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Página 1 de 8 FARMACOLOGIA AULA 13 – segunda prova Transmissão adrenérgica Sistema simpático: ativado em momentos de luta e fuga. catecolaminas Principal neurotransmissor do Simpático: Noradrenalina Principal hormônio secretado pela medula suprarrenal: Adrenalina → incrementar efeito e resposta do simpático, de forma generalizada, lança a adrenalina na corrente sanguínea de forma que o corpo todo a recebe. Se ligam em receptores α ou β. Noradrenalina (EUA: norepinefrina) e adrenalina (EUA: epinefrina): muito semelhantes e possuem mesmos efeitos. As duas se ligam nos receptores. RECEPTORES Receptores α α1 → encontrados principalmente no músculo liso, vasos sanguíneos Induz contração muscular. α2 → encontrados em terminações nervosas Inibir/diminuir liberação de noradrenalina. Traduz que já existe muita noradrenalina. Receptores β β1 → encontrado no coração Coração em luta/fuga: taquicardia (mais forte, mais rápido). Aumenta débito cardíaco (aumenta fluxo de sangue). β2 → encontrado em músculo liso, brônquios Relaxamento. β3 → encontrado no tecido adiposo Induz processo de lipólise (quebra de gordura). O mesmo órgão, mesmo tecido, pode promover mais efeitos. Ex: músculo liso (relaxamento/contração). Página 2 de 8 FISIOLOGIA DA TRANSMISSÃO ADRENÉRGICA • BIOSSÍNTESE • ARMAZENAMENTO • LIBERAÇÃO • DEGRADAÇÃO Temos a porção final de um neurônio. 1. Tirosina (aminoácido) sofre ação de uma enzima, tirosina hidroxilase 2. A partir disso nos dá a dopa (produto), que sofre ação de uma enzima, dopa descarboxilase 3. Isso vai gerar a dopamina (produzida no citoplasma neuronal) 4. A dopamina no citoplasma precisa ser internalizada na vesícula, pela enzima dopamina β-hidroxilase, que converte dopamina em noradrenalina 5. Noradrenalina é liberada para agir nos receptores A suprarrenal e o neurônio: suprarrenal possui uma enzima a mais, a fenietanolamina-n- metil-transferase, que transforma a noradrenalina em adrenalina. Tudo isso que ocorre no neurônio, ocorre também na suprarrenal. Uma vez que foram produzidos os mediadores, e estocados, fecha-se as etapas de biossíntese e armazenamento. Quando o neurônio sofrer despolarização vai fazer o processo de liberação das substâncias e degradação. Temos a porção final de um neurônio, dentro dele essas bolinhas azuis são moléculas de adrenalina produzidas e estocadas. Quando for necessário esse neurônio despolariza, essas vesículas vão até a porção final do neurônio, liberando noradrenalina que vai acabar se ligando no seu receptor. Depois que a noradrenalina for liberada, está fazendo a ação dela, precisa degradar ela. O processo de degradação da noradrenalina é diferente da acetilcolina (tínhamos uma colinesterase que degradava a acetilcolina). Para a catecolamina ser degrada precisa ser internalizada, volta para o citoplasma e lá o neurônio define se ela vai ser reaproveitada ou degradada pelas enzimas que ficam nas mitocôndrias (MAO (monoamina oxidase) e COMT). Quando encontramos noradrenalina no citoplasma neuronal, é dessa captação e não da biossíntese. Essa captação é chamada captação neuronal ou captação 1, pois temos essa noradrenalina podendo ser captada por outras células além do neurônio. Quando for esse o caso se chamará captação extra neuronal ou captação 2. A captação 1 é mais lenta e mais seletiva para noradrenalina, já a 2 é mais rápida e inespecífica, podendo captar outros tipos de amina (noradrenalina, adrenalina, dopamina, serotonina). Página 3 de 8 Tirosina hidroxilase: mexe com hidroxila (insere H) na Tirosina → DOPA Dopa descarboxilase: mexe com carboxila (tira a COOH) da DOPA → Dopamina Dopamina β-hidroxilase: mexe com a hidroxila na posição β → Noradrenalina Feniletanolamina-n-metiltransferase: transfere metil (CH3) → Adrenalina CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS Agentes Simpatomiméticas: mimetizam o sistema simpático de forma direta e indireta. Agonistas adrenérgicos Agentes Simpatolíticos: inibição ou bloqueio do sistema simpático. Antagonistas adrenérgicos: bloqueiam os receptores alfa e beta Fármacos que afetam os neurônios noradrenérgicos: • Fármacos que interferem na síntese de noradrenalina; • Fármacos que afetam o armazenamento de noradrenalina; • Aminas simpatomiméticas de ação indireta; • Inibidores da captura de noradrenalina. SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO DIRETA Catecolaminérgicos Ligam-se em receptores α e β-adrenérgicos. São as mais potentes (relação estrutura- atividade). Noradrenalina: Neurotransmissor endógeno liberado pelos neurônios simpáticos. Eficácia semelhante à da adrenalina. Pode-se ligar à receptores α e β-adrenérgicos. Pode ser produzido de forma sintética, pode ser usada de forma terapeuta. Efeito da droga: Faz vasoconstrição, aumenta as pressões sistólica e diastólica, aumenta débito cardíaco. Afeição maior para alfa. Adrenalina: Hormônio liberado pela suprarrenal. Liga-se a todos os subtipos de receptores adrenérgicos (α e β). Pode ser produzido de forma sintética, pode ser usada de forma terapeuta. Efeito da droga: Produz efeito inotrópico e cronotrópico positivo. Faz broncodilatação. Demais órgão dependerá da proporção de receptores α e β presentes no órgão-alvo. Página 4 de 8 Dopamina: Precursor da NA e ADR. Em baixas concentrações atua em receptores dopaminérgicos D1 vasculares, nos leitos renais, produzindo vasodilatação. Em alta proporção também pode se ligar aos receptores α e β, e produzir efeitos semelhantes da adrenalina e noradrenalina. Efeito da droga: Faz vasoconstrição generalizada vasodilatação renal. Possui receptores dopaminérgicos. Isoprenalina/Isopreterinol: São β-adrenérgico seletivos (baixa afinidade por receptores α). Nosso paciente não produz, é sintética. Efeito da droga: Reduz a resistência periférica (queda de pressão); ativa também receptores β1 produzindo taquicardia. Afinidade por beta. RELAÇÃO ESTRUTURA-ATIVIDADE DAS AMINAS SIMPATOMIMÉTICAS Relação da estrutura da sua molécula e da atividade dela (modificação). Catecolaminas: Grupo catecol: um anel aromático ligado a duas hidroxilas. Drogas que se ligam aos receptores α e β, e conseguem ativar com eficácia. Efeito potencializado. No final das moléculas possuem função amina. Relação da estrutura-atividade: Moléculas de drogas que tenham grupo catecol, tem seu efeito potencializado. Porém, se tiverem uma função amina a uma distância do grupo catecol de dois carbonos, isso aumenta a sua eficácia/potência, conseguem se ligar nos receptores e ativá-los com maior eficácia. Dopamina, Noradrenalina e Adrenalina são as drogas mais potentes quando pensamos em agonistas adrenérgicos. Se começarmos a retirar ou trocar de lugar as hidroxilas, as drogas começam a ficar mais resistente a MAO e CONT, durando mais tempo no organismo. Quando há aumento da cauda depois da função amina na adrenalina por exemplo, as drogas começam a apresentar afinidade maior a receptor β do que α. Afinidades relativas: α Noradrenalina > Adrenalina > Isoprenalina β Isoprenalina > Adrenalina > Noradrenalina Noradrenalina tem afinidade um pouco maior pra alfa, adrenalina tem cauda a mais então tem afinidade menor, assim como isoprenalina. Essa cauda maior aumenta a afinidade com receptores β. Não catecolaminérgicos: Não apresenta necessariamente o grupo catecol. Grupo molecular vai variar bastante. Agonistas α1-adrenérgicos: Fenilefrina e metoxamina Se ligam mais especificamente no receptor α1. Não apresentam ações em receptores β. Fenilefrina, oximetazolina e nafazolina: descongestionante nasal (contraindicado para hipertensos por aumentar pressão arterial). α1 → encontrados principalmenteno músculo liso, vasos sanguíneos Induz contração muscular. Página 5 de 8 Efeito das drogas: Não agem sobre o coração; somente sobre os vasos, aumentado a resistência periférica. Agonistas α2-adrenérgicos: α-Metildopa: Compete com a L-dopa, como precursor na biossíntese das catecolaminas. Utilizado como anti-hipertensivo, derruba pressão arterial (Utilizado na Medicina Humana). Nível periférico: pressão cai, bradicardia Efeito da droga: É um pré-fármaco. É convertida no organismo em metilnoradrenalina, que é um α2 seletivo. Efeito anti-hipertensivo. Nível central: Xilazina e Clonidina: Efeito sedativo, anestésico, relaxante muscular e analgésico (Utilizada em Medicina Veterinária). Efeito da droga Xilazina: Apresenta propriedades analgésica, sedativa e relaxante muscular de ação central. Efeito da droga Clonidina: Efeitos cardiovasculares, hipotensão e bradicardia (ação sobre autos receptores α2). α2 → encontrados em terminações nervosas Inibir/diminuir liberação de noradrenalina. Traduz que já existe muita noradrenalina. Agonistas β2-adrenérgicos: Não são tão seletivos. Salbutamol, Terbutalina e Fenoterol Clembuterol: é um agonista β2 específico. Salbutamol é para uso Humano e o Clembuterol é o único aprovado pela FDA para uso em cavalos. É empregado para tratar a DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) nesta espécie, enquanto o salbutamol e terbutalina são utilizados para o tratamento da asma em humanos. β2 → encontrado em músculo liso, brônquios Relaxamento, bronquiodilatação. Efeito das drogas Salbutamol e Terbutalina: Agem sobre receptores β2 → Broncodilatação, relaxamento da musculatura uterina. EFEITOS FARMACOLÓGICOS Coração: Ativação de receptores β1 altera a frequência e o ritmo de contrações cardíacas (aumenta frequência e ritmo, cronotropismo e inotropismo). Agonistas dos receptores β2-adrenérgico. Pressão arterial: Receptores alfa e beta Ocorre elevação da pressão devido: • Efeitos miocárdico inotrópicos cronotrópicos positivos • Efeitos geralmente vasoconstritores Músculo liso vascular: O efeito geralmente é vasoconstrição generalizada. A resposta depende do tipo de receptor adrenérgico presente. No músculo liso vascular há receptores α1 ou β2-adrenérgicos. Músculo liso: • Liga-se em receptores β2 → Relaxamento da musculatura lisa (ex: broncodilatação) • Liga-se em receptores α1 → Contração da musculatura lisa (ex: tecido renal) Página 6 de 8 Efeitos metabólicos: • Liga-se em receptores α e β1 → ↑ [glicose] no sangue • Liga-se em receptores α2 → Inibe secreção de insulina • Liga-se em receptores β3 → Aumenta a lipólise USOS TERAPÊUTICOS • Arritmias • Hipotensão • Choque: Choque anafilático (reação alérgica, dispneia) e hipovolêmico (perda de muito líquido, débito cardíaco inadequado) • Hipertensão • Asma • Usos oftalmológicos (Midríase facilita os exames) • Administração junto com outros fármacos: Anestésicos locais • Descongestionantes nasais: São agonistas α1-adrenérgicos EFEITOS COLATERAIS Administração de altas doses de fármacos simpatomiméticos podem: • Estimular de modo excessivo a musculatura cardíaca → taquicardia → fibrilação →óbito • Causar crises hipertensivas (podem associar-se a acidente vascular cerebral) • Produzir necrose, devido à prolongada vasoconstrição local agentes SIMPATOLÍTICOS Bloqueiam os receptores adrenérgicos, reduzindo a atividade simpática. Começam a se tornar drogas mais específicas. ANTAGONISTAS α-ADRENÉRGICOS Preferencia por se ligarem e bloquearem receptores alfa. Bloqueio de receptores α1: Queda da pressão arterial. Bloqueio de receptores α2: Impedem a inibição da liberação de NOR, ocasionando uma potencialização dos efeitos simpáticos. Ao atuarem sobre receptores α1 e β1 promovem taquicardia e elevação da pressão. Usos: Enxaqueca, hipertensão, impotência sexual, feocromocitoma Efeitos Colaterais: Náuseas e Vômitos Não seletivos: Agem tanto sobre receptores do tipo α1, quanto sobre receptores do tipo α2. Fenoxibanzamina: Liga-se de modo irreversível aos receptores. A inibição de receptores α2-adrenérgicos causa um aumento na liberação de NOR (efeitos inotrópicos e cronotrópicos positivos sobre o coração). Utilizada para feocromocitoma. Pressão arterial cai, organismo tenta controlar estimulando a inervação simpática, começa aumentar liberação de noradrenalina que liberada no vaso tenta se ligar no vaso para fazer vaso constrição e elevar pressão. Ela não vai conseguir se ligar nos vasos, mas no coração ela vai conseguir ativar beta 1 fazendo taquicardia (reflexa). Quando der a quantidade vai tentar diminuir a noradrenalina, mas não vai conseguir e a taquicardia aumenta, aumentando chance de ocorrer arritmia. Página 7 de 8 Fentolamina: Liga-se de modo reversível aos receptores α-adrenérgicos, produzindo um bloqueio competitivo. Menos tóxica. Age semelhante a Fenoxibanzamina. Utilizado para disfunção erétil (homem que não consegue ter ereção). Ereção ocorre quando há uma vasodilatação, enchendo corpos cavernosos. Bloqueia alfa 1 (contrai vasos), ocorre dilatação dos vasos. Pode também causar uma taquicardia reflexa. Derivados do Ergot: Agem como agonistas parciais (algumas moléculas conseguem ativar os receptores e outras só bloqueiam, agem como e fossem antagonistas). Provocam elevação da pressão arterial associada à vasoconstrição periférica. Ergotamina: leve contração vascular, leve aumento da pressão, utilizada para enxaqueca. Antagonistas α1-adrenérgicos: Prazosina: Diminui a pressão arterial sem causar taquicardia. Produz vasodilatação por bloqueio de receptores α1-adrenérgicos. Trata hipertensão. Antagonistas α2-adrenérgicos: Ioimbina: Ao bloquear receptores α2- adrenérgicos, causa uma elevação na liberação de NOR. Não é utilizada na clínica. ANTAGONISTAS β-ADRENÉRGICOS Não são totalmente seletivos. Utilizados em casos de hipertensão Normotenso X Hipertenso Bloqueio de β1 → Bradicardia Bloqueio de β2 → Relaxamento da musculatura lisa. Cuidado com pacientes com asma. Efeitos: Reduz debito cardíaco, reduz a liberação de renina, reduz atividade simpática. Usos: Disritmia cardíaca, hipertensão, angina, podem ser utilizadas também para tratamento de glaucoma. Timolol: São drogas não-seletivas. Utilizado para glaucoma, reduz a produção do humor aquoso. Propanolol: São drogas não-seletivas. São utilizadas em animais com cardiopatias, bloqueia os receptores beta 1, evita taquicardia. Também bloqueia beta 2, bronquioconstrição. Tratamento de enxaqueca. Atenolol: São mais seletivos (β1). Utilizado em cardiopatias. Página 8 de 8 CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS Agentes Simpatomiméticas: Agonistas adrenérgicos; Agentes Simpatolíticos: Antagonistas adrenérgicos); Fármacos que afetam os neurônios noradrenérgicos; Fármacos que interferem na síntese de noradrenalina: • α-metiltirosina (inibe a tirosina hidroxilase) • carbidopa (inibe a dopa descarboxilase) • metildopa (pró-droga) Fármacos que afetam o armazenamento de noradrenalina: Reserpina (alcaloide do arbusto Rauwolfia) Sem uso terapêutico, trata pressão arterial, impede entrada de dopamina, afeta armazenamento de noradrenalina, impede reaproveitamento de NOR, degrada. Tratamento de hipertensão, porém causa hipertensão provisória (pressão sobe e depois cai). Aminas simpatomiméticas de ação indireta: Anfetaminas Inibidores da captura de noradrenalina: • Cocaína • Imipramina
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