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Brincadeiras e Jogos Infantis (1)

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DOCÊNCIA EM 
SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRINCADEIRA E JOGOS INFANTIIS 
 
 
1 
Copyright © Portal Educação 
2012 – Portal Educação 
Todos os direitos reservados 
 
R: Sete de setembro, 1686 – Centro – CEP: 79002-130 
Telematrículas e Teleatendimento: 0800 707 4520 
Internacional: +55 (67) 3303-4520 
atendimento@portaleducacao.com.br – Campo Grande-MS 
Endereço Internet: http://www.portaleducacao.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - Brasil 
 Triagem Organização LTDA ME 
 Bibliotecário responsável: Rodrigo Pereira CRB 1/2167 
 Portal Educação 
P842b Brincadeiras e jogos infantis / Portal Educação. - Campo Grande: Portal 
Educação, 2012. 
 219p. : il. 
 
 Inclui bibliografia 
 ISBN 978-85-8241-076-9 
 1. Jogos infantis. 2. Educação lúdica. 3. Educação pré-escolar. I. Portal 
Educação. II. Título. 
 CDD 790.1922 
 
 
2 
SUMÁRIO 
 
1 BRINCADEIRA INFANTIL ......................................................................................................... 5 
1.1 INTRODUÇÃO: O BRINCAR E A CRIANÇA ............................................................................. 8 
2 A CRIANÇA E O BRINCAR ...................................................................................................... 16 
3 DEFINIÇÃO DOS TERMOS BRINQUEDO, BRINCADEIRA E JOGO...................................... 19 
3.1 O QUE É BRINQUEDO? ........................................................................................................... 20 
3.2 O QUE É BRINCADEIRA? ........................................................................................................ 20 
3.3 O QUE É JOGO? ..................................................................................................................... 22 
4 PAPEL DO EDUCADOR NA EDUCAÇÃO LÚDICA ............................................................... 27 
5 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR ............................................................................................. 33 
6 PSICOMOTRICIDADE .............................................................................................................. 41 
6.1 EDUCAÇÃO PSICOMOTORA .................................................................................................. 42 
6.2 ATIVIDADES LÚDICAS QUE AUXILIAM NA PSICOMOTRICIDADE ...................................... 48 
7 A INFLUÊNCIA DA BRINCADEIRA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL ............................. 71 
7.1 A BRINCADEIRA NA ESCOLA ................................................................................................. 72 
7.2 JOGOS NA APRENDIZAGEM .................................................................................................. 73 
7.3 OS JOGOS E AS REGRAS ....................................................................................................... 75 
7.4 BRINCAR NA ESCOLA ............................................................................................................. 76 
8 CRIANÇA E INFÂNCIA ............................................................................................................. 83 
9 CLASSIFICAÇÃO DOS JOGOS ............................................................................................... 86 
9.1 CONCEPÇÃO DO JOGO SEGUNDO WALLON ....................................................................... 90 
10 O JOGO INFANTIL SEGUNDO PIAGET E VYGOTSKY .......................................................... 3 
 
 
3 
10.1 O JOGO NA CONCEPÇÃO DE PIAGET ................................................................................... 93 
10.2 O JOGO NA CONCEPÇÃO DE VYGOTSKY ............................................................................ 96 
11 COMPREENDENDO O UNIVERSO LÚDICO ........................................................................... 99 
12 EDUCAÇÃO LÚDICA .............................................................................................................. 101 
12.1 LÚDICO: PIAGET X VYGOTSKY ............................................................................................. 103 
12.2 O JOGO PARA VYGOTSKY .................................................................................................... 105 
13 O USO DE JOGOS E BRINCADEIRAS PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL ............. 108 
14 ATIVIDADES LÚDICAS ÀS DIVERSAS FAIXAS ETÁRIAS ................................................... 111 
15 JOGOS E BRINCADEIRAS NO ESTÍMULO DE SENTIDOS .................................................. 116 
15.1 O ESTÍMULO DOS SENTIDOS DE 0 a 6 ANOS...................................................................... 117 
16 A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NAS SÉRIES INICIAIS ......................................................... 122 
17 BRINQUEDO DE REPRESENTAÇÃO DE PAPÉIS E DE CONSTRUÇÃO ............................. 129 
17.1 A SERIEDADE DO BRINQUEDO............................................................................................. 130 
18 A AQUISIÇÃO DE HABILIDADES MOTORAS ....................................................................... 133 
19 O JOGO CRIA ORDEM .......................................................................................................... 134 
20 LISTA DE BRINCADEIRAS E JOGOS INFANTIS .................................................................. 135 
21 CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS: O JOGO, O BRINQUEDO E AS 
BRINCADEIRAS ................................................................................................................................ 157 
21.1 HABILIDADES OPERATÓRIAS E OS JOGOS ........................................................................ 158 
22 O BRINQUEDO COMO ATIVIDADE PARA ESTIMULAR A CRIANÇA .................................. 175 
23 EDUCAÇÃO INFANTIL ............................................................................................................ 186 
23.1 TIPOS DE ATIVIDADES ........................................................................................................... 186 
23.2 SUGESTÕES DE ATIVIDADES .............................................................................................. 187 
 
 
4 
24 A FORMAÇÃO DO EDUCADOR POR MEIO DA VIVÊNCIA, DA DISCUSSÃO E DA 
REFLEXÃO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS .................................................................................. 191 
25 DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA ...................................................................... 192 
26 SUGESTÕES DE SITES COM BRINCADEIRAS E JOGOS INFANTIS .................................. 196 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 198 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
1 BRINCADEIRA INFANTIL 
 
FIGURA 1 
 
FONTE: Disponível em: <http://blog.educacional.com.br/vivaamusica/category/educacao-
infantil/>. Acesso em: 29 out. 2011. 
 
 
“A brincadeira é uma atividade que a criança começa desde seu nascimento no âmbito 
familiar” (KISHIMOTO, 2002, p. 139) e continua com seus pares. Inicialmente, ela não tem 
objetivo educativo ou de aprendizagem predefinido. Muitos autores afirmam que ela é 
desenvolvida pela criança para seu prazer e recreação, entretanto,ainda permite a ela interagir 
com pais, adultos e outros, bem como descobrir o meio ambiente. 
Desse modo, “brincar é muito importante porque, enquanto estimula o desenvolvimento 
intelectual da criança, também ensina, sem que ela perceba, os hábitos necessários a esse 
crescimento.” (BETTELHEIM, 1988, p. 168). 
Refletir a importânciado brincar nos remete às mais diversas abordagens existentes, 
tais como a cultural, que analisa o jogo como expressão da cultura,especificamente a infantil; a 
educacional que analisa o subsídio do jogo para a educação, desenvolvimento e/ou 
aprendizagem da criança e a psicológica que vê o jogo como uma forma de compreender 
melhor o funcionamento da psique, enfim, das emoções,da personalidade dos indivíduos. 
E afinal, por que é tão importante brincar? As brincadeiras e jogos que vão surgindo 
gradativamente na vida das pessoas - desde os mais funcionais até os de regras, mais 
http://www.google.com.br/imgres?q=BRINCADEIRA+INFANTIL&hl=pt-BR&gbv=2&biw=1152&bih=556&tbm=isch&tbnid=ru0wZnhXnuh5NM:&imgrefurl=http://blog.educacional.com.br/vivaamusica/category/educacao-infantil/&docid=_yUBush2W2xshM&imgurl=http://blog.educacional.com.br/vivaamusica/files/2010/02/brincadeira.jpg&w=400&h=340&ei=47GlTqC0I8HbgQfXmtGSBQ&zoom=1
 
 
6 
elaborados - são os elementos que lhe proporcionarão estas experiências, possibilitando a 
conquista da sua identidade. A respeito disso, Bettelheim (1988) diz que os primeiros esforços 
para se tornar um eu, jogando coisas do berço – isto é – evidenciando a si próprio que pode 
fazer coisas -, são seguidos pelo estágio do acesso de raiva, que é causado pelo fracasso dês 
eu esforço para demonstrar a si mesmo que pode fazer coisas para si própria. 
Essas mesmas atividades, permitem que as crianças excedam sentimentos e fatos, 
concordando-os entre si, reelaborando-os criativamente e construindo novas possibilidades de 
interpretação e de reprodução do real, de acordo com suas afeições,suas necessidades, seus 
anseios e suas paixões. De acordo com Piaget: 
 
Essas formas de jogo, que consistem, pois, em liquidar uma situação 
desagradável revivendo-aficticiamente, mostram, com particular 
clareza, a função do jogo simbólico, que é a de assimilar o real ao eu, 
libertando este das necessidades de acomodação(1994, p.73). 
 
 
FIGURA 2 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://nezialmeida.blogspot.com/>. Acesso em: 29 out. 2011. 
 
 
7 
As situações de brincadeiras liberam, também, às crianças, o encontro com seus 
pares, fazendo com que interajam socialmente, quer seja no espaço escolar ou não. No grupo 
desvendam que não são os únicos sujeitos da ação, e que para alcançar seus objetivos 
necessitam levar em consideração o fato de que outros também têm objetivos próprios que 
querem satisfazer. Os jogos infantis, na visão de Piaget (1994), constituem-se “admiráveis 
instituições sociais” e por meio deles as crianças vão desenvolvendo a noção de autonomia e de 
reciprocidade, de ordem e de ritmo. 
Ao ajustar, extensivamente, sobre o tipo de jogo que querem utilizar, as condições do 
ambiente para que aconteça, bem como as regras que devem ser sobrepostas, as crianças 
desenvolvem sua capacidade de raciocinar, de julgar (isto ao verificar o que é e o que não é 
apropriado ao momento), de argumentar, de como chegar a um consenso, reconhecendo o 
quanto isso é importante para dar início à atividade em si. 
Bettelheim “aprender isso tudo é infinitamente mais relevante para o desenvolvimento 
da criança como ser humano do que qualquer capacidade que possa desenvolver no jogo em si.” 
(1988, p. 248). 
Consentir à criança ambiente para brincar, proporcionando-lhe interações que vêm, 
realmente, ao encontro do que ela é, aliado às nossas tentativas no sentido de compreendê-
la,efetivamente, nestas atividades, é dar-lhes mostras de “respeito”. Assim, fica-nos manifesta a 
importância do brincar no âmbito escolar. 
Essa certeza, no entanto, nos estimula a rever a situação dos educadores: será que 
estão dispostos para lidar com essas questões do mundo infantil? Ao levar em consideração o 
papel do educador, não se deve estabelecer uma visão única da relação ensino-aprendizagem, 
todavia, é claro, para nós, a responsabilidade do educador no processo educativo. 
As composições conscientes e/ou inconscientes existentes nesse adulto que ensina se 
cogitam, essencialmente, na sua prática. Desse modo, um professor que não sabe e/ou não 
contempla brincar, dificilmente desenvolverá um “olhar sensível” para a prática lúdica do seu 
aluno, tão pouco distinguirá o valor das brincadeiras na vida da criança. 
Para que o professor utilize as brincadeiras no campo escolar de forma coerente, 
analisando a importância de que ele reflita na e sobre a prática, pois o educador deve saber 
relacionar o processo de desenvolvimento infantil ao surgimento das brincadeiras, ponderando 
 
 
8 
que o brincar vai além das questões estritamente cognitivas, sendo, culturalmente, uma atividade 
humana. 
 
 
1.1 INTRODUÇÃO: O BRINCAR E A CRIANÇA 
 
 
FIGURA 3 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://vamosbrincar.arteblog.com.br/>. Acesso em: 29 out. 2011. 
 
 
"O brincar é uma necessidade básica e um direito de todos. O brincar é uma 
experiência humana, rica e complexa." (ALMEIDA, M. T. P, 2000) 
O brincar é um direito da criança enfatizado em diversos documentos internacionais, 
como: 
 
nça - ONU (20/11/1959) 
http://www.google.com.br/imgres?q=O+BRINCAR+E+A+CRIAN%C3%87A&hl=pt-BR&biw=1152&bih=556&gbv=2&tbm=isch&tbnid=aV-VpZpQqPvPUM:&imgrefurl=http://vamosbrincar.arteblog.com.br/&docid=HtEQn3NGsQfNDM&imgurl=http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/400834/gd/1224036250/Brincar-e-coisa-seria.jpg&w=217&h=230&ei=ZLGlTp-oDoitgQetg9yZAg&zoom=1
 
 
9 
"... A criança deve ter todas as possibilidades de entregar-se aos jogos e às atividades 
recreativas, que devem ser orientadas para os fins visados pela educação; a sociedade e os 
poderes públicos devem esforçar-se por favorecer o gozo deste direito". (Declaração universal 
dos direitos da criança, 1959) 
 
- IPA 1979 (Malta), 1982 
(Viena), 1989 (Barcelona) 
 
Os princípios norteadores da Associação Internacional pelo Direito da Criança Brincar - 
IPA são: 
 
Saúde 
 
Brincar é essencial para saúde física e mental das crianças. 
 
Educação 
 
Brincar faz parte do processo da formação educativa do ser humano. 
 
Bem-estar - ação social 
 
O brincar é fundamental para a vida familiar e comunitária. 
 
Lazer no tempo livre 
 
 
 
10 
A criança precisa de tempo para brincar em seu tempo de lazer. 
 
Planejamento 
 
As necessidades da criança devem ter prioridade no planejamento do equipamento 
social. 
 
Perante o exposto verifica-se que nem sempre a teoria pode ser aplicada na prática, 
pois, muitas vezes, o país não tem dado aos pequenos a devida importância, principalmente no 
que se refere ao direito de brincar. Deve-se lembrar de que o brincar é uma necessidade básica 
e um direito de todos. Além disso, é uma experiência humana, rica e complexa. Se o brincar é 
um direito, devemos ter, estimular e cobrar políticas públicas dirigidas em quatro eixos básicos: 
 
I. Criação de espaços lúdicos estruturados para jogos, brinquedos e brincadeiras; 
 
II. Organização sistemática de ações de formação lúdica de recursos humanos em 
diferentes níveis; 
 
III. Campanhas formativas e informativas sobre a importância do brincar; 
 
IV. Criação de centros de pesquisa, de documentação e assessoria sobre jogos, 
brinquedos e brincadeiras e outros materiais lúdicos. 
 
Outro documento de grande relevância foi o estudo introdutório do referencial curricular 
nacional para a educação infantil no eixo do brincar e conhecido como Parâmetros Curriculares 
 
 
11 
Nacionais - PCN's. Este documento foi criado no ano de 1998 em Brasília por educadores 
especialistas no assunto. Seguem alguns pontos apresentados neste estudo: 
 
são 
oferecidas nas instituições. 
 
 
 
outra coisa daquilo que aparentam ser. Ao brincar as crianças recriam e repensam os 
acontecimentos que lhes deram origem, sabendo que estão brincando. 
 
enquanto brincam. 
 
anteriormente em conceitos gerais com os quais brinca. 
 
 
 
de uma experiênciavivida na família ou em outros ambientes, do relato de um colega ou de um 
adulto, de cenas assistidas na televisão, no cinema ou narradas em livros etc. 
 
 
 
12 
 É no ato de brincar que a criança estabelece os diferentes vínculos entre as 
características do papel assumido, suas competências e as relações que possuem com outros 
papéis, tomando consciência disto e generalizando para outras situações. 
 
r é preciso que as crianças tenham certa independência para escolher 
seus companheiros e os papéis que irão assumir no interior de um determinado tema e enredo, 
cujos desenvolvimentos dependem unicamente da vontade de quem brinca. 
 
Conforme osPCN's o brincar apresenta-se por meio de várias categorias. E essas 
categorias incluem: 
 
física das crianças; 
 
inação e 
associação entre eles; 
 
utilizados para brincar; os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores e atitudes que se 
referem à forma como o universo social se constroem; 
 
-se em um recurso 
fundamental para brincar. 
 
O brincar pode de acordo com alguns estudos ser dividido em duas grandes 
categorias: 
 
 
13 
 
anças interagem umas com as outras. 
 
 
 
Estas categorias de experiências podem ser agrupadas em quatro modalidades 
básicas de brincar: 
 
 
 
-de-conta 
 
 
 
 
 
As crianças na idade de educação infantil vivenciam experiências lúdicas sociais e não 
sociais. Um estudo feito por PARTEN (1932) citado por PAPALIA (2000) revela que no brincar 
das crianças pequenas, podemos identificar seis tipos de atividades lúdicas sociais e não 
sociais: 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
idade cooperativa ou organizada suplementar 
 
É necessário saber que existem cinco grandes pilares básicos nas ações lúdicas das 
crianças em seus jogos, brinquedos e brincadeiras, estes pilares são: 
 
I. A imitação 
 
II. O espaço 
 
III. A fantasia 
 
IV. As regras 
 
V. Os valores 
 
Para compreender o universo lúdico é essencial abranger o que é brincar e para isso, é 
importante conceituar palavras como jogo, brincadeira e brinquedo, admitindo assim aos 
 
 
15 
educadores de educação infantil e do ensino fundamental trabalhar melhor as atividades lúdicas. 
Seguem algumas definições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
2A CRIANÇA E O BRINCAR 
 
 
FIGURA 4 
 
FONTE: Disponível em: <http://topediatrica.blogspot.com/2010/05/brincar-e-coisa-seria.html>. 
Acesso em: 29 out. 2011. 
 
 
As crianças encantam-se em todas as experiências de brincadeiras física e emocional 
e são capazes de descobrir objetos e inventar brincadeiras com muita facilidade. 
Normalmente, as crianças dão vazante ao ódio e a agressão nas brincadeiras, como 
se a agressão fosse alguma substância má de que fosse possível uma pessoa livrar-se. 
O ressentimento reprimido e os resultados de experiências furiosas podem ser 
enfrentados pela criança como algoruimpor ela. Todavia, é importante afirmar que essa ideia 
dizendo que a criança contempla concluir que os impulsos coléricos ou agressivos podem 
exprimir-se em um meio conhecido, sem o retorno do ódio e da violência do meio para a criança. 
Um bom meio ambiente sentiria a criança, deveria ser capaz de tolerar os sentimentos 
agressivos, se esses fossem expressos de uma forma aceitável. Deve-se aceitar a presença da 
http://www.google.com.br/imgres?q=A+CRIAN%C3%87A+E+O+BRINCAR&hl=pt-BR&gbv=2&biw=1152&bih=556&tbm=isch&tbnid=TnCotLQh5_S0EM:&imgrefurl=http://topediatrica.blogspot.com/2010/05/brincar-e-coisa-seria.html&docid=ltN5mMJaYEpMWM&imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_AuL8mf2jARs/S-xqP-tfWcI/AAAAAAAACes/2jCfFejazZk/s1600/brincar3.gif&w=367&h=336&ei=-vOmTq-BAcnDgQfZvLUi&zoom=1
 
 
17 
agressividade, na brincadeira da criança, e essa se sente desonesta se o que está presente tiver 
de ser escondido ou negado (WINNICOTT, 1985). 
 
 
FIGURA 5 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
http://www.culturamix.com/cultura/comportamento/brincadeiras-infantis>. Acesso em: 29 out. 
2011. 
 
 
A brincadeira para a criança providencia uma organização para a iniciação de 
semelhanças emocionais e assim propicia o desenvolvimento de relações sociais. Estimular a 
capacidade de brincar na criança é sempre positivo. Se ela estiver brincando, haverá lugar para 
um sintoma ou dois, e se ela gostar de brincar, tanto sozinha como na companhia de outras 
crianças, não há qualquer problema grave à vista. Se nessas brincadeiras for agregada uma fértil 
imaginação e se, além disso, o prazer que houver nelas depender de uma apropriada percepção 
da realidade externa, então os pais poderão sentir-se bastante felizes, mesmo que a criança em 
questão urine na cama, gagueje, demonstrando explosões de mau humor, ou repetidamente 
sofra de ataques ou depressão. 
http://www.google.com.br/imgres?q=brincadeiras+infantis&um=1&hl=pt-BR&gbv=2&biw=1152&bih=556&tbm=isch&tbnid=66YjFMLsFg0dUM:&imgrefurl=http://www.culturamix.com/cultura/comportamento/brincadeiras-infantis&docid=IuAkLrj1AvG9yM&imgurl=http://www.culturamix.com/wp-content/uploads/2011/01/Brincadeiras-Infantis-2.jpg&w=279&h=320&ei=yPumTrS1MM7egQe_uJEH&zoom=1&iact=rc&dur=2&sig=108412559061015707250&page=2&tbnh=148&tbnw=129&start=21&ndsp=10&ved=1t:429,r:2,s:21&tx=63&ty=79
 
 
18 
Suas brincadeiras revelam que essa criança é capaz, dado um ambiente 
razoavelmente bom e estável, de ampliar um modo de vida pessoal e, finalmente, converter-se 
em um ser humano integral, desejado como tal e favoravelmente acolhido pelo mundo em geral 
(WINNICOTT, 1985). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
3 DEFINIÇÃO DOS TERMOS BRINQUEDO, BRINCADEIRA E JOGO 
 
 
3.1 O QUE É BRINQUEDO? 
 
FIGURA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/0-a-3-
anos/brinquedo-certo-para-cada-idade-mobile-fantoches-carrinhos-caixas-mordedores-creche-
535400.shtml?page=all>. Acesso em: 29 out. 2011. 
 
 
De acordo com a autora KISHIMOTO (1994) o brinquedo é representado como um 
"objeto suporte da brincadeira", ou seja, brinquedo aqui estará concebido por objetos como 
piões, bonecas, carrinhos etc. Os brinquedos podem ser considerados: estruturados e não 
estruturados. São designados de brinquedos estruturados aqueles que já são adquiridos prontos, 
é o caso dos exemplos acima. 
 
 
20 
Os brinquedos não estruturados não são provenientes de indústrias, assim são simples 
objetos como paus ou pedras, que nas mãos das crianças adquirem novo significado, podendo 
transformar-se em um brinquedo. A pedra se transforma em comidinha e o pau se transforma em 
cavalinho. Desse modo, os brinquedos podem ser estruturados ou não estruturados dependendo 
de sua origem ou da alteração criativa da criança sobre o objeto. 
 
 
3.2 O QUE É BRINCADEIRA? 
 
FIGURA 7 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://nah-livinginwords.blogspot.com/2011/06/playing-with-kids.html>. 
Acesso em: 29 out. 2011. 
 
 
 
 
 
 
http://www.google.com.br/imgres?q=brincadeira+infantil&um=1&hl=pt-BR&gbv=2&biw=1152&bih=556&tbm=isch&tbnid=ntgv4GJKNCvmWM:&imgrefurl=http://nah-livinginwords.blogspot.com/2011/06/playing-with-kids.html&docid=NNn-sWqWFYi0dM&imgurl=http://1.bp.blogspot.com/-AIRnRgZMZDk/Tf0pDnYE9NI/AAAAAAAAAI8/2psbSzoLuBc/s1600/brincadeiras-infantis-bola-de-gude.jpg&w=480&h=380&ei=sfymTpntBcnagQe4y8k4&zoom=1
 
 
21 
FIGURA 8 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://daypurobalanco.blogspot.com/2010/02/brincadeiras-de-
ruas_21.html>. Acesso em: 29 out. 2011. 
 
FIGURA 9 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://ensfundamental1.wordpress.com/brinquedos-e-brincadeiras17/>. 
Acesso em: 29 out. 2011. 
 
 
A brincadeira se distingue por alguma estruturação e pela utilização de regras. Seguem 
algumas brincadeiras amplamente conhecidas: Brincar de Casinha, Ladrão e Polícia etc. A 
brincadeira é uma atividade que pode ser tanto coletivaquanto individual. Na brincadeira a 
existência das regras não limita a ação lúdica, a criança pode modificá-la, ausentar-se quando 
http://www.google.com.br/imgres?q=brincadeiras+infantins&um=1&hl=pt-BR&gbv=2&biw=1152&bih=556&tbm=isch&tbnid=7ak2XCKuhFJ8CM:&imgrefurl=http://daypurobalanco.blogspot.com/2010/02/brincadeiras-de-ruas_21.html&docid=-PrRxpR5_E1ACM&imgurl=http://2.bp.blogspot.com/_3qlbeQTvMFI/S4HfsW-RE4I/AAAAAAAAABI/s_jime52CXo/s320/brincapassaanel.jpg&w=293&h=215&ei=kP6mTvXvD8TTgQffwbAh&zoom=1
http://www.google.com.br/imgres?q=brincadeiras+infantins&um=1&hl=pt-BR&gbv=2&biw=1152&bih=556&tbm=isch&tbnid=02RK49ECYB8pmM:&imgrefurl=http://ensfundamental1.wordpress.com/brinquedos-e-brincadeiras17/&docid=GUL6vaAGhyDF2M&imgurl=http://ensfundamental1.files.wordpress.com/2010/07/10.jpg&w=480&h=336&ei=kP6mTvXvD8TTgQffwbAh&zoom=1
 
 
22 
desejar, incluir novos membros, adotar as próprias regras, por fim, existe maior liberdade de 
ação para as crianças. 
 
 
3.3 O QUE É JOGO? 
 
FIGURA 10 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://blogmail.com.br/jogos-infantis-quebra-cabeca/>. Acesso em: 29 
out. 2011. 
 
FIGURA 11 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.culturamix.com/tecnologia/jogos/jogos-educativos>. Acesso 
em: 29 out. 2011. 
 
http://www.google.com.br/imgres?q=jogos+infantil+educativo&um=1&hl=pt-BR&gbv=2&biw=1152&bih=556&tbm=isch&tbnid=vMPYvuC842lmqM:&imgrefurl=http://www.culturamix.com/tecnologia/jogos/jogos-educativos&docid=uBZky_fVbr5EtM&imgurl=http://www.culturamix.com/wp-content/uploads/2009/05/jogos-2.jpg&w=300&h=225&ei=yP2mTuPOJczdgQff2fwC&zoom=1
http://www.culturamix.com/tecnologia/jogos/jogos-educativos
 
 
23 
FIGURA 12 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.ead.pucrs.br/biblioteca/bibliotecadigital/jogosinfantis4.htm>. Acesso em: 29 out. 
2011. 
 
 
A concepção de jogo está integrada tanto ao objeto (brinquedo) quanto à brincadeira. 
É uma atividade mais estruturada e estabelecida por um princípio de regras mais explícitas. 
Exemplos clássicos seriam: Jogo de Mímica, de Cartas, de Tabuleiro, de Construção, de Faz-de-
Conta etc. Uma particularidade importante do jogo é o seuemprego tanto por crianças quanto por 
adultos, enquanto que o brinquedo tem uma agregação mais exclusiva com o universo infantil. 
 
Os diferentes significados do brincar 
 
Um mesmo jogo, brinquedo ou brincadeira para distintas culturas pode ter diferentes 
significados, isto quer dizer que é preciso ponderar o contexto social em que se insere o objeto 
de nossa análise. 
 
http://www.google.com.br/imgres?q=jogos+infantil+educativo&um=1&hl=pt-BR&gbv=2&biw=1152&bih=556&tbm=isch&tbnid=-1MWj7JuLhhwqM:&imgrefurl=http://www.ead.pucrs.br/biblioteca/bibliotecadigital/jogosinfantis4.htm&docid=VLQa2dMfCJ2U7M&imgurl=http://www.ead.pucrs.br/biblioteca/bibliotecadigital/cdc_ed_inf_abc.gif&w=176&h=270&ei=yP2mTuPOJczdgQff2fwC&zoom=1
 
 
24 
Boneca: Objeto que pode ser empregado como um brinquedo em uma cultura, ser 
considerado objeto de adoração em rituais ou ainda um simples objeto de decoração. 
Arco e Flecha: Objeto que pode ser empregado como brinquedo em uma cultura, mas 
em outra cultura é um objeto no qual se aparelha às crianças para a caça e a pesca visando à 
sobrevivência. 
Depois dessas definições é necessário elucidar que as mesmas devem servir para 
ajudar na reflexão do professor em sua ação lúdica diante da criança e não para limitá-lo nessa 
metodologia. É necessário que as pessoas envolvidas na pesquisa do lúdico acreditem que o 
jogo, o brinquedo e a brincadeira terão um sentido mais amplo se vierem concebidos pelo 
brincar. 
Em síntese o universo lúdico abrange, de maneira mais ampla os termos brincar, 
brincadeira, jogo e brinquedo. O brincar caracteriza tanto a brincadeira como o jogo e o 
brinquedo como objeto suporte da brincadeira e/ou do jogo. 
 
Segue quadro explicativo sobre as diferenças entre: brinquedo, brincadeira e jogo 
 
É necessário esclarecer o significado de cada uma dessas palavras, utilizadas no 
decorrer do curso, para que elas sejam compreendidas cada qual em seu lugar. Para isso 
buscaram-se os conceitos no dicionário Luft e no senso comum. 
 
 
 Dicionário Senso comum 
Brinquedo 
objeto com que as crianças 
brincam 
é usado para objetos como boneca, 
bola, carrinho... 
Brincadeira ação de brincar 
traz a ideia de ação e movimento e 
envolve os tradicionais pega-pega, 
casinha, cirandinha... 
Jogo 
ação ou efeito do jogar, 
passatempo, esporte, 
divertimento 
remete a uma atividade competitiva, 
com regras, como os jogos de 
quadra e os de tabuleiro 
 
 
25 
É interessante pontuar que os brinquedos ganham características diferentes a cada faixa 
etária, seguindo a fase de seu desenvolvimento. 
a) Até os dois anos aproximadamente, as crianças preferem brinquedos que sejam de cores 
claras, macios e sonoros. 
b) Entre os cinco e seis anos, preferem brinquedos de montar. 
c) Próximo aos dez anos, passam a gostar de jogos de computador e videogame. 
Convêm aqui fazer um alerta sobre os brinquedos eletrônicos. É claro que num primeiro 
instante as crianças acham interessante um carrinho que faz mil representações ao apertar o 
botão do controle remoto, mas logo elas dispersam. Isto ocorre porque este tipo de brinquedo 
não desperta a criatividade e tão pouco a estimulam a continuar brincando. Portanto vale a pena 
fazer uma seleção criteriosa dos brinquedos a serem apresentados a criança. 
Os brinquedos não precisam ser sempre industrializados. Pelo contrário quanto mais 
diversificados melhor. É muito prazeroso para a criança se seus pais ou professores puderem 
confeccionar com ela, por exemplo, um jogo de boliche utilizando material reciclável, com 
garrafas plásticas, jornal e meias velhas. Além de tudo ainda estará desenvolvendo a 
consciência sobre a preservação do meio ambiente, algo tão discutido atualmente. 
Outro brinquedo que sempre gera muita discussão entre pais, educadores e psicólogos 
são as “arminhas”, espadas e revólveres. Estas armas de brinquedo por si só não fomentam a 
violência. Para que uma criança tenha um comportamento agressivo é necessário que haja um 
conjunto de fatores envolvidos. Não adianta simplesmente os pais não comprarem armas de 
brinquedo, porque em um breve instante o faz-de-conta da criança pode transformar sua mão 
em um revólver, ou seja, não é com essa atitude que a violência irá deixar de existir. O que os 
pais podem fazer é não incitar a violência e sempre manter um diálogo aberto dentro de casa e 
isso vale para a escola também. 
Na hora de oferecer brinquedos às crianças é importante seguir algumas indicações 
para sua escolha: 
- se há interesse e se desafia o pensamento da criança; 
- se é adequado ao desenvolvimento da criança; 
- se é rico o suficiente para diversas formas de exploração do objeto; 
 
 
26 
- se é rico em cores, formas, texturas...; 
- se o tamanho é adequado à faixa etária (quanto menor a criança maior o brinquedo); 
- se é seguro, ou seja, se há itens pequenos que a criança possa colocar na boca e 
engolir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
4 PAPEL DO EDUCADOR NA EDUCAÇÃO LÚDICA 
 
 
A esperança de uma criança, ao caminhar para a escola é encontrar 
um amigo, um guia, um animador, um líder - alguém muito consciente 
e que se preocupe com ela e que a faça pensar, tomar consciência de 
si de do mundo e que seja capaz de dar-lhe as mãos para construir 
com ela uma nova história e uma sociedade melhor. 
(ALMEIDA,1987,p.195) 
 
Para que se tenha dentro de instituições infantis o desenvolvimento de atividades 
lúdicas educativas, é imprescindível garantir a formação do professor e condições de atuação. 
Somente assim, será possível o resgate do espaço de brincar da criança no diaadia da escola ou 
creche. 
 
Para nós a formação do Educador Infantil, ganha em qualidade se, em sua 
sustentação, estiverem presentes três pilares:I. Formação teórica 
 
II. Formação pedagógica 
 
III. Formação lúdica 
 
A determinação de se permitir submergir no mundo mágico das crianças seria o 
primeiro passo que o educador deveria dar. Descobrir o universo infantil demanda do educador 
informação e conhecimentos teóricos, prático, capacidade de observação, amor e vontade de ser 
cúmplice da criança neste processo. O educador por meio das experiências lúdicas infantis 
 
 
28 
poderá obter informações importantes no brincar espontâneo ou no brincar orientado. Esse 
desvendar poderá definir discernimentos tais como: 
 
 
 
 
 
participante; 
 
 
 
(emoções, afetividade etc.); 
 
 
 
ocial (cooperação, colaboração, conflito, competição, 
integração etc.). 
 
A utilização de jogos, brincadeiras e brinquedos em distintas situações educacionais 
podem ser um meio para estimular, analisar e avaliar aprendizagens específicas, competências 
e potencialidades das crianças abarcadas. 
No brincar natural podem-se registrar as ações lúdicas a partir da: observação, 
registro, análise e tratamento. Com isso, é possível criar para cada ação lúdica um banco de 
 
 
29 
dados sobre o mesmo, auxiliando de forma mais eficiente e científica os resultados das ações. 
Além disso, é possível realizar o acompanhamento da criança em sua trajetória lúdica durante 
sua vivência dentro de um jogo ou de uma brincadeira, procurando desse modo perceber e 
compreender melhor suas ações e fazer interferências e análises mais adequadas, ajudando o 
indivíduo ou o coletivo. Os subsídios obtidos pelo brincar espontâneo admitem diagnosticar: 
 
 
 
olvimento da criança; 
 
 
 
 
 
Assim, podemos definir a partir de uma escolha acertada, as ações lúdicas mais 
adequadas para cada criança envolvida, respeitando o princípio básico de individualidade de 
cada ser humano. 
Todavia, no brincar conduzido podem-se sugerir provocações a partir da escolha de 
jogos, brinquedos ou brincadeiras definidas por um adulto ou responsável. Estes jogos 
orientados podem ser arranjados com propósitos claros de promover o acesso a aprendizagens 
de conhecimentos específicos com objetivos predefinidos, como: matemáticos, linguísticos, 
científicos, históricos, físicos, culturais, naturais, morais etc. Outra finalidade é ajudar no 
desenvolvimento cognitivo, afetivo, social, linguístico e na construção da moralidade (nos 
valores). 
Para Almeida (1987), a educação lúdica pode ter duas implicações, dependendo de ser 
bem ou mal utilizada: 
 
 
 
30 
I. A educação lúdica pode ser ruim na mão do educador despreparado, podendo 
truncar, não só o verdadeiro sentido da proposta, mas servir de negação do próprio ato de 
educar; 
 
II. A educação lúdica pode ser para o professor competente um instrumento de 
unificação, de libertação e de transformação das reais condições em que se encontra o 
educando. É uma prática desafiadora, inovadora, possível de ser aplicada. 
 
A respeito do papel do educador como facilitador dos jogos, das brincadeiras, da 
utilização dos brinquedos e principalmente da organização dos espaços lúdicos para criança de 
0 a 6 anos muito poderia ser dito, todavia,deve-se chamar atenção sobre alguns aspectos 
aferidos como importantes para facilitar a relação da criança e do educador nas atividades 
lúdicas. 
Aspectos importantes sobre o papel do educador: 
 
orienta e dirige o processo, com outros momentos e que as crianças são responsáveis pelas 
suas próprias brincadeiras. 
 
-
las em futuras oportunidades. 
 
-se para questionar com as crianças sobre 
as mesmas. 
 
e forma a instigar na criança a necessidade de 
brincar, além de facilitar a seleção das brincadeiras. 
 
 
31 
 
que o mais importante é participar das brincadeiras e dos jogos. 
 
-se respeitar o direito da criança participar ou não de um jogo. Nesse momento, 
o educador tem que instituir uma situação diferente de participação dela nas atividades como: 
auxiliar com materiais, fazer observações, emitir opiniões etc. 
 
 situação de jogo ou brincadeira é importante que o educador esclareça de 
forma clara e objetiva as regras às crianças. E se for necessário pode mudá-las ou adaptá-las de 
acordo com as faixas etárias. 
 
co e dos brinquedos, 
desenvolvendo assim o hábito de cooperação, conservação e manutenção dos jogos e 
brinquedos. 
 
mais simples aos mais complexos, podendo estes brinquedos ou jogos serem estruturados 
(fabricados) ou serem brinquedos e jogos confeccionados com material reciclado (material 
descartado como lixo), por exemplo: pedaço de madeira; papel; folha seca; tampa de garrafa; 
latas secas e limpas; garrafa plástica; pedaço de pano etc. 
brincar (área livre), e que possam movimentar-se, montar casinhas, fazer cabanas etc. 
 
se desenvolvam e se encerrem. 
 
 
 
32 
Rizzo (1996) em seu livro "Jogos Inteligentes" analisa com muita propriedade alguns 
aspectos necessários para que um bom educador possa realizar sua atividade com crianças 
pequenas. Para a autora o educador: 
 
clima de liberdade para a ação do aluno, limitado apenas pelos direitos 
naturais dos outros. 
 
ia com a criança para estabelecer a necessária 
cooperação mútua. 
 
afetiva. 
 
partir desta. 
 
as crianças e participar ativamente de suas 
brincadeiras, talvez seja o caminho mais seguro para obter 
informações e conhecimentos sobre o mundo infantil. (RIZZO, 1996, 
p.27 e 29) 
 
Acredita-se que as propostas mencionadas possam ampliar o trabalho pedagógico, 
possibilitando reflexões e questionamentos para o educador infantil. Assim, poderá desenvolver 
atividades mais conscientes e seguras. 
 
 
 
 
 
 
33 
5 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR 
 
 
Para Cunha (1994), o brincar é uma característica primordial na vida das crianças. Em 
seu livro "Brinquedoteca: um mergulho no brincar" o brincar para a criança é importante: 
 
predisposto a ser bondoso, a amar o próximo e a partilhar 
fraternalmente; 
 
potencialidades; 
 
fazendo, espontaneamente, sem pressão ou medo de errar, mas com 
prazer pela aquisição do conhecimento; 
 
e aprende a conviver respeitando o direito dos outros e as normas 
estabelecidas pelo grupo; 
 
gratuitamente, pelo prazer de brincar, sem visar recompensa ou temer 
castigo, mas adquirindo o hábito de estar ocupada, fazendo alguma 
coisa inteligente e criativa; 
 
-se para o futuro, experimentando o 
mundo ao seu redor dentro dos limites que a sua condição atual 
permite; 
 
 
 
34 
descobrindo sua vocação e buscando um sentido para sua vida. 
(CUNHA, 1994, p. 11) 
 
Diante do exposto, é possível compreender que o brincar para a criança não é apenas 
uma questão apenas de pura diversão, e sim de educação, socialização, construção e completo 
desenvolvimento de suas potencialidades. 
 
4. Por que algumas crianças não brincam? 
 
Segundo Declaração Universal dos Direitos da Criança todas as crianças têm o direito 
de brincarem e de serem felizes, mas nem sempre elas têm essa oportunidade, por quê? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
É fato que nem sempre a teoria pode ser aplicada a prática.Em razão de muitas vezes 
não ser dado às crianças o devido tratamento. 
 
5. Como escolher bons brinquedos para a criança? 
 
Geralmente, é o que atende as necessidades da criança. (CUNHA, 1994) 
 
Para que sejam atendidas as reais necessidades dos sujeitos envolvidos na ação 
lúdica é importante que alguns itens estejam nítidos, como: 
 
O brinquedo poderá ser novo e sofisticado, todavia não terá importância alguma se não 
despertar interesse e prazer à criança, pois sua aprovação é o interesse da criança que irá 
determinar. Brinquedo interessante é o que convida a criança a brincar, é o que provoca seu 
pensamento, é o que mobiliza sua inteligência, proporcionando experiências e descobertas. 
Para distintos momentos, diferentes brinquedospoderão ser mais indicados. Um 
brinquedo que instiga a ação, outro que possibilite uma aprendizagem, ou que agrade a 
imaginação e a fantasia da criança; às vezes, apenas um carrinho ou uma boneca que lhe faça 
companhia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
... O brinquedo vale pelo que ele significa para a criança: um desafio à sua curiosidade de 
fazer e desfazer, como criar histórias, como organizar o seu pequeno mundo e ir 
consequentemente organizando sua mente. 
É brincando que a criança experimenta situações e emoções da vida adulta. O faz de 
conta é vital para o desenvolvimento humano... 
FONTE: Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/dificuldadesdeaprendizagem.pdf>. Acesso em: 29 
out. 2011. 
 
 
Oferecer um carrinho para um menino de dez anos pode ser tão ofensivo quanto seria 
oferecer um quebra-cabeças de 500 peças a um garoto de 5 anos. Todavia, nem sempre a 
criança sozinha saberá escolher o melhor brinquedo para ela. 
Alguns brinquedos precisam ser apresentados à criança para que possa imaginar o 
que pode fazer com eles. Motivos de um brinquedo tornar-se irresistível e até imprescindível 
pelas seguintes razões: 
 
-se tornado um objeto de afeto; quantas vezes a ligação com uma boneca, 
ou um ursinho, é tão forte que a criança não dorme sem ele. 
 
status, como no caso dos brinquedos anunciados na televisão ou 
importados. 
 
-heróis. 
 
 
37 
 
 
ela. 
 
isfazer uma determinada carência ou atender a uma fantasia. 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://familia.sapo.pt/crianca/saude_e_seguranca/outros/1015273.html>. Acesso em: 29 out. 
2011. 
 
 
http://www.google.com.br/imgres?q=o+perigo+dos+brinquedos+pequenos&um=1&hl=pt-BR&biw=1152&bih=556&tbm=isch&tbnid=0t7KiFfJlTjbpM:&imgrefurl=http://familia.sapo.pt/crianca/saude_e_seguranca/outros/1015273.html&docid=Ca934JjqFr7xGM&imgurl=http://imgs.sapo.pt/gfx/480145.gif&w=300&h=240&ei=sb6qTqHfIcTdgQfYqKTjDw&zoom=1&iact=rc&dur=187&sig=108412559061015707250&page=6&tbnh=157&tbnw=193&start=59&ndsp=12&ved=1t:429,r:1,s:59&tx=149&ty=107
 
 
38 
O brinquedo precisa ser apropriado à criança, atendida como sujeito especial e 
diferenciado; deve atender à etapa de desenvolvimento em que a criança se depara e as suas 
necessidades emocionais, socioculturais, físicas ou intelectuais. 
O brinquedo deve instigar a criatividade. Caso seja muito dirigido e não apresentam 
alternativas, passa a ser somente um trabalho a ser realizado. É recomendável que haja sempre 
um apelo a participação criativa. Contudo, este apelo deve estar de acordo com a realidade da 
criança. Os jogos muito contemplativos não conseguirão motivá-la, pois, para poder criar, ela 
precisa ter alguns pontos de menção. 
O brinquedo que pode ser aproveitado de múltiplas maneiras é um apelo à valorização 
da inventividade. A criança pode brincar com algo que já conhece, mas criando novas formas ou 
alcançando finalidades diferentes. É conveniente que o jogo permita à criança a aquisição de 
sucesso progressivo, para que, à medida que ela vai conhecendo melhor os recursos que ele 
oferece, possa alcançar níveis mais altos de realização. Um jogo com tendência para mudanças 
pode conceber uma constante provocação às capacidades da criança. 
As crianças adoram saber como o brinquedo funciona ou como ele é por dentro. Em 
razão disso, os jogos desmontáveis são mais estimulantes. O pensamento lógico é estimulado 
pelo manejo dos jogos de montar, nos quais a criança tem propriedade de compor e observar a 
sequência para a montagem correta. 
As cores mais intensas e as formas mais simples seduzem mais as crianças 
pequenas. Já as maiores elegem as cores naturais e formas mais sofisticadas. Todavia, a 
variedade no colorido, na forma e na textura irá colaborar para a estimulação sensorial de 
ambas, aprimorando sua experiência. 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.olhar-43.net/2011/07/22/brinquedos-coloridos-imagens-
fofas-para-tumblr-we-heart-it-etc/>. Acesso em: 29 out. 2011. 
 
 
39 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://tudosobrebebe.com/brinquedos-para-bebes-de-0-a-6-
meses-2.html>. Acesso em: 29 out. 2011. 
 
 
O tamanho dos brinquedos deve ser adequado com a motricidade - as funções que 
permitem o movimento e o deslocamento do corpo da criança. Um bebê não pode brincar com 
peças pequenas, porque poderá levá-las a boca, engolir ou engasgar-se com elas. Além disso, 
não terá coordenação motora satisfatória para manipular peças miúdas. Brinquedos grandes e 
pesados podem machucar a criança ao caírem no chão. 
Os brinquedos nãoduráveis, muito frágeis ocasionam frustração não somente por se 
quebrarem facilmente, mas também porque não dão à criança o tempo suficiente para que 
institua uma boa relação com eles. 
Além da durabilidade é importante pensar na segurança das crianças. Tintas tóxicas, 
pontas e arestas, peças que podem se soltar, tudo isso deve ser avaliado em um brinquedo, 
para impedir que a criança se machuque. Com os bebês, o cuidado deve ser ainda maior, pois, 
levando tudo à boca, correm o risco de engolir ou engasgar-se com uma pequena peça que se 
desprenda. Na maioria das vezes, não será possível acolher a todos estes pré-requisitos para 
fazer uma boa opção. No entanto, alguns itens citados são indispensáveis a considerar. 
 
 
 
40 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.blogers.com.br/atencao-com-os-brinquedos/>. Acesso em: 
29 out. 2011. 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI1199-
10516,00.html>. Acesso em: 29 out. 2011. 
 
 
 
 
 
http://www.google.com.br/imgres?q=o+perigo+dos+brinquedos+pequenos&um=1&hl=pt-BR&biw=1152&bih=556&tbm=isch&tbnid=MnTEQXXm2_BZIM:&imgrefurl=http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI1199-10516,00.html&docid=mWw89lhC8P8MJM&imgurl=http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/foto/0,,14323191,00.jpg&w=300&h=200&ei=sb6qTqHfIcTdgQfYqKTjDw&zoom=1
 
 
41 
6 PSICOMOTRICIDADE 
 
 
FIGURA 13 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://coreseformaspsicomotricidade.blogspot.com/2009/11/do-que-se-
trata-psicomotricidade.html>. Acesso em: 29 out. 2011. 
 
 
A psicomotricidade é contemplada em todas as fases do desenvolvimento humano. 
Desde a fase latente ela pode ser utilizada visando o desenvolvimento da criança. No despertar 
dos primeiros movimentos em que a criança se mexe, rola, engatinha, caminha e anda os 
estímulos da psicomotricidade podem ser trabalhados pelos pais, visando benefício. 
Psicomotricidade é um recurso também utilizado em ambiente escolar para contribuir com o 
desenvolvimento da criança em seu processo ensino-aprendizagem. Por este motivo as 
atividades recreativas dirigidas envolvendo jogos, brincadeiras em pátios e quadras estão sendo 
incentivadas nas escolas. 
 
 
http://www.google.com.br/imgres?q=PSICOMOTRICIDADE&hl=pt-BR&gbv=2&biw=1152&bih=556&tbm=isch&tbnid=9_hEpPcDEkRXGM:&imgrefurl=http://coreseformaspsicomotricidade.blogspot.com/2009/11/do-que-se-trata-psicomotricidade.html&docid=TKH5ZDwEz9lHGM&imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_DJM1eiMPUfw/SwsKG43oiVI/AAAAAAAAABQ/6jm5L98ZnkE/s1600/municipio+164.jpg&w=800&h=600&ei=PPWmTq-wE8fYgAfsls0j&zoom=1
 
 
42 
6.1 EDUCAÇÃO PSICOMOTORA 
 
FIGURA 14 
 
 
 
FONTE: PSICOMOTRICIDADE. Disponível em: 
<http://ensinarpraaprender.blogspot.com/2010/06/o-que-e-psicomotricidade.html>. Acesso em: 
16 set. 2011. 
 
 
Para Le Boulch (1984, p. 24), a educação psicomotora deve ser: 
 
Considerada como uma educação de base na escola infantil. Ela 
condiciona todos os aprendizados pré-escolares; leva a criança a 
tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, 
a dominar seu tempo, a adquirir habilmente a coordenação de seus 
gestos e movimentos. A educação psicomotora deve ser praticada 
desde a mais tenra idade; conduzida com perseverança, permite 
prevenir inadaptações difíceis decorrigir quando já estruturadas... 
 
É possível, por intermédio de uma ação educativa, a partir dos movimentos 
espontâneos da criança e das atitudes corporais, beneficiar a formação da imagem do corpo, 
essência da personalidade. A educação psicomotora refere-se a uma formação de base 
imprescindível a toda criança que seja normal ou com alguma limitação. Contrapõe a uma dupla 
http://www.google.com.br/imgres?q=psicomotricidade+na+educa%C3%A7%C3%A3o&hl=pt-BR&gbv=2&biw=1152&bih=556&tbm=isch&tbnid=eewovglD6S-wPM:&imgrefurl=http://ensinarpraaprender.blogspot.com/2010/06/o-que-e-psicomotricidade.html&docid=sfkyHCAubT3P9M&imgurl=http://3.bp.blogspot.com/_TpjrU4afltM/TBwQkOJsWUI/AAAAAAAAAIM/SjGXcLknmsA/s1600/psicomotricidad.jpg&w=675&h=461&ei=tsWhTr7JCZHUgAfQyeyZBQ&zoom=1
 
 
43 
finalidade: assegurar o desenvolvimento funcional, considerando as possibilidades da criança e 
auxilia sua afetividade a expandir-se e a equilibrar-se por intermédio da interação com o 
ambiente humano. Na educação infantil e no ensino fundamental é possível beneficiar-se da 
Psicocinética a qual toma a forma de uma verdadeira educação psicomotora, estabelecida sobre 
o conhecimento das leis do desenvolvimento, qualificando a ação educativa global e integradora. 
A Psicocinética, como método pedagógico, compõe um meio educativo fundamental às 
primeiras etapas de desenvolvimento do ser humano, aos olhos de seu criador (Jean Le Boulch), 
bem como uma forma de desenvolvimento da tomada de consciência sobre seu próprio corpo e 
as adaptações posturais indispensáveis durante a aprendizagem nas demais fases evolutivas do 
ser humano. Na faixa etária que corresponde do zero aos doze anos de idade da criança, a 
educação psicocinética compreende-se como uma legítima educação psicomotora. 
Usualmente, toda ação educativa pressupõe tomada de posições quanto à sua 
finalidade, assim sendo este método tem por objetivo beneficiar o desenvolvimento condicional 
do ser e formar um indivíduo capaz de situar-se e atuar em um mundo em constante 
transformação, por meio de: 
 
 Melhor conhecimento e compreensão de si mesmo; 
 Melhor ajuste de sua conduta; 
 Verdadeira autonomia e acesso às responsabilidades ao longo da vida social 
(LE BOULCH, 1983). 
 
Cabe ao educador conhecer as etapas do desenvolvimento psicomotor da criança, 
características das faixas etárias, necessidades e interesses, para melhor planejar a ação 
docente. Por isso, é de fundamental importância que o educador desenvolva atividades com 
objetivos predefinidos, e não aleatoriamente, arrolando-as como necessárias ao domínio do 
esquema corporal, como se esta expressão significasse apenas uma coisa. O desenvolvimento 
psicomotor, tanto de crianças especiais quanto as não especiais, solicita o auxílio constante do 
educador, por meio da estimulação em sala de aula e do encaminhamento/facilitação, quando se 
fizer necessário. O educador pode ajudar e muito, saudável em todos os níveis, na estimulação 
do desenvolvimento cognitivo e para o desenvolvimento de aptidões e habilidades, na formação 
de atitudes por meio de uma relação afetiva e estável (que crie uma atmosfera de segurança e 
bem-estar para a criança) e, sobretudo, respeitando e aceitando a criança do jeito que ela é. 
 
 
44 
A educação psicomotora na idade escolar deve ser antes de qualquer coisa, um 
conhecimento ativo de comparação com o meio. O auxílio educativo originário dos pais e do 
meio escolar tem a finalidade não de ensinar à criança comportamentos motores, todavia, sim de 
consentir-lhe desempenhar sua função de ajustamento, individualmente ou com outras crianças. 
Propriedades psicomotoras desenvolvidas nas sessões de Psicomotricidade Educativa 
ou Psicocinética: 
 
 
ESPAÇO TEMPORAL 
 
Normalmente, até os dois anos e meio, o ambiente da criança é um espaço vivido, 
dentro do qual ela se ajusta desenvolvendo seus movimentos coordenados em função de um 
objetivo a ser atingido. Entre os três e os seis anos, a criança chega à reprodução dos elementos 
do espaço, encontrando formas e dimensões. No final do período pré-escolar, o desenvolvimento 
da relação corpo-espaço deriva em uma disposição individualista do universo. A criança 
desvendou sua dominância, verbalizou-a, chegando a um corpo orientado, que lhe convirá de 
padrão para situar os objetos alocados no espaço circundante. A orientação dos objetos faz-se, 
então, em função da posição atual do corpo da criança. Este equilíbrio favorece a interiorização, 
que é um fator indispensável, sem o qual a estruturação do espaço não pode efetuar-
se.Atividades de orientação espaço temporal: andar devagar até o fim da sala; andar depressa, 
voltando ao ponto de partida; andar devagar e depois correr uma mesma distância demarcada 
na quadra. 
 
 
PERCEPÇÃO CORPORAL 
 
Consciência do próprio corpo, de suas partes, com movimentos corporais, das 
posturas e das atitudes. Capacidade de chamar e localizar as partes do corpo. Exemplo: 
localizar o ombro do coleguinha. Não é apenas uma percepção, uma representação mental do 
nosso corpo, todavia, uma integração de vários gestalts1, todos em contínua modificação. Forma 
o esquema corporal, além da noção do próprio corpo, a conexão das noções de relação com o 
 
1Para se entender o que é uma gestalt, um exemplo simples: quando olhamos uma paisagem como um mar e passa 
uma gaivota, forma-se uma situação gestáltica. A gaivota representa a figura da gestalt, o que está em primeiro 
plano da observação; o mar, as nuvens e o céu correspondem ao fundo, que representa algo secundário no 
momento. Quando a gaivota desaparece do campo de visão, fecha-se então aquela gestalt. 
 
 
45 
exterior em suas duas expressões de espaço e tempo, e a conexão com outras pessoas, por 
meio do contato corporal, do progresso do gesto e da linguagem.É a comunicação consigo 
mesmo e com o meio. Uma boa formação corporal implica boa evolução da motricidade, das 
percepções espaciais e temporais, bem como da afetividade. A construção do esquema corporal 
(imagem, uso e controle do seu próprio corpo) se realiza usualmente de uma forma global no 
decurso do desenvolvimento da criança, graças aos seus movimentos, deslocamentos, ações, 
jogos, etc. Exemplo de atividades psicomotoras: brincar com bolões, rolando o corpo sobre a 
bola. Jogar o bolão para cima, sentar nele, correr junto com ele, etc. 
 
EQUILÍBRIO 
 
É o cerebelo que ajusta permanentemente o tônus postural em combinação com o 
desenvolvimento do ato motor. Ele fixa essas reações como forma de automatismos posturais 
inconscientes, tradução das experiências vividas individualmente. Essas atitudes de referência 
estabilizadas, verdadeiros esquemas posturais inconscientes, são, porém, constantemente 
adaptadas às condições atuais de desenvolvimento da ação, graças à atuação das reações de 
equilibração. O desempenho normal da função de equilibração pode ser perturbado por causas 
psicológicas. Todo medo acarreta reações de enrijecimento as quais afetam as reações reflexas 
de equilibração. Manutenção do corpo em uma mesma posição durante um tempo determinado. 
Pode ser estático ou dinâmico. Exemplo: brincar de estátua, marchar nos calcanhares, 
permanência em pé, sentada ou deitada. 
 
LATERALIDADE 
 
Caracteriza-se pelo uso de todos os órgãos pares. Pode ser direita ou esquerda. Deve 
ser observado o pé, a mão e o olho. No primeiro ano de vida não há preferência por nenhum 
lado. No segundo ano de vida ela permanece usando ambas as mãos, mas gradativamente fixa 
a preferência por uma delas. Com dois anos completos quase todas as crianças já definiram sua 
lateralidade, mesmo que depois apareçam breves períodos de uso da outra mão. Enfim, com 
seis anos está completa a definição. Além disso, há uma nítida preferência por um dos olhos, por 
um dos pés, isto podendo ser no destro uma dominação dos três instintos.Exercíciosde 
lateralidade: Com a mão dominante, pedir que a criança pegue um objeto qualquer. Observar a 
mão que ela irá usar. Com o pé dominante, pedir que a criança chute uma bola. Observar qual a 
lateralidade do pé usado. Com o olho dominante; solicitar que a criança espie em um monóculo. 
 
 
46 
Analisar o olho dominante. Andar pela sala jogando uma bola ou bexiga, de uma mão para a 
outra. Colocar uma criança no centro. Solicitar a outra criança que fique à direita dela; outra 
atrás; outra à frente e outra à esquerda. Batendo palmas, as crianças mudam de posição e 
dizem a sua nova posição. 
 
RÍTMO 
 
Refere-se à movimentação própria de cada um. Ritmo lento, moderado, acelerado, 
cadenciado. Noção de duração e sucessão, no que diz respeito à percepção dos sons no tempo. 
A ausência de habilidade rítmica pode originar uma leitura lenta, silabada, com pontuação e 
entonação inadequadas. Na parte gráfica, as dificuldades de ritmo colaboram para que a criança 
escreva duas ou mais palavras unidas, que adicione letras nas palavras ou omita letras e 
sílabas. Exercícios de ritmo:Permanecer na ponta dos pés, enquanto se conta até dez. Levantar 
e baixar na ponta dos pés. Andar sobre linhas marcadas no chão: retas, quebradas, curvas, 
sinuosas, círculos, mistas. Bater palmas no ritmo do professor (rápido, lento, forte, fraco). Bater 
bola com a mão seguindo o ritmo marcado pelo professor. 
 
COORDENAÇÃO VISOMOTORA 
 
O arremesso tem uma importância educativa considerável, sob o ponto de vista do 
desenvolvimento global da coordenação. O que vai nos interessar, especialmente na educação 
infantil e no ensino fundamental, é o papel que esta atividade pode desempenhar na ligação 
entre o campo visual e a motricidade fina da mão e dos dedos: coordenação óculo-manual. O 
parentesco com o mecanismo que agem no grafismo não pode escapar ao educador. Na mira, a 
operação que consiste em traçar uma linha de um ponto a outro abrange a entrada em jogo das 
regulações proprioceptivas ao nível dos membros superiores, de mesmo tipo das que atuam no 
exercício de mira, que consiste em agarrar uma bola no espaço. Na coordenação entre espaço 
cinestésico e espaço visual, o arremessar e o apanhar são atividades maiores, de grande 
alcance educativo. Exercícios de coordenação óculo manual:Os alunos trabalham em dupla e 
têm à sua disposição um aro para cada um e um quadrado de linóleo. Uma bola grande, uma 
bolinha leve e uma bola pesada para dois. Posicionar os alunos dentro dos aros colocados no 
chão à pequena distância. Eles trocam passes com bolas, de todas as maneiras possíveis, sem 
deixá-las cair. Se, numa duração determinada, as bolas tiverem caído apenas três vezes, os 
alunos têm o direito de trabalhar em distâncias maiores. Dois a dois, um ao lado do outro, 
 
 
47 
caminhando ou correndo ao redor da quadra, as crianças devem passar a bola umas às outras. 
Realizar o exercício primeiro em um sentido; a seguir, invertê-lo. Eles devem descobrir os 
diferentes modos de arremesso que já foram feitos, sem sair do lugar. Jogar a bola com uma das 
mãos; pegá-la de volta com a outra. Passá-la para a mão de arremesso e executar um circuito 
contínuo e regular. 
 
 
COORDENAÇÃO MOTORA AMPLA OU GLOBAL 
 
 
Realização de grandes movimentos com todo o corpo, envolvendo as grandes massas 
musculares, havendo harmonia nos deslocamentos. Não a precisão nos movimentos, ainda que 
seja admirável a coordenação perfeita dos movimentos. Exemplo: marchar batendo palmas, 
correr, saltar, saltitar, rodopiar, descer, subir, etc. 
 
 
COORDENAÇÃO MOTORA FINA 
 
É a competência para realizar movimentos específicos, usando os pequenos músculos, 
a fim de atingir a execução bem-sucedida da habilidade. Solicita uma ação de grande exatidão 
no movimento. Movimentos manuais em que coordenação e a precisão são essenciais. 
Exemplo: tocar piano, escrever, modelagem com massinhas, recortar, colar, trabalhos com 
objetos pequenos como: pinças, alicates de unha, etc. 
 
AGILIDADE 
 
Caracteriza-se pelas atividades que estabelecem movimentos rápidos e precisos. 
Exercícios de Agilidade:fazer uma fila, colocar cones enfileirados e pedir que alunos corram em 
velocidade, esquivando dos cones. Aula de queimada. Os alunos com bolas de plástico no meio 
da quadra vão arremessar as bolas em um aluno que estará no gol, esse precisará livrar-se das 
bolas que serão arremessadas, brincar de pega-pega, brincar de pico-bandeira ou jogos de 
esquiva. 
 
TONICIDADE 
 
 
48 
 
É a ação de fortificar-se, fortalecer-se, robustecer-se. É a qualidade, estado ou 
condição de tônico. Analisa-se que a tonicidade é a força muscular que o aluno/criança vai 
contraindo em razão das atividades concretizadas diariamente. 
 
 
6.2 ATIVIDADES LÚDICAS QUE AUXILIAM NA PSICOMOTRICIDADE 
 
 
A Coordenação motora é a capacidade de coordenação de movimentos decorrente da 
integração entre comando central (cérebro) e unidades motoras dos músculos e articulações. 
De acordo com Lopes et.al. (2003), o conceito de coordenação motora é abordado em 
diferentes âmbitos, contextos e áreas científicas (controle motor, aprendizagem motora, 
desenvolvimento motor, biomecânica, fisiologia). Assim, a coordenação motora pode ser 
analisada segundo três pontos de vista: 
a) Biomecânico, dizendo respeito à ordenação dos impulsos de força numa ação 
motora e a ordenação de acontecimentos em relação a dois ou mais eixos perpendiculares; 
b) Fisiológico, relacionando as leis que regulam os processos de contração 
muscular; 
c) Pedagógico, relativo à ligação ordenada das fases de um movimento ou ações 
parciais e a aprendizagem de novas habilidades. 
 
Coordenação motora ampla: é o trabalho que vai apurar os movimentos dos 
membros superiores (braços, ombros, pescoço e cabeça) e inferiores (pernas, pés, quadris). As 
atividades envolvidas nesta prática dizem respeito à organização geral do ritmo, ao 
desenvolvimento e às percepções gerais da criança. 
 
ATIVIDADES: 
 
 
 
49 
1) Saltar a corda: 
 Coordenação motora ampla: 
Formação: coluna. 
Material: corda. 
Desenvolvimento: a frente de cada coluna estarão três cordas esticadas na horizontal, 
o primeiro aluno deverá saltar as cordas de frente, de costa, de lado. 
 
FONTE: Disponível em: < 
http://jogosebrincadeirasparacriancas.blogspot.com/2010/06/ladainhas-para-saltar-corda-pular-
corda.html > Acesso em: 31.01.2012 
 
2) Cobrinha: 
 Coordenação motora ampla: 
Formação: coluna. 
Material: corda. 
Desenvolvimento: o professor deverá fazer cobrinha com a corda, o deverá saltar sem 
tocar na corda. 
Variação: dois segurando a corda fazendo um leve balanceio de um lado para o outro. 
 
 
 
 
50 
FONTE: Disponível em: <http://www.monica.com.br/revistas/brincade/pul-cord.htm>. Acesso em: 
29 out. 2011. 
 
3) Lançar: 
 Coordenação motora ampla: 
Formação: individual. 
Material: bola. 
Desenvolvimento: deslocando, lançar a bola para cima e segurar. 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://coisasimplesepequenas.blogspot.com/2008/09/para-
relembrar.html>. Acesso em: 29 out. 2011. 
 
 
4) Deslocamento: 
 Coordenação motora ampla. 
Formação: individua. 
Material: bola. 
Desenvolvimento: andando e passando a bola por entre as pernas em forma de 8. 
 
5) Deslocamento: 
 Coordenação motora ampla: 
Formação: individual. 
Material: bola. 
Desenvolvimento: andar com a bola entre as pernas. 
 
6) Abraçados: 
 Coordenação motora ampla: 
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.campo.org.br/imagens/desenho%20crianca%20bola.jpg&imgrefurl=http://amigasdaedu.blogspot.com/2009/09/lancando-e-agarrando-trabalhando.html&usg=__t6oAr9quDCPR2CTkJ1v4fPQWCyk=&h=164&w=170&sz=29&hl=pt-BR&start=5&sig2=966CfBsJy4YA3jXfME8qnQ&um=1&tbnid=cpWqVayfpC3RcM:&tbnh=96&tbnw=99&prev=/images?q=crian%C3%A7a+lan%C3%A7ando+a+bola+para+cima&hl=pt-BR&um=1&ei=-v9RS782j5a2B8W5oQE
 
 
51 
Formação: dois adois. 
Material: Bola. 
Desenvolvimento: andar com bola entre o tórax dos colegas. 
 
7) Corrida das bolinhas: 
 Coordenação motora ampla. 
Formação: coluna. 
Material: cartelas de ovos e bolinha de gude. 
Desenvolvimento: Colocar cartelas de ovos vazias a cinco metros de distância para 
que as crianças possam enchê-las pegando bolinhas de gude ou grãos que estão distantes; 
(correm levando as bolinhas ou grãos). 
 
8) O presente: 
 Coordenação motora ampla: 
Material: caixas de papelão de tamanho variado. 
Desenvolvimento: Entrar em caixas de papelão gigante, médias e pequenas. 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://ciclicca.blogspot.com/2009_05_01_archive.html/>. 
Acesso em: 17 maio 2011. 
 
9) Bola por cima: 
 Coordenação motora ampla: 
Material: bola. 
Formação: assentados em coluna. 
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://3.bp.blogspot.com/_-oC1yOfhNTY/Ss9ujLlF60I/AAAAAAAAE8k/y_EzNoEaRho/s400/crianca2b.JPG&imgrefurl=http://ciclicca.blogspot.com/2009_10_01_archive.html&usg=__qDOp1N0qup3RGclS6LNYScU2PvI=&h=300&w=400&sz=14&hl=pt-BR&start=30&sig2=QlyqvqiQ9uyPJhMChWuWAQ&um=1&tbnid=XmfBu5o9D_cLFM:&tbnh=93&tbnw=124&prev=/images?q=crian%C3%A7a+dentro+de+uma+caixa+de+papelao&ndsp=18&hl=pt-BR&sa=N&start=18&um=1&ei=lgBSS6uOItWztgeZg6gB
 
 
52 
Desenvolvimento: os alunos deverão estar assentados em fila, o organizador distribuirá 
uma bola para cada fila, ao sinal do organizador os alunos deverão passar a bola por cima da 
cabeça. Vence a equipe que conseguir transportar a bola primeiro. 
Variação: quando a bola chegar ao último aluno este deverá deslocar-se e ocupar a 
primeira posição na fila, vence a equipe que chegar primeiro no aluno que começou a atividade. 
 
10) Bola pela lateral: 
 Coordenação motora ampla: 
Material: bola. 
Formação: assentados em coluna. 
Desenvolvimento: Idem a anterior, porém a bola é passada lateralmente. 
 
11) Bola por baixo: 
 Coordenação motora ampla: 
Material: bola. 
Formação: em pé – coluna. 
Desenvolvimento: Idem a anterior, porém a bola é passada por debaixo das pernas. 
Variação: quando a bola chegar ao último este deverá passar por debaixo das pernas 
dos colegas, carregando consigo a bola. Continuando assim a atividade. Vence a atividade 
quando o primeiro aluno da equipe que começou ocupar a sua primeira posição. 
 
12) Minhocão 
 Coordenação motora ampla: 
Material: bola. 
Formação: em pé – coluna. 
 
 
53 
Desenvolvimento: Idem a anterior, porém a bola é passada por debaixo das pernas do 
primeiro colega e por cima da cabeça do segundo colega e assim por diante, por baixo, por cima, 
por baixo, por cima... 
 
13) Controlar o jornal no corpo: 
 Coordenação motora ampla: 
Material: jornal. 
Formação: fila. 
Desenvolvimento: o organizador entrega um jornal para o primeiro aluno da equipe, 
este deverá correr controlando-o no corpo, indo e voltando, entregar o jornal para o próximo 
colega de sua equipe, que realizará o mesmo percurso. Vence a equipe que terminar primeiro. 
(Coloca-se o jornal no tórax, deve correr sem segurar o jornal). 
 
14) Montar quebra-cabeça gigante no chão; 
15) Correr com fitas coloridas sem deixá-las tocar o chão; 
16) Jogar bolas de ar (bexiga, balão) para o alto e não deixá-las tocar o chão; 
17) Rodar pneu de borracha. 
 
Coordenação motora fina: diz respeito aos trabalhos mais finos, aqueles que podem 
ser executados com o auxílio das mãos e dedos, especificamente aqueles com grande 
importância entre mãos e olhos. O bom desenvolvimento da coordenação fina garantirá um bom 
traço de letra e será observado quando, por exemplo, a criança pega água em um copo plástico 
sem derramar ou equilibrando a força necessária para colorir desenhos nas mais diferentes 
texturas e superfícies. 
 
ATIVIDADES: 
 
1) Amassar e desamassar: 
 
 
54 
 Coordenação motora fina: 
Formação: círculo. 
Material: jornal. 
Desenvolvimento: os alunos em círculo receberão uma folha de jornal, deverão: 
- amassar o jornal usando as mãos 
- colocar o jornal amassado no chão e desamassá-lo com os pés. 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://quinquilhariadama.blogspot.com/2009/08/passo-passo.html>. 
Acesso em: 29 out. 2011. 
 
2) Amarrado: 
 Coordenação motora fina: 
Material: lenço. 
Formação: coluna. 
Desenvolvimento: A frente de cada coluna estará um aluno de pé e com os braços em 
extensão. O professor entregará um lenço ao primeiro aluno de cada coluna que deverá deslocar 
até o colega que está em frente da coluna e amarrar a sua mão, voltar tocar na mão do colega 
que deverá deslocar até o colega amarrado e desamarrá-lo, entregando o lenço para o próximo 
colega de sua coluna e assim sucessivamente. 
 
3) Tampa e destampa: 
 Coordenação motora fina: 
Material: garrafa pet. 
Formação: coluna. 
Desenvolvimento: A frente da coluna estará uma garrafa pet tampada. Assim o 
primeiro da coluna destampa a garrafa pet volta para sua coluna e assenta no final da mesma, o 
segundo tampa a garrafa pet e assim sucessivamente. 
 
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/__wH3qS1qy1Y/Sqql9m3G73I/AAAAAAAAAeA/WagZQGusnc0/s320/DSC00314.JPG&imgrefurl=http://quinquilhariadama.blogspot.com/2009/08/passo-passo.html&usg=__zrbM1Sl4lwziibhZfHw9Ew7yfrg=&h=240&w=320&sz=9&hl=pt-BR&start=17&sig2=7S0fuhgKVaBl6WYcmkJBUA&um=1&tbnid=bPINGPn4hV0cTM:&tbnh=89&tbnw=118&prev=/images?q=amassando+papel+com+as+maos&hl=pt-BR&um=1&ei=YQJSS5WpEMyVtgeF4bmtDA
 
 
55 
 
FONTE: Disponível em: <http://pratica-pedagogica.blogspot.com/2011/02/dificuldade-de-
organizar-fila-uma.html>. Acesso em: 29 out. 2011. 
 
4) Empilhar e desempilhar: 
 Coordenação motora fina: 
Material: latas. 
Formação: coluna. 
Desenvolvimento: o primeiro aluno de cada fila deverá correr até o local onde se 
encontram as latas e empilhá-las, voltar e tocar na mão de seu colega de equipe, este deverá 
desempilhá-las, voltando e tocando na mão do próximo colega de sua equipe e assim 
sucessivamente, vence a equipe que terminar primeiro. 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://pratica-pedagogica.blogspot.com/2011/02/dificuldade-de-
organizar-fila-uma.html>. Acesso em: 29 out. 2011. 
5) Bola de gude; 
6) Dominós. 
 
Lateralidade 
http://nicegasparin.pbworks.com/f/crias.JPG
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://4.bp.blogspot.com/_h_nqGs5GfTk/SawYifDg5pI/AAAAAAAAAHc/UK44UfiLtNs/s400/Djeco-Funny-stacking-blocks2-lrg_jpg.jpg&imgrefurl=http://mentesfantasticas.blogspot.com/2009/03/10-cubos-para-empilhar-encaixar.html&usg=__CnOYshQnN46jsPY5BrOzyPDdbco=&h=350&w=350&sz=15&hl=pt-BR&start=54&sig2=-qU5NJMJLKc5hYbdeJsVWQ&um=1&tbnid=VyGXZoKTU4UQUM:&tbnh=120&tbnw=120&prev=/images?q=brinquedos+empilhar&ndsp=18&hl=pt-BR&sa=N&start=36&um=1&ei=3gNSS77BLNSPtgeWrqzYAw
 
 
56 
 
Durante o crescimento, naturalmente se define uma dominância lateral na criança: será 
mais forte, mais ágil do lado direito ou do lado esquerdo. A lateralidade corresponde a dados 
neurológicos, mas também é influenciada por certos hábitos sociais (não devemos confundir 
lateralidade com conhecimento de esquerda e direita) o conhecimento “esquerda e direta” 
decorre da noção de dominância lateral. Quando a criança percebe que trabalha naturalmente 
com aquela mão, guardará sem dificuldade que aquela mão é a esquerda ou a direita (ALVES, 
2010). 
A lateralidade segundo Oliveira (1997), é a propensão que o ser humano possui, de 
utilizar preferencialmente, mais um lado do corpo do que o outro em três níveis: mão, olho e pé. 
Existe a dominância de um dos lados, este apresenta maior força muscular, mais precisão e 
mais rapidez. 
De acordo com Negrine (1986), a lateralidade relaciona-se ao esquema interno do 
indivíduo que o capacita a utilizar um lado do corpo com maior facilidade que o outro, em 
atividades que exijam habilidade, caracterizando-se por uma assimetria funcional. O autor 
enfatiza a lateralidade somente quanto à habilidade da mão, do pé e do olho. Já Romero(1988) 
afirma que a lateralidade deve ser considerada também em nível auditivo. 
O conhecimento do processo de lateralização é muito importante para os profissionais 
da Educação em geral e, em especial, para os atuantes na área de Educação Física; pois, 
segundo Negrine (1986), o aspecto fundamental no desenvolvimento da lateralidade é que a 
criança não seja forçada a adotar esta ou aquela postura, mas que se criem situações em que 
ela possa expressar-se com espontaneidade e, a partir da experiência vivenciada com o próprio 
corpo, defina o seu lado dominante sem pressões de qualquer ordem do meio exterior. 
Lateralidade é a capacidade de se vivenciar as noções de direita e esquerda sobre o 
mundo exterior, independente da sua própria situação física. 
A boa e correta definição da lateralidade caminha junto com uma boa escrita, 
envolvendo a orientação espacial e temporal. Observar os gestos das crianças em situações do 
cotidiano, como por exemplo, ao: 
a) Recortar: a mão dominante segura à tesoura e a outra o papel; 
b) Encher um copo de água, a mão dominante abre a torneira e a outra segura o copo; 
 
 
57 
c) Pentear o cabelo; 
d) Organizar seu material na mochila. 
 
ATIVIDADES 
 
1) Brincar de Robô: 
Material: humano. 
Formação: duplas. 
Objetivo: desenvolver a lateralidade. 
Desenvolvimento: uma criança é o robô, e seu parceiro é o guia. Auxiliados pela 
professora, combinam sinais de movimentação do robô. Por exemplo, se o guia tocar o lado 
esquerdo da cabeça do robô, esse vira para a esquerda; se tocar o lado direito, vira à direita; se 
tocar o alto da cabeça, o robô abaixa, e assim por diante. Algum tempo depois, invertem-se os 
papéis, sendo que o guia vira robô, e o robô vira guia. Depois disso, a brincadeira é feita com 
deslocamentos. As duplas combinam os sinais de movimentação. Por exemplo, um toque na 
parte de trás da cabeça é sinal para o robô ir adiante; um toque nos ombros é sinal para que ele 
pare. 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://anglorobotica.spaceblog.com.br/1194005/O-robo-
ideal/>. Acesso em: 29 out. 2011. 
 
2) Controlar o jornal no pé: 
Material: bolinha de jornal. 
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://oconhecimento.files.wordpress.com/2009/10/robo2.jpg&imgrefurl=http://oconhecimento.wordpress.com/2009/10/05/&usg=__eGusxutYyJIepZ-bCgz1beFA_rM=&h=320&w=286&sz=16&hl=pt-BR&start=1&sig2=fwG0tu7zR57Gioph5MY5nw&um=1&tbnid=j0e2s4Ek7qxXfM:&tbnh=118&tbnw=105&prev=/images?q=robo&hl=pt-BR&sa=N&um=1&ei=PQVSS-TUB5Gwtgel5pGwAg
 
 
58 
Formação: em equipe e em coluna. 
Objetivo: desenvolver a lateralidade. 
Desenvolvimento: 
O aluno deverá ir chutando a bolinha com um dos pés até um ponto determinado e 
voltar chutando a bolina com o outro pé. Entrega o papel para o próximo colega de sua equipe, 
que deverá fazer o mesmo e assim sucessivamente. 
Variação: O organizador deverá entregar uma bolinha de papel para cada equipe, o 
primeiro aluno de cada equipe, deverá deslocar em linha reta até um ponto determinado, 
controlando o papel nos pés, trocando a bolinha do pé direito para esquerdo. Ir e voltar fazendo 
o mesmo movimento, não podendo chutar o papel, deverá apenas andar. Entrega o papel para o 
próximo colega de sua equipe, que deverá fazer o mesmo e assim sucessivamente. 
 
3) Tempestade: 
Material: giz. 
Formação: círculo. 
Objetivo: desenvolver a lateralidade. 
Desenvolvimento: desenha-se círculos no chão. O número de círculos deve ser um a 
menos que o total de participantes. Todos devem ficar dentro dos círculos, com exceção de um 
integrante. O integrante do centro deve disser: direita – todos devem dar um passo para a direita 
(trocando de lugar). Esquerda – todos devem dar um passo para esquerda (trocando de lugar). 
Quando o integrante do centro disser TEMPESTADE , todos devem trocar de lugar, sendo que 
um integrante ficará de fora. E assim sucessivamente. 
 
4) (Atividade corporal) ZIP, ZAP, ZOP: 
Material: humano. 
Formação: círculo. 
Objetivo: desenvolver a lateralidade. 
 
 
59 
Desenvolvimento: Todos os participantes deverão ficar em pé, no centro da sala, em 
círculo. O professor poderá iniciar o jogo, ficando no centro da roda, de pé, para que os alunos 
possam ver como se faz a brincadeira. Ao ouvir a música os alunos deverão acompanhar o 
professor com os movimentos de direita e esquerda. Quando parar a música o professor deverá 
apontar para um aluno e dizer “ZIP”, então o aluno deverá falar o nome do amigo que estiver no 
seu lado direito (para melhor compreensão ele ficará com uma fita vermelha na mão direita e 
azul na esquerda). Se o professor disser “ZAP”, o aluno deverá dizer o nome do colega da 
esquerda. Se disser “ZOP”, o aluno responderá seu próprio nome. Quando disser “ZIP, ZAP, 
ZOP”, todos deverão trocar de lugar no círculo, ficando ao lado de pessoas diferentes, para que 
possam também conhecer outros alunos e o professor poderá perceber se ele está absorvendo 
a ideia de direita e esquerda. O professor convidará outro aluno para ficar no centro e sempre 
que alguém errar a resposta ficará no centro do círculo. 
 
5) Cãozinho FLIP: 
Material: humano. 
Formação: duplas. 
Objetivo: desenvolver a lateralidade. 
Desenvolvimento: atividade consiste em montar um círculo com todos os alunos 
sentados. Um aluno voluntário, de olhos vendados, ficará sentado em uma cadeira no meio 
deste círculo (este representará o cãozinho FLIP). Abaixo da cadeira deverá conter um objeto 
que faça barulho ao ser manipulado (um molho de chaves, por exemplo). Ao sinal do professor, 
determinado aluno do círculo, deverá pegar a chave abaixo da cadeira do cãozinho, de modo a 
fazer o mínimo de barulho possível. O cãozinho (aluno de olhos vendados), percebendo o 
movimento, deverá latir para o lado onde o som foi emitido. (direita, esquerda, frente ou 
atrás). Descobrindo o local do som, a sua posição será trocada, ocupando o lugar de cãozinho o 
aluno que pegou o objeto. A atividade assim dará a sequência. 
 
6) Caminho: 
Material: pés e mãos de cartolina. 
 
 
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Formação: individual. 
Objetivo: desenvolver a lateralidade. 
Desenvolvimento: as crianças deverão andar no caminho colocando os pés e as mãos, 
conforme os desenhos. 
 
7) Chique - Choque: 
Material: Chique Choque e arco. 
Formação: fileira. 
Objetivo: desenvolver a lateralidade. 
Desenvolvimento: o primeiro aluno da fila pega o chique choque com uma das mãos e 
desloca até o lugar determina saltando como saci-pererê com a perna oposta a da mão que 
segura o chique choque, deixa o chique choque dentro do arco e volta correndo, toca no próximo 
aluno da sua fila este sairá correndo pega o chique choque com uma das mãos e volta saltando 
de saci com a perna oposta da mão com o chique choque e assim sucessivamente. 
 
8) O cachorro e o osso: 
Material: osso e mascara de cachorro. 
Formação: círculo. 
Objetivo: desenvolver a lateralidade. 
Desenvolvimento: as crianças ficarão sentadas em círculo e, no centro a criança em 
destaque, o “cachorro”, que estará com os olhos vendados, tomando conta do “osso”. Ao sinal 
da professora, uma criança levanta-se silenciosamente e tenta apanha o osso. O cachorro, ao 
sentir a presença do colega, começará a latir, apontando a direção de onde vem o ruído que 
indica a aproximação do colega. Se acertar, a criança da roda volta e assenta e outra criança é 
apontada para a nova tentativa. Se o cachorro errar a direção, a criança vai prosseguindo até 
apanhar o osso, volta com ele para o seu lugar e esconde-o, colocando as mãos para trás, no 
qual será imitado por todos os colegas da roda. A professora retira a venda do cachorro, que irá 
 
 
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adivinhar com quem está o osso. Se acertar continuará sendo o cachorro, se errar irá ser 
substituído pelo colega que conseguiu apanhar o osso. 
 
9) O rabo do leão: 
Material: rabo, venda de olhos e desenho de leão sem rabo. 
Formação: círculo. 
Objetivo: desenvolver

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