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Custos Industriais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Edson Nunes
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Custos: Conceitos básicos
• Conceitos Básicos
• Terminologia Básica
• Métodos de custeio: suas finalidades 
e objetivos
 · Fornecer conceitos básicos sobre custos, objetivos e finalidades.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Custos: Conceitos básicos
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Custos: Conceitos básicos
Introdução
Em um mundo globalizado é de fundamental importância que os gestores de um 
empreendimento conheçam os custos de suas atividades não importando o porte 
ou área de atuação, pois sem o conhecimento de seus custos o empreendedor terá 
muitas dificuldades de apurar seu lucro ou prejuízo.
Importante!
Por que o correto conhecimento dos custos de um empreendimento é importante? Será 
que é possível tomar decisões gerenciais de posse das informações de custos? 
Trocando ideias...
A globalização exige que os empreendimentos ofereçam produtos e serviços 
de qualidade com preços competitivos e para manter sua competitividade buscam 
obter um menor custo por meio da otimização dos recursos aplicados na produção 
em meio a um ciclo de vida dos produtos cada vez menor.
Os custos são reflexos da empresa, de suas atitudes, comportamentos, 
estruturas e modos operantes e quanto melhor a estrutura da empresa, em geral, 
melhores são os resultados alcançados. A correta apuração dos custos permite à 
empresa conhecer suas ineficiências, melhorar seu processo produtivo e tornar 
mais ágil seu processo de tomada de decisão de maneira a realizar ajustes em 
relação a concorrência, optar em terceirizar seus produtos ou serviços, buscar 
parceiros de negócios, etc.
O lucro corresponde à diferença positiva entre o preço e os custos e este lucro 
será maior quanto menor forem os custos e maior o preço de venda no mercado 
e um critério de apropriação de custos bem elaborado permitirá obter o custo real 
dos produtos ou serviços ajudando a estabelecer o mix de produção e de vendas 
que ajudará a empresa a maximizar seus resultados.
Por fim o entendimento dos custos auxilia na solução de problemas relacionados 
ao preço de vendas, a contribuição de cada produto ou linha de produtos para o 
lucro da empresa, o nível mínimo de produtos ou atividades para que o negócio se 
viabilize e problemas específicos de cada empresa.
8
9
Conceitos Básicos
Os custos industriais correspondem aqueles em que os procedimentos são 
usados na área de produção da empresa industrial e são utilizados especificamente 
na apuração do custo de fabricação.
Empresa industrial é aquela que suas atividades se concentram na transformação de 
matéria prima em produtos, benefi ciamento, montagem de peças ou restauração. 
As empresas também podem ser caracterizadas pela natureza de seus produtos 
que podem ser:
• Indústrias Metalúrgicas;
• Indústrias de materiais elétricos;
• Indústrias de telecomunicações;
• Indústrias alimentícias;
• Indústrias moveleiras;
• Indústrias farmacêuticas;
• Indústrias têxteis;
• Indústrias de calçados;
• Indústrias de papel e celulose;
• Etc.
Como você viu até este momento a apuração dos custos industriais é utilizada 
especifi camente na apuração dos custos de fabricação. Será que existem métodos para as 
apurações ou cada empresa possui seu próprio método?
Ex
pl
or
Terminologia Básica
Para você conseguir entender sobre custos, há necessidade do entendimento de 
algumas terminologias como, por exemplo: investimentos, gastos, custos, despesas, 
etc., pois se houver dúvidas quanto aos seus conceitos haverá enormes dificuldades 
nas resoluções e entendimentos dos problemas relacionados aos custos.
A seguir iremos descrever algumas terminologias básicas descritas por Dos 
Santos (2014):
• Gasto: valor financeiro pago ou sacrifício financeiro realizado por uma 
organização ou empreendimento a fim de obtenção de um bem ou serviço. 
9
UNIDADE Custos: Conceitos básicos
É um conceito amplo que se aplica a todas as variações monetárias (saídas) 
ocorridas na organização ou empreendimento e as aquisições ou compras a prazo. 
Deste modo há gastos com a compra de matéria prima, gasto com mão de obra, 
gastos com honorários da diretoria, gastos na compra de um bem imobilizado, etc. 
O gasto é efetivado no momento do reconhecimento contábil da dívida assumida 
ou pela redução do ativo dado em pagamento (redução do saldo de caixa, redução 
do saldo em banco, etc);
• Investimento: gasto que uma organização ou empreendimento faz visando 
benefícios futuros. Todos os sacrifícios realizados para a aquisição de bens 
ou serviços (gastos) que são estocados no Ativo da empresa para baixa 
ou amortização quando de sua venda, consumo, desaparecimento ou 
desvalorização são chamados de investimentos. Por exemplo, a matéria prima 
é um gasto contabilizado temporariamente como investimento circulante, a 
máquina é um gasto que se torna investimento permanente, etc;
• Desembolso: pagamento referente a aquisição de um bem ou serviço podendo 
ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto 
defasada ou não do gasto;
• Custo: gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na produção de outros 
bens ou serviços, trata-se do consumo de bens para produzir outros bens. Os 
custos podem ser diretos ou indiretos dependendo da facilidade com que são 
apurados contabilmente ou ainda fixos ou variáveis:
Custo Direto
Os Custos Diretos são os custos capazes de serem associados diretamente a um produto ou 
serviço e que possam também ser medidos de alguma maneira utilizando uma unidade 
de medida que pode ser quilos, litros, quantidade de peças, horas trabalhadas, etc; 
Custo Indireto
Os Custos Indiretos não podem ser associados diretamente a um produto ou serviço. 
Por exemplo, o custo de energia elétrica não pode ser associado diretamente a 
um produto ou serviço por que não se sabe ao certo quanto que cada máquina ou 
lâmpada utilizou de energia elétrica a não ser que fossem colocado medidores em 
cada um dos componentes que utilizam energia elétrica. Outro exemplo seria o custo 
do setor de controle da qualidade pois esta é uma atividade geral da produção e não 
específicaa uma determinada mercadoria ou serviço;
Custo Fixo
Os Custos Fixos não se alteram quando dentro de uma faixa de atividades, não variando 
nem em função de mudanças no volume de produção nem tampouco com o nível de 
atividade. Por exemplo, imagine que uma empresa em início de atividade monte uma 
estrutura (edifícios, máquinas, mão de obra, etc) para produzir 10.000 peças/ mês, 
portanto seus custos fixos já estão definidos para esta quantidade. Se a empresa decidir 
aumentar a capacidade para 20.000 peças/mês e tenha que montar uma nova estrutura os 
custos fixos totais irão ocorrer na mesma intensidade produzindo de 10.000 peças a 20.000 
peças conforme Figura 1:
10
11
Figura 1 – Exemplo de Custos Fixos
Assim conforme Figura 1 e de acordo com o exemplo dado, quaisquer que 
sejam os níveis de atividades ou de produção de 0 a 10.000 peças o custo fixo não 
se altera, a partir de 10.000 peças o custo fixo de eleva mantendo-se estabilizado 
até 20.000 peças;
Custo Variável
Custos variáveis são os custos que variam de acordo com o volume de produção ou de 
atividades, a matéria prima é um exemplo de custo variável, pois conforme aumenta 
a produção maior será a necessidade de matéria prima. A Figura 2 exemplifica o 
comportamento dos custos variáveis desconsiderando as oscilações que possam existir 
para os baixos níveis de atividades ou de produção:
Figura 2 – Comportamento dos custos variáveis
11
UNIDADE Custos: Conceitos básicos
Importante!
Os custos diretos são sempre custos variáveis enquanto que os custos indiretos podem 
ser custos fixos ou custos variáveis.
Importante!
Despesa
Bem ou serviços consumido direta ou indiretamente para obter receitas ou a ser 
aplicado em uma atividade que irá gerar renda ou que poderá gerar uma renda teórica. 
As despesas são itens que reduzem o patrimônio e apresentam a características de 
representarem sacrifícios para a obtenção de receitas, ou seja, as empresas possuem 
despesas para a geração de receitas e não para a geração de bens ou serviços, o custo é 
que tem esta finalidade.
Métodos de Custeio: suas Finalidades 
e Objetivos
Os métodos de custeio se referem à forma como os custos dos produtos são 
apurados e tem como finalidade:
• Atender as exigências legais quanto à apuração de resultados de suas ativida-
des e avaliação de estoques;
• Conhecer seus custos a fim de tomadas de decisões e o exercício de controles.
Para atender as exigências legais há necessidade de a empresa adequar os 
seus métodos de apuração de custos em conformidade com as exigências legais 
vigentes e para as tomadas de decisões. Para os exercícios de controles podem 
ser utilizados métodos que derivam das exigências legais e que sejam capazes 
de fornecer informações que atendam as necessidades gerenciais da empresa. 
Veja a seguir alguns conceitos atuais propostos por Dos Santos (2014):
• O aumento das vendas não aumenta necessariamente os lucros. Se a empresa 
não tem seus custos controlados um crescimento das vendas pode ser 
comprometido pelos aumentos dos custos;
• Uma empresa sempre tem produtos que vendem bem e são lucrativos;
• Há produtos que geram prejuízos, porém há diversas empresas que não 
sabem quais;
• Produtos que vendem bem podem gerar prejuízos ou podem não gerar lucros;
• Ninguém sabe com certeza onde o dinheiro é gerado ou perdido.
Como podemos reduzir os custos?
Ex
pl
or
12
13
No curto prazo pode-se adotar algumas estratégias que são comuns entre as 
empresas (DOS SANTOS, 2014):
• Suspender novas contratações, horas extras e aumentos salarias;
• Não viajar desnecessariamente;
• Plano de demissão voluntária;
• Reduzir os serviços aos clientes;
• Reduzir os planos de expansão;
• Estruturar a organização.
As estratégias de curto prazo melhoram momentaneamente o fluxo de caixa e 
funcionam quando as empresas estão enfrentando sérias dificuldades financeiras.
Conforme Dos Santos (2014) para manter uma estrutura enxuta de custo há 
necessidade da adoção de estratégias de longo prazo, por exemplo:
• Entender e focar seus problemas estruturais e fundamentais;
• Eliminar custos não produtivos estruturados;
• Melhorar as atividades e os processos;
• Efetuar a gestão dos processos de negócio da empresa.
Importante!
Deu para perceber a importância da apuração correta dos custos e seus impactos 
legislativos e de gestão e a partir de agora verifi caremos os métodos de apropriação 
dos custos.
Trocando ideias...
Os métodos de apropriação possuem critérios diferentes, aplicações em 
campos específicos e que se complementam como segue:
• Método de custeio por absorção ou custeio pleno;
• Método de custeio direto ou variável;
• Custeio ABC (Custeio Baseado em Atividades).
Método de Custeio por Absorção
No Método de Custeio por Absorção todos os custos sejam diretos, indiretos, fixos ou 
variáveis são apropriados pelos produtos e para tanto se utilizam bases de rateios para 
a apropriação dos custos, por exemplo, o custo de manutenção de máquinas pode ser 
rateado com base no valor destes equipamentos nos centros produtivos e, portanto 
há possibilidade de realizar a programação da produção baseado nas horas máquinas 
realizadas em cada centro produtivo.
13
UNIDADE Custos: Conceitos básicos
Importante!
Os custos diretos, como você já viu anteriormente, são facilmente mensurados, pois são 
capazes de serem associados diretamente a um produto ou serviço e podem ser medidos 
de alguma maneira utilizando uma unidade de medida. E para medir os Custos Indiretos 
de Fabricação (CIF) há necessidade se efetuar critérios de rateios.
Importante!
Antes de darmos exemplos práticos de como fazer o rateio dos Custos 
Indiretos de Fabricação (CIF) mostraremos na Tabela 1 a seguir alguns dos 
principais CIF:
Tabela 1 – Custos Indiretos de Fabricação
Custos Indiretos de Fabricação
Mão de Obra Mão de Obra Mão de Obra
Gerência Materiais de processos Energia Elétrica
Supervisão Manutenção Gás
Secretárias Impressos diversos Água
Escrituários Materiais de escritório Depreciações
Apontadores Lubrificantes Seguros
Almoxarifes Materiais de limpesa Impostos
Porteiros Materiais de consumo Serviçoes terceirizados
Controle de qualidade Materiais de segurança Telefone
Encargos trabalhistas
Veja a seguir um exemplo de como se fazer o rateio ou fazer os produtos 
“absorver” o custo de energia elétrica. Suponha que uma empresa fabrique os 
produtos A, B e C e o custo de energia elétrica do mês seja de $ 2.000,00. Neste 
mês as quantidades de produtos foram:
Produto A: 500 unidades
Produto B: 100 unidades
Produto C: 400 unidades
Se considerarmos estas quantidades de produtos, o rateio do custo de energia 
será de:
Custo total de energia elétrica
=
$2000,00
= $2,00/unidade
Total de peças produzidas 1000 unidades
Assim o rateio da energia elétrica para este caso e com este critério (total de 
peças produzidas) ficaria da seguinte forma:
Produto A: 500 unidades x $2,00/unidade
=
$1000,00
Produto B: 100 unidades x $2,00/unidade $ 200,00
Produto C: 400 unidades x $2,00/unidade $ 800,00
Total $ 2000,00
14
15
Neste exemplo foi utilizada a quantidade de peças produzidas como critério de 
rateio, porém dependendo da estratégia da empresa ou de seu processo produtivo 
outros critérios de rateio poderão ser utilizados:
• Tempo total de fabricação dos produtos;
• Peso total dos produtos;
• Custo da mão direta;
• Custo direto;
• Custo de matéria prima;
• Etc.
Método de custeio direto 
ou variável:
O sistema do custeio variável considera apenas os custos e as despesas variáveis ao 
abordar a margem de contribuição dos produtos. Os custos e despesas fixas são lançados 
pelo seu total no resultado da empresa. Trata de uma ferramenta auxiliar na tomada de 
decisões permitindo analisar:
• Quais produtos possuem a melhor margem de contribuição e como 
consequências suas vendas devem ser incentivadas;
• Quais produtos possuem as melhores rentabilidades quando existirem fatores 
que restringem a produção;
• Qual o nívelmínimo de vendas para a empresa se tornar viável.
O que seria margem de contribuição?
Ex
pl
or
Margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda (Receitas ou 
Faturamento) e a soma dos custos e despesas variáveis.
Além disso, o custeio direto ou variável tem como vantagens em relação ao 
custeio por absorção:
• Destaca o custo fixo, permitindo tomar providências em relação a sua redução;
• Não ocorre a prática de rateio, às vezes executadas de maneiras errôneas;
• Evita manipulações de dados;
Em contrapartida tem como desvantagens:
• Não é aceito na elaboração do balanço patrimonial, pois fere princípios da 
contabilidade;
• Não é aceito pela legislação do imposto de renda;
• Dificuldades de identificação dos custos efetivamente variáveis;
• Resultados divergentes quando comparadas aos publicados pela empresa;
• O valor dos estoques não mantem relação com o custo total.
15
UNIDADE Custos: Conceitos básicos
Veja o exemplo a seguir de como se daria a apuração dos custos pelo método de 
custeio direto ou variável. Suponha que uma empresa possua os seguintes custos:
Custo fixo de um período: 
$100.000,00/mês
Custo variável: $10/ unidade
Suponha ainda 3 níveis de produção (10.000 unidades, 15.000 unidades e 
20.000 unidades), quais seriam os resultados dos custos totais e dos custos unitários? 
Vejamos a Tabela 1 a seguir:
Produção 
(Unidades)
Custo Total (4) Custo Unitário Total
Fixos Variáveis Total Fixos Variáveis Total
10.000 100.000 100.000 200.000 10 10 20
15.000 100.000 150.000 250.000 6,67 10 16,67
20.000 100.000 200.000 300.000 5 10 15
Analisando a Tabela 1 podemos chegar a algumas conclusões:
• Em relação aos custos totais apenas os custos variáveis se alteram, pois estão 
diretamente relacionados com a quantidade de produtos fabricados enquanto 
que os custos fixos permanecem inalterados; 
• Em relação ao comportamento do custo unitário total os custos fixos 
unitários variam por ser consequência da divisão de um valor fixo (neste caso 
$100.000) pela quantidade de produtos fabricados e, portanto quanto maior 
a produção menor será o custo fixo unitário enquanto que o custo variável 
unitário não sofre alterações;
• O custo unitário total corresponde à soma das parcelas do custo fixo unitário 
com o custo unitário variável.
Analisando a Tabela 1 pode-se concluir que para efeitos de tomada de 
decisão os resultados mostram-se insuficientes, pois para cada tipo de atividade 
há um resultado diferente devido à inclusão dos custos fixos que não foram 
detalhados e dependendo das quantidades produzidas os produtos podem ter 
suas lucratividades modificadas.
Custeio ABC é o sistema de Custeio Baseado em Atividades (ABC) e neste 
sistema o comportamento dos custos é analisado por atividades, são estabeleci-
das relações entre as atividades, não importando o departamento, e o consumo 
de recursos. Este método permite identificar os fatores que geram custos nos 
processos de oferta de produtos e serviços e nos processos de atendimento a 
mercados e clientes (DOS SANTOS, 2014). A Figura 3 exemplifica as diferen-
ças entre o método de custeio ABC e os métodos por absorção e custeio direto 
ou variável:
16
17
Recursos
Recursos Atividades Objetosde custo
Produtos
e serviços
Driver
de recursos
Driver
de atividades
Produtos
&
Serviços
Elementos econômicos
da organização
O que gastamos?
Processos
Como gastamos?
Por que gastamos?
Para que gastamos?
Figura 3: Diferenças entre o método de custeio ABC e os métodos por absorção e custeio direto ou variável
Nos métodos tradicionais (Absorção e custeio e custeio direto ou variável) as 
principais perguntas são:
• O que gastamos
• Em que gastamos?
Enquanto que no Custeio Baseado em Atividade as principais perguntas são:
• O que gastamos?
• Como gastamos?
• Por que gastamos?
• Para que gastamos?
A lógica do método ABC é que os objetos de custos demandam atividades 
que consomem os recursos disponibilizados pela organização e isto ocorre em 
duas etapas:
Etapa 1 Determinação dos custos das atividades.
Etapa 2 Esses custos são rastreados aos objetos de custo que podem ser produtos, serviços, clientes, etc
Estes dados contábeis são utilizados na determinação dos custos de cada ativi-
dade e o custo de um produto ou serviço se dá pela soma dos custos das atividades 
na mesma área ou em diferentes áreas para produzi-los (DOS SANTOS, 2014). 
Segundo Dos Santos (2014) há 3 elementos principais do custeio ABC, os 
recursos, os objetos de custo e os direcionadores de recursos:
Recursos: as atividades necessitam de recursos para serem realizadas e estes 
recursos se referem a pessoas, suprimentos, tecnologias, etc. As fontes para a 
obtenção das informações usadas pelo ABC são os dados das contas contábeis 
extraídos da razão geral da contabilidade e esses recursos são transformados em 
contas contábeis. 
17
UNIDADE Custos: Conceitos básicos
Exemplificando temos:
• Recursos “pessoas” transformam-se em contas salários e encargos e provisões 
de folha de pagamento;
• Recursos “utilidades” transformam-se em contas de despesas de luz e telefone;
• Recursos “equipamentos” transformam-se em despesas de depreciação se o 
equipamento pertencer a empresa ou despesa com aluguel se o equipamento 
for alugado;
• Recurso “suprimentos” vira a conta material de expediente.
A Tabela 2 exemplifica as diferenças entre os sistemas tradicionais e o sistema ABC:
Tabela 3 – Visão tradicional x Visão ABC
Sistema Tradicional ABC – Activity Based Costing
Despesas Total Atividades Total
Pessoa 4.937.000 Usinar componentes 2.266.00
Materiais 416.000 Auditar produto no processo 
produtivo
641.000
Desp. Gerais 44.000 Ajustar máquina 325.000
Mat. Segurança 38.000 Limpar e organizar postos de 
trabalho
240.000
Kaizen 5.000 Executar manutenção 
preventiva
189.000
Locomoções 2.000 Realizar kaizen 107.000
Mat. Manutenção 2.000 Gerenciar/Supervisionar 
pessoas
98.000
Serv. Terceiros 1.000 Participar de treinamentos 66.000
Programar produção 26.000
Outras 1.487.000
Total 5.445.000 Total 5.445.000
Fonte: Adaptação de Dos Santos (2014)
Objetos de Custos
Refere-se o que as empresas desejam custear sejam seus produtos, serviços, 
fornecedores, etc., enquanto que os sistemas tradicionais custeiam apenas 
produtos e serviços. 
A Figura 5 exemplifica esta situação:
Setor mercado
Atividade
Produtos
Itens
despesas
Cliente Fornecedor Produto Infra-estrutura
Itens
despesas
ABCTradicional
Figura 5: Objetos de custo
18
19
Direcionar de recursos
Serva para direcionar os recursos para as atividades, sendo expressa como a taxa de 
utilização dos principais recursos consumidos pelas atividades representados pelas 
pessoas, máquinas, equipamentos, etc. Geralmente as atividades consomem os recursos 
tendo como base o tempo ou a produção física.
Segue na Tabela 2 a seguir um exemplo proposto por Dos Santos (2014):
Tabela 2: Cálculo das horas disponíveis dos médicos
Período das 15:00h às 0:00h)
Nº Atividade
Volume do 
direcionador
Tempo médio de 
atividade por minuto
Tempo/dia 
minuto
Direcionador de 
recurso (%)
01 - Fazer avaliação diária do RN 
(berçários normais) 0,0 20 0,0 0,0
02- Fazer avaliação diária do RN 
(UTI NEO) 0,0 40 0,0 0,0
03- Fazer avaliação diária do RN (CI) 0,0 30 0,0 0,0
04- Fazer avaliação médica 
(primeiros cuidados) 2,7 20 53,6 5,58
05- Recepcionar DN na sala de 
parto 2,7 25 66,9 6,97
06- Transcrever os prontuários 
no PC 2,9 15 43,6 4,54
07- Prestar assistência médica
ao RN (UTI Neo)
(11-15h)
0,0 35 0,0 0,0
08- Prestar assistência médica 
ao RN (UTI Neo)
(15-19h)
5,6 25 149 14,58
09- Prestar assistência médica 
ao RN (UTI Neo)
(19-0h)
5,6 35 196 20,42
10- Prestar assistência médica 
ao RN (UTI Neo)
(0-7h)
0,0 20 0,0 0,0
11- Prestar assistência médica 
ao RN (CI) 3,2 15 48,0 5,0
12- Realizar visita na equipe 
médica e passagem de plantão 1,00 30 30,0 3,13
13- Realizar revisão e auditoria 
dos prontuários 0,0 60 0,0 0,0
14- Proceder à rotina 
administrativa 0,0 60 0,00,0
Subtotal 578,1 60,22
Capacidade não utilizada 381,9 39,78
Total 960 100
Fonte: Adaptação de Dos Santos (2014)
A partir dos dados da Tabela 2 é possível calcular o custo dos médicos 
considerando os 60,22% do tempo dedicado às atividades enquanto que os 
39,78% representam a capacidade não utilizada.
19
UNIDADE Custos: Conceitos básicos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Análise de balanços, estruturação e avaliação das demonstrações financeiras contábeis
BLATT, A. Análise de balanços, estruturação e avaliação das demonstrações 
financeiras contábeis. Pearson: 2000. (e-book),
Contabilidade
DOS SANTOS, A. S. Contabilidade. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 
2014 (e-book).
Custos
MEGLIORINI, E. Custos. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012 (e-book).
Custos
MEGLIORINI, E. Custos. São Paulo: Makron books, 2001 (e-book).
Gestão de custos perspectivas e funcionalidades
CRUZ, A.W. Gestão de custos perspectivas e funcionalidades. IBPEX: 2012. (e-book)
Contabilidade gerencial novas práticas contábeis para gestão de negócios. Pearson: 2005
HONG, Y.C. Contabilidade gerencial novas práticas contábeis para gestão de 
negócios. Pearson: 2005. Pearson: 2005. (e-book)
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21
Referências
MARTINS, E. Contabilidade de Custos: Livro de Exercícios. 9. Ed. São Paulo: 
Atlas, 2007.
MARTINS, E. Contabilidade de Custos: O Uso da Contabilidade de Custos como 
Instrumento Gerencial. 9. Ed. Atlas: 2003.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade de Custos Fácil; 7 Ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
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Custos Industriais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.Ms. Edson Nunes 
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Custo Direto: Conceituação e Aplicação
• Introdução
• Apurando os Custos de Matéria-Prima
• Apurando os Custos da Mão de Obra Direta
• Obtenção do Custo Direto de um Produto
 · Fornecer conceitos básicos e aplicações dos custos diretos em uma 
empresa industrial.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Custo Direto: Conceituação e Aplicação
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Custo Direto: Conceituação e Aplicação
Introdução
Na Unidade anterior aprendemos sobre os conceitos essenciais de custos, sua 
terminologia básica e uma breve introdução sobre os métodos de custeio, suas 
finalidades e objetivos.
Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
Assim, nesta Unidade abordaremos de forma mais aprofundada os custos dire-
tos e suas aplicações em uma empresa industrial. Relembraremos que custo direto 
corresponde aos custos capazes de serem associados diretamente a um produto ou 
serviço e que possam também ser medidos de alguma maneira, utilizando uma uni-
dade de medida que pode ser quilos, litros, quantidade de peças, horas trabalhadas 
etc. Os principais custos diretos são a matéria-prima e a mão de obra direta, ou 
seja, aquela que atua diretamente na confecção do produto.
Importante!
Uma organização emprega materiais para as mais variáveis utilizações como 
matérias-primas a serem usadas em seus produtos, materiais de escritório, 
de limpeza, de higiene etc. Desses, somente a matéria-prima será utilizada 
diretamente na composição do produto, enquanto os demais serão considerados 
materiais auxiliares, chamados também de materiais indiretos.
Trocando ideias...
8
9
Para exemplificar os materiais diretos, repare na Figura 2:
Figura 2 – Exemplo de um produto e suas matérias-primas
Fonte: Acervo do Conteudista
O produto apresentado na Figura 2 é composto por oito elementos – Matérias-
Primas (MP) –, ou seja, são os materiais que compõem o produto. 
Supondo, por exemplo, que as matérias-primas de números 6, 7 e 8 – parafuso, 
porca e arruela – sejam produzidas por outra empresa, o que é produto para a 
fabricante dos parafusos, porcas e arruelas passa a ser matéria-prima à empresa 
fabricante do produto final – mancal – apresentado na Figura 2.
Importante!
Os materiais que entram no processo de fabricação e que se integram ao produto, 
os materiais secundários em que os custos podem ser mensurados e os materiais 
da embalagem do produto são considerados materiais diretos, enquanto que os 
materiais indiretos não integram o produto, tais como, por exemplo, os combustíveis 
e lubrifi cantes utilizados nas manutenções das máquinas.
Trocando ideias...
Apurando os Custos de Matéria-Prima
Na apuração do custo de matéria-prima há necessidade de determinar a 
quantidade utilizada durante o processo de fabricação, ou por meio de contagem, 
medição ou ainda cálculos.
As sobras normais do processo e os gastos adicionais, como fretes, seguros, 
taxas alfandegárias etc., são inclusos no custo da matéria-prima. 
9
UNIDADE Custo Direto: Conceituação e Aplicação
Exemplificando:
Uma empresa comprou 10 kg de aço a um custo total de R$ 20,00/kg, o que 
resultou em um produto de 8 kg. A sobra de 2 kg não foi reaproveitada. Dessa 
maneira, o custo da MP será referente aos 10 kg, como se segue:
Custo total de MP = 10 kg x R$ 20,00/kg = R$ 200,00
Caso a sobra de 2 kg fosse reaproveitada em outro processo ou produto, o 
custo da MP para o produto seria de:
Custo total de MP = 8 kg x R$ 20,00/kg = R$ 160,00
Ainda tratando do custo total de MP, devemos nos atentar em relação aos 
seguintes tributos: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), pois para uma empresa industrial 
há repasse desses objetos de bitributação, ou seja, são pagos apenas pelo 
consumidor final.
Para os cálculos totais da MP à empresa industrial, utilizamos a seguinte equação:
CMPt = Vm+ Da - ICMS - IPI
Onde:
CMPt = Custo de Matéria-Prima Total.
Vm = Valor dos materiais.
D_a = Despesas acessórias (fretes, seguros, taxas etc.).
ICMS = Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.
IPI = Imposto sobre Produtos Industrializados.
A fórmula supracitada é válida apenas para as empresas industriais, sendo 
que ICMS e IPI não constituem receitas ou custos para os fabricantes, pois serão 
pagos pelo consumidor final, sendo, portanto, excluídos dos cálculos do custo de 
matéria-prima total. 
No caso do comércio, o ICMS é recuperado e o IPI é considerado custo, pois o 
empreendimento comercialpaga em sua íntegra o IPI.
No caso de prestação de serviços, tanto o ICMS quanto o IPI são considerados 
custos, pois o empreendimento de serviços paga ambos os tributos.
Veja o exemplo a seguir:
Uma empresa paga $ 3.300,00 por sua matéria-prima, sendo o preço da 
mercadoria, $ 3.000,00 (com ICMS de 18% incluso) e a alíquota do IPI em 10%, 
totalizando $ 300,00. Veja como ficam os valores dos estoques de uma indústria, 
de um comércio e de uma empresa prestadora de serviços:
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1. Cálculo do valor do ICMS:
Valor do ICMS = Valor da mercadoria x (porcentagem do ICMS)/100)
Valor do ICMS = $ 3.000,00 x (18/100) = $ 540,00
2. Cálculo do valor da mercadoria sem o ICMS:
Valor da mercadoria (sem ICMS) = valor da mercadoria - valor do ICMS
Valor da mercadoria (sem ICMS) = $ 3.000,00 - $ 540,00 = $ 2.460,00
3. Cálculo do valor do IPI:
Valor do IPI = valor da mercadoria x ((porcentagem do IPI)/100)
Valor do IPI = $ 3.000,00 x (10/100) = $ 300,00
4. Cálculo do valor da mercadoria (ICMS e IPI inclusos), chamado também 
de valor bruto da venda e que é o valor que consta na nota fi scal.
Valor bruto da venda = valor da mercadoria + IPI
Valor bruto da venda = $ 3.000,00 + $ 300,00 = $ 3.300,00
Deste modo, os custos das mercadorias para a indústria, para o comércio e para 
serviços ficam conforme a seguinte Tabela: 
Tabela 1 – Custos do estoque de mercadorias para a indústria, o comércio e serviços
Indústria Comércio Serviços
Exclui-se ICMS e IPI
$ 3.300,00 - ($ 540,00 + $ 300,00)
Custo do estoque = $ 2.460,00
Exclui-se ICMS
$ 3.300,00 - $ 540,00
Custo do estoque = $ 2.760,00
Paga-se ICMS e IPI
$ 3.300,00
Custo do estoque = $ 3.300,00
Apurando os Custos da Mão de Obra Direta
A mão de obra direta está relacionada aos colaboradores que trabalham 
diretamente no processo produtivo, desde que haja possibilidade de mensurar o 
tempo despendido e a identificação de quem elaborou o trabalho, dispensando 
qualquer tipo de apropriação indireta ou rateio. 
Figura 3
Fonte: iStock/Getty Images
11
UNIDADE Custo Direto: Conceituação e Aplicação
Havendo qualquer tipo de rateio por estimativas ou divisões proporcionais, 
perde-se a natureza “direta” da mão de obra, de modo que se torna mão de obra 
indireta (MARTINS, 2003). 
Por exemplo, um operador que produz apenas um único produto terá seus 
gastos classificados como mão de obra direta, afinal, todos os seus gastos são 
destinados a um único produto. 
Por outro lado, se o operador trabalhar na produção de vários produtos, seus 
gastos serão classificados como mão de obra indireta, caso não haja possibilidade de 
medição do quanto cada um dos itens produzidos por esse consome de seu tempo 
total. Contudo, existindo maneiras de se medir objetivamente o tempo que se dedica 
a cada produto, seus gastos passam a ser classificados como mão de obra direta. 
Dito de outra forma, se a empresa dispuser de meios de apuração do quanto da 
mão de obra foi destinado a esse ou aquele produto, do ponto de vista contábil, 
terá mão de obra direta; por outro lado, se não tiver meios de apuração adequada 
e, portanto, recorrer a estimativas, critérios de proporcionalidade etc., terá, 
contabilmente, mão de obra indireta.
Outro fato importante sobre a mão de obra direta é que somente a parcela do 
tempo trabalhado no produto é considerada como custo direto, de modo que o 
tempo não trabalhado representa um gasto a ser alocado nos custos indiretos de 
fabricação. Em geral, as horas trabalhadas da mão de obra direta são registradas 
diariamente em cartões de apontamento que são processados a fim da obtenção 
do total de horas:
• Dedicadas ao produto em cada departamento;
• Improdutivas ou ociosas por diversos motivos que as resultam e o 
acompanhamento dessas horas ajuda na tomada de decisões de modo a 
aumentar a produtividade e eficiência da organização.
Para efeitos de cálculo da mão de obra, devem ser acrescidos ao salário nominal 
os encargos sociais e trabalhistas, tais como 13° salário, férias, previdência social 
(INSS), Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) etc.
A porcentagem dos valores dos encargos trabalhistas para uma empresa 
industrial dependerá do regime de tributação escolhido, de seu porte e de quanto 
fatura anualmente. A fim de exemplificação, segue a Tabela 2, mostrando os 
encargos para empresas que optaram pelo Simples Nacional:
Tabela 2 – Tabela do Simples Nacional | ANEXO II (Vigência a Partir de 01.01.2012) 
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Indústria
Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasesp CPP ICMS IPI
Até 180.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50%
De 360.000,01 a 540.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50%
De 540.000,01 a 720.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50%
De 720.000,01 a 900.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50%
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Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofi ns PIS/Pasesp CPP ICMS IPI
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50%
Conforme a Tabela 2, para a empresa optante pelo simples nacional, os 
encargos dependerão de sua receita bruta anual até o limite de $ 3.600.000,00. 
Atualmente, há outros sistemas tributários que a organização industrial poderá 
optar e sua escolha dependerá dos fatores legislativos, de seu porte e das 
estratégias empresariais. Portanto e em tese, cada empresa terá uma carga 
tributária diferenciada e que deve ser calculada e acrescida ao valor nominal da 
mão de obra direta.
Além disso, a organização deve prever em seus custos os gastos referentes ao 
aviso prévio, auxílio enfermidade, licença paternidade ou maternidade etc. Para 
tais cálculos, deverá recorrer ao seu histórico a fim de determinar seus percentuais 
e, em relação a estes gastos em nível teórico, cada empresa se comportará de 
maneira diferente.
No site do Portal Tributário, disponível em: https://goo.gl/76UMth
Ex
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or
Veja o exemplo adaptado de cálculo do valor da mão de obra direta conforme 
Megliorini (2001): uma empresa possui um departamento de usinagem com 10 
operadores – mão de obra direta. A jornada de trabalho é de 44 horas semanais, 
compensando-se os sábados. Seus salários nominais são de $ 12,00/hora cada 
um. Após levantamento dos encargos sociais e trabalhistas, chegou-se à conclusão 
de que os mesmos correspondem a 70% dos salários. Em um mês de 30 dias, 
houve 4 sábados, 4 domingos e 1 feriado, ao passo que 1 operador teve 2 faltas 
justificadas e abonadas. Conforme apontamentos da produção, foram fabricados 
os produtos A, B, C e D, de modo que as quantidades e horas despendidas em sua 
fabricação estão descritas na Tabela 3:
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UNIDADE Custo Direto: Conceituação e Aplicação
Tabela 3 – Quantidades e horas despendidas na fabricação dos produtosProduto Quantidade (peças) Tempo total (horas)
A 50 300
B 150 400
C 120 500
D 300 450
Total 620 1650
Fonte: Adaptado de Megliorini (2001)
1. Cálculo dos dias trabalhados no mês:
(+) 30 (dias).
(-) 4 (sábados).
(-) 4 (domingos).
(-) 1 (feriado).
Total = 21 dias úteis.
2. Cálculo da jornada diária:
(44 horas semanais)/(5 dias) = 8,8 horas diárias.
3. Cálculo das horas disponíveis de trabalho:
(+) 21 dias úteis.
(x) 8,8 horas/dia.
Subtotal = 184,8 horas/mês.
(x) 10 operadores.
Subtotal = 1.848 horas/mês.
(-) 17,6 horas referentes a 2 faltas.
Total = 1.830,40 horas disponíveis da equipe no mês.
Apontamento das horas produtivas e improdutivas:
Conforme a Tabela 3, o período total de produção dos produtos A, B, C e D 
somaram 1.650 horas.
(+) 1.830,40 horas disponíveis da equipe no mês.
(-) 1.650 horas produtivas totais na fabricação dos produtos.
Total = 180,4 horas improdutivas/ociosas.
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Cálculo dos salários mensais:
(+) 1.830,40 horas produtivas totais na fabricação.
(x) $ 10,00 (salário/hora).
Total = $ 18.304,00/mês.
Cálculo dos encargos sociais e trabalhistas:
$ 18304,00 x 70/100 = $ 12812,80
Cálculo do custo total da mão de obra:
(+) $ 18.304,00.
(+) $ 12.812,80.
Total = $ 31.116,80 (custo total da mão de obra).
Cálculo do custo da mão de obra/hora:
$ 31116,80 ÷ 1830,4 horas = $ 17,00/hora
Custo da mão de obra direta:
(+) 1.650 horas produtivas totais na fabricação dos produtos.
(x) $ 17,00/hora.
Total = $ 28.050,00.
Custo do tempo improdutivo/ocioso:
(+) 180,4 horas improdutivas/ociosas.
(x) $ 17,00/hora.
Total = $ 3.066,80.
O custo da mão de obra direta para cada produto está descrito na Tabela 4:
Tabela 4 – Custo da mão de obra direta
Produto Tempo Total (horas) Custo Unitário Custo da mão de obra direta
A 300
$ 17,00
$5.100,00
B 400 $6.800,00
C 500 $8.500,00
D 450 7.650,00
Total 1650 26.050,00
Fonte: Adaptado de Megliorini (2001)
O custo do tempo improdutivo/ocioso deverá ser apropriado aos custos dos 
produtos, porém, de forma indireta, tomando como base determinado critério de 
rateio, neste caso, especificamente o tempo de fabricação.
É preferível calcular o tempo improdutivo/ocioso pelas seguintes razões:
• A fim de a empresa tomar decisões na avaliação dos diversos motivos de 
tempo improdutivo/ocioso;
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UNIDADE Custo Direto: Conceituação e Aplicação
• Caso venha a acrescentar em seus custos a parte referente das horas 
improdutivas/ociosas, o custo/hora sofreria variações de um período para o 
outro, caso as horas improdutivas/ociosas não sejam constantes.
Importante!
Você viu separadamente com se obtém o custo da matéria-prima e da mão de obra 
direta. Agora você já tem condições de obter o custo direto de determinado produto, 
que é a soma do custo da matéria-prima com a mão de obra direta. Vamos então colocar 
as mãos na massa! 
Trocando ideias...
Obtenção do Custo Direto de um Produto
Segundo o Portal de Contabilidade, o custo direto é o que pode ser identificado 
e diretamente apropriado a cada objeto a ser custeado, no momento de sua 
ocorrência, isto é, está ligado diretamente a cada tipo de bem ou função de custo. 
É aquele que pode ser atribuído ou identificado diretamente a um produto, linha de 
produto, centro de custo ou departamento.
Não necessita de rateios para ser atribuído ao objeto custeado, ou aqueles 
diretamente incluídos no cálculo dos produtos. São exemplos de custos diretos:
• Matérias-primas utilizadas na fabricação do produto;
• Mão de obra direta;
• Serviços subcontratados e aplicados diretamente nos produtos ou serviços.
Os custos diretos têm a propriedade de serem mensuráveis de maneira objetiva. 
São considerados individualmente e quantificáveis aos portadores finais – produtos. 
Ademais, constituem todos aqueles elementos de custos individualizáveis em relação 
ao produto ou serviço, ou seja, identificam-se imediatamente com a fabricação dos 
mesmos, mantendo uma correspondência proporcional. Um mero ato de medição 
é necessário na determinação desses custos.
Apropriação dos Custos Diretos
Segundo o Portal de Contabilidade, para conhecer o consumo dos materiais, 
a empresa deve ter um sistema de requisições de modo a identificar a matéria-
prima retirada do estoque que foi utilizada para confeccionar determinado produto. 
Para conhecer o consumo de mão de obra direta, há necessidade de que a 
empresa tenha um sistema de apontamentos, por meio do qual se verifique quais 
operários trabalham em cada produto – ou serviço – no período – dia, semana, 
mês – e por quanto tempo – minutos, horas.
16
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Nas organizações de serviços, em geral, o acompanhamento da ordem de 
serviço se faz anotando os custos alocados diretamente – mão de obra, materiais 
aplicados e serviços subcontratados.
Acesse o Portal de Contabilidade que dará importantes informações sobre este tema.
Disponível em: https://goo.gl/SR4nNbEx
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or
Como será a apuração dos custos diretos na prática?
Ex
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Veja o exemplo a seguir com sua resolução passo a passo. 
Exemplo prático:
A peça X, fabricada pela empresa BOA S/A, pesa 450 g. Ademais, sabemos que:
a. O resíduo gerado em sua fabricação é de 10%;
b. O preço da matéria-prima é de $ 4.500,00/tonelada;
c. O valor do frete é de $ 60,00/tonelada para a entrega da matéria-prima na empresa;
d. Foram entregues, via transportadora, 5 toneladas de matéria-prima;
e. O valor do seguro para a matéria-prima foi de $ 1.000,00;
f. O custo nominal da mão de obra direta é de $ 120,00/h;
g. Os encargos sociais e trabalhistas são de 80%;
h. Para a produção de 300 peças, são necessárias 900 horas de mão de obra direta;
i. Há isenção de IPI e a alíquota de ICMS é zero.
Considerando tais informações, responda:
Qual o custo direto para produzir 2.000 peças?
Qual o custo unitário da mão de obra direta?
Qual o custo unitário da matéria-prima?
Qual o custo direto unitário?
Solução:
a) Quantidade utilizada de matéria-prima:
Peso da peça
QMp=
1-res.
Onde:
QMp = Quantidade de Matéria-prima da peça.
res. = resíduo ou sobra em porcentagem.
0,450
QMp= 0,5
1-0,1
kg kg=
17
UNIDADE Custo Direto: Conceituação e Aplicação
b) Custo da matéria-prima:
Custo da matéria-prima = Preço MP + Frete + Seguro
Preço MP = Preço MP = $4500,00
1000kg
= $4,5kg = $ 4,5/kg
Frete = Frete = 
$60,00
1000kg
= $0,60kg = $ 0,060/kg
Seguro = Seguro = 
$1000,00
5000kg
= $0,20kg = $ 0,20/kg
Custo da matéria-prima = $ 4,5/kg + $ 0,060/kg + $ 0,20/kg
Custo da matéria-prima = $ 4,76/kg
c) Custo unitário da matéria-prima:
Custo unitário da matéria-prima = QMp x Custo da matéria-prima
Custo unitário da matéria-prima = 0,5 kg x $ 4,76/kg = $ 2,38/peça
d) Custo unitário da mão de obra:
Quantidade de horas/peça = Quantidade de horas/peça = 
900h
300 peças
= 3h/peça 
= 3h/peça
Custo da MOD = custo nominal + encargos
Custo dos encargos = Custo de encargos = = $96,00$ ,120 00
80
100
x = $ 96,00
Custo da MOD = $ 120,00 + $ 96,00 = $ 216,00
Custo unitário MOD = 3h/peça x $ 216,00/h = $ 648,00/peça
e) Custo direto unitário:
Custo direto unitário = Custo unitário MP + Custo unitário MOD
Custo direto unitário = $ 2,38/peça + $ 648,00/peça = $ 650,38/peça
f) Custo direto para produzir 2.000 peças:
CDt=(Custo unitário MOD x Qtd )+ (Custo unitário da MP x Qtd )
Onde:
CDt = Custo Direto total.
CDt=($ 648,00 x 2.000)+ ($ 2,38 x 2000) 
CDt= $ 1296000,00 + $ 4760,00 = $ 1300760,00
18
19
Portanto, as respostas às questões propostas neste exemplo prático são:
Qual o custo direto para produzir 2.000 peças?
Resposta: $ 1.300.760,00.
Qual o custo unitário da mão de obra direta?
Resposta: $ 648,00/peça.
Qual o custo unitário da matéria-prima?
Resposta: $ 2,38/peça.
Qual o custo direto unitário?
Resposta: $ 650,38/peça.
Importante!
Refaça o exemplo prático para a fi xação dos conceitos. Tente refazer utilizando valores 
diferentes, a fi m de sanar possíveis dúvidas. Há vários livros de custos que propõem 
exercícios a serem resolvidos e que disponibilizam as respostas ou soluções.
Importante!
19UNIDADE Custo Direto: Conceituação e Aplicação
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
CUSTOS diretos e indiretos – apuração
CUSTOS diretos e indiretos – apuração. Portal de Contabilidade.
https://goo.gl/8dQmN0
PORTAL Educação
https://www.portaleducacao.com.br
PORTAL Tributário
http://www.portaltributario.com.br
 Livros
Análise de balanços, estruturação e avaliação das demonstrações financeiras contábeis
BLATT, A. Análise de balanços, estruturação e avaliação das demonstrações 
financeiras contábeis. [S.l.]: Pearson, 2000.
Gestão de custos: perspectivas e funcionalidades
CRUZ, A. W. Gestão de custos: perspectivas e funcionalidades. [S.l.]: IBPEX, 2012.
Contabilidade gerencial: novas práticas contábeis para a gestão de negócios
HONG, Y. C. Contabilidade gerencial: novas práticas contábeis para a gestão de 
negócios. [S.l.]: Pearson, 2005.
Custos
MEGLIORINI, E. Custos. São Paulo: Makron books, 2001.
20
21
Referências
MARTINS, E. Contabilidade de custos: livro de exercícios. 9. ed. São Paulo: 
Atlas, 2007.
______. Contabilidade de custos: o uso da Contabilidade de custos como 
instrumento gerencial. 9. ed. São Paulo: Atlas: 2003.
MEGLIORINI, E. Custos. São Paulo: Makron books, 2001.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade de custos – fácil. 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
21
Custos Industriais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
 Prof. Ms. Edson Nunes
Revisão Textual:
Profa. Dra. Sílvia Albert
Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
• Introdução
• Sistema de Acumulação de Custos
por Processo
• Produção Equivalente na Apuração de Custos por Processo
• Alocação dos Custos aos Produtos na Apuração de Custos por Processo
• Sistema de Acumulação de Custos por Ordem de Produção 
· Fornecer conceitos básicos sobre as formas de apuração em uma
empresa industrial.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Formas de Apuração de Custo
em uma Empresa Industrial
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
Introdução
Será que todas as empresas são iguais em se tratando de critérios de apuração de custos? 
Podemos apurar os custos de forma única?
Ex
pl
or
Segundo Megliorini (2001) existem, basicamente, dois tipos de empresas in-
dustriais, em relação a produtos fabricados: as que produzem produtos padroni-
zados em série e as que produzem mediante encomendas, conforme as especifi-
cações dos clientes.
Os produtos fabricados em série são aqueles que encontramos prontos para 
serem consumidos. São exemplos de produtos fabricados em série: produtos 
alimentícios, produtos farmacêuticos, automóveis, televisores, máquinas de lavar, 
computadores, calculadoras, móveis, etc.
Os produtos fabricados sob encomenda não são encontrados facilmente nas 
prateleiras, necessitando de um pedido do cliente especificando os seus requisitos 
como é o caso de um móvel sob medida para a sala de uma casa térrea com 
dimensões específicas e detalhes personalizados de acordo com o gosto do cliente. 
São exemplos de produtos fabricados sob encomenda: veículos especiais, peças 
e equipamentos especiais para indústrias siderúrgicas e petroquímicas, móveis 
conforme especificações de decoradores, navios, aeronaves, etc. 
Para efeitos de custeamento, temos dois sistemas distintos de acumulação de custos:
• Para empresas que trabalham com produção em série aplica-se o sistema 
de acumulação de custos por processo, no qual os custos são acumulados por 
processo, departamento ou etapas do processo de fabricação de acordo com 
o volume produzido. Nesse sistema, o custo unitário é a soma dos custos de 
cada processo e é obtido por meio do quociente dos custos de cada processo 
por sua respectiva quantidade equivalente;
• Para empresas que trabalham com produção sob encomenda aplica-se o 
sistema de acumulação de custos por ordem de produção ou ordem de serviço, 
no qual os custos são acumulados em contas representativas de cada produto. 
Nesse sistema, o custo de uma encomenda é a somatória dos valores acumu-
lados durante todo o processo de fabricação, sendo que o custo total só será 
conhecido quando da finalização do produto.
Importante!
Como você pode perceber até este momento, separamos as empresas industriais em 
duas modalidades: as que fabricam produtos padronizados em série e as empresas que 
fabricam seus produtos sob encomenda. Para as primeiras, utilizaremos a acumulação 
de custos por processo enquanto que para as outras (as que fabricam sob encomenda) 
utilizaremos o sistema de acumulação por ordem de produção.
Em Síntese
8
9
Sistema de Acumulação
de Custos por Processo
O sistema de acumulação de custos por processo é utilizado em empresas que 
fabricam produtos padronizados em série. Os produtos padronizados são aqueles 
que recebem quantidades equivalentes ou proporcionais de recursos (materiais, 
mão de obra e Custos Indiretos de Fabricação - CIF).
Nas empresas que trabalham por processo, a produção obedece a uma sequência 
de fabricação que, em geral, pode ser considerado um departamento. É como se 
tivéssemos várias fábricas dentro da mesma empresa em que uma fábrica fornece 
a matéria-prima, a outra recebe essa matéria-prima e a transforma em um novo 
produto que entrega para a etapa final do produto (produto que será entregue ao 
cliente). Cada uma dessas fábricas consome matéria-prima, mão de obra e Custos 
Indiretos de Fabricação (CIF) que somados fornecem o custo total.
A Figura 1, a seguir, representa esquematicamente o funcionamento da sequência 
de fabricação de empresas que fabricam produtos padronizados em série:
ESTOQUE DE
MATÉRIA PRIMA
ESTOQUE DE
MATÉRIA PRIMA
DEPARTAMENTO 1
Matéria-prima
(+) Mão de Obra
(+) Custos Indiretos
de Fabricação
(=) Custo do produto
semiacabado
DEPARTAMENTO 2
Matéria-prima
Componentes
(+) Mão de Obra
(+) Custos Indiretos
de Fabricação
(=) Custo do produto
Figura 1 – Sequência de fabricação de empresas que fabricam produtos em série
Fonte: Adaptado de Megliorini (2001)
Analisando a Figura 1, nota-se que o sistema de acumulação de custos obedece 
a seguinte sequência de fabricação:
a) O estoque de matéria-prima fornece os materiais para o departamento1 e o departamento 2;
b) A matéria-prima e o custo do produto semiacabado do departamento
1 se transformam em matéria-prima componente do departamento 2;
c) O custo do produto 2 é transferido ao estoque de produto acabado.
Esses tipos de empresas acumulam os custos em cada departamento produtivo 
e, de acordo com o volume de produção fabricado, debitam os custos. O custo 
unitário é obtido por meio da divisão do custo do departamento pela quantidade 
total de produtos por ele fabricado.
Uma vez obtido o custo unitário dos produtos acabados de um determinado 
departamento ou fase, o mesmo é transferido para o departamento ou fase seguinte 
até a conclusão do produto. Sendo assim, o custo acumulado de um departamento 
ou fase do processo passa a constituir o custo de matéria-prima da etapa seguinte.
9
UNIDADE Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
Muitas vezes, não é possível concluir todas as fases ou etapas de produção em 
um determinado período. Nesse caso, as unidades não concluídas devem receber 
uma parcela menor de custos, equivalente aos serviços já executados em com-
paração com as unidades já concluídas. Para isso, há necessidade de avaliação da 
quantidade de serviços e materiais que foram aplicados, por meio de uma produ-
ção equivalente que trataremos em maiores detalhes no próximo capítulo. 
Produção Equivalente na Apuração 
de Custos por Processo 
Um produto que ainda não foi completado, ou seja, os produtos que estão em andamento 
nos departamentos, não podem receber o mesmo custo dos produtos acabados, pois 
haveria uma supervalorização dos produtos semiacabados e uma subavaliação dos produtos 
acabados. Então, como atribuir custos aos produtos semiacabados, já que os custos são 
atribuídos aos departamentos e não aos custos?
Ex
pl
or
A fim de solucionar a problemática de contabilização dos produtos inacabados, 
recorre-se à conversão da produção em andamento em unidades equivalentes aos 
produtos acabados e para tanto seguimos os seguintes passos:
• Definir qual o grau médio de andamento da produção inacabada;
• Determinar a quantidade da produção equivalente, baseado no grau médio de 
produção inacabada.
Deve-se levar em consideração que na produção haverá itens que podem não 
ser consumidos de maneira uniforme e assim podemos ter:
• A matéria-prima sendo colocada a qualquer momento no processo de 
fabricação, podendo ocorrer no início do processo ou continuamente durante a 
fabricação. Para cada uma dessas situações, haverá uma produção equivalente 
específica;
• A mão de obra direta sendo empregada uniformemente durante a fabricação;
• Os custos indiretos sendo rateados por uma base que não seja a mão de 
obra direta.
10
11
Alocação dos Custos aos Produtos na 
Apuração de Custos por Processo
Primeiramente os custos incorridos são identificados com os departamentos 
onde os produtos sofrem os processos de fabricação para, posteriormente, serem 
alocados aos produtos, fazendo-se divisão do montante de custos pela quantidade 
de produção equivalente. O custo obtido pelo departamento é transferido, então, ao 
próximo departamento, de acordo com a sequência de fabricação, até a finalização 
do produto.
Os custos podem ser obtidos da seguinte maneira:
a) Matérias primas: são requisitadas do estoque de matéria-prima para os
departamentos produtivos;
b) Mão de obra direta: é extraída da folha de pagamento, acrescido dos
encargos sociais e trabalhistas;
c) Custos Indiretos de Fabricação: alguns são identificados nos departa-
mentos e outros são comuns; estes últimos são rateados, de acordo com
critérios pré-estipulados pela empresa.
Veja o exemplo adaptado de Megliorini (2001):
Uma empresa fabricante do produto Y tem dois departamentos produtivos: 
Montagem e Pintura. Os dados de fabricação são apresentados a seguir: 
a) Em janeiro, o departamento de Montagem iniciou o processamento
de 800 unidades. Concluiu 600 delas, restando a conclusão de 200
unidades, que estão, na média, com 50% de conclusão;
b) Os custos de matéria-prima, mão de obra direta e custos indiretos de
fabricação totalizaram em janeiro $150.500,00 no departamento de
Montagem e $100.000,00 no departamento de Pintura, conforme
Quadro 1;
c) Em fevereiro o departamento de Montagem concluiu as 200 unidades
não acabadas de janeiro. Iniciou a fabricação de outras 1.000 unidades
concluindo 700 destas unidades, ficando, em andamento na produção,
com 300 peças que estão, na média, com 40% de conclusão;
d) Os custos de matéria-prima, mão de obra direta e os custos indiretos
de fabricação totalizaram em fevereiro $202.400,00 no departamento
de Montagem e $150.000,00 no departamento de pintura, conforme
Quadro 1.
Outras informações:
e) No início do mês de janeiro não havia produção em andamento em 
nenhum dos departamentos;
f) Os produtos acabados da Montagem são transferidos para a Pintura e 
desta para o estoque de produtos acabados; 
11
UNIDADE Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
g) No departamento de Pintura não ficam produtos em andamento de um
mês para o outro;
h) A matéria-prima é aplicada continuamente na produção, tendo a mes-
ma porcentagem de uso da mão de obra direta e dos Custos Indiretos
de Fabricação.
O Quadro 1 traz o resumo dos dados:
Quadro 1: Resumo dos dados
Quadro resumo dos dados
Montagem Pintura
Janeiro Fevereiro Janeiro Fevereiro
Saldo inicial da produção 0 0 0 0
Quantidade iniciada no mês 800 1.000 600 900
Quantidade concluída no mês 600 900 600 900
Saldo final da produção 200 300 0 0
Grau médio de execução 50% 40% 0 0
Custos
Matéria-prima 40.500 54.000 20.000 35.000
Mão de obra 60.000 70.000 40.000 57.500
Custos Indiretos 50.000 69.400 40.000 57.500
Custo Total 150.500 202.400 100.000 150.000
A resolução poderá ser realizada por duas metodologias, uma considerando 
os custos pelo método PEPS (Primeiro que Entra Primeiro que Sai) e a outra 
considerando o custo médio. 
Resolução pelo PEPS
Tabela 1: Alocação dos custos aos produtos na apuração de custos por processo (PEPS)
Departamento de Montagem Departamento de Pintura
JANEIRO JANEIRO
Saldo inicial da produção em andamento 0 Saldo inicial da produção em andamento 0
Quantidade iniciada no mês 800 Quantidade iniciada no mês 600
Quantidade concluída no mês e transferida para 
a Pintura 600
Quantidade concluída no mês e 
transferida para a Pintura 600
Saldo final da produção em andamento 200 Saldo final da produção em andamento 0
Cálculo da produção equivalente Cálculo da produção equivalente
Produção acabada 600 Produção acabada 600
Produção em andamento 200 u a 50% 100 --- ---
12
13
Quantidade equivalente a unidades acabadas 
durante o mês 700
Quantidade equivalente a unidades 
acabadas durante o mês 600
Cálculo dos custos Cálculo dos custos
Custo unitário
$150.500/700 u $215,00/u
Custo unitário
($100.000 + $129.000)/600 u $381,67
Custo da produção acabada
600 x 215,00 $129.000,00
Custo da produção acabada
600 x $381,67,00 $229.000,00
Custo da produção em andamento
(200 x 50%) x 215,00 $21.500,00 --- ---
FEVEREIRO FEVEREIRO
Saldo inicial da produção em andamento 200 Saldo inicial da produção em andamento 0
Quantidade iniciada no mês 1.000 Quantidade recebida da montagem 900
Quantidade concluída no mês e transferida para 
a Pintura
Saldo inicial
A seguir mais
200
700 Quantidade concluída no mês 900
Saldo final da produção em andamento 300 Saldo final da produção em andamento 0
Cálculo da produção equivalente Cálculo da produção equivalente
Conclusão do saldo inicial 200 u x 50% dos 
serviços restantes 100 u ---
Produção iniciada e acabada do mês 700 u Produção acabada do mês 900
Produção em andamento 300 u a 40% 120 u Produção em andamento 0
Quantidade equivalente a unidades acabadas 
durante o mês 920 u
Quantidade equivalente a unidades 
acabadas durante o mês 900
Cálculo dos custos Cálculo dos custos
1) Custo unitário
$202.400/920 u $220,00
1) Custo unitário
($150.000,00 + $197.500,00)/900 u 386,11
2) Custo da produção acabada:a) mês anterior 
b) custo do mês (100 x $220,00)
c) iniciada e concluída no mês (700 x $220,00)
d) SOMA TOTAL
a) $21.500,00
b) $22.000,00
c) $154.000,00
d) $197.500,00
2) Custo da produção acabada
900 x 386,11 $347.500,00
Custo da produção em andamento
(300 x 40%) x 220,00 $26.400,00 --- ---
Resolução pelo Custo Médio
Para o mês de janeiro, os custos da produção acabada e da produção em 
andamento serão os mesmos quer se utilize a metodologia PEPS ou a metodologia 
do CUSTO MÉDIO.
Para o mês de FEVEREIRO tem-se:
13
UNIDADE Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
Tabela 2: Alocação dos custos aos produtos na apuração de custos por processo (CUSTO MÉDIO)
Departamento de Montagem Departamento de Pintura
FEVEREIRO FEVEREIRO
Saldo inicial da produção em andamento 200 Saldo inicial da produção em andamento 0
Quantidade iniciada no mês 1.000 Quantidade recebida da montagem 900
Quantidade concluída no mês e 
transferida para a Pintura
900 Quantidade concluída no mês 900
Saldo final da produção em andamento 300 Saldo final da produção em andamento 0
Cálculo da produção equivalente Cálculo da produção equivalente
Produção acabada do mês 900 Produção acabada do mês 900
Produção em andamento 300 u a 40% 120 u Produção em andamento 0
Quantidade equivalente a unidades 
acabadas durante o mês 
1.020 u Quantidade equivalente a unidades 
acabadas durante o mês 900
Cálculo dos custos Cálculo dos custos
2) Custo unitário:
($202.400 + $21.500)/1.020 u
$219,51 2) Custo unitário
($150.000,00 + $197.559,00)/900 u 386,18
3) Custo da produção acabada:
(900u x 219,51)
$197.559 3) Custo da produção acabada
900 x 386,18 $347.559,00
4) Custo da produção em andamento
(300 x 40%) x 219,50
$26.341 --- ---
Em resumo, os custos das peças acabadas e as em andamento ficaram conforme 
Tabela 3:
Tabela 3: Resumo dos Custos
Janeiro Fevereiro
Montagem Pintura Montagem Pintura
Produção em andamento
Pelo PEPS $21.500,00 0 $26.400,00 0
Pelo Custo Médio $21.500,00 0 $26.341,00 0
Produção acabada
Pelo PEPS $129.000,00 $229.000,00 $197.500,00 $347.500,00
Pelo Custo Médio $129.000,00 $229.000,00 $197.559,00 $347.559,00
Você viu um exemplo de sistema de acumulação de custos por processo de 
maneira detalhada. Essa metodologia é utilizada em empresas que possuem 
processos de fabricação contínua. Agora, veremos, a seguir, como funciona em 
empresas cujos processos são sob encomenda.
14
15
Sistema de Acumulação de 
Custos por Ordem de Produção
Em geral, as empresas que trabalham por encomendas necessitam de uma auto-
rização do cliente, antes de iniciarem quaisquer atividades em produtos ou serviços.
Muitas vezes essa autorização se dá após a empresa vencer a concorrência de 
que participou e assinar o contrato ou autorização de fornecimento. Usualmente, 
os processos de concorrência possuem as seguintes etapas:
1. Cotação de preços: o cliente, antes de adquirir o produto ou serviço
que necessita, realiza consultas geralmente em mais de um fornecedor
objetivando melhores condições de pagamento, melhores preços, prazo de
entrega, garantias, etc.;
2. Orçamento do produto ou serviço cotado: o fabricante consultado
calcula ou estima o custo do produto ou serviço para formular o preço de
venda que será oferecido ao cliente.
Para que o fornecedor obtenha o valor da base de custo para a formulação 
do preço de venda a ser ofertado ao cliente, algumas etapas e procedimentos 
são executados:
a) Projetos e desenhos: caso o cliente não forneça, o departamento de
engenharia é o responsável pelo desenvolvimento;
b) Listas de materiais: estes materiais podem ser fabricados ou comprados;
c) Estimativa de horas de fabricação nos departamentos produtivos;
d) Previsão de custos de atividades complementares como fretes, seguros,
embalagens especiais, etc. Estes custos são previstos juntamente com os
custos dos produtos.
Os custos orçados devem prever:
• Valores de reposição dos materiais;
• Custo atualizado dos valores pagos devido à mão de obra;
• Custos atualizados de demais recursos que possam ser utilizados na confecção
do produto ou do serviço;
• Cláusulas de reajustes de preços entre a data da proposta do orçamento e a
data da assinatura do contrato ou entrega do equipamento, prevenindo-se da
inflação que possa ocorrer nesse período;
• Gastos na elaboração do orçamento.
A seguir, apresentamos um modelo de formulário para o orçamento proposto 
por Megliorini (2001):
15
UNIDADE Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
Quadro 2: Modelo de formulário de orçamento
ORÇAMENTO DE EQUIPAMENTO Número: 
Cliente: Código:
Equipamento: Desenho
MATERIAIS
Código Descrição Qtde Peso líquido Peso bruto Custo 
Unitário
Custo Total
Total dos Materiais
SERVIÇOS EXECUTADOS EXTERNAMENTE
Descrição Fornecedor Custo
Total dos serviços externos
FABRICAÇÃO (Mão De Obra e Custos Indiretos)
Departamento Horas orçadas Custo/
hora
Custo Total
Total mão de obra direta + CIF
ENGENHARIA
Atividades Horas orçadas Custo/
hora
Custo Total
Projetos
Engenharia
Total engenharia
DEMAIS CUSTOS
Descrição Custo Total
Total demais custos
TOTAL CUSTO ORÇADO
DESPESAS ADMINISTRATIVAS E DE VENDAS
PREÇO DE VENDA: 
Alíquota do ICMS (%): Alíquota do IPI (%):
Encargo financeiro para pagamento a _______________ dias = ________________(%)
Fonte: Adaptado de Megliorini (2001)
Importante!
Observe que uma empresa que trabalha sob encomenda, de acordo com os requisitos do 
cliente, incorre em gastos antes de conquistar o pedido do cliente. Os gastos mais signif-
icativos da etapa de orçamento são aqueles relacionados com a engenharia de projetos. 
Trocando ideias...
16
17
Caso a empresa conquiste o pedido, os custos relacionados com o orçamento 
poderão ser transferidos para a ordem de serviço, a fim de se fazer a apuração dos 
custos totais da encomenda. 
No caso da empresa ganhar a concorrência e, como consequência, conquistar 
efetivamente o pedido, o departamento de vendas aciona todos os demais 
departamentos por meio da emissão de uma ordem de Serviço (OS) para que todos 
realizem suas atribuições:
• Departamento financeiro: programar o recebimento dos contratos de 
fornecimento e atualizar o fluxo de caixa da empresa;
• Departamento de contabilidade: abrir as contas nas quais serão acumulados 
os custos;
• Departamento de estoque de matéria-prima (almoxarifado): verificar, reservar 
ou solicitar as compras de materiais que serão utilizados na execução do 
produto;
• Departamento de Planejamento e Controle da Produção (PCP): efetuar a 
programação da produção;
• Produção: providenciar ferramentas, máquinas, equipamentos e recursos 
produtivos para a confecção do produto.
O número da Ordem de Serviço emitido pelo departamento de vendas 
corresponderá ao número da conta em que as receitas e os custos serão lançadas. 
Também é gerada uma ficha de apropriação, que deve conter informações tais 
como: cliente, produto, data prevista de entrega, horas orçadas; nela serão 
acumuladas custos e receitas realizadas até a finalização e entrega do produto.
Nesse processo, são gerados relatórios mensais para a contabilização dos 
dados. Sendo assim, as informações que devem ser lançadas para essa finalidade 
nas Fichas de Apropriação são:
• Relatório de materiais: resume por Ordem de Serviço (OS) as requisições de 
materiais emitidas, indicando o tipo de material, quantidade e valor;
• Relatório de mão de obra: resume por OS as horas de produção dos 
departamentos produtivos e de seus custos;
• Relatório da engenharia: resume por OS as atividades e projetos realizados e 
a apuração dos respectivos custos;
• Relatório de custos diversos: resume por OS todos os documentos referentes 
aos gastos com ferramentas, viagens, representações, serviços executados por 
terceiros, etc.
• Relatório de faturamento: resume por OS os faturamentos referentes ao valor 
principal e os reajustes de preços ocorridos no período.
Encerrada a encomenda, acumulam-se as receitas e os custos, para a determina-
çãode lucro ou prejuízo; além de se confrontar o custo orçado com os realizados, 
para detectar eventuais distorções que possam afetar o resultado da encomenda.
17
UNIDADE Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
Apresentamos, a seguir, no Quadro 2, um exemplo de ficha de acompanhamento 
de custos:
Quadro 3: Exemplo ficha de acompanhamento de custos
Ficha de Acompanhamento O.S.: 
Cliente:
Produto:
Preço Contratual Prazo de entrega:
Contas Mês e ano _____/_______ _____/_______ _____/_______ Acumulado
Mão de obra
Depto.
Depto.
Depto.
Total
Engenharia
Projetos
Desenhos
Total
Materiais
Chapas 
Tubos
Perfis
Outros
Total
Demais custos
Total
Total de custo do mês 
Custo acumulado
Receita do mês 
Receita acumulada
Horas de fabricação
Horas de engenharia
Fonte: Adaptado de Megliorini (2001)
Essa ficha é destinada para o acompanhamento dos custos e das receitas, além 
de ser uma ferramenta gerencial baseada nos resultados obtidos. Os detalhamentos 
das informações estão em relatórios e documentações específicas que poderão ser 
consultados.
Exemplo: Uma empresa vence a concorrência para o fornecimento de um 
equipamento cujo prazo de execução é de 3 anos. Seus custos orçados e preços 
estão descritos a seguir:
Custo orçado: $30.000,00
Preço de venda: $42.000,00
Margem de lucro: $12.000,00
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(%) margem/custo: 40%
Relação preço/custo: 1,40
Admitindo que no primeiro ano ocorra:
Revisão dos custos orçados: não houve
Revisão do preço de venda: não houve
Custos reais incorridos: $8.000,00
A receita atribuída ao primeiro ano será de:
Custo incorrido $8.000,00
Relação preço/custo x 1,40
Receita $11.200,00
No segundo ano, caso ocorra:
1. Reajuste em 20% nos custos orçados passando de $30.000,00 (primeiro 
ano) para $36.000,00.
2. Reajuste do preço de venda em 35% passando de $42.000,00 (primeiro ano) 
para $56.700,00 de acordo com cláusula de reajuste constante no contrato.
3. Custos reais incorridos no segundo ano = $15.000,00
Dessa maneira, a nova situação para o segundo ano passou a ser como 
apresentamos a seguir:
Novo Custo orçado: 36.000,00
Novo Preço de venda: $56.700,00
Nova Margem de lucro: $20.700,00
Nova (%) margem/custo: 57,5%
Relação preço/custo: 1,575
Assim deve-se considerar a margem de 57,5% para a encomenda toda e não 
apenas para o segundo exercício e, portanto, os resultados do primeiro ano devem 
ser reavaliados conforme segue:
(+) Custo real incorrido no primeiro ano: $8.000,00
(+) Custo real incorrido no segundo ano: $15.000,00 (item 3)
(=) Custo acumulado: $23.000,00
(x) Nova relação preço/custo: 1,575
(=) Receita acumulada: $36.225,00
(-) Receita do primeiro ano: $11.200,00
(=) Receita do segundo ano: $25.025,00
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UNIDADE Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
No terceiro ano, ocorre o término da fabricação e o faturamento do equipamento 
é o seguinte:
Custos reais incorridos: $22.000,00
Receita total: $60.000,00
Dessa maneira, para a finalização do equipamento no terceiro ano, o cálculo se 
dá assim:
(+) Custo acumulado ano anterior: $23.000,00
(+) Custo terceiro ano: $22.000,00
(=) Custo acumulado total: $45.000,00
(+) Receita total: $60.000,00
(-) Receita acumulada ano anterior: $25.025,00
(=) Receita terceiro ano: $34.975,00
O lucro total considerando os três anos é obtido conforme abaixo:
(+) Receita total: $60.000,00
(-) Custo acumulado total: $45.000,00
(=) Lucro: $15.000,00
O Quadro 3, a seguir, resume os resultados obtidos:
Quadro 4
Contas
Previsão 1° ano 2° ano 3° ano
Total da 
encomendaCusto orçado e 
Preço contratual
Resultado
Revisão do Custo 
orçado e do Preço 
contratual
Resultado Acumulado Resultado
Custo 30.000 8.000 36.000 15.000 23.000 22.000 45.000,00
Receita 42.000 11.200 56.700 25.025 36.225 23.775 60.000,00
Margem de lucro 12.000 3.200 20.700 10.025 13.225 1.775 15.000,00
(%) M/C 40% 40% 57,5% 66,8% 57,5% 8,1% 33,3%
Fonte: Adaptado de Megliorini (2001)
Finalizamos, assim, mais uma unidade com importantes tópicos sobre os Custos 
Industriais. Até a próxima!!!!!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Análise de Balanços, Estruturação e Avaliação das Demonstrações Financeiras Contábeis
BLATT, A. Análise de balanços, estruturação e avaliação das demonstrações financeiras 
contábeis. Pearson: 2000. (e-book).
Gestão de Custos Perspectivas e Funcionalidades
CRUZ, A.W. Gestão de custos perspectivas e funcionalidades. IBPEX: 2012. (e-book)
Contabilidade Gerencial Novas Práticas Contábeis para Gestão de Negócios
HONG, Y.C. Contabilidade gerencial novas práticas contábeis para gestão de negócios. 
Pearson: 2005. (e-book)
Custos
MEGLIORINI, E. Custos. São Paulo: Makron books, 2001. (e-book).
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UNIDADE Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
Referências
MARTINS, E. Contabilidade de Custos: Livro de Exercícios. 9. Ed. São Paulo: 
Atlas, 2007.
MARTINS, E. Contabilidade de Custos: O Uso da Contabilidade de Custos como 
Instrumento Gerencial. 9. Ed. Atlas: 2003.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade de Custos Fácil; 7 Ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
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Custos Industriais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Edson Nunes
Revisão Textual:
Profa. Dra. Sílvia Albert
Margem de Contribuição e Lucro Operacional
• Introdução
• Ponto de Equilíbrio
• Ponto de Equilíbrio para Múltiplos Produtos
• Limitações do Ponto de Equilíbrio
 · Fornecer conceitos básicos sobre margem de contribuição e lucro 
operacional.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Margem de Contribuição 
e Lucro Operacional
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Margem de Contribuição e Lucro Operacional
Introdução
Segundo Cruz et al. (2012), podemos perceber que o método de apropriação 
de custo mais adequado para a formação de preço de venda é o método direto ou 
custeio variável, pois ele não utiliza bases de rateio na distribuição e no controle de 
custos indiretos aos seus produtos ou serviços.
Por meio da destinação dos gastos variáveis aos produtos ou serviços, o custeio 
direto ou variável permite a identificação da margem de contribuição de cada tipo 
de produto ou de linhas de produtos ou serviços,

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