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Abordagens didáticas na prática docente

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DESCRIÇÃO
A abordagem do professor precisa se adaptar às exigências e às dinâmicas dos ambientes em que ele atua. Neste tema, ele será
convidado a pensar sua prática em sala de aula e suas influências sobre o trabalho como docente.
PROPÓSITO
Este tema tem como propósito instrumentalizar os futuros docentes para que eles percebam o papel do professor, o modo como
as instituições de ensino escolhem determinadas abordagens didáticas e como eles podem se adaptar a essas realidades.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever as teorias da aprendizagem
MÓDULO 2
Identificar o processo da abordagem didática na prática docente
MÓDULO 3
Definir a elaboração de um plano de aula na perspectiva das teorias da aprendizagem
MÓDULO 1
 Descrever as teorias da aprendizagem
INTRODUÇÃO
Antes de iniciarmos nosso estudo, vamos conversar com Rubem Alves sobre a Escola da Ponte.
RUBEM ALVES (1933-2014)
Foi um teólogo, educador, poeta e filósofo brasileiro. Ele é autor de mais de 120 livros de diversas áreas, como Filosofia,
Teologia, Psicologia, Educação e histórias infantis.
A Escola da Ponte é um bom exemplo de instituição com uma nova visão de ensino e metodologia. Sua característica é levar em
consideração a promoção da autonomia e da liberdade dos estudantes, pensando-os como protagonistas do processo de ensino-
aprendizagem.
Como podemos perceber, a visão de ensino semelhante a uma linha de montagem – na qual professor e aluno desempenham
apenas um papel, tendo o mesmo tempo e a mesma forma de aprender – está sendo repensada; por conta disso, novas
abordagens didáticas na área têm sido estudadas.
Com as mudanças nesses paradigmas da educação, o estudo das abordagens didáticas passa a analisar como a prática docente
– compreendida pela dinâmica de ensino-aprendizagem – pode ser executada de maneira mais eficiente.
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Foto: Shutterstock.com
Para obter essa eficiência, no entanto, não existe uma única linha de abordagem. A maneira como os educandos aprendem é um
assunto amplamente debatido, influenciando tais abordagens. Para compreendermos essas linhas, seguiremos os passos de um
professor que se depara com o desafio de escolher um caminho para tornar a sua atuação mais eficiente.
Desse modo, como primeiro passo, serão apresentadas as principais teorias da aprendizagem: elas são muito utilizadas e
conhecidas no campo da Educação, pois este espaço mostra-se necessariamente complexo, com um conjunto de teorias que
sustenta o processo de ensino e de aprendizagem. Podemos, assim, dizer que o professor precisa conhecer as teorias que vão
subsidiar sua abordagem didática.
Conhecer as principais teorias da aprendizagem deve representar um constante exercício de estudos, possibilitando que os
professores se aprofundem e escolham aquelas com as quais mais se identifiquem. Portanto, estamos falando de escolhas.
Essas escolhas têm se tornado cada vez mais difíceis quando levamos em consideração o mundo contemporâneo com os
inúmeros desafios à vida cotidiana e ao exercício da docência. Afinal, tais mudanças têm impactado fortemente a prática do
professor em sala de aula nos dias de hoje.
Neste momento, você deve estar se perguntando:
COMO CONSTRUIR UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA
COMPETENTE PARA ATUAR NA DOCÊNCIA?
COMO AJUSTAR A PRÁTICA PEDAGÓGICA PARA ALINHÁ-
LA A ESSAS MUDANÇAS?
Essas (e outras) questões fazem parte da profissão docente, embora seu raio de influência dependa da prática desenvolvida por
cada professor. Tais perguntas sempre lhe acompanharão em sua atividade profissional.
O foco sobre as teorias da aprendizagem se concentra em sua perspectiva de desenvolvimento, considerada por muitos como
uma das mais emblemáticas do século passado por meio da intensa relação com a Psicologia da Educação. Vamos ver a seguir
alguns de seus conceitos.
ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA OU BEHAVIORISMO
Nossos estudos sobre as teorias da aprendizagem começam com o destaque a uma das correntes teóricas mais importantes da
área: o behaviorismo. Originada em estudos feitos no campo da Psicologia, esta corrente de pensamento compreende e define o
comportamento humano como o resultado de influências sociais. Segundo a teoria behavorista, o sujeito pode ser moldado de
acordo com estímulos e respostas.
Podemos destacar John B. Watson como o principal criador dessa teoria e, logo em seguida, outros estudiosos também se
juntaram ao behaviorismo, como Ivan Pavlov e B.F. Skinner .
JOHN B. WATSON (1878-1958)
Foi um psicólogo americano. Criador do behaviorismo, ele tinha como principal motivação o estudo do comportamento. Seus
experimentos em laboratório contribuíram profundamente para a visão da Psicologia como algo além do estudo interno da
mente.
De acordo com Watson, o ser humano aprende a se expressar a partir do meio social, ou seja, do seu ambiente. Tal
aprendizado, portanto, é construído, de forma positiva ou negativa, em suas relações cotidianas. Ainda segundo o psicólogo,
quando nasce, ele é apenas um sujeito “vazio”, tendo suas características e seus comportamentos moldados pela
sociedade.
IVAN PAVLOV (1846 – 1936)
Foi um fisiologista mundialmente conhecido pelas suas pesquisas sobre o reflexo condicionado em animais. Esta teoria o
levou a perceber que certos comportamentos podem ocorrer de acordo com estímulos e situações vividas pelos seres.
“De acordo com Pavlov, o requisito fundamental é que qualquer estímulo externo seja o sinal (estímulo neutro) de um reflexo
condicionado e se sobreponha à ação de um estímulo absoluto” (LA ROSA, 2003, p. 45).
B. F. SKINNER (1904 – 1990)
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Psicólogo, inventor e filósofo, o americano B. F. Skinner (1904-1990) desenvolveu a análise do comportamento por meio de
quatro conceitos básicos: comportamento, resposta, ambiente e estímulo.
Suas teorias são chamadas de behaviorismo radical, já que enfatizam o comportamento humano como objeto. No entanto,
elas ainda reconhecem outra face: em vez dos condicionantes em essência, como Watson, Skinner queria entender os
comportamentos encobertos por pensamentos, sentimentos, sonhos etc.
Assim, podemos entender que o behaviorismo é parte de um sistema educacional tradicional, pois está amparado em
estímulos, respostas e reforços. Talvez você ainda esteja se perguntando:
MAS AINDA RESTA UMA DÚVIDA: QUANDO UMA CRIANÇA
RECEBE UMA NOTA “BAIXA” NA ESCOLA, O QUE É
REFORÇADO COM ISSO?
Se já recebeu nota baixa alguma vez na vida, isso certamente reforçou alguma ideia em você. É isso que o behaviorismo analisa.
À medida que somos elogiados, o nosso comportamento muda.
Nesta abordagem, o principal instrumento da modelagem é o reforço. Este pode ser entendido como qualquer ocorrência que
aumente a intensidade de um determinado comportamento. Pode ser positivo (recompensa) ou negativo (remoção de algo
adverso).
Foto: Shutterstock.com
Vamos entender como isso ocorre por intermédio do experimento de Watson no vídeo O pequeno Albert.
Nessa perspectiva, a educação está fortemente ligada à transmissão cultural, devendo imprimir no sujeito conhecimentos e
padrões de comportamentos éticos e sociais, além de competências consideradas fundamentais para o controle do ambiente e da
realidade. O processo de ensino-aprendizagem é uma mudança comportamental do sujeito resultante das práticas vividas
e reforçadas pelo professor. Por isso:
O ambiente de aprendizagem deve ser previamente planejado pelo professor.
A metodologia do ensino precisa aplicar o processo do reforço na relação professor-aluno.
O docente estabelece a proposta de aprendizagem a partir da estruturação dos elementos.
Tais elementos proporcionam experiências curriculares para a consecução dos objetivos previamente propostos.
Imagem: Shutterstock.com
SAIBA MAIS
Você conhece o teste dos macacos?
Em um experimento, foram colocados eletrodos na cabeça de dez macacos e um cacho de bananas no alto de uma estante.
Cada vez que um deles tentava subir e pegar uma fruta, os outros tomavam um choque. Após um tempo – primeiramente, em
ações individuais; depois, coletivamente –, os demais passaram a punir aquele que subia. A partir daí, uma patrulha foi
estabelecida: mesmo com fome, os macacos não subiam mais para pegar a banana.
Em determinado momento, todos os eletrodos foram tirados, mas o comportamento deles não mudou. Qualquer macaco que
tentasse subir para comer uma banana era evitado e apanhava dos outros. Em seguida, pouco a pouco, os animais foram sendo
substituídos; ainda assim, mesmo com todos eles trocados, a regra ainda valia.
ABORDAGEM COGNITIVISTA
Nesta abordagem, o conhecimento é considerado uma construção contínua do sujeito no meio em que transita. O cognitivismo
realça aquilo que é ignorado pela abordagem comportamentalista: o ato de conhecer. O interesse da teoria cognitivista é saber
como o ser humano conhece o mundo, investigando a percepção, o processamento de informação e a compreensão dele.
Vamos entender como a teoria cognitivista funciona:
1
Ela ajuda o sujeito a compreender e atribuir significado para sua realidade.
Dessa forma, esta teoria tem como foco específico a compreensão de como o sujeito guarda e organiza os conhecimentos
adquiridos ao longo do percurso escolar.
2
3
Sua ênfase está no papel humano frente ao processo de construção do conhecimento, pois ela se concentra no desenvolvimento
da personalidade do sujeito e na sua capacidade de atuar de forma integrada.
A figura do professor não é a de um transmissor do conhecimento, mas o de um facilitador da aprendizagem.
4
5
O conteúdo, por sua vez, é proveniente de experiências próprias realizadas pelo estudante na sala de aula. Elas são orientadas
pelo professor, que atua como um articulador entre o conhecimento e o aluno. O docente, portanto, possibilita a criação de
condições para que os discentes aprendam.
O cognitivismo não concebe modelos prontos de mundo, aluno ou sala de aula. Tudo está em um contínuo processo de vir a ser,
pois seu objetivo didático é a autorrealização e o uso pleno das potencialidades do sujeito. Desse modo, de acordo com a
abordagem cognitivista, o mundo e o homem não estão prontos e acabados (como ocorre no behaviorismo).
A educação centra-se no aluno. Devem emanar dele os motivos para a aprendizagem, pois a sua finalidade é a criação de
condições que facilitem o aprendizado integral do sujeito. Por isso, a autodescoberta e a autodeterminação constituem atributos
da abordagem cognitivista.
Foto: Shutterstock.com
A abordagem cognitivista leva em consideração o cotidiano, a vivência, a realidade e as experiências do aluno. No entanto,
muitas vezes, é difícil estabelecer a relação entre a teoria ensinada e a prática.
Veja o vídeo “Um rio que passou em minha vida” e descubra como o cotidiano dos alunos pode ser utilizado como prática
pedagógica.
O processo de ensino cognitivista ocorre a partir de uma metodologia criada pelo professor na qual a aprendizagem do aluno se
desenvolve em um contexto que privilegia a liberdade para aprender. Notemos que várias correntes e diversos representantes
desta teoria podem ser agrupados da seguinte maneira:
Cognitivista
Imagem: Shutterstock.com
CONSTRUTIVISTA
Investiga como são construídas pelo sujeito as estruturas cognitivas para a elaboração do conhecimento. Também se ocupa dos
processos do pensamento humano desde a infância.
Imagem: Shutterstock.com
SOCIOINTERACIONISTA
Preocupa-se com a importância da experiência e da cultura do meio para o processo de construção de conhecimento e de
constituição do indivíduo.
Imagem: Shutterstock.com
SIGNIFICATIVA
Realça a importância do significado na aprendizagem e investiga o processo cognitivo a partir do entendimento de que a nova
informação se relaciona com várias outras já conhecidas pelo sujeito e presentes na estrutura cognitiva.
Segundo as teorias cognitivistas, o processo do conhecimento é construído pela relação entre sujeito e sujeito ou sujeito e objeto,
ou seja, cada sujeito constrói o seu conhecimento a partir do contato com o meio e da relação que ele faz.
O sujeito constrói o seu conhecimento não a partir de uma estrutura fixa, mas sempre em uma relação de troca. Por isso, tais
teorias designam a existência de uma variedade de elementos responsável por possibilitar o aprendizado.
Vamos conhecê-las mais profundamente a partir de agora.
TEORIA COGNITIVISTA CONSTRUTIVISTA
O Construtivismo é uma linha de pensamento que gerou um grande impacto na Pedagogia, principalmente pelas ideias de Jean
Piaget.
Sua principal indagação diz respeito à forma como o sujeito conhece o mundo. Uma das principais preocupações de Piaget era
compreender como e quais são os mecanismos utilizados pelo homem para o conhecer e se adaptar a ele.
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Foto: Shutterstock.com
JEAN PIAGET
Conhecido por seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil, o suíço Jean Piaget era um renomado psicólogo e
filósofo. Piaget passou grande parte de sua carreira profissional interagindo com crianças e estudando seu processo de
raciocínio. Seus estudos tiveram um grande impacto nos campos da Psicologia e da Pedagogia.
 SAIBA MAIS
Para Piaget, as interações sociais são muito importantes, pois elas transmitem as informações características do meio e
contribuem, de uma maneira ativa, para a assimilação do conhecimento pelo sujeito.
Cada informação do meio social é processada na mente do sujeito a partir dos elementos que lhe são oferecidos. Assim, cada um
reestrutura de maneira única esse conhecimento e o integra ao corpo de um saber já construído. Dessa maneira, Piaget avalia o
contato social como o principal meio de aprendizado.
Para Jean Piaget, a interação social não está relacionada apenas a uma transferência verbal, e sim ao uso do pensamento e da
cooperação.
Interação
Ao interagir com pessoas e objetos, há o progresso do pensamento do sujeito e, consequentemente, de sua ação.

Cooperação
Neste processo interacional, o sujeito entende que sua ação deve contribuir para a cooperação do grupo, desenvolvendo, com
isso, uma vida afetiva.
Essa afirmação propicia a compreensão de que a abordagem construtivista estabelece diferenças entre ensino e aprendizagem.
Afinal, o que cada estudante aprende não constitui exatamente aquilo que o docente explica em sala de aula, tampouco o que era
planejado previamente por ele. A aprendizagem, portanto, depende diretamente de conhecimentos anteriores àqueles evocados
por nossas experiências.
Então, talvez apareça a seguinte questão:
SE CADA UM DELES APRENDE E PERCEBE O MUNDO DE
UMA MANEIRA DIFERENTE, COMO ALCANÇAR TODOS OS
ALUNOS?
O professor precisa estabelecer situações que desestabilizem os conhecimentos anteriores de seus alunos. No entanto, é
fundamental haver a compreensão de que isso, concomitantemente, requer a presença de:
Foto: Shutterstock.com
SITUAÇÕES-PROBLEMA
O professor deve propor situações-problema que os instiguem a investigar, discutir, refletir, levantar questões e formular
hipóteses.
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MOTIVAÇÃO
É necessário estar motivado para fazer um esforço cognitivo a fim de alcançar um novo conhecimento; por isso, é importante
motivar constantemente os alunos a prosseguirem, não desistindo dele.
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POSTURA ATIVA
O professor deve instigar o aluno a adotar uma postura ativa em seu processo de construção do conhecimento.
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PLANEJAMENTO
O planejamento didático tem de ser abrangente para atingir todos os alunos em suas diversidades, integrando-os.
TEORIA COGNITIVISTA SOCIOINTERACIONISTA
Lev Vygotsky é seu maior representante. Paraeste autor, a mediação é um fato fundamental para o processo cognitivo do
sujeito, sendo realizada por meio da relação interpessoal e dos sistemas de signos(linguagem, escrita, símbolos e objetos).
A linguagem é um instrumento de mediação da aprendizagem para criar situações concretas de produção, reflexão,
colaboração e construção de conhecimento. Ela abandona, dessa forma, o esquema linear de reprodução ou consumo.
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Foto: Shutterstock.com
LEV VYGOTSKY
O psicólogo Lev Semionovich Vygotsky (1896-1934) foi um pioneiro na apresentação do conceito de que o desenvolvimento
intelectual das crianças ocorre em função de suas interações sociais e condições de vida. Ele entendia que o sujeito não
acessa diretamente objetos ou conceitos, pois todo conhecimento é fruto da mediação de outras pessoas ou de sistemas
simbólicos dos quais ele dispõe. Dessas relações dinâmicas e interativas entre sujeito/sujeito e sujeito/objeto, surgem as
funções psicológicas superiores a serem construídas na interação social.
SISTEMAS DE SIGNOS
Ferdinand Saussure foi um linguista e filósofo suíço que trouxe a ideia de que os signos linguísticos são a união de uma
imagem acústica e um conceito, de um significante e um significado. Essa união, por sua vez, não é determinada nem fixa,
porém arbitrária.
 SAIBA MAIS
A teoria sociointeracionista impeliu os docentes a uma reflexão sobre a prática pedagógica devido aos apontamentos feitos por
Vygotsky sobre as relações existentes entre a aprendizagem, o desenvolvimento e a interação nos processos educativos.
Podemos reconhecer a interação entre os alunos como uma estratégia pedagógica. Para que haja um conhecimento, o sujeito
deve ser entendido como um ser social que constrói sua individualidade a partir das interações mediadas pela cultura. Dessa
maneira, a relação que a pessoa estabelece com o meio social é condição fundamental para ela se constituir como indivíduo.
TEORIA COGNITIVISTA SIGNIFICATIVA
Os estudos sobre esta teoria têm como base o autor David Paul Ausubel, responsável pela elaboração do conceito de
aprendizagem significativa. Na abordagem cognitiva, ele observa o que ocorre dentro da mente humana durante a construção
do conhecimento.
Para Ausubel, a estrutura cognitiva refere-se ao conteúdo total das informações, aos fatos, aos conceitos e aos princípios
organizados pela pessoa. A aprendizagem é vista como o processo em que o novo conteúdo se organiza e se integra à estrutura
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cognitiva já existente. Dessa maneira, o professor precisa fazer a relação significativa entre o conteúdo acadêmico e o social para
que o aluno perceba o significado do que aprende.
Foto: Shutterstock.com
DAVID PAUL AUSUBEL (1918 - 2008)
O psicólogo norte-americano David Paul Ausubel (1918-2008) foi o percursor da teoria da aprendizagem significativa.
Para ele, aprender significativamente é ampliar e reconfigurar ideias que já existem na estrutura mental da pessoa para que
ela seja capaz de relacionar e acessar novos conteúdos. O autor, portanto, defendia que os esquemas dos links mentais que
fazemos nos auxiliam a consolidar o conhecimento. Desse modo, cabe ao professor propor e fomentar situações que
favoreçam a aprendizagem, permitindo a ancoragem entre o saber que a criança já possui e o que ela irá aprender.
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
Ela propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados para que o novo conteúdo incorporado às suas
estruturas cognitivas adquira significado. A aprendizagem mecânica, por outro lado, ocorre quando o novo dado não se
relaciona com os conceitos conhecidos pelo aluno.
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SIGNIFICADO
Para que a aprendizagem significativa ocorra, é preciso entender o processo de modificação do conhecimento [...] e
reconhecer a importância que os processos mentais têm nesse desenvolvimento.
Fonte: https://portaldoprofessor.mec.gov.br
 SAIBA MAIS
As ideias de Ausubel também se caracterizam por uma reflexão específica sobre a aprendizagem escolar e o ensino em vez de
tentar somente generalizar e transferir-lhes conceitos ou princípios explicativos extraídos de outras situações ou contextos de
aprendizagem.
Para haver aprendizagem significativa, são necessárias duas condições:
PRIMEIRA CONDIÇÃO
O aluno precisa ter uma disposição para aprender. Se o indivíduo quiser memorizar o conteúdo arbitrária e literalmente, a
aprendizagem será mecânica.
SEGUNDA CONDIÇÃO
O conteúdo escolar a ser aprendido deve ser potencialmente significativo, ou seja, ele precisa se mostrar lógica e
psicologicamente significativo.
O significado lógico depende somente da natureza do conteúdo; o psicológico, por sua vez, significa a experiência de cada
indivíduo. Todo aprendiz faz uma filtragem própria do significado dos conteúdos.
Com esse duplo marco de referência, as proposições de Ausubel partem da consideração de que os indivíduos apresentam uma
organização cognitiva interna baseada em conhecimentos de caráter conceitual, sendo que a sua complexidade depende muito
mais das relações que eles estabelecem entre si que do número de conceitos presentes.
Essas relações têm um caráter hierárquico; dessa forma, a estrutura cognitiva é compreendida fundamentalmente como uma rede
de conceitos organizados hierarquicamente de acordo com o grau de abstração e de generalização.
Agora que você já foi apresentado às teorias contempladas na abordagem cognitivista, demonstraremos como elas influenciam na
atuação do professor e na sua prática em espaços escolares.
Assista a este vídeo para entender como a abordagem cognitivista e as suas teorias podem ser inseridas no ambiente escolar.
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VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A ABORDAGEM COGNITIVISTA SE BASEIA NAS TEORIAS DE PIAGET, VYGOTSKY E AUSEBEL,
CUJOS ELEMENTOS COMUNS ACERCA DA APRENDIZAGEM PODEM CONTRIBUIR EFETIVAMENTE
PARA UMA PRÁTICA DOCENTE MAIS EFICIENTE.
DAS OPÇÕES ABAIXO, PODE SER IDENTIFICADA COMO UM ELEMENTO COMUM:
A) A aprendizagem se dá a partir de experiências próprias realizadas pelo estudante na sala de aula e orientadas pelo professor,
que atua como articulador entre o conhecimento e o aluno.
B) Preocupa-se com a aprendizagem do indivíduo desde a infância: dando especial ênfase a este período, investiga como são
construídas as estruturas cognitivas do sujeito para a elaboração do seu conhecimento.
C) O conhecimento se dá na relação do indivíduo com a cultura e a sociedade de forma independente: o processo de
aprendizagem só é possível na troca entre o sujeitos e seus pares.
D) Para que haja aprendizagem significativa, o professor precisa fazer a relação significativa entre o conteúdo acadêmico e o
social de modo que o aluno perceba o significado do que aprende.
2. A IMPORTÂNCIA DAS ABORDAGENS DIDÁTICAS ESTÁ NO FATO DE ELAS OFERECEREM À
PRÁTICA DOCENTE UMA POSSIBILIDADE MAIS EFICIENTE DE AÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM. POR NÃO HAVER UMA ÚNICA LINHA DE ABORDAGEM, É FUNDAMENTAL
COMPREENDER AS CARACTERÍSTICAS QUE MARCAM CADA UMA A FIM DE IDENTIFICAR QUAIS
SE ADEQUAM MAIS À REALIDADE EM QUE SE DÁ A EDUCAÇÃO.
SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DESSAS ABORDAGENS, PODEMOS AFIRMAR:
I – O CONHECIMENTO É COMPREENDIDO COMO UM PROCESSO DE: PERCEPÇÃO,
PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO E COMPREENSÃO.
II – O DOCENTE É GERADOR DE CONDIÇÕES PARA QUE OS ALUNOS APRENDAM.
III – O ALUNO, COMO QUALQUER SUJEITO, É CONSTITUÍDO COMO RESULTADO DAS INFLUÊNCIAS
SOCIAIS DO MEIO EM QUE VIVE.
IV – A APRENDIZAGEM É O CONJUNTO DE COMPORTAMENTOS PADRONIZADOS E OBJETIVOS
ANTERIORMENTE FIXADOS.
DAS CARACTERÍSTICAS ACIMA:
A) Somente a I pertence à abordagem cognitivista.
B) I e II fazem parteda abordagem cognitivista.
C) III e IV pertencem à abordagem comportamental.
D) Somente a III compõe a abordagem comportamental.
GABARITO
1. A abordagem cognitivista se baseia nas teorias de Piaget, Vygotsky e Ausebel, cujos elementos comuns acerca da
aprendizagem podem contribuir efetivamente para uma prática docente mais eficiente.
Das opções abaixo, pode ser identificada como um elemento comum:
A alternativa "A " está correta.
A opção A apresenta uma visão geral da abordagem cognitivista, enquanto as demais apresentam características específicas dos
autores que a defendem: Piaget com sua valorização na infância (opção B), Vygotsky com seu destaque à interação entre os
sujeitos (opção C) e Ausebel com a preocupação com a aprendizagem significativa (opção D).
2. A importância das abordagens didáticas está no fato de elas oferecerem à prática docente uma possibilidade mais
eficiente de ação no processo de ensino e aprendizagem. Por não haver uma única linha de abordagem, é fundamental
compreender as características que marcam cada uma a fim de identificar quais se adequam mais à realidade em que se
dá a educação.
Sobre as características dessas abordagens, podemos afirmar:
I – O conhecimento é compreendido como um processo de: percepção, processamento de informação e compreensão.
II – O docente é gerador de condições para que os alunos aprendam.
III – O aluno, como qualquer sujeito, é constituído como resultado das influências sociais do meio em que vive.
IV – A aprendizagem é o conjunto de comportamentos padronizados e objetivos anteriormente fixados.
Das características acima:
A alternativa "C " está correta.
A abordagem comportamental/behaviorista compreende o comportamento humano como o resultado de influências sociais,
podendo, portanto, ser modificado se tais influências forem alteradas. Por isso, as afirmativas III e IV a identificam. Na abordagem
cognitivista, o conhecimento é definido como uma construção contínua do sujeito no meio em que ele se encontra. Por isso, ela
tem interesse em investigar os processos internos em que se dá o conhecimento, valorizando a características de cada aluno.
Dessa forma, as afirmativas I e II a identificam.
MÓDULO 2
 Identificar o processo da abordagem didática na prática docente
No módulo anterior, buscamos perceber como os sujeitos aprendem e como esse aprendizado pode ser visto de formas
diferentes. Diante desse desafio, passamos a refletir sobre o professor e seu papel na construção dessa abordagem didática.
Quanto à investigação de seus processos na prática docente, talvez você esteja com os seguintes questionamentos:
Imagem: Thiago Lopes
Dessa maneira, cabe ao professor acompanhar o processo de ensino-aprendizagem ao fomentar novas descobertas, possibilitar
a ampliação desses conhecimentos e adaptar as suas práticas de acordo com a turma.
AFINAL, O QUE SERIA A DIDÁTICA? POR QUE
PROFESSORES PRECISAM DELA?
A didática serve para indicar os processos de ensino-aprendizagem. Com eles, você vai poder pensar tecnicamente e
acompanhar a evolução dos alunos.
Não basta, porém, compreender um conteúdo do ponto de vista técnico. O processo de compreensão é do aluno, e não do
professor, pois será o estudante que vai descobrir os seus caminhos e construir as pontes necessárias para seu desenvolvimento.
Ser didático, além de se preparar, é estar disposto a compreender que seu aluno precisa de acompanhamento no processo de
aprendizado.
A didática não deve ser entendida como uma prática, mas como um processo no qual cada aluno desenvolve seus aspectos
cognitivos. O professor, por sua vez, acompanha esse processo e fomenta novas descobertas, possibilitando a ampliação desses
conhecimentos.
Todo aquele que se coloca na condição de educando espera que quem o conduzirá esteja preparado. Independentemente de
nosso tempo de convivência, nós, enquanto professores, devemos estar dispostos e sermos capaz de acompanhá-lo para
provocar e permitir processos de aprendizagem, cada um com seu ritmo e dentro de suas necessidades. Desse modo, atuar
didaticamente é:
Foto: Shutteretock.com
Preparar-se para estabelecer a ação pedagógica.
Foto: Shutteretock.com
Perceber o desenvolvimento do sujeito conforme se desenvolve a educação.
Foto: Shutteretock.com
Ter o aprendizado como foco do resultado, mesmo entendendo que nem sempre ele ocorrerá da forma esperada e planejada.
O uso da didática, aliás, possui uma funcionalidade muito mais ampla: fundamental para todo sujeito no ato de educar, ela
impacta diretamente o processo de ensino-aprendizagem.
CONCEITUANDO A DIDÁTICA
A didática deve ser entendida como uma ferramenta pedagógica que impulsiona o professor a refletir sobre as formas de
abordagem do conhecimento, das metodologias, da necessidade de planejamento e de tudo que envolve o processo de
ensino-aprendizagem. Como não se limita à técnica, ela se dedica ao estudo do processo de ensino-aprendizagem,
oferecendo uma reflexão constante que orienta as abordagens didáticas a fim de fortalecer tal processo.
ENSINO-APRENDIZAGEM
A abordagem didática possibilita dois movimentos: o ensino e a aprendizagem. Ou seja, o princípio dela permite ao
professor construir uma prática docente baseada em uma teoria da aprendizagem, como vimos no módulo anterior.
Ela realmente interfere em tal prática, pois exige do professor uma postura constante de pesquisador da própria prática,
assim como o instiga a buscar cotidianamente uma atuação que torne a aprendizagem significativa, estimulando a
construção de novos conhecimentos.
Foto: Shutterstock.com
 Abordagem didática
A abordagem didática deve ser entendida como um “fazer reflexivo” que leva o professor a ampliar sua visão sobre as formas de
ensinar e de aprender, facilitando a escolha das metodologias que dão sentido à sua prática.
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Ela provoca reflexões sobre a forma de atuação dela no processo de aprendizagem dos alunos e a maneira de melhorar sua
prática a partir do seu cotidiano.
A abordagem didática também ultrapassa a dimensão técnica, pois exige compromisso do mestre com o aprendiz, fazendo com
que o professor adote uma postura reflexiva, na qual a construção de conhecimentos ganha nova dimensão, provocando a
entrada de aprendizagens significativas que façam sentido para o público a que se destina.
O papel da abordagem didática é fazer a diferença em qualquer campo com demanda educativa (instituições públicas, privadas
ou do terceiro setor), pois ela auxilia na construção de cenários de ambientação para que a aprendizagem aconteça e se
consolide.
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Na abordagem didática, o professor deve:
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Dar sentido ao que é apresentado
Podemos dizer que ela é a proposta de reflexão sobre a prática. O professor utiliza variadas teorias da aprendizagem para
observar o andamento do processo de ensino.

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