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Pós-Graduação (Lato Sensu)
Curso: Urgência e Emergência com ênfase em APH
TURMA 5 – Polo: PELOTAS/RS
PAULA PINHEIRO DA SILVA
Introdução ao Atendimento de Emergência Intra e Pré-Hospitalar, Biomecânica do Trauma
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO A VÍTIMA DE TRAUMA
Pelotas, 13 de março de 2020
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO A VÍTIMA DE TRAUMA
Trabalho elaborado para o Curso de Pós-Graduação na Área da Saúde com sala de apoio em Jabaquara SP, para a disciplina Introdução ao Atendimento de Emergência Intra e Pré-Hospitalar, Biomecânica do Trauma sob orientação do Prof.(a) Sibele Schaun.
SUMÁRIO 
 
 	 
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	DESENVOLVIMENTO	5
3.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	7
 
 
 
 
 
	 
 
INTRODUÇÃO 
O atual panorama brasileiro determinado pela alta morbimortalidade devido a causas externas, em especial as vítima de trauma, relacionada à maior perspectiva de vida da população e consequente aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis chama a atenção a reestruturação dos serviços de urgência e emergência a objetivo de garantir uma assistência segura e de qualidade. Nesse contexto, tais serviços necessitam visar não apenas o atendimento imediato, sendo necessário, também, abranger ações de promoção, prevenção e reabilitação que cooperem para a redução das possíveis sequelas incapacitantes (BRASIL, 2013).
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) está pautada na resolução COFEN nº 358 de 2009, a qual estabelece padronização e um processo metodológico para a assistência, constituído basicamente de cinco etapas: Coleta de dados de enfermagem (histórico de enfermagem); Diagnóstico de Enfermagem; Planejamento de Enfermagem; Implementação; Avaliação de Enfermagem (COFEN, 2009).
Devido à importância de um assistência apropriada faz-se indispensável a atuação do juntamente à equipe multidisciplinar, tendo a SAE como uma crucial ferramenta de gerenciamento do cuidado em meio às circunstâncias adversas que transpõem o panorama dos serviços de urgência e emergência. Não obstante e bem definida é fundamentada por aspectos legais e científicos. Sabe-se que apesar das dificuldades, a importância da SAE na segurança de uma assistência de qualidade em seja qual for ambiente de saúde superpõe-se os entraves próprios desse cenário (FELIX, 2012).
DESENVOLVIMENTO 
A qualidade do atendimento à vítima de trauma depende de uma ação conjunta dos profissionais, que vai desde o adequado atendimento na cena da ocorrência, transporte rápido e seguro, seja por via aérea ou terrestre, com comunicação prévia ao serviço hospitalar que irá recebê-la, preparo dos profissionais para o devido atendimento intra-hospitalar e, reabilitação pós-hospitalar seja para recobrar toda a capacidade funcional do indivíduo, ou para proporcionar melhor qualidade de vida (CARITÁ, 2010).
Neste panorama a aplicação do processo de enfermagem promove ao enfermeiro a possibilidade da prestação de cuidados individualizados, centralizada nas necessidades humanas básicas, e, além de ser aplicado à assistência, é capaz orientar a tomada de decisão em distintas situações vivenciadas pelo enfermeiro enquanto gerenciador da equipe de enfermagem (SALLUM, 2012).
O processo de enfermagem desenvolve-se em um processo de cinco fases sequenciais e inter-relacionadas (histórico, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação), coerentes com a evolução da profissão e que quando levado para o APH molda-se a biomecânica e ao XABCDE do trauma tendo potencial então ser aplicado em um serviço de atendimento móvel de urgência (CARITÁ, 2010).
No que tange a esses cuidados ao enfermeiro, deve-se observar o protocolo XABCDE, criado por profissionais de saúde do Prehospital Trauma Life Support (PHTLS). Este protocolo oferece condições de orientar e fazer a avaliação clínica do paciente seguindo uma sequência que concede um atendimento pré-hospitalar eficaz. O protocolo se dispõe em “X” controle de hemorragias, “A” (Airway), abertura das vias aéreas e controle da coluna cervical, “B” (Breathing) respiração, “C” (Circulation) circulação, “D” (Disability), incapacidade/exame neurológico e “E” (Expose), exposição da vítima e proteção do ambiente. Esses procedimentos apontam a prioridade do atendimento e direcionam o enfermeiro, fazendo com que ele não esqueça e não realize procedimentos errados na assistência ao paciente, contribuindo assim para um atendimento cuidadoso e com segurança (MIRANDA, 2012).
A metodologia proposta pelo SAE e suas etapas são e devem incorporadas para o contexto do atendimento de urgência realizado pelo enfermeiro no serviço de atendimento, seja ele qual for. Apesar disso, a elaboração da SAE em um serviço de emergência, requer um alto desafio, devido a grande demanda de pacientes e a falta de tempo para atendimento é referido como um diferencial no cuidado emergencial podendo inclusive interferir positivamente nas taxas de morbimortalidade e satisfação dos usuários. (AMANTE, 2011)
O enfermeiro deve atuar de forma organizada, unindo as ferramentas disponíveis (SAE, XABCDE) para aperfeiçoar o atendimento, com a capacidade de atribuir funções para cada membro da equipe, atuando de forma que se tenha uma sequência lógica das ações realizadas, especialmente nos procedimentos (BOTARELLI, 2010).
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
De acordo com a literatura que foi embasada esta revisão, fica evidenciada a dificuldade dos enfermeiros em implantar ou realizar a SAE devido a dificuldade do profissional em estabelecer uma conduta adequada de atendimento, pela falta de protocolos estabelecidos, e uma SAE mais adequada á realidade do serviço de urgência e emergência, que poderia promover um atendimento sequencial e seguro tanto para os profissionais de enfermagem como para o paciente.
Sendo assim, os estudos representam tamanha importância da aplicação da SAE no contexto da urgência e emergência, em vários aspectos, como a qualidade no atendimento, minimização de riscos, segurança, como também, na valorização do profissional e aplicação de um cuidado por excelência.
REFERÊNCIAS
FELIX, N.N.; RODRIGUES, C.D.S.; OLIVEIRA, V.D.C. Desafios encontrados na realização da sistematização da assistência de enfermagem (SAE) em unidade de pronto atendimento. Arq Ciência Saúde, Paraná, 16 (4): 155 -60, 2009. Acesso em:12/03/2020;
MIRANDA, C.A.; SILVEIRA, E.N.; ARAÚJO, R.A.; ENDERS, B.C. Opinião de enfermeiros sobre instrumentos de atendimento sistematizado a paciente em emergência. Revista Rene, Ceará, 13 (2): 396-407, 2012. Acesso em:12/03/2020;
 AMANTE, L.N.; et al. Sistematização da assistência de enfermagem em unidade de terapia intensiva sustentada pela teoria de Wanda Horta. Rev. esc. enferm. USP. [Internet]. 2009. Acesso em:12/03/2020;
&lng=pt&nrm=iso. 12. Silva ES, Souza SR, Ferreira SMS. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução COFEN nº 358/2009, de 15 de outubro de 2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. In: Conselho Federal de Enfermagem [legislação na internet]. Brasília; 2009. [citado 2009 out 15]. Disponível em: < http: // www.portalcofen.gov >. Acesso em: 12/03/2020;
SALLUM, A.M.C. et al. Diagnósticos de enfermagem em vítimas fatais decorrentes de trauma no cenário da emergência. Rev. Latino-Am. Enfermagem [Internet]. jan.-fev. 2012 20(1):[08 telas]. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010.4- 11692012000100002&script=sci_abstract&tlng=pt>. A;cesso em:12/03/2020
BOTARELLI, F. R.. Conhecimento do enfermeiro sobre o processo de cuidar do paciente com traumatismo cranioencefálico. 181f. 2010. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2010. Acesso em:12/03/2020;
CARITÁ, E.C.; et al. Sistema de auxílio aos diagnósticos de enfermagempara vítimas de trauma no atendimento avançado pré-hospitalar móvel utilizando as Taxonomias NANDA e NIC. J. Health Inform. 2010 Out-Dez; 2(4):87-94. 14. Acesso em:12/03/2020.