1 unidade Placas de Petri 3 unidades Espátula 3 unidades Erlenmeyer 2 unidades Swabs 2 unidades Caneta de retroprojetor 1 unidade Gaze ** Pisseta de álcool 70% 1 unidade Bandeja para descarte de pipetas A ser definida por turma Papel Kraft e fita adesiva A ser definida por turma Equipamentos Quantidade Autoclave para a esterilização de materiais ** Estufa previamente ligada (35 a 37 °C) 1 unidade Bico de Bunsen 1 unidade Instituto de Ciências da Saúde Laboratório: Multidisciplinar Assunto: Determinação do número de microrganismos em amostras de produtos não estéreis (xarope de iodeto de potássio) utilizando método de semeadura em profundidade ou “Pour Plate”. PROCEDIMENTO 06 OBJETIVO: Treinar a técnica das diluições seriadas decimais e a realização da semeadura em profundidade. PROCEDIMENTO: A) Preparação da amostra e diluições seriadas decimais: 1. Transferir 1 mL da amostra para um tubo de ensaio contendo 9 mL de solução fisiológica (dil. 10-1). 2. Homogeneizar e fazer mais duas diluições decimais subsequentes, pipetando 1 mL para 9 mL de solução fisiológica (dil.10-2 e dil. 10-3) . OBS: todas as 3 diluições já contêm substância inativante do conservante presente no produto testado (sob concentração previamente validada). Normalmente as amostras contêm conservantes a base de parabenos que são inativados por polissorbato (tween 80, por exemplo) B) Semeadura em profundidade: 1. Transferir 3 alíquotas de 1 mL de cadadiluição preparada anteriormente (10-1, 10-2 e 10-3) para 3 placas de Petri de 100 x 30 mm. 2. Separar 3 placas de cada diluição e adicionar cerca de 15 mL de meio Ágar caseína- soja (TSA) fundido (T°C de 45°C) e homogeneizar DELICADAMENTE em movimentos circulares. 3. Aguardar solidificação e incubar (na posição invertida) em estufa a 35 2°C por 24 a 48 horas. 4. Após esse período, retirar as placas da estufa. 5. Utilizando o contador de colônias, contar o número de colônias desenvolvidas. Se não houver o contador, pode ser visual. Material necessário Quantidade (por grupo) Frasco de 50 mL de xarope de iodeto de potássio 1 unidade Balão de 500 mL com tampão (contendo 300 mL de meio TSA) 1 unidade Balão de 500 mL com tampão (contendo 300 mL de meio SAD) 1 unidade Pipetas de 10 mL (embaladas individualmente) 3 unidades Pipetas de 1 mL (embaladas individualmente) 3 unidades Tubos de ensaio com tampa 3 unidades Pêra 1 unidade Placas de Petri 9 unidades Balão com tampão (contendo 50 mL de solução de NaCl à 0,9% ) 1 unidade Pêra 1 unidade Caneta de retroprojetor 1 unidade Gaze ** Pisseta de álcool 70% 1 unidade Bandeja para descarte de pipetas A ser definida por turma OBS: Com exceção da amostra e da pêra para pipetagem, todos os materiais descritos acima devem estar previamente esterilizados. Equipamentos Quantidade Autoclave para a esterilização de materiais ** Estufa previamente ligada (35 a 37 °C) 1 unidade Bico de Bunsen 1 unidade Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança Os materiais resultantes da aula deverão ser descartados e/ ou coletados em recipientes identificados, para encaminhamento adequado (não devem ser jogados na pia ou lixo) pelos técnicos do laboratório de acordo com as normas vigentes. Materiais contaminados devem ser descontaminados antes de proceder ao seu encaminhamento e descarte adequados. QUESTÕES 1 – Por que as placas de Petri devem ser incubadas invertidas? 2 - Qual o número de UFC/mL de amostra? Não esqueça de considerar a diluição adequada no cálculo. Instituto de Ciências da Saúde Laboratório: Multidisciplinar Assunto: Metodologia analítica para pesquisa de microrganismos patogênicos em amostras de produtos não estéreis (xarope de iodeto de potássio) PROCEDIMENTO 07 OBJETIVO: Executar as técnicas convencionais de enriquecimento não seletivo, enriquecimento seletivo e isolamento na pesquisa de microrganismos específicos em produtos não estéreis. PROCEDIMENTO: A) Enriquecimento não seletivo da amostra para pesquisa de Staphylococcus aureus (Preparo prévio): 1. Pipetar 1 mL da amostra 2. Transferir para um tubo de ensaio contendo 9 mL de Caldo caseína-soja previamente esterilizado e homogeneizar. 3. Incubar em estufa a 35-37oC durante 24-48 horas (Tubo I) B) Enriquecimento não seletivo da amostra para pesquisa de Escherichia coli (Preparo prévio): 1. Pipetar 1 mL da amostra 2. Transferir para um tubo de ensaio contendo 9 mL de Caldo lactosado ou Caldo bile verde brilhante previamente esterilizado e homogeneizar. 4. Incubar em estufa à 35-37oC durante 24-48 (Tubo II). C) Isolamento seletivo dos microrganismos: 1. Isolamento de Staphylococcus aureus 1.1 Utilizando tubo I obtido em A, transferir uma alçada do material enriquecido para uma placa de Petri com 20 mL de Ágar Manitol previamente preparado e esterilizado, utilizando a técnica do estriamento por esgotamento. 1.2 Repetir o mesmo procedimento anterior utilizando o microrganismo padrão, retirando uma alçada da cultura fresca e transferindo-a para uma 2ª placa de Petri com Ágar Manitol. 1.3 Incubar ambas as placas em estufa a 35-37 oC durante 24-48 horas 2. Isolamento de Escherichia coli 2.1 Utilizando o tubo II obtido em B, transferir uma alçada do material enriquecido para uma placa de Petri com 20 mL de Ágar Mac Conkey previamente preparado e esterilizado, utilizando a técnica do estriamento por esgotamento. 2.2 Repetir o mesmo procedimento anterior utilizando o microrganismo padrão, retirando uma alçada da cultura fresca e transferindo-a para uma 2ª placa de Petri com Ágar Mac Conkey. 2.3 Incubar ambas as placas em estufa à 35-37oC durante 24-48 horas. Observações importantes: O objetivo do estriamento por esgotamento é a obtenção de colônias puras e isoladas para fins de identificação posterior dos microrganismos isolados. Por isso, devem-se tomar alguns cuidados na execução da técnica: Iniciar a semeadura com uma pequena quantidade de material na alça de platina. Não perfurar ou rasgar o Ágar. Realizar o maior número de estrias possíveis. Não voltar com a alça sobre as estrias, sobrepondo-as. Observe o desenho a seguir: E) Resultados da incubação: 1. Observar se houve isolamento de cada microrganismo sob pesquisa na amostra de xarope, comparando a placa de inoculação da amostra com a placa de inoculação do microrganismo padrão (observe as características específicas do crescimento de cada microrganismo patogênico). 2. Observar se a técnica de estriamento por esgotamento foi adequadamente realizada, possibilitando a obtenção de colônias isoladas (que posteriormente seguiriam para testes confirmatórios complementares, conforme ensinado em aula teórica). Material necessário Quantidades (por grupo) AMOSTRA: frasco de 50 mL de xarope de iodeto de potássio 1 unidade Pipeta de 1 mL estéril 2 unidades Pipeta de 10 mL estéril 2 unidades Alça de platina 1 unidade Tubo de ensaio contendo 9 mL de caldo caseína soja estéril 1 unidade Tubo de ensaio contendo 9 mL de caldo lactosado ou caldo bile verde brilhante estéril 1 unidade Placa de Petri com 20 mL de Ágar Manitol estéril 2 unidades Placa de Petri com 20mL de Ágar Mac Conkey estéril 2 unidades Tubo ou placa de TSA c/ cultura fresca de Staphyococcus aureus 1 unidade Tubo ou placa de TSA c/ cultura fresca de Escherichia coli 1 unidade Pêra 1 unidade Caneta de retroprojetor 1 unidade Gaze para assepsia da bancada ** Pisseta de álcool 70% para assepsia da bancada 1 unidade Bandeja para descarte de pipetas A ser definida por turma Equipamentos Quantidade Autoclave para a esterilização de materiais ** Estufa previamente ligada (35 a 37 °C) 1 unidade Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança Os materiais resultantes da aula deverão ser descartados e/ ou coletados em recipientes identificados, para encaminhamento adequado (não devem ser jogados na pia ou lixo) pelos técnicos do laboratório de acordo com as normas vigentes. Materiais contaminados devem ser descontaminados antes de proceder ao seu encaminhamento e descarte adequados. QUESTÕES 1 – Qual o aspecto das colônias de Staphyococcus aureus formadas no meio Ágar Manitol? 2 – Por que o Ágar Manitol é seletivo para Staphyococcus aureus? 3 – Qual o aspecto das colônias de Escherichia coli no meio Ágar Mac Conkey? 4 - Por que o Ágar Mac Conkey é seletivo para Staphyococcus aureus?
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