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TICS 09 - Lordose, cifose e escoliose

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FAHESP/IESVAP
FACULDADE CIÊNCIAS HUMANAS, EXATAS E DA SAÚDE DO PIAUÍ.
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA
DISCIPLINA: TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO- TICS V
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA
ALUNO: ENZO PESSOA FARIAS 
· Quais as diferenças entre lordose, cifose e escoliose? 
A lordose refere-se à curvatura posterior normal da coluna cervical e lombar no plano sagital. Seu grau é medido pelo ângulo de Cobb, onde a lordose lombar ou cervical normal está entre 35 e 80°, em que a hipolordose é definida pela lordose lombar ou cervical menor que 35°, e a hiperlordose é definida com mais de 80°. (HEY; ATLAS; KUNINS, 2018).
Já a Cifose é uma curvatura da coluna vertebral no plano sagital (olhando de perfil) na qual a convexidade é localizada na região posterior (nas costas). Ocorre porque na tuberculose da coluna, os corpos vertebrais podem entrar em colapso parcial, causando uma angulação aguda da coluna vertebral. Nos idosos, a degeneração dos discos intervertebrais ocasiona cifose. A cifose também pode ser causada por raquitismo e má postura. Também é comum nas mulheres com osteoporose avançada (TORTORA; DERRICKSON, 2017, p. 470).
A cifose torácica normal varia entre 20 graus (conhecido como "síndrome das costas retas") a 45 graus e é medido pelo ângulo de Cobb. Quando a cifose torácica está aumentada (acima de 45 graus) é chamada de hipercifose, comumente referida como "corcunda viúva". Dentre as principais causas de hipercifose estão a cifose postural, a doença de Scheuermann e a cifose congênita. (TORTORA; DERRICKSON, 2017, p. 470). A doença de Scheuermann se caracteriza pela necrose da epífise de crescimento dos corpos vertebrais constituintes do centro da curva dorsal (6ª a 9ª vértebra dorsal). Esta necrose ou morte da estrutura óssea epifisária, gera uma deformidade em encunhamento do corpo vertebral, fazendo com que haja uma acentuação da curvatura torácica (ROSA FILHO, 2003).
A escoliose, a curvatura anormal mais comum, consiste no desvio lateral da coluna vertebral, geralmente na região torácica. Pode ser resultado de malformação congênita (presente ao nascimento) vertebral, de dor isquiática crônica (dor na região lombar e no membro inferior), de paralisia dos músculos de um lado da coluna vertebral, má postura ou diferença de tamanho entre os membros inferiores. Os sinais de escoliose são ombros e cintura desnivelados, uma escápula mais proeminente que a outra, um quadril mais elevado que o outro e inclinação para um dos lados. A direção (esquerda ou direita) da escoliose é determinada pela convexidade. Costumeiramente tem uma curva em "S" e atinge o segmento dorsal e lombar com curvas leves e moderadas. Na escoliose grave (curvatura com mais de 70°), a respiração é mais difícil e a ação de bombeamento do coração é menos eficiente. Dor lombar crônica e artrite da coluna vertebral também podem ocorrer. (TORTORA; DERRICKSON, 2017, p. 470).
Outros tipos de escoliose são: Escoliose Idiopática: Tipo mais comum e sem causa conhecida; Escoliose Congênita: Presente desde o nascimento, é definida por problemas com a formação ou fusão dos ossos da coluna; Escoliose Neuromuscular: Causada por doença neurológica ou muscular; Escolioses Secundárias: Causadas por outras doenças; Escolioses por doenças endócrinas, por sequelas das osteosporoses, entre outras. Podemos ainda classificar as escolioses como funcionais e estruturais. As funcionais são aquelas cujo desvio da coluna depende de alterações extrínsecas à mesma, como por exemplo o encurtamento com disparidade entre os membros inferiores, causando assim, um desvio do eixo da coluna pela variação de comprimento entre os dois membros. As estruturais são aquelas em que a causa do desvio encontra-se localizada diretamente com as estruturas ósteo ligamentares vertebrais. Ainda devemos classificar as curvas das deformidades como móveis e rígidas. A importância dessa classificação se faz para o planejamento da correção cirúrgica da deformidade. (ROSA FILHO, 2003)
Há diversas modalidades de tratamento conservador para problemas da coluna, como fisioterapia (terrestre e aquática), exercícios físicos em academia, acupuntura, RPG, Pilates e outros. Infiltrações da coluna também são consideradas parte do tratamento conservador. Nos casos em que a curvatura é excessiva, ou representa riscos à saúde do paciente, o médico optará por cirurgia com o objetivo de ajustar a coluna com hastes, parafusos e ganchos, impedindo assim a progressão da doença (TORTORA; DERRICKSON, 2017, p. 470).
O diagnóstico dos desvios da coluna baseia-se no exame clínico minucioso, com o paciente de frente, de costas e de perfil, assim como nos achados dos exames de raios X da coluna. (TORTORA; DERRICKSON, 2017, p. 470).
· Sempre são patológicas?
A escoliose é uma doença da coluna, que geralmente aparece durante a adolescência, mas também pode acontecer em outras épocas da vida. Existem muitas causas para a escoliose, mas cerca de 80% a 85% dos jovens com essa patologia apresentam escoliose Idiopática, ou seja, que a ciência ainda não descobriu a causa. Já a cifose, como dito anteriormente, é um termo utilizado para denominar tanto a curvatura fisiológica (normal) da coluna nas regiões torácica e sacrococcígea, como a curvatura excessiva, no plano sagital, podendo ser hipocifose, cifose (normal) e hipercifose. A lordose também pode designar a curvatura fisiológica da coluna, na região lombar e cervical, além de curvaturas patológicas (TORTORA; DERRICKSON, 2017, p. 470).
REFERÊNCIAS:
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
ROSA FILHO, Blair José. DISFUNÇÕES DA COLUNA CERVICAL: CIFOSEHIPERCIFOSE-ESCOLIOSE-LORDOSE-HIPERLORDOSE, 2003.
Lloyd A Ei, MD, MS. Escoliose no adulto, UpToDate, 2018.

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