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Deanne de Freitas Oliveira � História da Psicologia Unidade I � 1 – As bases filosóficas e fisiológicas da psicologia cientifica � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � O discurso da ciência moderna � A psicologia fisiológica � História da Psicologia Unidade II � 2 – O surgimento da psicologia científica � Wilhelm Wundt � Edward Titchner e a Psicologia Estrutural � William James e o funcionalismo norte- americano e E. Thorndike e o Associacionismo. � História da Psicologia Unidade III � 3 – Principais sistemas psicológicos: Behaviorismo � O Behaviorismo � A Psicologia da Gestalt � A Psicanálise � História da Psicologia Unidade IV � 4 – A “terceira força” em psicologia: teorias fenomenológicas-existenciais e humanistas. Desenvolvimentos atuais da Psicologia. � Teorias fenomenológicas-existenciais � Teorias humanistas � Desenvolvimentos atuais da Psicologia e o movimento cognitivista � BIBLIOGRAFIA BÁSICA � BOCK, ANA MERCÊS BAHIA. Uma introdução ao estudo de psicologia. 14ª. ED. SÃO Paulo: Saraiva, 2008. � FIGUEIREDO, LUÍS CLÁUDIO. Matrizes do pensamento psicológico. 14ª. Ed.Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. � SCHULTZ, DUANE P.; SCHULTZ, SYDNEY ELLEN. História da psicologia moderna. São Paulo: Thompson Learning, 2007. COMPLEMENTAR � ANTUNES, M. A. M. A psicologia no Brasil. São Paulo: Unimarco Editora e Educ, 1999. � FIGUEIREDO, LUÍS CLÁUDIO M. A invenção do psicológico: quatro séculos de subjetivação 1500 - 1900.7ª. Edição. São Paulo: Escuta: Educ., 2007. � HALL, C. S. & LINDZEY G. Teorias da personalidade. 4ª. Edição. Porto Alegre, Artmed, 2000. � HEIDEBREDER, E. Psicologias do século XX. São Paulo: Mestre Jou, 1988. � JACÓ-VILELA, A.M., FERREIRA, A. A. L., PORTUGAL, T. (ORGS). História da Psicologia: rumos e percursos. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2007. � P l a n o d e a u l a Mês/dia s Conteúdo/Planejamento Fev 21 Diagnose da turma. Apresentação da disciplina e objetivos. Introdução ao tema. UNIDADE I – As bases filosóficas e fisiológicas da psicologia científica 1.1 - O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média.. Atividade estruturada: Texto: “A evolução da ciência psicológica” pag 31 a 36 – In: Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. Bock, A. M. B; Furtado, O. e Teixeira, M. L. T. 13ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2003. Mar 07 1.2 - O discurso da ciência moderna. Atividade estruturada: Texto: “A evolução da ciência psicológica” pag 37 a 40 – In: Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. Bock, A. M. B; Furtado, O. e Teixeira, M. L. T. 13ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2003. Indicação de texto para leitura: Alma, corpo e a antiga civilização grega: as primeiras observações do funcionamento cerebral e das atividades mentais. Psicol. Reflex. Crit. vol.24 no.4 Porto Alegre 2011 http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722011000400021 Mar 14 1.3 A Psicologia Fisiológica. Texto: Influencias fisiológicas sobre a psicologia. Pag. 56 a 74. In: História da Psicologia Moderna. Schultz, D. P e Schultz, S. E. – 16ª Ed. São Paulo: Cultrix, 1992. UNIDADE II – O Surgimento da Psicologia Científica. 1.1 Wilhelm Wundt. Texto: A nova psicologia. Pag. 75 a 87 In: História da Psicologia Moderna. Schultz, D. P e Schultz, S. S. E. – 16ª Ed. São Paulo: Cultrix, 1992. 1.2 Edward Titchner e a Psicologia Estrutural. Texto: O Estruturalismo. Pag. 103 a 122. In: História da Psicologia Moderna. Schultz, D. P e Schultz, S. S. E. – 16ª Ed. São Paulo: Cultrix, 1992. Mar 21 Semana Sócio Clinico Institucional Mar 28 1.3 - William James e o Funcionalismo norte-americano e E. Thorndike e o Associacionismo. Texto: O funcionalismo: desenvolvimento e fundação. Pag. 143 a 156. In: História da Psicologia Moderna. Schultz, D. P e Schultz, S. S. E. – 16ª Ed. São Paulo: Cultrix, 1992. Texto: Edward Lee Thorndike (1874-1949) pag 218 a 222. In: História da Psicologia Moderna. Schultz, D. P e Schultz, S. S. E. – 16ª Ed. São Paulo: Cultrix, 1992. Abr 04 1.3 - William James e o Funcionalismo norte-americano e E. Thorndike e o Associacionismo. Texto: O funcionalismo: desenvolvimento e fundação. Pag. 143 a 156. In: História da Psicologia Moderna. Schultz, D. P e Schultz, S. S. E. – 16ª Ed. São Paulo: Cultrix, 1992. Abr A1 http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722011000400021 � Mês/dias Conteúdo/Planejamento Abr 18 Entrega e vista de Prova. UNIDADE III – Principais Sistemas Psicológicos: Behaviorismo. 1.1 O Behaviorismo Texto: O behaviorismo: o estudo do comportamento. Pag 45 a 58. In: Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. Bock, A. M. B; Furtado, O. e Teixeira, M. L. T. 13ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2003 Abr 25 1.2 A Psicologia da Gestalt. Texto: A gestalt: a psicologia da forma. Pag. 59 a 69 In: Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. Bock, A. M. B; Furtado, O. e Teixeira, M. L. T. 13ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2003. Mai 02 1.3 A Psicanálise. Texto: A psicanálise: Sigmund Freud. Pag. 70 a 84. In: Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. Bock, A. M. B; Furtado, O. e Teixeira, M. L. T. 13ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2003. Indicação de texto para resumo: A psicanálise: primórdios. Pag. 323 a 355. In: História da Psicologia Moderna. Schultz, D. P e Schultz, S. S. E. – 16ª Ed. São Paulo: Cultrix, 1992. Mai 09 UNIDADE IV – A “Terceira Força” em Psicologia: teorias fenomenológicas-existenciais e humanistas. Desenvolvimentos atuais da Psicologia. 1.1 Teorias fenomenológicas-existenciais - Texto: A fenomenologia existencialista. Pag 326 a 335. In: A psicologia contemporânea. Foulquié. P e Deledalle, G. 4 ed. São Paulo: Nacional, 1977. Mai 16 1.2 Teorias humanistas. Texto: A psicologia Humanista: a terceira força. Pag. 392 a 399. In: História da Psicologia Moderna. Schultz, D. P e Schultz, S. S. E. – 16ª Ed. São Paulo: Cultrix, 1992. Mai 23 Luta Antimanicomial Mai 30 1.3 Desenvolvimentos atuais da Psicologia e o movimento cognitivista. Texto: O movimento cognitivista. Pag. 400 a 412. In: História da Psicologia Moderna. Schultz, D. P e Schultz, S. S. E. – 16ª Ed. São Paulo: Cultrix, 1992. Jun 06 A 2 Jun 13 Vista de prova Jun 20 Revisão Jun 27 A 3 P l a n o d e a u l a História da Psicologia Estudar Psicologia é abrir a mente, é ter a possibilidade ímpar de desenvolver a capacidade de compreensão sobre o que se passa no mundo subjetivo humano. Subjetivo - sujeito � História da Psicologia � História: do grego antigo ἱστορία, que significa pesquisa, conhecimento advindo da investigação. É a ciência que estuda o homem e sua ação no tempo e no espaço, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no passado. � Psicologia: do grego Ψυχολογία, traduzido psykhologuía, de ψυχή, psykhé, "psique", "alma", "mente" e λόγος, lógos, "palavra", "razão" ou "estudo“. É a ciência que estuda o comportamento (tudo que organismo faz) e os processos mentais (experiências subjetivas inferidas pelo comportamento). O principal foco da psicologia se encontra no indivíduo, em geral humano, mas o estudo do comportamento animal para fins de pesquisa e correlação, na área da psicologia comparada, também desempenha um papel importante (etologia). � � História da Psicologia � História da Psicologia Unidade I – As bases filosóficas e fisiológicas da psicologia cientifica �O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média �O discurso da ciência moderna �A psicologia fisiológica � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Bem antes... no antigo Egito, no templo de Imhotep.. � Imohtep - (aquele que vem em paz) 2655-2600 a.C � identificado ao Deus da medicina greco-romano Esculápio ou Asclépio. � Arquitetou a primeira pirâmide do Egito (pirâmide de Sacara, com seis enormes degraus que atinge aproximadamente 62 metros. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média �Imhotep escreveu textos médicos, e é creditada a autoria do papiro de Edwin Smith, é a única cópia de parte de um antigo livro egípcio sobre traumada cirurgia. O mais antigo escrito de literatura médica, e é o mais antigo documento cirúrgico do mundo. É considerado pelos grandes professores das ciências médicas ocidentais como o berço do pensamento analítico da medicina. �Imhotep extraía os remédios das plantas. 1 - As bases filosóficas e fisiológica da psicologia cientifica O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � A história da psicologia do ocidente tem por volta de dois milênios, com início entre os gregos, no período anterior a era cristã. � A história do pensamento humano entre os gregos no período de 700 a.C. até a dominação romana, véspera da era cristã. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Partenon – Grécia, sec. V a.C. templo da deusa grega Atena. � Povo mais evoluído da época, criaram as primeira cidades (pólis), riquezas, conquista de territórios, escravagismo, tributos, necessidade de soluções práticas da arquitetura, agricultura, social que fez avanços na física, geometria, política até o conceito de democracia. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média �A filosofia nasce na Grécia Antiga como uma cosmologia, onde o objeto de reflexão é a própria natureza (phýsis), na busca por explicações acerca do mundo natural e baseada essencialmente em causas naturais. � É desta forma que os primeiros filósofos se preocuparam em observar os fenômenos de maneira ampla, na tentativa de identificar o princípio ordenador da natureza (arkhé) e expressá-lo em uma linguagem Racional. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � A característica central da explicação dada pelos primeiros filósofos é o uso da noção de causalidade. � Com o intuito de evitar a regressão ao infinito em busca da explicação causal, os primeiros filósofos postularam a existência de um elemento primordial o qual serviria de ponto de partida para todo o processo. � O primeiro a formular essa noção foi Tales de Mileto (585 a.C.), que afirmou ser a água o elemento primordial. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média �A estreita relação existente entre a filosofia e a arte da medicina possibilitou algumas especulações sobre a relação entre a mente e o corpo na Grécia Antiga. Cérebro - Centro da Razão � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média Hipócrates de Cós (460 – 375 a.C.) � Pai da medicina e um dos principais médicos da Antiguidade. Atribui-se a autoria da chamada Corpus hippocraticum ou "Coleção Hipocrática". � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Hipócrates de Cós fundamentou a sua prática e a sua forma de compreender o organismo humano, incluindo a personalidade na teoria dos quatro humores corporais (sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra) que, consoante às quantidades relativas presentes no corpo, levariam a estados de equilíbrio (eucrasia) ou de doença e dor (discrasia). � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Sangue – do coração, � Fleuma ou pituita – sistema respiratório, � Bílis amarela – fígado e � Bílis negra – baço Cada um destes humores, diferentes qualidades: Sangue - quente e úmido – sanguíneo – artesão/alegre Fleuma - fria e úmida – fleumático – racional/moderado Bílis amarela - quente e seca – bilioso ou colérico - irritadiço Bílis negra - fria e seca – melancólico - desanimado � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média �No Corpus hippocraticum, o cérebro é apontado como a sede do julgamento, das emoções e de todas as atividades do intelecto, assim como a causa dos transtornos neurológicos, tais como espasmos, convulsões e desordem da inteligência. Castro, F. S. ; Landeira-Fernandez, IJ. - Alma, corpo e a antiga civilização grega: as primeiras observações do funcionamento cerebral e das atividades mentais - Psicologia: Reflexão e Crítica - vol.24 no.4 Porto Alegre 2011 � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � A medicina grega se estabelece por volta do século V a.C., sendo possível graças à nova perspectiva adotada pela escola liderada por Hipócrates. Comparativamente: � Joannes Wierus (1515-1588) é considerado o pai da psiquiatria. � A medicina passa a ser reconhecida como ciência em 1800 e a psiquiatria começa a ter credibilidade. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Esta evolução permitiu a atenção do espírito (filosofia e arte). � Platão e Aristóteles – compreender o espírito conquistador grego: a filosofia especula sobre o homem e sua interioridade. � Filósofos gregos: surge a primeira tentativa de sistematizar uma psicologia. � Psyché – alma � Logos – razão � Estudo da alma � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Alma ou espírito era concebido como a parte imaterial do ser humano e envolve o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Os filósofos pré-socráticos preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo pela percepção. � O mundo existe porque o homem o vê... � Idealistas – a idéia forma o mundo � O homem vê o mundo que já existe... � Materialistas – a matéria que forma o mundo é dada para a percepção. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média Sócrates (469-399 a.C.) Platão (427 - 347 a.C.) Aristóteles (384-322 a.C.) O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Sócrates (469-399 a.C.) – consistência da psicologia. � Limite que separa o homem dos animais. � Razão – permite ao homem se sobrepor aos instintos, base da irracionalidade. � Razão como peculiaridade humana ou essência humana. Teorias da consciência surgem deste ponto inicial e sistematização filosófica. O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Platão (427 - 347 a.C.) - discípulo de Sócrates, buscou definir o lugar da razão no corpo. � A cabeça - onde se encontra a alma. � A medula – ligação da alma com o corpo. � A alma era separado do corpo e tinha que ter um ponto de ligação. � Na morte, a matéria desaparece e a alma fica livre para ocupar outro corpo. O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Aristóteles (384-322 a.C.) – discípulo de Platão. Postulou que a alma e corpo (psiqué e Eros) não podem ser dissociados. � Psyché seria o principio ativo da vida. Tudo aquilo que cresce, se reproduz e se alimenta possui a sua psyché ou alma. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média �Os animais, os vegetais e o homem tem alma. �Os vegetais tem alma vegetal que define a função de alimentação e reprodução. �Os animais tem a alma vegetal e a alma sensitiva que tem a função de percepção e movimento. �O homem teria os dois níveis de alma e mais a alma racional, que tem a função de pensar. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Estudou as diferenças entre a razão, a percepção e as sensações.(Da anima: considerado o primeiro tratado de psicologia) � 2.300 anos antes do advento da psicologia Científica, os gregos formularam duas “teorias” � Platônica – imortalidade da alma e a concebida separada do corpo � Aristotélica: mortalidade da alma e sua relação de pertencimento ao corpo. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Grécia � Império Romano (inicio ano 27 a. C.) � Idade Média (do século V ao XV, com a queda do Império Romano, em 476, e termina em 1453 com a Tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos) � Cristianismo (vence o politeísmo de Roma pela conversão do Imperador Constantino I no ano de 313) � Cruzadas (1096/1270 – expedições militares sob o poder da igreja) � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média �Pouco antes da era cristã, surge o Império Romano que dominou a Grécia, parte da Europa e OrienteMédio. �O Império romano inicia no ano 27 a.C. �O primeiro imperador romano foi Otávio Augusto, seu império era caracterizado pela forma de governo autocrático. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Hinduísmo, budismo, cristianismo, judaísmo e islamismo são cinco das maiores religiões do mundo. � Ao longo dos anos, esses grupos religiosos moldaram o curso da história e tiveram uma profunda influência sobre a trajetória da raça humana. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Surge o cristianismo, força religiosa que ultrapassa a política. � Mesmo com as invasões bárbaras (400 d.C.) que levou a desorganização econômica e quebra dos territórios, o cristianismo sobreviveu e se fortaleceu, tornando-se a religião primordial da Idade Média. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � A psicologia no Império Romano é vinculado ao conhecimento religioso, pois todo poder econômico e político era monopolizado pela Igreja Católica, inclusive a ciência/saber. O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Santo Agostinho (354-430) – inspirado em Platão fez uma cisão entre alma e corpo. � A alma não era só a sede da razão, mas a prova de uma manifestação divina no homem. � A alma era imortal por ser o elemento que liga o homem a Deus. � Sendo a sede do pensamento, a Igreja passa a se preocupar também com a sua compreensão. O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � São Tomás de Aquino (1225-1274) viveu no período de prenúncio da ruptura da Igreja Católica, o aparecimento do protestantismo (transição do capitalismo com as Revoluções Francesa e Industrial na Inglaterra). � A crise econômica e social leva ao questionamento da Igreja e dos conhecimentos produzidos por ela. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Foi preciso encontrar novas justificativas para a relação entre Deus e o homem. São Tomas de Aquino buscou em Aristóteles a distinção entre essência e existência. � Considera que o homem em sua essência busca a perfeição por meio de sua existência. � Introduz o ponto religioso ao afirmar que somente Deus seria capaz de reunir a essência e a existência, em termos de igualdade. Busca de perfeição pelo homem seria busca de Deus. � Encontra argumentos racionais para justificar os dogmas da Igreja e continua garantir para ela o monopólio do estudo do psiquismo. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Renascimento/Renascença/Renascentismo (aproximadamente entre fins do séc. XIII e meados do séc. XVII) � Transformações radicais no mundo europeu. � Mercantilismo descobre novas terras e enriquece. � Do feudalismo ao capitalismo. � A arte muda. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Leonardo da Vinci, 1478 Anunciação � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Sandro Botticelli, 1501 Nascimento de Vênus � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Michelangelo, 1513 Davi � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Maquiavel, 1513/1532 O príncipe – obra clássica política � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Copérnico, 1543 - heliocêntrico � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Galileu, 1610 – a queda dos corpos experiência da física moderna � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Avanços de conhecimento facilita o início da sistematização do conhecimento científico – método e regras básicas para a construção do conhecimento cientifico. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � René Descartes (1596/1659), filósofo que contribui para o avanço cientifico com a separação entre mente (alma, espírito) e corpo. � O mundo psicológico entre os gregos, romanos e na Idade Média � Dualismo cartesiano mente-corpo torna possível o estudo do corpo humano morto, pois este pertencia a Deus e era sagrado. � O corpo foi aceito para ensino médico pelo papa Clemente VII em 1536 Lição de anatomia do Dr. Tulp – Rembrandt: a dessacralização do corpo, 1632. � O discurso da ciência moderna � Investigações empíricas – Antiguidade Clássica com Tales de Mileto, Aristóteles etc. � Método Científico (experiências) - Idade Média com Bacon. � Ciência moderna - Idade Moderna – na Revolução cientifica entre os séculos XVI e XVII na Europa. � O discurso da ciência moderna �Galileu Galilei (1564 – 1642) é o fundador da ciência moderna e o teórico do método científico e da autonomia da pesquisa cientifica. �Com ele a ciência busca além da essência e da substânica das coisas, mas sim a função. � O discurso da ciência moderna �A pergunta não é mais “O QUE É?”; mas “COMO É?”. �Tem-se o método claro, objetivo e explicito: para a ciência dar resultados é necessário geometrizar a natureza. �Esta realidade é o que justifica o modelo de ciência utilizada por Wundt mais a frente. � O discurso da ciência modernaFísica � A Revolução Científica é o limiar conveniente entre o pensamento antigo e a física clássica. � Nicolau Copérnico reviveu o modelo heliocêntrico do sistema solar descrito por Aristarco de Samos. Foi seguido pelo 1º modelo conhecido do movimento planetário dado por Kepler no início do séc. XVII, que propôs que os planetas seguiam órbitas elípticas, com o Sol sendo um dos focos da elipse. � Galileu Galilei (pai da moderna física) também fez uso de experimentos para validar teorias físicas, um elemento chave para o método científico. � O discurso da ciência moderna � Química A história da química moderna pode ser traçada até a distinção da química e da alquimia por Robert Boyle no trabalho The Sceptical Chymist (1661) e o importante passo dado por Antoine Lavoisier (Pai da química moderna) por meio do reconhecimento do oxigênio e da lei da conservação da matéria. � O discurso da ciência moderna• Isaac Newton (1642 – 1727), descobertas durante o século XVII guiaram os estudos da física pelos 200 anos seguintes. � Francis Bacon (1561 - 1626), mostrou a importância da experimentação para a aquisição dos conhecimentos científicos. � O discurso da ciência moderna � Louis Pasteur (1822 - 1895), primeiro cientista a provar que seres invisíveis a olho nu (microorganismos) são os responsáveis por muitas doenças. Abriu caminho para o avanço da microbiologia e da imunologia. � O discurso da ciência moderna � O discurso da ciência moderna passa a ser a experimentação por um método cientifico validado. � Ciência – busca da verdade de um fenômeno. � Investigação – busca de vestígios de um fenômeno. � A psicologia Fisiológica � O papel do observador humano – cinco décimos de segundo em observações astronômicas. � 1795 – Nevil Maskelyne observou erro de intervalo entre ponto – estrela – tempo e, isto aumentava. � 1815 – Friedrich Wilhelm Bessel, erros astronômicos são causados por diferenças pessoais sem controle.. � A psicologia Fisiológica � A astronomia teve que levar em conta a natureza do observador humano que podem influenciar as observações. � O observador humano tinha que ser considerado na astronomia, por certo deveria ser considerado em todas as ciências baseadas na observação. � Locke (1632/1704) e Berkeley (1685/1753) Filósofos – natureza subjetiva da observação, nem sempre há relação ou correspondência exata entre o objeto e a percepção. Bessel confirmou isso pela astronomia. � A psicologia Fisiológica Isso obrigou a comunidade científica a focar atenção no observador humano. Os cientistas passaram a investigar os processos psicológicos da sensação e da percepção pelos órgão dos sentidos e seus mecanismos fisiológicos. Os primeiros fisiologistas iniciaram o estudo da sensação, e a psicologia estava prestes a surgir. Homúnculo� A psicologia Fisiológica � A pesquisa fisiológica estimulou e orientou a nova psicologia no final do Século XIX. � 1830 – fisiologia se torna uma disciplina de orientação experimental com Johannes Muller (1801/1858). � Teoria das energias específica dos nervos: excitação ou estimulação de um nervo produz uma sensação específica. � Localizar funções no SN e delimitar mecanismos receptores sensoriais da periferia do corpo. � A psicologia Fisiológica � Marshall Hall (1790/1857) Pioneiro na investigação do comportamento reflexo. Vários níveis de comportamento estão ligados a partes distintas do cérebro e do SN. Cérebro: movimento voluntário Medula espinhal: movimento reflexo Musculatura: movimento involuntário Medula: movimento respiratório � A psicologia Fisiológica � Jean Pierre Flourens (1794/1867) � O cérebro controla os Processos Mentais superiores (PMS), partes do mesencéfalo controlam os reflexos visuais e auditivos, o cerebelo a coordenação e o bulbo raquidiano controla as batidas do coração, respiração e outras funções vitais. � A psicologia Fisiológica Metade do Século XIX Introdução de duas abordagens experimentais para o estudo do cérebro: � Método clínico � Estimulo elétrico � A psicologia Fisiológica � Método clínico: Paul Broca (1824/1880) na França estuda as funções mentais e sua localização anatômica no cérebro e localiza a área motora da fala que recebe seu nome. � A psicologia Fisiológica Estimulo elétrico � Gustav Fritsch (1838/1927) � Exploraram o córtex cerebral com Correntes elétricas fracas. � Eduard Hitzig (1780/1849) � A psicologia Fisiológica � Na metade do Século XIX a natureza elétrica dos impulsos nervosos já era aceita como fato. � A psicologia Fisiológica � Os sinais elétricos representam a linguagem da mente, o meio pelo qual as células nervosas, os blocos com os quais o cérebro é construído, se comunicam umas com as outras a grandes distâncias. � 1791 – Luigi Galvani, biólogo italiano, descobre a atividade elétrica em animais. Demonstra que a contração dos músculos é causada pela eletricidade produzida pelas células musculares e não pelos espíritos ou forças vitais como se acreditava na época. � A psicologia Fisiológica � Santiago Ramon Y Cajal – (1852/1934), Espanha, contemporâneo a Freud, demonstra a estrutura dos neurônios em 1890, e ganha o Nobel de Medicina em 1906. � Um axônio pode atingir alguns metros. � Um neurônio no cérebro humano pode chegar a ter 40 ramificações dendríticas. � A confirmação conclusiva sobre a Fenda Sináptica so ocorre em 1955, Cajal já apontava o fato. � A psicologia Fisiológica � Projeto para uma psicologia científica – 1895, de Freud, é baseado nos achados de Cajal sobre a doutrina do neurônio. (Kandel, 2009) � A psicologia Fisiológica � Em 1936, Henry Dale e Otto Loewi ganharam o Nobel de Fisiologia ou Medicina por terem demonstrado os sinais enviados pelas sinapses entre os neurônios no SNA que são transportados por transmissores químicos específicos. � A psicologia Fisiológica �Espírito mecânico domina a fisiologia e as filosofia do século XIX. �Os caminhos para formar o núcleo da fisiologia no século XIX: � materialismo, � mecanicismo, � empirismo, � experimentação e � medição. ... embasaram o modelo para a psicologia! � A psicologia Fisiológica �Mapa sensorial do corpo – o cortex somatossensorial, uma faixa do lobo parietal do córtex cerebral, recebe as sensações táteis. Wilder Penfield, em 1930, chamou essa mapa transversal de homúnculo sensorial � A psicologia Fisiológica � O início da fisiologia indica o tipo de técnica de pesquisa e as descobertas que sustentavam uma abordagem científica da investigação psicológica da mente. � Próximo passo: aplicar o método experimental a mente. � Chega-se ao momento de fazer experimentos e quantificar o acesso para a mente, a vivência subjetiva e mentalista da sensação. � A psicologia Fisiológica �Já existia uma técnica para investigar o corpo. �Essa mesma técnica será desenvolvida para explorar a mente. �A psicologia experimental está pronta para iniciar. � A psicologia Fisiológica � Os cientistas responsáveis pelas primeiras aplicações do método experimental ao objeto de estudo da psicologia são os alemães: � Hermann von Helmholtz � Ernst Weber � Gustav Theodor Fechner � Wilhelm Wundt � A psicologia Fisiológica Hermann von Helmholtz (1821/1894) Com a descoberta de Galvani, Helmholtz descobre que os axônios das células nervosas não geram eletricidade como subproduto de sua atividade, mas como um meio de produzir mensagens que são transportadas ao longo de toda sua extensão. Essas mensagem são utilizadas para enviar informação sensorial sobre o mundo externo para a medula espinhal e o cérebro e para transmitir os comandos do cérebro e da medula espinhal para a ação dos músculos. � A psicologia Fisiológica �Em 1859, ele capta a velocidade com que essas mensagens elétricas são conduzidas e descobriu que a eletricidade conduzida ao longo de um axônio vivo é fundamentalmente diferente do fluxo de energio em um fio de cobre. Condução nervosa, a visão colorida e a audição foi o impacto da psicologia Sensorial (tempo de reação dos nervos sensoriais de humanos, valorizando a Média, não valorizando o aspecto psicológico) � A psicologia Fisiológica � Ernst Weber (1795/1878) Limiar (limite) de dois pontos para medir um S e a percepção pelo sujeito. Variam no mesmo corpo do sujeito e de um sujeito para outro na mesma parte do corpo. A diferença apenas perceptível, a menor diferença entre pesos que podia ser detectado. � A psicologia Fisiológica � Gustav Theodor Fechner (1801/1887) A relação quantitativa entre uma sensação mental e o corpo poderia ser encontrada em um relação quantitativa entre uma sensação mental e um estimulo material. � A psicologia Fisiológica n Wilhelm Wundt (1832/1920) n Em meados do séc. XIX os métodos da ciência natural investigavam fenômenos mentais. Empirismo e a astrologia acentuavam importância dos sentidos apenas como funcionamento. A nova ciência surge com Wundt na psicologia como disciplina acadêmica em seu laboratório em 1875. n Investigou: sensação, percepção, atenção, sentimento, reação e associação: Princípios de psicologia fisiológica. � História da Psicologia Unidade II – O surgimento da psicologia científica �Wilhelm Wundt �Edward Titchner e a Psicologia Estrutural �William James e o funcionalismo norte- americano e E. Thorndike e o Associacionismo. � 2 – O surgimento da psicologia científica� Séc. XIX – avanço cientifico, crescimento da nova ordem econômica (capitalismo) traz a industrialização e a ciência deve respostas e soluções práticas no campo da técnica. � 2 – O surgimento da psicologia científica � Feudalismo – produção para a subsistência, principalmente na terra. Lugar social pelo nascimento, imutável e hierarquizado. Razão submetida à fé. Social inquestionável. � Capitalismo – abastecimento de mercado, produção em massa. Derrubou a nobreza e o clero de seus lugares. Consumismo. Conhecimento independente da fé. Surge a racionalidade para construção do conhecimento. � 2 – O surgimento da psicologia científica � Conhecimento como fruto da razão; � Possibilidade de desvendar a natureza e suas leis pela observação rigorosa e objetiva; método rigoroso que não era mais aceito/estabelecido pelo dogma religioso. A ciência (verdade de um fenômeno) surge. 2 – O surgimento da psicologia científica � Hegel (1770-1831) demonstra que a história é importante para a compreensão do homem. � Darwin (1809-1882) Acaba com o antropocentrismo e desperta o mundo para o evolucionismo. � 2 – O surgimento da psicologia científica� A noção de verdade conta com a ciência. � A filosofia se adapta aos novos tempos. � Surge o Positivismo de Auguste Comte, maior rigor científico na construção do conhecimento da ciência humana. � 2 – O surgimento da psicologia científica � Em meados do séc. XIX surgem o problemas e temasda psicologia, que eram estudados pela filosofia. Passa a ser estudado também pela Fisiologia e pela Neurofisiologia. � O Sistema Nervoso Central participa dos processos de pensamento, percepção e sentimento. � 2 – O surgimento da psicologia científica � Filosófico � Religioso � Científico � 2 – O surgimento da psicologia científica Wilhelm Wundt � Alemão -1832 / 1920, filho de um pastor que viviam em conflitos, formou-se me medicina e fixou-se me fisiologia. � Pensou em um psicologia experimental e independente. � Fundador da nova ciência da psicologia. � 100 anos depois verificou-se erros � 2 – O surgimento da psicologia científica Wilhelm Wundt Wundt em seu laboratório � 2 – O surgimento da psicologia científica Wilhelm Wundt � Sua psicologia se baseou nos métodos experimentais das ciências naturais utilizadas pelos fisiologistas. � Objeto de estudo da sua psicologia é a CONSCIÊNCIA. � Ele não concordava com a tese de que os elementos da consciência são estáticos ligados mecanicamente por associação. � 2 – O surgimento da psicologia científica Wilhelm Wundt � Consciência com capacidade auto-organizadora – voluntarismo – volição – vontade (ato/capacidade de desejar). � Reconhecia o caráter básico dos elementos da consciência – sem os elementos , nada haveria para a mente organizar. � Experiência imediata – sem interpretação � 2 – O surgimento da psicologia científica Wilhelm Wundt � São as experiências imediatas/básicas (sem interpretação) que formam a consciência ou os elementos mentais que a mente organiza ativamente ou sintetiza. Introspecção – o método de estudo � Ciência da experiência consciente, o método psicológico deve envolver a observação dessa experiência. � 2 – O surgimento da psicologia científica Wilhelm Wundt � Só a pessoa que vive a experiência pode observá-la, por isso o método envolve a introspecção (exame do próprio estado mental). � Introspecção – baseado em Sócrates � Controle experimental – baseado na ciência � Introspecção na psicologia – vem da física, relato da sensação consciente a partir de um S. � 2 – O surgimento da psicologia científica Wilhelm Wundt � Condições da introspecção (percepção interior): 1 – o observador deve ser capaz de determinar quando o processo pode ser introduzido; 2 - ele deve estar em um estado de prontidão ou de atenção concentrada 3 – deve ser possível repetir a observação várias vezes e 4 – as condições experimentais devem ser passiveis de variação em termos da manipulação controlada dos estímulos. � 2 – O surgimento da psicologia científica Wilhelm Wundt � O relato introspectivo tratava principalmente dos julgamentos conscientes do sujeito sobre tamanho, intensidade, duração dos S, que eram baseados em medidas objetivas que envolviam sofisticados equipamentos de laboratório, como Tempo de Reação. � As mensurações objetivas recebiam inferências sobre informações dos elementos e processos conscientes. � 2 – O surgimento da psicologia científica Wilhelm Wundt Qual o objetivo da nova ciência? 1 – analisar os processos conscientes até chegar aos seus elementos básicos; 2 – descobrir como esses elementos são sintetizados ou organizados, e 3 – determinar as leis de conexões que governam a sua organização. � 2 – O surgimento da psicologia científica Wilhelm Wundt � A sensação é uma das formas elementares da experiência. s Órgão sensorial Cérebro Considerava a mente e o corpo sistemas paralelos mas não interatuantes. Como a mente não depende do corpo, é possível estudá-la eficazmente em si mesmo. ? � 2 – O surgimento da psicologia científica Wilhelm Wundt Apercepção a organização dos elementos da experiência consciente. Experiências conscientes unificadas. A partir da síntese dos componentes elementares da experiência é criado algo novo. Se vê a unidade do S e não a Cor + brilho + forma + tamanho separadamente. � 2 – O surgimento da psicologia científica Wilhelm Wundt Tópicos de pesquisa de Wundt em Leipzig � Método psicofísico � Aspectos psicológicos e fisiológicos da visão e audição � Sensação e percepção � Tempo de reação (astrônomo), cronometria da mente com base na medida do tempo dos PM (cognição, discriminação e vontade) � Atenção e sentimento � 2 – O surgimento da psicologia científica Edward Titchner e a Psicologia Estrutural Edward Bradford Titchener (1867/1927) Inglês aluno de Wundt por 2 anos, alterou os dados. Autocrático, dogmático, vaidoso. � 2 – O surgimento da psicologia científica Edward Titchner e a Psicologia Estrutural Enquanto Wundt valorizava a consciência, a organização/síntese dos PM pela percepção sendo não mecânico, Titchner aceita o empirismo associacionista e mecânico para abordar a estrutura da mente/consciência. � 2 – O surgimento da psicologia científica Edward Titchner e a Psicologia Estrutural Descobrir a natureza da experiência da consciência em partes separadas, sua estrutura. Mudou o método introspectivo. Criou o Estruturalismo, primeira escola americana de pensamento no campo da psicologia. � 2 – O surgimento da psicologia científica Edward Titchner e a Psicologia Estrutural � Ressalta que o objeto de estudo da psicologia é a consciência. � A experiência consciente não deve confundir o PM com o S ou com o objeto observado. � O objeto da observação não deve ser descrito com a linguagem cotidiana, mas sim em termos do conteúdo consciente da experiência. � 2 – O surgimento da psicologia científica Edward Titchner e a Psicologia Estrutural � Consciência é a soma das experiências em um dado momento de tempo, e a mente é a soma das experiências acumuladas ao longo da vida. � Mente e consciência são realidades semelhantes, mas, enquanto a consciência envolve PM que ocorrem no momento, a mente envolve o acúmulo total desses processos. � 2 – O surgimento da psicologia científica Edward Titchner e a Psicologia Estrutural � Sua psicologia é pura ciência individualista, não se preocupa com cura/tratamento de mentes enfermas ou sociedades problemáticas. � Seu propósito é descobrir fatos ou a estrutura da mente, se opondo como diferente da psicologia animal e da infância. � 2 – O surgimento da psicologia científica Edward Titchner e a Psicologia Estrutural O método de Estudo – Introspecção � Todas as ciências dependem da observação da experiência consciente. � Introspecção experimental sistemática (Kulpe) – relatos detalhados, qualitativos e subjetivos das atividades mentais do sujeito durante o ato da introspecção. � Se opõe ao método wundtiano dos equipamentos e medidas objetivas. � 2 – O surgimento da psicologia científica Edward Titchner e a Psicologia Estrutural � Sensações e imagens formam a estrutura da consciência. � A importância eram as partes, e não o todo na visão de Wundt. � A noção de mecanismo e pensamento mecanicista de Titchner é forte no estruturalismo. � Sujeito – máquina (visão galileniana e newtoniana) � 2 – O surgimento da psicologia científica Edward Titchner e a Psicologia Estrutural � Os sujeitos “maquinas” engoliam tubos até o estômago (durante o dia) onde se colocava água morna ou gelada para descrever sensações, acarretava em vômitos. � Registro de sensações no ato sexual, urinar e evacuar dos alunos. O laboratório fica exposto como imoral. � 2 – O surgimento da psicologia científica Edward Titchner e a Psicologia Estrutural Os elementos da consciência � As finalidades da psicologia: 1 – reduzir os processos conscientes aos seus componentes mais simples ou básicos; 2 – determinar as leis mediante as quais esses elementos se associam e 3 – conectar esses elementos às suas condições fisiológicas, � 2 – O surgimento da psicologia científica Edward Titchner e a Psicologia Estrutural Propôs 3 estados elementares de consciência: 1 – sensações: os elementos básicos da percepção dos objetos físicos do ambiente 2 – imagens: elemento de ideias, lembranças Há: qualidade, intensidade, duração e nitidez � 2 – O surgimento da psicologiacientífica Edward Titchner e a Psicologia Estrutural 3 – estados afetivos: afeto ou sentimento, elementos da emoção, estado presente em experiências como amor, ódio ou tristeza Há: qualidade, intensidade e duração � Dificuldade em lidar teoricamente com a questão do afeto, que para Wundt, era o prazer-desprazer � 2 – O surgimento da psicologia científica Edward Titchner e a Psicologia Estrutural � Inicio dos anos 20 – Psicologia Estrutural deixa de ser adotado por Titchener e passa a abordar como Psicologia Existencial. � Controle da introspecção para a fenomenologia. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo �Darwin (1809/1882) – “A origem das espécies por meio da seleção natural” (1859), o evolucionismo estimulou o funcionalismo mental entre os homens e o animais inferiores, procurou-se o modo da mente individual e sua diferença. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo �Francis Galton (1822/1911) – “Gênio hereditário”, 1869, primo de Darwin, herança mental e diferenças individuais, eugenia. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo � O principal interesse dos psicólogos funcionais era a utilidade ou o propósito dos processos mentais para o organismo vivo em suas permanentes tentativas de adapta-se ao seu ambiente. � Funcionalismo amplia nos EUA pelas características sociais, econômicas e políticas A mentalidade da época era evolução e atitude do funcionar. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo �William James (1842/1910) – Precursor da psicologia funcional. �Questionado por seu interesse pela telepatia, clarividência, espiritualismo, comunicação com os mortos e experiências mística. �Aceitava fenômenos mentais e psíquicos. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo � James é contra a posição de Wundt sobre o alvo da ψ ser a consciência e isolar seus elementos. � James valoriza uma abordagem compatível com a nova concepção funcional. � O objetivo da ψ não é a descoberta dos elementos da experiência, mas o estudo das pessoas vivas em sua adaptação ao ambiente. A função da consciência é orientar quanto aos fins exigidos pela sobrevivência. A consciência é vital para as necessidades de seres complexos em um ambiente complexo. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo � Os processos mentais eram considerados atividades úteis e funcionais de organismos vivos, em sua tentativa de se manter adaptado ao seu mundo. � O ser humano tem ação e paixão, pensamento e razão. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo �O intelecto opera sob as influências fisiológicas do corpo, as crenças são determinadas por fatores emocionais, e a razão e a formação de conceitos são afetadas pelos desejos e necessidades do homem. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo �Os seres humanos não são inteiramente racionais. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo � “A psicologia é a ciência da vida mental, tanto dos seus fenômenos como de suas condições” (James, 1890, vol 1 p. 1) � Fenômeno – objeto de estudo está presente na experiência imediata � Condições – importância do corpo (cérebro / mente) � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo � A vida mental é uma unidade, uma experiência total que muda. O ponto básico de sua concepção da consciência é que esta flui como uma corrente. Fluxo de consciência. � A consciência é cumulativa – um objeto em mais de uma situação. � A mente é sensivelmente contínua, seletiva para operar a consciência de forma lógica � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo � A consciência tem uma utilidade biológica. � O propósito ou função da consciência é capacitar adaptação ao ambiente e permitir escolhas. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo Métodos da psicologia Dificuldades e limites da introspecção. Método experimental no campo da psicofísica, da análise da percepção espacial e da memória, embora não tenha usado muito. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo Método comparativo em psicologia Funcionamento psicológico de diferentes grupos animais crianças povos primitivos doentes mentais descobrir variações significativas e úteis na vida mental � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo A Teoria das Emoções � Contribuição mais famosa de W. James � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo � Ex: Urso susto fuga (emoção medo) (expressão corporal) � Supunha-se que a experiência subjetiva de um estado emocional precedesse a expressão ou ação corporal / física. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo � Ex: Urso f uga medo (expressão corporal) (emoção medo) � Inverteu: o despertar da resposta física precede o surgimento da emoção ( medo, raiva, pesar, amor). O sentimento das mudanças corporais no momento em que elas ocorrem é a emoção � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo � O funcionalismo se tornou a principal corrente da psicologia americana. � Mudança da estrutura para a função. � Pesquisa sobre o comportamento animal na psicologia. � Incorporou estudos sobre bebês, crianças, doentes mentais. � A psicologia funcionalista se fixa me 1930. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo Edward Lee Thorndike (1874/1949) Importante pesquisador Americano no desenvolvimento da Ψ animal. Teoria objetiva e mecanicista da aprendizagem Comportamento Manifesto � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo � A Ψ tem de estudar o comportamento e não elementos mentais, consciência. � A aprendizagem não tem termos subjetivos, mas sim conexões concretas entre S R � (associação de idéias) � Desenvolve a Lei do Efeito – 1898 � Criou uma abordagem experimental em associação denominada Conexionismo � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo � Segundo Thorndike, aprendizagem consiste na formação de ligações (conexões) estímulo-resposta (E-R) que se originam a partir de impulsos diretos para a ação, e não a partir da consciência ou de ideias. � Conexões fortalecidas - tenderão a se repetir, quando provocam satisfação no animal (sujeito), � Conexões enfraquecidas - tenderão a não se repetir quando provocam desconforto no animal (sujeito). � Esta conclusão deu origem à Lei do Efeito de Thorndike. � O fortalecimento dessas conexões ocorre com a prática (lei do uso) e o enfraquecimento ou esquecimento das mesmas ocorre quando a prática sofre descontinuidade (lei do desuso). Esta conclusão deu origem à Lei do Exercício de Thorndike.� 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo � O associacionismo é mais um princípio do que uma escola, onde o comportamento aprendido é o resultado das associações de simples sensações e ideias em complexos mentais. Se desenvolveu como sistema a partir do empirismo, foi fundado pelo médico David Hartley no século XVIII. Hartley foi muito influenciado por Newton e Locke, ele postulava a existência de ações vibratórias no sistema nervoso, que correspondem às ideias e imagens, onde as vibrações mais intensas seriam as sensações e as menos intensas as ideias. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo �Nas últimas décadas do século XIX a associação de ideias foi gradualmente substituída pela associação de estímulos e reações (respostas). Ebbinghaus foi o primeiro psicólogo a realizar um estudo inteiramente empírico da associação, ou aprendizagem, ele demonstrou a possibilidade de obtenção de resultados ordenados por meio de um cuidadoso controle dos dados objetivos, mesmo tratando-se de funções tão complexas e variáveis como a aprendizagem e a memória humana. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo � O conexionismo de Thorndike oferece vasta aplicação do associacionismo aos problemas Ψ, ele não se considerava um sistematizador, mas funcionalista, em sua ênfase sobre os aspectos utilitários da psicologia. A Ψ era para ele o estudo das conexões ou vínculos S – R. � Para Thorndike os processos comportamentais são quantificáveis, se alguma coisa existe, existe em certa quantidade, e se existe em certa quantidade então pode ser medido. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo �O associacionismo compartilha com o funcionalismo o método já que ambos procuram relacionar fenômenos, procurando entre eles relações funcionais, o associacionismo pode ser considerado um tipo especial de funcionalismo, onde em geral os associacionistas tendem a limitar-se estudar a vida do organismo individual, enquanto os funcionalistas estudam a adaptação numa escala de tempo evolucionário. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo � Abordou satisfação, contrariedade e desconforto dos animais experimentais – termos mais mentalistas e não tão comportamentalistas. � Sua abordagem é de natureza mecanicista S-R. � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo � Adotou medidas quantitativas de aprendizagem – registro do nº de comportamentos errados. (tentativa e erro) � � 2 – O surgimento da psicologia científica William James e o funcionalismo americano e Thorndike e o Associacionismo � 1930 reexaminou a Lei do Efeito em um amplo programa de pesquisa com humanos. � As investigações sobre aprendizagem humana e animal estão entre as mais importantes da história da psicologia. � Sua obra é um marco no Associacionismo, e o espírito objetivo como conduziu suas pesquisas é uma relevante contribuição para o comportamentalismo. � História da Psicologia Unidade III – Principais sistemas psicológicos �O Behaviorismo �A Psicologia da Gestalt �A Psicanálise � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � Psicologia como ramo da filosofia alma � Psicologia científica sem alma, mensurar e observar (mais médica que psicológica) Após Wundt, a base da psicologia cientifica é constituída em três escolas Associacionismo Estruturalismo Funcionalismo Thorndike Titchener W. James � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo Substituída no Séc. XX por novas teorias Behaviorismo Gestalt Psicanálise Watson Werthaimer Freud (1913) Kohler (1900) Kofka (1911) � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � John Broadus Watson (1878-1958) Os antecedentes do movimento Comportamentalista influenciaram na construção de uma nova escola de pensamento para a psicologia. Americano, pobre, mãe religiosa, pai ateu, alcoólatra, violento e não fiel. O pai foge com outra mulher e nunca voltou, fato que o marca o resto da vida e, quando adulto e rico, se recursa receber o pai. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo �Descrito como delinquente, preguiçoso, ambicioso, insubordinado, nada estudioso, briguento e preso 2 vezes. Queria ser religioso. Interessa-se por Ψ, sofria de ataques de ansiedade e fobia ao escuro. Casou com uma aluna. Na universidade, como doutor aborda a maturação biológica e psicológica do rato branco; sua preferência por animais. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � Nada bom em introspecção, que talvez o tenha direcionado para Ψ comportamental objetiva. � Como chefe e professor, era obstinado, ambicioso e extremamente dedicado, chegava a exaustão por medo de perder o controle; mas bem visto pelos alunos. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � Desejava que seu comportamentalismo fosse percebido como prático, além do laboratório, no mundo real. � 1918 – após a 1ª guerra mundial, fez pesquisas com bebês humanos. � Sua carreira na universidade acaba por ter uma caso com sua assistente. � Vai trabalhar em publicidade e consegue algum sucesso. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � Acreditava que pessoas são como máquinas; seu comportamento de consumo pode ser previsto e controlado: � Na frente de um consumidor, coloque um S emocional fundamental ou condicional: Medo – raiva branda – afeto – amor necessidade psicológica – hábito profundo � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo Tornar consumidores insatisfeitos com o produtos que tinham e gerar o desejo de novos bens. (capitalismo/consumismo). Pioneiro em: Endossos por celebridades a produtos, manipulação de motivos, emoções e necessidades humanas, recurso a necessidades e temores básicos, � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � Livro “Behaviorism” (1925/1930), descrevia seu programa para melhoria da sociedade. � “Psycological Care of the infant and child” (1928), apresenta um sistema regulador e não permissivo de criação de filhos quanto ao comportamento. (de uma frieza afetiva!!!!) � Seus dois filhos, um se suicidou e o outro tentou suicídio. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � Sua esposa morre antes dele, não se recuperou do fato, passa a beber e trabalhar compulsivamente. � Quando ao final da vida é homenageado, se recusa comparecer, pede ao filho mais velho representar, pois tinha medo de não se controlar e chorar, o que não ficaria bem para um apóstolo do controle do comportamento. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo Métodos do comportamentalismo � Observação, com e sem uso de instrumentos; auto explicativo. � Método de testes objetivos e os resultados com tratamento de amostras de comportamento e não de medidas de qualidade mentais. � Método do relato verbal de coisas tangíveis, não introspectivamente. � Método do reflexo condicionado. (com Pavlov) � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � Todo comportamento pode ser reduzido aos elementos S – R. � No comportamentalismo, o sujeito passa a ser observado pelo experimentador. � Os experimentadores estabelecem condições experimentais e observam os sujeitos responderem a elas. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � O objeto de estudo do comportamentalismo � O instinto � A aprendizagem � A emoção � O pensamento O objeto de estudo da psicologia tem de ser itens do comportamento:movimentos musculares secreções glandulares � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � A psicologia como ciência do comportamento só deve tratar de atos passiveis de descrição objetiva em termos de estimulo e resposta, formação de hábito ou integração de hábito. � Todo comportamento humano e animal pode ser descrito dessa maneira sem o recurso a conceitos e à terminologia mentalistas. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � Mediante o estudo objetivo do comportamento, a Ψ comportamentalista pode alcançar seu objetivo de prever a resposta dado o estímulo, bem como de prever o estimulo antecedente, dada a resposta. O comportamento humano e animal pode ser eficazmente previsto, e controlado, pela sua redução ao nível de estimulo e resposta. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo �O comportamentalismo se ocupa do comportamento geral do organismo total. �Os atos mais complexos que sejam, são passíveis de redução a respostas glandulares ou motoras de nível inferior. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � As respostas são classificadas como: 1 – aprendidas ou não-aprendidas leis da aprendizagem inatas 2 – explícitas ou implícitas movimentos viscerais manifestações observáveis secreções e impulsos � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � O comportamentalismo se ocupa do comportamento do organismo inteiro com relação ao seu ambiente. � Caixa Misteriosa (o cérebro) para Watson era inacessível e ele tinha pouco interesse pelo funcionamento cortical. � Acreditava que o comportamento envolvia o organismo total. Não podendo se restringir ao SN. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo Instinto � Watson aceita os instintos no comportamento inicialmente. � Descreve 11 instintos � 1925 – recusa o conceito de instinto, todos os aspectos do comportamento humano que parecem instintivos são respostas socialmente condicionadas. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo �Com a concepção de que a aprendizagem é a chave da compreensão do desenvolvimento do comportamento, Watson se tornou um ambientalista radical. �Recusou admitir a existência de capacidades, temperamentos ou talentos herdados de qualquer espécie. �Tudo era treinamento na infância �O ambiente é fator importante. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo Aprendizagem � O adulto é apenas um produto do condicionamento na infância. � O condicionamento passa a ser o principal método de pesquisa dos comportamentalistas, deixando de lado a introspecção. �Não reconheceu o reforço e recompensa de Pavlov. � Aprendizagem: repetição, frequência e recentidade � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo Emoção � Emoção são somente respostas corporais a estímulos específicos. � Um estímulo (perigo) produz mudanças corporais internas e as respostas manifestas e aprendidas apropriadas. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo �A emoção é uma forma de comportamento implícito em que as respostas internas se evidenciam, até certo ponto, como manifestações físicas como o rubor ou aumentos na pulsação e na respiração. �Alegou que as emoções podem ser entendidas simplesmente em termos da situação objetiva de estímulo, da resposta corporal manifesta e das mudanças fisiológicas internas. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � Propôs 3 emoções fundamentais nos bebês: � Medo – produzido por sons fortes e falta de apoio � Raiva – gerada pelo impedimento corporal � Amor – gerado pelas caricias e embalos Essas emoções não são aprendidas e todas as outras emoções são derivações dessas três e são condicionadas � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo Pensamento � O pensamento era considerado intangível, algo especialmente mental e sem equivalente físico. � Watson destaca que o pensamento, como tosos outros aspectos do funcionamento humano, tem de ser um comportamento sensório-motor de alguma espécie. � O comportamento do pensamento envolve reações ou movimentos implícitos de fala. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � O pensamento verbal pode ser reduzido a uma fala subvocal que envolve os mesmos hábitos musculares aprendidos para a fala manifesta. � Pensar é falar silenciosamente para si mesmo. � Os músculos da laringe (caixa de voz) e língua são os pontos focais desse comportamento implícito. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � Inicialmente considerava a laringe como o órgão do pensamento e sugeria que o pensamento é mediado por gestos. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo Neocomportamentalistas Burrhus Frederick Skinner (1904 – 1990) Considerou a vida um produto de reforços passados. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � Behaviorismo Radical de Skinner (1945), por meio da análise experimental do comportamento. Sua base esta no COMPORTAMENTO OPERANTE � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo Comportamento Respondente ou Reflexo � É o comportamento usualmente chamado de não voluntário e inclui respostar eliciadas por estímulos antecedentes do ambiente. � Salivação � Contração pupilar � Arrepio na pele � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � Esses comportamento reflexos ou respondentes são interações S-R (ambiente-sujeito) incondicionadas, onde os S do ambiente geram respostas no organismo independente de aprendizagem. � Em 1930 Skinner começou estudar o comportamento respondente que o direcionou ao comportamento operante. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo Comportamento Operante � Abrange um amplo leque de atividades humanas. Este comportamento opera sobre o mundo. R1 S R2 R3 R4 � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo No caso do comportamento operante, o que propicia a aprendizagem dos comportamentos é a ação do organismo sobre o meio e o efeito dela resultante – a satisfação de alguma necessidade, a aprendizagem esta na relação entre uma ação e seu efeito. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � O Comportamento Operante pode ser representado R S � R – pressionar a barra � S – (stimuli) estimulo reforçador, a água � O estimulo reforçador é chamado de REFORÇO. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � REFORÇAMENTO – toda consequência seguida de uma resposta altera a probabilidade futura de ocorrer essa resposta. � Positivo: aumenta a probabilidade de resposta, pode ser primário (agua, alimento, afeto), os secundário (pareados) e generalizado (dinheiro). �Negativo: aumenta a probabilidade de remoção ou atenua, ocorre esquiva, fuga, extinção e punição. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo Controle de estímulos � O ambiente exerce função sobre o organismo, isso é controle de estímulos, ou seja, o comportamento está sob controle de estímulos. � Discriminação: entre dois S, um propiciará a resposta e o outro não. � Generalização: entre S parecidos há resposta � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Behaviorismo � Unidade III – Principais sistemas psicológicos A Psicologia da Gestalt � Unidade III – Principais sistemas psicológicos A Psicologia da Gestalt Forma ou Configuração � Unidade III – Principais sistemas psicológicos A Psicologia da Gestalt Marx Wertheimer (1880/1943) � Wolfgang Kohler (1887/1967) Kurt Koffka (1886/1941) Baseados nos estudos psicofísicos que relacionados a forma e sua percepção, construíram a base de uma teoria eminentemente psicológica. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos A Psicologia da Gestalt �Iniciaram seus estudos pelapercepção e sensação do movimento. �Compreender os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, quando o estimulo físico é percebido pelo sujeito como uma forma diferente da que ele tem na realidade. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos A Psicologia da Gestalt � A percepção é o ponto de partida e o centro desta teoria. � Experimentos com percepção fez questionar o principio do Behaviorismo (relação de causa e efeito entre o estimulo e a resposta). � Para a Gestalt, entre o S e a R há o processo de percepção. � O que o sujeito percebe e como percebe são dado s importantes para a compreensão do comportamento humano. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos A Psicologia da Gestalt � Behaviorismo e Gestalt chamam a atenção sobre seu objeto na psicologia: o comportamento. � A Gestalt considera que o comportamento deriva de aspectos mais globais, levando em consideração as condições que alteram a percepção do estimulo. A parte está sempre relacionada ao todo. (Teoria do isomorfismo – unidade no universo) � Unidade III – Principais sistemas psicológicos A Psicologia da Gestalt � Parte de um objeto é visto com tendência a restauração do equilíbrio da forma, garantindo o entendimento do que é percebido. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos A Psicologia da Gestalt Princípios Gestaltistas da Organização Perceptiva Apresentados por Wertheimer em 1923 Os objetos são percebidos da mesma maneira como se percebe o movimento aparente, ou seja, como totalidades unificadas, e não como aglomeração de sensações individuais. Os princípios são essencialmente leis ou regras de como se organiza o mundo perceptivo. Uma premissa básica de principio é que a organização perceptiva ocorre instantaneamente sempre ao receber um estimulo de diferente forma ou padrão. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos A Psicologia da Gestalt � Parte do campo perceptivo se combinam, unindo-se para formar estruturas que são distintas do fundo. � A organização perceptiva é espontânea e inevitável sempre ao perceber o mundo ao redor. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos A Psicologia da Gestalt O cérebro é um sistema dinâmico em que todos os elementos que estejam ativos em um dado momento interagem entre si; elementos semelhantes ou próximos uns dos outros tendem a se combinar e, elementos distanciados ou diferentes não tendem a se combinar. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos A Psicologia da Gestalt � Proximidade � Continuidade � Semelhança � Complementação � Simplicidade � Figura - fundo � Unidade III – Principais sistemas psicológicos A Psicologia da Gestalt � A Gestalt encontra nos fenômenos perceptivos as condições para a compreensão do comportamento humano. A maneira como se percebe um determinado estimulo irá desencadear o comportamento. � Alguns comportamento guardam relações estreitas com os S físicos, e outras, são completamente diferentes do esperado por “se entender” o ambiente de forma diferente da realidade. � � � � Unidade III – Principais sistemas psicológicos A Psicologia da Gestalt � Os elementos percebidos devem ter um equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade, caso contrario, não há boa forma. � Qual linha é maior e menor? a ou b? � Unidade III – Principais sistemas psicológicos A Psicologia da Gestalt � A busca da boa forma permite a relação figura- fundo. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos A Psicologia da Gestalt � O comportamento é determinado pela percepção do estimulo e estará submetido a Lei da Boa-Forma. O conjunto de estímulos determinantes do comportamento é denominado meio ou meio ambiental. Meio geográfico Meio comportamental físico interação sujeito e meio condição da percepção � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Psicanálise � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Psicanálise � Análise da psiquê inconsciente Sigismund Shlomo Freud – 1856 / 1939 � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Psicanálise Médico vienense, neurologista – 1881 Propôs a leitura dos processos ocultos do psiquismo humano (fantasias, sonhos, esquecimentos, interioridade, atos falhos � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Psicanálise � Qual a causa dos pacientes esquecerem tantos fatos de sua vida interior e exterior? � O esquecido é algo penoso em seu significado! � Livre discurso das ideias do pc – vergonha, embaraçado, desajeitado... � Resistência � Repressão � Inconsciente � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Psicanálise 1ª Tópica do Aparelho psíquico � 1900 – A interpretação dos sonhos � Inconsciente �Consciente �Pré-consciente � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Psicanálise Sexualidade Infantil � A repressão ocorre sobre temas sexuais, principalmente na infância � Descoberta da sexualidade no centro da vida psíquica infantil � Desenvolvimento da sexualidade é longo e complexo Libido Zonas erógenas � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Psicanálise � Processo de desenvolvimento psicossexual ou psicoafetivo em fases: � Oral � Anal � Fálica � Latência � Genital Édipo - Complexo de Édipo � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Psicanálise Alguns conceitos importantes � Realidade psíquica � Funcionamento psíquico: Econômico - Topográfico - Dinâmico � Pulsão: tensão e busca � Sintoma: resultado de um conflito psíquico, encobre um conflito, substitui a satisfação do desejo. � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Psicanálise 2ª Tópica do Aparelho Psíquico – 1923 � Id � Ego � Super ego � Unidade III – Principais sistemas psicológicos Psicanálise Mecanismos de defesa (inc) Defesa é a operação em que o ego exclui da consciência os conteúdos indesejados e protege o EGO. � Recalque - supressão da realidade � Formação reativa – atitudes exageradas opostas � Regressão – retorno a etapas anteriores � Projeção – joga para fora de si, no mundo � Racionalização – argumento intelectual convincente sobre os aspectos angustiantes. � Unidade IV – A “terceira força” em psicologia �Teorias fenomenológicas-existenciais �Teorias humanistas �Desenvolvimentos atuais da Psicologia e o movimento cognitivista � Unidade IV – A “terceira força” em psicologia: teorias fenomenológicas-existenciais e humanistas. Desenvolvimentos atuais da Psicologia. Teorias fenomenológicas-existenciais Edmond Husserl (1859 / 1938) Matemático Seu encontro com Brentano o direciona para a filosofia e psicologia � Unidade IV – A “terceira força” em psicologia: teorias fenomenológicas-existenciais e humanistas. Desenvolvimentos atuais da Psicologia. Fenomenologia ¢ Do grego phanenomonologia, estudo do que é percebido pelos sentidos ou pela consciência Brilhante, faísca, luz que ilumina phaino Fresta, abertura por onde se vê Fenótipo, o que se manifesta � Unidade IV – A “terceira força” em psicologia: teorias fenomenológicas-existenciais e humanistas. Desenvolvimentos atuais da Psicologia. � A fenomenologia propõe um novo modo de ver a psicologia. � Desvincula de aspectos meramente científicos (voltados para parâmetros que buscam enquadrar a experiência do humano em uma racionalidade específica) a fenomenologia contribuir com um novo olhar, que inclui todas as experiências humanas a partir de uma ideia de homem em relação. � Unidade IV – A “terceira força” em psicologia: teorias fenomenológicas-existenciais e humanistas. Desenvolvimentos atuais da Psicologia. � No olhar fenomenológico o homem é um ser-no-mundo. Essa relação permite que o homem vá recriando esse mundo e sendo recriado por ele. � Na perspectiva fenomenológica, a psicologia vê o homem como um ser em permanente construção. Não há lugar para classificações patológicas que aprisionam o homem em comportamentos e atitudes. � Unidade IV – A “terceira força” em psicologia: teorias fenomenológicas-existenciaise humanistas. Desenvolvimentos atuais da Psicologia. �O foco da intervenção se centra na visão do homem como um conjunto de possibilidades que ele próprio como sujeito vai atualizar no decorrer da sua existência e a partir da vivência intencional da consciência. � Unidade IV – A “terceira força” em psicologia: teorias fenomenológicas-existenciais e humanistas. Desenvolvimentos atuais da Psicologia. �Na perspectiva fenomenológica a psicologia vê o conhecimento como algo decorrente de uma vivência anterior. �As verdades não são dadas como prontas e acabadas e o enfoque se dá na descrição dos fenômenos tal como se apresentam à consciência do sujeito. � Unidade IV – A “terceira força” em psicologia: teorias fenomenológicas-existenciais e humanistas. Desenvolvimentos atuais da Psicologia. As psicologias fenomenológicas existenciais fazem parte da chamada psicologia humanista, que nasce em oposição à orientação mecanicista e reducionista da psicologia tradicional, tendo sido denominada de “terceira força” em psicologia. � Unidade IV – A “terceira força” em psicologia: teorias fenomenológicas-existenciais e humanistas. Desenvolvimentos atuais da Psicologia. � Se contrapõe à concepção positivista de mundo, e àquelas que acreditam num determinismo psíquico, vem as psicologias fenomenológicas existenciais perguntar-se pelo sujeito na possibilidade do vir-a-ser. Seus fundamentos filosóficos estão calcados na fenomenologia husserliana e no existencialismo � Unidade IV – A “terceira força” em psicologia: teorias fenomenológicas-existenciais e humanistas. Desenvolvimentos atuais da Psicologia. � O existencialismo, outra matriz das Psicologias fenomenológicas existenciais, trata da existência humana, refletindo sobre ela e considerando-a em seu aspecto particular, individual e concreto. Essa individualidade é uma proposta do homem assumir-se totalmente, ou seja, tornar-se senhor das suas atitudes, da sua maneira de ser, do conhecer-se profundamente. � � Unidade IV – A “terceira força” em psicologia: teorias fenomenológicas-existenciais e humanistas. Desenvolvimentos atuais da Psicologia. � E isso nada mais é do que um conhecer-se na relação ao mundo e consigo próprio, de modo que possa dar respostas diferenciadas entre suas necessidades e as exigências que vêm de fora. � Para o existencialismo primeiro existimos e depois definimos nossa essência. � Definimos nossa essência a partir de nossos atos. � Unidade IV – A “terceira força” em psicologia: teorias fenomenológicas-existenciais e humanistas. Desenvolvimentos atuais da Psicologia. � Atos são para os existencialistas, escolhas. Todo ato/escolha é no sentido de confirmar ou não a condição pré-existencial que determinou a sua inserção no mundo. � Cada ato se confirma nas escolhas efetuadas. � Cada escolha implica em “nadificar” outras possibilidades. � Unidade IV – A “terceira força” em psicologia: teorias fenomenológicas-existenciais e humanistas. Desenvolvimentos atuais da Psicologia. A concepção de homem traz a ideia de um sujeito e não objeto da intervenção terapêutica. um sujeito: (Moreira, 1994) mundano(o homem se faz na relação que estabelece com o mundo e os outros homens, resgatando sua historicidade), autônomo (o arquiteto de sua própria existência, capaz de exercer em plenitude suas potencialidades) responsável (uma vez que o homem é aquilo que faz e encontra-se de certa forma contingenciado por sua situação existencial). � Unidade IV – A “terceira força” em psicologia: humanistas. � A psicologia humanista surgiu na década de 50, ganhando força nos anos 60 e 70, como uma reação às ideias psicológicas pré-existentes - o behaviorismo e a psicanálise - embora não quisesse revisá-las ou adaptá-las, mas dar uma nova contribuição à psicologia. �� O movimento humanista teve forte influência dasfilosofias existenciais e da fenomenologia. As convicções/certezas começam a ruir no séc XX, quando a razão entra em crise na corrida armamentista, poucos avanços tecnológicos e diminuição da desigualdade social no mundo. O existencialismo tem o homem como ponto de partida nos processos de reflexão e a fenomenologia, a consciência do ser sobre algo, a investigação da experiência consciente: o fenômeno. Com Heidegger, filósofo fenomenológico, há um retorno à teoria do conhecimento e das questões ontológicas. O ser e a existência do todo passa a ser a questão central. Unidade IV – A “terceira força” em psicologia: humanistas. � O existencialismo fenomenológico, enquanto método apreendido pelo movimento humanista, se pauta em três questões: � Redução fenomenológica - recurso para chegar ao fenômeno em sua essência, considerando a totalidade e visando a incorporação de uma atitude crítica perante o cotidiano. A concordância entre a intuição, que ocorre na imediatez da vivência, e a significação se faz essencial para a aproximação da realidade observada. A busca pela essência do sintoma permite recapitulação da realidade total, pois somente ela consente o conhecimento dos fatos. � Intencionalidade - Atribuição de sentido do fenômeno, onde a consciência e o objeto, o sujeito e o mundo estão unificados. Quando esta fusão ocorre, a totalidade é apreendida e a decisão torna-se um processo consciente e libertador. O sujeito pensante e o objeto pensado tornam-se uno. A intencionalidade só surge após a compreensão da realidade, obtida, por sua vez, pela redução fenomenológica. � Subjetividade e intersubjetividade - O encontro entre a própria subjetividade e a do outro é chamado de intersubjetividade. É ela que, via pluralidade de constituições de vários sujeitos, dá sentido ao mundo. O acoplamento entre a intra-intersubjetividade é a única forma de efetivação de uma comunicação verdadeira, que faculta a chegada à essência. �� A teoria humanista tem como principais teóricos:� Abraham Maslow (1908-1970) � Americano, foi considerado o pai espiritual do movimento humanista. � Abandona o comportamentalismo, abraçado no início de sua carreira, por passar a acreditar na tendência inata que cada pessoa traz em si para se tornar auto-realizadora. Este seria o nível mais alto da existência humana, onde a realização do potencial de cada indivíduo seria conquistada. A existência de níveis a serem satisfeitos foi proposta por ele pela hierarquia das necessidades. Estas necessidades seriam inatas e deveriam obedecer a uma ordem de saciação. A grande novidade trazida por Maslow, para a psicologia, foi os estudo de pessoas, consideradas por ele, saudáveis, as quais formulou suas teorias. Unidade IV – A “terceira força” em psicologia: humanistas. � � � Carl Rogers (1902-1987) Americano, teve o seu trabalho pautado no valor do indivíduo desde o início. Diferente de Maslow, sua visão vem do tratamento de indivíduos emocionalmente perturbados. Rogers trabalhou com o conceito semelhante ao da auto-realização de Maslow: a existência de uma única motivação avassaladora que se configura na tendência inata que cada pessoa tem de atualizar as capacidades e potenciais do eu, a tendência atualizante. Também defendeu a ideia de autoconceito como sendo um padrão organizado e consistente de características percebidas em cada um desde a infância. Na medida em que se acumulam novas experiências, este conceito pode ser reforçado ou ser substituído por novos. Experiências infantis podem ajudar ou prejudicar a auto-atualização, ainda que esta seja inerente ao homem, mas, de forma alguma, não podem ser consideradas determinantes. � � A capacidade humana de alterar consciente e racionalmente seus pensamentos e comportamentos indesejáveis fornece ao presente um grande peso na formação da personalidade do indivíduo. Para ele, os indivíduos bem ajustados psicologicamente têm autoconceitos realistas, sendo a angústia psicológica advinda do impasse ou desarmonia entre o autoconceito real (o que se é de fato) e o ideal para si (o que se deseja ser). Por isso, Rogers defendia que o cliente deveria determinar o
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