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EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA SLIDES

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Prof. Flávio Buratti
UNIDADE I
Epidemiologia
e Saúde Pública
 A Epidemiologia é considerada a ciência básica da saúde coletiva.
Podemos definir Epidemiologia como a abordagem dos fenômenos da saúde-doença:
 Classificações como Epidemiologia “clínica”, Epidemiologia “social”, Epidemiologia “crítica” 
indicam a existência de compreensões diversas em relação à própria identidade científica 
desta área.
Epidemiologia – Base Histórica
Hipócrates:
 Médico grego que viveu há cerca de 2.500 anos, 
dominou o pensamento médico da sua época
e dos séculos seguintes.
 As doenças para ele eram produto da relação complexa entre
a constituição do indivíduo e o ambiente que o cerca.
 Hipócrates, o pai da Medicina, 
é considerado por alguns 
o pai da Epidemiologia 
ou o primeiro epidemiologista.
Evolução da Epidemiologia até o século XIX
Fonte: 
http://drjosiascavalcante.com.br/
site/historia/hipocrates-o-sabio/
Até a metade do século XIX predominava a teoria miasmática:
 a origem das doenças situava-se na má qualidade do ar, proveniente de decomposições 
de animais e plantas;
 os miasmas passariam do doente para os indivíduos suscetíveis, o que explicaria a origem 
das epidemias das doenças contagiosas.
Teoria Miasmática
 Ainda hoje o sobrenatural e os miasmas são utilizados por leigos como explicações 
para as doenças, levando a numerosas práticas místicas em que avultam as danças 
e o uso de amuletos para afastar danos à saúde.
Teoria Miasmática
Fonte: 
http://www.mexido
deideias.com.br
 Somente há cerca de três séculos alguns pioneiros iniciaram tal tipo de abordagem mediante 
a utilização de dados de mortalidade (John Graunt é considerado o pai da demografia ou das 
estatísticas vitais).
 Publicou um tratado sobre as tabelas mortuárias de Londres,
no qual analisou a mortalidade por sexo e região, ele 
selecionou determinadas causas, como prematuridade 
e raquitismo para estimar a proporção de crianças 
nascidas vivas e que morriam antes dos seis anos de idade.
John Graunt – Estatística Vital (1620-1674)
Fonte: https://www.azquotes.com/author/28099-
John_Graunt
 Entre as suas obras encontram-se estudos sobre a tuberculose e sobre a febre tifoide.
 Sua maior contribuição foi haver introduzido e divulgado o método 
estatístico, utilizando-o na investigação clínica das doenças.
 Ao analisar as internações hospitalares em Paris 
e a letalidade da pneumonia.
 Associado ao tratamento por sangria, revelou que a conduta 
era muito mais perigosa do que benéfica para os pacientes.
 Alguns o consideram como o iniciador da Estatística Médica 
e outros como o verdadeiro pai da Epidemiologia moderna.
Pierre Louis (1787–1872) 
Fonte: 
https://www.historiadelamedicina
.org/louis.html
 Louis Villermé (1782-1863) investigou a pobreza, as condições de trabalho e a repercussão 
dessas circunstâncias sobre a saúde da população, realçando as estreitas relações entre 
situação socioeconômica e mortalidade.
 William Farr: entre as suas contribuições, destacam-se uma classificação de doenças 
e a produção de informações epidemiológicas sistemáticas, usadas para subsidiar 
o planejamento das ações de prevenção e controle.
 John Snow: conduziu numerosas investigações para 
esclarecer a origem das epidemias de cólera em Londres 
no período de 1849-1854. Foi assim que conseguiu incriminar 
o consumo de água poluída como responsável e traçar 
os princípios de prevenção e controle de novos surtos, 
válidos ainda hoje.
Louis Villermé (1782-1863), William Farr (1807-1883), 
John Snow (1813-1858)
 Considerado o pai da Bacteriologia, foi uma das figuras mais importantes da ciência 
no século XIX.
 Foi ele quem registrou as bases biológicas para o estudo das doenças infecciosas.
 Pasteur foi a figura central da microbiologia, pois identificou e isolou numerosas bactérias, 
além de fazer trabalhos pioneiros de imunologia.
 Os trabalhos de Pasteur, seguidos pelos de Robert Koch criaram a impressão de que as 
doenças poderiam ser explicadas por uma única causa, o agente etiológico, o que passou 
para a história como a Teoria dos Germes.
 As pesquisas em Epidemiologia passaram a ter um forte 
componente laboratorial, pois parecia evidente que a busca 
de agentes para explicar as doenças substituía, 
com vantagens, a Teoria dos Miasmas.
Louis Pasteur (1822-1895) e Robert Koch (1843-1910)
Epidemiologia clínica:
 É o retorno da Epidemiologia ao ambiente estritamente clínico, de modo a verificar 
as circunstâncias que possibilitam o aparecimento da doença. Utiliza-se da Epidemiologia 
e Estatística, de modo a trazer maior rigor científico à prática da Medicina.
Epidemiologia social:
 Estudo da determinação social da doença. O seu intuito é o de procurar melhor entender 
a situação de saúde da população, em especial nas regiões subdesenvolvidas –
ou dos segmentos desfavorecidos da população.
Situação atual 
 É o nome dado ao conjunto de processos interativos, compreendendo as inter-relações 
do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global 
e seu desenvolvimento.
História natural da doença
História natural da doença
História natural de qualquer processo mórbido no homem
Fonte: Adaptado de: https://slideplayer.com.br/slide/12456267
Fatores endógenos
 Herança genética 
 Anatomia e fisiologia 
do organismo humano 
 Estilo de vida 
Fatores exógenos
 Determinantes biológicos
 Determinantes físico-químicos
Ambiente social:
 Determinantes socioculturais
Período de
pré-patogênese Período de patogênese
Interação de:
Ambiente
Agente Hospedeiro
Recuperação
Estado crônico
Morte
Horizonte clínico
Interação Hospedeiro 
– Estímulo 
Patogênese 
precoce
Doença 
precoce 
discernível
Doença 
avançada Desenlace
Reabili-
tação
Prevenção 
terciária
Limitação 
da 
invalidez
Diagnóstico precoce e 
tratamento imediato
Proteção 
específica
Promoção 
de saúde
Prevenção primária Prevenção secundária
Um processo de imunização como pela utilização da vacina do sarampo pode ser 
entendido como:
a) Um mecanismo de proteção específica de prevenção primária.
b) Um mecanismo de promoção de saúde de prevenção secundária.
c) Uma estratégia de diagnóstico e tratamento precoce e um mecanismo 
de prevenção secundária.
d) Uma estratégia de limitação de dano e um mecanismo de prevenção terciária.
e) Um processo de reabilitação e um mecanismo de prevenção terciária.
Interatividade
Um processo de imunização como pela utilização da vacina do sarampo pode ser 
entendido como:
a) Um mecanismo de proteção específica de prevenção primária.
b) Um mecanismo de promoção de saúde de prevenção secundária.
c) Uma estratégia de diagnóstico e tratamento precoce e um mecanismo 
de prevenção secundária.
d) Uma estratégia de limitação de dano e um mecanismo de prevenção terciária.
e) Um processo de reabilitação e um mecanismo de prevenção terciária.
Resposta
 As medidas de frequência são definidas a partir de dois conceitos 
epidemiológicos fundamentais,
 denominados de prevalência e incidência.
 Prevalência define um número de casos existentes de uma doença em um dado momento.
Medidas de frequência de doença
Há dois tipos de prevalência:
 Prevalência ponto – medida em cada pessoa no momento do estudo, embora não 
necessariamente no mesmo momento para todas as pessoas na população definida.
 Prevalência período – refere-se aos casos presentes em qualquer momento durante 
um período específico de tempo.
Medidas de frequência de doença
 Incidência mostra a frequência com que surgem novos casos de uma doença 
em um intervalo de tempo (outras medidas como as de mortalidade, letalidade 
e sobrevida podem ser entendidas como variações do conceito de incidência).
Medidas de frequência de doença
 Coeficiente de incidência de Aids segundo sexo, razão de sexo e ano de diagnóstico, 
estado de São Paulo, 1980 a 1999.
Medidas de frequência de doençaFonte: Adaptado de: 
www.iesc.ufrj.br/cursos/epigrad/int.
../gabarito_Exerc_complem_2011_
final.pdf
1980 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99
Ano de diagnóstico
R
a
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ã
o
 d
e
 s
e
x
o
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
50
45
40
35
30
25
20
15
10
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0
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 I
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1
0
0
.0
0
0
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a
b
.) Feminino Masculino Razão de sexo
 Dificilmente conseguimos estudar todas as pessoas que têm ou podem desenvolver 
a condição de interesse – AMOSTRA (isso traz uma questão: a amostra representa 
a população?).
Há dois modos de se obter uma amostra representativa:
Amostragem aleatória simples:
 cada indivíduo da população tem igual probabilidade de ser selecionado.
Amostragem probabilística:
 cada pessoa tem uma probabilidade conhecida, 
(não necessariamente igual) de ser selecionada.
Amostragem
Amostragem
Fonte: Adaptado de: https://www.questionpro.com/blog/pt-br/amostragem-sistematica-simples-e-facil/ 
População
Amostra
Tamanho da amostra
A relação entre incidência, prevalência e duração da doença, em uma situação estável, isto é, 
quando nenhuma das variáveis muda muito ao longo do tempo, é estimada pela expressão:
Prevalência = Incidência X Duração média da doença.
Caso ocorram mudanças nas variáveis:
Relação entre incidência, prevalência e duração da doença
P =
Número de indivíduos afetados em um determinado momento
Total de indivíduos estudados
 Incidência, número de novos eventos ou de casos novos em uma população de indivíduos 
em risco durante um determinado período de tempo – IC (incidência cumulativa), 
probabilidade de um indivíduo desenvolver a doença durante um período específico 
de tempo pode ser chamada de RISCO.
Relação entre incidência, prevalência e duração da doença
Fonte: Adaptado de: 
http://pt.slideshare.net/RicardoAlexandre3/aul
a-4-medidas-de-frequencia-de-uma-doenca
Introdução de fatores que prolongam 
a vida dos pacientes sem curá-los.
(Exemplo: introdução de terapêutica: 
hipoglicemiantes);
Aumento da incidência;
Aprimoramento das técnicas 
de diagnósticos;
Correntes migratórias originárias
de áreas que apresentam níveis 
endêmicos mais elevados.
Correntes migratórias originárias
de áreas que apresentam níveis 
endêmicos mais baixos.
Introdução de fatores que permitam 
o aumento da proporção de curas 
de uma nova doença. (Exemplo:
introdução de nova terapêutica 
que permita a cura dos pacientes);
Diminuição da incidência;
Taxa elevada de letalidade 
da doença;
Introdução de fatores que diminuam
a vida dos pacientes;
D
im
in
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e
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A
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e
n
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m
A difusão da tecnologia no Brasil tornou possível:
 Acesso ágil a bases de dados com informações variadas e desagregadas sobre registros de 
nascidos vivos, mortalidade, doenças de notificação, internações hospitalares, entre outras. 
 Dados podem ser analisados isoladamente ou relacionados, representam fontes importantes 
que podem ser empregadas rotineiramente na pesquisa científica no campo da saúde 
pública. ( SIM – SINASC)
Sistemas de informação em saúde
Fonte: 
https://pt.pngtree.com/freepn
g/online-data_3480070.html
 Em geral, o termo “indicador” é utilizado para representar ou medir aspectos não sujeitos 
à observação direta.
Os indicadores de saúde:
 medem a saúde;
 apresentam o risco de adoecer;
 apresentam o risco de morrer;
 mostram a gravidade ou fatalidade;
 mostram os grupos mais atingidos.
Indicadores de Saúde
Resultados expressos em frequência absoluta:
 A forma mais simples de expressar um resultado é através do número absoluto. 
 Exemplo: em um determinado local foram detectados cinco casos de tuberculose durante 
o ano.
 Mas a apresentação da frequência em números absolutos, por vezes é suficiente para 
causar o impacto desejado.
Expressão dos resultados
Resultados expressos em frequência relativa:
 Coeficiente (ou taxa).
 Nos coeficientes, o número de casos é relacionado ao tamanho da população 
da qual ele procede.
Expressão dos resultados
Estrutura de um coeficiente:
 Coeficiente = Número de casos X Constante
População sob risco
Em que:
 No numerador: os casos (de doença, incapacidade, óbito, 
indivíduos com determinadas características etc.).
 No denominador: a população sob risco (de adoecer, 
de se tornar incapacitada etc.). É o grupo de onde vieram 
os casos.
Expressão dos resultados
Constante = 10, 100, 1000, 10 000, 
100 000, 1 000 000 etc.; pode ser 
qualquer múltiplo de 10 que evite 
muitos decimais e melhor 
expresse o resultado final
Mortalidade:
 O primeiro indicador utilizado em avaliações de saúde coletiva e ainda hoje 
o mais empregado.
 A morte é objetivamente definida, ao contrário da doença, e cada óbito tem de ser registrado.
Dados referentes à mortalidade infantil no ano de 2010, comparando o Brasil com outros 
países, podem ser vistos na figura a seguir:
Principais indicadores de saúde
Principais indicadores de saúde
África 78,9
Ásia 39,3
Brasil 21,8
Oceania 21,6
América Latina e Caribe 20,3
Europa 7
América do Norte 5,6
Taxa de mortalidade infantil – 2010 (%) 
Fonte: Livro-texto.
Morbidade:
 Permite inferir os riscos de adoecer a que as pessoas estão sujeitas.
Deve-se avaliar:
 Tipo de agravo: há danos à saúde que evoluem com pior prognóstico do que outros.
 Restrição de atividades: muitas avaliações indiretas da gravidade do dano à saúde 
baseiam-se na incapacidade funcional gerada pelo processo da doença.
 Taxa de ataque: é utilizada quando se investiga um surto de 
uma determinada doença em um local onde há uma população 
bem definida.
Principais indicadores de saúde
Para calcular esta taxa, utiliza-se a seguinte fórmula:
 Taxa de ataque = Nº de casos da doença em um local e período x 100
População exposta ao risco
Principais indicadores de saúde
 Os indicadores demográficos permitem aos demógrafos trabalhar os dados recolhidos sobre 
uma população.
 O uso dos indicadores demográficos nos permite conhecer as características de uma 
determinada população e sua evolução ao longo do tempo no território. (Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística – IBGE).
 Indicadores sociais: as condições socioeconômicas estão intimamente relacionadas 
à saúde, de modo que são usadas como indicadores sanitários indiretos, como é o caso 
da renda per capita, da distribuição da renda, da taxa de analfabetismo e da proporção 
de crianças em idade escolar fora da escola.
 Indicadores ambientais: o grande desafio consiste em 
conciliar a preservação ambiental com o aumento da demanda 
por água, energia elétrica e combustíveis.
Indicadores demográficos
 A definição de saúde da Organização Mundial de Saúde – “um estado de completo bem-
estar físico, mental e social, e não meramente ausência de doença”.
Qualidade de vida – conceito é mais abrangente e pressupõe:
 existência de saúde,
 alimentação,
 habitação,
 higiene, bem-estar, educação etc.
Definição de Saúde e Qualidade de Vida
Está relacionada com cada indivíduo, depende de:
 sexo;
 comportamento;
 idade;
 profissão;
 padrões culturais e religiosos.
Definição de Saúde e Qualidade de Vida
Fonte: 
http://atividade
sparaeducaca
ofisica.com/ed
ucacao-fisica/
O Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (Nesc) da UFRJ desenvolveu um projeto de pesquisa 
cujo objetivo era avaliar os impactos do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara 
sobre as condições de saúde e a qualidade de vida das populações envolvidas. Como parte 
deste projeto, foi realizado, em 1996, um estudo piloto no qual buscou-se identificar, ao longo 
de três meses, as proporções de indivíduos entre 1 e 59 anos de idade infectados pelo vírus da 
hepatite A (VHA), em três populações distintas, segundo as condições de saneamento, 
residentes no distrito de Campos Elyseos, município de Duque 
de Caxias (DC) e na Ilha do Governador, município do Rio de Janeiro (RJ).Interatividade
 Os resultados deste estudo 
são apresentados a seguir.
O valor de prevalência para a infecção pelo
VHA nas regiões DC e RJ são, respectivamente:
a) 2,52% e 4,88%
b) 32,34% e 20,47%
c) 28,01% e 51,35%
d) 39,54% e 51,35%
e) 20,47% e 4,88%
Interatividade
Fonte: Adaptado de: 
www.iesc.ufrj.br/cursos/epigrad/int.../gab
arito_Exerc_complem_2011_final.pdf
Número de indivíduos infectados pelo VHA
e tamanho das amostras segundo a área de estudo
Área Infectados Tamanho da amostra
DC setor 112 138 349 
DC setor 111 92 362
RJ colônia Z-10 79 386
 Os resultados deste estudo 
são apresentados a seguir.
O valor de prevalência para a infecção pelo
VHA nas regiões DC e RJ são, respectivamente:
a) 2,52% e 4,88%
b) 32,34% e 20,47%
c) 28,01% e 51,35%
d) 39,54% e 51,35%
e) 20,47% e 4,88%
Resposta
Fonte: Adaptado de: 
www.iesc.ufrj.br/cursos/epigrad/int.../gab
arito_Exerc_complem_2011_final.pdf
Número de indivíduos infectados pelo VHA
e tamanho das amostras segundo a área de estudo
Área Infectados Tamanho da amostra
DC setor 112 138 349 
DC setor 111 92 362
RJ colônia Z-10 79 386
Diagnóstico:
 Um teste diagnóstico geralmente é concebido como um exame realizado em laboratório.
 O clínico também precisa se familiarizar com alguns princípios básicos para a interpretação 
dos testes diagnósticos.
Acurácia do resultado do teste:
 Estabelecer um diagnóstico é um processo imperfeito, resultando em probabilidade 
e não em certeza de estar correto.
 Na relação entre um teste diagnóstico e a ocorrência de 
doença, há duas possibilidades de o resultado do teste ser 
correto (verdadeiro-positivo e verdadeiro-negativo), e duas 
possibilidades de o resultado ser incorreto (falso-positivo 
e falso-negativo).
Epidemiologia e Prevenção
 Sensibilidade é definida como a proporção de indivíduos com a doença, que têm um teste 
positivo para a doença.
 Especificidade é a proporção dos indivíduos sem a doença, que têm um teste negativo.
Sensibilidade e Especificidade
Resultado
do Teste 
Paciente
Doente
Paciente
Sadio
Total
Positivo
145 
(a / VP)
15 
(b / FP)
160
(a+b) ou (VP+FP)
Negativo
05
(c / FN)
135 
(d / VN)
140
(c+d) ou (VN+FN)
total
150
(a+c) ou (VP+FN)
150
(b+d) ou
(VN+FP)
300
(a+b+c+d) ou
(VP+VN+FP+FN)
 A probabilidade de doença, dados os resultados de um teste, é chamada de “valor preditivo 
do teste”. O valor preditivo positivo de um teste é a probabilidade de doença com resultado 
positivo (anormal). O valor preditivo negativo é a probabilidade de não ter a doença quando 
o resultado for negativo (normal).
 Valor preditivo é uma resposta à questão: “Se o resultado de meu paciente for positivo 
(ou negativo), qual a probabilidade de que ele tenha ou não tenha a doença?”
Valor preditivo
Resultado
do Teste 
Paciente
Doente
Paciente
Sadio
Total
Positivo
145 
(a / VP)
15 
(b / FP)
160
(a+b) ou (VP+FP)
Negativo
05
(c / FN)
135 
(d / VN)
140
(c+d) ou (VN+FN)
total
150
(a+c) ou (VP+FN)
150
(b+d) ou
(VN+FP)
300
(a+b+c+d) ou
(VP+VN+FP+FN)
 Uma determinada doença pode ser caracterizada como presente em nível endêmico, 
epidêmico, com casos esporádicos ou inexistentes.
 O fato de existir um número elevado de casos de uma doença não significa necessariamente 
que uma epidemia esteja configurada.
 Endemia é a ocorrência de uma doença em uma população de forma constante ao longo 
do tempo, permitidas as flutuações cíclicas ou sazonais.
 Epidemia é a ocorrência de uma doença em uma população 
de forma não constante (crescente) ao longo do tempo.
Endemias e Epidemias
 Epidemia é a concentração de casos de uma mesma doença em determinado local e época, 
claramente em excesso ao que seria teoricamente esperado.
Epidemia x Endemia
Incidência máxima
Limiar epidêmico
Egressão
RegressãoProgressão
Tempo
C
o
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f.
 i
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o
Fonte: 
http://professor.pucgoias.edu.br/SiteD
ocente/admin/arquivosUpload/18497/
material/Aula%2008.%20Epidemia%2
0e%20Endemia.pdf
 Epidemia explosiva: também chamada de “brusca”, “instantânea”, há um aumento 
expressivo no número de casos em curto período. Esse aumento é compatível 
com o período de incubação da doença.
 Epidemia progressiva: ou “de contato” entre a pessoa doente e a sadia, ocorre um aumento 
gradativo do número de casos, mas a fonte de infecção não é única, sendo representada 
por exposições sucessivas.
 Surto epidêmico: ou surto, uma ocorrência epidêmica restrita a um espaço extremamente 
limitado: colégio, quartel, edifício de apartamento, bairro etc. 
 Pandemia: ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga 
distribuição espacial, tingindo várias nações.
Tipos de Epidemia
 Doenças transmissíveis são aquelas em que ocorre a transmissão de um hospedeiro 
para outro.
Existem três formas pelas quais pode ser estabelecida a doença:
 Infecção: é a penetração, no organismo, de um homem ou de outro animal, de um agente 
que nele se desenvolve ou se multiplica; da infecção pode ou não resultar doença, aparente 
ou inaparente.
 Infestação: é o alojamento, com ou sem desenvolvimento e reprodução, de artrópodes 
na superfície do corpo ou nas vestes.
 Absorção de produtos tóxicos do agente: ocorre, 
usualmente, por ingestão. Esse item diz respeito apenas 
aos casos em que não há infecção, ou seja, quando se trata 
de toxinas produzidas fora do organismo do hospedeiro.
Epidemiologia geral das doenças transmissíveis
 Fontes de infecção: são representadas por homens ou outros animais vertebrados, 
infectados, do qual o agente vivo pode sair e alcançar, eventualmente, 
outro hospedeiro vertebrado.
 Vias de eliminação: são as formas pelas quais o agente deixa a fonte de infecção. 
Sem uma via de eliminação disponível, a transmissão não pode ocorrer.
 Vias de transmissão: são os meios pelos quais o agente alcança o novo 
hospedeiro vertebrado.
 Portas de entrada: são as vias pelas quais o agente penetra no organismo 
do hospedeiro vertebrado.
Conceitos Importantes
 “Infectividade”, designamos a capacidade de um agente se alojar e se multiplicar 
ou se desenvolver em um hospedeiro.
 “Patogenicidade”, designamos a capacidade do agente de provocar a doença, 
com suas manifestações clínicas características, entre os infectados suscetíveis.
 “Virulência” é a expressão do grau de severidade ou gravidade da doença, considerando-se 
como critérios de severidade as sequelas sérias.
Conceitos Importantes
Fonte: 
https://oilhavense.com/2018/10/10/ca
mpanha-de-vacinacao-contra-a-gripe/
Período de incubação:
 Intervalo de tempo entre o momento em que ocorre a infecção (ou infestação) 
e o aparecimento das primeiras manifestações de doença atribuíveis ao agente em causa.
Período prodrômico:
 Intervalo de tempo durante o qual o paciente apresenta manifestações inespecíficas, 
desde o aparecimento dos primeiros sintomas e sinais da doença.
Período de transmissibilidade:
 Intervalo de tempo, em continuidade ou com intermitências, 
durante o qual pode ocorrer eliminação do agente, 
a partir da fonte de infecção.
Conceitos Importantes
Com base nas informações, pode ser elaborada uma classificação de fontes de infecção, 
sejam elas representadas por homens ou por outros vertebrados, incluindo: 
 doentes: típicos ou atípicos (em período prodrômico e subclínicos ou ambulatoriais);
 não doentes ou “portadores” (em incubação, convalescentes ou sãos).
 Portadores: designa os indivíduos que, sem apresentarem manifestações de doença 
atribuíveis a um determinado agente, constituem fontes de infecção.
 em incubação: não tiveram a doença, não a têm, mas vão tê-la após terminado o período 
de incubação;
 convalescentes: não têm a doença, mas a tiveram;
 sãos: não têm a doença, não a tiveram e nem vão tê-la.
Conceitos Importantes
Vias de eliminação:
São variadas as formas pelas quais pode ocorrer a saídade um agente da fonte de infecção, 
podem ser divididas em:
 Secreções naso-buco-faríngeas
 Fezes
 Urina
 Sangue
 Escarro
 Exsudatos
 Leite
 Suor
Conceitos Importantes
Fonte: http://para-sita.blogspot.com/2010/10/vias-de-
eliminacao-dos-agentes.html
Vias de transmissão:
Transmissão por vetores:
 O termo “vetor” designa, em Epidemiologia, artrópodes que, por alguma forma, participam 
da transmissão de agentes infectantes.
Transmissão pelo ar e por poeiras:
 Admite-se, atualmente, que constitui uma possibilidade de transmissão de certas doenças, 
com graus variáveis de importância segundo a natureza dos agentes infectantes.
Transmissão indireta por objetos contaminados:
 Agentes infectantes contaminando toalhas, roupas de cama, 
talheres, copos, xícaras e outros objetos dessa natureza.
Conceitos Importantes
Transmissão por alimentos:
 A contaminação pode ocorrer por várias formas, água, o leite e as carnes, alimentos 
consumidos crus. 
Transmissão pelo solo:
 O solo pode participar da transmissão por várias formas – os agentes infectantes nele 
depositados (principalmente os eliminados com excretas); nele podem permanecer, 
por tempo muito longo. Formas de resistência (esporos) de agentes infectantes.
Portas de entrada:
 Conhecendo o mecanismo de transmissão, é fácil 
compreender que a penetração do agente infectante no novo 
hospedeiro pode se dar por uma das seguintes vias: 
respiratória; digestiva; através de mucosas; através da pele.
Conceitos Importantes
Níveis de prevenção:
Prevenção primária:
 A prevenção primária impede que a doença ocorra por completo, removendo sua causa. 
É efetuada com frequência fora do sistema de assistência à saúde, na comunidade. 
A cloração e fluoração da rede de água e as leis que obrigam o uso do cinto de segurança 
em automóveis e de capacetes em usuários de motocicletas são alguns exemplos.
Prevenção secundária:
 A prevenção secundária detecta a doença precocemente 
quando ela é assintomática e quando o tratamento precoce 
pode impedi-la de progredir; exame citopatológico 
de colo uterino, mamografia são exemplos.
Prevenção
Níveis de prevenção:
Rastreamento:
 O rastreamento (triagem) é a identificação de uma doença ou fator de risco não reconhecido 
por meio da história clínica (por exemplo, perguntar a um paciente se ele fuma), do exame 
físico (como exame de próstata).
Prevenção terciária:
 A prevenção terciária refere-se àquelas atividades clínicas que 
previnem deterioração adicional ou reduzem as complicações 
depois que uma doença já esteja manifesta. Um exemplo é o 
uso de betabloqueadores para diminuir o risco de mortalidade 
em pacientes que se recuperam de um infarto no miocárdio 
(SCHAPPERT,1993).
Prevenção
Como são denominados os indivíduos que não têm a doença, não a tiveram e nem vão tê-la?
a) Portadores convalescentes.
b) Portadores em incubação.
c) Portadores sãos.
d) Doentes assintomáticos.
e) Doentes infectantes.
Interatividade
Fonte: http://pensamentojovem.comunidades.net/
Como são denominados os indivíduos que não têm a doença, não a tiveram e nem vão tê-la?
a) Portadores convalescentes.
b) Portadores em incubação.
c) Portadores sãos.
d) Doentes assintomáticos.
e) Doentes infectantes.
Resposta
Fonte: http://pensamentojovem.comunidades.net/
A vigilância epidemiológica é definida pela Lei n. 8.080/90 como:
 [...] um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, 
a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores 
determinantes e condicionantes de saúde individual ou 
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas 
de prevenção e controle das doenças ou agravos.
Obtenção de dados:
 É uma etapa primordial para o objetivo da vigilância 
epidemiológica: subsidiar o desencadeamento de ações 
de prevenção e controle de doenças e agravos.
Vigilância epidemiológica
Fonte: 
http://www1.imip.org.br/imip/notic
ias/hmaimip-conquista-premio-
de-vigilancia-epidemiologica.html
Fluxo de informação:
 No Brasil, o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica foi instituído em 1975, através 
da Lei Federal n. 6.259 (BRASIL, 1975), em que também foi criada a obrigatoriedade 
da notificação compulsória de doenças.
Lista Nacional de Notificação Compulsória:
1. a) Acidente de trabalho com exposição a material biológico; b) Acidente de trabalho: 
grave, fatal e em crianças e adolescentes.
2. Acidente por animal peçonhento.
3. Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva.
4. Doenças infecciosas como: Cólera, Coqueluche, Difteria, 
Dengue, Chagas, Esquistossomose, Febre Amarela, HIV, 
Sarampo, Sífilis, entre outras.
5. a) Violência: doméstica e/ou outras violências. 
b) Violência: sexual e tentativa de suicídio.
Vigilância epidemiológica
Vigilância epidemiológica
Unidades 
ambulatórias 
de saúde
Secretaria municipal 
do estado
Hospitais Outras fontes
Ministério da saúde
Regional de saúde
Secretaria estadual 
de saúde
Nacional
Municipal
Estadual
Fonte: Livro-texto.
Estudo de casos:
 O estudo de casos costuma ser a primeira abordagem de um tema. Ele é usado 
para a avaliação inicial de problemas ainda mal conhecidos e cujas características 
ou variações naturais não foram devidamente detalhadas.
Aspectos positivos do estudo de casos:
 Em geral, o estudo de caso é relativamente fácil de ser realizado e de baixo custo. O relato 
pode restringir-se a uma simples descrição ou ir mais além, de modo a sugerir explicações 
sobre elementos pouco conhecidos.
Limitações do estudo de casos:
 Restringe-se a situações incomuns de enfermos graves, 
outras vezes, aos casos de evolução atípica, de reação 
inusitada, há certa dose de subjetividade 
na apreciação dos fatos.
Estudos epidemiológicos 
Estudos descritivos:
 Os estudos descritivos têm por objetivo determinar a distribuição de doenças ou condições 
relacionadas à saúde, segundo o tempo, o lugar e/ou as características dos indivíduos, 
ou seja, esclarecer: quando, onde e quem adoece.
 Pode ser realizado a partir de dados primários (com instrumento próprio elaborado 
para o estudo).
 Ou dados secundários (utilizando informações de banco de dados).
Estudos epidemiológicos 
Fonte: 
https://asmetro.org.br/portalsn/2017/08/09/in
vestigacao-por-parte-do-ministerio-publico-
virou-terra-de-ninguem/
Estudos analíticos:
 Tem o objetivo básico de avaliar (não apenas descrever) se a ocorrência de um determinado 
evento é diferente entre indivíduos expostos e não expostos a um determinado fator 
ou de acordo com as características das pessoas.
Tipos de estudos analíticos: 
 Randomizado
 Coorte
 Caso-Controle
 Transversais
 Ecológicos
Estudos epidemiológicos 
Fonte: 
https://asmetro.org.br/portalsn/2017/08/09/in
vestigacao-por-parte-do-ministerio-publico-
virou-terra-de-ninguem/
 O estudo clínico randomizado (ECR) consiste em um tipo de estudo experimental, 
desenvolvido em seres humanos e que visa ao conhecimento do efeito de intervenções 
em saúde.
Estudos randomizados
Fonte: Medicina (Ribeirão 
Preto) 42 (1): 3-8
http://www.fmrp.usp.br/revista
Participantes
Grupo
Experimental 
(Intervenção)
Grupo 
Controle 
(Comparação)
Sucesso
Insucesso
Randomização
Sucesso
Insucesso
População
Fonte: 
https://asmetro.org.br/portalsn/2017/08/09/in
vestigacao-por-parte-do-ministerio-publico-
virou-terra-de-ninguem/
 O termo coorte é utilizado para nomear um grupo de indivíduos que têm em comum um 
conjunto de características e que são observados durante um período de tempo com o intuito 
de analisar a sua evolução (prospectivo).
Estudos de coorte
Fonte: 
https://asmetro.org.
br/portalsn/2017/08/
09/investigacao-por-
parte-do-ministerio-
publico-virou-terra-
de-ninguem/
População Amostra
Ausência
da doença
Exposição ao
Fator de Risco
Presença
da doença
Expostos
Não Expostos
Tempo
Doentes
Doentes
Não doentes
Não doentes
Fonte: Adaptado de: Livro-texto. Investigação do tipo caso-controle parte do efeito para chegar às causas. É, portanto, 
uma pesquisa etiológica retrospectiva, feita de trás para frente, só podendo ser realizada 
após o fato consumado, ou seja, depois de o efeito já ter ocorrido. (Viés de Memória)
Estudos de caso-controle
Delineamento do estudo caso-controle
Expostos
Expostos
Não expostos
Não
expostos
Sofreu exposição
no passado?
Doentes
Não doentes
Fonte: Adaptado de: https://pt.slideshare.net/rilvalopes/modelos-de-pesquisaprofarilva
Fonte: 
https://asmetro.org.
br/portalsn/2017/08/
09/investigacao-por-
parte-do-ministerio-
publico-virou-terra-
de-ninguem/
 Cada indivíduo é avaliado para o fator de exposição e para a doença em determinado 
momento. Muitas vezes o estudo transversal é realizado apenas com objetivo descritivo sem 
nenhuma hipótese para ser avaliada (estudo no ponto-causa e efeito ao mesmo tempo).
Estudos transversais
Doentes Não doentes
Expostos Expostos
Não expostos Não expostos
Presente
Fonte: 
https://pt.slid
eshare.net/F
Clinico/tipos-
de-estudos-
epidemiolgic
os-26672507
Fonte: 
https://asmetro.org.
br/portalsn/2017/08/
09/investigacao-por-
parte-do-ministerio-
publico-virou-terra-
de-ninguem/
Taxas de mortalidade por doença coronariana
Consumo per capita de álcool (litros)
França Itália
Portugal
Espanha Áustria
Suíça
Alemanha Ocidental
Bélgica
Dinamarca
Suécia
Holanda
Japão
Austrália
Noruega
Irlanda
Inglaterra
Canadá EUA
Finlândia
Nova Zelândia
0 200 400 600 800 1000 1200
20
15
10
5
0
 As medidas usadas representam características de grupos populacionais. Assim, a unidade 
de análise é a população e não o indivíduo. A limitação principal do estudo ecológico é que a 
relação entre o fator de exposição e o evento pode não estar ocorrendo no indivíduo.
Estudos ecológicos
Fonte: 
https://edisciplinas.us
p.br/mod/resource/vi
ew.php?id=637534
Fonte: 
https://asmetro.org.
br/portalsn/2017/08/
09/investigacao-por-
parte-do-ministerio-
publico-virou-terra-
de-ninguem/
Como é denominado o estudo epidemiológico que avalia o surgimento de uma determinada 
doença em grupo de indivíduos expostos e não expostos de forma prospectiva?
a) Caso-Controle.
b) Ecológico.
c) Transversais.
d) Randomizados.
e) Coorte.
Interatividade
Fonte: http://pensamentojovem.comunidades.net/
Como é denominado o estudo epidemiológico que avalia o surgimento de uma determinada 
doença em grupo de indivíduos expostos e não expostos de forma prospectiva?
a) Caso-Controle.
b) Ecológico.
c) Transversais.
d) Randomizados.
e) Coorte.
Resposta
Fonte: http://pensamentojovem.comunidades.net/
SCHAPPERT, S. M. National ambulatory medical care survey: 1991 summary. Advance data 
from vital and health statistics. National Center for Health Statistics. Hyattsville – M.D., n. 230, 
mar. 1993. Disponível em: http://www.cdc.gov/nchs/data/ad/ad230.pdf.
BRASIL. Lei n. 6.259 de 30 de outubro de 1975. Dispõe sobre a organização das ações de 
vigilância epidemiológica, sobre o programa nacional de imunizações, estabelece normas 
relativas à notificação compulsória de doenças, e dá outras providências. Brasília, 1975. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6259.htm.
Referências bibliográficas
ATÉ A PRÓXIMA!
Prof. Flávio Buratti
UNIDADE II
Epidemiologia
e Saúde Pública
Conferências e declarações internacionais:
 O objetivo principal dessas conferências é promover o suporte das ideias e medidas 
necessárias para as ações em saúde.
 O resultado da discussão aberta e organizada em cada conferência é expresso por meio 
da elaboração final de um documento em defesa da promoção da saúde, salientando 
o bem-estar de todos os povos como requisito essencial para o desenvolvimento dos países.
Histórico das conferências e declarações em políticas de saúde
 A 30ª Assembleia Mundial de Saúde, realizada pela OMS (1977), lançou o movimento Saúde 
para Todos, no ano de 2000.
 Em setembro de 1978, foi organizada, pela OMS e pela Unicef, a Primeira Conferência 
Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, na cidade de Alma-Ata, no Cazaquistão. 
Resultou na elaboração da Declaração de Alma-Ata, um documento que reafirmou 
o significado de saúde como um direito humano fundamental.
Histórico das conferências e declarações em políticas de saúde
 Ações no sentido de limitar a desigualdade social deveriam ser estimuladas e adotadas por 
todos os países. Isso deveria ocorrer para que a meta de saúde universal fosse atingida, 
diminuindo a lacuna existente entre os países em desenvolvimento e os desenvolvidos.
 Para tanto, o investimento em atenção primária seria a chave para uma promoção da saúde 
equânime e abrangente, por meio de medidas de prevenção e educação em saúde.
 Importância dos relatos das missões enviadas à China 
em 1973 e 1974, referindo um conjunto de atividades 
para a melhoria da saúde, predominantemente realizadas 
em ambiente rural, desenvolvidas desde 1965.
Alma-Ata
 Organização da comunidade local.
 Atenção aos anciãos, além da assistência do Estado.
 Promoção do desenvolvimento de indústrias caseiras.
 Ajuda às escolas e serviços em geral.
 Organização do povo para cuidar da saúde ambiental.
 Realização de cuidados preventivos e tratamentos, 
incluindo o uso de ervas medicinais.
 Apoio ao desenvolvimento da manutenção da ordem social no tráfego, policiamento 
e nos incêndios.
 Promoção de campanhas de saúde em todos os níveis.
Alma-Ata
Destacamos, a seguir, alguns pontos principais da Declaração de Alma-Ata que demonstram 
sua clareza:
I. A conquista do mais alto grau de saúde exige a intervenção de muitos outros setores 
sociais e econômicos, além do setor de saúde.
II. A promoção e a proteção da saúde da população são indispensáveis para o 
desenvolvimento econômico e social sustentado, e contribuem para melhorar 
a qualidade de vida e alcançar a paz mundial.
III. A população tem o direito e o dever de participar, individual 
e coletivamente, na planificação e na aplicação das ações 
de saúde.
Alma-Ata
IV. A atenção primária de saúde é, ao mesmo tempo, um reflexo e uma consequência 
das condições econômicas e das características socioculturais e políticas do país 
e de suas comunidades.
V. Compreende, pelo menos, as seguintes áreas: a educação 
sobre os principais problemas de saúde e sobre os métodos 
de prevenção e de luta correspondentes; a promoção 
de alimentos e de uma nutrição apropriada; um 
abastecimento adequado de água potável e o saneamento 
básico; a assistência materno-infantil, com inclusão 
da planificação familiar; a imunização contra as principais 
enfermidades infecciosas; a prevenção e a luta contra as 
enfermidades endêmicas locais; o tratamento apropriado 
das enfermidades e traumatismos comuns; 
e a disponibilidade de medicamentos essenciais.
Alma-Ata
VI. Inclui a participação, ademais do setor da saúde, de todos os setores e campos de 
atividades conexas do desenvolvimento nacional e comunitário, em particular o 
agropecuário, a alimentação, a indústria, a educação, a habitação, as obras públicas, as 
comunicações etc., exigindo os esforços coordenados de todos estes setores.
VII. Exige e fomenta, em grau máximo, a autorresponsabilidade e a participação 
da comunidade e do indivíduo na planificação, na organização, no funcionamento 
e no controle da atenção primária de saúde (BRASIL, 2001).
 A declaração reafirma a responsabilidade de todos 
os governos pela promoção de saúde.
Alma-Ata
A Primeira Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde aconteceu na cidade 
de Alma-Ata, reunindo mais de 700 participantes no ano de:
a) 1965.
b) 1978.
c) 1986.
d) 1990.
e) 2000.
Interatividade
Fonte: http://pensamentojovem.comunidades.net/
A Primeira Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde aconteceuna cidade 
de Alma-Ata, reunindo mais de 700 participantes no ano de:
a) 1965.
b) 1978.
c) 1986.
d) 1990.
e) 2000.
Resposta
Fonte: http://pensamentojovem.comunidades.net/
 A temática principal dessa conferência era a promoção da saúde nos países industrializados.
 Essa conferência deixa clara a inter-relação existente entre os conceitos de atenção primária 
de saúde, promoção da saúde e cidades saudáveis.
 A Carta de Ottawa foi um documento apresentado na Primeira Conferência Internacional 
sobre Promoção da Saúde.
 Um dos pontos mais relevantes desse documento 
é a promoção da saúde, que é definida como uma maneira 
de proporcionar às populações as formas e os meios 
necessários para que seja efetivado o processo de melhora de 
sua saúde, além de conferir ao indivíduo o poder de exercer 
maior controle sobre ela.
Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Ottawa, 1986)
 A saúde plena também poderá ser alcançada, desde que o indivíduo tenha condições 
de assumir o controle de tudo e de todas as suas atividades. Se isso, de fato, não for 
possível, algumas questões podem prejudicar e impactar o seu estado de saúde.
 Para que tais processos sejam efetivados, não há diferença de gêneros, aplicando-se 
igualmente a homens e mulheres.
Dessa forma, o comprometimento dos participantes 
da conferência fica restrito a uma série de ações 
que resultarão no planejamento da promoção 
da saúde e, assim, eles se comprometem a:
Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Ottawa, 1986)
 Exigir, do ponto de vista político, que o compromisso firmado entre a gestão e a comunidade 
seja efetivo e coerente, principalmente no que concerne à saúde e à equidade em todos os 
setores.
 Lutar por situações que se afastam dos maus produtos, meios e condições de vida 
insalubres, má nutrição e destruição dos recursos naturais, comprometendo-se, ainda, 
a focar sua atenção em questões de saúde pública, que recaem em aspectos de impactos 
ambientais, sociais e de trabalho, tais como: a contaminação, os riscos profissionais, a 
invasão e o crescimento desordenado de áreas não povoadas.
Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Ottawa, 1986)
 Proporcionar para que não haja diferenças entre as diversas sociedades e entre os 
indivíduos que fazem parte delas, bem como tomar medidas contra as desigualdades.
 Saber e reconhecer, na prática, que os indivíduos são a principal fonte de saúde. Com isso, 
permitir que as ações, de uma forma geral, possam apoiá-los e capacitá-los.
 Basear a promoção da saúde na redefinição, reorganização e reorientação dos serviços, 
sobretudo os sanitários, promovendo a intersetorialidade, a multi e a interdisciplinaridade 
entre os profissionais e com a própria população e a comunidade.
Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Ottawa, 1986)
 A Lei n. 8.142 diz respeito à obrigatoriedade da realização de conferências para a saúde 
no Brasil.
 A missão delas é justamente avaliar e propor diretrizes para a formulação da política 
de saúde nos níveis municipais, estaduais e nacional, com representantes dos vários 
segmentos sociais.
 Periodicidade: 4 anos.
 A cada conferência vem sendo observado um aumento 
significativo na participação do cidadão comum, o que garante 
uma participação democrática da população na definição 
de políticas de saúde, sua implantação e efetivação de ações 
que compõem o SUS.
Histórico das conferências no Brasil
 Os indivíduos podem ser convocados pelo Poder Executivo ou, de forma extraordinária, 
pelos Conselhos de Saúde. E o fato de serem importantes instrumentos de participação da 
sociedade nas questões que implicam organização, deliberações e definições de diretrizes, 
faz com que sirvam, por meio dos seus documentos, de base para a elaboração, construção 
e execução de planos de saúde em cada uma das instâncias governamentais, definindo 
ações que são prioritárias e específicas nos âmbitos municipais, estaduais e federal.
Histórico das conferências no Brasil
Analise as afirmações decorrentes da Conferência de Ottawa e aponte aquela 
que está incorreta:
a) Saber e reconhecer na prática que os indivíduos são a principal fonte de saúde.
b) Proporcionar para que não haja diferenças entre as diversas sociedades, 
salvo os grupos indígenas.
c) Exigir, do ponto de vista político, que o compromisso firmado entre a gestão e a 
comunidade seja efetivo e coerente.
d) Não deve haver diferença de gêneros, aplicando-se 
as questões de saúde igualmente a homens e mulheres.
e) Basear a promoção da saúde na redefinição, na 
reorganização e na reorientação dos serviços.
Interatividade
Analise as afirmações decorrentes da Conferência de Ottawa e aponte aquela 
que está incorreta:
a) Saber e reconhecer na prática que os indivíduos são a principal fonte de saúde.
b) Proporcionar para que não haja diferenças entre as diversas sociedades, 
salvo os grupos indígenas.
c) Exigir, do ponto de vista político, que o compromisso firmado entre a gestão e a 
comunidade seja efetivo e coerente.
d) Não deve haver diferença de gêneros, aplicando-se 
as questões de saúde igualmente a homens e mulheres.
e) Basear a promoção da saúde na redefinição, na 
reorganização e na reorientação dos serviços.
Resposta
De 1500 até o Primeiro Reinado:
 Em nosso processo de colonização, não havia qualquer modelo de saúde e isso não foi 
sequer cogitado pelo governo de Portugal.
 Desse modo, a atenção à saúde limitava-se aos próprios recursos da terra (plantas, ervas) 
e àqueles que, por conhecimentos empíricos (curandeiros), desenvolviam as suas 
habilidades na arte de curar.
 A vinda da família real ao Brasil criou a necessidade 
da organização de uma estrutura sanitária mínima, capaz 
de dar suporte ao poder que se instalava na cidade 
do Rio de Janeiro.
O desenvolvimento das políticas públicas de saúde no Brasil
De 1500 até o Primeiro Reinado:
 A carência de médicos no Brasil Colônia e no Brasil Império era enorme. No Rio de Janeiro, 
em 1789, só havia quatro médicos exercendo a profissão. Em outros estados brasileiros, 
eram mesmo inexistentes.
 A inexistência de uma assistência médica estruturada fez com que proliferassem pelo país 
os boticários (farmacêuticos). Aos boticários cabiam a manipulação das fórmulas prescritas 
pelos médicos, mas a verdade é que eles próprios tomavam a iniciativa de indicá-los.
 Em 1808, Dom João VI fundou o Colégio Médico-Cirúrgico 
no Real Hospital Militar, na cidade de Salvador. No mês 
de novembro do mesmo ano, foi criada a Escola de Cirurgia 
do Rio de Janeiro.
O desenvolvimento das políticas públicas de saúde no Brasil
Início da República (1889) até 1930:
 Após a Proclamação da República, estabeleceu-se uma nova forma de organização 
jurídico-política, típica do estado capitalista.
 O coronelismo predominava no cenário político. Então, os grandes proprietários de terras 
(latifundiários) impunham normas de exercício de poder e representavam os interesses 
capitalistas dominantemente agrários.
 No início do século XX, principalmente no Rio de Janeiro, 
por conta da situação sanitária existente na cidade, os navios 
estrangeiros não queriam mais atracar no porto carioca, 
pela presença de diversas doenças graves que acometiam 
a população, como a varíola, a malária, a febre amarela 
e, posteriormente, a peste.
O desenvolvimento das políticas públicas de saúde no Brasil
 Nesse momento, o presidente do Brasil em exercício, Rodrigues Alves, nomeou Oswaldo 
Cruz como o diretor do Departamento Federal de Saúde Pública.
 Oswaldo Cruz se propôs a erradicar a epidemia de febre amarela na cidade carioca, criando 
um verdadeiro exército para tal empreitada, o que assustou muita gente naquela ocasião. 
Cerca de 1.500 “recrutas” passaram a exercer atividades de desinfecção no combate ao 
mosquito causador dessa doença. A falta de esclarecimentos eas arbitrariedades cometidas 
pelos “guardas-sanitários” causaram revolta na população, e esse modelo de intervenção 
ficou conhecido como campanhista.
O desenvolvimento das políticas públicas de saúde no Brasil
 Revolta da Vacina: o que promoveu tal movimento foi outra medida imposta por Oswaldo 
Cruz, a criação da Lei Federal n. 1.261, de 31 de outubro de 1904, que instituiu a vacinação 
antivaríola, obrigatória para todo o território nacional – apesar das arbitrariedades e dos 
abusos cometidos, obteve importantes vitórias no controle das doenças epidêmicas.
O desenvolvimento das políticas públicas de saúde no Brasil
 Oswaldo Cruz foi pioneiro em ações de saúde 
pública. Ele introduziu o registro demográfico, 
que permitiu conhecer a composição e os fatos 
de vitais importância para a população, criou 
o laboratório como auxiliar do diagnóstico 
etiológico e propôs a fabricação organizada 
de produtos profiláticos para uso em massa.
Oswaldo Cruz
Fonte: 
https://saude.estadao.com.br/not
icias/geral,cenario-prefeito-de-
petropolis-oswaldo-cruz-
idealizou-grande-plano-de-
urbanizacao,70001671157
 Inovou o modelo campanhista, tornando-o menos policial 
e fiscalizador.
 Introduziu a propaganda e a educação sanitária 
na técnica rotineira de ação, que são as primeiras 
ações de educação em saúde na história da saúde 
pública brasileira.
Carlos Chagas
Fonte: 
http://www.ebc.com.br/infantil/voce-
sabia/2015/11/cientistas-brasileiros-
sabe-quem-foi-carlos-chagas
 O regime autoritário do golpe militar de 1964 trouxe como consequência imediata, para as 
políticas de saúde no Brasil, um total esvaziamento da participação da sociedade nos rumos 
da Previdência.
 Por outro lado, também provocou uma centralização crescente da autoridade decisória, 
marcada pela criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), em 1966.
 No auge das lutas por políticas mais universalistas e do processo de abertura política em fins 
dos anos 1970, amplia-se o movimento dos profissionais de saúde e de intelectuais da área 
de saúde coletiva por mudanças no modelo em vigor.
 A ditadura, no Brasil, foi um retrocesso em todos os sentidos. 
Foi um período marcado por epidemias que culminaram 
em muitos óbitos, como a da meningite, que assolou o país 
no início da década de 1970 e que durou até meados 
de 1977/1978.
O regime militar e as consequências para a saúde pública do Brasil
O que motivou a Revolta da Vacina?
a) A obrigatoriedade para a população de se vacinar contra a febre amarela.
b) A obrigatoriedade, associada à truculência dos guardas-sanitários, na vacinação 
contra a varíola.
c) O fato das pessoas não saberem a que estavam sendo submetidas.
d) A vacinação ser aplicada somente na população negra.
e) A vacinação ser ofertada somente à população de classe intelectual e da alta sociedade, 
desfavorecendo as minorias.
Interatividade
O que motivou a Revolta da Vacina?
a) A obrigatoriedade para a população de se vacinar contra a febre amarela.
b) A obrigatoriedade, associada à truculência dos guardas-sanitários, na vacinação 
contra a varíola.
c) O fato das pessoas não saberem a que estavam sendo submetidas.
d) A vacinação ser aplicada somente na população negra.
e) A vacinação ser ofertada somente à população de classe intelectual e da alta sociedade, 
desfavorecendo as minorias.
Resposta
 A criação do SUS é um marco para a saúde pública do Brasil e serviu de referência 
para uma série de países que também consideraram o nosso conceito para definir saúde 
e estabelecer os serviços de saúde pública.
No artigo 196, tem-se que:
 A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo, 
mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução 
do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal 
e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, 
proteção e recuperação (BRASIL, 1988).
Construção do SUS, seus princípios doutrinários e organizacionais
Na mesma lei, o SUS é definido da seguinte forma: 
As ações e os serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, 
e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
 Descentralização, com direção única em cada esfera de governo.
 Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo 
dos serviços assistenciais.
 Apesar de o SUS ter sido definido, concebido e descrito 
pela Constituição de 1988, somente foi regulamentado 
em 19 de setembro de 1990 – por meio da Lei n. 8.080.
 Esta lei define o modus operandi do SUS, propondo 
a sua forma de organização e de funcionamento.
Construção do SUS, seus princípios doutrinários e organizacionais
Os princípios doutrinários do SUS foram concebidos; assim, ficou estabelecido o seguinte:
 Universalidade – o acesso às ações e aos serviços deve ser garantido a todas as pessoas, 
independentemente de sexo, raça, renda, ocupação, ou outras características sociais 
ou pessoais.
 Equidade – é um princípio de justiça social que garante a igualdade da assistência à saúde, 
sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. A rede de serviços deve estar atenta 
às necessidades reais da população a ser atendida.
 Integralidade – significa considerar a pessoa como um todo, 
devendo, as ações de saúde, procurar atender a todas às suas 
necessidades (BRASIL, 1988).
Construção do SUS, seus princípios doutrinários e organizacionais
Alguns princípios organizativos derivam desses preceitos apresentados:
 Hierarquização – entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços 
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis 
de complexidade do sistema; referência e contrarreferência.
 Participação popular – pode ser definida como a democratização dos processos decisórios 
consolidados na participação dos usuários dos serviços de saúde nos chamados Conselhos 
Municipais de Saúde.
 Descentralização político-administrativa – consolidada com 
a municipalização das ações de saúde, tornando o município 
gestor administrativo e financeiro do SUS (BRASIL, 1988).
Construção do SUS, seus princípios doutrinários e organizacionais
Alguns objetivos e atribuições do SUS:
 Identificar e divulgar os fatores condicionantes e determinantes da saúde;
 Formular as políticas de saúde;
 Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica;
 Realizar atividades de vigilância nutricional e de orientação alimentar; formular políticas 
referentes a medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse 
para a saúde e a participação na sua produção;
 Controlar e fiscalizar os serviços, os produtos e as substâncias de interesse para a saúde.
Construção do SUS, seus princípios doutrinários e organizacionais
 Antes do início do SUS, havia uma assistência de característica excludente, mercantil, 
dicotômica e pouco resolutiva. Esses modelos assistenciais estabelecidos no Brasil 
se constituíram num desafio para a implantação do SUS pelo fato deste apontar para uma 
lógica totalmente oposta, de universalidade, integralidade e promoção de saúde.
 Uma proposta relevante de modelo assistencial que vem sendo desenvolvida 
é a do Programa Saúde da Família e dos Agentes Comunitários de Saúde (PSF/Pacs) 
(RONCALLI, 2003).
Assistência em saúde no Brasil após a implantação do SUS
 O PSF foi introduzido no Brasil pelo Ministério da Saúde, em 1994, e teve como antecedente 
o Pacs, lançado em 1991, o qual já trabalhava com a família.
 A partir de então, o PSF apresentou um notável crescimento e, atualmente, o programa 
foi determinado como sendo a forma de reorganizar, ou melhor, reordenar e fortalecer 
a Atenção Básica.
PSF e Pacs
Um ponto importante é o estabelecimento de uma equipe multiprofissional.
É composta por, no mínimo:
I. Médico generalista ou especialista em saúde da família, ou médico de família 
e comunidade.II. Enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família.
III. Auxiliar ou técnico de enfermagem.
IV. Agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados 
a essa composição os profissionais de saúde bucal: 
cirurgião-dentista generalista ou especialista em saúde 
da família, auxiliar e/ou técnico em saúde bucal.
(BRASIL, 2000)
Estratégias Saúde da Família (ESF)
 Muitos autores consideram esses profissionais como os grandes atores da realidade 
e da lógica de assistência que ocorre quando as ESF estão configuradas.
 Vale ressaltar que esse profissional, obrigatoriamente, precisa fazer parte da comunidade, 
ou seja, ele é um sujeito que deverá residir no território de abrangência da UBS, 
já que é por meio dele que a equipe pode conhecer as particularidades de cada 
localidade e as interferências sociais que deixam a comunidade vulnerável, incidindo 
nas questões do processo saúde-doença.
 Os agentes comunitários de saúde (ACS) representam 
o elo formado entre a equipe da ESF e a comunidade.
Papel dos agentes comunitários de saúde (ACS)
 Dados atuais do Ministério da Saúde indicam que há grupos que estão mais expostos 
a riscos na sua saúde, por exemplo, crianças com menos de 1 ano, gestantes, idosos, 
trabalhadores urbanos e rurais etc.
A seguir, serão descritos os principais programas de saúde do Brasil e as principais ações 
voltadas, uma vez que são implantados:
 Academia da Saúde: lançado em abril de 2011, estimula a criação de espaços públicos 
adequados para a prática de atividade física e de lazer.
Programas de saúde no Brasil
 Mais Médicos: faz parte de um amplo pacto de melhorias no atendimento aos usuários 
do SUS. Com a convocação de profissionais para atuar na atenção básica de municípios 
com maior vulnerabilidade social e doenças, o Governo Federal garante mais saúde 
para o brasileiro.
 Farmácia Popular: criado para ampliar o acesso da população a medicamentos essenciais, 
que são vendidos a preços mais baixos que os praticados no mercado. São remédios contra 
diabetes e hipertensão, entre outros.
 Cartão Nacional de Saúde: é um instrumento que possibilita 
a vinculação dos procedimentos executados no âmbito 
do SUS ao usuário, ao profissional que os realizou 
e também à unidade de saúde onde foram efetuados.
Programas de saúde no Brasil
 Unidade de Pronto Atendimento (UPA): as UPAs 24 h são estruturas de complexidade 
intermediária entre as UBS e as portas de urgência hospitalares e, em conjunto com estas, 
compõem uma rede organizada de atenção às urgências.
 PNAN: A Política Nacional de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde tem o propósito 
de garantir a qualidade dos alimentos disponíveis para o consumo no país.
 SAMU: o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 
tem a finalidade de prestar socorro à população em casos 
de urgência. A assistência é feita depois de uma chamada 
para o telefone 192; a ligação é gratuita.
Programas de saúde no Brasil
Qual é o princípio doutrinário do SUS?
a) Equidade.
b) Descentralização.
c) Hierarquização.
d) Participação popular.
e) Fiscalização contínua do atendimento.
Interatividade
Qual é o princípio doutrinário do SUS?
a) Equidade.
b) Descentralização.
c) Hierarquização.
d) Participação popular.
e) Fiscalização contínua do atendimento.
Resposta
 RONCALLI, A. G. O desenvolvimento das políticas públicas de saúde no Brasil e a 
construção do Sistema Único de Saúde. In: PEREIRA, A. C. (Org.). Odontologia em saúde 
coletiva: planejando ações e promovendo saúde. Porto Alegre: Artmed, 2003. p. 2849.
Referência bibliográfica
ATÉ A PRÓXIMA!

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