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‘ É uma entrevista realizada por um profissional da área da saúde com um paciente, que tem a intenção de ser um ponto inicial no diagnóstico de uma doença. 1. Identificação 2. Queixa Principal 3. História da doença atual (HDA) 4. História médica pregressa (HMP) 5. Histórico Familiar (HF) 6. Histórico pessoal e social Objetivos da Anamnese 1. Estabelecer a relação médico/paciente. 2. Obter os elementos essenciais da história clínica. 3. Conhecer os fatores pessoais, familiares e ambientais relacionados com o processo saúde/doença. 4. Obter os elementos para guiar o médico no exame físico. 5. Definir a estratégia de investigação complementar. 6. Direcionar a terapêutica em função do entendimento global a respeito do paciente. O que são os Sinais Vitais? Temperatura: O ser humano é mantido em uma temperatura constante em torno de 37ºC, sendo que as extremidades do corpo podem se apresentar em menor temperatura.Os limites de temperatura em que o metabolismo pode apresentar falhas são de menos que 21ºC e maior que 42ºC. Perda ou ganho excessivo de calor pode levar a morte. Fatores que afetam a temperatura: Idade, exercícios, nível hormonal, estresse e ambiente. Febre: Aumento anormal da temperatura corporal devido à produção excessiva de calor e incapacidade dos mecanismos de perda de calor acompanharem o ritmo da produção de calor. • Hipotermia: Redução da T. corporal para valores ↓ 35°C, classificada em acidental (primária) ou devido disfunção do centro regulador hipotalâmico (secundária). • Temperatura Basal (normal) do corpo: 36,8ºC à 37,3ºC • Hipertermia: Elevação da T. corporal acima do ponto de regulação térmica ‘ Como realizar a aferição? Higienizar as mãos antes e após o procedimento; Selecionar a via e os aparatos corretos; Avaliar fatores que possam interferir na determinação da T (ambiente, atividade prévia do paciente, ...); Explicar o procedimento ao paciente; Posicionar o paciente em posição confortável e adequada; Limpar o termômetro com álcool (haste para bulbo) antes e após a realização do procedimento; Comparar o valor obtido com a temperatura basal e com a variação de T apresentada pelo paciente; Registrar corretamente o procedimento. Frequência Cardíaca (Pulso): Limite palpável de fluxo de sangue percebido em vários pontos do corpo. O fluxo de sangue pelo corpo é um circuito contínuo. Indicador do estado circulatório A frequência da pulsação é numero de pulsações em 1 min. • Frequência: é o número de pulsações; devem ser contadas durante um minuto; • Amplitude: é o grau de enchimento da artéria (sístole e diástole), pode ser cheio ou filiforme (indica uma força insuficiente a cada batimento e batimentos irregulares) • Ritmo: é a sequência de pulsações; o normal é que elas ocorram em intervalos iguais. Como realizar a aferição: Relógio de pulso com ponteiro de segundos Caneta e folha de registro Lavar as mãos Identificar o paciente e explicar o procedimento ‘ Posicionar confortavelmente o paciente de acordo com o local de verificação Obtenha o valor do pulso e avalie suas características Ajude o cliente a retomar posição confortável Lave as mãos e proceda ao registro Pressão Arterial (PA): A Pressão Arterial (PA) é a força exercida sobre as paredes de uma artéria pelo sangue que pulsa sob pressão do coração. O sangue flui através do sistema circulatório por causa da mudança de pressão. Ele se move de uma área de alta pressão para uma área de baixa pressão. Como realizar a aferição: a medida deve ser realizada na posição sentada, com o braço repousado sobre uma superfície firme, observando a inexistência dos fatores de erros descritos mais adiante, de acordo com o procedimento a seguir: 1– Lavar as mãos, higienizar com álcool o estetoscópio e explicar o procedimento ao paciente; 2 - Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia, não praticou exercícios físicos e não ingeriu bebidas alcoólicas, café, ou fumou até 30 minutos antes da aferição. 3 - Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. A PA é medida com o paciente sentado, Frequência Respiratória (FR): • Respiração: • Ventilação: movimento de gases para dentro e para fora dos pulmões • Difusão: movimento de oxigênio e dióxido de carbono entre os alvéolos e as hemácias Perfusão: distribuição das hemácias para os capilares pulmonares. Deve ocorrer de maneira integrada avaliando os 3 processos: • Ventilação: frequência (número de movimentos por min.) • Profundidade: Profunda, superficial e normal. • Ritmo: Regular e irregular ‘ É o conjunto de procedimentos que permite reconhecer situações em que há perigo de vida eminente, pedir ajudar e iniciar as ações que mantêm a circulação e a oxigenação dos órgãos nobres – cérebro e coração – até à chegada de ajuda especializada. Quadro clínico da PCR Inconsciência Ausência de respiração Ausência de pulso central (carotídeo e femoral) Laboratório Clínico: Os laboratórios de medicina diagnóstica auxiliam nas decisões médicas frente aos pacientes. O objetivo mais importante da medicina diagnóstica é garantir aos médicos e pacientes um atendimento eficiente e seguro. Os erros de diagnóstico são uma ameaça significativa para a segurança dos pacientes pois podem causar o atraso e ainda a falta de diagnóstico. Fase pré-analítica Monitorar e controlar a fase pré-analítica é tarefa altamente complexa porque muitas das variáveis envolvidas estão fora do alcance do laboratório. Podemos dividir a fase pré-analítica em cinco etapas: • Requisição • Preparo do paciente • Coleta ‘ • Armazenamento • Transporte Uma boa amostra clínica deve: Ser identificada corretamente; Ser coletada do local e no período corretos; Ter quantidade suficiente para análise; Ser armazenada em recipiente adequado; Ser conservada e transportada adequadamente Devem ser fornecidas ao paciente as informações necessárias para que ele se prepare para coleta de acordo com os exames solicitados. Coleta de amostra: • Separar os materiais adequados para realização da coleta; • Realizar a coleta utilizando os equipamentos de proteção individual necessários; • Descartar os materiais contaminados em lixo apropriado e de maneira segura; • Centrifugar o sangue quando necessário e separar o soro ou plasma adequadamente. Armazenamento: Respeitar o tempo de preparo e as condições de armazenamento para preservar a integridade e estabilidade da amostra; Evitar congelamentos e descongelamentos consecutivos; Material genético viral é extremamente lábil, portanto, facilmente degradado pelo armazenamento inapropriado ou pela demora em seu processamento. Transporte: O cuidado com a segurança durante o processo de transporte, garante que a população e os trabalhadores envolvidos estejam protegidos da exposição a qualquer agente infeccioso vinculado à carga transportada. ‘ Boas práticas na fase pré-analítica 1. Elaborar um “manual de instruções”, contemplando os seguintes itens: • Coleta, identificação e conservação da amostra; • Transporte da amostra, meio recomendado, prazo, condições de • Temperatura e padrão técnico para garantir a integridade e a • Estabilidade; • Critérios para o preparo do cliente com instruções claras e escritas em linguagem acessível. Somente as instruções simples e de fácil compreensão podem ser dadas verbalmente; Critérios para aceitação ou rejeição das amostras 2. Possuir registro das informações relacionadas às amostras coletadas, como data, horário, responsável pela coleta e eventuais intercorrências, garantindo sua rastreabilidade durante todo o processo. 3. Realizar periodicamente programas de educação continuada aos profissionais, com orientações quanto a procedimentos adequados parapunção, assepsia, aplicação do torniquete, material a ser empregado etc. 4. Certificar-se de que o cliente está em condições adequadas para a realização dos exames (jejum, realização de exercício físico extenuante, ingestão de álcool, uso de medicamentos etc.). 5. Solicitar identificação do cliente no momento da coleta. 6. Sempre que possível, utilizar o sistema de coleta a vácuo para que seja respeitada a proporção correta de sangue/ anticoagulante. 7. A centrifugação, quando necessária, deve ser padronizada de acordo com as orientações do fabricante dos tubos de coleta. 8. Realizar o transporte das amostras de acordo com a legislação vigente, atentando sempre para a condição de temperatura específica para cada analito. 9. O momento da coleta e o tipo de material biológico dependem da finalidade da avaliação, e estão diretamente relacionados à meia-vida biológica da substância objeto do estudo. Sendo assim, deve-se observar cuidadosamente o momento de coleta da amostra para as análises. ‘ Critérios para rejeição de amostras: Punção venosa ou venopunção É a punção de uma veia com a finalidade de obter amostra de sangue para análise ou infundir fluidos e/ou medicamentos. Coleta com sistema à vácuo: É a técnica de coleta de sangue venoso recomendada pelo CLSI atualmente. 1. A facilidade no manuseio: o tubo para coleta de sangue a vácuo tem, em seu interior, vácuo calibrado e em capacidade proporcional ao volume de sangue informado em sua etiqueta externa, o que significa que, quando o sangue parar de fluir para dentro do tubo, o flebotomista terá a certeza de que o volume de sangue correto foi colhido; 2. A quantidade de anticoagulante/ativador de coágulo é proporcional ao volume de sangue a ser coletado, gerando, ao final da coleta, uma amostra de qualidade para ser processada ou analisada 3. O conforto ao paciente; 4. Segurança do profissional de saúde e do paciente, uma vez que a coleta a vácuo é um sistema fechado de coleta de sangue; Vantagens: - Garantia de higiene - Menos doloroso - Única punção para várias amostras ‘ - Coleta mais rápida - Menor risco de hematoma - Menor risco de embolia - Menor quantidade de sangue Agulhas para coleta a vácuo: As agulhas para coleta a vácuo têm características adicionais, além das descritas anteriormente. Em uma das extremidades está o bisel que irá penetrar na veia; Na outra extremidade, coberto por uma manga de borracha, está o local onde será encaixado o tubo e uma rosca para encaixe da agulha em um adaptador. A função da manga de borracha é evitar o vazamento de sangue para dentro do adaptador durante a punção. Principais veias para coleta de sangue: • Cefálica • Cubital mediana • Basílica • Mediana • Metacarpianas dorsais As veias mais utilizadas são a cubital mediana e a cefálica, ambas localizadas na parte anterior do braço, próximo à dobra do cotovelo. A punção na veia cubital mediana costuma ser a melhor opção, pois na punção da veia cefálica existe maior risco de formação de hematomas. As veias do dorso da mão também podem ser puncionadas. Nessa região, recomenda-se a veia do arco venoso dorsal, por possuir maior calibre. A veia dorsal do metacarpo também poderá ser puncionada, porém a coleta será mais dolorosa. Procedimento de coleta: Avaliar o paciente Orientação ao paciente: • Natureza do exame • Horário e Jejum • Colaboração • Fatores que interferem nos resultados: postura, estresse, exercício físico moderado, diminuição do pH, medicamentos e dieta Avaliar a condição da veia Condições da veia: elasticidade, trajeto, calibre, palpação e localização. Evitar puncionar veias nas situações: • Com múltiplas punções e local recentemente utilizado • Locais com edema e hiperemia • Próximas a áreas com processo infeccioso ‘ Tubos: EDTA - Hematologia Heparina – Provas bioquímicas Citrato – Provas de coagulação Soro – Com gel separador e ativador de coágulo Soro – Sem gel separador e com/sem ativador de coágulo Fluoreto/EDTA – Glicemia ‘ O gel atua como uma barreira física entre as partes sólida e líquida do sangue após a centrifugação. Assim, é possível utilizar o próprio tubo de coleta – o tubo primário - nos equipamentos para a realização dos exames. O seu uso evita a transferência da amostra para outro tubo, de modo que: 1.Elimina os riscos de troca de amostras que poderiam ocorrer durante a separação da amostra de soro para outro tubo; 2.Otimiza o trabalho técnico; 3.Reduz o risco de acidentes de trabalho; Hemograma realizado a partir de amostra de sangue venoso e possibilita a avaliação das células sanguíneas: - Hemácias ou glóbulos vermelhos; - Leucócitos ou glóbulos brancos; - Plaquetas Dados da hematologia são úteis na avaliação: - Capacidade de transporte de OXIGÊNIO – contagem de hemácias e Hb - Reposta à infecção – contagem leucocitária - Probabilidade de coagulação sanguínea – contagem de plaquetas Anticoagulantes usados em Hematologia EDTA • É o anticoagulante mais adequado para a rotina hematológica (hemograma) • Quelante de cálcio no sangue • 10μL de anticoagulante / 1mL de sangue • Vantagens: • Não altera a morfologia das células • Não dilui o sangue e impede a agregação plaquetária Citrato de Sódio • É o anticoagulante para testes de coagulação e prova de agregação plaquetária • Reage com o cálcio formando um composto insolúvel • 1mL de anticoagulante / 9mL de sangue • Desvantagem: • Altera a morfologia das células e dilui o sangue Heparina • Inibe a trombina e outros estágios da coagulação • Vantagens: • Não altera a morfologia das células e não dilui o sangue • Desvantagem: • Preço mais elevado que o EDTA Visualizamos as células através da extensão sanguínea e coloração da extensão. ‘ Coloração Sanguínea • Número 1: Fixador, irá preservar as células da decomposição, bloquear reações químicas que possam estar em andamento, além de aumentar a resistência e estabilidade do esfregaço • Número 2: Corante Ácido, irá corar de róseo a vermelho os componentes básicos das células • Número 3: Corante básico, irá corar de roxo-azulado componentes ácidos das células, como o núcleo. 1. Após realizar o esfregaço sanguíneo, esperar secar em temperatura ambiente; 2 Preencher três recipientes com os respectivos reagentes do Kit (como cubas de Coplin ou até mesmo tubos cônicos de 50 ml); 3 Submergir as lâminas (com movimentos contínuos de cima para baixo) por 5 segundos em cada uma das soluções (5 imersões de 1 segundo cada, esperando escorrer bem entre as soluções); 4 Ao final da coloração, lavar as lâminas com água destilada e esperar secar antes da leitura em microscópio. Identificação das células Monócito • Célula mononucleada do sangue circulante, de grande dimensão (diâmetro médio de 20 mícrons) • Os monócitos são células grandes, que quando se diferenciam em macrófagos são responsáveis pela fagocitose de corpos estranhos. • Têm como características a ausência de grânulos e são mononucleados com abundante citoplasma e grande núcleo em forma de ferradura. Sua forma pode variar, e alguma vez nota- se a presença de pseudopodes. ‘ Linfócito • Os linfócitos são um tipo de glóbulo e estão com a nosso específico branco relacionados proteção do organismo. Podemos classificá-los em linfócito T,B. • Apresenta núcleo grande e pouco citoplasma Neutrófilo • São leucócitos polimorfo nucleados, possuem um núcleo segmentado em 3 a 5 lóbulos conectados e possuem grânulos citoplasmáticos. • São os primeiros a chegar às áreas de inflamação, tendo uma grande capacidade de fagocitose. Estão envolvidos na defesa contra bactérias e fungos. Basófilos • Núcleo possui dois segmentos, apresenta citoplasma com grande quantidade de grânulos. • Os grânulos possuem heparina e histamina‘ Eosinófilos • São caracterizados pelo seu núcleo bilobulado e numerosas granulações. • São células do sistema imune responsáveis pela ação contra parasitas multicelulares e certas infecções nos vertebrados. Junto com os mastócitos, também controlam mecanismos associados com a alergia e asma! Definições EAS – Elementos Anormais e Sedimentoscopia Exame “padrão”. É constituído pela determinação das características físicas, elementos anormais e exame do sedimento. Urocultura é o cultivo em meio de cultura da amostra O exame de urina de rotina deve ser entendido como um teste de triagem, capaz de fornecer informações úteis que possibilitam o diagnóstico de eventuais problemas nos rins e nas vias urinárias, como processos irritativos, inflamatórios ou infecciosos, além de alguns distúrbios metabólicos, como diabete melito e insípido, e distúrbios do equilíbrio acidobásico. Algumas características da urina se modificam ao longo do dia, dependendo: • do tempo de jejum; • da atividade física; • do uso de determinados medicamentos; De forma ideal a urina deve ser coletada, no mínimo 2h após a última micção, sem que o indivíduo tenha realizado atividade física intensa nas seis horas precedentes. ‘ Tipos de amostras de urina: Amostra aleatória: Mais comum; Pode ser coletada a qualquer momento – horário de micção deve ser informado. Primeira amostra da manhã: Amostra ideal – mais concentrada; Coleta imediatamente após se levantar. Segunda amostra da manhã: Em jejum após a primeira micção; Minimiza interferências dos metabólitos de alimentos ingeridos na noite anterior. Instruções aos pacientes: • Fazer a higiene da região genital com água e sabão; • A amostra deve ser colhida em recipiente apropriado (ESTÉRIL) fornecido pelo laboratório; • Colher no mínimo um volume de 10mL; • Desprezar o primeiro jato urinário; • Coletar o jato médio no frasco; A amostra deve ser entregue num prazo máximo de 2 horas para análise. O Laboratório deve ser informado do uso de algum medicamento (ex: antibiótico e/ou antissépticos urinários). Mulheres menstruadas não devem efetuar a coleta até 3 dias após o término da menstruação. O ideal é fazer o exame fora do período menstrual, contudo, nos casos de urgência a urina pode ser colhida tomando-se cuidado com a assepsia para tentar evitar que o sangue menstrual se misture à urina. Instruções Específicas - Urocultura A coleta deverá ser realizada 3 dias após o término do uso do antibiótico. Evitar coletar em uso de antimicrobianos, salvo sob recomendação médica! Instruções Específicas Crianças Colocar o coletor de urina infantil estéril após rigorosa higiene na criança. Há troca de coletores e assepsia a cada 45 minutos. Evitar amostras com contaminação de fezes. Após a coleta retirar o coletor e encaminhar ao laboratório para análise sem demora na entrega. Informar se faz uso de algum medicamento Coleta de Urina 24hs / 12hs É o volume de urina coletado nas 24 horas para fins laboratoriais • Orientar o paciente sobre a finalidade do exame, necessidade de coletar a urina de todas as micções e a técnica de coleta; • Orientar a equipe de enfermagem sobre a necessidade da observação da diurese e da eliminação pelo paciente; ‘ • Para iniciar a coleta peça ao paciente que urine, despreze esta urina e anote o horário; • Toda a urina a partir deste momento deverá ser colhida e a amostra final deverá ser obtida o mais próximo possível do término do período de coleta • Primeiro dia: às 7 horas da manhã, urine, procurando esvaziar ao máximo a bexiga; despreze todo volume dessa amostra e inicie a coleta de todo o volume de todas as urinas das próximas 24 horas; • Segundo dia: também, exatamente às 7 horas da manhã, ou seja, na mesma hora do dia anterior em que começou a coleta, urine, esforçando-se para esvaziar totalmente a bexiga. Acrescente todo o volume desta micção à urina coletada anteriormente; Durante todo o período de coleta, mantenha sua dieta e atividades físicas habituais; • A primeira micção (urina) da manhã deve ser desprezada, esvaziando a bexiga, dando-se início a coleta. • Recolher todas as micções seguintes, sem perdas, nas 24 horas seguintes, incluindo a primeira micção do dia seguinte. • Mulheres menstruadas não devem efetuar a coleta até 3 dias após o término da menstruação. Clearence de Creatinina Deve ser informado ao laboratório o peso e a altura do paciente. Este deverá comparecer ao laboratório em jejum para colher sangue para dosagem de creatinina sanguínea Transporte e Armazenamento • “Enviar imediatamente ao laboratório”; • Manter em local fresco por no máximo 2 hs; • Transporte > que 2 hs conservar em geladeira (2 - 8ºC); • Transportar em maletas rígidas apropriadas com gelo reciclável; • Evitar vazamentos colocando cada copo coletor dentro de saco plástico. Condições para não aceitar uma amostra: 1. Falta de identificação no recipiente da amostra; 2. Apresentar volume insuficiente; 3. Apresentar contaminação fecal ou vaginal; ou menstruação; 4. Demora na entrega da urina após a coleta; 5. Recipiente contaminado externamente; 6. Coleta em frasco não adequado; ‘ Análise de amostra de Urina Urina de 24h • Clearance ou Depuração de Creatinina que avalia a taxa de filtração dos rins. • Proteínas, incluindo a Albumina; • Sódio; • Cálcio; • Ácido úrico; • Citrato; • Oxalato; • Potássio. Depuração de creatinina Medir o volume total da urina e calcular o volume/minuto dividindo o volume pelo número de minutos em que a amostra de urina foi colhida. Em uma colheita de 24 horas dividir por 1440 (24 horas x 60 minutos). 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑝𝑙𝑎𝑠𝑚𝑎 𝑑𝑒𝑝𝑢𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟 min = 𝑈 𝑥 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (24ℎ𝑆) 𝑥 1440 onde: U = creatinina na urina (mg/dL) S = creatinina no soro (mg/dL) Volume 24 h = volume urinário de 24 horas Deve-se ter segurança de que as medições da creatinina na urina e no plasma foram realizadas dentro dos requisitos de exatidão e que o fator de correção devido à diluição da amostra de urina foi aplicado corretamente. Depuração Corrigida Para que o resultado obtido possa ser correlacionado com os valores de referência, deve-se corrigir a depuração encontrada usando um fator que leve em conta a superfície corporal do paciente 𝐷𝑒𝑝𝑢𝑟𝑎çã𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 = 𝐷𝑒𝑝𝑢𝑟𝑎çã𝑜 𝑠𝑒𝑚 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒çã𝑜 𝑥 1,73 𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒𝐶𝑜𝑟𝑝𝑜𝑟𝑎𝑙 SC (m²) = (Peso em kg x 4) + 7 / Peso em kg + 90 Exame físico da urina ou Exame qualitativo Nos dá informação preliminar sobre: Hemorragia glomerular; Hepatopatias; Erros inatos do metabolismo; Infecções do trato urinário; Podem, ainda, confirmar ou explicar os achados nas etapas de análise química e microscópica da urina. ‘ Análise Física: São avaliados os seguintes fatores: Cor Odor Aspecto Volume Cor: • Diferentes tonalidades de amarelo • Produção e excreção constante do urocromo • Bom índice de concentração urinária e hidratação • Cor vs. presença de patologias Odor: O odor é característico (suis generis) e formado pelos componentes aromáticos da urina. Quando se deixa a amostra em repouso, o odor de amônia é predominante, devido a degradação da ureia. As causas de alteração de odores são: infecções bacterianas (odor forte e desagradável) e a presença de corpos cetônicos do jejum prolongado ou diabéticos (odor adocicado). Aspecto: Refere-se à transparência da amostra. Aspecto vs. Patologias Recipiente transparente. Termos utilizados: Transparente/Límpido. Semi-turvo Turvo/Opaco. Leitoso. Densidade Urinária Urina = água + substâncias químicas; Avaliado pela fita reativa na próxima etapa do exame. Avaliação da capacidade renal de reabsorção e concentração de substâncias. Valores de referência: 1015 a 1025 Fitas Reagentes: Meio simples e rápido de realizar váriasanálises bioquímicas simultâneas. Quadrados de papeis absorventes impregnados por substâncias químicas e presos em tiras de plástico. Exame Químico: Fitas Reagentes: Não devem ser utilizadas após a data de expiração Devem ser guardadas em frasco original expor à luz nem Não umidade Frascos bem fechados Retirar quantidades para uso Evitar usar tiras de diferentes frascos pH Papel na regulação do equilíbrio ácido básico; Detecção de possíveis distúrbios eletrolíticos sistêmicos de origem metabólica ou respiratória. Valores de referência: 5,5 a 6,5 ‘ Proteínas Quantidade normal diária Proteinúria: Indicador de doença renal. Valores de referência: Negativo Quando positivo: expresso em + a ++++ ou em mg/dL Glicose Avaliação de Diabetes Mellitus, e distúrbios de reabsorção tubular. Valores de referência: Negativo. Quando positivo pode ser liberado em + a ++++ ou mg/dL Cetonas Avaliação de Diabetes Mellitus (cetoacidose), jejum prolongado. Valores de referência: negativo. Quando positivo expresso por : + a ++++ ou mg/dL Traços, pequena, moderada e grande quantidade Sangue Detecção e avaliação das hematúrias. Valores de referência: negativo. Quando positivo, liberado em traços, pequena, moderada ou grande quantidade ou de + a +++. Bilirrubina Indicação precoce de hepatopatias. Valores de referência: negativo Quando positivo deve ser liberado em + a +++ ou pequena, moderada ou grande quantidade. Urobilinogênio Avaliação de distúrbios hepáticos e hemolíticos. Valores de referência: < 1mg/dL. Quando positivo liberar em mg/dL. Nitrito Avaliação de processos infecciosos do trato urinário (ITU). Valores de referência: negativo. Leucócitos Avaliação de processos infecciosos e inflamatórios do trato urinário (ITU). Pode ocorrer com ou sem bacteriúria. Valores de referência: negativo. Quando positivo liberar em + a +++ ou traços, pequena, moderada ou grande quantidade. Sedimentoscopia 1. Colocar a 10ml de urina em um tubo falcon 2. Centrifugar o tubo a 1.500 - 2.000 rpm durante 5 min. 3. Descartar o sobrenadante 4. Homogeneizar o sedimento 5. Colocar 20 microlitros do sedimento em uma lâmina de microscopia 6. Colocar uma lamínula 20x20 sobre o sedimento 7. Observar ao microscópio inicialmente em pequeno aumento (100x – objetiva de 10x) 8. Realizar a contagem em aumento de 400x (objetiva de 40x) 9. Contar no mínimo 10 campos Elementos que devem ser contados: leucócitos, eritrócitos e cilindros. Expressar os resultados como número de elementos por campo microscópico. < 1 por campo = Raros ‘ 1 a 39 por campo = Contar 40 a 100 por campo = Muitos > 100 por campo = Numerosos Por quê analisamos material fecal? Análises macroscópicas, microscópicas e bioquímicas para a detecção precoce de sangramento intestinal, distúrbios hepáticos e dos ductos biliares e síndromes de má absorção. De igual valor diagnóstico são a detecção e identificação de bactérias patogênicas e parasitas. Principais finalidades: Estudo das funções digestivas; Dosagem de gordura fecal (esteatorréia); Pesquisa de sangue oculto; Pesquisa de ovos e parasitas; Coprocultura; Identificação da amostra: Nome; Idade; N de identificação do laboratório; Hora da coleta; Hora da chegada ao laboratório. Tipos de exames de fezes: Parasitológico ou Protoparasitológico ; Coprocultura; Pesquisa de Sangue Oculto; Pesquisa de Rotavírus. ‘ Orientações Gerais: Receber as fezes em recipiente adequado; As instruções sobre a coleta de fezes devem ser claras e passadas ao paciente; Orientar o paciente para evitar misturar fezes com urina ou contamina-las com água do sanitário, que pode conter produtos químicos; Evacuar em recipiente limpo e seco e transferir uma porção das fezes recém-emitidas para o frasco coletor, tendo o cuidado para não ultrapassar a metade do frasco. A coleta deve ser orientada a ser feita na consistência em que as fezes se encontram: • Aquosas; • Liquefeitas; • Pastosas; • Amolecidas; • Firmes; • Petrificadas. TEMPO ENTRE A COLETA E A REALIZAÇÃO DO EXAME Liquefeitas ou diarreicas frescas - Examinadas em até 30 min; Pastosas – até 60min; Formadas ou endurecidas – no mesmo dia ou até nodia seguinte. ‘ CONSERVAÇÃO Refrigeração. Se caso for necessário conservantes químicos, a proporção utilizada é de 3 partes de qualquer conservante para uma parte de fezes. A mistura deve ser bem homogeneizada. • O formol e o MIF preservam ovos, cistos e trofozoítos para exames a fresco; • PVA e o SAF preservam trofozoítos para coloração permanente. AGENTES INTEREFERENTES Medicamentos antimaláricos; AAS; Antibióticos; Contrastes radiológicos; Óleo mineral. Interferem na existência de protozoários e deve-se aguardar 7 dias para realização do exame. PROTOPARASITOLÓGICO (PPF OU EPF) Quando requerido, 3 amostras de fezes devem ser colhidas em dias diferentes e seguidos; Conservar refrigerada; Não utilizar laxantes; Material deverá ser colhido mesmo apresentando-se diarreico, com muco, pus ou sangue. Interferentes • Contaminação com urina; • Contraste radiológico na véspera do exame; • Laxantes. ‘ EXAME MACROSCÓPIO: Muco; Sangue; Alimentos mal digeridos; Vermes adultos; Achados incomuns EXAME MICROSCÓPIO: Helmintos: ovos e larvas; Protozoários: cistos, oocistos e trofozoítos. Coprocultura Colher a amostra em recipiente próprio contendo o meio de transporte Cary Blair e enviar ao laboratório até 24h após a coleta. É suficiente introduzir somente a ponta do swab nas fezes recém emitidas e colocar este no meio Cary Blair. Não refrigerar e não usar laxante para coleta Pesquisa de sangue oculto: Necessário preparo: 3 dias em dieta a carnes e derivados, bem como alimentos hiperpigmentados ou que contenham alta atividade de peroxidase: beterraba, espinafre, rabanete, nabo, couve, brócolis, maçã, banana, couve-flor, melão, dentre outros; Não usar medicamentos irritantes da mucosa gástrica, como antiinflamatórios (corticóides), aspirina, ferro e Vitamina C; Evitar sangramento de vias orais altas, como gengival ou nasal. Em caso de sangramentos, inclusive hemorroidal, a coleta deve ser adiada; No terceiro dia da dieta colher uma amostra de fezes e encaminhar ao setor de coleta no mesmo dia ou no máximo até o dia seguinte, desde que conservada em geladeira. ‘ O que é? • Instrumento de auxílio e fundamentação médica no raciocínio clínico e consequente tomada de conduta clínica; • Ferramenta de otimização de diagnóstico, acompanhamento de tratamentos e evolução de patologias e prognóstico do paciente. Um bom laudo laboratorial deve conter: • Exatidão, • Precisão, • Sensibilidade, • Especificidade PADRONIZAÇÃO DE LAUDOS • Termos técnicos e frases; • Maior produtividade; • Maior assertividade; • Menor chance de utilização de termos dúbios; • Resultados anteriores são importantes! • Termos que não comprometam o laboratório. Com um único modelo de laudo, ganha-se tempo! ORDEM 1. HEMATOLOGIA 2. IMUNOLOGIA 3. BIOQUÍMICA 4. URINÁLISE 5. MICROBIOLOGIA/CITOLOGIA 6. PARASITOLOGIA ‘ 1 e 2. HEMATOLOGIA e IMUNOLOGIA Eritrograma: 1. quantidade de eritrócitos; 2. dosagens de hemoglobina e hematócrito; 3. índices hematimétricos Leucograma: 1. Basófilos; 2. Eosinófilos; 3. Mielócitos; 4. Metamielócitos; 5. Bastões; 6. Segmentados; 7. Linfócitos; 8. Monócitos 3. BIOQUÍMICA 1. Enzimas cardíacas; 2. Enzimas hepáticas; 3. Enzimas renais; 4. Enzimas digestivas; 5. Enzimas gerais; 6. Hormônios; 7. Proteínas e lipídeos; 8. Eletrólitos ‘ 4. URINÁLISE 1 - Análise física: Cor; Odor; Aspecto. 2 - Análise bioquímica: pH; densidade; proteína; glicose;hemoglobina; bilirrubina; urobilinogênio; nitrato 3– Análise microscópica (sedimentoscopia): Cilindros; Cristais; Achados incomuns. 5.MICROBIOLOGIA/CITOLOGIA 1- Microbiologia: Contagem total de microorganismos; Contagem de Bolores e leveduras totais; Contagem de UFCs totais. 2- Citologia: Origem da amostra deve ser mencionada; Observação de adaptações celulares; Observação de Alterações celulares. 6. PARASITOLOGIA 1. Ovos e cistos; 2. Larvas; 3. Helmintos adultos.
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