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Resumo Dom Casmurro

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RESUMO DOM CASMURRO
Jomario Carneiro Correia Montenegro 202051448083
A obra retrata a história de Dom Casmurro, alcunha de Bentinho, que relembra, em sua velhice, o seu período de adolescência nos idos dos anos de 1857 em diante.
 Uma época em que as tradições eram amplificadas, as promessas levadas a sério e o romance preenchido em seus mínimos detalhes através das feições, vozes ou olhares.
 O livro trata com preciosismo cada passagem e expressão dos personagens, envoltos em um Brasil religioso, e a devoção a Deus e as tradições sacristãs não poderiam simplesmente ser contestadas, mas solicitadas e permitidas.
A educação com os pais e os mais velhos é de se pontuar, mesmo à época da adolescência, quando se espera que os ânimos estejam mais exaltados por uma questão biológica. 
Por fim, mesmo que algumas vezes esqueçamos na rotina do dia a dia, o livro nos relembra os aspectos sombrios e lamentáveis da escravidão que atormentava o Brasil àquela época, em que o “preto” era confundido com o animal.
Neste ano, Bentinho, com seus 15 anos, morava na rua de Mata-Cavalos, Rio de Janeiro, com sua mãe, D. Glória, um “agregado” de nome José Dias, que seria uma espécie de serviçal e conselheiro da família convidado a morar na casa pelo pai de Bentinho, o Tio Cosme, irmão de D. Glória e advogado, e a prima Justina. Seus vizinhos, a família Pádua eram integrados pelo Pádua, sua esposa e a filha de nome Capitu, de 14 anos.
A história narra dois acontecimentos no início da vida de Bentinho que o impactariam em sua adolescência: a morte de seu pai, o qual teria vagas lembranças e grande perda para a família, e a morte do seu irmão mais velho, o que fez com que sua mãe prometera que se Bentinho nascesse com saúde iria enviá-lo ao seminário.
Este último acontecimento, no início do livro, faz com que Bentinho se mostre satisfeito com a promessa e até mesmo ansioso para ir ao seminário, até mesmo pela escolha das brincadeiras do garoto, que eram voltadas a pregações e cultos. Além disso, já se mostrava bem encaminhada as aulas de latim com o Padre Pádua , que incentivava a promessa feita pela mãe.
Ocorre que o que antes era uma amizade de infância se transforma em um romance entre Bentinho e na sua vizinha, Capitu, o seu primeiro amor, com sendo juras de casamento realizadas, porém um obstáculo: o seminário.
O livro mostra com perfeição durante toda a trama as feições, olhares, gestos e investidas de dois adolescentes em uma época que tudo era grandiosíssimo, até mesmo um simples beijo é narrado em algumas páginas. Enfatiza-se bem, até mesmo para ampliar o clímax da história, as correspondências amorosas, os choros fáceis das despedidas e dos reencontros.
 A partir de então se inicia uma grande investida por parte dos dois para que Bentinho não se torne padre, o livro retrata bem as afeições e esperanças da garota acerca de novas noticias sobre a ida ou não ida do garoto ao seminário que tenta, principalmente junto ao criado, que sua mãe esqueça a promessa anteriormente feita. Já a garota instiga Bentinho, até mesmo com certa ideia de coloca-lo contra a mãe, para que continue na empreitada.
O principal aliado de Bentinho é José Dias, a quem o garoto pede aliança e que traz a ideia de estudar leis e viajar à Europa como possibilidade de sair do seminário. 
Nada feito. Mesmo com as tentativas, Bentinho é enviado ao seminário, o que retira o seu contato próximo com Capitu e o predestina a virar Padre.
Mesmo no seminário, continuou-se uma tentativa do criado ao lado de Bentinho para que este seja retirado do seminário. Além disso, o criado é quem faz a ponte entre as informações da casa de Bentinho e de sua vizinha. 
Em uma dessas, ao ser informado que sua vizinha Capitu anda sorridente e alegre, verifica-se que se sucedem uma série de pensamentos relativos a ciúmes por parte do garoto, que não consegue dormir e passa a, inicialmente, acreditar que sua amada pode estar com outro companheiro.
Na ânsia de saber se os pesadelos e os pensamentos eram reais, Bentinho diretamente perguntou a Capitu, e esta deu um ultimato que se houvesse desconfiança novamente, estaria desatado o relacionamento de ambos.
Capitu se aproxima da sua futura sogra, D. Glória, tornando-se inseparáveis, e que mostra por indícios que a garota estava na empreitada de conquista-la a ponto de que ela pudesse compartilhar e aceitar o relacionamento amoroso com o filho, o que até então a era desconhecido.
Nas palavras de José Dias, o tempo de seminário não seria perdido, haveria grandes aprendizagens e contribuía para a formação de caráter do ser humano. Bentinho, direcionado por esta e outras, tentou aproveitar ao máximo os momentos na sua formação de padre.
 Lá, fez amizade com um garoto chamado Escobar, no livro, inicialmente, envolto por elogios de Bentinho, e a amizade era tamanha que Escobar foi convidado a visita-lo, jantar e se preocupou quando D. Glória estava adoecida. 
Escobar foi a primeira pessoa externa à casa a quem Bentinho confiou seu segredo de que o real motivo para não querer ser padre era por conta de Capitu, e, o seminarista também o confidenciou que não queria ser padre para virar comerciante, o que estreitou os laços de amizade de ambos. 
A partir de então, houve uma confiança dividida entre o seu amor Capitu e o seu amigo Escobar, que a essa altura já era querido por todos da família de Bentinho e a amizade já reconhecida até mesmo no seminário.
A ideia que efetivamente fez Bentinho sair do seminário foi dada por Escobar que lhe disse que poderia transmitir sua promessa caso sua mãe adotasse um órfão, o que foi consentido por sua mãe e pelo Padre Cabral, após consultar o bispo.
Bentinho saiu do seminário, foi estudar direito em São Paulo, seu amigo Escobar virou comerciante e o tempo se passa com a formatura do garoto após cinco anos.
Ao voltar à casa, todos consentiam com o casamento de Bentinho e Capitu, que ocorre logo em seguida. Escobar casou-se com Sancha, grande amiga de Capitu. O casal principal, após uma lua de mel foi morar na Glória e Escobar e sua esposa em Andaraí.
O livro mostra que a rotina do casal era um pouco monótona, mas aparentemente feliz, com muita cordialidade e respeito. Quase sempre o casal de amigos estava próximos e a intimidade aumentava. Porém, havia certa tristeza, pois, após alguns anos de casamento e, a contrário do seu casal de amigos que tiveram uma filha, Capitu ainda não havia engravidado.
Em certo ponto da história, confundindo-se com a intimidade dos amigos ex-seminaristas, demonstra-se certos desencontros, como em uma conversa despretensiosa na janela, Capitu deixou escapar que Escobar tivera lá mais cedo, quando Bentinho não estava, e que lhe entregara certo valor em libras esterlinas. 
Finalmente o filho de nome Ezequiel fora concebido e a promessa que se havia era de destiná-lo a casar com a filha de Escobar e Sancha, além de outros desejos, comum a todos os pais.
O autor pula cinco anos inicias da vida do garoto, Escobar se muda para mais próximo de Bentinho, na praia do Flamengo e D. Glória, parece não ter mais o mesmo ânimo em encontrar Capitu e Ezequiel que de antes.
 Interessante que o autor enfatiza próximo desse acontecimento que o filho tem a mania de imitar as pessoas, sendo os pés e as mãos muito parecidas com a de Escobar. Depois, existe uma passagem que diz que a própria Sancha acha sua filha parecida com Ezequiel.
Repisando as diferenças daquela época, principalmente relacionadas a sexualidade, há um episódio em que Capitu chama a atenção por estar com os braços descobertos e os seus braços serem muito bonitos, diferente dos de Sancha, segundo o autor, demonstrando que havia certa diferença de beleza entre ambas.
Outro assunto que sempre vem à tona é que Bentinho continuava com o ciúmes de outrora, aquele mesmo de quando acreditava que cavaleiros passavam à janela de sua amada. Não a ponto de tocar o assunto com Capitu, mas a agonia de vez em quando se instalava em seu pensamento.
Com a mudança do lar, o encontro dos casais parece ficar mais intensos e o autor deixa passarque houve uma espécie de flerte entre Sancha e Bentinho, após Escobar esconder que estava planejando uma viagem dos quatro à Europa revelada pela esposa. Será que Sancha estaria desconfiada de algo?
 Fato é que logo em seguida Escobar morre afogado. O grande clímax se verifica em seu enterro, quando Bentinho observa o olhar da sua esposa para o defunto, “olhar que nunca vira antes” e que se comparava com o da própria viúva.
Após este fato, Bentinho faria o discurso do enterro do amigo, e compara isso a história de Príamo, que se julgou o mais infeliz dos homens, por beijar a mão de quem matou seu filho. Seria como Bentinho, que louvara as virtudes do homem que recebeu aquele olhar da sua amada?
A partir de então, há uma reviravolta em que se foca nos pensamentos de Bentinho nas atitudes da Capitu, enfatizando e retornando a memória de Escobar. O autor demonstra que Capitu parece estar tentando disfarça algo, ou muda de assunto ou vira o olhar. 
A principal prova para Bento seria a semelhança do filho com Escobar, o que faz com que haja a separação e Capitu com o filho vá à Europa. Porém, e o título da obra é uma prova disso, não há qualquer prova material que indique realmente que houve adultério, e Dom Casmurro, seria, pois o personagem passou a vida sendo teimoso convergindo com a sociedade patriarcal à época.
	Essa dicotomia entre o pensamento exarcerbado de um adultério e o real adultério da sua esposa faz com que o livro seja um sucesso e até hoje não há um resultado definitivo se o que seria realidade ou ficção.
CONFLITO APARENTE
Francisca Luciclécia Ferreira Mendes 202103273432
Segundo fora retratado pelas partes conflitantes, sr. Bentinho e sra. Capitu, o primeiro alega que o filho do casal, Ezequiel, não é de fato seu filho legítimo, e que esses anos todos estivera sendo enganado por sua esposa, sra. Capitu, que na verdade Ezequiel é filho de Escobar, um velho amigo do casal. Sra. Capitu alega estar sendo moralmente afetada, por ter sofrido ataques e palavras de baixo calão por parte de Bentinho, a expondo e a desmoralizando perante família e amigos. A presente mediação tem por objetivo a resolução do presente conflito para que este não chegue a fins judiciais e que sua resolução possa ser benéfica para as partes envolvidas.
Ante o exposto, insta ressaltar que qualquer conflito é uma mera consequência de qualquer relação social que tenhamos em sociedade, é algo normal, que todos os indivíduos que vivem em sociedade estão sujeitos a passar e é totalmente passível de resolução. Assim preconiza Lília Sales:
O diálogo pode ser facilitado quando se transforma a visão que se tem sobre o conflito. Este deixa de ser algo eminentemente mau para ser algo comum na vida de qualquer ser humano que vive em sociedade. É fruto da convivência, e sempre ocorrerá sob diferentes aspectos. Quando se percebe que um impasse pode ser momento de reflexão e daí de transformação, torna-se algo de positivo. (SALES, 2004, p.28).
Iremos aqui focar na resolução do conflito existente, assegurando o interesse de ambos, para que todos sejam beneficiados, e se caso for do desejo destes, que possam conviver em paz e em harmonia. 
No conflito apresento, qual seja a dúvida sobre a paternidade de um lado e a desmoralização moral do outro, observa-se aqui um forte vínculo emocional. 
O conflito aparente fica claro quando Bentinho cita:
Nem só os olhos, mas as restantes feições, a cara, o corpo, a pessoa inteira, iam-se apurando com o tempo. (...)Quando novamente abria os olhos e a carta, a letra era clara e a notícia claríssima. Escobar vinha assim surgindo da sepultura, do seminário e do Flamengo para se sentar comigo à mesa, receber-me na escada, beijar-me no gabinete de manhã, ou pedir-me à noite a bênção do costume. Todas essas ações eram repulsivas; eu tolerava-as e praticava-as, para me não descobrir a mim mesmo e ao mundo. Mas o que pudesse dissimular ao mundo, não podia fazê-lo a mim, que vivia mais perto de mim que ninguém. (C. 132)
De fato, ele via entre Ezequiel e Escobar muita semelhança, mas nunca obteve essa confirmação por parte de Capitu, muito menos por parte de Escobar que já encontrava-se morto. Capitu, por sua vez, não assume tal acusação e afirma ser coisa de Deus:
_ O quê? perguntou ela como se ouvira mal. _ Que não é meu filho. Grande foi a estupefação de Capitu, e não menor a indignação que lhe sucedeu, tão naturais ambas que fariam duvidar as primeiras testemunhas de vista do nosso foro. (...) Após alguns instantes, disse-me ela: _ Só se pode explicar tal injúria pela convicção sincera; entretanto, você que era tão cioso dos menores gestos, nunca revelou a menor sombra de desconfiança. Que é que lhe deu tal ideia? Diga, _ continuou vendo que eu não respondia nada, _ diga tudo; depois do que ouvi, posso ouvir o resto, não pode ser muito. Que é que lhe deu agora tal convicção? Ande, Bentinho, fale! fale! Despeça-me daqui, mas diga tudo primeiro. _ Há coisas que se não dizem. (...) _ Não, Bentinho, ou conte o resto, para que eu me defenda, se você acha que tenho defesa, ou peço-lhe desde já a nossa separação: não posso mais! (...) Concertou a capinha e ergueu-se. Suspirou, creio que suspirou, enquanto eu, que não pedia outra coisa mais que a plena justificação dela, disse-lhe não sei que palavras adequadas a este fim. Capitu olhou para mim com desdém, e murmurou: _ Sei a razão disto; é a casualidade da semelhança... A vontade de Deus explicará tudo... Ri-se? E natural; apesar do seminário, não acredita em Deus; eu creio... Mas não falemos nisto; não nos fica bem dizer mais nada. (C. 138)
Eis aqui exposta as acusações aparentes de ambos as partes. 
A mediação começou a surgir no Brasil com o Projeto de Lei nº 4.827/1998, 127 anos após o ocorrido entre Bentinho e Capitu. À época, vigorava no Brasil a Constituição de 1824, no Brasil Império. Naquela época, a sociedade como um todo era muito reverente ás leis de Deus e aos ensinamentos bíblicos, o que fica bastante claro na leitura do livro. Supondo que na época já existisse os primeiros sinais de mediação em território brasileiro, vamos tratar com a visão jurídica das leis que vigoravam em 1.871, vejamos.
 No Brasil, a implantação do Código Civil foi fruto de uma imposição Constitucional, uma vez que, segundo Venosa (2011, p.100), a Carta Magna de 1824 tratava da organização de um Código Civil baseado em justiça e equidade, representando assim um passo importante no reconhecimento dos direitos do indivíduo preservando seus valores a exemplo da ordem com os parâmetros necessários de justiça. A sociedade daquela época estava ansiosa pela implementação de uma nova codificação, uma vez que, até então vigorava a legislação portuguesa que não refletia a cara do país, de forma que, o próprio governo imperial impunha a legislação portuguesa até que a nova codificação nacional fosse implantada

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