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1 DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS GESTÃO DE CUSTOS 2 Unidade 1: A empresa moderna e o ambiente competitivo A importância de Custos na Gestão das Empresas (Autor: Volnei Ferreira de Castilhos) A função de Custos dentro das empresas viveu duas fases no Brasil. A primeira fase até o ano de 1994 e após com a estabilização da moeda. Até o ano de 1994 era comum observar-se nas empresas a forma de fazer custos era arbitrária, onde se apurava o valor do “possível” custo de fabricação ou o preço de aquisição no comércio, e multiplica- se por 2,00, por 3,00, ou por 4,00 sem levar-se em conta se o cliente tinha condições de pagar esse preço ou não. O pensamento em muitos segmentos empresariais não era ganhar no negócio principal da empresa e sim buscar ganhos fora da realidade no mercado financeiro, aplicando o dinheiro. Essa fase do Brasil, fez com que o País não se preocupasse com gestão e planejamento. Até esse momento, a inflação escondia a incompetência da gestão das empresas e a tradicional fórmula de fazer custos era: PREÇO DE VENDA = CUSTO + MARGEM DE LUCRO. O nosso país até então pouco acostumado com gestão, planejamento e a ter bons controles no dia a dia não tinha uma visão do quanto é importante ter um custo correto. Com a estabilização da moeda, a partir do Plano do Real em 1994, ter custos corretos para formação de preço de venda tornou-se imprescindível para ter a rentabilidade do negócio. Porém, na gestão empresarial os executivos se defrontam com o desafio da gestão estratégica de custos num cenário cada vez mais competitivo. E esse cenário transformou-se na maior parte dos ramos de atividades a quebra do paradigma de custos, onde o MERCADO inverteu a tradicional fórmula de custos para determinar que o PREÇO de VENDA na maioria das situações seja determinado pelo MERCADO e a margem de lucro seja incluída não pela margem de lucro pretendida e sim “O QUANTO O MERCADO PODE PAGAR “. Para a pequena ou média empresa nos dias atuais a importância de gerenciar corretamente seus custos tornou-se função primordial para a sobrevivência do negócio. Nas indústrias os departamentos de engenharia desenvolveram a viabilidade dos produtos antes do seu lançamento e inclusive tentando prever o ciclo de vida dos produtos. Nos dias atuais o pequeno empresário defronta-se com a concorrência desleal, com o mercado informal e caso não tenha um preço competitivo para atuar no mercado poderá ter sérios problemas na gestão. Além de calcular corretamente seus preços de vendas e não ficar fora da competição global, todas as empresas precisam diariamente pensar no que fazer no seu negócio para reduzir custos. As margens de lucro estão cada vez menores e a estrutura para uma empresa se manter no mercado e atender todas as exigências legais é cada vez maior. Os concorrentes até então locais, hoje são internacionais. Encontram-se produtos de qualidade razoável com preços às vezes inexplicáveis. A escolha do regime tributário adequado também exerce relevante importância na gerência de preços. Num país onde carga tributária é uma das maiores do mundo, saber se o Lucro Real, Presumido, Arbitrado ou o SUPERSIMPLES é a melhor opção torna-se vital para apurar custos. Ao deparar-se com problemas de margem de lucro, em muitas situações o gestor pensa em aumentar o faturamento para melhorar resultado. Caso seus custos estejam incorretos ao invés de melhorar a rentabilidade o mesmo estará aumentando o prejuízo. A preocupação com os custos variáveis e a evolução dos custos fixos de qualquer empresa, deve ser uma preocupação diária na gestão das empresas. Uma das maiores implicações dos custos fixos reside nos critérios adotados para sua alocação aos preços de venda gerando, na maioria das vezes, enormes distorções e perda de competitividade, quando rateados de modo inadequado. O acompanhamento da evolução dos custos gerais das empresas deve ser feita de forma permanente, pois a rapidez da tomada de decisão no mercado torna-se um fator diferencial para a empresa. Também deverão ser observados os fatores mercadológicos na formação dos preços e o volume de capital de giro necessário para criar políticas diferenciadas de preços. 3 Unidade 2: Introdução a Gestão de Custos "Pois, quem de vós, querendo construir uma torre, não começa por sentar-se para calcular a despesa e ver se possui com que acabar?" Lucas, 14,28 A expressão custos pode assumir diferentes conotações a depender do contexto em que é empregada. Se, por exemplo, um consumidor afirmar que a compra de uma nova camisa lhe custou $ 20,00, poucas dúvidas surgirão. A compreensão de sua afirmação é imediata. No caso, porém, de a pergunta ser sobre quais foram os custos da camisa para a empresa fabricante, diferentes interpretações e diferentes respostas poderiam ser obtidas. O fabricante da camisa poderia pensar em diferentes conceitos acerca dos custos da roupa comercializada, como os custos contábeis, os custos de oportunidade, os custos financeiros, os custos plenos ou integrais, e muitos outros. Diversos podem ser os conceitos associados ao processo de formação e análise dos custos. De modo geral, custos podem ser definidos como medidas monetárias dos sacrifícios com os quais uma organização tem que arcar a fim de atingir seus objetivos. Contabilmente ou sob a óptica da gestão, essa afirmação pode ser interpretada de diferentes modos. Preços, por sua vez, correspondem à importância recebida pelas entidades em decorrência da oferta de seus produtos ou serviços. Devem ser suficientes o bastante para cobrir todos os custos incorridos e ainda fornecer um lucro para a entidade. Sob a óptica da entidade, quanto maior o preço, maiores os lucros e melhores os resultados. Os limites superiores dos preços, porém, são definidos pelo mercado consumidor e pelo valor percebido e atribuído ao produto ou serviço comercializado. A compreensão do valor e de como trabalhar as ferramentas do marketing e da estratégia a seu favor correspondem a outro ponto de vital importância para as empresas. Se estas somente permanecem no mercado e sobrevivem se seus preços forem superiores a seus custos, o mercado somente adquire seus produtos ou serviços quando percebe que estes oferecem um valor percebido superior a seu preço. Contabilidade Financeira, a Contabilidade de Custos e a Contabilidade Gerencial A contabilidade consiste no processo sistemático e ordenado de registrar as alterações ocorridas no patrimônio de uma entidade. Todavia, a depender do usuário e do tipo de informação requerida, a contabilidade pode assumir diferentes formas, apresentadas como: • contabilidade financeira: condicionada às imposições legais e requisitos fiscais; • contabilidade gerencial: voltada à administração de empresas, não se condiciona às imposições legais, tem o objetivo de gerar informações úteis para a tomada de decisões; • contabilidade de custos: voltada à análise dos gastos realizados pela entidade no decorrer de suas operações. Contabilidade de Custos: importância, definição e objetivos A contabilidade de custos pode ser definida como o processo ordenado de usar os princípios da contabilidade geral para registrar os custos de operação de um negócio. Dessa forma, com informações coletadas das operações e das vendas, a administração pode empregar os dados contábeis e financeiros para estabelecer os custos de produção e distribuição, unitários ou totais, para um ou para todos os produtos fabricados ou serviços prestados, além dos custos das outras diversas funções do negócio, objetivando alcançar uma operação racional, eficiente e lucrativa. O nascimento da contabilidadede custos decorreu da necessidade de maiores e mais precisas informações, que permitissem uma tomada de decisão correta após o advento da Revolução Industrial. Anteriormente à Revolução Industrial, a contabilidade de custos praticamente não existia, já que as operações resumiam-se basicamente em comercialização de mercadorias. Nessa época, os estoques eram registrados e avaliados por seu custo real de aquisição. Com a Revolução Industrial, as empresas passaram a adquirir matéria-prima para transformar em novos produtos. O novo bem criado era resultante da agregação de diferentes materiais e esforços de 4 produção, constituindo o que se convencionou chamar de custo de produção ou fabricação. As funções básicas da contabilidade de custos devem buscar atender a três razões primárias: a) determinação do lucro: empregando dados originários dos registros convencionais contábeis, ou processando-os de maneira diferente, tornando-os mais úteis à administração; b) controle das operações: e demais recursos produtivos, como os estoques, com a manutenção de padrões e orçamentos, comparações entre previsto e realizado; c) tomada de decisões: o que envolve produção (o que, quanto, como e quando fabricar), formações de preços, escolha entre fabricação própria ou terceirizada. Terminologia Básica de Custos • Custo Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Ele também é um gasto, só que reconhecido como custo no momento da fabricação de um produto ou execução de um serviço. Ex.: matéria-prima, mão-de-obra direta. • Despesa Gasto que provoca redução do patrimônio. Bem ou serviço consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. Ex.: comissão sobre vendas. • Diferença entre Custo e Despesa a) Custo: é o gasto com a fabricação do produto (processo produtivo). O custo só afetará o resultado a parcela do gasto que corresponde aos produtos vendidos. b) Despesa: é o gasto que não esta relacionado ao processo produtivo. São todos os demais fatores identificáveis a administração, financeiras e relativas as vendas, que reduzem a receita. A despesa afetará diretamente o resultado do exercício. • Desembolso É o pagamento resultante da compra (aquisição) de um bem ou serviço. É a saída financeira da empresa, entrega de ativos. Ex.: Pagamento de uma fatura. • Gastos "Sacrifício financeiro" com que a entidade arca para obter bens (produtos) ou serviços. São representados pela promessa de entrega de ativos (geralmente dinheiro). Somente é considerado gasto no momento que existe o reconhecimento contábil da dívida ou da redução do ativo dado em pagamento. Gasto é termo genérico que pode representar tanto um custo como uma despesa. Ex.: Gasto com matéria-prima, gasto com comissões sobre vendas. CUSTO ATIVADO GASTO INVESTIMENTO DESPESA NÃO-ATIVADO PERDA 5 • Investimento É todo o gasto para aquisição de ativo, com finalidade de obtenção de benefícios a curto, médio ou a longo prazo. Podemos concluir que todo custo é um investimento, mas nem todo o investimento é um custo. Ex.: matéria-prima, máquina para a fábrica, ações de outras empresas. • Perdas São bens ou produtos consumidos de forma anormal e involuntários. São gastos não intensionais decorrentes de fatores externos, fortuitos ou da atividade produtiva normal da empresa. Ex.: perdas com estoque deteriorados, incêndios. Obs.: Perdas rotineiras devem ser incorporadas no custo. E perdas não rotineiras (ocasionais) não devem ser consideradas nos custos. Explicando a diferença contábil entre custos e despesas Gastos incorridos para a elaboração do produto são contabilmente classificados como custos. Gastos incorridos após a disponibilização do produto devem ser classificados como despesa. Segundo Iudícibus (1998, p.113): “(...) o sentido original da palavra custo, aplicada à contabilidade, refere-se claramente à fase em que os fatores de produção são retirados do estoque e colocados no processo produtivo”. Os custos “vão para as prateleiras”, sendo armazenados nos estoques – são consumidos pelos produtos ou serviços durante seu processo de elaboração. Já as despesas estão associadas ao período – não repercutem, diretamente, na elaboração dos produtos ou serviços prestados (BRUNI & FAMÁ, 2004). Os Custos podem ser diferenciados de despesas conforme a Figura 1. Os custos somente passam a compor a demonstração do resultado do exercício quando os produtos ou serviços são vendidos, caso isso não ocorram eles irão compor o balanço patrimonial, fazendo parte, por exemplo, do estoque em elaboração ou em estoque acabado. Já as despesas independem das vendas, por isso mesmo não ocorrendo nenhuma venda, as despesas irão fazer parte da demonstração do resultado do exercício. Balanço Patrimonial Consumo associado à elaboração do produto ou serviço Consumo associado ao período FONTE: BRUNI & FAMÁ, 2004, p. 27 Demonstração do Resultado do Exercício Custos Despesas Investimentos Produtos ou serviços elaborados Gastos 6 Unidade 2: Exercício A 1. Classifique os gastos em: Investimentos ( I ), Custos ( C ), Despesas ( D ) e Perdas ( P ). Mencione se houve Desembolso ou não. Exemplo Gastos Desembolso Sim Não 1. Compra, à vista, de um computador. 2. Compra, a prazo, de matérias-primas. 3. Compra, à vista, de materiais-secundários. 4. Transferência de matérias-primas do almoxarifado para a produção. 5. Transferência de materiais secundários do almoxarifado para a produção. 6. Pagamento de prêmios de seguro, cobrindo a fábrica e os móveis da administração comercial e financeira, com vigência de (1) um ano a partir da contratação. 7. Apropriação do seguro da fábrica à produção num determinado mês. 8. Apropriação do seguro da administração. 9. Pagamento de energia elétrica relativa às instalações industriais. 10. Pagamento de energia elétrica relativa ao escritório de vendas. 11. Apropriação dos gastos de mão-de-obra (inclusive encargos sociais) relativos ao pessoal de vendas. 1. Apropriação dos gastos de mão-de-obra (inclusive encargos sociais) relativo ao pessoal da produção. 13. Pagamento de encargos financeiros relativos à compra de matérias-primas. 14. Pagamento de taxas sobre talões de cheques nos bancos. 15. Apropriação, à produção, de honorários da diretoria industrial. 16. Gasto à vista com refeições do pessoal da fábrica. 17. Gasto à vista com refeições do pessoal de vendas. 18. Depreciação de móveis e utensílios da área comercial e administrativa. 19. Depreciação de móveis e utensílios da área de produção. 20. Pagamento de fretes e carretos sobre matérias-primas e materiais secundários adquiridos (incorporam-se ao valor dos materiais comprados). 21. Pagamentos de fretes e carretos sobre produtos vendidos pela fábrica. 22. Constituição de provisões para13º e férias do pessoal da fábrica. 23. Constituição de provisões para 13º e férias do pessoal da administração Comercial. 24. Danificação de matérias-primas em função de incêndio. 25. Perda de matérias-primas num processo normal de produção. 26. Embalagem utilizada em produto no decorrer do processo de produção. 27. Embalagem utilizada em produto após o processo de produção. 2. O gasto do Departamento de Faturamento, a depreciação das máquinas de produção, a compra de matéria-prima e o tempo do pessoal em greve (remunerado) são, respectivamente: a) despesa, perda, ativo, custo; b) despesa, ativo, perda, custo; c) despesa, custo, ativo, perda; d) despesa, custo, perda, ativo; e) despesa, ativo, custo, perda. 3. Desembolso representa: a) pagamento pela aquisição de um bem ou pela obtenção de um serviço; b) aquisição a prazo de móveis e utensílios; c) depreciação de equipamentos da fábrica; d) a apropriação dos gastos de mão-de-obra; e) constituição de provisão. 4. Investimento representa: a) qualquer desembolso para a aquisição de um serviço; 7 b) um gasto com bem ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros; c) gasto com bens e serviços consumidos com a finalidade de obter receitas; d) gasto de salários e encargos sociais do pessoal de vendas; Exercício B 1. Classifique os gastos em: Investimentos ( I ), Custos ( C ), Despesas ( D ) e Perdas ( P ). Considerando a empresa uma fábrica. ( ) Compra de material de escritório ( ) Consumo de energia elétrica do setor de atendimento de clientes ( ) Propaganda e Marketing (gasto mensal) ( ) Remuneração de tempo ocioso do pessoal de atendimento a clientes ( ) Consumo de material de escritório na administração ( ) Gastos com treinamentos e desenvolvimento de funcionários do atendimento a clientes ( ) Depreciação do prédio (local da fábrica) ( ) Comissão de vendedores ( ) Aluguel da loja comercial ( ) Aquisição de um veículo ( ) Combustível gasto por vendedores ( ) Leasing de equipamentos (da fábrica) ( ) Remuneração do pessoal da Contabilidade ( ) Gasto com manutenção dos computadores da administração ( ) Gasto com manutenção dos equipamentos da fábrica ( ) Limpeza e conservação das lojas ( ) Gastos com supervisão da linha de produção 2. Marque V se verdadeiro e F se falso: ( ) Despesas são gastos incorridos com a produção de bens e serviços, com a intenção de sua venda posterior; ( ) Investimentos não são gastos, uma vez que se trata de ativos adquiridos pela empresa que somente são depreciados lentamente; ( ) Em relação ao momento da contabilização dos gastos, os desembolsos podem ocorrer antes (pagamento antecipado), no momento (pagamento a vista) ou depois da ocorrência dos gastos (pagamento a prazo). ( ) Custos são gastos que a empresa incorre para a comercialização dos produtos por ela fabricados. ( ) Investimentos são gastos ativados em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos. ( ) O desgaste – ou depreciação – de um bem do ativo imobilizado utilizado pelas áreas administrativas ou comerciais deve ser contabilizado como custo da produção de bens ou serviços. 3. Responda: a) Como diferem a contabilidade financeira, custos e gerencial. b) Tem-se despesa ao comprar matéria-prima? O que ocorre quando a matéria-prima é consumida na produção? (Justifique) c) Diferencie a perda rotineira da perda ocasional. Dê exemplos. E explique se são considerados como custo ou despesa. d) O que você entende por depreciação? Quando a depreciação é considerada custo e quando é considerada despesa? e) Quais as funções da gestão de custos? 4. Devem ser classificados como custo de produção os itens: a) Salário da administração, perdas, matéria-prima. b) Honorários da diretoria industrial, fretes do produto acabado, seguros da fábrica. 8 80 100 c) Seguros da área de produção, salário do contador, leasing de equipamentos industriais. d) Matéria-prima, telefone, salário da administração. e) Matéria-prima, mão-de-obra, depreciação de equipamentos industriais. 5. As perdas normais, inerentes à tecnologia do processo de produção, são tratadas como: a) custo dos produtos elaborados. b) despesas do período seguinte. c) despesas do período. d) redução no custo de produção. Classificação dos Custos Quanto ao produto (UNIDADE): Custos Diretos É todo o custo que está vinculado diretamente ao produto, e varia com a quantidade produzida. Sua apropriação pode ser direta (sem rateio), bastando que exista uma medida de consumo, como Quilogramas, Horas-Máquina, Horas-Homem trabalhadas, etc. Exemplo de custo direto: Matéria-Prima, Embalagens, Mão-de-obra Direta. Custos Indiretos É todo o custo que não esta vinculado diretamente ao produto, mas sim ao conjunto do processo produtivo. Para serem incorporados aos produtos, obedecem a uma mecânica de apropriação, de um processo de rateio. Exemplo de custos Indiretos: Depreciação das Máquinas, Supervisão da fábrica, Energia elétrica, etc. Quanto ao VOLUME: Custos Fixos É o custo que a empresa tem mensalmente, independente da produção e não se altera com o volume produzido dentro de uma determinada faixa. É um custo fixo no total, mas variável nas unidades produzidas. Quanto mais produzir, menor será o custo por unidade. Por exemplo: R$ 200,00 imputados a 80 unidades = R$ 2,5 /u R$ 200,00 imputados a 100 unidade = R$ 2,00 /u. Exemplo: Aluguel, depreciação dos equipamentos. R$ Quantidade Produzida Unidades Custos Variáveis É o custo que aparece somente quando a empresa inicia a produção e venda de seus produtos. Ele é fixo na unidade e variável no total. Quanto mais produzir, maior vai ser o volume consumido. R$ 200,00 para fabricar 200 unidades R$ 1.000,00 para fabricar 1000 unidades 0 200,00 9 200,00 1.000,00 300,00 100,00 100 300 Exemplo: Matéria-Prima Consumida. R$ Unidades Produzida Custos Semi-Variáveis ou Semi-Fixo É o custo que varia em função do volume de produção ou venda, mas não exatamente nas mesmas proporções. São custos considerados fixos até uma determinada parcela, e a partir deste ponto passam a ser variáveis. R$ 100,00 para fabricar até 1.000 unidades R$ 300,00 para fabricar até 1.500 unidades O exemplo mais típico é a energia elétrica da indústria (semi-variáveis) e supervisor da fábrica (semi-fixo). R$ Unidades Produzidas Atenção ao Classificar o custo de energia elétrica na produção Direto: Quando a empresa produz um único tipo de produto; ou quando é possível medir o consumo de energia elétrica gasta para produzir uma unidade. Indireto: Quando a empresa possui vários tipos de produtos e fica inviável medir o consumo de energia por unidade. Fixo: No caso de contrato de fornecimento e funcionamento constante das máquinas Variável: No caso de pagamento em função do consumo; quando as máquinas funcionam conforme o volume de produção. 200 1000 10 Classificação das Despesas: De forma similar aos custos, as despesas também podem receber esta classificação: Despesas Fixas: não variam em função do volume de vendas. Exemplo: aluguel e seguro das lojas; Despesas Variáveis: variam de acordo com as vendas. Exemplo: comissões de vendedores, gastos com fretes. Exercício C 1. Custos Diretos de um produto são aqueles que: a) Entram diretamente na linha de produção. b) Podem ser mensurados por produto com precisão. c) Estão diretamente relacionados ao processo produtivo. d) Podem ser rateados com base em critérios adequados. 2. Normalmente são custosindiretos em relação aos produtos: a) Aluguel e supervisão. b) Aluguel e embalagens. c) Promoção e propaganda. d) Matéria-prima e supervisão. e) Matéria-prima e embalagens 3. Classifique os seguintes itens como custo ou despesa, identificando a seguir quais dos custos são diretos e indiretos de produção, bem como ainda classificando custos e despesas como fixas ou variáveis. Custo: Fixo ou Variável e Direto ou Indireto Despesa: Fixa ou Variável a) Matérias-primas consumidas no processo fabril. b) Combustível e lubrificantes utilizados no maquinário de produção. c) Depreciação de equipamentos de escritório. d) Leasing de equipamentos de produção. e) Salários de pessoal administrativo. f) Aluguel da área utilizada para depósito de produtos acabados. g) Energia elétrica consumida nas instalações dos departamentos comercial e administrativo. h) Honorários pagos ao presidente do conselho de administração. i) Salários de supervisores de produção. j) Frete pago a transportadores de produtos acabados, a clientes. k) Aluguel de área fabril. l) Salários do pessoal de contabilidade. m) Impostos sobre vendas. n) Salários do pessoal de produção (horas trabalhadas). o) Embalagens consumidas no processo fabril. p) Comissão de vendedores. 4. Considere os dados abaixo, referentes aos gastos da empresa Industrial Delta e responda as questões: Dados $ Encargos com depreciação de móveis e utensílios 80.000,00 Mão-de-obra indireta referente a fábrica 160.000,00 Matéria-prima consumida 540.000,00 Gastos gerais de fabricação 120.000,00 Comissões sobre vendas 300.000,00 Encargos com depreciação de máquinas da produção 140.000,00 Aluguel do escritório de vendas 60.000,00 11 Salários dos vendedores 20.000,00 ICMS sobre vendas 600.000,00 Mão-de-obra direta referente a fábrica 220.000,00 Material de embalagem utilizado na produção 40.000,00 a) Os custos diretos da empresa Delta no período totalizaram em: ______________________. b) O valor dos custos indiretos de Delta foi:____________________. c) As despesas fixas de Delta no período totalizaram em: _______________________. d) As despesas variáveis de Delta no período totalizaram em: __________________ . 5. A Cia. Heta apresentou os seguintes saldos em determinado período contábil: • matéria-prima: R$ 1.000; • mão-de-obra direta: R$ 500; • salário da administração: R$ 400; • manutenção da fábrica: R$ 80; • energia elétrica das máquinas da fábrica: R$ 220; • aluguel do prédio administrativo: 50; • depreciação da fábrica: R$ 100; • materiais indiretos da fábrica: R$ 350; • seguros da fábrica: R$ 120; • salário do setor de faturamento: R$ 85; • mão-de-obra indireta: R$ 700. Os valores dos custos diretos, dos custos indiretos de fabricação de do custo de produção são, respectivamente, a) R$ 1.500, R$ 1.570 e R$ 3.070. b) R$ 1.580, R$ 1.490 e R$ 3.070. c) R$ 1.720, R$ 1.750 e R$ 3.470. d) R$ 1.720, R$ 1.350 e R$ 3.070. e) R$ 1.900, R$ 1.570 e R$ 3.470. Comportamento do Custo Unitário (Variável e Fixo) - O Custo Variável unitário (CVu) é fixo (constante). - O Custo fixo unitário (CFu) é decrescente. Ex.: Quantidade de Produto Custo Variável Total Custo Fixo Total Custo Total Custo Variável Unitário Custo Fixo Unitário 0 0 100,00 100,00 - - 1 10,00 100,00 110,00 10,00 100,00 2 20,00 100,00 120,00 10,00 50,00 3 30,00 100,00 130,00 10,00 33,33 4 40,00 100,00 140,00 10,00 25,00 .... .... ... ... ... ... Exercício D 1. Classifique os itens listados em Custo Fixo ou Variável e Direto ou Indireto; Despesa Fixa ou Variável; considerando ser uma produção de macarrão. 1) Farinha consumida 2) Ovos consumidos 3) Embalagens plásticas utilizadas 4) Salários dos operários da fábrica 12 5) Salários dos chefes de seção administrativa 6) Encargos sociais dos operários da fábrica 7) Conta de telefone do escritório 8) Depreciação de equipamento fabril 9) Depreciação de equipamento administrativo 10) Manutenção dos computadores administrativos 11) Seguro do prédio da fábrica 12) Leite consumido 13) Fatura de energia da fábrica 14) Fatura de energia da administração 15) Aluguel do prédio da fábrica 16) Comissão sobre vendas 17) Compra de máquinas da fábrica 18) Propaganda e promoções do mês 19) Honorários da administração 20) Leasing das máquinas de produção 2. Está correta a seguinte afirmativa (Marque somente uma letra): a) Os custos variáveis unitários diminuem quando aumenta a produção. b) Os custos fixos unitários diminuem na mesma proporção da redução da produção. c) Os custos fixos totais decrescem na mesma proporção em que o volume produzido diminui. d) Os custos fixos unitários variam em proporção inversa às variações do volume produzido. e) Os custos variáveis unitários crescem na mesma proporção em que o volume produzido aumenta. 3. Marque (V) se verdadeiro ou (F) se falso: ( ) Os custos variáveis unitários diminuem quando aumenta a produção. ( ) O custo fixo total decresce conforme o aumento de unidades produzidas. ( ) O custo fixo unitário decresce conforme o aumento de unidades produzidas. ( ) O custo variável unitário é constante. ( ) O custo variável total decresce com o aumento de unidades produzidas. Unidade 3: Sistemas de Custos Componentes dos Custos Os componentes dos custos se resumem em material direto (MD), mão-de-obra direta (MOD) e custos indiretos de fabricação (CIF). Material Direto (MD) é todo material que pode ser alocado diretamente à unidade do produto: a) que está sendo fabricado, matéria-prima (MP); b) que sai da fábrica incorporado ao produto ou utilizado como embalagens. Mão-de-obra direta (MOD) é todo salário pago ao funcionário que trabalha diretamente no produto/ serviço, cujo tempo pode ser identificado com a unidade que está sendo produzida. Em seu cálculo entra o salário, acrescido de todos os benefícios (férias e adicional, 13º sal., RSR) e dos encargos (INSS, FGTS, Seguro acidente, salário educação, SESI ou SESC, SENAI ou SENAC, INCRA, SEBRAE). Custos Indiretos de Fabricação (CIF) ou Gastos Gerais de Fabricação são todos os gastos relacionados com a fabricação e que não podem ser economicamente separados entre as unidades que estão sendo produzidas. Exemplo: aluguel da fábrica, materiais indiretos, mão-de-obra indireta, seguro. Os custos unitários de uma empresa podem ser obtidos pelo uso de diferentes critérios de atribuição, sendo a maioria dos quais, baseados em rateios, geralmente arbitrários, realizados sobre proporções (regra de três). 13 Como definir critério de rateio: a) analisar a composição dos CIF: depreciação, combustíveis e lubrificantes, energia elétrica horas/ máquina mão-de-obra indireta mão-de-obra direta b) analisar a composição dos CIF e verificar os critérios que melhor relacionem esses custos aos produtos: departamentos nos quais os custos fixos predominam c) Exemplos de bases de rateio de CIF: Materiais indiretos materiais diretos Energia elétrica quantidade produzida Aluguéis área ocupada Serviço de transporte nº de empregados Alimentação nº de empregados Outras Terminologias de Custos • Custo Primário (MP + MOD) Composto tão somente pela matéria-prima e mão-de-obra direta. • Custo de Transformação (MOD + CIF) São representados pelos custos do esforço despendido pela empresa para a obtenção do produto, assim entendidos como todos os custos de produção, exceto a matéria-prima, os componentes adquiridos prontos e as embalagens compradas, ou seja, compreendem a mão-de-obra direta e os gastos gerais de fabricação. • Rateios É o processo de divisão dos custos indiretos de produção aos centros de custos (departamentos), observando critérios pré-estabelecidos para sua alocação. O rateio tende a ser arbitrário e subjetivo. • Rastreamento É um processo de alocaros custos indiretos aos produtos. O rastreamento procura determinar a verdadeira relação entre o custo e a atividade através dos direcionadores de custos. • Custos Integrais ou Plenos: correspondem à soma de todos os valores consumidos pela empresa para a elaboração do produto ou prestação do serviço, incluindo custos e despesas. Elementos de custos Indiretos Diretos Rateio Prod A Prod B Prod C Estoque (=) Resultado (-) Despesas Componentes principais: Material Direto (MD) Mão-de-Obra Direta (MOD) Custos Indiretos de Fabricação (CIF) (-) CPV (+) Receitas Custos 14 Exercício E 1. Alguns dados contábeis e financeiros das Fábricas de Sandálias Aladas Ltda. estão exibidos a seguir. Com base nos números apresentados estime para o volume total produzido no período: (a) o custo primário; (b) o custo de transformação; (c) o custo de produção (ou fabricação); (d) Custo Integral ou Pleno. Conta $ Materiais requisitados na fábrica: diretos 8.200,00 Depreciação do parque industrial 1.700,00 Aluguel da fábrica 5.200,00 Aluguel de escritórios administrativos 7.400,00 Materiais requisitados na fábrica: indiretos 950,00 Depreciação de computadores da diretoria 720,00 Mão de obra direta 9.400,00 Seguro da área industrial 2.600,00 2. Considerando-se os gastos consumidos da Empresa Avante, em um determinado período: Despesa de Comunicação: $ 1.000,00; Seguro da Fábrica: $ 5.000,00; Salários da Administração: $ 10.000,00; Matéria-prima consumida: $ 35.000,00; Salários da Fábrica: $ 20.000,00; Comissão de Vendedores: $ 15.000,00; Depreciação na Fábrica: $ 4.000,00; Honorários da Diretoria: $ 5.000,00; Materiais Diversos na Fábrica: $ 3.000,00; Energia Elétrica na Fábrica: $ 3.000,00; Despesa de Entrega: $ 3.000,00; Material de Consumo de Escritório: $ 1.000,00. Pode-se afirmar que os custos de produção, as despesas administrativas e as despesas de vendas são, respectivamente: a) $ 75.000,00; $ 12.000,00; $ 18.000,00. b) $ 66.000,00; $ 24.000,00; $ 15.000,00. c) $ 35.000,00; $ 52.000,00; $ 18.000,00. d) $ 70.000,00; $ 17.000,00; $ 18.000,00. e) $ 95.000,00; $ 32.000,00; $ 3.000,00. 3. Em uma indústria metalúrgica que fabrica vários produtos, verifica-se a ocorrência dos seguintes eventos em determinado período: MD Materiais Diretos Matéria-Prima Embalagem MOD Mão-de-Obra Direta Mensurada e identifi- cada de forma direta CIF Custos Indiretos Custos que não são MD nem MOD Despesas Gastos não associados à produção Custo total, contábil ou fabril Custo de transformação Custo primário ou direto Gastos totais ou custo integral MD Materiais Diretos Matéria-Prima Embalagem MOD Mão-de-Obra Direta Mensurada e identifi- cada de forma direta CIF Custos Indiretos Custos que não são MD nem MOD Despesas Gastos não associados à produção Custo total, contábil ou fabril Custo de transformação Custo primário ou direto Gastos totais ou custo integral Classificação dos Gastos 15 Consumo de energia na fábrica 400,00 Matéria-prima consumida na produção 500,00 Gastos com pessoal do faturamento (salários e encargos sociais) 300,00 Depreciação de máquinas de produção 200,00 Honorários da Administração da produção 600,00 Depreciação de computadores da Contabilidade 100,00 Pede-se calcular o valor dos custos diretos (CD), indiretos (CI), fixos (CF) e variáveis (CV) no período. Exercício F 1. Estudo de Caso: Hospital Público Bom Samaritano Inaugurado no início de janeiro de 20X1, o Hospital Público Bom Samaritano tornou-se um marco na realização de cirurgias toráxicas. Estima-se que, após construído, o hospital permanecerá em operação por 20 anos. Os móveis, equipamentos e utensílios adquiridos têm uma vida útil média estimada em 10 anos. No primeiro ano, 120 cirurgias foram realizadas, com elevado percentual de sucesso. Esse sucesso, aliado à boa qualidade do atendimento e ao alto nível de satisfação de pacientes e familiares, motivou a Secretaria de Saúde a estudar os dados financeiros da instituição. Os gastos incorridos no ano de 20X1 estão apresentados a seguir: Item Valor ($) Salários e encargos de médicos 80.000.00 Gastos com a construção do hospital 800.000.00 Salários e encargos de enfermeiros 40.000,00 Aquisição de materiais cirúrgicos (apenas 40% foram consumidos) 120.000,00 Compra de equipamentos hospitalares 300.000.00 Salários e encargos do pessoal administrativo 20.000.00 Gastos com a aquisição de móveis e computadores para o Setor Administrativo 10.000,00 Pergunta-se: (a) Qual o custo contábil médio por cirurgia realizada? (b) Qual o custo integral (gasto) por cirurgia realizada? (c) Outro hospital público estima que seu custo integral para realizar cirurgias similares é igual a $ 2.300,00. O que pode ser dito em relação ao Bom Samaritano? (d) Uma empresa particular propôs realizar para o Estado as mesmas cirurgias, cobrando a importância de $ 2.000,00 por cirurgia. Sob a óptica da gestão de custos e considerando que, com a terceirização do serviço, o hospital poderia ser fechado, não sendo empregado em outras atividades, quais deveriam ser os aspectos analisados pelo Estado? Memorial de cálculo • Consumo de material cirúrgico = • Depreciação do hospital = • Depreciação de equipamentos = • Depreciação de móveis e equipamento administrativo = 16 Item Valor Subtotal Unitário MD Consumo de material cirúrgico MOD Salários e encargos de médicos Salários e encargos de enfermeiros CIF Depreciação do hospital Depreciação de equipamentos Soma dos custos contábeis Despesas Salários e encargos do pessoal administrativo Depreciação de móveis e equipamentos administrativos Soma dos gastos (custo integral) CPP, CPA e CPV O custo matéria-prima somado aos demais custos diretos e indiretos chega-se ao custo da produção do período (CPP) que somado com diferença dos produtos em elaboração do início e do fim do período chega-se ao custo da produção acabada (CPA). O custo da produção acabada somado à diferença do produto acabado do início e do fim do período chega-se ao custo do produto vendido (CPV). Esse cálculo se dará pela utilização da fórmula: Custo = Estoque Inicial + Compra (ou entradas) – Estoque final Em detalhe: Custo de Produção do Período (CPP) CPP = Material Direto (MD) + mão-de-obra direta (MOD) + Custos indiretos de fabricação (CIF) Custo de Produtos Acabados (CPA) CPA = Estoque Inicial de Produtos em Elaboração EI(PE) + Custo de Produção do Período (CPP) – Estoque Final de Produtos em Elaboração EF(PE) Custo de Produtos Vendidos (CPV) CPV = Estoque Inicial de Produtos Acabados EI(PA) + Custo de Produtos Acabados (CPA) – Estoque Final de Produtos Acabados EF(PA) A movimentação abaixo demonstra a aplicação da fórmula em cada etapa: Movimentação $ = Estoque Inicial de matéria-prima + Compras - Estoque Final de matéria-prima 100 0 (20) 17 = Custo da matéria-prima + mão-de-obra direta + custos indiretos de fabricação 80 70 30 = Custo da Produção do Período + Estoque Inicial de Prod. Elaboração - Estoque Final de Prod. Elaboração 180 60 (20) = Custo da Produção Acabada + Estoque Inicial de Prod. Acabado - Estoque Final de Prod. Acabado 220 80 (50) = Custo do Produto Vendido 250 Exercício G 1) Dados: o Considere o saldo do caixa no valor de 300.000. o Compra de matéria-prima no valor líquido de 120.000 neste mês, pago à vista. o Fretes dessas compras 30.000, pagamento à vista. o MOD aplicada na produção desse mês 40.000, que deverá ser pago no 5º dia útil do mês seguinte. o Custos indiretos de fabricação incorridos no valor de 30.000, pagamento à vista. o Devolução de partes das compras no total de 20.000. O fornecedor devolveu o valor correspondente a matéria-prima.Pede-se: A partir dos dados informados, deve se obter o valor CPP, CPA, CPV, para cada caso. a) No caso de não existir estoques iniciais e finais nesse período. Toda matéria-prima foi consumida na produção. b) Considerando a existência de estoques a seguir Estoque Inicial Estoque Final MP = 10.000 MP = 0 PE = 0 PE = 50.000 PA = 30.000 PA = 0 Exercício H 1. A Coind Ltda; apresentou em 31/01 o seguinte balancete de verificação: Contas Débito Contas Crédito Bancos 13.000,00 Depreciação Acumulada 6.000,00 Duplicatas a receber 10.000,00 Duplicatas a pagar 15.000,00 Estoques Salários e Enc. Sociais 6.800,00 Matérias-primas 25.000,00 Capital Social 45.000,00 Prod. Em Elaboração 3.000,00 Lucros Acumulados 19.200,00 Produtos Acabados 5.000,00 Máquinas e Equip. 30.000,00 Móveis e Utensílios 6.000,00 Total 92.000,00 92.000,00 Durante o mês de fevereiro ocorreram os seguintes eventos: 1) Pagamento de salários e encargos sociais no valor de $ 4.900,00. 2) Matérias-primas utilizadas na produção no valor de $ 12.000,00. 18 3) Apropriação de salários e encargos sociais do mês de fevereiro no valor de $ 6.000,00. Sendo que 60% são referentes a MOD e o restante dos departamentos comerciais e administrativos. 4) Apropriação da conta de energia elétrica no valor de $ 3.000,00. Sendo que 80% da energia foi consumida na produção. 5) Apropriação da depreciação (maq. e equip.) do período, calculada sobre o saldo das contas. A depreciação é de 1% ao mês. 6) Vendas do período no valor de $ 35.000,00 (sem impostos), à vista Dados complementares: Inventários do estoque em 29/02 Produtos em Elaboração: $ 4.000,00 Produtos Acabados: $ 4.500,00 Pede-se: a) CPP, CPA e o CPV, utilizando as fórmulas. b) Resultado do período (lucro ou prejuízo) Exercício I 1. O fabricante de aparelhos telefônicos Tudo Mudo Ltda tem custos fixos de $ 500.000 por mês, no total, e custos variáveis de $ 26 por unidade produzida. No mês de abril, o volume produzido e vendido foi de 40.000 aparelhos. Se o preço de venda, líquido dos impostos, foi de $ 50 para cada unidade, qual foi o total do lucro da empresa no mês? a) $ 350.000 b) $ 460.000 c) $ 450.000 d) $ 400.000 2. Uma empresa industrial aplicou no processo produtivo, no mês de dezembro, (a) $ 50.000 de matérias-primas, (b) $ 40.000 de mão-de-obra direta e (c) $ 30.000 de gastos gerais de fabricação. Em 30 de novembro havia um saldo de “produtos em elaboração” de $ 15.000, sendo que em 31 de dezembro permaneceram $ 20.000 de “produtos em elaboração”. Sabendo-se que o custo dos produtos vendidos no mês de dezembro foi de $ 80.000 e que não havia estoque de “produtos acabados” em 30 de novembro, assinale, com base nas informações disponíveis, a alternativa que corresponde ao saldo final (em 31 de dezembro) dos estoques de “produtos acabados”: a) $ 120.000 b) $ 135.000 c) $ 35.000 d) $ 55.000 3. A Empresa GB, produtora de cadernos em Itobi, em determinado período apresentou os seguintes dados (em $): 1. Estoque inicial de matéria-prima 5.000 2. Compra de matéria-prima 12.000 3. Despesas administrativas 2.000 4. Despesas financeiras 1.500 5. Despesas comerciais 2.500 6. Estoque inicial de produtos em processo 4.000 7. Mão-de-obra direta 10.000 8. Estoque final de produtos em processo 5.000 9. Custos indiretos de produção 8.000 10.Estoque final de matéria-prima 7.000 11. Estoque inicial de produtos acabados 6.000 12. Venda de 80% do total disponível de produtos acabados por 40.000 Pede-se calcular: a) O Custo Total de Produção (CPP). b) O Custo da Produção Acabada (CPA). c) O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 19 d) O Estoque Final de Produtos Acabados. e) O Lucro Bruto. f) O Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR). 4. Considere os seguintes dados da empresa Industrial Sunny, relativos a determinado período: $ 1.1 Estoque inicial de matéria prima 300 1.2 Estoque final de matéria-prima 420 1.3 Despesas administrativas de toda a empresa 120 1.4 Estoque inicial de produtos em processo 240 1.5 Estoque final de produtos em processo 300 1.6 Mão-de-obra direta utilizada na produção de bens 600 1.7 Custos indiretos de produção 480 1.8 Compras de matérias primas 720 1.9 Estoque inicial de produtos acabados 360 1.10 Venda de 90% do total disponível de produtos acabados 2.400 1.11 Frete pago para entregar produtos acabados vendidos 150 1.12 Juros apropriados sobre empréstimos bancários obtidos 70 Pede-se calcular : a) o custo do produto vendido ( CPV ) b) o lucro bruto c) o lucro ( ou prejuízo ) antes do imposto de renda ( LAIR ) O que integra o valor dos materiais ou matéria-prima Ao adquirir uma determinada matéria-prima a empresa incorre em gastos com transporte, segurança, armazenagem, impostos de importação, gastos com liberação alfandegária, etc. Como tratar estes valores? A regra é simples. Todos os gastos incorridos para a colocação do ativo em condições de uso (equipamentos, matérias-primas, ferramentas, etc.) ou em condições de venda (mercadoria) incorporam o valor desse mesmo ativo. A indústria, ao estocar matéria-prima, não considera os gastos de armazenagem como despesas, e sim como acréscimo ao valor dos itens estocados. Valor da Matéria-prima (mercadoria) ( - ) Descontos Comerciais ( - ) Abatimentos ( +) Fretes suportados pela empresa ( +) Outros gastos suportados pela empresa ( +) Impostos não recuperáveis ( - ) Impostos recuperáveis ( =) Custo de Aquisição Tratamento do IPI e ICMS no cálculo da Matéria-prima Na situação normal, a empresa paga IPI na compra de seus materiais, e também tem seus produtos tributados. Nesse caso, funciona ela como simples intermediária entre o pagador final do produto e o Governo Federal. ( Impostos recuperáveis devem ser deduzidos do custo da matéria-prima) Na outra situação, a empresa é tributada na compra de materiais e isenta ou suspensa a tributação na venda. Neste caso o IPI relativo às compras de materiais é agregado ao custo dos materiais. (Impostos não recuperáveis devem ser agregados ao custo da matéria-prima). O ICMS tem o mesmo tratamento do IPI. 20 Exercício J: 1. Calcule o custo de matéria-prima (MP) utilizando o método de avaliação de estoque (custo médio). Dados: EI = 40 litros no valor total de $ 160,00 Compras de MP (IPI 10%, ICMS 18%): Data Quantidade (litros) Valor Unitário ($) 07/06 30 4,20 15/06 20 5,00 Saídas Data Quantidade (litros) 10/06 60 Resolução do Exercício: Data Valor Total IPI Valor sem IPI ICMS Valor sem ICMS Data Entradas Saídas Saldo Quant. Unit. Total Quant. Unit. Total Quant. Unit. Total CUSTEIO POR ABSORÇÃO Conceito “É um método de custeio que consiste na alocação de todos os custos (diretos e indiretos) em cada fase da produção. Neste método, todos os gastos que participam da elaboração dos produtos fabricados deverão ser absorvidos por eles.” (Dubois, Kulpa e Souza, p. 296, 2008) “O Custeio por Absorção consiste na apropriação de todos os custos de produção para os produtos e/ou serviços produzidos, levando em conta as características da Contabilidade de Custos.” (Crepalpi, p. 78, 2008) Características Apropria todos os custos de produção (conforme definição da terminologia“custo”) aos produtos elaborados ou fabricados; Custos Diretos – identificados e apropriados diretamente aos produtos Custos Indiretos – não identificados diretamente, mas apropriados aos produtos por critérios de rateio Os custos permanecem nos estoques até que os produtos sejam vendidos, quando são baixados e computados na Demonstração do Resultado, pelo CPV. Atende ao Princípios Fundamental de Contabilidade, da Competência, que estabelece que “as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento”. 21 Aceito pela Legislação do Imposto de Renda CUSTEIO VARIÁVEL Conceito O método do Custeio Variável pode ser definido como aquele no qual os custos fixos são alocados aos resultados como se fossem despesas (independentemente do volume de produção da empresa), enquanto os custos e despesas variáveis são elementos fundamentais para a obtenção da Margem de Contribuição (MgC). Aos produtos cabem apenas os elementos variáveis.” (Dubois, Kulpa e Souza, p. 131, 2008) Custeio Variável (também conhecido como Custeio Direto) é um tipo de custeamento que consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como custo de produção e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do período.” (Crepaldi, p. 111, 2008) Características: Não atende ao Princípio Fundamental de Contabilidade, da Competência. Não aceito pela Legislação do Imposto de Renda. Apropria aos produtos apenas custos variáveis, mais precisamente aqueles identificáveis diretamente aos produtos; os fixos são debitados diretamente ao resultado do período, como despesas. Custeio por Absorção Empresas de Manufatura CUSTOS ESTOQUE DE PRODUTOS DESPESAS DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS RECEITA CPV LUCRO BRUTO DESPESAS LUCRO OPERACIONAL Custeio por Absorção Empresas de Manufatura CUSTOS ESTOQUE DE PRODUTOS DESPESAS DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS RECEITA CPV LUCRO BRUTO DESPESAS LUCRO OPERACIONAL 22 Unidade 4: Análise de Custos – Volume – Lucro Conceito de Margem de Contribuição Toda a dificuldade anterior residiu na apropriação dos Custos Indiretos Fixos, já que os Variáveis são alocáveis sem problema. Para a apropriação dos Fixos, existem dois tipos de problemas: o fato de serem no total independentes dos produtos e volumes, o que faz com que seu valor por unidade dependa diretamente da quantidade elaborada, e também o critério de rateio, já que, dependendo do que for escolhido, pode ser apropriado um valor diferente para cada unidade de cada produto. Toda e qualquer parcela de Custo Fixo que queiramos imputar ao produto não será existente apenas se houver a produção e venda deste; existirá independente dele. De que adianta então ficarmos imputando para cada unidade de cada produto uma parcela do Custo Fixo? Essa parcela dependerá da quantidade de produto e da forma de rateio, e não de cada unidade em si. CUSTEIO VARIÁVEL CUSTOS VARIÁVEIS ESTOQUE DE PRODUTOS VENDA DESPESAS DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS RECEITA LÍQUIDA CVPV DV MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO CDF LUCRO OPERACIONAL VARIÁVEISFIXASFIXOS CUSTEIO VARIÁVEL CUSTOS VARIÁVEIS ESTOQUE DE PRODUTOS VENDA DESPESAS DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS RECEITA LÍQUIDA CVPV DV MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO CDF LUCRO OPERACIONAL VARIÁVEISFIXASFIXOS CUSTEIO POR ABSORÇÃO X CUSTEIO VARIÁVEL A diferença no valor dos resultados de cada período refere-se ao custo fixo correspondente aos estoques inicial e final. CUSTEIO POR ABSORÇÃO X CUSTEIO VARIÁVEL A diferença no valor dos resultados de cada período refere-se ao custo fixo correspondente aos estoques inicial e final. 23 Chegamos assim ao conceito de Margem de Contribuição por Unidade, que é a diferença entre o preço de venda e o Custo Variável de cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e que lhe pode ser imputado sem erro. Não podemos dizer que Margem de Contribuição é Lucro, já que faltam os Custos Fixos; e sim que a Margem de Contribuição, multiplicada pelas quantidades vendidas e somada à dos demais produtos, perfaça a Margem de Contribuição Total. Desse montante, deduz-se os Custos Fixos e chega-se ao Resultado, que pode ser então o Lucro. Então chegamos a conclusão que o produto que deva ter sua venda incentivada é o que tem a maior Margem de Contribuição por Unidade. No custeio variável, todos os custos e despesas variáveis (inclusive as despesas de vendas e administração) são deduzidas da Receita de vendas, embora as despesas variáveis não façam parte do custo do produto, resultando na Margem de Contribuição. A Margem de Contribuição representa o valor que cobrirá os Custos e Despesas fixos da empresa e proporcionará o lucro. Fórmulas para o cálculo da Margem de Contribuição: Margem de Contribuição Unitária (MCu) MCu = Preço de Venda – (Custos Variáveis + Despesas Variáveis) Margem de Contribuição Total (MCt) MCt = MCu X Quantidade Vendida Margem de contribuição é um conceito de extrema importância para o custeio variável e para a tomada de decisões gerenciais. Em termos de produto, a margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e a soma dos custos e despesas variáveis. Uma Forma Alternativa de Demonstrar o Resultado Tendo em vista que chegamos agora ao conceito novo, que é o da Margem de Contribuição, em que não está computando o custo fixo antes apropriado para cada unidade, porque não elaborarmos uma Demonstração do Resultado também diferente daquela? Basta que apropriemos para o Resultado de cada produto seu Custo Variável, deixando os Fixos para serem diminuídos apenas da Margem de Contribuição Total. Veja o exemplo: Vendas ( - ) Custo Variável dos Produtos Vendidos ( = ) Margem de Contribuição ( - ) Custos Fixos ( = ) Resultado L M N Total $3.100.000 $5.200.000 $4.250.000 $12.550.000 ($1.560.000) ($2.860.000) ($2.100.000) ($6.520.000) $1.540.000 $2.340.000 $2.150.000 $6.030.000 ($2.455.000) $3.575.000 Desta forma não existe “Lucro” por produto, mas sim Margem de Contribuição; os Custos Fixos são deduzidos da soma de todas as Margens de Contribuição, já que de fato não pertencem a este ou àquele produto, e sim ao global. 24 Exercícios de Fixação (Margem de Contribuição) 1. Considere os dados coletados Produto A B C Preço de Venda Unitário ($) 100 110 200 Matéria-prima (unidade) ($) 50 61 150 Comissão sobre vendas ($) 2 3 5 Impostos sobre vendas ($) 20 30 35 Quantidade vendida 300 unid. 600 unid. 2.500 unid a) Qual a MC unitária de cada produto em valor ($) e em percentual (%)? b) Calcule a MC total da linha considerando a quantidade vendida. c) Que produto é o mais rentável se considerada somente a MC unitária? d) Pela MC total, qual o produto de maior rentabilidade? 2. O mix de produção da empresa Alfa compõe-se de três produtos. O analista de custos coletou os seguintes dados: Produto X Y Z Consumo de matéria-prima/unidade 36 Kg 45 Kg 38 Kg Consumo de horas/unidade 1,30 1,10 1,80 Custo unitário de matéria-prima ($) 20,00 21,00 25,00 Impostos sobre vendas ($) 12,00 8,00 11,00 Comissões sobre vendas ($) 5,00 6,00 4,00 Preço de Venda unitário ($) 50,00 52,00 55,00a) Se a empresa dispõe de apenas 5.000 Kg de matéria-prima para os três produtos, qual produto fabricar, supondo que o mercado absorverá toda a produção, no sentido de maximizar o lucro? Justifique. b) Numa outra situação, supondo que o limite de tempo disponível por mês seja 200 horas, qual produto deve ser fabricado? Justificar a decisão. 3. A linha de produção da empresa Beta tem essa estrutura: Produto XX YY ZZ Custos Fixos ($) 1.500 2.000 5.800 MC unitária ($) 1,5 3,00 5,00 Vendas médias mensais 2.500 unidades 1.400 unidades 1.500 unidades a) Na situação atual, classifique por ordem de rentabilidade (margem de contribuição total). b) Havendo necessidade de eliminar um produto, supondo que a demanda permanecesse no mesmo nível, qual o produto seria eliminado? c) Qual critério deve fundamentar a decisão: MC unitária ou MC total? 4. A empresa catarinense Alfa tem a seguinte dados do produto A: Preço de Venda ($) 1.500 Custos Variáveis ($) 450 Comissões sobre vendas (10% do Preço de Venda) 10% Impostos sobre vendas (17% do Preço de Venda) 17% O departamento de vendas da empresa tem um pedido de 266 unidades para venda dentro de SC. Um vendedor do Rio Grande do Sul envia um pedido de 290 unidades, exigindo um desconto de 5% de desconto do preço de venda. Os custos variáveis permanecem inalterados, exceto os impostos sobre 25 vendas, que passa a ser 12% por se tratar de venda para fora do estado. A aceitação de um pedido exclui a produção do outro. Sendo assim, qual pedido você aceitaria? Justifique a decisão mediante cálculo. Ponto de equilíbrio O ponto de equilíbrio representa o nível de vendas em que a empresa opera sem lucro ou prejuízo. Ou seja, o número de unidades vendidas no ponto de equilíbrio é o suficiente para a empresa pagar seus custos fixos e variáveis, sem gerar lucro. Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) PEC = Custos Fixos + Despesas Fixas __________________________ Margem de Contribuição Unitária Tipos de Ponto de Equilíbrio: Ponto de Equilíbrio financeiro (PE fin.) PE fin. = Custos Fixos – Depreciações + Dívida do período ________________________________________ Margem de Contribuição Unitária Ponto de Equilíbrio econômico (PE econ.) PE econ. = Custos Fixos + Lucro desejado _______________________________ Margem de Contribuição Unitária Exercícios de Fixação (Ponto de Equilíbrio) 1. Uma indústria de TV tem a seguinte estrutura de custos e despesas: Custos fixos mensais: $ 16.500,00 Custos variáveis unitários: $ 3.000,00 Preço de Venda: $ 5.500,00 Pede-se: a) Calcule o ponto de equilíbrio contábil em unidades. b) Determine o ponto de equilíbrio em $. c) Calcule o ponto de equilíbrio econômico, sabendo que a empresa deseja um retorno de 10% sobre o patrimônio líquido que tem o valor de $ 240.000,00. d) Qual o ponto de equilíbrio financeiro, sabendo que, do total de custos fixos, $ 2.000,00 referem- se às depreciações e que a empresa deverá quitar $ 5.000,00 de empréstimos no mês? 2. Os custos fixos totais da Fábrica de Embalagens Sacolândia S.A. são estimados em $ 40.000,00, e os variáveis, em $ 6,00. Seus produtos são comercializados a $ 16,00 por unidade e existe previsão para vendas entre 8.000 e 12.000 unidades. Com base nos dados fornecidos, pede-se para: 26 a) calcular o ponto de equilíbrio contábil; b) calcular o lucro a 8.000 unidades de vendas; c) o que acontece com o PEC contábil, se o custo fixo aumentar em 15%; Margem de Segurança A margem de segurança é o volume de vendas que supera as vendas calculadas no ponto de equilíbrio. Ou seja, representa o quanto as vendas podem cair sem que haja prejuízo para a empresa. MS ($) = Vendas efetivas ($) – Vendas no ponto de equilíbrio ($) MS (unid.) = Vendas efetivas em unidades – Vendas em unidades no ponto de equilíbrio MS (%) = (Margem de segurança ($) ÷ Vendas totais ($)) (x 100) Exercícios de Fixação (Margem de Segurança) 1. Se o ponto de equilíbrio é de $ 3.000,00 e as vendas efetivas forem de $ 4.500,00. Qual é a margem de segurança em $ e em %? 2. Se o ponto de equilíbrio é de 600 unidades e as vendas efetivas forem de 820 unidades. Qual é a margem de segurança em unidades? Unidade 5: Custo Padrão O custo-padrão consiste em técnica de fixar previamente preços para cada produto que a empresa fabrica. Duas das principais razões de se utilizar o custo-padrão consiste no uso gerencial das informações, ou como forma de agilizar os processos de encerramentos mensais. Ressalta-se que essa forma de custeio não é aceita para avaliação de estoques na data de balanço, exceto quando a diferença for irrelevante. O custo-padrão diferencia-se do estimado em razão de apresentar maior rigor técnico e busca de eficiência em sua estimativa. Ambos poderiam ser conceituados da seguinte forma: custo estimado: estabelecido com base em custos de períodos anteriores, ajustados em função de expectativas de ocorrências futuras, porém sem muito questionamento sobre as quantidades (materiais/mão-de-obra) aplicadas nos períodos anteriores e respectivos custos. Em geral, é empregado para cálculo de taxas de aplicação dos custos indiretos de fabricação, podendo ser estendido aos custos diretos; custo-padrão: estabelecido com mais critério, representa o que determinado produto deveria custar, em condições normais de eficiência do uso do material direto, da mão-de-obra, dos equipamentos, de abastecimento do mercado fornecedor e da demanda do mercado consumidor. Pode ser ideal - quando obtido com base em estudos científicos, desprezando ineficiências e apresentando, portanto, poucas chances de ser alcançado - ou corrente - quando considera as características normais do processo e do produto (incluindo qualidade de materiais, ineficiências, paradas, etc.), que representam a meta a ser alcançada em determinado período. O principal objetivo da utilização do sistema de custeio-padrão consiste no controle dos custos, realizado com base em metas prefixadas para condições normais de trabalho. Empregando custos- padrão, é possível apurar os desvios do realizado em relação ao previsto, identificar as causas dos desvios, adotar providências corretivas e preventivas de erros, que permitem a melhoria do desempenho. Conforme mencionado, sua aplicação não dispensa o cálculo dos custos reais. Sua aplicação deve ser feita para permitir comparações entre previsto e realizado, e análise das variações. A fixação de 27 custos-padrão envolve dois tipos de padrões relativos aos consumos físicos de recursos e aos gastos financeiros unitários de cada recurso consumido: • padrões físicos: como materiais diretos, mão-de-obra direta, consumo de energia, etc., são de responsabilidade de áreas operacionais, como produção, PCP, desenvolvimento de produto, etc.; • padrões monetários: custos em unidades monetárias dos recursos necessários; são de responsabilidade de áreas administrativas, como controladoria, compras, departamento de pessoal. • O sistema de custeio-padrão analisa as variações ocorridas entre o custo real e o padrão. A variação será favorável quando o real for menor que o padrão e desfavorável quando o real for superior ao padrão. Um cuidado adicional deve ser tomado na análise rigorosa de variações favoráveis, já que estas podem ter sido decorrentes da redução da qualidade dos materiais diretos (o que compromete a qualidade do produto final ou pode aumentar o consumo) ou aplicação de menor tempo de mão-de- obra, o que pode significar subestimação do custo-padrão. As responsabilidades funcionais para o cálculo do custo-padrão dos componentes de custos são apresentadas na Figura abaixo:Distribuição de responsabilidade do cálculo do custo-padrão Devem ser consideradas, também, as variações segregadas, pois algumas podem ser favoráveis e outras desfavoráveis na mesma magnitude, resultando em variação global nula. Algumas das principais vantagens decorrentes da aplicação de um sistema de custeio padrão poderiam ser apresentadas como: • eliminação de falhas nos processos produtivos: já que os padrões são determinados com base no estudo e análise das condições normais de produção, dentro de parâmetros associados ao uso eficiente das matérias-primas, utilização adequada de máquinas e equipamentos, emprego correto de mão-de-obra. Na implantação das medidas-padrões, os fatores devem ser criteriosamente ponderados. Assim, a comparação entre o padrão e o realizado permite a constatação e a apuração de eventuais falhas; Materiais Diretos Áreas técnicas Compras e Controladoria Quantidades Materiais Diretos Materiais Diretos Mão-De-Obra Direta Áreas técnicas Departamento de Pessoal Horas Materiais Diretos Taxas Horárias Custos Indiretos de Fabricação Planejamento Controladoria Volumes de Produção Materiais Diretos Taxas de CIF Controladoria Ficha de Custo Padrão 28 • aprimoramento dos controles: os padrões podem funcionar como bom instrumento de controle interno, quando bem empregados. Os desvios verificados entre custos reais e padrões permitem identificar o ponto exato do desvio; • instrumento de avaliação do desempenho: os funcionários, a partir da adoção dos padrões, sabem que existem medidas de fácil aplicação e utilização periódica do desempenho profissional nas diversas atividades. Assim, o efeito psicológico da existência dos padrões contribui para a maximização no desempenho de diversos executivos e departamentos; • contribuição para o aprimoramento dos procedimentos de apuração do custo real: algumas análises entre o padrão e o real podem indicar a necessidade da revisão de algumas das etapas de apuração dos custos reais. Por exemplo, em decorrência de falha de registro e controle, o consumo de matéria-prima de determinado mês pode ter sido contabilizado, erroneamente, no mês posterior. Esse fato reforça a necessidade da existência de ambos os sistemas - um complementando as informações fornecidas pelo outro; • rapidez na obtenção das informações: os padrões permitem a obtenção mais ágil de algumas informações, como, por exemplo, as necessárias para a realização de pequenos orçamentos e cotações de vendas - quando não existe tempo disponível para a apuração do custo real. Análises de Variações As análises de variações costumam ser decompostas em variação de preço ou taxa e variação de quantidade ou eficiência. As análises de variações podem ser exemplificadas pela Figura abaixo: Variações em preço e quantidade Conforme apresentado na Figura, as variações podem ser de preço, quantidade ou conjunta. As variações de preço analisam exclusivamente o efeito da diferença ocorrida entre o preço-padrão e o preço real. Supondo que a quantidade-padrão fosse realmente consumida, a variação de preço poderia ser apresentada como: A variação de quantidade analisa apenas as diferenças encontradas entre o consumo-padrão previsto e o consumo real verificado. Supõe a manutenção do preço estimado no custo-padrão. Algebricamente, a variação de quantidade pode ser apresentada como: a Quantidade = (Quantidade Real - Quantidade-padrão) x Preço-padrão Quantidade Preço 0 Qp Qr Pp Pr Variação de Preço Variação de Quantidade Variação Conjunta Variação de Preço = (Preço Real – Preço Padrão) x Quantidade Padrão Variação de Quantidade = (Quantidade Real – Quantidade Padrão) x Preço Padrão 29 A variação conjunta analisa os efeitos mistos das variações de preços e quantidades. Equivale ao produto das diferenças e pode ser apresentada como: Variação Conjunta = (Preço Real – Preço Padrão) x (Quantidade Real – Quantidade Padrão) Exemplo: A Diretoria Industrial da Fábrica de Sapatos Ande Bem Ltda. estimou que, para fabricar um par de sapatos do novo modelo Florença, seriam necessários 0,60 m2 de couro e o emprego de 3,20 horas de mão-de-obra direta. Dados da controladoria da empresa indicaram que o custo estimado para o couro seria igual a $ 80,00 por m2 e de $ 15,00 por hora de mão-de-obra direta. Após fabricar 300 pares do novo modelo, a empresa verificou que haviam sido consumidos 210 m2 de couro, com um custo total igual a $ 17.850,00. A mão-de-obra direta empregada na produção dos 300 pares alcançou 990 horas, com um custo total igual a $ 15.840,00. A comparação entre os valores do custo-padrão e do custo real pode ser verificada na tabela seguinte. Descrição Couro Mão-de-obra Unitário Total Unitário Total Preço 80 80 15 15 Padrão Quantidade 0,6 180 3,2 960 Valor 48 14.400,00 48 14.400,00 Preço 85 85 16 16 Real Quantidade 0,7 210 3,3 990 Valor 59,5 17.850,00 52,8 15.840,00 Variações Preço 5 5 1 1 Quantidade 0,1 30 0,1 30 Valor 11,5 3.450,00 4,8 1.440,00 Nota-se que, de modo geral, todas as variações foram desfavoráveis: para produzir os 300 pares, foram consumidos mais recursos produtivos (couro e mão-de-obra) a um custo maior do que estimado no sistema de custo-padrão. Analisando as variações de preço, quantidade e variação conjunta, a empresa encontraria os valores apresentados na tabela a seguir. Componente Couro Mão-de-obra Preço Variação no preço 5 1 Quantidade-padrão 0,6 3,2 Valor da variação de preço 3 3,2 Quantidade Preço-padrão 80 15 Variação na quantidade 0,1 0,1 Valor da variação na quantidade 8 1,5 Conjunta Variação no preço 5 1 Variação na quantidade 0,1 0,1 Valor da variação conjunta 0,5 0,1 Variação total (no valor dos insumos) 11,5 4,8 É importante destacar que a expressão favorável (quando existe redução do custo) ou desfavorável (quando indica elevação do custo) devem ser empregadas com cuidado, já que nem todo aumento de custo é, de fato, desfavorável. Da mesma forma, nem toda redução de custo é favorável para a empresa. Existem e devem ser analisados todos os aspectos qualitativos associados. 30 Por exemplo, a redução do custo de um componente de matéria-prima pode ter ocorrido em função da compra de um produto de qualidade inferior. Se essa qualidade mais baixa interferir na atribuição de valor por parte do cliente, a redução do custo terá sido, na verdade, uma variação desfavorável. A recíproca é verdadeira: se um aumento no custo de determinado componente ocasionar aumento mais que proporcional no valor percebido pelo cliente, a variação poderá ser vista como favorável. Exercícios de Fixação (Custo Padrão) 1. A Doceria “Delícia” estimou que o custo-padrão de uma torta seria igual a $ 21,24. O custo seria formado por 1,8 kg de farinha de trigo a $ 0,90 por quilo = $ 1,62; 400 g de açúcar a $ 1,45 por kg = $ 0,58 e 2,8 horas de MOD a $ 6,80 a hora = $ 19,04. Em agosto de 2011, para produzir uma unidade de torta foram necessários 2 kg de farinha, 300 g de açúcar e 3 horas de mão-de-obra direta. Pede-se: a) Sabendo que os preços dos insumos foram respectivamente iguais a $ 0,88/kg, $ 1,52/kg e $ 7,20/h, analise as variações, determinando quais delas foram favoráveis e quais foram desfavoráveis. b) Calcule as variações de preço, quantidade e variação conjunta da mão-de-obra direta. Ingrediente Padrão Real Diferença Quant. Preço Custo Quant. Preço Custo Quant. Preço Custo Farinha Açúcar MOD Soma Unidade 6: Método dos Centros de Custos DEPARTAMENTALIZAÇÃO E RATEIO DOS CUSTOS VBC – Volume Based Costing sem Departamentalização Os custos unitários de uma empresa são obtidos pelo uso de diferentes critérios de atribuição, sendo a maioria dos quais, baseados em rateios, geralmente arbitrários, realizados sobre proporções (regra detrês simples). Quando a empresa produz mais de um produto há uma dificuldade para se alocar os custos indiretos de fabricação (CIF) aos produtos, pois esses custos são consumidos pelos produtos de forma indireta sendo muito difícil, às vezes impossível, sua mensuração correta. Assim os CIF´s são alocados através de rateio, cujo critério serão definidos pela empresa. VBC – Volume Based Costing com Departamentalização Departamentos (Centros de Custos: são unidades operacionais representadas por um conjunto de indivíduos e/ou máquinas de características semelhantes, desenvolvendo atividades homogêneas dentro de uma mesma área (Bruni e Famá, 2004) Esse critério de rateio, departamentalização, pode ser denominado de preço de transferência. Ocorre o preço de transferência quando o processo produtivo de uma indústria está dividido em departamentos, com isso, um produto pode receber custos dos diversos departamentos que tenham 31 participado da sua produção. Portanto, há que se estabelecer uma forma de alocar / ratear os custos indiretos destes departamentos aos produtos. O departamento é, na maioria das vezes, associado a um (ou mais) centro de custos, ou seja, é uma unidade administrada por alguém que tenha responsabilidade por alguma etapa do processo produtivo. A esses departamentos são rateados os custos indiretos de fabricação e posteriormente alocados aos produtos. Os departamentos podem ser classificados em: Departamento de produção – atuam diretamente sobre os produtos e Departamento de serviços – prestam serviços para os departamentos de produção, por exemplo: departamento de compras, de manutenção, almoxarifado e outros. Os custos dos departamentos de serviços serão posteriormente transferidos, através de rateio, para os departamentos de produção. 32 33 34 35 36 Unidade 7: Custeio Baseado em Atividades (ABC) Martins (2003, p. 87), informa que o Custeio Baseado em Atividades “é uma metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos”. Este sistema tem como fundamento básico a busca do princípio da causa, ou seja, procura identificar de forma clara, por meio de rastreamento, o agente causador do custo, para lhe imputar o valor. O método ou sistema de custeio baseado em atividades (ABC – Activity Based Costing) procura, igualmente, amenizar as distorções provocadas pelo uso do rateio, necessários aos sistemas tratados anteriormente, principalmente no que tange ao sistema de custeio por absorção. Poderia ser tratado como uma evolução dos sistemas já discutidos, mas sua relação direta com as atividades envolvidas no processo configura mero aprofundamento do sistema de custeio por absorção. A idéia básica é atribuir primeiramente os custos às atividades e posteriormente atribuir custos das atividades aos produtos. Sendo assim, primeiramente faz-se o rastreamento dos custos que cada atividade causou, atribuindo-lhes estes custos, e posteriormente verificam-se como os portadores finais de custos consumiram serviços das atividades, atribuindo-lhes os custos definidos. Conforme Eller (2000, p.82), “o Custeio Baseado em Atividades parte da premissa de que as diversas atividades desenvolvidas geram custos e que os produtos consomem essas atividades”. Segundo Martins (2003, p.96) para atribuir custos às atividades e aos produtos utilizam-se de direcionadores. Martins (2003, p.96) ensina ainda que “há que se distinguir dois tipos de direcionador: ... direcionador de custos de recursos, e os ...direcionadores de custos de atividades” (grifado). O citado autor continua afirmando que “o primeiro identifica a maneira como as Atividades consomem recursos e serve para custear as atividades”. Afirma ainda que “o segundo identifica a maneira como os produtos consomem atividades e serve para custear produtos”. Nakagawa (2001, p.42), conceitua atividade “como um processo que combina, de forma adequada, pessoas, tecnologias, materiais, métodos e seu ambiente, tendo como objetivo a produção de produtos”. Assim para o estudo do método ABC deve-se ponderar sobre as atividades envolvidas em cada processo de produção, seja de uma mercadoria ou um serviço. Importância e utilização do ABC A importância que se dá à utilização do sistema de Custeio ABC é em virtude do mesmo não ser apenas um sistema que dá valor aos estoques, mas também proporciona informações gerenciais que auxiliam os tomadores de decisão, como por exemplo, os custos das atividades, que proporcionam aos gestores atribuírem responsabilidades aos responsáveis pelas mesmas. Um diferencial do sistema de custeio ABC, é que a sua utilização, por exigir controles pormenorizados, proporciona o acompanhamento e correções devidas nos processos internos da empresa, ao mesmo tempo em que possibilita a implantação e/ou aperfeiçoamento dos controles internos da entidade. Implementação do ABC A implementação do ABC requer uma cuidadosa análise do sistema de controle interno da entidade. Sem este procedimento que contemple funções bem definidas e fluxo dos processos, torna-se inviável a aplicação do ABC de forma eficiente e eficaz. O ABC, por ser também um sistema de gestão de custos, pode ser implantado com maior ou menor grau de detalhamento, dependendo das necessidades de informações gerenciais para o gestor, o que está intimamente ligado ao ramo de atividade e porte da empresa. Vantagens e desvantagens da aplicação do custeio ABC Para melhor entendimento apresentamos as vantagens e desvantagens da aplicação do método de custeio ABC. Como vantagens podemos ressaltar: • informações gerenciais relativamente mais fidedignas por meio da redução do rateio; • adequa-se mais facilmente às empresas de serviços, pela dificuldade de definição do que seja custos, gastos e despesas nessas entidades; 37 • menor necessidade de rateios arbitrários; • atende aos Princípios Fundamentais de Contabilidade (similar ao custeio por absorção); • obriga a implantação, permanência e revisão de controles internos; • proporciona melhor visualização dos fluxos dos processos; • identifica, de forma mais transparente, onde os itens em estudo estão consumindo mais recursos; • identifica o custo de cada atividade em relação aos custos totais da entidade; • pode ser empregado em diversos tipos de empresas (industriais, comerciais,e serviços, com ou sem fins lucrativos); • pode, ou não, ser um sistema paralelo ao sistema de contabilidade; • pode fornecer subsídios para gestão econômica, custo de oportunidade e custo de reposição; • possibilita a eliminação ou redução das atividades que não agregam valor ao produto. Por outro lado, pode-se enumerar como desvantagens: • gastos elevados para implantação; • alto nível de controles internos a serem implantados e avaliados; • necessidade de revisão constante; • leva em consideração muitos dados; • informações de difícil extração; • dificuldade de envolvimento e comprometimento dos empregados da empresa; • necessidade de reorganização da empresa antes de sua implantação; • dificuldade na integração das informações entre departamentos; • falta de pessoal competente, qualificado e experiente para implantação e acompanhamento; • necessidade de formulação de procedimentos padrões; • maior preocupação em gerar informações estratégicas do que em usá-las; Unidade 8: Método da Unidade de Esforço de Produção (UEP) A UEP considera para cálculo o que é gasto no esforço da produção, o que é custo de transformação ou custo de conservação, não é considerado matéria prima, os componentes adquiridos prontos e as embalagens compradas, são considerados, por exemplo, o desgaste do equipamento (depreciação mão de obra direta), trabalho da mão de obra indireta, consumo de energia, etc. Parte-se do princípio que as fábricas
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