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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: Farmácia DISCIPLINA: Microbiologia de Alimentos NOME DO ALUNO: Maria Eduarda de Souza Rolim R.A: 2095701 POLO: Campolim DATA: 04/06/2022 INTRODUÇÃO A água presente nos alimentos pode apresentar-se na forma de molécula livre ou ligada ao substrato. A atividade de água (aw) é um dos fatores intrínsicos dos alimentos e é uma medida qualitativa que possibilita avaliar a disponibilidade de água livre que é suscetível a diversas reações, ao passo que o teor de umidade é uma medida meramente quantitativa, medindo o percentual em peso, de toda água presente no alimento, tanto livre quanto ligada (SCOTT, 1957). Nesses termos, a quantidade de água livre que não se encontra comprometida com as moléculas constituintes do produto, está disponível para as reações físicas, químicas e biológicas, tornando-se o principal responsável pela deterioração dos alimentos. A água ligada interage diretamente com as moléculas constituintes do alimento, não podendo ser removida ou utilizada para qualquer tipo de reação. No caso de um substrato que apresente baixa atividade de água, há interrupção do metabolismo dos microrganismos presentes, inibindo o seu desenvolvimento ou reprodução (SCOTT, 1957). O princípio da atividade de água consiste na aw é a pressão parcial de água na amostra (P) ou a pressão de vapor da solução (soluto+solvente), sobre a pressão de vapor na água pura (solvente), em temperatura constante (P°), ambos à mesma temperatura. Em temperatura constante, existe uma relação entre aw de um alimento e a umidade relativa de equilíbrio (URE) do ar (expresso em porcentagem) no ambiente fechado em que se encontra e, portanto é sempre cem vezes maior que o valor de aw (aw = ERH/100) (SCOTT, 1957). A atividade de água ou URH é um dos parâmetros mais importantes na conservação de alimentos, tanto no aspecto biológico como nas transformações físicas. Dessa forma, podem ser previstas reações de oxidação lipídica, escurecimento não enzimático, atividade enzimática, desenvolvimento de microrganismos, assim como o comportamento de misturas de alimentos com diferentes valores de atividade de água e sistemas de embalagens (SCOTT, 1957). A diminuição da aw nos alimentos é utilizada nas indústrias, para a manutenção da qualidade do produto, promovendo o melhor aproveitamento das matérias primas e como parâmetro de controle microbiano. Realiza-se esta diminuição ao baixar a temperatura, ao adicionar solutos e utilizar os métodos de vaporização, cristalização, extração com solventes e sublimação. O valor de aw tem grande importância na área de tecnologia de alimentos, permitindo avaliar a suscetibilidade de deterioração dos alimentos e, consequentemente, a vida de prateleira do produto. Outra possibilidade da análise de atividade de água é permitir uma avaliação do crescimento de microorganismos (SCOTT, 1957). O conhecimento preciso dos valores de atividade de água e das isotermas de sorção dos alimentos é de grande importância, por estar relacionado com a estabilidade dos alimentos. Este conhecimento indica as condições nas quais os produtos alimentícios devem estar armazenados para aumentar a vida útil e servir como parâmetro de controle, durante o processamento dos alimentos, já que cada alimento tem um valor ótimo de atividade de água onde as reações de deterioração, sejam do tipo microbiológico, enzimático ou químico, são minimizadas (SCOTT, 1957). Ao longo dos anos, tem-se observado que os condimentos, além de conferirem sabor aos alimentos, também possuem atividade antimicrobiana. Estudos mostram que o uso de condimentos (cebola, cravo, alho, gengibre, noz moscada, entre outros) como conservantes vem aumentando com a aplicação desses itens como agentes bactericidas (FRANCO, 2003). Um dos métodos para avaliar a atividade antimicrobiana dos condimentos é o método de difusão em disco. Este método foi idealizado por Bauer et al. em 1966 (citado por SEJAS et al., 2003), e desde então é um dos métodos mais utilizados nos laboratórios de microbiologia clínica no Brasil para testar a suscetibilidade aos antimicrobianos. O princípio deste método baseia-se na difusão, através do ágar, de um antimicrobiano impregnado em um disco de papel filtro. A difusão do antimicrobiano leva à formação de um halo de inibição do crescimento bacteriano, cujo diâmetro é inversamente proporcional à concentração inibitória mínima. Esse método é qualitativo, ou seja, permite classificar a amostra bacteriana em suscetível, intermediária ou resistente ao antimicrobiano (FRANCO, 2003). Entre os vários microrganismos que podem ser testados, um dos mais importantes na área de alimentos é a bactéria patogênica Staphylococcus aureus. Sua principal via de transmissão é através de manipuladores de alimentos, os quais podem ser portadores de S. aureus. O manipulador pode, eventualmente, inocular o microorganismo através, por exemplo, de secreções nasais em alimentos preparados e sem refrigeração. Nesta situação S. aureus pode se reproduzir e produzir a toxina estafilocócica que provoca um quadro de intoxicação alimentar nos indivíduos que ingeriram o alimento contaminado (FRANCO, 2003). Fermentação é um processo realizado por bactérias e fungos, onde há liberação de energia armazenada nas ligações químicas dos compostos orgânicos (MARTINS,2014). Na fermentação, o processo de degradação de uma substância para formar outra ocorre sem a presença de oxigênio, e a glicose, que é o carboidrato de fonte de energia para nós seres vivos, não é completamente degradado como na respiração aeróbica, mas sim transformado em substâncias mais simples, como o ácido láctico (fermentação láctica), ou o etanol (fermentação alcoólica. Nesses processos, há síntese de somente de duas moléculas de ATP, diferentemente da respiração aeróbica em que acorre a síntese de 36 a 38 moléculas (MARTINS, 2014). Apesar da fermentação não ter um valor energético tão proveitoso quanto a respiração aeróbia, ela é muito utiliza na produção de produtos industrializados como iogurtes, queijo e coalhadas na fermentação lática e pães, bolos, pizzas na fermentação alcoólica. Um fungo muito utilizado nestes processos é o Saccharomyces cerevisiae. Este é um organismo eucarionte unicelular pertencente ao Reino dos Fungos que, ao realizar o processo de fermentação, libera gás carbônico, fazendo o volume da massa crescer (MARTINS, 2014). A fermentação láctica produz o ácido láctico como composto principal, é um processo bioquímico realizado por bactérias lácticas como o Lactobacillus delbrueckii, o Lactobacillus bulgaricus, o Lactobacillus pentosus, o Lactobacillus casei, o Lactobacillus leichmannii e o Streptococcus lactis, entre outros. Ela é aplicada na produção de diversos alimentos, tanto de origem vegetal, como picles, chucrute e azeitonas, quanto de origem animal, como queijos, iogurtes e salames (BEHMER, 1979). O processo fermentativo ocorre da seguinte maneira: Os micro- organismos necessitam de energia para sobrevivência e manutenção do seu metabolismo. Para tal, as bactérias fermentadoras utilizam a lactose, que é o açúcar presente em maior quantidade no leite, como fonte de energia (BEHMER, 1979). A lactose não é usada diretamente no processo fermentativo pelas bactérias lácticas. Ela precisa primeiramente ser quebrada por enzimas produzidas por essas bactérias. Essas enzimas são conhecidas como lactases, elas quebram a lactose, que é um conjunto de dois açúcares unidos por ligações químicas, em açúcares simples, a glicose e a galactose. E é a partir da glicose que ocorre a fermentação, originando o ácido láctico como produtoFINAL (BEHMER, 1979). O ácido láctico resultante da fermentação é produzido em duas fases (também chamadas vias metabólicas). Na primeira fase ocorre a glicólise e, na segunda fase, a fermentação propriamente dita. Com a produção do ácido pelas bactérias lácticas, proteínas presentes no leite ficam instáveis e se juntam, formando um grande “emaranhado de proteínas”, semelhante a uma rede, deixando o leite fermentado espesso e firme. Esse processo também é chamado de coagulação ácida do leite (BEHMER, 1979). A fermentação alcoólica é um processo biológico no qual açúcares como a glicose, frutose e sacarose são convertidos em energia celular com produção de etanol e dióxido de carbono como resíduos metabólicos. Como este processo pode ser realizado sem a presença de oxigênio é considerado um processo anaeróbico (MARTINS, 2014). Praticamente todos os organismos vivos podem utilizar a glicose para produção da energia necessária para seus processos metabólicos. Neste processo, chamado glicólise, a glicose e alguns outros açúcares são transformados em outras substâncias, com liberação de energia. O que determina quais substâncias serão produzidas depende do tipo de micro- organismos e o meio onde vivem. As leveduras de cervejaria e padaria e em https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%BAcar https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicose https://pt.wikipedia.org/wiki/Frutose https://pt.wikipedia.org/wiki/Sacarose https://pt.wikipedia.org/wiki/Celula https://pt.wikipedia.org/wiki/Etanol https://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_carbono https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicose https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia https://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Glic%C3%B3lise https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%BAcar https://pt.wikipedia.org/wiki/Micro-organismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Micro-organismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Levedura https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerveja https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A3o todos os outros organismos que promovem a fermentação alcoólica, incluindo algumas plantas, fermentam a glicose em etanol e CO2, de forma que, neste processo, toda massa de glicose está contida nos produtos e não é utilizada outra substância como "matéria prima" (como oxigênio, nitrato, íons férricos, etc) (MARTINS, 2014). O processo de glicólise, comum às fermentações, produz ácido pirúvico, que no meio celular encontra-se ionizado na forma de piruvato e um intermediário reduzido, o NADH (MARTINS, 2014). Como a quantidade de NADH é limitada e ele é necessário na sua forma oxidada (NAD+) na glicólise e, consequentemente, na continuação do processo de produção de energia, o NADH tem que ser oxidado. A forma como ele será oxidado caracteriza o tipo de fermentação, e quase sempre utiliza o outro subproduto da glicólise: o piruvato ou seus derivados (MARTINS, 2014). Na fermentação alcoólica, o piruvato sofre descarboxilação (perda de um átomo de carbono, na forma de CO2), pela ação de uma enzima (piruvato descarboxilase, enzima esta que necessita de Mg2+para catalisar, possuindo também uma coenzima, a tiamina pirofosfato, auxiliadora na catálise), formando aldeído acético. Este aldeído sofre redução, oxidando o NADH para NAD+ e formando o etanol, processos intermediados pela enzima álcool desidrogenase (MARTINS, 2014). O CO2 produzido na descarboxilação do piruvato pelas leveduras é o responsável pela carbonatação caraterística do champagne (vinho) e da cerveja, assim como pelo crescimento da massa do pão e do bolo (MARTINS, 2014). É também conhecida como técnica em profundidade. Nesta a amostra é diluída em tubos diluentes e adicionadas alíquotas em uma placa de Petri esterilizada vazia, onde posteriormente será adicionado ágar liquefeito (fundido), e após solidificação, as placas serão incubadas (SILVA, 1997). Como alguns microrganismos são retidos abaixo da superfície do ágar durante a solidificação, a placa mostrará colônias na superfície e colônias situadas logo abaixo da mesma. Esta técnica é recomendada para isolamento de microrganismos móveis ou quando há suspeita de microrganismos https://pt.wikipedia.org/wiki/Massa https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio https://pt.wikipedia.org/wiki/Nitrato https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_pir%C3%BAvico https://pt.wikipedia.org/wiki/NADH https://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono https://pt.wikipedia.org/wiki/Descarboxilase https://pt.wikipedia.org/wiki/Alde%C3%ADdo_ac%C3%A9tico https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lcool_desidrogenase https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lcool_desidrogenase https://pt.wikipedia.org/wiki/Piruvato https://pt.wikipedia.org/wiki/Levedura https://pt.wikipedia.org/wiki/Champagne_(vinho) anaeróbios e também muito utilizado para a contagem microbiana em diferentes diluições, em uma análise de alimento (SILVA, 1997). A presença de coliformes nos alimentos é de grande importância para a indicação de contaminação durante o processo de fabricação ou mesmo pós- processamento. Os microorganismos indicadores são grupos ou espécies que, quando presentes em um alimento, podem fornecer informações sobre a ocorrência de contaminação fecal, sobre a provável presença de patógenos ou sobre a deterioração potencial de um alimento, além de poder indicar condições sanitárias inadequadas durante o processamento, produção ou armazenamento (FORSYTE, 2013). A presença de Coliformes totais e Escherichia coli em alimentos processados é considerada uma indicação útil de contaminação pós–sanitização ou pósprocesso, evidencialmente práticas de higiene e sanificação aquém dos padrões requeridos para o processamento de alimentos (FORSYTE, 2013). O meio Ágar Vermelho Violeta Bile Lactose é um meio seletivo para a detecção e enumeração de coliformes. O meio tem sido utilizado para a determinação do conteúdo de coli-aerogenes na água, leite e outros produtos lácteos, equipamentos de laticínios, e produtos alimentícios. Os microrganismos que fermentam a lactose atacam rapidamente a lactose do meio produzindo colônias púrpuras circundadas por halos púrpura, já os microrganismos não fermentadores de lactose ou que fermentam esse açúcar tardiamente produzem colônias pálidas com zonas esverdeadas (FORSYTE, 2013). O sistema Petrifilm é uma alternativa mais rápida ao método de plaqueamento convencional. O sistema utiliza uma mistura desidratada de nutrientes (ágar vermelho violeta bile) e agente geleificante (solúvel em água fria) e um indicador de atividade glicuronidásica e um indicador tetrazólico para facilitar a enumeração das colônias sobre um filme (FORSYTE, 2013). As técnicas de semeadura em laboratório de microbiologia consistem justamente em métodos pelo qual se transfere pequenas quantidades de microrganismos para um meio de cultura em que o material a ser analisado será semeado. Existem diferentes técnicas de semeadura em laboratório de https://www.prolab.com.br/blog/o-que-e-meio-de-cultura-e-para-que-serve/ microbiologia, sendo que o principal material utilizado como base para a cultura é o Agar, um material gelatinoso e muito rico em carboidratos (SILVA, 1997). As técnicas de semeadura empregadas em uma análise mudam de acordo com o tipo do meio de cultura e microrganismo que será estudado. Para garantir que somente o organismo desejado seja semeado, é preciso ter certeza de que o ambiente esteja totalmente estéril (SILVA, 1997). Entre as técnicas de semeadura em microbiologia mais utilizadas, podemos citar a de esgotamento. Nela, a suspensão bacteriana (que é o líquido com o microrganismo) é espalhada de forma aleatória em toda a placa, até que todo o material seja utilizado. Assim, é possível ter a certeza de que haverá realmente um crescimento bem distribuído e que garantirá uma boa análise mais tarde (SILVA, 1997). A outra técnica é a da alça calibradaestéril, na qual este acessório é mergulhado na suspensão do microrganismo e, depois, utilizado para espalhar a amostra na placa de cultura. Há, ainda, a aplicação das técnicas de semeadura por meio da incubação, em que os meios de cultura com o material são colocados em uma estufa para cultura com temperatura controlada. Todas essas técnicas possuem características específicas e podem ser mais ou menos eficazes, dependendo de cada caso (SILVA, 1997). A coloração de Gram recebeu este nome em homenagem a seu descobridor, o médico dinamarquês Hans Cristian Joaquim Gram. Em 1884, Gram observou que as bactérias adquiriram cores diferentes, quando tratadas com diferentes corantes. Isso permitiu classificá-las em dois grupos distintos: as que ficavam roxas, que foram chamadas de Gram-positivas, e as que ficavam vermelhas, chamadas de Gram negativas. Esse tipo de coloração diferencial se dá devido a diferença na constituição da parede celular das bactérias (PELCZAR, 1993). É um método útil para caracterizar, classificar e descrever bactérias de acordo com a morfologia das mesmas, permite avaliar a sensibilidade desses seres a antibióticos e enzimas e é capaz de conferir a pureza de culturas bacterianas. O método apresenta também suas limitações, pois acaba matando as células devido a exposição a altas temperaturas em uma das etapas, altera https://www.prolab.com.br/produtos/meios-de-cultura/meios-de-cultura-agar https://www.prolab.com.br/produtos/acessorios-para-laboratorio/alcas/alca-calibrada-esteril----loop https://www.prolab.com.br/produtos/equipamentos-para-laboratorio/estufa-para-cultura-bacteriologica as propriedades das células e apresenta baixa resolução taxonômica (PELCZAR, 1993). As bactérias apresentam parede celular externa à membrana plasmática, essa estrutura impede a lise celular e confere forma a esses seres, sendo de fundamental importância para sua sobrevivência. O componente principal da parede celular, que também é responsável pela sua rigidez, é o peptidoglicano. Esse composto possui uma grande massa molecular e seus monômeros são N- acetilglucosamina, ácido N-acetilmurâmico e uma pequena cadeia peptídica (PELCZAR, 1993). As bactérias podem ser classificadas em Gram positivas e Gram negativas. As positivas possuem uma parede relativamente simples em estrutura, composta por várias camadas de peptidoglicano ligado uns aos outros por ligações cruzadas formando uma rede rígida e forte, assim não descorando após o tratamento com álcool. Já as negativas possuem uma quantidade muito menor de peptidoglicano do que as Gram positivas mas apresentam uma membrana externa à parede celular, assim descorando após o tratamento com álcool (PELCZAR, 1993). AULA 1 Roteiro 1: Determinação de alguns fatores intrínseco em alimentos Objetivo: Analisar dois fatores Intrínsecos muito determinantes para a caracterização de um alimento: a atividade de água e a presença de substancias, naturalmente, antimicrobianas. PROCEDIMENTO: Para a prática de análise da atividade de água (Aa) Triturado e pesado 5,03 g de bolacha de agua e sal, e adicionado em um béquer de 50 ml com peso vazio de 120,77 g. Foi preparado um dessecador, e adicionado em uma placa de Petri com iodeto de potássio (figura1), deixado por 7 dias. Figura 1: Análise de atividade de água Fonte: Autoria própria, 2022. Para a prática de análise da presença de substâncias antimicrobianas naturais Procedimento: Foi utilizado 4 placas de Petri contendo meio de cultura sólido BHI, semeamos em cada uma delas com um swab, uma solução contendo Staphylococcus aureus, (previamente crescido em meio de cultura BHI líquido), após ter espalhado a solução por toda a placa, foi acrescentado em cada uma, um alimento diferente: canela, tomilho, orégano e alho (figura2), identificamos cada uma e colocamos para incubar em estufas bacteriológica a 37°C por 48 horas (Figura3). Figura 2: Analise de antimicrobianos Figura 3: Estufa bacteriológica Fonte: Autoria própria, 2022. Resultados: Observou-se o crescimento de fungos e bacterias em alimentos secos, como tomilho e orégano, presença de bactérias na canela em pó e não houve crescimento bacteriano e fungico no alho. Figura 4: Alimentos após incubação Fonte: Autoria própria, 2022. AULA 1 Roteiro 2: Produção de Iogurte Objetivo: Observar o processo de fermentação (nomenclatura usada em indústria de fermentação: mosto, inoculo, vinho, uso ou não de oxigênio). Discutir a fermentação lática. PROCEDIMENTO: Foi utilizado 3 placas de Petri contendo meio de cultura sólido PCA, semeamos em cada uma delas com um swab, três alimentos diferentes: Iogurte caseiro, Iogurte Inoculo, e leite pasteurizado (figura 4). Após ter espalhado por toda a placa, foi identificado e colocado para incubar em estufas bacteriológica a 37°C por 48 horas. Placa 1: IOGURTE CASEIRO Placa 2: IOGURTE INOCULO Placa 3: LEITE PASTEURIZADO Figura 5: Processo de fermentação Fonte: Autoria própria, 2022. Foi preparado pelo técnico do laboratório um Iogurte caseiro (figura 6), deixado em descanso por 1 hora, e após foi observado suas características e comparado com um iogurte preparado no dia anterior (figura 7), após foi feita a visualização de ambos em lamina no microscópio. Figura 6: Iogurte fabricado no dia anterior Figura 7: Iogurte fabricado em aula Fonte: Autoria própria, 2022. Fonte: Autoria própria, 2022. AULA 2 Roteiro 1: Destilação de garapa fermentada. Objetivo: Entender o processo de fermentação alcoólica. Comparar as várias fermentações alcoólicas: álcool combustível, pinga, cachaça, vinho e cerveja. PROCEDIMENTO: Durante a aula não foi feito o processo de destilação da garapa, apenas visualizado amostra de leveduras da garapa em laminas com azul de metileno no microscópio (figura 8). Figura 8: Lamina de levedura na garapa Fonte: Autoria própria, 2022. AULA 3 Roteiro 1: Analise microbiológica da água: contagem padrão de bactérias heterotróficas por pour plate. Objetivo: Realizar o método de contagem microbiana, precisamente as bactérias aeróbicas mesófilas, em amostra de água utilizando-se de técnicas de semeadura em profundidade (pour plate), além de saber interpretar os resultados obtidos, levando-se em consideração os parâmetros nacionais para a potabilidade da água. PROCEDIMENTO: Foi utilizado 4 placas de Petri estéril, em 2 placa foi adicionado 1 ml de água mineral “IBIRÁ” em cada uma. Em nas 2 placas restante foi adicionado 1 ml de água da torneira que foi tratada antes com tiossulfato de sódio a 10%, após ter espalhado a água por toda a placa, foi acrescentado, 20 ml de Agar em cada placa, após a solidificação do Agar, identificamos e colocamos para incubar em estufas bacteriológica a 37°C por 48 horas (Figura 9). Figura 9: Análise de Microbiologia da água Fonte: Autoria própria, 2022. AULA 3 Roteiro 2: Analise microbiológica da água: detecção de coliformes fecais. Objetivo: Mostrar técnica de detecção de amostras de coliformes fecais em água. Procedimento: Parte I: Fez se uma análise é um estudo sobre a presença de coliformes fecais na água potável. Essa análise permite que tenhamos conhecimento sobre as possíveis contaminações que a presença de micro- organismos presentes na água do dia a dia podem causar. Assim, o estudo contou com a utilização de técnicas que facilitam a contagem, como por exemplo a de diluição seriada 1, 2, 3. Contudo, devido a imprevistos nas amostras de água, é possível apenas prever cada uma das possíveis qualidadesda água, de acordo com a quantidade presente no microtubo de Durham, onde foi colocado. Com a pipeta Pasteur, retirou-se uma colônia da amostra cedida de E. Coli e transferiu para o Erlenmeyer que continha 100ml de água potável. Homogeneizou se com leves movimentos circulares e a mistura foi reservada para uso futuro. Durante todo o procedimento trabalhou se próximo a chama da lamparina a fim de reduzir a contaminação. Figura 10: Diluição seriada de água, tubo 1, 2 e 3. Fonte: Autoria própria, 2022. Parte II: Fez se uma diluição seriada 1,2 e 3 da amostra. Colocou-se 1ml da amostra a ser analisada e em seguida, agar. Homogeneizou-se e aguardamos a solidificação. Parte III: No início do experimento, colocou se um erlenmeyer contendo agar na autoclave para a esterilização. Após alguns minutos foi colocado 10ml do conteúdo na placa de Petri, após a solidificação. Após a inoculação, as placas foram colocadas de maneira invertida e aguardou se alguns dias para observar as amostras. Resultados: Para obter os resultados, as amostras foram mantidas na estufa para fungos, numa temperatura entre 28°C à 30°C, e na estufa de bactérias onde a temperatura varia de 36,5°C a 37,5°C. Figura 11: Amostra de água mineral Fonte: Autoria própria, 2022. Plaqueamento de bactérias e fungos: Com a diluição da água contaminada por E. Coli, observe-se amostras de 1, 2 e 3. Após a incubação, observe se placas com e sem umidades formadoras de colônias num estágio de maior desenvolvimento já que apresentam-se como pontos visíveis, porém é inviável contar todas as culturas. Figura 12: Crescimento de colonias em placas de agua após a incubação. Fonte: Autoria própria, 2022. AULA 4 Roteiro 1: Analise microbiológicas de leites. Objetivo: Realizar a determinação do número de bactérias mesófilas em leite pasteurizado, utilizando a técnica de semeadura de superfície. PROCEDIMENTO: Em 5 tubos havia 10 ml de solução salina em cada um deles, e foi adicionado 1 ml de leite no 1º tubo e em sequência realizado a diluição em série até chegar no 5° tubo, após foi pipetado 100 micro litros com auxílio de uma pipetadora automática, e transferido para placa de PCA e espalhado com ajuda da alça após ter realizado a assepsia no bico de bunsei, após encaminhado para a estufa a 44°C por 48 hrs. Figura 13:Lamina com leite pasteurizado Fonte: Autoria própria, 2022. Resultados: Após as 48hrs na estufa foi observado (Figura 13), que na placa 1 e 2 houve pequeno crescimento de bactérias, na placa 3 observamos que houve um grande crescimento de fungos, na placa 4 observamos pouco crescimento de fungos já na placa 5 houve grande crescimento de fungos e pouco crescimento de bactérias. AULA 4 Roteiro 2: Coloração de Gram. Objetivo: Avaliação da morfologia microbiana é muito importante para a execução da maior parte dos exames microbiológicos. A coloração de Gram também deve ser revisada, dada a sua grande importância no diagnostico clinico das amostras microbiológicas. PROCEDIMENTO: Foi escolhido aleatória duas placas de procedimentos anteriores, 1° placa leite pasteurizado, e 2° placa agua mineral, com auxílio da alça foi adicionado pequena parte das amostra e colocado na lamina e adicionado 1 gota de solução salina e homogeneizado, após foi realizado a técnica de secagem da lamina no bico de bunsei, em seguido realizado o processo de coloração das placas, foi adicionado violeta cristal em cima de toda a amostra na lamina e deixado em repouso por 1 min.(Figura 14), em seguida lavado com agua corrente, em seguida coberto a amostra com lugol deixado em repouso por 1min. e lavado em agua corrente, depois lavado a lamina com álcool acetona até remover o excesso de corante, em seguida coberto a lamina com safra nina e repousado por 30 segundo em seguida lavado com agua corrente secado delicadamente a lamina e levado para a visualização no microscópio. Figura 14: Coloração com violeta, lugol e safranina respectivamente: Fonte: Autoria própria, 2022. Resultados: foi observado na primeira placa de leite pasteurizado a coloração roxa onde é um cocus gram positiva (Figura 15), e na segunda placa de agua mineral foi observado a coloração rosa cocus de gram negativo (Figura 16). Figura 15: Bacteria Gram positiva no leite pasteurizado Fonte: Autoria própria, 2022. Figura 16: Bactéria gram negativo em água mineral Fonte: Autoria própria, 2022. MATERIAIS E MÉTODOS Aula 1- Roteiro1: Determinação de alguns fatores intrínseco em alimentos Analise 1: Dessecadores 3 unidades Soluções saturadas de sais (ao menos 3 sais com valores de Aa bem distintos). Sugerimos os seguintes sais: ácido sulfúrico (Aa = 0,00); carbonato de potássio (Aa = 0,43); e sulfato de sódio (Aa = 0,93). Balança analítica Béquer de vidro 6 unidades por bancada Alimentos variados Sugerimos: bolacha de água e sal, café em pó e molho de tomate. Analise 2: Cepa de Staphylococcus aureus previamente cultivada (24 horas antes) em meio de cultura líquido BHI ou TSB 1 tubo Placas de Petri com meio BHI ou TSB 4 por bancada Swab 4 por bancada Gral e pistilo 3 por bancada Alimentos variados Estufa bacteriológica Espátulas de metal estéreis por bancada Aula 1- Roteiro 2: Produção de iogurte Leite UHT integral 1 litro Açúcar refinado 10% Inóculo 3% Gelatina 1% Frasco de iogurte 1 unidade Proveta 1 L 1 unidade Béquer 500 mL, 250 mL 1 e 2 unidades Espátula 2 unidades Estufa 37 ºC Aula 2- Roteiro 1: Destilação da garapa fermentada 3-5 Erlenmeyer (para a coleta do destilado) 1 conjunto por bancada Garapa fermentada 1 por bancada 1-2 pacotes de fermento tipo Fleischmann 1 por bancada NH4 (SO4)2 “1 espatulada” Azul de metileno 50 mL Lâminas e lamínulas 1 conjunto por bancada Container com 1-2 L de garapa + inóculo + destilador + densitômetro 1 conjunto Microscópio 1 por bancada Aula 3- Roteiro 1: Análise Microbiológica da água: contagem padrão de bactérias heterotróficas por pour plate. Garrafa de água mineral 2 litros Placas de Petri 4 por bancada Pipeta graduada 5 mL 2 por bancada Bico de Bunsen Plate Count ágar 4 por bancada Estufa bacteriológica Contador de colônia 1 por bancada Tiossulfato de sódio a 10% 100 mL Béquer 200 mL 2 por bancada Banho-maria 44 ºC Aula 3- Roteiro 2: Análise microbiológica da água: detecção de coliformes fecais. Tubos de ensaio de vidro 12 por bancada Meio Caldo Lauril Triptose 1 litro Meio EC 1 litro Meio EMB 6 placas por bancada Bico de Bunsen Banho-maria 44,5 ºC Estufa bacteriológica Pipeta 10 mL 2 por bancada Placas de Petri 6 por bancada Tubos de ensaio de vidro Caneta para vidro 1 por bancada Aula 4- Roteiro 1: Análise microbiológica de leites Leite pasteurizado UHT 1 litro Leite A 1 litro Leite B 1 litro Leite de soja 1 litro Tubos de ensaio de vidro 24 por bancada Solução salina estéril 500 mL Alça de Drigalsky 1 por bancada Placas de Petri com meio Plate Count ágar 4 por bancada Estufa bateriológica Bico de Bunsen Pipeta graduada 2 ou 5 mL 4 por bancada Contador de colônia 1 por bancada Aula4- Roteiro 2: Coloração de Gram Solução salina 10 mL por bancada Corantes para a coloração de Gram 1 por bancada Óleo de imersão 1 por bancada Corantes para a coloração de Gram 1 por bancada Estufa bacteriológica Lâminas 05 por bancada Microscópios 01 por bancada Alças bacteriológicas 01 por bancada Questões para fixação do conteúdo: Aula 3 – Roteiro 2 1 – Descreva a importância da detecção e do controle da presença de coliformes fecais na água: R: No caso da água potável , é possível avaliar a qualidade da água entregue pela empresa responsável pelo tratamento da água , que chega até o consumidor. Quando é constatado a presença de Coliformes é sinal de que aquela água não está sendo tratada corretamente. Nas residências também é muito importante a limpeza de caixas d’água e de poços também. 2 – Comente as condições em que podem ocorrer a contaminação da água? R: A contaminação ocorre através das fezes do homem ou outro animal, através de esgoto humano não tratado, escoamento agrícola, através de dejetos de mamíferos e pássaros. 3-Descreva a importância dos micro-organismos indicadores: R: As bactérias Coliformes Totais são organismos que que vivem em grande número no intestino humano e animal . Essas bactérias são inofensivas pois auxiliam na digestão dos alimentos, a Escherichia coli é a mais comum. As bactérias Termotolerantes que são patogênicas , pode ser encontradas junto nas fezes. Aula 4 – Roteiro 2 Coloração de Gram 1-Descreva a importância dos métodos de coloração diferencial. R: A coloração diferencial o corante reage diferente, e consegue identificar vários tipos de bactérias. Em bactérias Gram – positivas tem a cor violeta ou azul e as bactérias Gram – negativas tem a coloração vermelha ou rosa. Diante desta identificação o que podemos concluir com a análise da água e do leite? R: Eles são mais propensos a serem contaminados por bactérias, sendo assim devem ser analisados periodicamente. Quais os procedimentos para evitar a contaminação do alimento por esses micro-organismos? R: Ter uma boa higiene, consumir leite pasteurizado, tomar água filtrada e tratada, manter caixas d’água limpas e tampadas, etc... REFERÊNCIAS BEHMER, M. L. A. Tecnologia do leite: produção, industrialização e análise. 9.ed. São Paulo: Nobel, 1979. FORSYTHE, STEPHEN J. Microbiologia da segurança dos alimentos. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. 607 p. FRANCO, B.D.G; LANDGRAF, M. Microbiologia de Alimentos. São Paulo, Editora Atheneu, 2003. MARTINS, R; SANTOS, P; CASTILHO, S. Fermentação Divertida. 1. ed. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014. PELCZAR JR, M. J.; CHAN, E. C. S.; KRIEG, N. R.; Microbiology: concepts and applications; McGrawHill; 1993; 75-76 pp. SCOTT, W. J. Water relation of food spoilage microorganisms. Adv. Food Res. 7: 83- 127, 1957. SILVA, N. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos. Valéria Christina Amstalden - São Paulo: Livraria Varela,1997, p31.
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