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Sociologia do trabalho

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Sociologia do trabalho
Desafio
A sociologia do trabalho se configura como um eficiente meio de compreensão do mundo atual. Assim, imagine que você está realizando uma pesquisa entre os trabalhadores de uma feira livre que ocorre semanalmente, com o objetivo de descobrir a dinâmica de trabalho daquele grupo social.
Em seu levantamento inicial sobre o histórico da feira e dessa região da cidade, você descobriu que, apesar da predominância da informalidade (ou seja, a ausência de vínculo empregatício), existem alguns empregadores que assinam a carteira de seus funcionários.
​​​​​​​Outra informação obtida é que alguns dos trabalhadores da feira não têm interesse em assinar a carteira de trabalho.
Diante desse cenário, indique quais procedimentos podem ser executados para compreender o contexto do trabalho nessa região.
Sua resposta
* 
Enviado em: 12/05/2022 12:29
Padrão de resposta esperado
A pesquisa sociológica deve analisar os discursos dos indivíduos pesquisados para além do que é dito. Assim, informações obtidas de outras pessoas podem levar a uma compreensão mais ampla da dinâmica do trabalho nessa situação.
Em termos metodológicos, os procedimentos consistem em visitar a feira para fazer observação participante, estabelecer conversas informais e realizar entrevistas com trabalhadores e pessoas da região.
A descoberta de que alguns poucos empregadores assinam a carteira de seus funcionários aponta que a lógica da informalidade tem características próprias. Cabe ao pesquisador verificar se esse empregador mantém todos os seus funcionários na legalidade ou se essa é apenas uma exceção.
Em muitos casos, alguns trabalhadores não querem assinar carteira nem ter um horário fixo de trabalho para poder realizar outras atividades e complementar a sua renda. Nesse sentido, em relação aos trabalhadores que não desejam entrar na formalidade, é preciso uma investigação que coloque em cena os motivos dessa decisão.
É por meio dessas medidas que se pode obter dados fundamentais para a construção de um olhar mais amplo sobre a realidade pesquisada, como salário, horário de trabalho, hierarquia entre os funcionários e riscos à saúde.
1. 
Com o desenvolvimento do capitalismo, surgiram formas de organização do trabalho que visavam ao aumento da produção e à expansão do lucro, como o taylorismo. Em relação a esse modo específico de orientar a produção, assinale a alternativa correta.
A. 
No taylorismo, o ritmo de trabalho é baseado no rendimento individual.
No taylorismo, o ritmo de trabalho e o aumento da produtividade não são ditados pelas máquinas, e sim pelo rendimento individual do trabalhador. É no fordismo que a linha de montagem se baseia no ritmo das máquinas (ao qual o trabalhador também precisa se adaptar).
Essa divisão do trabalho não incentiva a atividade intelectual do trabalhador, pois ele não toma decisões, realiza apenas uma atividade específica e não tem uma visão ampla do processo de produção.
2. 
A sociologia do trabalho se dedica ao estudo das formas de trabalho e suas mutações ao longo dos anos. Considerando as transformações ocorridas no mundo do trabalho no final do século XX e nas primeiras décadas do século XXI, observe as alternativas a seguir e marque a que contém uma afirmação correta.
D. 
Percebe-se a exclusão de pessoas mais velhas do mercado de trabalho.
Nas últimas décadas, a sociologia do trabalho, contrapondo-se ao senso comum, afirma que o trabalho se configura em uma dimensão da vida social cada vez mais forte. No entanto, as formas de trabalho vêm sofrendo transformações nas últimas décadas:
- O aumento de trabalhadores informais, em modalidades de trabalho precarizado, em fábricas no setor de serviços.
- A expansão do trabalho feminino, no entanto, em cargos de trabalho intensivo e que exigem menores níveis de qualificação. Atividades de tomada de decisões permanecem em maior parte destinadas aos homens.
- Os jovens encontram dificuldades em achar emprego e acabam por trabalhar em ocupações precárias e sem estabilidade.
- Ao mesmo tempo, os mais velhos, com experiência de trabalho nos moldes fordistas e em atividades muito especificas, também são excluídos do mercado de trabalho, por não serem profissionais polivalentes.
3. 
A categoria trabalho tem um lugar de destaque no âmbito da teoria sociológica clássica. Observe as alternativas a seguir e marque a que contém uma afirmação correta e de acordo com o pensamento de Karl Marx sobre o trabalho na sociedade capitalista.
B. 
O trabalhador é explorado pelos detentores dos meios de produção.
De acordo com Marx, o sistema capitalista subverte a lógica do trabalho. Se este deveria ser uma atividade em que os indivíduos encontram satisfação, na sociedade capitalista o trabalho consiste em uma forma de exploração dos que não têm meios de produção pela classe que tem esses meios. Assim, em regime de exploração, o trabalhador não se realiza com suas atividades (só as faz em troca de um salário para subsistência) nem se reconhece nas mercadorias que produz. Para Marx, o trabalho na sociedade capitalista gera e reafirma a desigualdade social, ao contrário de Durkheim, que via no trabalho uma fonte de solidariedade social.
4. 
Ao analisar as transformações sociais da vida moderna, Émile Durkheim considerou o trabalho como um importante fator da organização social. Em relação à divisão do trabalho na perspectiva durkheimiana, assinale a alternativa correta.
E. 
A intensificação da divisão do trabalho gerou maior diferenciação social.
A divisão do trabalho, para Durkheim, resulta na aproximação e na interdependência dos indivíduos entre si. Nas sociedades modernas, a intensificação da divisão do trabalho gerou maior diferenciação social e laços entre as pessoas. Esse aumento da divisão do trabalho nas sociedades complexas acarreta em um vínculo entre os indivíduos, chamado por Durkheim de solidariedade orgânica. Essa solidariedade age como uma cola social que aproxima as pessoas, fortalecendo as consciências individuais. A solidariedade orgânica, por sua vez, é característica das sociedades ditas primitivas e fortalece a consciência coletiva. Já a divisão anômica do trabalho, diz Durkheim, não gera solidariedade nem integração social.
5. 
Os sindicatos são organizações criadas para defender os interesses dos trabalhadores e têm, como algumas de suas funções, dar voz a esses indivíduos e negociar condições dignas de trabalho. A partir do debate sobre a organização sindical no Brasil, assinale a alternativa correta.
C. 
As greves dos operários nos anos 1970 e 1980 abrangiam reivindicações pela democracia.
A CLT foi criada nos anos 1930, como algo doado pelo então presidente Getúlio Vargas, que, por meio de uma política populista, tinha como meta controlar as associações dos trabalhadores. Nesse sentido, os primeiros sindicatos brasileiros surgiram como organizações dependentes, vinculadas ao Ministério do Trabalho.
Já a década de 1960 foi de sufocamento desses movimentos, em razão da implantação do Regime Militar no Brasil. Foi somente no final da década de 1970 que surgiu o Novo Sindicalismo no Brasil, manifestado pelas greves dos operários do ABC Paulista. Essas reivindicações abrangiam não só as condições de trabalho e salários, mas também acabaram por pressionar o governo para uma abertura democrática.
Atualmente, os sindicatos fiscalizam a aplicação das leis trabalhistas. Com a flexibilização e a terceirização do trabalho, esses direitos passam a ser menos concedidos, prejudicando o trabalhador e o colocando em situação de instabilidade profissional e financeira.
Desigualdades étnico-raciais
Desafio
Mulheres negras, segundo o Instituto da Mulher Negra – Geledés –, ganham menos que homens brancos e homens negros, menos que mulheres brancas. São as que mais lidam com a condição de solidão afetiva e celibato, sendo responsáveis por cuidar sozinhas de filhos abandonados pelos pais ou órfãos pela violência do Estado. Esse cenário mostra o despreparo do Estado em acolher e oferecer oportunidades para equidade quando o elemento “gênero” éadicionado à equação do racismo estrutural.
Veja alguns relatos e histórias que mostram o que estamos falando.
Para essa temática, o seu desafio será conceber um ciclo de atividades e seminários sobre mulheres negras: violência e vulnerabilidades, na escola, para ser aplicado em novembro (mês da consciência negra), para alunos, pais e professores.  
Imagine-se professor de uma escola pública ou privada. A direção o coloca como responsável por elaborar, dentro do mês da consciência negra, um dia inteiro de atividades pedagógicas que tratem especificamente da violência e vulnerabilidade das mulheres negras, para alunos, pais e professores. Defina:
1. Como se chamaria essa atividade?
2. Descreva o cronograma do projeto
3. Teria alguma programação cultural na agenda? Se sim, quais?
4. Que convidados(as) ou entidades seriam chamadas para se apresentar?
Sua resposta
* 
Enviado em: 13/05/2022 12:09
Padrão de resposta esperado
1. Mulheres negras no século XXI: Racismo estrutural e sexismo no Brasil
2. 8h – Mesa de abertura com diretor(a), responsável docente e representante discente da escola
8h30 – Roda de conversa sobre história da África e o papel das mulheres negras nos povoados africanos com o(a)s docentes de história, geografia e sociologia.
10h – Oficinas de culinária africana, turbante, capoeira, danças circulares e ritmos africanos
13h30 – Roda de conversa sobre feminicídio negro no Brasil, violência e as políticas públicas direcionadas a essa população. Participação da pesquisadora Dra. Jackeline Aparecida Ferreira Romio – UNICAMP
15h30 – Apresentação cultural: Slam das minas. Eventos de 'batalhas de versos' que se firmam como espaço de literatura nas periferias.
16h30 - Palestra com a escritora e pesquisadora Djamila Ribeiro sobre feminismo negro e lugar de fala 18h30 – Cine-debate com o longa “Preciosa”, seguido de debate com a escritora Conceição Evaristo
(itens 3 e 4 descritos na programação)
1. 
Gilberto Freyre produziu dois ensaios essenciais para a construção da sociologia das relações raciais no Brasil. No entanto, tais ensaios tinham uma perspectiva romantizada da presença do negro no Brasil, privilegiando:
C. 
as contribuições culturais dos povos negros à cultura brasileira, especialmente por meio da culinária e da música.
A sociologia ensaística de Gilberto Freyre, que foi um dos trabalhos mais originais dos estudos brasileiros do início do século XX, privilegiava as contribuições culturais dos negros escravizados à cultura brasileira, sem ater-se às violências sofridas por essa etnia.
2. 
A partir do ponto de vista biológico, a atribuição do conceito de raça a seres humanos é:
C. 
inadequada, pois não há diferenças genéticas significativas entre seres humanos, dividindo-os em subespécies.
Do ponto de vista biológico, a utilização do termo "raça" para grupos culturais humanos é inadequada, uma vez que raças indicam diferenças genéticas expressivas e, entre seres humanos, apesar de diferenças fenotípicas, ou seja, de aparência, não existem diferenças genéticas significativas. 
3. 
As ações afirmativas podem ser derivadas de políticas públicas especiais que buscam:
A. 
corrigir, por meio de projetos que observam as especificidades de um grupo, injustiças históricas e desigualdades sociais.
As ações afirmativas são derivadas de políticas públicas elaboradas para a promoção da igualdade social e, por isso, têm como foco corrigir injustiças sociais e desigualdades, não corroborando ações que permitam a manutenção de opressões praticadas por grupos de elite ou pelo patriarcado.
4. 
As ações para a equidade social se destinam a observar diferenças entre grupos culturais que fazem com que uns tenham menos oportunidades e bem-estar do que outros, trabalhando para que tais diferenças não se tornem impedimento ao crescimento e à valorização e constituindo um caminho possível para que a sociedade se torne igualitária e justa. Assinale a alternativa que apresenta ações que promovem a equidade social:
B. 
PROUNI, FIES, Estatuto da Igualdade Racial.
POUNI, FIES e Estatuto da Igualdade Racial são elementos que auxiliam grupos minoritários a terem oportunidades educacionais, segurança social e financeira, auxiliando, portanto, na promoção da equidade social. 
Elementos de atribuição social geral e irrestrita, como alistamento militar, vacinação, Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e políticas de desarmamento, são elaboradas para a sociedade em seu contexto mais amplo e auxiliam na promoção da igualdade. 
5. 
Os conflitos étnicos tendem a evoluir para conflitos armados separatistas quando:
C. 
existe uma disputa por território.
Historicamente, os conflitos étnicos separatistas, ou seja, conflitos em que grupos culturais buscam construir o próprio Estado baseando-se nessa cultura, derivam-se de disputas por territórios.
Os movimentos sociais
Desafio
Os movimentos sociais podem ter cunho religioso, cultural, étnico, financeiro, ambiental, educacional, dentre outros. E, para alcançarem visibilidade, precisam sensibilizar outros setores da sociedade na qual se inserem.
Provavelmente existe algo que você gostaria de melhorar em sua comunidade ou que gostaria que tivesse mais projeção, que as pessoas conhecessem mais, não é verdade?
Tendo esse exemplo, crie uma proposta de movimento social para sensibilizar a sua comunidade sobre a importância do patrimônio histórico brasileiro. Escolha um acervo histórico ou museu de história natural de sua cidade, liste dois patrimônios materiais (prédios históricos, obras, animais, artefatos) e explique a importância deles para a manutenção e o enriquecimento da cultura brasileira.
Além disso, identifique:
-Que tipos de atores fariam parte do grupo?
-Qual é a principal demanda, ou seja, qual é a pauta reivindicativa do movimento?
Sua resposta
* 
Enviado em: 13/05/2022 13:07
Padrão de resposta esperado
Todo patrimônio histórico é importante para o conhecimento das trajetórias políticas, sociais e econômicas de um país, mesmo aqueles itens que revelam páginas desagradáveis da história, como guerras e situações em que houve perda material e humana. Por isso, todos devem ser protegidos e valorizados de forma integral.
Como exemplo de criação de movimento social que visa à sensibilização para o patrimônio histórico, pode-se observar a constituição do transporte na cidade de Araraquara, interior de São Paulo. Trata-se de uma cidade pequena, mas que foi peça-chave na expansão ferroviária que ligava o Centro-Oeste do país aos portos da Região Sudeste. A linha férrea e os trens antigos podem ser os dois itens protegidos. O movimento seria composto por moradores locais, já participantes de associações de moradores, e a principal demanda seria conseguir investimento por parte do governo federal para a restauração dos trens e sua transformação em partes de um museu sobre a história ferroviária do país.
1. 
​​​​​​​Quais são os dois elementos que, respectivamente, modelam a estrutura e direcionam a ação dos movimentos sociais contemporâneos?
C. 
Agenda e pauta.
Os dois elementos que modelam a estrutura e direcionam as ações dos movimentos sociais são agenda e pauta, respectivamente. O assunto é um elemento superficial que pode estar atrelado à temática central, enquanto os partidos podem estar associados ou não à bandeira levantada pelo movimento.
2. 
O sociológo Alberto Melucci é um dos pensadores que mais contribuíram para a compreensão dos novos movimentos sociais nas últimas décadas do século XX. De acordo com ele, o que representam os protagonistas dos movimentos? Escolha a opção correta.
D. 
Atores.
O sociólogo Alberto Melucci elaborou a teoria do protagonismo civil por meio da mobilização dos atores sociais nos movimentos, constituindo redes de ação e interação. Dentro do movimento, os atores podem ocupar diversos papéis, como líderes, motivadores e, externamente, sem envolvimento direto, podem ser apoiadores da causa ou ainda contestar a ordem social vigente.
3. 
Os movimentos sociais, sua ação e a resposta a eles proveniente do Estado são indicadores das possibilidadesde equilíbrio democrático numa sociedade. Sendo assim, qual é o sentido da mobilização, da agenda e das pautas dos movimentos sociais de contestação? Assinale a alternativa correta.
A. 
Da sociedade civil para o Estado.
Os movimentos sociais de contestação se direcionam da sociedade civil para o Estado, de forma a conseguirem que as instituições elaborem políticas públicas e dispositivos legislativos que favoreçam suas pautas e sanem suas demandas.
4. 
No início do século XX, a ocupação dos espaços públicos na forma de movimentos sociais, especialmente nos Estados democráticos, estabelece nova forma de diálogo entre sociedade civil e Estado. Como essa relação passa a ser? Marque a opção correta.
E. 
Horizontalizada: Estado e sociedade civil dialogam de forma igualitária.
O espaço democrático de diálogo, definido por Jurgen Habermas como espaço público, estabelece uma interação horizontalizada entre sociedade civil e Estado, onde ambos têm poder e não há dominação de um sobre o outro, embora o Estado continue a estabelecer regras e dispositivos para a manutenção da ordem interna à sociedade civil.
5. 
Os movimentos sociais podem ter como pauta a sensibilização social, na busca de empatia, aceitação e respeito de um grupo, ou ainda a obtenção de políticas públicas que resolvam determinado problema. Escolha entre as alternativas a seguir aquela que exprime uma pauta de sensibilização social, cujo movimento de diálogo se dá da sociedade civil para a sociedade civil.
B. 
Movimento de conscientização das potencialidades profissionais de pessoas no espectro do autismo.
Movimentos de conscientização buscam chamar a atenção de setores do tecido social para determinada causa, promovendo o acolhimento, a aceitação e a informação. No caso de um movimento sobre as potencialidades profissionais de pessoas no espectro do autismo, portanto, há um direcionamento da sociedade civil para a sociedade civil. Os movimentos sociais que solicitam aportes legislativos precisam da definição de políticas públicas e, sendo assim, o diálogo se direciona da sociedade civil para o Estado.
O homem e a sociedade das massas
Desafio
A sociedade das massas se caracteriza por grandes populações nas metrópoles, consumo e produção em massa.Esses aspectos estabeleceram novas formas de interação entre as pessoas, novas relações, bens e serviços.
​​​​​​​
Sobre a massificação do homem, como ser humano, e da sociedade, pesquise e responda às perguntas:
a) O que caracteriza a massificação do homem?
b) Como se explica o enfraquecimento das formas de ações individuais e das culturas tradicionais?
Sua resposta
+ 
Enviado em: 16/05/2022 12:13
Padrão de resposta esperado
a) A massificação do homem é caracterizada pelo identificar-se e agir de forma semelhante com o que o conjunto social considera, em sua maioria ou senso comum, como "padrão", sem uma análise crítica ou autônoma. Para o filósofo José Ortega y Gasset, o homem-massa é a expressão do conformismo, pois o indivíduo e sua individualidade saem de cena e dão lugar ao sujeito que busca se enquadrar no mundo social massificado, pois sente-se confortável quando se vê igual a todo mundo, ou seja, quando se coloca em conformidade com a massa.
b) O enfraquecimento das formas de ações individuais e das culturas tradicionais podem ser explicados a partir da análise da sociedade de massas, considerando sua contextualização histórica e social e a identificação do homem como produto de massa. Integram essa análise questões ligadas ao desenvolvimento econômico como resultado do processo de industrialização e urbanização, o crescimento na produção de bens e serviços no modelo econômico de sociedade capitalista e as relações burocratizadas entre indivíduos e instituições. Ademais, o advento dos meios de comunicação de massa influenciou, fortemente, os costumes.
​​​​​​​ As referências foram generalizadas no meio social, fazendo com que as formas de ações individuais e as culturas tradicionais fossem consideradas inferiores e frágeis. Assim, o processo de urbanização e a concentração da população nas grandes cidades modificaram o formato das relações entre sujeito, mundo social e instituições do Estado. A formalização das relações entre indivíduo e órgãos institucionais, prevalecendo a racionalidade formal como ferramenta de mediação, enfraqueceu as formas de ações individuais, uma vez que o sujeito está sempre submetido ao julgamento de uma entidade maior, no agregado de forças do conjunto social e diante de uma força muito superior ao indivíduo isoladamente, como é o caso da economia e dos meios de comunicação.
1. 
Na grande área das Ciências Humanas e Sociais, o tema da sociedade das massas é fundamental para a compreensão das ações humanas em uma determinada sociedade, sobretudo a partir do processo de industrialização, modernização e urbanização. A esse respeito, é correto afirmar que:
C. 
sociedade de massas pode ser entendida como a sociedade em que os indivíduos agem de forma manipulada e padronizada.
O conceito de sociedade de massa, utilizado no meio acadêmico, diz respeito a uma forma de organização social específica e recente. Trata-se da sociedade em que a grande maioria da população está inserida em um processo de produção e de consumo, em larga escala, de bens de consumo e serviços, além de estar em conformidade com determinado modelo de comportamento generalizado – padronizado e esperado. Por isso, a palavra “massa” é utilizada, pois faz alusão àquilo que não tem autonomia de ação, que é manipulado. Sociedade de massas pode ser entendida, então, como a sociedade em que os indivíduos agem de forma semelhante no tocante aos gostos e interesses. As principais características da sociedade de massas são: forma de estruturação social observada em sociedades industriais e imersas no processo de modernização; presença de comportamentos de consumo e produção em massa de bens, de produtos e de serviços; as grandes populações das metrópoles constituem-se como sociedades de massas.
2. 
Assinale a alternativa correta considerando o momento histórico, os processos e os contextos que influenciaram o surgimento da sociedade de massas
D. 
Foi decisivo o desenvolvimento econômico resultante do rápido processo de industrialização.
Em termos históricos, a sociedade de massa surgiu em um momento tardio no processo de modernização, quando do aumento populacional, ao lado do surgimento dos meios de transporte modernos e da imprensa. Dentre os principais aspectos, está o desenvolvimento econômico resultante do rápido processo de industrialização, com foco na produção em massa de bens de consumo e de serviços. O processo de urbanização e a concentração da população nas grandes cidades, gerando fenômenos como as metrópoles e megalópoles, como centros, culminou em diferentes formas de relações entre sujeitos, sociedade e instituições. No processo da Revolução Industrial, o modelo de produção fordista predominava e caracterizava-se, principalmente, pela produção em série de produtos, como foi o caso da produção em massa de carros com alto rendimento financeiro, a partir de um processo de padronização da produção, com linhas de montagem e fabricação em larga escala. Da mesma forma, a sociedade de massas visa a produzir formas de vida padronizadas, massificadas. Posteriormente, estaria pautada no consumismo, nos ditames dos meios de comunicação de massa, como estratégia de alienação ideológica, e na vida nos grandes centros urbanos.
3. 
A partir do conceito de sociedade de massa, que traduz a culminação de um processo de transformações sociais no contexto da modernização do mundo ocidental, os indivíduos estão imersos e tornam-se, assim, produtos de um processo de massificação. Sobre isso, é correto afirmar que:
E. 
o conceito de "homem-massa" diz respeito ao sujeito em uma sociedade de massa, que "sente-se como todo mundo"
A partir do conceito de sociedade de massa, que traduz a culminação de um processo de transformações sociais no contexto da modernização do mundo ocidental, os indivíduos estão imersos, comsuas subjetividades, preferências, comportamentos e relações sociais. Entretanto, a massificação do homem e da sociedade gera manipulações, conformismos, determinações exteriores e tendências. Ortega y Gasset (2007) denominou o “homem-massa”, ou seja, o sujeito em uma sociedade de massa, em que “sente-se como todo mundo”. Com isso, o homem, ser humano, enquanto sujeito individual, que tem individualidade, é fragilizado. Assim, emana um sujeito que busca, a partir de influências externas a ele, enquadrar-se, padronizar-se, em um processo de homogeneização diante do social massificado, em “conformidade com a massa”. Assim, não há um processo de reflexão, um pensar em profundidade, mas um aprisionamento determinado “para todos”. Nesse sentido, pode-se compreender o homem como produto da massificação, desde o início do século XX, como presente em diferentes classes sociais, grupos e sociedades, pois trata-se de um resultado de uma cultura de massificação, de homogeneidade
4. 
A massificação do homem e da sociedade está atrelada à ideia de padronização em uma sociedade urbanizada, moderna e industrializada. Desse modo, abordagens críticas são fundamentais para se compreender como operam os mecanismos de homogeneização ligados à sociedade de massas e à indústria cultural.
Como abordado no capítulo, adiscussão sobre indústria cultural inclui a reflexão sobre a influência de meios de comunicação sobre a sociedade, como a TV, bem como na padronização de gostos, comportamentos e interesses.
Os pensadores da chamada “Escola de Frankfurt”, fundada em 1924 na Universidade de Frankfurt, Alemanha, discutiram o papel da mídia e seus efeitos nas relações entre informação, consumo, entretenimento e política. Os principais expoentes desse debate são Max Horkheimer e Theodor W. Adorno.
Sobre esse tema, assinale a alternativa correta.
A. 
Uma sociedade massificada pode ser identificada diante do modo de produção capitalista e com bases no consumo.
5. 
No âmbito da sociedade de massa, os meios de comunicação desempenham um determinado papel na propagação da cultura do consumo, de modelos esperados de comportamento e interesses. Sobre o tema, é correto afirmar que:
A. 
há uma imposição cultural, via meios de comunicação de massa.
A discussão sobre a sociedade das massas inclui outras análises, no campo da Sociologia e da Filosofia, como a questão da cultura de massas e da indústria cultural. Inclui-se, ainda, a reflexão sobre a influência de meios de comunicação sobre a sociedade, como a TV, bem como sobre a padronização de gostos, comportamentos e interesses, impactando na subjetividade e na autonomia das pessoas, gerando uma cultura imposta. Há, assim, uma mídia e seus efeitos nas relações entre informação, consumo, entretenimento e política.
Os principais expoentes desse debate são Max Horkheimer e Theodor W. Adorno. Dentre suas obras, está o texto de 1947 “Dialética do Iluminismo”, ou “Dialética do Esclarescimento”, no contexto histórico pós Segunda Guerra Mundial, em que definem indústria cultural como um sistema que visa a produzir bens de cultura como mercadorias e como estratégia de controle social (filmes, músicas, livros). Dessa forma, perdem o papel de bens artísticos ou culturais para tornarem-se um mero mecanismo que visa ao lucro no sistema capitalista, mantendo processos alienantes e não contribuindo para a formação de sujeitos críticos e autônomos.
Violência e criminalidade
Desafio
Para responder a este desafio você deverá focar na diferença entre a vitimização real de um crime e seus efeitos no sentimento público de vitimização.
Vamos ao desafio!
Quanto mais complexas as sociedades atuais, mais complexa fica também a estrutura do crime. Os crimes violentos são uma constante na história, mas o crime organizado e de colarinho branco, inclusive pela internet, são muito recentes. A criminologia não pretende analisar somente o que é crime ou não, mas os efeitos da criminalização de uma conduta e da prática criminosa, em outros âmbitos sociais. Por isso, o sentimento de vitimização é uma das questões importantes neste estudo. Um crime com pequeno potencial ofensivo, como o furto de um celular de alguém conhecido, cria um sentimento de insegurança e medo muito mais forte que um crime de colarinho branco, como o desvio de verbas de saúde, ou a corrupção em alguns setores, como mostram as pesquisas. Um crime de corrupção que retira verbas destinadas para a saúde tem um grande potencial ofensivo e pode matar muitas pessoas indiretamente, mas o sentimento de vitimização (de que sou uma vítima em potencial) é muito pequeno, perto de um crime quase inofensivo como um furto.
Diante disso, responda às seguintes questões:
a) Na sua opinião, porque o sentimento de vitimização é maior em crimes que têm pequeno potencial ofensivo?
b) Apesar de sabermos que os crimes de colarinho branco são muito mais ofensivos, por qual motivo as penas para eles ainda são menores que as penas para crimes contra o patrimônio, como o furto? Não deveria ser o contrário?
Orientação de resposta:
- Analise a relação do sentimento de vitimização devido à proximidade da vítima ao crime e o alcance indireto dos crimes de colarinho branco.
- Reflita sobre como o clamor público e os meios de comunicação em massa interferem na pena.
Enviado em: 17/05/2022 12:07
Padrão de resposta esperado
A vitimização é um sentimento de insegurança e, por isso, nem sempre tem relação com o potencial ofensivo real de um crime. Sendo assim, um crime de furto, praticado em um local próximo e com uma pessoa conhecida, nos deixa muito mais vitimizados, por sentirmos que podemos ser alvo iminente deste crime. Já o desvio de verbas para a saúde, por exemplo, afeta indiretamente a vida das pessoas, porque uma pessoa que morre por falta de médico no atendimento de emergência não é vista como uma vítima do desvio de verba, mas de uma infelicidade, ou por depender do sistema público de saúde. Nesse sentido, apesar de poder criar mais vítimas, os crimes de colarinho branco são falsamente sentidos como distantes da vida cotidiana. Sendo assim, os crimes contra o patrimônio privado, como o furto, são muito penalizados e criam um estigma social muito grande do ator. Em razão do sentimento de vitimização, a mídia e outras esferas públicas dão mais atenção a este tipo de crime e interferem na opinião pública e na produção legislativa sobre a penalização desses crimes. Por isso, há uma interferência direta entre a vitimização, a mídia e o clamor público, com a desproporção das penas, que não se regulam segundo o dano, como seria o ideal.
1. 
O que caracteriza o crime organizado?
C. 
Ser um empreendimento, como uma empresa.
O crime organizado funciona como uma empresa em sua estrutura, mas com objeto ilícito.
2. 
O chamado "crime sem vítima" tem este nome porque:
A. 
Não tem uma vítima de fato, apenas possíveis vítimas, como no crime de porte ilegal de arma.
Neste caso já é crime o próprio fato de colocar as pessoas em risco, mesmo se a arma nunca for usada.
3. 
“Segurança pública é um problema de política criminal”. Qual é o erro nesta afirmação?
A. 
Segurança pública é gênero; e política criminal é uma de suas espécies.
Nem tudo que é segurança pública é um assunto de política criminal, porque além da repressão criminal existe a prevenção social do crime, que também é um problema enfrentado pela segurança pública.
4. 
Qual afirmação abaixo sobre o campo da criminologia é correta?
D. 
Criminologia é o estudo sociológico do fenômeno do crime dentro da sociedade.
Nesse caso, todos os estudos de ciências sociais, inclusive o do direito, são utilizados na criminologia, enquanto estudo do fenômeno do crime na sociedade.
5. 
Qual relação com o sentimento de vitimização abaixo é mais frequente?
E. 
Maior proximidade do crime é igual maior vitimização.
Essa é a relação que ocorre com mais frequência. Independente do potencial ofensivo real, é a proximidade ao crime que traz a insegurança e medo de ser uma possível vítima.
Direitos humanos. Identidade e Alteridade.
Enviado em: 17/05/202212:45
Padrão de resposta esperado
A questão da alteridade é tema que perpassa todo o conteúdo de direitos humanos nos dias atuais. O pensamento de Lévinas é, na verdade, um apelo ao outro. Assim, com a ideia de que a existência do ser humano se dá a partir e na dimensão do rosto do outro, ele nos impulsiona a uma ética limite, que ensina a deixar o outro vir antes que o totalizemos com nossos conceitos racionais. Essa dimensão ética, portanto, inaugura uma responsabilidade perante o outro, esse estranho que nos é diferente e, ao mesmo tempo, partilha conosco a história na qual estamos inseridos.
Assim, perceber essa questão nos conduz a notar que diversas disputas em face dos direitos humanos carecem do termo alteridade para que sua compreensão se dê de maneira mais esclarecida. Entre nós, podemos pensar na população carcerária que cresce todos os dias, mesmo com algumas pessoas defendendo o aumento de penas. Em nosso país, o aumento da população carcerária não diminui o número de homicídios, por exemplo. Logo, percebemos uma mostra irrefutável de que o esquecimento do rosto do outro enquanto preso significa um descaso em face dos direitos humanos. A prisão cumpre o papel de uma espécie de "higienização social", na qual uma parcela empobrecida da população fica à mercê do direito penal, enquanto uma outra parcela nem sequer chega a ser investigada. A relação do sistema prisional com a pobreza desvela uma face complicada de nossa sociedade e de nosso poder judiciário que se divide entre pessoas que "merecem" ser condenadas e viverem em condições sub-humanas e pessoas que precisam de cuidados mais generosos.
Assim, esta reflexão crítica quer mostrar que a alteridade é a saída para a questão dos direitos humanos. O rosto, portanto, não pode ser tratado de maneira diferente por conta da questão social. Logo, para que tenhamos uma política real de direitos humanos, o outro não pode ser rotulado a priori. Por isso mesmo, reconhecê-lo como aquele que me permite estar no mundo nos inunda de responsabilidade ética, o que, por si só, não nos permitiria achar normais as condições com as quais essas pessoas têm que conviver. O senso comum considera natural tratar alguns seres humanos como animais. Essa selvageria não tarda em bater à porta destas mesmas pessoas que imaginam que nem todos os humanos devem ter seus direitos resguardados.
1. 
A ideia dos direitos humanos invoca um reino de justiça e moralidade que está além de leis e costumes de determinados países, culturas e religiões. Sobre os direitos humanos e a alteridade, marque a alternativa INCORRETA.
E. 
A alteridade não é questão relevante para os direitos humanos.
Isso seria o mesmo que negar sua não inserção na dimensão dos direitos humanos.
2. 
Os direitos humanos incluem o direito de se expressar livremente, de ter crenças religiosas sem perseguição e de não ser assassinado, ferido, escravizado nem preso sem acusação. Marque a alternativa INCORRETA.
D. 
Lévinas cria um pensamento totalmente inaplicável aos direitos humanos.
Ao contrário, é esta a principal contribuição da teoria: uma melhor efetivação dos direitos humanos.
3. 
A existência do ser humano é não apenas mediada pelo outro, mas, na verdade, tem-se nele a condição primeira de colocação no mundo. Sobre a questão de violência simbólica e responsabilidade, marque a alternativa INCORRETA.
C. 
Como a violência é simbólica, não há que se preocupar os direitos humanos.
Também é simbólico o próprio ser humano.
4. 
A existência do homem dá-se a partir do encontro com o outro. O outro é que me permite habitar o mundo enquanto me dou a ele em condição de refém, mesmo sem querer, mesmo sem que tenha consentido essa responsabilidade de maneira antecipada. Marque a alternativa INCORRETA.
E. 
Nem todas as diferenças cabem no conceito de direitos humanos.
Diferentemente disso, Lévinas nos ensina que o outro deve sempre ser recepcionado em sua infinita diferença.
5. 
Os direitos humanos são os que se baseiam em justiça e moralidade, para além de países, culturas e religiões específicos. Tendo em vista os conceitos de alteridade e identidade, assinale a alternativa correta:
E. 
A identidade é algo que se constrói, que é sentido e não imposto.
Nem sempre confundem-se identidade com a composição sexual da pessoa.
Cultura e multiculturalismo
Cultura e multiculturalismo
Desafio
Casos verídicos de histórias sobre meninos-lobosão conhecidos por muitas pessoas. Tratam-se de crianças que viveram a maior parte da vida, ou até a morte, com famílias de lobos em ambientes selvagens, como matas e florestas.
Os comportamentos observáveis dessas crianças eram, eminentemente, de lobos e não se pareciam com os hábitos e as interações humanas. Elas caminhavam de quatro, apoiando-se sobre os joelhos, e eram incapazes de permanecer em pé. Alimentavam-se de carne crua e comiam e bebiam como os animais, assim como não demonstravam emoções como choro ou riso.
Pesquise e reflita sobre esses casos e responda:
a) O que caracteriza o ser humano?​​​​​​​
b) Como podemos explicar esses casos, a partir da definição de cultura?​​​​​​​
Sua resposta
+ 
Enviado em: 17/05/2022 12:52
Padrão de resposta esperado
O que caracteriza o ser humano é a cultura, suas manifestações e interações. Isto significa que a característica que o distingue dos animais é a forma de comunicação propriamente cultural, que se dá por meio da troca de símbolos e por elaboração das atividades rituais aferentes à estes.
Desta forma, a cultura é compreendida como um conjunto de produções e bens materiais e imateriais pelo homem. Assim, o ser humano é cultural porque há uma comunicação que é cultural. Isto é, ela é produzida pelos homens e entre eles. De tal maneira, a cultura transforma a natureza e seu meio, aperfeiçoa meios de sobrevivência e desenvolve técnicas (como o direito, a arquitetura, a tecnologia, a música, a ciência, a arte, etc), por meio do uso da razão, do trabalho e da lógica.
O desenvolvimento da cultura e do homem como ser cultural se dá em grande parte por meio da interação, das manifestações culturais, da linguagem, do processo de ensino e das tradições, que são passadas entre gerações e grupos, em um determinado contexto social.
Casos de meninos-lobo podem ser explicados justamente por se tratar de uma falta de interação humana, a qual coloca as crianças em um ambiente de limitação cultural, pois estas não tiveram nenhum contato com a linguagem humana, com os símbolos e com outros seres humanos, fazendo com que não tenham acesso ao que é construído pela sociedade humana e, por isso, não se desenvolvam como seres humanos. Podemos concluir, assim, que as interações são fundamentais para a sociedade humana e para o seu desenvolvimento cultural.Não se nasce humano, mas torna-se, a partir do processo de ensino e dos aspectos culturais e sociais acessados.
1. 
Em relação à compreensão do homem como ser cultural, podemos afirmar que:
B. 
A cultura é o que distingue o ser humano dos demais seres.
A cultura é o que distingue o ser humano dos demais seres, como os animais. Enquanto sociedade, os animais também podem conviver e ter sociabilidades, mas aspectos exercidos ao longo da vida e com suas transformações, como a produção cultural, a comunicação, a troca e o trabalho, são especificamente humanos.
2. 
Diversas ciências se ocupam do estudo do homem enquanto ser cultural, suas manifestações, distinções, comportamentos e interações. Sobre o tema, marque a alternativa correta.
C. 
Antropologia Cultural é a área que estuda as características que distinguem as condutas dos seres humanos e sua cultura.
Diversas ciências se ocupam do estudo do homem enquanto ser cultural, suas manifestações, distinções, comportamentos e interações, como é o caso da Antropologia, da Sociologia e da Psicologia. Outras áreas, como a Arquitetura, a Letras, a Pedagogia e o Direito têm como objeto, manifestações próprias do ser humano, como a linguagem escrita e falada, o processo de ensino-aprendizagem, o desenvolvimento de técnicas, estruturas e ocupação, bem como o universojurídico, tomando o direito como manifestação de uma cultura e sociedade, que se modifica ao longo do tempo. No campo de estudo da Antropologia, que é uma ciência que considera o homem em todas as suas dimensões, há uma área ou ramo específico, a qual se ocupa do estudo das manifestações culturais dos seres humanos. Trata-se da Antropologia Cultural, que estuda as características que distinguem as condutas dos seres humanos, e os faz identificar ou pertencer a uma mesma cultura, considerando os diferentes tempos e espaços de presença humana.
3. 
Marque a opção correta, considerando os conceitos e relações existentes entre cultura e tradição:
D. 
A palavra tradição é mais dinâmica do que parece à primeira vista. Traditio, em latim, é a ação de entregar, de transmitir algo a alguém, de confiar algo valioso a outra pessoa.
A partir da compreensão do ser humano como ser cultural, verificamos que o conceito de cultura é de fundamental importância, assim como o de tradição. Isto porque ambos se relacionam no que diz respeito à transmissão de conhecimentos, práticas e comportamentos entre gerações. Com o passar do tempo, a palavra cultura foi colocada de modo análogo entre o cuidado na construção e tratamento do plantio, com o desenvolvimento das capacidades intelectuais e educacionais das pessoas. A palavra tradição é mais dinâmica do que parece à primeira vista. Traditio, em latim, é a ação de entregar, de transmitir algo a alguém, de confiar algo valioso a outra pessoa. Os termos cultura e tradição possuem diferentes usos na linguagem falada, coloquial. É importante observar que os campos da Sociologia e da Antropologia possuem uma conceituação própria, específica, como produto da manifestação e construção humana, constituindo-se um conjunto de bens materiais e imateriais produzidos. A relação entre cultura e tradição coloca-se a partir de uma visão de manifestação humana e comportamento tipíco do homem, como as lendas, as crenças e os costumes. Elementos da tradição, como formas de se vestir, ritos de passagem, organização de trabalhos, cerimônias e religiões podem passar a fazer parte de uma dada cultura.
4. 
Em relação aos aspectos culturais em interface com o campo do Direito, é correto afirmar que:
E. 
Os fatores culturais e da tradição estão relacionados à evolução do Direito, bem como à suas fontes.
Cada povo tem sua peculiaridade, sua tendência ou dom natural. A maior evidência de ser o Direito uma manifestação de cultura social, um fenômeno cultural, está no fato de surgirem novos ramos do Direito à medida que se expande o mundo cultural do povo. Assim, no campo do Direito, os fatores culturais e da tradição estão relacionados à evolução do Direito, bem como à suas fontes. De acordo com Sergio Cavalieri Filho (2015), ao considerar a concepção sociológica do Direito como produto de múltiplas influências sociais, vivenciamos regras sujeitas a constantes modificações, porque se originam dos grupos sociais, que também se transformam ao longo do tempo. Assim, dentre os principais fatores que concorrem para a evolução do Direito, o autor elenca: fatores econômicos, políticos, culturais e religiosos. O costume é considerado uma fonte do Direito, ao lado de outras como a lei e a jurisprudência, lembrando que o Direito se modifica à medida que a sociedade e o homem também são modificados.
5. 
Considerando a formação, diversidade e pluralidade da cultura no Brasil, assinale a alternativa correta:
D. 
Pode-se afirmar que a população do Brasil e sua diversidade é formada por indígenas, europeus, negros africanos e afro-brasileiros.
O antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro, ao abordar a história do Brasil e a formação do povo brasileiro, apresenta aspectos-chave para compreender a formação étnica e cultural do Brasil. É preciso compreender que, para além da rica mistura cultural, também ocorreu um processo histórico violento e opressor em relação às etnias indígenas e à população negra (povos africanos e afro-brasileiros). Ambas foram escravizadas e tiveram suas culturas oprimidas, por meio de estratégias de separação de populações que não puderam preservar seu patrimônio cultural. Assim, o africano que chegou forçadamente ao Brasil teve sua identidade negada e marginalizada. Para o antropólogo, a contribuição da cultura negra para a identidade brasileira estaria principalmente nas crenças religiosas, na música e na gastronomia. Em linhas gerais, podemos dizer que a população do Brasil é formada por indígenas, europeus e negros (africanos e afro-brasileiros); diferentes grupos étnicos que aqui já habitavam, como é o caso das populações indígenas, e outros que aqui chegaram, com objetivo exploratório. Membros da comunidade africana foram trazidos violentamente ao Brasil no processo de colonização e submetidos a trabalhos forçados e escravos. Muito resistiram e imprimiram sua cultura no Brasil, como a comida, música e arte. A Constituição Federal de 1988, ao tratar do direito à cultura, em seu artigo 215, visou proteger as diferentes manifestações e patrimônios culturais que integram a formação social do país, ao afirmar que o Estado apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais e que protegerá as manifestações das culturas populares indígenas e afro-brasileiras, assim como de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. Além disso, a Carta Magna reconhece como patrimônio cultural brasileiro os bens materiais e imateriais, como o próprio conceito de cultura nos informa, incluindo ações e memória dos diferentes grupos em relação às formas de expressão, modos de criar e viver, criações científicas e artísticas, obras, objetos, documentos e edificações, dentre outros, definidos no artigo 216.
Globalização e Cibercultura.
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Desafio
Neste desafio, propomos a elaboração de um pequeno texto que aborde a questão: "E quem não é global?"
Para tal, percorra os seguintes caminhos:
• encontre um conceito de globalização;
• faça a inserção desse conceito no tema para evidenciar possíveis classes que estejam fora do processo de globalização, apontando vantagens e pontos negativos.
Sua resposta
* 
Enviado em: 17/05/2022 13:01
Padrão de resposta esperado
Sabe-se que o termo globalização alcança diferentes rumos, ou seja, desde a questão econômica até as dimensões social, política e mesmo humana. Nesse sentido, podemos pensar a globalização como um fenômeno que perpassa a própria noção de realidade, de tempo e de espaço, resultando em uma nova face do próprio ser humano. Quando nos referimos ao uso da internet que, de maneira tão rápida e eficaz, alcança um número infinito de pessoas, misturando-nos em culturas distantes, significa dizer que somos seres hoje globalizados.
Esse, portanto, seria o paradigma atual que é discutido ao redor do mundo. No entanto, há que se cuidar acerca dessa ideia como algo geral. Ao mesmo tempo que possuímos a percepção de um envolvimento nessa cadeia intercomunicacional, podemos levantar uma suspeita sobre a ideia da globalização como um efeito, de alguma maneira, imposto a determinadas pessoas e pensar a possibilidade de algumas delas sequer estarem envolvidas nesta dimensão. Ou seja, referimo-nos à globalização como uma imposição ideológica que não alcança a todos e, por isso mesmo, torna essas pessoas excluídas de uma ideia de normalidade. Assim, quem não tem condições, seja financeira, seja social, de conviver globalmente estaria fora desse novo conceito de ser humano? O indivíduo que vive em um lugar afastado de seu país, sem contato com essa movimentação, poderia ser considerado o bárbaro dos dias atuais? E as pessoas que não estão interligadas por motivos culturais, estão fora da realidade? A globalização é uma norma? Qual é a punição para não segui-la?
As reflexões, nesse sentido, seguem na direção de uma busca necessária por uma sociedade interligada, mas, ao mesmo tempo, interligada pelas condições de igualdade. Dentro dessa proposta, pensamos em uma globalização da igualdade na qual até mesmo o bárbarotenha a possibilidade de existir dignamente sem que sua percepção de mundo seja devastada pelo imperativo da globalização.
1. 
A globalização promove a comunicação intercultural, por meio da mídia, de viagens e migração que colocam pessoas de diferentes sociedades em contato direto. De acordo com a obra Um espelho para a humanidade: uma introdução à Antropologia Cultural, de C. P. Kottak, que serve de texto-base para esta Unidade de Aprendizagem, marque a alternativa INCORRETA a respeito da globalização.
E. 
Apesar de global, o mundo ainda caminha dentro do limite do tempo como antigamente.
A própria noção de espaço e tempo foi alterada com a questão da globalização.
2. 
A globalização consiste numa série de processos que promovem a transformação em um mundo no qual países e pessoas estão cada vez mais interligados e dependentes uns dos outros. Suas forças incluem a indústria, o comércio e as finanças internacionais, viagens e turismo, a migração transnacional, a mídia, a internet e outros fluxos de informação de alta tecnologia. A partir disso, assinale a alternativa que, de acordo com a obra Um espelho para a humanidade: uma introdução à Antropologia Cultural, de C. P. Kottak, que serve de texto-base para esta Unidade de Aprendizagem, apresenta uma afirmação INCORRETA.
D. 
A internet representa hoje o local onde todas as pessoas habitam, sem distinção, pelo mundo afora. Não há ser humano que viva fora dela atualmente.
Ao contrário, existem ainda pessoas à margem dessa relação.
3. 
Outro componente fundamental da globalização é a globalização do risco. Os riscos ligados à produção industrial ou a um ataque cibernético podem se espalhar rapidamente para além do seu ponto de origem. Os riscos climáticos também se globalizaram, e cada consumidor de combustíveis fósseis contribui para a mudança climática global. Sobre esse assunto, marque a alternativa que, de acordo com o texto-base desta Unidade de Aprendizagem, Um espelho para a humanidade: uma introdução à Antropologia Cultural, de C. P. Kottak, está INCORRETA.
A. 
As mudanças climáticas não se ligam à nova maneira de o homem habitar a Terra.
Ao contrário, as mudanças estão ligadas diretamente às ações humanas.
4. 
Os antropólogos costumam testemunhar ameaças às pessoas e a seus ambientes. Entre essas ameaças, estão a exploração comercial, a poluição industrial e a imposição de sistemas de gestão externos sobre os ecossistemas locais. Sobre tais questões e conforme o texto-base desta Unidade de Aprendizagem, Um espelho para a humanidade: uma introdução à Antropologia Cultural, de C. P. Kottak, marque a alternativa INCORRETA.
C. 
A questão da natureza não está afetada diretamente pelos novos modos de utilização da tecnologia.
É exatamente essa a questão que povoa o fundamento desses problemas.
5. 
​​​​​​​Os antropólogos têm pesquisado as alterações – em ambos os lados – que surgem do contato entre sociedades industriais e não industriais. Os estudos sobre “transformação social” e “aculturação” são abundantes. Com base no texto-base desta Unidade de Aprendizagem, Um espelho para a humanidade: uma introdução à Antropologia Cultural, de C. P. Kottak e nesta afirmação, marque a alternativa INCORRETA.
C. 
A globalização e a cibercultura não constroem uma nova concepção de homem.
Ao contrário, há o nascimento de um novo homem nessa dimensão do pensamento humano.

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