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Segurança do trabalho e saúde ocupacional - 03

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Prévia do material em texto

Unidade 3
Livro Didático 
Digital 
Ana Carla F. Gasques
Segurança do 
Trabalho e Saúde 
Ocupacional
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autora 
ANA CARLA F. GASQUES
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
A AUTORA
Ana Carla F. Gasques
Olá!!! Sou a Professora Ana Carla F. Gasques. Sou Engenheira 
Ambiental e de Segurança do Trabalho e mestre em Engenharia Urbana. 
Possuo experiência como docente do Ensino Superior para cursos de 
Engenharia, onde orientei trabalhos de conclusão de curso com enfoque 
em Segurança do Trabalho e Gestão de Projetos. Também sou orientadora 
e banca avaliadora de monografias de Especialização em Engenharia de 
Segurança do Trabalho. Sou apaixonada por esta área e gosto de transmitir 
o que sei. Fui convidada pela Editora TELESAPIENS a integrar seu elenco 
de autores independentes e estou feliz em poder te ajudar nesta fase de 
muito estudo e trabalho. Sendo assim, pode contar comigo! 
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha 
de aprendizagem toda vez que:
ICONOGRÁFICOS
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova com-
petência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Compreendendo os equipamentos de proteção .........................11
Equipamentos de Proteção Individual.........................................................................12
Classificação e tipos de EPI..................................................................................................15
Equipamentos de Proteção Coletiva................................................................................17
Conhecendo as Sinalizações de Segurança.................................21
Cores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
P l a c a s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 7
Sinais gestuais, verbais e sonoros....................................................................................28
Sinalização de rotulagem de produto químico.......................................................29
Identificando procedimentos de prevenção de incêndios ........32
Prevenção e Combate.................................................................................................................36
Extintores e hidrantes................................................................................................................38
NR-23. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40
Compreendendo proteção em máquinas e equipamentos....43
Métodos de proteção................................................................................................................46
Dispositivo de segurança........................................................................................................47
Manutenção.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .49
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional8
03
LIVRO DIDÁTICO DIGITAL 
UNIDADE
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 9
Vimos até aqui que cada vez mais as organizações estão mais 
preocupadas em atingir as demandas e manter um bom desempenho 
em Segurança do Trabalho e Saúde ocupacional em decorrência 
dos riscos existentes nos ambientes de trabalho, não é mesmo? Nos 
casos onde os riscos não podem ser evitáveis, é necessário que sejam 
fornecidos aos colaboradores os equipamentos necessários para sua 
proteção bem como sejam estabelecidos equipamentos de proteção 
coletiva e medidas de proteção. Também são adotadas simbologias 
(cores, placas, sinais e rotulagem) para identificar riscos e/ou situações 
de perigos nos ambientes de trabalho, os quais buscam prevenir e 
evitar acidentes. Além disso, é de fundamental importância abordar, 
conhecer e compreender formas de prevenção de incêndios e proteção 
em máquinas e equipamentos. No decorrer desta unidade letiva você 
vai imergir neste universo de mecanismos de proteção em diversas 
situações vivenciadas nos ambientes de trabalho.
INTRODUÇÃO
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional10
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 03. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
1. Compreender como funcionam os equipamentos de proteção 
nos ambientes de trabalho;
2. Conhecer sinalizações de segurança;
3. Identificar procedimentos de prevenção de incêndios;
4. Compreender formas de proteção em máquinas e 
equipamentos.
E então? Está curioso para saber mais sobre a saúde ocupacional e 
a segurança ocupacional? Vamos juntos! 
OBJETIVOS
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 11
Compreendendo os equipamentos de 
proteção 
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de compreen-
der como funcionam os equipamentos de proteção nos 
ambientes de trabalho. Isto será fundamental para o exer-
cício de sua profissão tendo em vista que tais equipamen-
tos são responsáveis por auxiliar na garantia da saúde e da 
integridade física dos colaboradores perante os riscos am-
bientais. E então? Motivado para desenvolver esta compe-
tência? Então vamos lá. Avante!
Pra começar o assunto desta unidade, vamos retomar alguns 
princípios já vistos? Bom, sabemos que o trabalho é essencial para o 
desenvolvimento do homem. O trabalho permite ao homem ir além de 
simplesmente assistir a vida passar, torna-o responsável por construir o 
ambiente em que vive, torna-o parte de uma comunidade e permite que 
ele construa vínculos, laços e rotinas.
Entretanto, já vimos que os ambientes de trabalho foram sofrendo 
mudanças ao longo dos anos e estas trouxeram riscos à saúde e à segurança 
do homem. Diante disso, aspectos envolvendo segurança passaram a ser 
de grande valor em todas as atividades laborais, objetivando reduzir as 
implicações que oferecem perigos aos colaboradores. 
Diante disso, nós encerramos a unidade anterior abordando os 
programas relacionados a segurança e saúde ocupacional, os quais, 
além de obrigatórios, são de extrema importância para a organização. 
Eles ajudam a proteger possíveis afastamentos, acidentes de trabalho, 
diminuição de condições insalubres e, se bem empregados, provocam 
aspectos positivos em fatores econômicos da organização. 
A diminuição dos riscos dos ambientes de trabalhoé efetivada a 
partir das normas de saúde, higiene e segurança do trabalho, ou seja, 
as Normas Regulamentadoras, tal qual vimos na Unidade 01. Dentre as 
normas, cabe a NR-06 abordar ferramentas de proteção ao trabalhador, 
os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Entretanto, além destes, 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional12
tem-se os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), os quais possibilitam 
a proteção de mais de um colaborador simultaneamente. 
Equipamentos de Proteção Individual
O Equipamento de Proteção Individual (EPI) é todo item empregado 
como instrumento de trabalho, cuja destinação faz-se para proteger o 
colaborador, tornando mínimo riscos que advertem a segurança e a saúde 
no trabalho. O uso deste é uma requisição da lei trabalhista do Brasil a partir 
das Normas Regulamentadoras. Neste caso, a Norma Regulamentadora 
em questão é a NR-06, contida na Portaria n.º 3.214 de 1978 do Ministério 
do Trabalho, com última atualização em pela Portaria n.º 877, de 24 de 
outubro de 2018. O não implemento da referida norma pode ocasionar aos 
transgressores atos de responsabilidade civil e penal, além de multas.
A caracterização do ambiente de trabalho e consequente 
identificação dos riscos faz parte da elaboração do Plano de Prevenção 
de Riscos Ambientais (PPRA), conforme vimos na unidade anterior. Neste 
contexto, é a partir da análise deste documento, que será feito o elo e a 
recomendação dos EPI adequados. 
Dessa forma, EPI refere-se a um equipamento de uso particular, 
tendo como função a de minimizar certos acidentes e também a proteger 
contra certas doenças que poderiam ser ocasionadas pelo ambiente 
de trabalho. A Norma estabelece, ainda, que os EPI devem possuir um 
atestado de qualidade, cuja emissão é obrigatória a partir do “Certificado 
de Aprovação” (CA) e o equipamento deve conter, de forma legível e 
visualmente fácil, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de 
fabricação e o número do CA. Além deste, os fabricantes de EPI precisam 
ser cadastrados no Ministério do Trabalho e possuir o “Certificado de 
Registro de Fabricante” (CRF). 
Segundo a NR-06 (BRASIL, 2018, p. 1), a organização possui 
obrigação de disponibilizar aos colaboradores os EPI adequados ao risco 
inerente à sua função, nos seguintes casos:
a) sempre que as medidas de ordem geral (coletiva) não ofe-
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 13
reçam completa proteção contra os riscos de acidentes 
do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; 
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sen-
do implantadas; e, 
c) para atender a situações de emergência.
Estes equipamentos visam a proteção individual de cada colaborador 
dos possíveis danos (tal como lesão) em casos de acidentes de trabalho 
ou doenças ocupacionais. Ou seja, o EPI não impede o acidente em 
si, contudo resguarda o colaborador no que tange ao risco exposto ou 
ao agente. Apenas lembrando que estes podem ser classificados nas 
seguintes categorias: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de 
acidentes. A seleção e implantação dos equipamentos necessários é feita 
pela organização nas seguintes situações:
I. quando os mecanismos de proteção coletiva não forem 
suficientes;
II. durante a implantação dos mecanismos de proteção coletiva; 
III. ocorrências emergenciais; e, 
IV. em casos onde a ocupação do colaborador o coloque a risco 
ocupacional em decorrência do agente, da quantidade e do 
período de exposição a este ou ainda devido a sensibilidade 
particular do colaborador e em função do nível de toxicidade 
do agente.
Em casos de agentes tóxicos ou de situações que não podem 
ser alteradas pelo colaborador, o EPI é único mecanismo capaz de 
protege-lo, reduzindo o risco por minimizar sua exposição a tal agente. 
Em situações análogas, não é suficiente apenas o uso do EPI, porém, ser 
cauteloso durante o uso da substância em questão. A fim de exemplificar, 
pode-se citar a atividade de dedetização, onde são aplicados produtos 
químicos a fim de acabar com determinado animal... É fundamental que 
este processo seja realizado utilizando-se os EPI adequados a fim de 
reduzir o nível da exposição do colaborador ao risco (no caso, químico). 
Em termos gerais, cabe à organização manter o controle e a 
disciplina da utilização dos equipamentos disponibilizados, sendo de sua 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional14
responsabilidade o emprego das penalidades previstas em legislação 
para os colaboradores que apresentarem oposição ao uso. Ainda, cabe 
aos colaboradores a utilização dos EPI indicados e disponibilizados pela 
organização bem como tomar os devidos cuidados para que estes sejam 
mantidos conservados. 
Para que as obrigatoriedades sejam cumpridas, é necessário 
que os colaboradores sejam treinados e tenham conhecimento de 
informações primordiais para que os EPI sejam eficazes na redução 
dos danos resultantes dos riscos ocupacionais e estas situações são 
de responsabilidade do SESMT (quando houver) e da CIPA. Dentre os 
conteúdos a serem abordados nos treinamentos pode-se citar: riscos ou 
danos passíveis de ocorrer sem a utilização do equipamento; objetivos e 
modo de uso de cada equipamento indicado; informações sobre como 
limpar e conservar seus respectivos EPI; dados sobre duração da vida 
útil e especificidades do equipamento; procedimentos para apontar a 
ausência do equipamento necessário, não uso ou uso incorreto por parte 
de colegas de trabalho.
É fundamental que o colaborador, tendo em vista seu conhecimento 
sobre o cotidiano, esteja a par deste documento bem como esteja ciente 
e valide a solicitação e as demandas de EPI, interferindo conforme 
necessário para garantir sua segurança. Ademais, estes equipamentos, 
devido ao fato de serem individuais, precisam ser limpos e desinfetados 
todas as vezes em que houver mudança de usuário e é necessário que o 
colaborador tenha um local seco e arejado para armazenar o equipamento 
depois de utiliza-lo. 
Sugere-se que os gestores da organização disponibilizem 
um caderno constando a data e a assinatura dos colaboradores no 
recebimento do seu equipamento de proteção. Em casos onde haja 
recusa, sem motivo, da utilização do equipamento disponibilizado o 
colaborador poderá ser punido seguindo critérios previstos em legislação. 
Dentre as punições cabíveis nesse caso, tem-se: advertência verbal ou 
escrita, suspensão e até demissão por justa causa
Evidentemente, quanto maior conforto o colaborador tiver ao 
utilizar o EPI, melhor será sua receptividade acerca do uso do mesmo. 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 15
Em função disso, é importante que os organizadores e responsáveis pelo 
fornecimento tenham zelo ao comprar os EPI, priorizando aqueles que 
sejam práticos, adaptáveis, que ofereçam boa proteção e manutenção, 
além de serem resistentes e duradouros. 
Classificação e tipos de EPI
Os EPI podem ser classificados de acordo com o Anexo I da Norma 
Regulamentadora referente a esta temática (06), o qual contém uma lista 
dos equipamentos de proteção possíveis de acordo com a parte do corpo 
a ser protegida, sendo: 
 • Cabeça: capacete; capuz ou balaclava;
 • Olhos e face: óculos; protetor facial; máscara de solda;
 • Ouvidos: protetor auditivo;
 • Vias respiratórias: respirador purificador de ar (podendo 
ser motorizado ou não motorizado); respirador de adução 
de ar tipo linha de ar comprimido; respirador de adução de 
ar tipo máscara autônoma; respirador de fuga;
 • Tronco: vestimentas; colete à prova de balas;
 • Membros superiores: luvas; creme protetor; manga; 
braçadeira; dedeira;
 • Membros inferiores: calçado; meia; perneira; calça;
 • Corpo inteiro: macacão; vestimenta de corpo inteiro.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional16
Figura 1: Tipos de Equipamentos de Proteção individual
Fonte: @Freepik 
Os EPI de proteção da cabeça visam reduzir danos de acidentes 
envolvendo quedade objetos, batidas, dentre outras. Aqueles destinados 
a olhos e face, visam prevenir frente a riscos de impacto de partículas, 
respingos de produtos químicos, ação de radiação calorífica ou luminosa. 
Dentre os riscos que necessitam de proteção para ouvidos a 
principal é ruído acima do limite de tolerância. Já as vias respiratórias são 
protegidas contra gases ou substâncias nocivas que possam contaminar 
via respiração. Os EPI para tronco, membros superiores e inferiores visam 
proteger contra impactos dos mais variados tipos, tal como cortantes, 
térmicos, elétricos, metais, agentes biológicos, dentre outros.
Além dos equipamentos supracitados existem os EPI contra quedas 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 17
com diferença de nível tal como cinturão de segurança com dispositivo 
trava-queda ou com talabarte. 
Outro ponto de destaque é com relação à periodicidade de troca 
dos EPI. Entretanto, não existe uma norma ou legislação que aborde 
prazos para troca ou relacionadas a tempo de validade de EPI, pois como 
consiste em um artigo de proteção, em qualquer instante pode acontecer 
algum incidente que venha a danificar sua qualidade demandando, então, 
que este seja trocado.
Recomenda-se, frente a esta falta de legislação, que os equipamentos 
passem por exames visuais, os quais precisam ser feitos todos os dias. 
Em casos onde forem constatadas qualquer degradação que interfira no 
desempenho do equipamento, o colaborador deve pedir sua troca junto à 
área de Segurança do Trabalho da organização (SESMT ou CIPA).
Equipamentos de Proteção Coletiva
Conforme vimos, uma das indicações de uso de EPI é quando os 
equipamentos de proteção coletiva (EPC) não são suficientes. Mas, você 
deve estar se perguntando... O que são EPC? Bom, estes equipamentos 
são instalados no local de trabalho e possuem por finalidade garantir a 
proteção de mais de uma pessoa simultaneamente. 
Dessa forma, são essenciais para conservar a integridade física dos 
trabalhadores e dos demais indivíduos que permanecem nos ambientes 
de trabalho e exposto aos seus riscos inerentes. Sua implantação não 
consta em NR específica (tal como acontece com os EPI) porém outras 
normas abordam estes equipamentos: NR-04 e NR-09.
A NR-04 trata acerca do SESMT e define que é de sua 
responsabilidade indicar os EPC adequados ao ambiente organizacional 
no qual está inserido bem como sensibilizar os colaboradores no que 
tange ao seu uso correto. Já a NR-09 aborda, em seu item 9.3.5.4, que as 
organizações devem dar prioridade à implantação de EPC. 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional18
VOCÊ SABIA?
Os Equipamentos de Proteção Coletiva devem ser a opção 
inicial a ser considerada para controle e diminuição dos ris-
cos dos ambientes organizacionais? Além disso, precisam 
ser planejados desde a fase de concepção do projeto des-
te ambiente até a implementação de suas atividades?
Além de cumprir demandas de legislação, a implantação de 
EPC assegura maior produtividade à organização tendo em vista que 
a possibilidade de situações que resultem em acidentes acabam 
sendo inferiores. Assim, além de promover melhores condições aos 
colaboradores, tem-se a redução de chances de paralisação de atividades 
para a identificação e implantação de medidas corretivas também se 
torna reduzida.
Dessa forma, são adotados visando resguardar o conjunto de 
colaboradores da organização devendo ser adotados de forma prioritária, 
apesar disso quando estes não forem suficientes para promover a 
segurança dos colaboradores, a indicação dos EPI deve ser feita. Como 
exemplo de EPC tem-se os extintores de incêndio, a sinalização de 
segurança, correntes, fitas e outros instrumentos para isolamento de 
áreas, cones bem como mecanismos de proteção de partes de máquinas 
e equipamentos.
Além dos exemplos já citados, podem ser citados: biombos, 
exaustores, ventiladores, paredes acústicas e térmicas, escadas, saídas 
e iluminação de emergência, alarmes, extintores, barreiras de contato 
nas partes móveis e energizadas, equipamentos de controle de sinistros, 
dentre outros. Os EPC devem ser levados em consideração em diferentes 
situações, conforme será apresentado a seguir. 
Durante a fase de preparação do projeto de um estabelecimento 
é importante que seja aproveitada a ventilação e a luz natural, reduzindo 
a necessidade de ventiladores/exaustores bem como seja levado em 
consideração a organização interna visando evitar acidentes bem como 
garantir que a saída seja fácil e segura quando necessário. 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 19
Com relação ao trabalhador, é importante que estes tenham 
treinamento e sejam sensibilizados quanto ao uso, principalmente, ao 
manuseio de produtos químicos na cabine de proteção. É importante que 
sejam adotados, também, medidas de proteção para enclausuramento 
da fonte de risco (tal como ruído ou liberação de produtos perigosos), 
isolamento e aterramento de equipamentos elétricos, utilização de para-
raios para evitar riscos com descargas atmosféricas. 
Apesar da consonância a respeito da necessidade de implantação 
de EPC no geral, ainda se observa muitos equívocos na prática da 
implantação destes equipamentos nos locais de trabalho, principalmente 
na construção civil. Diferentes EPC podem ser aplicados na construção 
civil, principalmente em obras de mais de um pavimento a fim de evitar 
quedas de pessoas bem como de equipamentos ou materiais, ou, em 
casos onde não foi possível evitar, reduzir os danos. Pode-se citar como 
EPC da construção civil: sistema de guarda-corpo e rodapés, plataformas 
ou bandejas, sistema limitador de queda em altura, tela fachadeira, 
fechamento provisório resistente de aberturas em pavimentos e linhas de 
vida. 
Por fim, é necessário que você tenha claramente contextualizado 
que o EPC é caracterizado por seu potencial benéfico referente ao 
coletivo, ou seja, independentemente da função, do cargo ou da ação, 
este equipamento visa proteger todos os colaboradores. Tendo como foco 
principal eliminar ou reduzir os riscos direto na fonte causadora, mesmo 
que para tal, seja necessário realizar intervenções nos procedimentos de 
trabalho das organizações (como, por exemplo, reduzindo a velocidade 
de uma determinada máquina para reduzir a quantidade de acidentes).
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o aces-
so à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Notícia 
“EPC: miniguia sobre o equipamento de proteção coletiva” 
(OLVIEIRA, 2019) acessível pelo link https://bit.ly/2Apdul8 
(Acesso em 11/02/2020).
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional20
RESUMINDO
E então? Gostou de saber mais sobre os equipamentos de 
proteção individual e coletiva? Conseguiu absorver as infor-
mações disponibilizadas? A fim de verificar o aprendizado 
da temática de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o 
que vimos. Você deve ter aprendido que os EPI são equipa-
mentos para uso individualizado do colaborador e visam re-
duzir a gravidade de acidentes bem como prevenir de doen-
ças resultantes das condições dos ambientes de trabalho.
A indicação do EPI adequado a cada situação do ambiente de 
trabalho é essencial para a devida proteção da saúde e da integridade 
física dos colaboradores. Estes equipamentos, então, não evitam que 
acidentes ocorram porém, em caso onde isso seja inevitável, eles auxiliam 
a reduzir os danos. Os EPI podem ser para proteção de cabeça, olhos e 
face, ouvidos, vias respiratórias: tronco, membros superiores/inferiores ou 
corpo inteiro bem como contra quedas em diferença de nível. 
Além destes, em determinadas situações, são demandados 
equipamentos mais abrangentes que visam prevenir acidentes: os EPC, os 
quais consistem na primeira medida a ser considerada como mecanismo 
de mitigação ou eliminação de riscos. Como exemplo de EPC tem-se 
os extintores de incêndio, sinalização de segurança e a devida proteção 
de partes demáquinas e equipamentos. Ficou claro, então, que nos 
ambientes organizacionais, independentemente do tipo de empresa/
profissão a utilização de EPI e implantação de EPC é de fundamental 
importância, tendo em vista que estes reduzem riscos de acidentes 
sendo, estes, de uso obrigatório a todos os colaboradores.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 21
Conhecendo as Sinalizações de Segurança
OBJETIVO
Ao final desta competência você conhecerá o emprego 
das cores de sinalização de segurança nos ambientes or-
ganizacionais. Isto será fundamental para o exercício de sua 
profissão tendo em vista que tais equipamentos são res-
ponsáveis por auxiliar na garantia da saúde e da integridade 
física dos colaboradores perante os riscos ambientais. E en-
tão? Determinado para desenvolver mais esta capacidade? 
Então, vamos lá. Avante!
O espaço, os instrumentos, as máquinas e a distribuição física dos 
equipamentos de trabalho bem como outros itens do ambiente organizacional 
colocam o trabalhador a situações que podem interferir em sua integridade 
física. Assim, manter o ambiente organizado é de extrema importância em 
todos os setores da organização, como estoques e almoxarifado. 
Isso não se difere quando olhamos sob a perspectiva de sinalização 
organizacional, a qual, quando bem posicionada, se torna uma aliada na 
prevenção de acidentes. Entretanto, quando tal precaução é feita sem 
a devida preocupação e planejamento, ao contrário de auxiliar, pode 
prejudicar a qualidade da rotina do ambiente organizacional. 
Frente ao apresentado, faz-se necessário utilizar formas para 
sinalizar e melhorar a segurança dos ambientes de trabalho. As 
sinalizações para segurança do trabalho possuem diferentes finalidades: 
prevenir acidentes; identificar os equipamentos de segurança; delimitar 
áreas; identificar tubulações de líquidos e gases recomendando contra 
riscos; identificar e aconselhar sobre riscos. 
Assim, a sinalização de segurança nos ambientes de trabalho é 
sem dúvida uma das mais adequadas maneiras de cuidado para prevenir 
riscos já que excita e promove a cautela do colaborador. A sinalização 
relaciona-se a objeto, uma ação ou alguma circunstância, aptas de 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional22
resultar em determinados perigos para o colaborador. Segundo Barbosa 
Filho (2011) o procedimento de sinalizar pode e deve ser empregada nas 
seguintes situações:
 • Chamar atenção do colaborador sobre existência de riscos 
e proibições associadas;
 • Advertir colaboradores sobre situações de emergências 
que demandam medidas de prevenção;
 • Auxiliar na localização e identificação de mecanismos 
específicos ou saídas de emergência;
 • Guiar os colaboradores no que diz respeito a manobras 
perigosas.
Ademais, seu uso deverá se limitar a situações em que o risco 
não seja passível de eliminação, não exista possibilidade de implantar 
sistemas de proteção ou proteção das pessoas ou quando seja medida 
complementar de outras medidas de segurança ou suplementar de 
conscientização.
Um exemplo geral utilizando as diferentes formas de sinalização é 
o mapa de riscos, conforme vimos na Unidade anterior. Este mapa visa 
investigar e controlar os ambientes de trabalho, tendo por princípios a 
valorização do saber e a experiência do colaborador. O mapa é de 
responsabilidade da CIPA e consta estabelecido a partir da NR-05, item 
5.16. Na representação dos riscos no mapa são utilizados círculos de 
diferentes tamanhos (conforme a gravidade do risco) para indicar o local 
do risco e cores para diferenciar os tipos dos riscos.
Cores
A fim de prevenir acidentes, cores e iluminação vêm sendo 
empregadas nos ambientes de trabalho e são fundamentais. Do ponto de 
vista físico, a cor é uma parte do espectro eletromagnético que possibilita 
diferenciar sensações visuais provocadas pela luz. Este conhecimento 
permite que as cores sejam usadas racionalmente em função de sua 
aplicação, dos estímulos desenvolvidos e das reações que se espera 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 23
deste processo. 
Assim, pode-se dizer que há variações no nível de visibilidade e 
legibilidade das cores bem como sensações e reações equivalentes, as 
quais podem ser simbólicas (como o uso de preto em situações de luto 
ou de cores misturadas simbolizando alegria) ou podem ser um hiato 
temporal entre visão e ação de resposta (tal como adotado na segurança 
de ambientes). 
Nesse contexto, a Norma Regulamentadora 26 tem por temática 
as sinalizações de segurança, as quais são um tipo de equipamento de 
proteção coletiva (visto na competência anterior). Esta sinalização fornece 
um alerta referente à segurança no trabalho, por meio de uma placa 
com forma e cor distintiva, de um sinal de luz, sinal sonoro ou a partir da 
comunicação falada ou por gestos. 
O objetivo, então, é provocar a sensação de cautela dos 
colaboradores de forma rápida e acessível, para elementos e ocasiões 
capazes de provocar determinados perigos. Toda a sinalização tende a ser 
universal para que todos a possam compreenderem sejam qual for o país 
onde nos encontramos, é por isso que se usam símbolos e não palavras. 
A norma busca definir padrões e cores que avisam sobre perigos 
de acidentes em determinados locais ou pertinentes à utilização de 
equipamentos e máquinas. Apresenta, ao mesmo tempo, que as cores 
precisam obedecer aos critérios definidos em outras normas técnicas 
oficiais, a fim a resguardar a saúde e a integridade física dos colaboradores. 
A cor na segurança do trabalho visa avisar sobre os espaços de risco e as 
cautelas indicadas em cada circunstância. 
Além disso, as cores podem ter finalidades específicas, podendo ser:
 • De identificação – visando indicar especificidades (tal 
como definir o objetivo de tubulações);
 • Dissimulantes – para dissimular (cobrir) itens em destaque 
para não desviar atenção da área de trabalho;
 • Diferenciantes – destacando áreas ou pontos 
intencionalmente (tal como parte de equipamentos);
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional24
 • Focalizantes – ressaltar pontos importantes (tal como 
tampas abertas);
 • De segurança – evidenciar atenção para situação de 
perigo ou precaução.
O uso das cores para sinalização não tira a obrigatoriedade da 
adoção de outros meios para prevenir acidentes. É importante que a 
quantidade de sinalizações com cores seja o mais reduzida possível 
para que não tragam desatenção, tumulto e cansaço ao colaborador. A 
recomendação em cor, nos casos necessários, principalmente em áreas 
de passagem de pessoas de fora do ambiente de trabalho, deverá vir 
seguida dos sinais convencionais ou, ainda, identificadas por palavras.
A combinação adequada das cores nos ambientes de trabalho 
pode ajudar para melhorar o rendimento produtivo, reduzir desgaste 
nas exigências visuais, ajudar no desenvolvimento de atividades e ainda, 
melhorar a qualidade da produção e, como consequência, reduzir 
acidentes. As cores adotadas para sinalização são: branco, azul, verde, 
alumínio, cinza, preto, amarelo, laranja, vermelho, lilás, púrpura e marrom.
Figura 2: Indicação das cores de sinalização adotadas na Segurança do Trabalho
Fonte: Peixoto (2011).
A cor verde indica segurança e é utilizada para cartazes, boletins, 
avisos, emblemas, entradas de salas de curativos de urgência ou guia de 
localizações. A cor vermelha indica aparelhos de proteção e combate à 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 25
incêndio (tal como caixa de alarme, localização de extintores, portas de 
saídas de emergência, bombas e sirene), não devendo ser adotada na 
indústria. 
O amarelo representa “Cuidado”, sendo adotado para casos de alto 
risco ou que demandam atenção, tal como fundos de letreiros e avisos, 
corrimões, para-choque de veículos de transporte pesados (combinado 
com listras pretas). A cor laranja é adotada para canalização de ácidos, 
partes móveis de máquinas ou equipamentose face interna de quadros 
protetores de dispositivos elétricos. A cor azul é utilizada para indicar 
cuidado ou avisos contra uso e movimentação de equipamentos. 
O branco é adotado em faixas de localização, áreas em torno de 
socorre de urgência, indicação de direção ou circulação tal como placas 
indicando local para deposição de lixo. O preto pode ser substituído por 
branco ou combinado, dependendo do contrasto do ambiente e é adotado 
para canalização de inflamáveis ou combustíveis de alta viscosidade. 
A cor alumínio é utilizada para indicar gases liquefeitos, inflamáveis 
e combustíveis de baixa viscosidade. A cor lilás indica canalizações 
com álcalis e para identificação de lubrificantes em refinarias de 
petróleo. A púrpura é adotada para perigos provenientes de radiações 
eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares, ou seja, de rejeitos 
radioativos. 
O cinza possui duas variações: claro para canalizações em vácuo e 
escuro para eletrodutos. Por fim, a cor marrom é utilizada quando se quer 
identificar qualquer fluido não incluso pelas demais cores.
Outro ponto de destaque é sobre as tubulações industriais, para 
transporte de líquidos e gases, deverão ser coloridas em toda sua 
distância, para auxiliar a identificar o produto no interior e evitar acidentes. 
A tubulação de água potável, obrigatoriamente, deve possuir coloração 
diferente das demais.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional26
Quadro 1: Cores de tubulações industriais
Cor Conteúdo da tubulação
Branco Vapor
Laranja Ácido
Azul real Ar comprimido
Amarelo ouro Gases não liquefeitos
Verde Água
Preto Inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade
Vermelho
Equipamentos de proteção e combate a 
incêndio
Cinza escuro Eletrodutos
Fonte: adaptado de Brasil (2015).
Diferentes estudos indicam que existem preferencias relativas com 
relação as cores em função de fatores como idade, sexo e ambiente 
no qual a pessoa exerce sua função ou mora. Dessa forma, associar 
contrastes de cores com nível de luminosidade do ambiente auxilia para 
destacar no campo visual partes de produtos e equipamentos, identificar 
formas, volumes, e outras informações visuais. 
Além disso, a combinação de cores devido a variações de luz 
natural e artificial associada a reflexões das superfícies resulta em 
sensações distorcidas, ou seja, modifica as cores reais dos objetos. Por 
isso, é de fundamental importância que na fase de projeto dos ambientes 
de trabalho sejam levadas em consideração a reprodução das cores 
escolhidas e sua combinação com lâmpadas e luz natural.
Em função disso, cabe ao gestor de segurança do trabalho, 
desenvolver análises para identificar se existe divergências na percepção 
de cores dos colaboradores, tendo em vista que isto pode resultar em 
problemas na produtividade principalmente em atividades onde a cor 
exerce fundamental importância. 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 27
Placas
As placas também são comumente adotadas como mecanismo de 
sinalização e podem ser adotadas para sinalizar diferentes situações: 
 • Proibição: tanto de ação que não pode ser feita ou 
suscetível a perigo (como exemplo sinalização de proibido 
fumar); 
 • Perigo: alertar sobre situação passível de resultar em dano 
à pessoa ou à instalação (como exemplo placa indicando 
movimentação de cargas); 
 • Obrigação: direcionar sobre um comportamento específico 
(tal como utilização obrigatória de determinado EPI); 
 • Emergência: alertar em caso de perigo a direção para 
saída e/ou local de salvamento (tal como placa indicando 
local para ducha de segurança); 
 • Incêndio: representam os equipamentos de proteção (tal 
como extintores ou hidrantes); e
 • Rotulagem: placa quadrada de cor laranja (como exemplo 
indicação de comburente).
As placas, além de serem sinais indicativos, também se diferem 
por seu formato de acordo com a sua função. Sinalização de interdição 
tem a forma arredondada e consiste em um fundo branco, bordado com 
tarja vermelha e uma diagonal também de coloração vermelha. Placa 
de sinalização de alerta tem o formato triangular e é de fundo amarelo, 
bordado de preto. Placa de sinalização de obrigação tem a forma 
arredondada, escrito em branco com fundo azul.
No que tange a placa de sinalização de segurança, esta tem a forma 
retangular ou quadrada e a escrita é de cor branca com fundo verde. As 
placas de forma retangular ou quadrada, cujo conteúdo é escrito em branco 
sobre fundo vermelho indicam sinalização de prevenção de incêndio. 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional28
Figura 4: Exemplos de sinalização de segurança a partir de cores e/ou placas: a) cor 
vermelho indicando extintor de incêndio; b) amarelo indicando cuidado (no caso da figura 
sobre piso molhado); c) laranja indicando parte móvel de máquina; d) azul indicando 
cuidado (no caso da figura sobre uso de EPI). 
Fonte: adaptado de Peixoto (2011)
Sinais gestuais, verbais e sonoros
Além da sinalização por cores e/ou placas e indicativos, são 
adotados sinais gestuais, sinais verbais e sinais sonoros. Os sinais gestuais 
podem ser para diferentes situações, tal qual serão apresentadas a seguir:
 • início e término: solicitam atenção para começo ou fim de 
determinada operação;
 • movimentos verticais: são adotados para indicar subida ou 
descida de objetos ou representar distância vertical entre 
objetos;
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 29
 • movimentos horizontais: adotados para sinalizar 
autorização para avançar, recuar, para virar a direita, para 
virar a esquerda ou para distância horizontal entre objetos;
 • movimentos para perigo: pode indicar perigo (paragem de 
emergência) ou fim de determinado movimento;
A sinalização verbal é a partir de textos curtos, representando 
início, parada, fim, subida, descida, avanço, recuo, sentido para virar 
ou velocidade de movimento. Lembrando que algumas palavras de 
advertência são comumente usadas, sendo elas: Perigo, para indicar alto 
risco; Cuidado para risco médio e Atenção para risco leve.
Já com relação aos sinais sonoros nos ambientes de trabalho, 
os quais podem ser aplicados para alarme, fim de expediente, sinalizar 
caminhões dando ré, casos de incêndio ou para evacuação. Além disso, os 
sinais sonoros podem ser intermitentes (indicando uma maior gravidade) 
ou contínuos (indicando necessidade de alarme ou evacuação). 
Sinalização de rotulagem de produto 
químico
Produtos químicos estão presentes nas mais variadas formas nos 
ambientes de trabalho e discussões envolvendo segurança, prevenção e 
proteção são abrangentes e exaustivas. Como vimos os riscos químicos 
envolvem substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no 
organismo por exposição crônica ou acidental, cujo contato pode resultar 
em efeitos negativos como doenças.
O item 26.2 da NR-26 aborda classificação, rotulagem preventiva 
e ficha com dados de segurança de produtos químicos. Estes produtos 
devem ser classificados e rotulados de forma preventiva quanto aos 
perigos com base em critérios definidos pelo Sistema Globalmente 
Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), 
da Organização das Nações Unidas.
A rotulagem de forma preventiva consiste em uma espécie de 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional30
etiquetagem daqueles produtos classificados como perigosos, a qual 
contem informações como identificação, composição, simbologia 
referente ao perigo, respectiva palavra de advertência, frase de perigo 
e precaução. A norma estabelece, também, que o fabricante ou, quando 
for importação, o fornecedor deve preparar e disponibilizar uma ficha 
contendo informações de segurança dos produtos classificados como 
perigosos, a qual será feita em consonância com o estipulado pela GHS.
Além disso, os colaboradores devem receber treinamentos 
abordando tanto o conteúdo da rotulagem de caráter preventivo como 
das fichas contendo os dados de segurança doproduto e também sobre 
perigos, riscos e as medidas preventivas para garantir sua segurança 
durante o manuseio de tais produtos.
SAIBA MAIS
Quer saber mais sobre aplicação das cores como forma 
de sinalização? Acesse a seguinte fonte sobre “Segurança 
e padronização de cores no trabalho”, acessível pelo link 
https://bit.ly/38ns2y6 (Acesso em 13/02/2020).
RESUMINDO
O ambiente de trabalho possui diferentes perigos e situa-
ções que podem expor o trabalhador a riscos bem como 
resultar em acidentes ou doenças ocupacionais. Dessa for-
ma, torna imprescindível que sejam adotados mecanismos 
para advertir e aperfeiçoar a segurança dos ambientes de 
trabalho, tal como as sinalizações de segurança, instituídas 
pela NR-26.
As sinalizações para segurança do trabalho possuem diferentes 
finalidades, tal como prevenir acidentes; identificar equipamentos de 
segurança; delimitar áreas de risco; identificar conteúdo de tubulações 
industriais alertando sobre riscos; identificar e aconselhar sobre riscos. 
O objetivo da sinalização é, então, provocar a sensação de cautela dos 
colaboradores de forma rápida e acessível, para elementos e ocasiões 
capazes de provocar determinados perigos. 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 31
Existem diferentes mecanismos de sinalização de segurança, 
sendo eles: cores, placas, sinais e rotulagem de produtos químicos. As 
cores adotadas para sinalização são: branco, azul, verde, alumínio, cinza, 
preto, amarelo, laranja, vermelho, lilás, púrpura e marrom.
As placas podem ser de proibição, indicação de perigo, obrigação, 
emergência, sinalização de equipamentos de prevenção ou combate 
a incêndios ou rotulagem. Já os sinais podem ser verbais, gestuais ou 
sonoros e, por fim, tem-se a rotulagem de produtos químicos a qual é 
feita para produtos classificados como perigosos.
A sinalização deve ser universal para que todos a sejam capazes 
de entender independentemente do local onde estejam e, por isso, são 
preferíveis símbolos a palavras.
 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional32
Identificando procedimentos de 
prevenção de incêndios 
OBJETIVO
Nesta competência abordaremos duas preocupações 
constantes dos ambientes industriais: incêndios e explo-
sões. Combater tais situações pode parecer fácil, entretan-
to, em função das diversas variáveis envolvidas, isto se tor-
na complicado e demanda conhecimentos teóricos. Assim, 
vamos aprender conhecimentos básicos para que você sai-
ba como agir nestas situações. Preparado para desenvolver 
esta competência?
Os incêndios são imprevistos muito receados por grande parte da 
população e, principalmente, nos ambientes de trabalho pois, em casos 
de ocorrência, as consequências costumam ser severas e devastadoras. 
Entretanto, poucas pessoas sabem que é possível prevenir e evitar e, o 
profissional envolvido com a Segurança do Trabalho é um dos grandes 
agentes que podem auxiliar nisto.
Além da prevenção, conhecer sobre incêndios e como combate-
los é uma das maneiras mais eficazes na redução dos dados de acidentes. 
Entretanto, antes de pensarmos em combater o fogo e prevenir explosões 
é importante que saibamos a teoria básica do fogo, o qual consiste, 
basicamente, em uma reação química de gases a alta temperaturas com 
liberação de luz e calor. 
Figura 5: Componentes do fogo e processos químicos envolvidos
 
Fonte: Governo do Paraná (2013)
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 33
A partir da Figura 5, observamos os 3 elementos básicos: combustível, 
comburente e calor, os quais, ao reagir em cadeia geram fogo e cuja 
explicação pode ser entendida inicialmente como “triângulo do fogo” e, 
posteriormente, como “tetraedro” ou “pirâmide” do fogo. Ao analisar o fogo 
sob a perspectiva do triângulo, entendia-se que bastava excluir um dos 3 
elementos para que o fogo acabasse, já do ponto de vista do tetraedro, 
passa-se a considerar a eliminação do fogo pela interrupção da reação em 
cadeia, já que os elementos em questão não produzem o fogo isoladamente.
Os combustíveis são transformados pelo calor e, a partir daí, são 
combinados com o oxigênio dando origem a combustão. Entretanto, 
esta transformação pode ser organizada em 3 fases, denominadas 
“pontos”, sendo eles: ponto de fulgor, ponto de combustão e ponto de 
ignição. É fundamental saber os pontos de fulgor e ignição dos materiais 
combustíveis, sendo exemplos comuns: éter cujo ponto de fulgor é -40oC 
e ponto de ignição 160 oC, álcool 13 oC e 371 oC e gasolina -42 oC e 257 oC, 
respectivamente.
EXPLICANDO MELHOR
Conhecer as características é de fundamental importância 
para compreender melhor o início da reação química do 
fogo. Frente ao apresentado, entende-se que ponto de ful-
gor é a temperatura mínima em que os vapores dos corpos 
combustíveis passíveis de incendiar começam a despren-
der, porém a chama não se mantém em função da baixa 
quantidade de vapores desprendidas. 
Ponto de combustão é a temperatura mínima para os vapores 
desprendidos entrar em combustão e continuar a queimar ao entrar em 
contato com uma fonte externa de calor.
Já ponto de ignição é a temperatura mínima em que os gases 
desprendidos das substancias combustíveis entram em combustão, 
apenas pelo contato com o oxigênio do ar. Fonte: Mattos e Másculo (2011).
Além disso, as formas de transmissão de calor entre corpos pode 
ser classificada de três maneiras: condução, convecção e irradiação, 
as quais não necessariamente acontecem isoladamente, ou seja, pode 
ocorrer mais de uma dessas maneiras na transferência do fogo.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional34
Condução é a forma pela qual transmite-se calor entre corpos 
ou em um mesmo corpo, como ocorre ao acender um fósforo e este 
consome a madeira gradualmente. Este tipo de transmissão não é 
possível ser interrompida por isolamento térmico, ou seja, demandam-se 
outras formas de interrupção.
Convecção é a transmissão de calor entre ambientes a partir de 
uma massa por meio de compartimentações, tal como ocorre quando 
um prédio está em chamas e, em pouco tempo, outro prédio que não 
possui ligação direta, também começa a pegar fogo. Neste caso, portas 
resistentes a fogo podem interromper o fluxo de gases quentes.
Por fim, a irradiação consiste na transmissão do calor por meio de 
ondas caloríficas através do espaço, tal como ocorre do sol para a terra, 
através dos raios solares. Nesse caso, quanto mais afastado um objeto 
estiver da fonte de calor, menor é a intensidade do calor que o atinge.
A fim de realizar o agrupamento dos incêndios de acordo com 
os atributos das substancias combustíveis e, dessa forma, possibilitar 
mecanismos de extinção mais eficientes, a NFPA organizou uma 
classificação de incêndios, a qual é seguida por grande parte dos Corpos 
de Bombeiros Militares do Brasil, sendo elas:
 • Classe A – ocorridos em sólidos combustíveis (como 
madeira, papel, tecidos), a queima é em superfície e 
profundidade, deixando resíduos; 
 • Classe B – líquidos e gases combustíveis (como éter, 
gasolina, álcool), a queima é por superfície, sem geração 
de resíduos; 
 • Classe C – materiais energizados (tal como transformadores 
ou motores);
 • Classe D – metais pirofóricos (como magnésio, potássio, 
alumínio em pó), a queima irradia uma forte luz e é difícil 
de apagar;
 • Classe K – óleos e gorduras (tal como ocorre em cozinhas).
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 35
Segundo Mattos e Másculo (2011) fala-se, também, em uma 
classe diferente (Classe E), a qual visa representar substâncias 
químicas e radioativas. Entretanto, como esta ainda não é reconhecida 
internacionalmente, não nos radicaremos nela. 
Para tornar mais fácil o entendimento sobre incêndios, estes foram 
organizados em 3 momentos conforme seu desenvolvimento:
Figura 6: – Ciclo de desenvolvimento de um incêndio
Fase Inicial
Queima
Livre
Queima
Lenta
• Parte do calor está sendo consumido no
 aquecimento dos combustíveis
• Temperatura ainda estápouco acima do normal
• As chamas podem deixar de existir se não
 houver suprimento suficiente de ar
• Fogo reduzido a brases
• O ar quente é expulso do ambiente para que 
 ocupe lugares mais altos
• Os bombeiros devem se manter abaixados e 
 usar EPI para respiração devido a presença
 de gases
Fonte: adaptado de Flores, Ornelas e Dias (2016)
A fase inicial é quando a temperatura está em torno de 38 °C e 
ainda existe vasta disponibilidade de oxigênio no ar, ocorre a produção 
de gases inflamáveis e de vapor d’água. A fase de queima livre é quando 
as temperaturas se elevam (podendo ultrapassar 700 oC nos locais 
mais altos) em decorrência do aquecimento dos gases, os quais são 
espalhados e preenchem o ambiente de cima para baixo. A última fase 
do desenvolvimento do fogo é a de queima lenta, onde há calor intenso e 
presença de uma fumaça densa. 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional36
Prevenção e Combate
As ações adotadas para prevenir e combater incêndios fazem 
referência a informações de prudência contra o princípio de um incêndio. 
As medidas de proteção, são divididas em proteção passiva e proteção 
ativa, sendo elas destinadas a proteção da vida humana e dos bens 
materiais dos efeitos nocivos do incêndio. 
De modo geral existem algumas ações que podem ser desenvolvidas 
nos ambientes de trabalho que podem auxiliar a protege-los de riscos de 
incêndio: 
 • Não fumar em áreas com materiais combustíveis;
 • Armazenar materiais de forma organizada e limpa;
 • Desligar equipamentos eletroeletrônicos do ambiente 
após o expediente;
 • Não utilizar extensão para ligar equipamentos ou agrupar 
mais de um equipamento em uma mesma tomada com o 
uso de derivações;
 • Guardar produtos combustíveis (álcool de cozinha) em 
locais ventilados e longe de pontos de aquecimento;
As medidas de prevenção relacionadas a incêndio objetivam 
extinguir logo no início e, quando não possível, limitar sua propagação no 
próprio estabelecimento bem como entre estabelecimentos. Além disso, 
busca-se precaver de danos à estrutura do empreendimento e evacua-
lo de forma segura. Por fim, espera-se a partir da adoção de medidas 
prevencionistas que o combate ao incêndio e o resgate das pessoas 
envolvidas seja feito rapidamente, eficientemente e com segurança. 
Com relação ao combate do fogo, partindo do pressuposto que o 
fogo só acontece se tiver um dos elementos supracitados, entende-se 
que, ao quebrar a reação e/ou isolar um dos elementos, interrompe-se 
o processo de combustão. Assim, serão apresentados aqui os seguintes 
métodos de extinção do fogo: extinção por resfriamento (retirada de calor), 
extinção por abafamento (retirada de oxigênio), extinção por isolamento 
(retirada de combustível) e extinção química.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 37
A extinção por resfriamento é comumente feita a utilizando-se 
água e é definida a partir da redução do calor a partir da diminuição da 
temperatura local, de modo a fazer com que o combustível não gere mais 
gases e vapores e, enfim, seja apagado. 
A eliminação do fogo por abafamento é feita utilizando-se diferentes 
materiais desde que estes impeçam que o oxigênio mantenha contato 
com o combustível em porcentagem ideal para manter o processo de 
combustão. 
A extinção de fogo por isolamento consiste na eliminação a partir 
da retirada de combustível, ou seja, pode ser feita a partir da remoção do 
material que está queimando ou a partir da remoção do material próximo 
ao fogo e que deverá entrar em combustão por meio de um dos métodos 
de propagação.
O último mecanismo é a extinção química visa a combinação de um 
agente químico específico com a mistura inflamável (vapores liberados do 
combustível e comburente), a fim de tornar essa mistura não inflamável. 
Logo, esse, método não atua diretamente num elemento do fogo, e sim 
na reação em cadeia como um todo. Para ajuda-los a memorizar, segue 
um quadro contendo as informações básicas sobre o tipo de eliminação 
para cada classe de fogo bem como observações em algumas categorias:
Quadro 2: Classe de fogo e tipo de eliminação indicado
Classe Tipo de eliminação Observação
A Resfriamento
B Abafamento
C Agentes que não conduzam 
eletricidade
D Abafamento Não usar água ou espuma
K Abafamento Nunca usar água
Fonte: a autora (2020)
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional38
Antes de se iniciar o combate ao fogo, é importante que sejam 
consideradas técnicas preparatórias, estratégicas e operacionais. As técnicas 
preparatórias consideram o efeito antes da manifestação do fogo, ou seja, 
envolve, verificar todos os mecanismos de prevenção existentes no ambiente.
Técnicas de caráter estratégico envolvem estudar a correta aplicação 
dos mecanismos identificados na fase preparatória a fim de garantir que esta 
seja eficaz e adotada no espaço de tempo mais curto possível no momento 
da emergência. Já as técnicas de caráter operacional envolvem a forma com 
a qual os mecanismos são utilizados, ou seja, garantir que as pessoas tenham 
conhecimento sobre a operação dos mecanismos existentes.
Extintores e hidrantes
Como vimos no tópico anterior, os procedimentos de prevenção e 
extinção de incêndios dizem respeito às medidas adotadas para distribuir 
os mecanismos necessários para combater incêndio bem como a 
disposição de materiais para impedir o início, ser barreira para propagação 
e extinguir o fogo ainda no início. 
Neste contexto, tem-se os extintores e os hidrantes. O uso do 
extintor visa combater pequenos focos de incêndio de forma imediata e 
rápida, ou seja, ele é um elemento extra nos sistemas de prevenção de 
uma organização. Enquanto o hidrante consiste em uma canalização fixa 
de abastecimento de água com registros para manobras e mangueiras de 
incêndio cuja finalidade está em prevenir incêndios, sendo obrigatório a 
empreendimentos com áreas maiores que 750m2. 
Os extintores são de caráter obrigatório e são o foco de projetos de 
prevenção, podendo ser constituídos, principalmente, por 3 substâncias: 
água, pó químico seco e gás carbônico. As cargas dos extintores devem, 
imprescindivelmente, serem renovadas a cada ano e, neste momento, 
sugere-se que sejam feitos treinamentos práticos com os colaboradores 
e vigias envolvendo operar e recarregá-los. 
A localização dos extintores deve seguir algumas recomendações, 
tais como: I) serem colocados onde a probabilidade de fogo seja menor; 
II) estar em local de fácil visualização e acesso; III) estarem protegidos de 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 39
quedas e/ou golpes; IV) não estarem atrás de máquinas e equipamentos. 
Com relação a sinalização de segurança, esta precisa ser determinada por 
um círculo interno de 0,20 de diâmetro, colorido de acordo com o agente 
extintor e circunscrito por outro círculo de cor vermelha com 0,30 m de 
diâmetro.
Além disso, é essencial que sejam entendidas as diferenças entre 
os tipos de extintores e sua aplicação, tal como apresentado no quadro 
a seguir:
Quadro 3: Contextualização dos extintores (tipo, indicação, observação e cor da sinalização)
Tipo
Adequado para 
incêndio do tipo
Observação
Cor da 
sinalização
Espuma Classes A e B
Só é permitido pela 
ABNT extintor que 
geram espuma por 
ação mecânica
Branca
Água 
pressurizada
Classe A Branca
Gás carbônico 
(CO2)
Classes B e C
Um ponto 
desfavorável é com 
relação ao peso e o 
jato possui pequeno 
alcance, exigindo 
aproximação junto a 
chama
Amarela
Pó químico 
seco (PQS)
Classe C
O agente extintor 
pode ser o 
bicarbonato de sódio 
ou de potássio que 
recebem tratamento. 
Azul
Bromocloro-
fluormetano 
(BFC)
Classes B e C
Ocorre a projeção 
de um gás líquido 
sore as chamas. Por 
poder ser disposto 
em embalagens do 
tipo aerossol é de fácil 
manuseio e atinge de 
2 a 3m de distância.
Azul
Monofosfato de 
amônia
Classes A, B e C
Indicado para 
a indústria 
automobilística.
Azul
Fonte: adaptado deMattos e Másculo (2011)
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional40
Já os sistemas de hidrante devem ser formados por uma tomada de 
água munida de um dispositivo de manobra cuja altura do piso não deve 
ultrapassar 1,5 m. A quantidade de hidrantes internos deverá ser tal que 
qualquer ponto a ser protegido seja atingido de forma simultânea por 2 
jatos d’água, esteja no máximo a 10 m da ponta do esguicho e que esteja 
acoplado a no máximo 30 m da mangueira.
No que tange aos hidrantes externos, estes devem estar localizados 
afastados do edifício a no máximo 15 m e, quando isso não for possível, 
devem ser posicionados onde haja pouca chance de danos por queda de 
paredes e/ou impeçam quem for operar de ser bloqueado pelo fogo ou 
fumaça. 
Ademais, o sistema de hidrantes possui suprimento de água 
permanente, o qual pode ocorrer por gravidade ou bombas fixas cujo 
acionamento seja automático ou, em alguns casos, combinação dos dois 
modelos anteriores. Em cada sistema deve ser colocado um ponto de 
ligação para o Corpo de Bombeiros local, para que este consiga bombear 
água para a rede de hidrantes.
NR-23
A proteção contra incêndios é assunto exclusivo de uma das Normas 
Regulamentadoras, as quais regem sobre segurança e saúde no trabalho 
no Brasil: a NR-23, cuja última atualização foi pela Portaria SIT n.o 221, de 06 
de maio de 2011. A referida NR é extremamente reduzida (possui apenas 5 
artigos) pois cada Estado deve seguir sua legislação estadual. 
Esta norma “estabelece as medidas de proteção contra incêndios 
de que devem dispor os locais de trabalho, visando à prevenção da 
saúde e da integridade física dos trabalhadores”. Dessa forma, apresenta 
diretrizes gerais para prevenção de incêndios. Segundo ela, todos os 
estabelecimentos com a presença de colaboradores precisam desenvolver 
medidas de prevenção de incêndios e todos os trabalhadores devem 
ter treinamentos e instruções sobre: a) emprego dos equipamentos de 
combate ao incêndio; b) formas para saída dos locais de trabalho de forma 
segura; c) formas de sinalização sonoras presentes no local. 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 41
Ademais, os ambientes de trabalho devem ter saídas, em quantidade 
satisfatória e organizadas para que qualquer pessoa seja capaz de 
identifica-las para sair do local com segurança e de forma rápida em casos 
de emergência. Além disso, conforme vimos, deve existir sinalização 
indicativa das saídas através de placas ou sinais luminosos. As saídas de 
emergência não devem ser trancadas durante o horário de trabalho e, por 
fim, a norma estabelece, ainda, que as saídas de emergência podem ter 
mecanismos de travamento que possibilitem abri-la facilmente do interior 
do empreendimento.
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o aces-
so à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Mo-
nografia de Especialização: “Importância da prevenção 
de incêndios como segurança dos trabalhadores na visão 
empresarial: caso do Município de Ponta Grossa” (PEREZ, 
2014), acessível pelo link https://bit.ly/2VGyoni (Acesso em 
10/02/2020).
RESUMINDO
E aí, ficou claro? Para lhe ajudar a relembrar e fixar mais 
o conhecimento adquirido, vou lhe apresentar agora, um 
resumo dos principais pontos apresentados. Você deve 
ter aprendido que tanto a prevenção de incêndios quanto 
de explosões deve ser abordada na fase de planejamento 
dos ambientes de trabalho, envolvendo desde os materiais 
construtivos aos equipamentos de proteção relacionados a 
segurança do trabalho. 
A elaboração dos projetos de prevenção devem levar em 
consideração as formas de propagação do calor, sendo elas convecção, 
condução e irradiação. Além disso, é fundamental que sejam conhecidas 
as classes do fogo pois elas terão relação com as formas de extinção do 
fogo e, consequentemente, com os tipos de extintores. 
Assim, para que o combate do incêndio seja feito de forma rápida 
e segura é importante conhecer as características que definem os 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional42
combustíveis e, nesse contexto, os incêndios podem ser agrupados em 
5 classes, sendo elas: A (combustíveis sólidos), B (combustíveis líquidos), 
C (equipamentos energizados), D (metais piróficos) e K (óleos e gorduras). 
O equipamento de prevenção obrigatório a todas as empresas é 
o extintor e este é projetado em função da classe a ser extinta, do risco 
ocupacional e da área em questão, podendo ser de diferentes tipos. Além 
deste, têm-se os sistemas de proteção formados por hidrantes e/ou 
chuveiros automáticos os quais devem ser estudados dentro de projetos 
de engenharia. 
A proteção de incêndios é apresentada na Norma Regulamentadora 
23, entretanto, ela é bastante enxuta tendo em vista que cada Estado deve 
seguir suas respectivas legislações. 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 43
Compreendendo proteção em máquinas 
e equipamentos
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender 
os requisitos para proteção em máquinas e equipamentos. 
Isto será essencial para atuação em aspectos de segurança 
do trabalho tendo em vista que normalmente os acidentes 
são tidos como consequência de ações do colaborador e 
muitas vezes a proteção das máquinas seria suficiente para 
evita-los. E então? Motivado para desenvolver esta compe-
tência? Então vamos lá. Avante!
Vimos na primeira unidade do nosso material didático que a 
Revolução Industrial foi caracterizada principalmente pela transição da 
manufatura para indústria mecânica e pela produção em larga escala. 
Com o desenvolvimento das máquinas a produtividade aumentou e 
houve melhorias no rendimento dos colaboradores.
Para aumentar ainda mais a produtividade e garantir que os 
colaboradores estavam desempenhando máximo desempenho em suas 
atividades, houve a separação dos processos produtivos em etapas e cada 
colaborador se especializava em uma delas, desenvolvendo seu trabalho 
sempre da mesma maneira. Os séculos 18 e 19 são caracterizados por 
inovações tecnológicas, as quais aumentaram a capacidade das linhas 
de produção e reduziram os esforços dos colaboradores, aumentando 
consequentemente a capacidade produtiva. Entretanto, as máquinas 
definiram os ritmos de produção e exigiram novas habilidades dos 
colaboradores.
Em decorrência das mudanças, logo iniciaram as reinvindicações 
contra o uso das máquinas. Mas você deve estar pensando... as máquinas 
são boas para os processos produtivos. Sim, não estamos negando os 
benefícios. Da forma com a qual foi estabelecida, as máquinas provocaram 
muitas consequências negativas aos colaboradores: ritmo excessivo, 
manutenção praticamente inexistente e, em casos onde ocorria, era 
deficiente, partes móveis desprotegidas, arestas cortantes além os 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional44
sistemas de transmissão a base de força. Todos estes fatores causaram e 
ainda causam acidentes de trabalho e danos à saúde dos colaboradores. 
A forma com a qual projetavam-se os ambientes industriais 
objetivando o aumento da capacidade produtiva, rebaixaram a integridade 
e a saúde física dos colaboradores a um plano inferior os colaboradores. 
A forma das prensas, modeladoras e masseiras, guilhotinas, laminadoras, 
dobradoras, serrar e outras máquinas tornaram-se referência em lesões, 
mutilações e, por isso, fazem parte das estatísticas não esperadas nos 
ambientes de trabalho: responsáveis por significativa parte dos acidentes 
de trabalho.
Hoje, com a automatização a partir dos robôs, a quantidade 
de acidentes reduziu tendo em vista que diminuiu a exposição dos 
colaboradores. Dessa forma, aqueles responsáveis pela manutenção 
de máquinas e onde ainda não há automação são os que ainda ficam 
expostos aos perigos resultantes das máquinas. Entretanto, ainda assim, 
máquinas e equipamentos em movimento são, em particular, bastante 
perigosos tendo em vista que os eixos podem apanhar vestimentas, 
cabelos e membros doscolaboradores podendo resultar em lesões, as 
quais poderia ser evitadas se existissem mecanismos de proteção e/ou 
sinalização adequados relembrando-os acerca dos perigos ali existentes.
Antes de se falar em medidas de segurança, é importante que se 
conheçam os riscos que estas ocasionam aos colaboradores, e estes 
podem ser classificados em perigo mecânico (esmagamento, corte por 
cisalhamento, decepamento, perfuração), elétrico (choques, queimaduras), 
térmico (queimadura, chamas, explosões), em decorrência de ruído 
(degeneração da audição, zumbidos, fadiga, redução de concentração), 
por vibrações (perturbação vascular, neurológica e outras), radiações 
(ionizantes, não-ionizantes, dentre outras), materiais e substâncias, ou 
por desrespeito aos princípios ergonômicos (efeitos fisiológicos, danos 
psicofisiológicos).
Além dos acidentes de caráter operacional, as máquinas podem 
provocar acidentes nas etapas de manutenção e limpeza. Nessas 
ocasiões, é preciso que sejam recomendados mecanismos de aviso 
e/ou travamento da fonte de alimentação e dos interruptores para 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 45
acionamento. Outra situação passível de resultar em acidente é a partir de 
partes energizadas em função da conservação de energia em algumas 
máquinas. 
É importante que ao se decorrer a análise do risco sejam 
considerados a lesão ou dano de maior gravidade à saúde a partir de 
cada perigo relacionado, mesmo que a chance de ocorrer tal situação 
seja pequena. Com relação a avaliação dos riscos, ela ajuda tanto os 
responsáveis por projetos quanto pela segurança do trabalho a definir as 
medidas necessárias para promover o maior nível de segurança.
Figura 7: – Etapas para estabelecimento de um sistema de segurança para máquinas
Especificar as
condições de uso
das máquinas
Identificar os
perigos e acessos
de risco
Reduzir os
perigos e o limite
de risco
Projetar
dispositivos de
segurança contra
os riscos
restantes
Informar o
colaborador sobre
os riscos das
máquinas
Levar em
consideração
outras precauções
Fonte: adaptado de Mattos e Másculo (2011). 
Ao desenvolver projetos visando aumento da produtividade a partir 
da implantação de máquinas e equipamentos, é imprescindível que 
sejam levados em consideração fatores que ultrapassam os limites de 
máquina. Nesse contexto, é preciso considerar, também, o ser humano, 
sua capacidade de trabalho e sua segurança.
Para que uma máquina ser considerada segura é preciso que 
ela continue em operação, seja ajustada ou desmontada e passe por 
manutenções frente a condições normais de uso previstas, sem provocar 
acidentes ou danos à saúde humana. Existem diferentes formas de se 
alcançar a segurança em máquinas, incluindo melhorias de projeto, adoção 
de medidas de proteção, sinalizações de segurança, equipamentos de 
proteção (individual e coletiva), treinamentos sobre procedimentos seguros.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional46
Estas formas objetivam reduzir, conforme possível, o risco mecânico 
gerados por partes ou componentes destes equipamentos a partir de 
estratégicas técnicas e operacionais. Em 2014 o governo brasileiro determinou 
de caráter obrigatório a adequação das máquinas e equipamentos para reduzir 
os riscos de acidentes decorrentes de sua operação e/ou manutenção. 
Neste contexto, a NR-12 instituída a partir da Portaria MTb n.º 3.214, 
de 08 de junho de 1978, com última atualização pela Portaria SEPRT n.º 
916, de 30 de julho de 2019, tem por temática segurança no trabalho em 
máquinas e equipamentos. Frente a isso, define:
referências técnicas, princípios fundamentais e medidas 
de proteção para resguardar a saúde e a integridade física 
dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a 
prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de 
projeto e de utilização de máquinas e equipamentos, e ainda 
à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e 
cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas, 
sem prejuízo da observância do disposto nas demais NRs [...].
As disposições da referida NR é valida para máquinas e 
equipamentos novos e usados, com exceção aqueles destinados à 
exportação. A adequação das máquinas e equipamentos é de caráter 
obrigatório, porém, é complexo e demanda alto investimento na maior 
parte das vezes, tanto para adequação quanto para substituição de 
máquinas mais velhas.
Métodos de proteção
Existem diferentes mecanismos para promover a proteção de 
máquinas, os quais ajudam a diminuir as chances de acidentes. No processo 
de escolha do melhor mecanismo devem ser levadas em consideração as 
características relacionadas ao uso da máquina, natureza dos acessos e a 
quantidade de vezes que eles ocorrem, perigos identificados bem como 
a probabilidade de ocorrência de cada um e sua consequente gravidade. 
Ademais, é importante considerar aspectos físicos dos ambientes de 
trabalho tal como layout, disposição das máquinas, direção do processo, 
atividades desenvolvidas, trajetos de deslocamentos, dentre outros.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 47
Para que estes mecanismos garantam a proteção é necessário 
que sejam seguidos alguns critérios, tais como: evitar o contato do 
colaborador com a máquina e/ou com objetos estranhos, ser de alta 
duração, não promover novas situações de perigo e não interferir na 
rotina de trabalho. 
Estes métodos podem ser classificados de acordo com o ponto 
de operação em proteção e dispositivos. Como método de proteção 
tem-se as estruturas de enclausuramento de matrizes e barreiras fixas, 
intertravadas e ajustadas. A proteção classificada como dispositivo têm-
se portões, dispositivos detectores de presença, de recuo, contrapesos, 
afastadores e controles e acionamento a duas mãos. 
Os avanços tecnológicos permitem que novas tecnologias sejam 
aplicadas na proteção, tal como mecanismos que não permitem que o 
colaborador atinja a zona de perigo ou o acesso em movimento. Ainda há 
mecanismos que proíbe o acesso quando as matrizes estiverem fechando 
ou que parem por sensor antes que o operador atinja a zona de perigo.
Independente do método adotado, para que as medidas adotadas 
sejam eficazes para minimizar os acidentes é fundamental que os 
colaboradores participem em todas as fases, desde o projeto até a 
implantação, bem como sejam capacitados para compreender quais as 
proteções existentes, como estas atuam, quando e por quem podem ser 
retiradas e quais ações a serem tomadas em caso de estas deixarem de 
ser eficientes. É importante, também, que as medidas sejam de fácil uso 
e não interfiram na rotina de trabalho convencional da organização, caso 
contrário, elas podem não ser mais atrativas.
Dispositivo de segurança
Os dispositivos de segurança podem ser de dos mais variados 
tipos, de acordo com as variadas funções/situações passíveis de serem 
vivenciadas no cotidiano da organização. Segundo Mattos e Másculo 
(2011) são 12 tipos de mecanismos adotados para segurança, sendo eles: 
 • Sensores de posição (paralisam o trabalho em uma zona 
de perigo); 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional48
 • Sensor fotoelétrico (feixes de luz que, quando 
interrompidos, param o funcionamento da máquina); 
 • Sensor de presença por capacitor de radiofrequência 
(feixes de ondes eletromagnéticas são partes da maquina 
e quando interrompidos fazem com que ela pare sua 
operação); 
 • Sensor eletromecânico (antes de possibilitar a operação, 
uma sonda se posiciona a uma determinada distancia e 
faz uma varredura); 
 • Dispositivo de arraste ou de restrições (cabos presos 
ao pulso do colaborador e, quando se inicia a operação 
da máquina, um sistema mecânico afasta a mao do 
colaborador); 
 • Controle de segurança (mecanismos acionados 
manualmente);
 • Controle de segurança por impacto (mecanismos rápidos 
para casos de emergência);
 • Barras de pressão. (mecanismos que, ao serem 
pressionados,ativam um sistema de parada da máquina);
 • Dispositivos de segurança tipo vareta de desengate 
(mecanismos que, ao serem pressionados pela mão, 
interrompem o funcionamento da máquina);
 • Cabos de segurança (para a máquina ao ser acionado pelo 
colaborador);
 • Controles bimanuais (as mãos do operador precisam 
pressiona-los para que a máquina opere); 
 • Portas (mecanismo móvel que protege durante o 
funcionamento da máquina, a qual só para de funcionar 
quando as portas estão fechadas).
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 49
Além destes, as máquinas, equipamentos e suas respectivas partes 
perigosas devem ser mantidas longe do alcance do colaborador durante 
o funcionamento, a partir da implantação de cercas, paredes protetivas 
ou elevar partes perigosas. Segundo a NR-12 os espaços de circulação 
e as áreas de entorno das máquinas devem ser dimensionadas de modo 
que possa haver movimentação segura e, estas, devem ser marcadas e 
mantidas sem obstruções.
Manutenção
Além dos perigos que demandam mecanismos de proteção e 
segurança, as máquinas ainda apresentam riscos inerentes ao seu uso em 
decorrência da manutenção. As manutenções das máquinas equivalem 
de 15 a 30% dos cursos operacionais do produto final das indústrias e 
1/3 dos custos ocorre em função de manutenções desnecessárias ou 
desenvolvidas inadequadamente devido a falta de informações que 
forneçam dados reais sobre o reparo destas. 
A NR-12 estabelece que ações de manutenção e vistoria das 
máquinas e dos equipamentos necessariamente precisam ser instituídas 
a partir das normas e regimentos definidos pelo fabricante ou segundo 
as demais normas vigentes no país. A manutenção de máquinas pode ser 
classificadas em 3 tipos: preditiva, preventiva ou corretiva. 
A manutenção preditiva consiste em uma forma de manutenção 
preventiva que tem por escopo o tempo de vida das máquinas e inclui 
monitoramento regular de suas condições e, em função disso estipula-se o 
tempo médio para que ocorra falha ou redução do rendimento. Neste caso 
são observadas melhorias no cotidiano tal como aumento da confiabilidade, 
melhora da qualidade de manutenção, aumento da vida útil e na segurança 
dos equipamentos e aspectos positivos sobre o meio ambiente.
A manutenção preventiva parte do princípio que as máquinas e 
equipamentos sofrem degradação ao longo dos tempo de uso e que é 
possível estivar a data de manutenção antes da mesma quebrar. Ou seja 
consiste em uma manutenção programada, porém, apresenta limitações 
pois a estimativa varia de acordo com o uso e, em função disso, pode 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional50
acontecer casos de manutenção desnecessária ou, ainda, da máquina 
apresentar falhas antes do período previsto e, então, será necessária 
manutenção corretiva. 
EXPLICANDO MELHOR
A manutenção corretiva, de forma bem genérica e simpli-
ficada, representa “estragou, conserta”. É o método mais 
caro a ser adotado e o que apresenta mais aspectos nega-
tivos para a organização.
Dessa forma, a manutenção corretiva consiste em uma técnica 
reativa, ou seja, é aguardado que a falha ocorra para que seja tomada 
uma medida (manutenção) para resolução do problema. No cotidiano 
das organizações, poucas adotam este modelo de manutenção de forma 
completa, normalmente é combinado a algumas técnicas preventivas 
(tal como lubrificação). Porém, reparos maiores e com custo elevados 
costumam ser feitos apenas em casos de quebra.
É o tipo de manutenção menos indicado em decorrência de seus 
pontos negativos, como por exemplo recursos necessários para estoque 
de peças para reposição, paralisação da máquina e consequente da 
produção. Para que este tipo de técnica seja indicada, a organização deve 
ter alta capacidade de resposta para que a produtividade não seja afetada 
pela parada.
De modo geral, um bom gerenciamento da organização e de seu 
ambiente produtivo, máquinas e equipamentos, é essencial e pode evitar 
reparos desnecessários e inadequados, reduzindo os impactos negativos 
e os tempos de parada para manutenção.
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar e verificar um estudo de caso sobre es-
ta temática? Indico o acesso ao artigo “Conformidade do 
espaço interno livre de tratores agrícolas e itens de segu-
rança obrigatórios segundo as normas NBR/ISSO 4252 e 
NR-12” (POSSEBOM; PERIPOLLI; ALONÇO, 2017) acessível 
pelo link https://bit.ly/2ZvmAW5 (Acesso em 15/02/2020).
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 51
RESUMINDO
A Revolução Industrial foi caracterizada principalmente pe-
la transição da manufatura para indústria mecânica e pela 
produção em larga escala. Com o desenvolvimento das 
máquinas a produtividade aumentou e houve melhorias 
no rendimento dos colaboradores. Entretanto, em conse-
quência, o formato e organização das máquinas e o ritmo 
excessivo por elas proporcionados resultaram em diversos 
acidentes nos ambientes de trabalho e, por isso, foi preciso 
estabelecer medidas de proteção para máquinas e equi-
pamentos.
Os riscos envolvendo máquinas e equipamentos podem ser 
mecânicos, elétricos, térmicos e os em decorrência de ruídos, vibrações, 
radiações e desrespeito a princípios ergonômicos. Diante disso, as etapas 
envolvendo avaliação de riscos são fundamentais para que estes sejam 
prevenidos antes de resultar em danos e/ou lesões ao colaborador.
Os mecanismos de proteção são variados e seu dimensionamento 
e escolha deve ser em função da natureza e da frequência dos perigos 
identificados nos ambientes de trabalho, do uso da máquina e da 
probabilidade de ocorrência analisada. Tais mecanismos podem ser 
agrupados em 5 classes: barreiras, dispositivos de segurança, proteção 
por localização, métodos de alimentação (ou extração de segurança) e 
outros mecanismos definidos como auxiliares.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional52
BIBLIOGRAFIA
ALVES, T. C. Manual de equipamento de proteção individual. São Carlos: 
Embrapa Pecuária Sudeste, 2013.
BRASIL. Portaria MTb n.º 877, de 24 de outubro de 2018. NR-06 - 
Equipamento de Proteção Individual – EPI. 2018. Disponível em: <https://
enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-06.pdf>. 
Acesso em 17/02/2020.
BRASIL. Portaria MTE n.o 704, de 28 de maio de 2015. NR 26 - Sinalização 
de Segurança. 2015. Disponível em: < https://enit.trabalho.gov.br/portal/
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Programa De Prevenção De Riscos Ambientais. 2019. Disponível em: 
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BRASIL. Portaria SEPRT n.o 915, de 30 de julho de 2019. NR 5 - Comissão 
Interna De Prevenção De Acidentes. 2019. Disponível em: <https://enit.
trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-05.pdf>. 
Acesso em 17/02/2020.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 53
BRASIL. Portaria SEPRT n.o 916, de 30 de julho de 2019. NR-12 - Segurança 
No Trabalho Em Máquinas E Equipamentos. 2019. Disponível em: < 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-
12.pdf>. Acesso em 17/02/2020.
BRASIL. Portaria SIT n.o 221, de 06 de maio de 2011. NR 23 - Proteção Contra 
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FLORES, B.C.; ORNELAS, E.A. DIAS, L.E. Fundamentos

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