Buscar

DOM CASMURRO- RESUMO POR CAPÍTULO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Dom Casmurro: Resumo Por Capítulo 
Paráfrase da obra “Dom Casmurro” de Machado de Assis, por Bruno Alves 
 
Todos os direitos reservados. 
© 2012-2017 ResumoPorCapítulo.com.br 
 
contato@resumoporcapitulo.com.br 
 
 
 
 
http://resumoporcapitulo.com.br/
ÍNDICE 
 
PARA ENTENDER A OBRA 4 
CAPÍTULO 1 – Do título 4 
CAPÍTULO 2 – Do livro 5 
CAPÍTULO 3 – A denúncia 5 
CAPÍTULO 4 – Um dever amaríssimo! 6 
CAPÍTULO 5 – O agregado 6 
CAPÍTULO 6 – Tio Cosme 6 
CAPÍTULO 7 – Dona Glória 7 
CAPÍTULO 8 – É tempo! 7 
CAPÍTULO 9 – A ópera 7 
CAPÍTULO 10 – Aceito a teoria 7 
CAPÍTULO 11 – A promessa 8 
CAPÍTULO 12 – Na varanda 8 
CAPÍTULO 13 – Capitu 9 
CAPÍTULO 14 – A inscrição 9 
CAPÍTULO 15 – Outra voz repentina 10 
CAPÍTULO 16 – O administrador interino 10 
CAPÍTULO 17 – Os vermes 10 
CAPÍTULO 18 – Um plano 11 
CAPÍTULO 19 – Sem falta 11 
CAPÍTULO 20 – Mil padre-nossos e mil ave-
marias 11 
CAPÍTULO 21 – Prima Justina 12 
CAPÍTULO 22 – Sensações alheias 12 
CAPÍTULO 23 – Prazo dado 12 
CAPÍTULO 24 – De mãe e de servo 13 
CAPÍTULO 25 – No passeiopúblico 13 
CAPÍTULO 26 – As leis são belas 13 
CAPÍTULO 27 –Ao portão 14 
CAPÍTULO 28 – Na rua 14 
CAPÍTULO 29 – O Imperador 14 
CAPÍTULO 30 – O Santíssimo 15 
CAPÍTULO 31 – As curiosidades de Capitu 15 
CAPÍTULO 32 – Olhos de ressaca 15 
CAPÍTULO 33 – O penteado 16 
CAPÍTULO 34 – Sou homem! 16 
CAPÍTULO 35 – O protonotário apostólico 16 
CAPÍTULO 36 – Ideia sem pernas e ideia sem 
braços 16 
CAPÍTULO 37 – A alma é cheia de msitérios 17 
CAPÍTULO 38 – Que susto, meu Deus! 17 
CAPÍTULO 39 – A vocação 17 
CAPÍTULO 40 – Uma égua 17 
CAPÍTULO 41 – A audiência secreta 18 
CAPÍTULO 42 – Capitu refletindo 18 
CAPÍTULO 43 – Você tem medo? 18 
CAPÍTULO 44 – O primeiro filho 18 
CAPÍTULO 45 – Abane a cabeça, leitor 18 
CAPÍTULO 46 – As pazes 19 
CAPÍTULO 47 – “A senhora saiu” 19 
CAPÍTULO 48 – Juramento do poço 19 
CAPÍTULO 49 – Uma vela aos sábados 19 
CAPÍTULO 50 – Um meio-termo 20 
CAPÍTULO 51 – Entre luz e fusco 20 
CAPÍTULO 52 – O velho Pádua 20 
CAPÍTULO 53 – A caminho! 21 
CAPÍTULO 54 – Panegírico de Santa Mônica 21 
CAPÍTULO 55 – Um soneto 21 
CAPÍTULO 56 – Um seminarista 21 
CAPÍTULO 57 – De preparação 21 
CAPÍTULO 58 – O tratado 22 
CAPÍTULO 59 – Convivas de boa memória 22 
CAPÍTULO 60 – Querido opúsculo! 22 
CAPÍTULO 61 – A vaca de Homero 22 
CAPÍTULO 62 – Uma ponta de Iago 23 
CAPÍTULO 63 – Metades de um sonho 23 
CAPÍTULO 64 – Uma ideia e um escrúpulo 23 
CAPÍTULO 65 – A dissimulação 23 
CAPÍTULO 66 – Intimidade 24 
CAPÍTULO 67 – Um pecado 24 
CAPÍTULO 68 – Adiemos a virtude 24 
CAPÍTULO 69 – A missa 25 
CAPÍTULO 70 – Depois da missa 25 
CAPÍTULO 71 – Visita de Escobar 25 
CAPÍTULO 72 – Uma reforma dramática 25 
CAPÍTULO 73 – O cantra-regra 25 
CAPÍTULO 74 – A presilha 26 
CAPÍTULO 75 – O desespero 26 
CAPÍTULO 76 – Explicação 26 
CAPÍTULO 77 – Prazer das dores velhas 26 
CAPÍTULO 78 – Segredo por segredo 27 
CAPÍTULO 79 – Vamos ao capítulo 27 
CAPÍTULO 80 – Venhamos ao capítulo 27 
CAPÍTULO 81 – Uma palavra 27 
CAPÍTULO 82 – O canapé 28 
CAPÍTULO 83 – O retrato 28 
CAPÍTULO 84 – Chamado 28 
CAPÍTULO 85 – O defunto 29 
CAPÍTULO 86 – Amai, rapazes! 29 
CAPÍTULO 87 – A sege 29 
CAPÍTULO 88 – Um pretexto honesto 29 
CAPÍTULO 89 – A recusa 29 
CAPÍTULO 90 – A polêmica 30 
CAPÍTULO 91 – Achado que consola 30 
CAPÍTULO 92 – O diabo não é tão feio quanto 
se pinta 30 
CAPÍTULO 93 – Um amigo por um defunto 30 
CAPÍTULO 94 – Ideias aritméticas 30 
CAPÍTULO 95 – O Papa 31 
CAPÍTULO 96 – Um substituto 31 
CAPÍTULO 97 – A saída 31 
CAPÍTULO 98 – Cinco anos 31 
CAPÍTULO 99 – O filho é a cara do pai 31 
CAPÍTULO 100 – “Tu serás feliz, Bentinho!” 32 
CAPÍTULO 101 – No céu 32 
CAPÍTULO 102 – De casada 32 
CAPÍTULO 103 – A felicidade tem boa alma 32 
CAPÍTULO 104 – As pirâmides 33 
CAPÍTULO 105 – Os braços 33 
CAPÍTULO 106 – Dez libras esterlinas 33 
CAPÍTULO 107 – Ciúmes do mar 34 
CAPÍTULO 108 – Um filho 34 
CAPÍTULO 109 – Um filho único 34 
CAPÍTULO 110 – Rasgos da infância 34 
CAPÍTULO 111 – Contado depressa 35 
CAPÍTULO 112 – As imitações de Ezequiel 35 
CAPÍTULO 113 – Embargos de terceiro 35 
CAPÍTULO 114 – Em que se explica o 
explicado 35 
CAPÍTULO 115 – Dúvidas sobre dúvidas 36 
CAPÍTULO 116 –Filho do homem 36 
CAPÍTULO 117 – Amigos próximos 36 
CAPÍTULO 118 – A mão de Sancha 37 
CAPÍTULO 119 – Não faça isso, querida! 37 
CAPÍTULO 120 – Os autos 37 
CAPÍTULO 121 – A catástrofe 38 
CAPÍTULO 122 – O enterro 38 
CAPÍTULO 123 – Olhos de ressaca 38 
CAPÍTULO 124 – O discurso 39 
CAPÍTULO 125 – Uma comparação 39 
CAPÍTULO 126 – Cismado 39 
CAPÍTULO 127 – O barbeiro 39 
CAPÍTULO 128 – Punhado de sucessos 39 
CAPÍTULO 129 – A dona Sancha 40 
CAPÍTULO 130 – Um dia... 40 
CAPÍTULO 131 – Anterior ao anterior 40 
CAPÍTULO 132 – O debuxo e o colorido 40 
CAPÍTULO 133 – Uma ideia 40 
CAPÍTULO 134 – O dia de sábado 41 
CAPÍTULO 135 – Otelo 41 
CAPÍTULO 136 – A xícara de café 41 
CAPÍTULO 137 – Segundo impulso 41 
CAPÍTULO 138 – Capitu que entra 42 
CAPÍTULO 139 – A fotografia 42 
CAPÍTULO 140 – Volta da igreja 42 
CAPÍTULO 141 – A solução 42 
CAPÍTULO 142 – Uma santa 43 
CAPÍTULO 143 – O último superlativo 43 
CAPÍTULO 144 – Uma pergunta tardia 43 
CAPÍTULO 145 – O regresso 43 
CAPÍTULO 146 – Não houve lepra 44 
CAPÍTULO 147 – A exposição retrospectiva 44 
CAPÍTULO 148 – É bem, e o resto? 44 
QUESTÕES DE VESTIBULARES 45 
 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 4 
 
PARA ENTENDER A OBRA 
Publicado em 1899, Dom Casmurro é o terceiro grande livro realista de Machado de 
Assis, após Memórias Póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba. Neste livro ao autor 
incorpora um personagem-narrador, Bento, que relata sua história e seus pensamentos 
sobre a vida após ter tornado-se “Dom Casmurro”. 
Este resumo destina-se a contar o livro em uma linguagem mais acessível e concisa, 
sem deixar de lado os episódios que sustentam a obra como um todo e explicando 
alguns pontos que podem não ficar claros apenas com a leitura do texto original. Em 
alguns casos, para explanações mais completas sobre fatos históricos e expressões da 
época, há links que podem ser acessados diretamente no texto. 
Caso restem dúvidas quanto à obra ou ao próprio resumo, entre em contato pelo site 
ResumoPorCapítulo.com.br ou envie um e-mail para 
contato@resumoporcapitulo.com.br. Teremos prazer em ajudar! Boa leitura! 
CAPÍTULO 1 - Do título 
O narrador diz que certa vez, num trem que seguia para o Engenho Novo, bairro do Rio 
de Janeiro onde mora, foi abordado por um jovem que quis lhe declamar algumas 
poesias. Sonolento, inocentemente cochilou enquanto o rapaz lhe falava, e este ficou 
desapontado com seu comportamento. 
No dia seguinte o jovem espalhou para a vizinhança sobre o ocorrido, apelidando o 
narrador de “Dom Casmurro”, por seus hábitos reclusos e aparente arrogância. O autor 
não se zangou, pelo contrário, contou a seus amigos sobre o ocorrido, que passou a ser 
frequentemente lembrado em correspondências endereçadas ao “Dom Casmurro”. 
No tradicional estilo Machadiano, em que o narrador comenta a própria obra, ele 
informa que escolhe Dom Casmurro como título, a princípio. Assim o rapaz que o 
apelidou saberá que ele não lhe guarda rancor e poderá talvez imaginar que a obra, bem 
como o título, são seus. 
CAPÍTULO 2 - Do livro 
O narrador conta que vive sozinho, com um criado, em uma casa que ele mesmo 
mandou construir: uma reprodução da casa em que crescera, na rua Matacavalos, com a 
mesma fachada, mesmos cômodos e até as mesmas pinturas com temas clássicos na sala 
principal, incluindo os bustos de César, Augusto, Nero e Massassina. Tem ainda uma 
pequena plantação de flores e legumes. A reconstrução da casa de sua infância foi uma 
tentativa de recuperar seu passado, mas não lhe bastou. 
mailto:ResumoPorCapítulo.com.br
mailto:contato@resumoporcapitulo.com.br
DOM CASMURRO: RESUMOPOR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 5 
 
Apesar de não aparentar, internamente ele se sente velho. Seus amigos já morreram, fala 
com poucos e mal sai de casa. Tem uma vida pacata, cuida de seu jardim, lê, come e 
dorme bem. 
Esta monotonia o cansou tanto que decidiu escrever um livro. Pensou em obras 
filosóficas, políticas ou históricas, mas não queria se desgastar tanto assim. 
“Conversando” com os bustos pintados nas paredes, entendeu que, já que aquela casa 
não resgatou totalmente seu passado, ele poderia trazê-lo em seus escritos. Assim 
decidiu escrever este livro. 
Ele irá transcrever as lembranças conforme surgirem. Inicialmente relatará uma tarde de 
novembro da qual ele nunca se esqueceu. 
CAPÍTULO 3 - A denúncia 
Era uma tarde de novembro de 1857 quando o autor, Bentinho, ainda jovem, na casa da 
rua de Matacavalos, ouvia por trás da porta uma conversa dos adultos. 
José Dias avisava Dona Glória, mãe do menino, que ele andava muito próximo a 
Capitu, filha do vizinho. A preocupação era que um namoro poria fim à promessa que 
ela havia feito de enviá-lo para um convento, para tornar-se padre. 
Dona Glória crê que seu filho, com quinze anos, e Capitu, com quatorze, sejam apenas 
criançolas brincando. Ela pede a opinião para seu irmão, Cosme, que também faz pouco 
caso. De qualquer forma, decide mandar Bentinho ao seminário o quanto antes. Tio 
Cosme intervém, sugerindo que a promessa seja deixada para trás. Também estava no 
recinto prima Justina, que se absteve de dar opinião. Pressionada, Dona Glória começa a 
chorar. 
José Dias pede desculpas pelo transtorno, mas argumenta que apenas estava cumprindo 
um “dever amargo, amaríssimo”. 
CAPÍTULO 4 - Um dever amaríssimo 
O autor descreve José Dias como um alguém muito preocupado com a aparência, tanto 
nas palavras, com o uso constante do superlativo (amaríssimo!), como nas vestimentas, 
que chegavam a ser antiquadas para a época. Estava então com cinquenta e cinco anos, 
um pouco calvo, muito magro. 
José Dias saiu da sala para buscar o gamão (um jogo) que o Tio Cosme havia pedido. 
Bentinho espremeu-se junto à parede, para não ser descoberto, e notou nos movimentos 
de José Dias uma lentidão que não era sinal de preguiça, mas sim uma vagareza 
calculada, premeditada: cumprir seu “dever amaríssimo”! 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 6 
 
CAPÍTULO 5 - O agregado 
Se naquela situação José Dias era vagaroso, em outras era ágil, risonho ou grave, 
conforme melhor se encaixasse na cena. 
Ele era agregado da família há muito tempo, quando ainda moravam numa fazenda em 
Itaguaí. Apresentando-se como médico homeopata, curou alguns escravos de uma febre 
e foi convidado pelo pai de Bentinho a morar com eles. Quando se mudaram para o Rio 
de Janeiro, pela eleição do pai de Bentinho para deputado, José Dias os acompanhou. 
Numa nova ocorrência de febre nos escravos de Itaguaí ele recusou-se a atendê-los: 
assumiu que não era médico, havia mentido, apenas estudara um pouco de homeopatia, 
mas não poderia continuar a farsa, pediu para ser mandado embora. Mas José Dias já 
era como alguém da família e o pai de Bentinho não quis dispensá-lo. 
Com a morte do pai de Bentinho, José Dias procurou por sua mãe, dizendo que partiria, 
mas Dona Glória novamente pediu que ele ficasse, e ele ficou. Chegou a receber alguma 
herança e palavras elogiosas no testamento, que guardava com orgulho. 
Às vezes José Dias comentava sobre uma viagem que fizera à Europa, dizia ter amigos 
em Lisboa, e que só não deixava o Rio de Janeiro pelo apreço que tinha àquela família – 
que para ele estava abaixo somente de Deus. Com esse papo conquistava a confiança de 
Dona Glória, que era muito religiosa, e ganhava cada vez mais liberdade para opinar nos 
assuntos familiares. 
CAPÍTULO 6 - Tio Cosme 
Tio Cosme foi viver com a mãe de Bentinho desde que ela enviuvou. Naquela ocasião 
ele já era viúvo, assim como prima Justina. Advogado, orgulhava-se de seus discursos 
no foro, onde era sempre acompanhado por José Dias. 
O narrador confessa uma curiosa lembrança de seu tio: pelas manhãs, muito gordo, 
sofria para montar em seu cavalo, e fazia o cavalo sofrer logo em seguida, com todo seu 
peso. 
Bentinho nasceu na roça, mas sempre teve medo de cavalos e nunca montara. Certa vez 
tio Cosme colocou-o à força sobre seu animal, fazendo com que o garoto chorasse e 
chamasse pela mãe, que prontamente o atendeu, tirando-o do cavalo. Bentinho só 
aprenderia montar a cavalo mais tarde, mais pela vergonha que era não sabê-lo do que 
por gosto. 
Diziam que montar a cavalo chamava o interesse das garotas, no entanto esse não era o 
caso de tio Cosme: quando jovem era um bom partido, mas agora estava velho e gordo 
demais, fazia-o apenas por necessidade. Sem grandes expectativas, cumpria seus 
trabalhos sem amor, tinha lazer com alguns jogos e às vezes contava piadas. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 7 
 
CAPÍTULO 7 - Dona Glória 
O narrador descreve sua mãe como uma respeitável e amável senhora. Com a morte do 
marido, Pedro de Albuquerque, poderia ter voltado a morar na fazenda, mas preferiu 
permanecer na casa da rua de Matacavalos, mais perto da Igreja onde ele fora sepultado. 
Dona Glória administrou os bens herdados e, mesmo sendo jovem, com quarenta e dois 
anos, manteve-se resignada, sempre vestida de preto, cuidando apenas dos serviços 
domésticos. 
De seu pai tem poucas lembranças, sendo a mais forte um retrato que ele ainda conserva 
em sua parede: sua mãe segurando uma flor, entregando-a a ele. Dali o narrador conclui 
que eles aparentavam ser o casal mais feliz do mundo. Quando o narrador está em uma 
situação ruim ele olha para a fotografia e tudo parece melhorar. 
CAPÍTULO 8 - É tempo! 
Após a breve descrição de seus familiares, é tempo de voltar à tarde de novembro em 
que “começou” a vida do narrador. Ele explica que tudo que ocorrera até aquele 
momento fora como o preparo dos atores que entrariam em cena numa ópera. Lembra-
se de um tenor italiano que certa vez comparou a vida a uma ópera, e decide explicar tal 
comparação no próximo capítulo. 
CAPÍTULO 9 - A ópera 
O tenor italiano já não tinha voz, era recusado por todas as companhias que chegavam 
da Europa, mas pensava que isto era uma grande injustiça. Portava-se, portanto, como 
se ainda fosse um tenor, cantarolando pelos cantos. 
Foi após beber muito vinho, numa noite, que confessou ao nosso narrador a ideia de que 
a vida é uma ópera: e isto não seria apenas uma analogia como qualquer outra, mas a 
verdade maior da existência. Tanto é que tinha toda uma teoria formada sobre a criação 
da vida na Terra: Deus seria um poeta, Satanás seria um músico; juntos compuseram 
uma ópera que foi executada sem ensaios – daí a existência de algumas desarmonias em 
seu andamento -; ambos, poeta e músico, ainda receberiam seus “direitos autorais” pela 
peça, que uma hora ou outra há de se acabar. 
O narrador acha graça na teoria e é repreendido pelo tenor: não é para ter graça, é para 
ser levado a sério, tudo na vida é música, “no princípio era o dó, e o dó fez-se ré…”, 
continua, defendendo sua ideia. 
CAPÍTULO 10 - Aceito a teoria 
Mesmo fazendo piada do tenor desempregado que se fazia filósofo, com toda a 
metafísica do capítulo anterior, nosso narrador aceita sua teoria como verdadeira, pois 
se encaixa perfeitamente à sua vida: ele cantou um duo, depois um trio e depois um 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 8 
 
quatuor (composições de duas, três e quatro vozes). Vendo que está se adiantando na 
história, ele retorna à parte em que “se descobre cantor”, com a denúncia de José Dias. 
CAPÍTULO 11 - A promessa 
A mãe de Bentinho chorava porque via a possibilidade de descumprir a promessa que 
fez quando ele nasceu: já tendo um filho nascido morto, Dona Glória prometeu que 
mandaria o seguinte para a Igreja, caso nascesse saudávele homem. Mas este acordo era 
entre ela e Deus, nunca o tendo compartilhado com seu marido, que morreu sem saber 
da promessa. Viúva, percebeu que não gostaria de separar-se do seu filho mandando-o 
ao seminário, mas como era muito temente a Deus contou o caso alguns parentes, que 
como testemunhas poderiam impedir que a promessa fosse quebrada. 
Assim, Bentinho já recebia os primeiros ensinamentos de um padre, sempre era levado à 
missa, onde sua mãe o mandava observar bem os rituais. Ainda criança, brincava de 
missa junto à Capitu: ela servia de sacristão, eles compartilhavam da hóstia, sempre 
representada por um doce. 
No entanto, havia tempo que não se falava mais em seminário. Com quinze anos, sem 
vocação para a tarefa, Bento pensava que a promessa já estava desfeita. 
CAPÍTULO 12 - Na varanda 
Assim que José Dias passou por Bentinho, ele saiu correndo para a varanda, trêmulo, 
pensando no que o agregado havia dito. 
Ele e Capitu sempre viveram juntos: Capitu lhe elogiava os cabelos, ele lhe devolvia os 
elogios, ela dizia que sonhava com ele, ele também sonhava com ela. Mas tudo isso 
ocorria naturalmente, assim como suas brincadeiras de criança. 
Agora que José Dias o denunciara, ele percebeu algo que trazia dentro de si e que nunca 
havia notado: ele amava Capitu, Capitu a amava. Não era à toa que ela não lhe saía do 
pensamento nos últimos tempos, José Dias estava certo, e Bentinho o agradecia por ter-
lhe ajudado a descobrir esse sentimento. 
CAPÍTULO 13 - Capitu 
Bentinho ouve a mãe de Capitu chamando a filha. Suas pernas o levam para o quintal 
vizinho, automaticamente, seguindo o costume diário de ir brincar com sua amiga. Lá, 
encontra Capitu riscando o muro com um prego. Assustada, ela encobre o que estava 
escrevendo. Bentinho a observa com outros olhos, admirando sua beleza. Ela percebe o 
comportamento estranho e questiona o que estava acontecendo. Bentinho pensa em 
contar que será mandado ao seminário, só para ver sua reação e descobrir algum sinal de 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 9 
 
que ela realmente gostava dele. Mas antes disso ele fitou o muro riscado e tentou lê-lo, 
Capitu o agarrou, impedindo que chegasse mais perto. 
CAPÍTULO 14 - A inscrição 
Mas Bentinho conseguiu ler o que havia no muro, antes que Capitu apagasse: eram os 
nomes dos dois jovens, Bento e Capitolina. Capitu ficou envergonhada, olhando para o 
chão. Bento não deu mais um passo. Mas as mãos dos dois se entrelaçaram em uma 
confissão silenciosa de que se amavam. 
Ele, prometido como padre, via na menina seu verdadeiro altar de adoração. O narrador 
brinca, comparando a composição de um altar às partes do rosto de Capitu. 
Eles ficam se olhando e não conseguem falar qualquer palavra. 
CAPÍTULO 15 - Outra voz repentina 
Agora surge a voz do pai de Capitu, Pádua, perguntando se os dois estavam jogando o 
siso – brincadeira em que os dois se olham nos olhos até algum dar risada. Capitu reagiu 
rápido, riscando a inscrição no muro. Seu pai reclamou que estava estragando o reboco 
e foi ver o que era, mas ela rapidamente começou outro desenho, para distraí-lo. 
Insistindo em perguntar se jogavam o siso, Capitu disse que sim, e que Bentinho estava 
perdendo, pois ria sempre. Para comprovar a brincadeira ela propôs que se olhassem de 
novo, mas Bentinho ainda estava anestesiado pelo que acontecera e não ria de forma 
alguma. Capitu diz que isso só acontece porque o seu pai estar por perto. O narrador 
comenta que disfarçar uma situação como essa era coisa que se aprendia tarde, mas que 
seria importante saber desde o nascimento – importante notar que, discretamente, ele 
denuncia a facilidade com que Capitu mente. 
Em seguida, Pádua convida Bento para conhecer um novo pássaro que ele adquiriu. 
Apesar de Bentinho desejar muito mais conversar com Capitu sobre seu romance e os 
desafios que estavam por surgir, ele atende ao chamado de seu pai que amava sua 
coleção de pássaros. 
CAPÍTULO 16 - O administrador interino 
Pádua trabalhava numa repartição do Ministério da Guerra, não ganhava muito, mas 
também não tinha muitos gastos. A casa em que moravam, menor que a de Bentinho, 
foi comprada com o dinheiro de um bilhete de loteria premiado. Ele teria chegado a 
pensar em gastar a fortuna em excentricidades, mas sua mulher, Dona Fortunata, e a 
mãe de Bento, Dona Glória, o convenceram de comprar uma moradia. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 10 
 
Antes disso, Dona Glória já havia sido importante para Pádua e sua família. Certa 
ocasião Pádua havia substituído interinamente (temporariamente) o administrador da 
repartição por mais de vinte meses, recebendo maiores honorários. Nesse período 
ostentou riqueza em roupas novas e passeios caros. Com a volta do administrador, ele 
caiu em ruína, dizia que iria se matar, que não poderia viver com a queda de padrão de 
riqueza. Por fim Dona Glória o convenceu que devia “ser homem” e levantar a cabeça. 
Após algum tempo a ferida de Pádua pela perda do cargo se cicatrizou, ele até 
lembrava-se daqueles tempos com certo orgulho. O Padre Cabral citava uma passagem 
bíblica que caberia bem a Pádua, dita por Elifás a Jó: “a correção do Senhor fere e 
também cura”. 
CAPÍTULO 17 - Os vermes 
O narrador faz uma pausa na história para comentar a similaridade entre o trecho bíblico 
citado e um episódio mitológico grego, em que se dizia que somente a lança de Aquiles 
poderia curar um ferimento que ela mesma causou. 
Tal semelhança teria feito o autor revirar livros antigos para tentar desvendar uma 
origem em comum, mas desistiu seu trabalho quando chegou aos vermes que roeram as 
escrituras e estes “lhe disseram” que não se lembravam de nada do que haviam roído. 
CAPÍTULO 18 - Um plano 
Quando ficaram a sós, Bento contou a Capitu a novidade que o afligia, já jurando que 
não era sua vontade ir para o seminário. Capitu ficou paralisada, em seguida xingou a 
mãe de Bentinho: “Beata, carola, papa-missas!”. Bento incomodou-se com a reação, não 
esperava que Capitu falasse assim de Dona Glória, mas continuava prometendo que se 
negaria a ida ao seminário, além de ameaçar expulsar José Dias quando, mais velho, se 
tornasse o dono da casa. 
Capitu perguntava o motivo pelo qual José Dias teria tocado no assunto. Como o 
assunto era ela mesma, Bentinho preferiu esconder essa parte da conversa. Quando ele 
comentou que sua mãe havia até chorado, Capitu voltou atrás em sua opinião: Dona 
Glória não tinha culpa nenhuma, ela era apenas temente a Deus. Essa reparação aliviou 
Bentinho. 
Para evitar o seminário, Capitu inventava planos: se tivesse dinheiro mandaria Bentinho 
para a Europa! Mas como não tinha, era necessário procurar alguém que os ajudasse: 
Tio Cosme não iria se intrometer no assunto; Prima Justina talvez os apoiasse; Padre 
Cabral não iria contra os interesses da Igreja, a não ser que Bento confessasse não ter 
vocação… Por fim, Capitu enxergou em José Dias um possível aliado: ele sabia como 
convencer Dona Glória de suas ideias e poderia ceder a alguma pressão de Bentinho, 
considerando que ele era o futuro senhor daquela casa. Bentinho poderia persuadi-lo a 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 11 
 
falar com sua mãe sobre mandá-lo para São Paulo a estudos, que seria muito melhor que 
o seminário. 
Novamente o narrador chama atenção para a capacidade de Capitu bolar grandes planos, 
procurar convencer as pessoas, adiantando que ela faria isso mais vezes em sua história. 
CAPÍTULO 19 - Sem falta 
Já à noite, quando voltava para casa, Bentinho pensava nas orientações que recebeu de 
Capitu. Ele teria que dizer a José Dias em tom seco, mas benévolo: “Preciso falar-lhe, 
SEM FALTA, amanhã.” Então ele ensaiou: primeiro se achou seco demais, depois 
repetiu, saiu quase como uma súplica. Viu que precisaria melhorar seu discurso. Capitu 
tinha razão, era necessário um meio termo:José Dias era apenas um agregado e poderia 
trabalhar em seu favor. 
CAPÍTULO 20 - Mil padre-nossos e mil ave-marias 
Para que o ajuste com José Dias desse certo e Bentinho não fosse mandado ao 
seminário, ele prometeu rezar mil padre-nossos e mil ave-marias. 
O grande número de orações não se devia apenas à gravidade do caso, mas também à 
soma de promessas de rezas não cumpridas que Bentinho acumulava: a cada novo 
desejo prometia aos céus algumas dezenas de orações em troca da realização; após 
realizados os desejos, por preguiça, ele não cumpria a promessa; quando havia 
necessidade pedir outro favor a deus, aumentava o número de orações para compensar a 
promessa anterior, passando pelas centenas, e agora partindo para o milhar. 
Ele chegou a pensar em outras promessas que poderiam superar as milhares orações, 
como mandar rezar cem missas, subir de joelhos a Ladeira da Glória ou viajar à Terra 
Santa, mas não se animava com o esforço que seria necessário para cumpri-las, e 
preferiu prometer mais orações. 
CAPÍTULO 21 - Prima Justina 
Voltando para casa, Bentinho encontrou Prima Justina. Ela tinha mais de quarenta anos 
e vivia de favor na casa de Dona Glória, que gostava de tê-la como companheira para o 
dia-a-dia. 
Justina perguntou a Bentinho o que ele achava de ser padre. Percebendo o desinteresse 
do garoto, ela ainda revelou que José Dias fazia questão de lembrar a Dona Glória a 
velha promessa do seminário e que ameaçava denunciar algo mais grave, do qual não 
podia dizer. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 12 
 
Bentinho fingiu surpresa pelo que Prima Justina lhe contava e tentou persuadi-la a 
ajudar-lhe, tentando convencer sua mãe de que esta não era uma boa ideia. Prima 
Justina, porém, negou a ajuda, já que não queria dar opinião onde não fora chamada. 
CAPÍTULO 22 - Sensações alheias 
Após perceber que Capitu estava certa e que só José Dias poderia ajudar-lhe, Bentinho 
quis entrar em sua casa, mas Prima Justina continuou a conversa. 
Entre diversos assuntos, ela comentou sobre Capitu, elogiando algumas características 
da menina. Bentinho concordava com Prima Justina e percebia que ela lhe lançava 
olhares diferentes, profundos, como se demonstrasse ciúmes da garota. Mas uma viúva 
quarentona não poderia ter ciúmes de uma criança. O narrador chega à conclusão de que 
Justina alimentava-se das sensações alheias para lembrar-se das sensações próprias que 
teve no passado. 
CAPÍTULO 23 - Prazo dado 
Quando se encontrou com José Dias, Bentinho disse com a firmeza de um adulto: 
“Preciso falar-lhe amanhã, sem falta!”. José combinou que no dia seguinte iria às 
compras e o levaria com ele. 
CAPÍTULO 24 - De mãe e de servo 
José Dias sempre tratou de Bentinho com carinhos de uma mãe a atenção de um servo: 
acompanhava-o quando ia à rua, ajudava-lhe nos estudos e sempre o elogiava para Dona 
Glória, como um menino prodígio – elogios que agradavam ao orgulhoso Bentinho. 
CAPÍTULO 25 - No passeio público 
A última vez que Bentinho fora ao Passeio Público foi acompanhado do vizinho Pádua. 
Lembrando-se deste fato, José Dias aconselhou o menino a evitar a companhia daquele 
homem, que não possuía classe, embora sua família merecesse alguma estima – aí citou 
Capitu, apontando que ela possuía olhos “de cigana oblíqua e dissimulada”. 
Em seguida, vacilante, Bentinho contou a José Dias sobre sua recusa em se tornar padre 
e pediu-lhe ajuda para convencer sua mãe de desistir da ideia. José inicialmente 
recusou-se, falou que Dona Glória a todo o momento se lembrava da promessa – sem 
citar que era ele que a lembrava disso, o que deixou Bentinho furioso – até que 
Bentinho comentou sobre a possibilidade de ir estudar leis em São Paulo. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 13 
 
CAPÍTULO 26 - As leis são belas 
A possibilidade de estudos fora da capital, ou até mesmo do país, animaram José Dias: 
como guia de Bentinho ele poderia retornar à Europa – um antigo sonho seu. Assim 
mudou de ideia e se mostrou disposto a lutar para que Dona Glória libertasse o garoto 
da promessa e o encaminhasse aos estudos do direito, argumentando que “as leis são 
belas”. 
CAPÍTULO 27 - Ao portão 
No portão do Passeio Público Bentinho deu uma moeda a um mendigo, pedindo que ele 
rogasse a Deus para a concretização de seus desejos. 
CAPÍTULO 28 - Na rua 
Caminhando pela rua, agora José Dias parecia outro homem, mais animado, inquieto. 
CAPÍTULO 29 - O Imperador 
Quando estavam no ônibus o trânsito parou para a passagem da carruagem imperial. 
Bentinho perdia-se em sonhos: imaginava que se ele tentasse um contato com o 
imperador, este poderia facilmente convencer sua mãe de tirá-lo do seminário e manda-
lo à escola de medicina. Bentinho imaginava a cena do imperador entrando em sua casa, 
a vizinhança alvoroçada, até o encontro com Dona Glória. Estudar medicina seria uma 
boa alternativa, já que Bentinho não queria viajar para longe de Capitu. 
CAPÍTULO 30 - O Santíssimo 
Em seguida, cruzaram com uma procissão do Santíssimo. José Dias arrastou Bentinho 
para ajudarem a carregar as varas do pálio (tenda que cobre o sacerdote) e lá 
encontraram Pádua, que também queria se encarregar do ofício. Após uma breve 
discussão, José Dias argumentou que Bentinho era um futuro seminarista e merecia a 
honra de carregar o pálio, convencendo Pádua a ceder e deixando Bentinho irritado. 
Pádua passou a carregar uma tocha – atividade menos prestigiada. 
Quando Bentinho já se cansava de carregar o pálio, chegaram à casa de uma senhora 
enferma que receberia a unção. Lá havia uma jovem chorando, que emocionou Bentinho 
a ponte de ele mesmo lacrimejar – e alguém lhe disse para não chorar. Mas a imagem da 
jovem lembrou-lhe Capitu e seus pensamentos logo fizeram com que ele ameaçasse um 
riso – e José Dias lhe disse para que não sorrisse. 
Sério, seguindo as instruções de José, Bento fez o caminho de volta da procissão. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 14 
 
CAPÍTULO 31 - As curiosidades de Capitu 
Capitu ficou satisfeita com o acordo feito com José Dias, qualquer coisa seria melhor 
que o seminário, mesmo que Bentinho passasse algum tempo na Europa. A garota pediu 
que Bentinho descrevesse palavra por palavra, gesto por gesto, a conversa com José 
Dias. Assim ela parecia remoer a discussão em si e memorizar o máximo possível. 
Este era um comportamento excêntrico de Capitu: ela tinha curiosidade por tudo, tinha 
facilidade em aprender línguas e artes, era uma garota muito particular. Mesmo um ano 
mais nova, era “mais mulher do que Bento era homem.” Com Tio Cosme ela aprendera 
jogar Gamão; de José Dias extraía conhecimentos eruditos – que, no entanto, não eram 
tão profundos quanto ele fazia parecer; e de Dona Glória queria saber sobre as festas e 
eventos do passado. 
CAPÍTULO 32 - Olhos de ressaca 
Após alguns dias, José Dias não tomou iniciativa em falar com Dona Glória sobre a ida 
para a Europa. Bento foi visitar Capitu e ela lhe cobrou alguma ação. 
Prometendo falar novamente com José Dias, Bentinho pediu para ver os olhos de 
Capitu. Ele lembrava-se do agregado dizendo que os olhos dela era “de cigana oblíqua e 
dissimulada” e quis conferir. Muitos instantes se passaram até que Bentinho 
conseguisse descrever o que viu nos olhos de sua amada: eram olhos de ressaca, com 
uma força que o atraía tal qual a ressaca atrai a água de volta ao mar. 
Para escapar da ressaca de seus olhos, Bentinho segurou nos cabelos de Capitu e pediu 
para penteá-lo. A garota estranhou a proposta, mas aceitou. 
CAPÍTULO 33 - O penteado 
Bento pediu que Capitu se sentasse – ela era um pouco maior que ele – para fazer o 
penteado. Ele saboreou cada toque nos cabelos, na nuca e nos ombros da garota, 
desejava que o penteado nunca acabasse. O narrador se lembra destes momentos 
comparando Capitu a imagens mitológicas de deusas e ninfas. 
Ao final, ao invés dese olhar no espelho, Capitu desceu a cabeça para trás, obrigando 
Bentinho a segurá-la, e alinhando seus olhos à boca de Bento, bem como os olhos de 
Bento à sua boca. Após instantes de tensão, beijaram-se. Bento sentiu vertigens. 
CAPÍTULO 34 - Sou homem! 
A mãe de Capitu chegou ao recinto. A garota rapidamente começou a rir e disfarçou a 
situação reclamando do penteado que Bento fizera nela. Dona Fortunata percebeu 
Bentinho quieto e defendeu-o, dizendo que as tranças estavam bem feitas, mas ele não 
conseguia dizer uma palavra, de tão extasiado com a situação. Bento apenas reagiu 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 15 
 
quando a mãe de Capitu avisou que Dona Glória estava chamando-o para as aulas de 
latim. 
Ao chegar a seu quarto, Bento pegou os livros, mas não foi estudar: deitou-se na cama 
lembrando-se dos momentos passados, do penteado, do beijo. Saltou uma exclamação 
de sua boca: “Sou homem!”. Em seguida percebeu que se era homem, não poderia ser 
padre, mas logo se acalmou, pois acreditava que não iria o seminário. Então sentia 
novamente os beiços de Capitu, a mais importante memória que guardava consigo. 
CAPÍTULO 35 - O protonotário apostólico 
Quando percebeu que já era tarde, Bentinho ficou em dúvida se valia a pena ir à aula, 
pois notariam seu atraso. Mas faltar aos estudos seria ainda pior, então foi à sala ter com 
seu professor. 
Lá chegando, no entanto, ninguém ligou para sua demora: todos conversavam e sorriam, 
comemorando a nomeação do Padre Cabral, professor de Bentinho, a “protonotário 
apostólico”. 
Ninguém da família conhecia tal cargo da Igreja, mas sendo uma nomeação feita 
diretamente pelo Papa, tornou-se rapidamente motivo de elogios e orgulho. O padre 
estava tão contente que dispensou Bentinho da aula, que não conseguiu disfarçar sua 
felicidade – pela dispensa, não pelo novo título do seu professor. 
Chamando Bento de peralta por sua reação, José Dias aproveitou para dizer que o latim 
lhe seria importante “ainda que não venha a ser padre” – estava lançada a primeira 
semente dos planos que havia acordado com o garoto. Mas o tiro saiu pela culatra: a 
mãe de Bentinho adiantou-se, afirmando que ele seria, sim, padre. Concordando com 
ela, Padre Cabral disse que ele poderia vir a ser também protonotário, “protonotário 
Santiago”. Ouvindo isso, Bentinho sentiu vontade de dizer um desaforo, mas esta 
vontade não passou de uma ideia que não tinha língua, e permaneceu muda, tal como 
outras ideias que seriam tratadas no capítulo seguinte... (Importante notar esta 
característica dos livros de Machado de Assis, em que o autor adianta o que virá nos 
capítulos seguintes, criando um diálogo com o leitor). 
CAPÍTULO 36 - Ideia sem pernas e ideia sem braços 
Após sair da sala, dizendo que ia brincar, Bentinho pensou em sair correndo para a casa 
de Capitu para agarrar-lhe, desfazer e refazer suas tranças e beijá-la novamente. Mas tal 
ideia não tinha pernas, e demorou até que ele fosse, vagarosamente, à casa de sua 
vizinha. Lá chegando, Bento encontrou Capitu sentada, fazendo costura. Ela não lhe 
olhou diretamente, mas disfarçadamente, ou como diria José Dias, “oblíqua e 
dissimulada”. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 16 
 
Enquanto Capitu contava que sua mãe não havia comentado nada sobre o episódio das 
tranças, Bentinho estava hipnotizado por sua boca e teve a ideia de puxá-la, beijá-la... 
Mas esta ideia era sem braços e ele ficou paralisado. 
Bento, como narrador, comenta que se naquela época tivesse conhecimento do Cântico 
– livro bíblico com temática sensual – o teria colocado em prática: “Aplique ele os 
lábios, dando-me o ósculo da sua boca”, “A sua mão esquerda se pôs já debaixo da 
minha cabeça, e a sua mão direita me abraçará depois”. (Mais uma característica de 
Machado de Assis, que deixa seu narrador ter voz própria nos escritos, comentando a 
própria história). 
CAPÍTULO 37 - A alma é cheia de mistérios 
Continuando a conversa, Bentinho contou a Capitu todo o episódio do Padre Cabral. A 
garota disse que gostaria de ir ter com o Padre na casa de Bento, pois não ficaria bem ir 
sozinha à casa do padre, já que ela era “meia moça” – finalizou, rindo. 
Bento animou-se com o riso de Capitu e pegou-lhe as mãos, fez movimento para beijá-
la, mas ela recuou, ele insistiu, ela desviava seus lábios. Até que bateu à porta da casa o 
pai da menina, e ela resolveu deu por vontade o beijo que até então recusava à força. 
CAPÍTULO 38 - Que susto, meu Deus! 
Assim que seu pai veio pelo corredor, Capitu livrou-se de Bentinho, fez que mexia com 
suas costuras e perguntou alto o que era protonotário apostólico. Ela ainda gritou “Que 
susto!”, quando seu pai veio lhe falar. 
O narrador analisa suas próprias memórias destacando o comportamento dissimulado de 
Capitu, que mentia um susto para disfarçar outro. A garota ainda se aproveitou da 
situação para encaminhar o assunto de seu interesse – Pádua questionou sobre o que era 
protonotário apostólico e Capitu logo comentou que deveria visitar o Padre na casa de 
Bento para cumprimenta-lo por esse título. 
CAPÍTULO 39 - A vocação 
Os elogios de Capitu deram fôlego ao orgulho do Padre Cabral. Aproveitando a 
situação, José Dias fez um elogio ao Papa Pio IX e comentou que o principal 
ingrediente para um bom clérigo era a vocação, e que se um homem nascia sem ela, 
poderia trabalhar para deus em outras atividades. 
O Padre retorquiu, dizendo que ele mesmo tinha vocação para medicina, mas se 
afeiçoou ao seminário e à vida na Igreja. Comentou ainda que Bentinho sempre 
demonstrou vocação para o trabalho religioso. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 17 
 
Vendo o rumo da conversa, Bento direcionava olhares para Capitu, pensando em ir com 
ela à janela, mas ela não lhe dava atenção, permanecendo junto à Dona Glória até o 
momento de ir embora. Dona Glória pediu que seu filho a acompanhasse, deixando 
Bentinho animado, mas Capitu recusou a gentileza. 
Quando a garota saía pelo corredor, Bento ainda tentou falar-lhe, mas ela se negou. 
Nesse momento uma escrava passou por perto e riu dos dois jovens. Capitu preocupou-
se que a negra desconfiasse de algo e saiu rapidamente. 
CAPÍTULO 40 - Uma égua 
Ficando sozinho, Bento fantasiava. Como narrador, comenta que sua imaginação era 
como uma “égua”, já que os antigos diziam que éguas nasciam do vento. 
Assim surgiu a ideia de contar toda a verdade à sua mãe: que não tinha vocação, que 
amava Capitu, e tudo o mais. 
CAPÍTULO 41 - Audiência secreta 
A mãe de Bentinho saiu da sala e ele foi à sua procura, dizendo-lhe que precisava contar 
algo. Ela logo se preocupou com seu estado de saúde, mas ele explicou que não era nada 
grave. Dona Glória levou o filho ao quarto, onde poderiam ter mais privacidade. 
Bentinho perguntou sobre sua ida ao seminário, mostrando-se desanimado sobre seus 
estudos. Mas ao invés de contar sobre Capitu, como fantasiara, justificou seu desânimo 
pela saudade que sentiria da própria mãe! Como narrador Bento comenta que tal 
mentira foi quase involuntária. Curiosamente, seu objetivo principal era lhe revelar seu 
romance por Capitu, mas fez exatamente o contrário. 
Dona Glória se sensibilizou, mas insistiu que ele haveria de afeiçoar-se ao seminário e 
voltaria a morar com ela quando fosse padre, concluindo que aquilo era apenas “manha” 
de seu filho. Bentinho fez uma cara de dó que foi o suficiente para sua mãe se retratar, 
dizendo que não era “manha”, pois sabia que ele não mentiria para ela, mas que ele 
precisava ser forte para cumprir a promessa. Bento sugeriu que ela pedisse a Deus que a 
dispensasse do prometido, mas ela negou essa possibilidade. 
Saindo do quarto, Dona Glória voltou-se a seu filho e ele percebeu que ela até queria 
dar um jeito de pagar a promessa de outra forma, mas não via como. 
CAPÍTULO 42 - Capitu refletindo 
No dia seguinte Bentinhofoi até Capitu, que não estava muito bem – sua mãe lhe disse 
que era por excesso de leitura, mas a garota confessou a Bento que estava preocupada 
com o que se passou no dia anterior, em sua casa. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 18 
 
Bento contou-lhe tudo sobre a conversa com sua mãe e a garota demonstrou-se 
desapontada, enxugando os olhos. Como narrador Bento observa que apesar de enxugar 
os olhos, Capitu não chegou a chorar – mais um sinal da dissimulação da personagem é 
implantado na história! 
A menina lhe pediu que contasse novamente o que ouvira de Dona Glória. Bentinho 
procurou atenuar a conversa, com medo de que Capitu perdesse qualquer esperança e 
desistisse dele de uma vez. A garota permaneceu pensativa, olhando para o chão. 
CAPÍTULO 43 - Você tem medo? 
Subitamente, Capitu mirou Bentinho com seus “olhos de ressaca” e perguntou-lhe se ele 
tinha medo. Sem entender direito, Bentinho perguntou do que haveria de ter medo. 
Capitu insistiu na pergunta genérica, “medo de apanhar, de ser preso, de brigar, de 
andar, de trabalhar...”. E Bentinho continuou a não entender a pergunta. Vendo que o 
garoto não dava uma resposta, Capitu, impaciente, sentenciou: “Medroso!”, e encerrou a 
conversa, dizendo que estava brincando, que não estava bem e precisava descansar. 
Os dois jovens seguiram até o pátio onde se despediriam, mas ficaram parados na beira 
do poço, ela fazendo desenhos no chão com um graveto. Bento lembrou-se de quando a 
vira escrevendo seus nomes no muro e pediu o graveto, pensando em fazer o mesmo na 
terra, mas Capitu pareceu nem ouvir o pedido. 
CAPÍTULO 44 - O primeiro filho 
Sem dar o graveto para Bento, Capitu levanta um olhar “oblíquo e dissimulado” – como 
avaliava José Dias – e lhe lança outra pergunta: se fosse necessário escolher entre ela e 
sua mãe, o que escolheria? Bentinho não entende o porquê da pergunta, fica 
desconcertado, Capitu insiste: se ele soubesse que ela estava prestes a morrer, deixaria o 
seminário para vê-la, contra a vontade de sua mãe? Bentinho cede e fala que sim, iria 
contra sua mãe por Capitu! 
Capitu sorriu e escreveu no chão: “mentiroso”. Bentinho continuava sem entender nada, 
sentiu que a garota estava zombando dele, então resolveu dizer que talvez fosse boa a 
vida de padre. Capitu retrucou que bom mesmo era ser cônego. 
Nesse diálogo cheio de ironias, Bento resolve fazer um pedido: que quando ele for 
padre Capitu só se confesse com ele, bem como seja casada por ele. Capitu responde 
que ele demorará muito a ser padre, então não pode prometer o casamento, mas sim o 
batismo de seu primeiro filho! 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 19 
 
CAPÍTULO 45 - Abane a cabeça, leitor 
O narrador desafia o leitor, que não deve estar acreditando no diálogo que se passou, a 
abanar a cabeça e fechar o livro. Mas sublinha que os fatos se passaram exatamente 
dessa maneira. 
Enquanto ele se espantava com a postura da garota, imaginando seu casamento e seu 
filho com outro homem, Capitu apenas sorria. 
CAPÍTULO 46 - As pazes 
As pazes foram feitas da mesma forma que a discussão se iniciou, instantaneamente. 
Capitu foi quem iniciou a reaproximação, procurando os olhos cabisbaixos de Bento, 
que a princípio quis manter-se zangado. Mas os olhares de Capitu foram irresistíveis, e 
não demorou para que Bento colocasse seu braço ao redor da cintura da menina, 
enquanto ela lhe dava sua mão. 
A mãe de Capitu apareceu para fora da casa, como se quisesse conferir o que já 
imaginava que acontecia, e retornou rapidamente. 
Os jovens continuavam encostados um ao outro, pedindo perdão reciprocamente. Capitu 
sentia-se abatida, Bento tinha olhos marejados. 
CAPÍTULO 47 - “A senhora saiu” 
Encerrada a briga, Bento questionou mais uma vez por que ela perguntou-lhe se tinha 
medo de apanhar. Capitu quis mudar de assunto. Bento comentou se era porque diziam 
que se batia nos alunos do seminário, e Capitu aceitou prontamente a ideia. 
O narrador comenta que a mentira é como uma empregada que se apressa em dizer “a 
senhora saiu” quando sua patroa não quer receber visitas. Assim ele acredita que se 
comportou Capitu ao não dizer o verdadeiro porquê de perguntar sobre o medo de 
apanhar. Mas Bento ressalta que ele ficou contente com a mentira, mais do que ficaria 
com a verdade. 
Ciente de que Capitu mentira, o narrador comenta que, no entanto, ele preferia ouvir 
aquela mentira a saber a verdade. 
CAPÍTULO 48 - Juramento do poço 
“Não!”, exclamou Bentinho, após instantes de silêncio. Capitu não entendeu bem, então 
ele explicou: não haveriam de ficar separados, ele jurava que só iria casar-se com ela. 
Capitu rapidamente concordou, jurando casar-se somente com ele. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 20 
 
Mas ela ainda aperfeiçoou a promessa: eles juravam que iriam se casar um com outro – 
assim não havia o risco de ambos manterem-se solteirões e, ainda assim, não quebrarem 
o “juramento do poço”. 
Quanto ao seminário, Bento disse que iria trata-lo como uma escola qualquer, sem se 
ordenar padre. Capitu se entristeceu pela separação temporária, mas entendeu que uma 
resistência ao seminário poderia denunciar o romance dos dois jovens. 
CAPÍTULO 49 - Uma vela aos sábados 
Bentinho e Capitu passaram a fazer planos de seu futuro casamento: morariam longe da 
cidade, numa casa modesta, com flores, móveis... E um oratório muito alto e belo! 
Primeiramente porque eles eram religiosos, mas também para compensar a quebra da 
promessa da vida de padre. Para completar a proteção divina, prometeram acender uma 
vela aos sábados. 
CAPÍTULO 50 - Um meio-termo 
Depois de alguns meses Bento ia para o seminário, entre muitas lágrimas de tristeza, 
tanto suas como de sua mãe. 
Porém, Padre Cabral encontrou um “meio-termo” para aliviar a pressão da promessa de 
Dona Glória: se em dois anos não se manifestasse a vocação de Bentinho, era sinal de 
que Deus não lhe destinou a vida eclesiástica, então a promessa estaria perdoada. Dona 
Glória ficou feliz com a ideia, apesar de insistir que seu filho haveria de tornar-se padre. 
José Dias, que não havia conseguido convencer Dona Glória sobre a ida à Europa, se 
entusiasmou com a ideia do padre, propondo que um ano já seria o bastante para avaliar 
a vocação do menino. 
Capitu apoiava Bentinho, afirmando que um ano passaria rápido, então tudo seguiria 
conforme seus planos. Enquanto isso a garota se aproximava mais de Dona Glória, 
criando um vínculo tão forte que foi chamada por ela de “filha”, no dia em que 
anunciou a ida de seu filho ao seminário. No entanto, a garota já sabia da notícia, que 
havia sido dada por Bentinho no dia anterior, quando realizaram sua “despedida”, a qual 
merece um capítulo próprio, segundo o autor. 
CAPÍTULO 51 - Entre luz e fusco 
Os jovens se despediram na casa da garota, na sala de visitas, antes do acender das 
velas. Brevemente, voltaram a jurar que se casariam um com outro, selando o 
compromisso com um beijo. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 21 
 
CAPÍTULO 52 - O velho Pádua 
O pai de Capitu também foi despedir-se de Bentinho. Pádua visitou-o em seu quarto, lhe 
desejando felicidade nos estudos e se comprometendo a ajudar em caso de necessidade, 
inclusive no caso de perder sua mãe e seu tio. Neste momento Pádua comenta que ele 
não é como outras pessoas, parasitas, que se aproximam da família apenas por interesse 
– se referindo, provavelmente, ao seu “inimigo” José Dias. 
O velho Pádua ainda pede que o garoto lhe dê alguma lembrança para guardar e 
Bentinho lhe entrega um cacho de seus cabelos, que havia cortado pensando em dar à 
Capitu. De qualquer forma, Pádua acaba revelando que entregará o presente à sua filha, 
que o guardará com mais cuidado. 
Após abraçar Bentinho efusivamente, com os olhos úmidos, triste como quem perde 
uma aposta, Pádua se retira. 
CAPÍTULO53 - A caminho! 
A mãe de Bentinho o abraçava forte, Prima Justina dava recomendações, Tio Cosme ria 
e brincava: “volta-me papa!”. 
José Dias mantinha-se sério. No dia anterior Bentinho foi ter com ele, para saber se 
ainda havia como evitar o seminário, mas nada poderia ser feito. José Dias insistia que 
um ano logo passaria e eles embarcariam para a Europa, mas Bento já não se animava 
com a viagem, deixando o agregado preocupado. 
CAPÍTULO 54 - Panegírico de Santa Mônica 
O autor abre o capítulo afirmando que não usaria nem um capítulo de seu livro para 
falar sobre o seminário, mas que poderá escrever muita coisa sobre o que lá se passou, 
já que seus cinquenta anos lhe trouxeram uma “sarna de escrever” que nunca será 
curada, diferentemente do que aconteceria se fosse jovem. 
 
No seminário, por exemplo, houve um colega que adorava escrever poesias, mas seguiu 
a carreira eclesiástica e quando mais velho nem mesmo se lembrava do que havia 
escrito. Por outro lado, houve também um seminarista que desistiu de ser padre, tornou-
se funcionário público, mas lembrava-se com emoção de uma obra que criou durante o 
seminário: o “Panegírico de Santa Mônica” – “panegírico” é um texto, um discurso em 
elogio à santa. 
Vale reparar como o autor, neste capítulo, inicia com uma intenção, de não falar sobre 
o seminário, mas deixa seus pensamentos o levarem ao oposto, fazendo uma grande 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 22 
 
narrativa sobre seu passado e seus colegas… E isso continuará no próximo capítulo, 
isso é Machado de Assis! 
CAPÍTULO 55 - Um soneto 
O capítulo anterior motivou o autor a escrever mais sobre suas lembranças do 
seminário. Mas, antes, ele decide contar a história de “um soneto que nunca fez”, por 
possuir somente seus primeiro e último verso: o poema se iniciaria com “Oh! flor do 
céu! oh! flor cândida e pura!” e encerraria com “Ganha-se a vida, perde-se a batalha!” 
Primeiro ele teve a ideia do verso de abertura, mas dali não conseguiu criar os versos 
seguintes. Após decidir que o poema teria o formato de soneto, percebeu que precisaria 
de um grande encerramento, então escolheu qual seria o último verso : “Perde-se a vida, 
ganha-se a batalha!” – que depois seria ligeiramente alterado, em busca de um novo 
sentido, em forma de ironia. 
Após muito divagar sobre a criação do tal soneto e suas possíveis interpretações, o autor 
conclui que nunca conseguiu criar os 12 versos centrais e deixa essa missão para 
qualquer um que se interessar: segundo seus conceitos metafísicos, os sonetos, assim 
como quaisquer obras de arte, “existem feitos”… Basta que alguém descubra quais são 
os tais versos faltantes! 
CAPÍTULO 56 - Um seminarista 
Após lembrar-se de diversos colegas de seminário e dos rumos que tomaram em suas 
vidas, o autor dá destaque a um rapaz: Ezequiel de Souza Escobar. 
Este rapaz era magro, tinha olhos claros e um comportamento “fugitivo”: não encarava 
olhares, dava respostas curtas, não se aproximava de ninguém. Gostava de falar da irmã, 
a quem adorava como a um anjo. 
Aos poucos o garoto passou a confiar em Bento, abrindo-lhe todas “as portas de sua 
alma”. Segundo o narrador, as almas seriam como casas, com quintal, portas e janelas, 
cabendo a cada um mantê-las trancadas ou abertas. Naquela época ele ainda não era 
“Dom Casmurro”, e sua “porta” permanecia encostada: por ela Escobar entrou e ficou, 
“até que…” – e assim ele encerra o capítulo. 
CAPÍTULO 57 - De preparação 
Além de colegas de seminário, a história do Panegírico fez o narrador se lembrar de 
diversas sensações que tinha naquela idade. Mas uma delas poderia ser interpretada 
como indecente, fazendo com que o autor queira escrevê-la em latim. Decide, porém, 
deixá-la para o capítulo seguinte, sendo este um capítulo “de preparação”. No entanto, 
alerta que é possível que sua história nem cause tanto espanto nos leitores. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 23 
 
Percebe a indecisão do narrador? Isto não é por acaso: é uma forma que Machado de 
Assis usa para mostrar aos leitores um traço de personalidade do narrador-
personagem! 
CAPÍTULO 58 - O tratado 
O caso é que, certo dia, Bento e José Dias caminhavam de volta do seminário quando 
uma senhora caiu na rua. Sua reação natural seria de pena ou de riso, mas não foi uma 
nem outra: é que na queda apareceram as meias e as ligas de seda da tal senhora – coisa 
que, na época, era difícil de se ver! (e era isto o que ele tinha vergonha de dizer…) 
A imagem das meias femininas invadiu os pensamentos do garoto por toda a noite, 
perturbando-o e fazendo sentir-se culpado. No dia seguinte, Bento elaborou tacitamente 
(mentalmente, mas sem palavras) um tratado entre sua consciência e sua imaginação: as 
visões de pernas de mulheres eram apenas encarnações de seus vícios e seriam 
utilizadas positivamente, para “temperar o caráter”. Assim, deixou de rejeitar seus 
instintos e às vezes até mesmo evocava a lembrança das meias de seda para sentir-se 
bem. 
CAPÍTULO 59 - Convivas de boa memória 
O autor comenta que há lembranças que não cessam até que sejam ditas. Por outro lado, 
observa que há quem não goste de convivas (pessoas conhecidas) que têm boa memória. 
Ele próprio, no entanto, era um desse tipo de pessoa, mas com uma memória muito 
fraca. 
Entre esquecimento e confusão, prefere o primeiro: livros que omitem partes da história 
permitem aos seus leitores que façam uso da sua imaginação; já os livros confusos são 
apenas confusos, não deixam espaço para nada além da própria confusão. 
Assim, o autor declara que seu livro pode até ter falhas, mas elas podem ser preenchidas 
livremente por seus leitores. 
CAPÍTULO 60 - Querido opúsculo 
O autor reflete, saudoso, sobre tantas lembranças que lhe trouxeram o opúsculo (o 
livreto, o panegírico de Santa Mônica), assim como o pregão das cocadas contado no 
Capítulo 18. 
No entanto, conclui que estas lembranças por si só são um tanto vazias, só quem viveu 
as lembranças consegue sentir saudades. 
 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 24 
 
CAPÍTULO 61 - A vaca de Homero 
José Dias visitava Bentinho no seminário contando-lhe das saudades de seus familiares 
e perguntando aos mestres como ele se portava. 
Quando questionado sobre o futuro, José pedia calma e dizia que tinha planos para levá-
lo à Europa em um ano ou dois: de qualquer forma, os estudos serviriam para que o 
jovem fosse “ungido com os santos óleos da teologia” – dizia o agregado com seu jeito 
pedante de sempre. O narrado o compara à “vaca de Homero”, referindo-se ao autor do 
poema épico grego Ilíada, no qual há uma cena em que um personagem cuida do outro 
da mesma forma que uma vaca cuida de sua cria. 
Bentinho, no entanto, insistia que devia sair dali o quanto antes. José Dias sugeriu que o 
garoto começasse a tossir: a falta de vocação se uniria à necessidade de mudança de ares 
por conta da suposta doença, então seria mais fácil convencer sua mãe a tirá-lo do 
seminário. 
CAPÍTULO 62 - Uma ponta de Iago 
Em seguida Bento pergunta sobre Capitu e logo percebe que a pergunta era inoportuna, 
já que José Dias notaria nele um interesse maior em deixar o seminário por conta da 
menina, e não da viagem à Europa. 
O agregado diz que a garota continuava alegre como sempre, e que uma hora ou outra 
iria se engraçar com um “peralta da vizinhança”. Estas palavras fizeram Bentinho sentir 
ciúmes: ele imaginava Capitu com outros garotos, depois pensava em ir até ela e exigir 
a confissão da traição… O título do capítulo remete à peça teatral Otelo, de 
Shakespeare, em que Iago é um personagem que convence Otelo a acreditar que sua 
esposa é infiel. 
Por fim, Bento diz estar com saudades da mãe e combina uma visita a sua casa para o 
sábado seguinte. 
CAPÍTULO 63 - Metades de um sonho 
Até que chegasse o sábado, sonhos povoavam as noites de Bentinho: Capitu apareciaconversando junto a um “peralta da vizinhança”, depois com seu pai, e enfim a sós, de 
mão dadas com ele – mas nesse momento Bento acordava. 
Mais interessante, sublinha o narrador, não eram os sonhos, mas sim a força que fazia o 
garoto para dormir novamente e tentar permanecer no sonho com sua amada. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 25 
 
CAPÍTULO 64 - Uma ideia e um escrúpulo 
O narrador afirma que ao ler o capítulo anterior teve uma ideia, mas ela é tão banal que 
ele teve escrúpulo (receio) de escrevê-la. Por fim, observa que da mesma forma que ele 
construiu sua casa para lembrar a de sua infância, quando jovem ele fechava os olhos 
para voltar a sonhar. Daí ele conclui que uma atividade recorrente do homem é fechar os 
olhos para tentar reviver lembranças passadas. 
Depois ele seguiu à janela, onde “conversou” com a noite sobre o porquê de os sonhos 
se desfazerem tão subitamente. A “noite” lhe respondeu que os sonhos não eram mais 
de sua conta: quando existia a “ilha dos sonhos”, descrita pelo escritor grego Luciano, 
sim, mas hoje a ciência determinou que os sonhos só acontecem nos cérebros. 
Para fechar a divagação, o autor lembra que ilhas, agora, só servem de disputa entre 
americanos e europeus, referindo-se ao processo de colonização das Filipinas. 
CAPÍTULO 65 - A dissimulação 
Bento acomodou-se à rotina do seminário: visitava a família aos sábados, tinha bom 
relacionamento com os padres e um grande amigo, Escobar, ao qual até quis revelar seu 
segredo com Capitu, mas foi impedido por ela. 
Capitu exigia sigilo pois não queria correr o risco de que alguém desconfiasse deles. 
Pelo contrário: ela pedia que Bentinho não ficasse muito tempo em sua casa, mostrava-
se alegre pelo destino de seu amigo e até comentou com D. Glória que gostaria que 
Bento fosse o padre de seu casamento. 
Bento admira Capitu por sua capacidade de dissimulação. 
CAPÍTULO 66 - Intimidade 
Capitu passou a frequentar a casa de D. Glória, cuidando dela quando doente. Essa 
presença constante fez prima Justina nutrir uma antipatia ainda maior pela menina, 
julgando-a interesseira. 
Para Bentinho, prima Justina era do tipo que não se dava bem com ninguém. Só 
elogiava o marido, mas somente porque ele estava morto – antes, viviam brigando, dizia 
tio Cosme. O bom relacionamento que mantinha com D. Glória era apenas para manter-
se morando de favor em sua casa. 
CAPÍTULO 67 - Um pecado 
Com febre e a vida em risco, D. Glória mandou chamar Bentinho. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 26 
 
José Dias buscou Bento no seminário sem dar muitas explicações, o que deixou o garoto 
desconfiado. Até que uma “esperança” passou por seu coração: “Mamãe defunta, acaba 
o seminário”. Este pensamento durou apenas um instante, até que Bentinho se sentisse 
culpado e seguisse caminhando aflito. 
Chegando em casa, D. Glória ardia em febre e Bento decide apelar às “promessas 
espirituais”: dois mil padres-nossos! O narrador aproveita para desculpar-se com algum 
padre que esteja lendo sua história, deixando claro que foi a última vez que usou deste 
artifício. 
CAPÍTULO 68 - Adiemos a virtude 
O autor reconhece que muitos não confessariam o pensamento do capítulo anterior, mas 
ele o faz justamente por buscar sua “essência”, sem abrir mão de seus pecados nem de 
suas virtudes – ele apenas não lembra de qualquer virtude que possa citar no momento. 
 
A propósito, revela uma teoria sua: todos seres humanos nascem com certo número de 
pecados e virtudes, que vão formando “casais” durante a vida, um compensando o 
outro… Por exemplo, um dia o narrador estava com dor de cabeça e praguejou contra o 
barulho do trem, noutro dia perdeu este mesmo trem por preocupar-se com um cego que 
andava sem bengala. 
CAPÍTULO 69 - A missa 
No domingo seguinte, Bento foi à missa para agradecer pelo restabelecimento de sua 
mãe e pedir perdão pelo seu pecado (de a ter imaginado morta). Assim, também estaria 
livre dos dois mil padres-nossos. 
O narrador comenta ironicamente que Jeová (o deus dos judeus) é muito mais humano 
que Rothschild (um banqueiro judeu), pois perdoa as dívidas integralmente, uma vez 
que o devedor se comprometa a não se endividar (pecar) novamente. 
Ainda lembra que o mais autêntico acerto de contas deveria se dar no confessionário, 
mas sua timidez o impediu de falar com o padre sobre seu pensamento. “Como o 
homem muda! Hoje chego a publicá-lo.” 
CAPÍTULO 70 - Depois da missa 
Saindo da igreja, Bento encontra Sancha, uma amiga de Capitu, com seu pai, um senhor 
viúvo. 
Eles lhe perguntaram sobre D. Glória e o convidaram para almoçar, mas Bento 
agradeceu e seguiu para sua casa. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 27 
 
CAPÍTULO 71 - Visita de Escobar 
Voltando da missa, Bentinho encontra Escobar em sua casa: ele estava preocupado com 
o amigo e ficou tranquilizado ao saber que sua mãe estava fora de perigo. 
Os familiares de Bento simpatizaram com o rapaz: tio Cosme o convidou para jantar; 
José Dias observou que ele tinha olhos “dulcíssimos”; e nem prima Justina conseguiu 
enxergar um defeito no rapaz (apesar de acreditar que algum defeito havia). 
Escobar estava mais solto que o normal e ganhava mais intimidade com Bentinho: 
quando este lhe mostrou um retrato de seu pai, Escobar afirmou que era visível que 
aquele homem tinha um coração puro… 
Ao despedir-se de Escobar, que pegou um ônibus, Bentinho foi indagado por Capitu, 
que o observava da janela, sobre quem era seu amigo, de quem se despediu tão 
afetuosamente. 
CAPÍTULO 72 - Uma reforma dramática 
Inspirado pela cena do capítulo anterior, o narrador divaga sobre o poder que o 
“destino” tem de alterar uma história, como o dramaturgo de uma peça teatral. Daí 
propõe uma “reforma” no estilo das apresentações teatrais: que começassem de trás para 
frente. 
Na peça Otelo, já citada no capítulo 62 deste livro, a história começaria com um 
assassinato e terminaria na declaração de amor de um casal – oposto do que acontece no 
drama shakespeariano original. 
CAPÍTULO 73 - O contra-regra 
Continuando a divagação do capítulo anterior, Bento afirma que, além de dramaturgo, o 
“destino” é o contrarregra de sua história: ele ordena a entrada dos personagens, opera 
os efeitos sonoros… 
Assim o destino “colocou em cena” um jovem montado em um cavalo que passou pela 
janela de Capitu logo após Bento se despedir de Escobar. Os olhos do jovem e da moça 
se cruzaram e Bentinho se enfureceu. 
CAPÍTULO 74 - A presilha 
Chegando em casa Bentinho pensou em questionar José Dias sobre o possível 
envolvimento de Capitu com “peraltas da vizinhança”, mas teve medo do que poderia 
ouvir como resposta. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 28 
 
Reparando a expressão estranha no jovem, José Dias perguntou o que acontecia. 
Bentinho percebeu a presilha (o zíper) da calça de José Dias aberta e lhe alertou 
“Abotoe a presilha!”, saindo rapidamente para seu quarto. 
CAPÍTULO 75 - O desespero 
Bentinho chorou e teve devaneios em seu quarto: prometeu tornar-se padre só para ver 
Capitu lhe implorando perdão. 
Capitu foi visitar D. Glória, falava e ria alto, mas Bento não foi até a sala para vê-la: a 
vontade que tinha era de estrangulá-la! 
CAPÍTULO 76 - Explicação 
Bentinho permaneceu no quarto até o dia seguinte, quando concluiu que era necessário 
repensar suas suspeitas: alegou uma indisposição para faltar ao seminário e ir falar com 
Capitu. 
A garota percebeu a ausência de Bentinho na véspera e imaginou que isso se devia pelo 
rapaz montado no cavalo, então defendeu-se prontamente: ela nem conhecia o garoto e, 
se conhecesse, o natural seria dissimular o olhar! Ela até chorou ao lembrar os 
juramentos que haviam feitos e que agora eram colocados em dúvida por Bento. Além 
de tudo, o tal rapaz iria se casar em breve. 
Por fim, Capitu se comprometeu a não ir mais àjanela, para não despertar dúvidas, 
porém Bentinho achou isso absurdo e recusou a decisão. Então Capitu lhe fez outra 
promessa, com cara de ameaça: se ele duvidasse dela mais uma vez, tudo estaria 
terminado! 
CAPÍTULO 77 - Prazer das dores velhas 
O narrador reflete sobre como as dores amorosas da adolescência agora são sentidas 
com algum prazer... Isso porque o fazia perceber como havia outros aborrecimentos 
maiores, dos quais nem queria se lembrar. 
(que aborrecimentos serão esses? momento de suspense em Dom Casmurro!) 
CAPÍTULO 78 - Segredo por segredo 
A relação entre Bentinho e Escobar se aprofundou cada vez mais: neste capítulo um 
diálogo dos dois demonstra que tornaram-se confidentes, devido à necessidade de 
Bentinho compartilhar sua situação com alguém. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 29 
 
Após Bentinho contar a Escobar que não tinha vocação para ser padre, o garoto 
confessou passar pela mesma situação: seu sonho era trabalhar com comércio! “Segredo 
por segredo”, a amizade foi construída. 
Não demorou para que Bentinho lhe contasse tudo sobre sua relação com Capitu, 
entusiamado para apresentá-la ao amigo. 
CAPÍTULO 79 - Vamos ao capítulo 
Após ser convidado para jantar com a família de Bento, Escobar tece muitos elogios à 
sua mãe, a quem chama de “adorável”. 
Tal lembrança faz o autor pensar em um fato que tornou d. Glória ainda mais santa, e 
que decidiu desvendar em um capítulo específico, que será o próximo! 
CAPÍTULO 80 - Venhamos ao capítulo 
D. Glória era temente a Deus e desejava cumprir a promessa de tornar seu filho padre, 
conpor isso contava seus planos a parentes e amigos. A tristeza em vê-lo longe adiou a 
ida ao seminário, até o momento em que alguém a lembrou de cumprir a promessa 
(como foi contado no início do livro). 
Mesmo contrariada, d. Glória o mandou ao seminário, ao mesmo tempo em que abria 
sua casa para a presença de Capitu. Logo ela considerou que o amor entre a garota e seu 
filho seria algo que justificaria o retorno de Bentinho, como se uni-los fosse uma 
deliberação divina – por isso ela era uma mãe “adorável”. 
Tal situação é comparada ao episódio bíblico em que Abraão leva o próprio filho ao 
sacrifício e recebe, no último momento, a benção divina por ter obedecido a Deus, 
mesmo contra seu coração. Neste caso, Capitu seria o anjo que viria anunciar que o 
sacrificio de Bentinho não era mais necessário. 
CAPÍTULO 81 - Uma palavra 
Explicada a situação de d. Glória, é possível entender porque certo dia, quando 
Bentinho visitava a família, ela sugeriu que ele visitasse Capitu, que estava passando 
alguns dias na casa de uma amiga. 
Prima Justina, ao ouvir falar da menina, insinuou que ela estava dormindo em outra casa 
pois tinha algum namorado por lá. Bentinho enfureceu-se, teve vontade de destruí-la 
com o olhar; mas por fim se viu envenenado pelo ciúme que aquele comentário 
despertou. 
O pai de Sancha, amiga de Capitu, recebe Bentinho em sua casa, cheio de tristeza: sua 
filha está à beira da morte e ele pretende suicidar-se, caso o pior aconteça. Capitu, 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 30 
 
solicitada como enfermeira, aparece na sala e recebe Bento, mas a conversa é pouca, 
contida. 
CAPÍTULO 82 - O canapé 
A única testemunha da conversa dos jovens é o canapé (espécie de sofá) em que se 
sentam. Ali Capitu conta detalhes sobre a doente e Bentinho comenta sobre o apoio de 
sua mãe para que fosse encontrá-la ali. Ouvindo isso, Capitu afirma: “Seremos felizes!”. 
CAPÍTULO 83 - O Retrato 
Gurgel, o pai de Sancha, chama por Capitu, flagrando o casal com certa intimidade. 
Bentinho fica sem graça, e se encanta em como Capitu age naturalmente, indo atender à 
sua amiga. 
Após comentar como Capitu estava ficando bonita (nesta época estava tomando corpo 
de mulher), Gurgel apresenta a Bentinho um retrato e pergunta se não acha parecido 
com a garota. Para não aborrecer seu anfitrião, Bentinho concorda com a observação, 
fazendo Gurgel afirmar que elas eram semelhantes não só na aparência, mas também no 
comportamento. 
CAPÍTULO 84 - Chamado 
Vontando animado do encontro com Capitu, Bentinho é surpreendido por um senhor 
grisalho que lhe chama. Ele conta que seu filho, Manduca, morreu há meia hora, e o 
convida ao velório. 
Bentinho sente-se muito mal pois entende o sofrimento daquele pai, mas também sofre 
por ter de interromper um momento tão contente com uma cena fúnebre. “Custava ter 
morrido algumas horas mais tarde?”, ele pensava. 
Capítulo 85 – O defunto 
Sentindo-se forçado, Bento entrou no velório e sentiu-se mal ao ver o corpo de 
Manduca, que havia sofrido com lepra. 
O pai do garoto pergunta se Bento irá o enterro, ele responde que fará o que sua mãe 
decidir. 
CAPÍTULO 86 - Amai, rapazes! 
Chegando à sua casa, Bentinho concentra-se para esquecer as cenas do velório: pensa na 
vida, em Capitu... 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 31 
 
Uma vez que seus pensamentos logo melhoraram, conclama o amor como remédio para 
todos os males: “Amai, rapazes!” 
CAPÍTULO 87 - A sege 
Pensando sobre o enterro de Manduca, Bentinho pensa que seria interessante se d. 
Glória desejasse comparecer: eles poderiam alugar um carro! 
Bento lembrava-se de andar na sege (tipo de carroça) da família, espiar pela janela e ver 
as pessoas o observando, curiosas. 
CAPÍTULO 88 - Um pretexto honesto 
Mas não era apenas o interesse no carro que fazia Bentinho desejar ir ao enterro: assim 
ele ficaria mais um dia longe do seminário e poderia visitar Capitu mais uma vez, a 
pretexto de saber da saúde de Sancha! 
Assim que chegou em casa, Bentinho lembrou-se do que ouviu dos pais do falecido e 
exclamou: “Coitado do Manduca!”. 
CAPÍTULO 89 - A recusa 
Mas d. Glória, apoiada por prima Justina, não achou na morte de Manduca um motivo 
para Bentinho perder mais um dia de seminário. 
José Dias comentou que prima Justina era contra a ida ao enterro pois não queria dar 
àquele evento “o lustre de sua pessoa”, de Bentinho. Isto fez com que o garoto, após 
alguns dias, apreciasse a intenção de prima Justina. 
CAPÍTULO 90 - A polêmica 
No dia seguinte Bentinho passava rapidamente em frente à casa de Manduca, para evitar 
que o vissem, quando lembrou-se de um episódio que o unia ao falecido. 
Manduca vivia isolado, por conta da doença. Bento o conheceu um dia na loja de seu 
pai, quando conversavam sobre a guerra da Crimeia. Surgiu entre os dois um debate 
intenso, que resultou numa incessante troca de cartas sobre o conflito: Bentinho 
defendia os russos, Manduca acreditava nos Aliados. 
Apesar de a polêmica ter servido para animar os dias de Manduca, ela logo tornou-se 
cansativa par Bentinho, que tinha outras preocupações, e parou de responder às cartas. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 32 
 
CAPÍTULO 91 - Achado que consola 
Refletindo, o autor considera que sua relação com Manduca fora positiva, uma vez que 
garantiu ao doente alguns dias de felicidade, com alguém para conversar. Este ato 
poderia até lhe render o perdão de aguns de seus pecados. 
Enquanto isso, para Manduca, o debate pode ter um saldo negativo: suas opiniões contra 
a Rússia, se consideradas como pecado, provavelmente lhe renderam alguns anos no 
purgatório – algo maior que os poucos meses de felicidade que alcançou com suas 
cartas. 
CAPÍTULO 92 - O diabo não é tão feio quanto se pinta 
Ainda refletindo sobre Manduca, o narrador alerta a seus leitores que “o diabo não é tão 
feito quanto se pinta”, referindo-se à situação do falecido: suas opiniões, mesmo que 
anti-Rússia, davam algum consolo ao corpo que se desfazia pela força da doença. 
Da mesma forma, seu jardineiro dizia que para as violetas terem bom perfume era 
preciso alimentá-las com muito estrume de porco. 
CAPÍTULO 93 - Um amigo por um defunto 
No domingo Escobar apareceu para jantar na casa de Bentinho.Todos os familiares 
continuavam admirando-o e sua intimidade com a família só crescia. 
Bento conta ao amigo tudo sobre a história de sua família, suas posses, a vinda da 
fazenda para a cidade, a morte de seu pai... Escobar não cansa de tecer elogios ao amigo 
e, principalmente, à sua mãe. 
CAPÍTULO 94 - Ideias aritméticas 
Além de elogiar, Escobar sabia calcular: ele considerava a aritmética um estudo de 
natureza superior às letras, mais preciso e objetivo. Apesar de esta posição contrariar a 
tradição da família de Bentinho, ele apreciava a facilidade que seu amigo tinha com os 
números. 
Escobar propôs que Bento lhe fizesse um desafio: lhe mostrasse diversos números 
desconhecidos para somar, como os valores de alugueis que sua mãe recebia 
mensalmente. Bentinho levou os papéis ao seminário, onde Escobar calculou o valor 
total, mentalmente, em muito pouco tempo. Bento ficava cada vez mais encantado com 
a habilidade de seu amigo. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 33 
 
CAPÍTULO 95 - O Papa 
Com esperanças de ir à Europa, José Dias avisa Bentinho que tem um novo plano: ir 
com ele até Roma, pedir o perdão da promessa de sua mãe ao Papa. 
Bento pede um tempo, pois deseja consultar Capitu e Escobar sobre essa decisão – mas 
não revela isso a José Dias. 
CAPÍTULO 96 - Um substituto 
Capitu não aprovou a ideia da viagem ao Vaticano, exigindo que Bento voltasse em no 
máximo seis meses. 
Escobar também não gostou de saber que ficaria tanto tempo longe do amigo e propôs 
uma nova solução: sua mãe poderia adotar uma criança órfã e encaminhá-la para o 
sacerdócio, assim não deixava de cumprir a promessa e ainda satisfazia a vontade de 
Bento. 
CAPÍTULO 97 - A saída 
D. Glória aceitou a ideia de Escobar, após consultar Padre Cabral sobre o assunto, que 
considerou válida a estratégia. Ao final do ano Bentinho estava fora do seminário, tinha 
dezessete anos de idade. 
O narrador lamenta que tenha alongado tanto sua história, fazendo com que precise 
acelerar alguns anos e deixe de refletir sobre alguns pontos, como as suas emoções de 
jovem de dezessete anos, petulante e atrevido, cercado de moças... 
CAPÍTULO 98 - Cinco anos 
Já com vinte e dois anos, Bento estava formado em Direito. 
A mãe de Capitu havia falecido, seu pai estava aposentado. 
Escobar negociava café e havia se casado com Sancha, tornando-se também amigo de 
Capitu. 
CAPÍTULO 99 - O filho é a cara do pai 
Quando voltou dos estudos, Bento foi recebido com honras por ter se tornado “doutor”, 
sua mãe dizia que ele estava cada vez mais parecido com seu pai. 
O “substituto” estava prestes a ordenar-se padre. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 34 
 
CAPÍTULO 100 - “Tu serás feliz, Bentinho!” 
Bento desfazia suas malas acompanhado de José Dias, que lhe trazia boas notícias: d. 
Glória era à favor do casamento de seu filho com Capitu, quem considerava uma boa 
moça, ainda mais depois da morte de sua mãe, que lhe trouxe muitas responsabilidades. 
Semanas depois Betninho via seu sonho tornar-se realidade: sua mãe aprovou seu 
casamento com Capitu, fazendo um prenúncio: “Tu serás feliz, meu filho!”. 
CAPÍTULO 101 - No céu 
Para não perder a atenção do leitor, o narrador pula para o dia em que se casa com 
Capitu. 
Os momentos de núpcias são descritos com ares religiosos, citando trechos bíblicos 
sobre o amor entre homens e mulheres, dando destaque ao compromisso cristão da 
fidelidade. 
CAPÍTULO 102 - De casada 
A semana de lua-de-mel foi passada em uma casa na Tijuca. Lá o casal relembrou toda 
sua história, os bons e maus momentos, o tempo parecia não passar. Mas Bentinho 
notou que Capitu desejava voltar logo à cidade, quando dizia estar preocupada com o 
estado de saúde de seu pai. 
Ao desceram para a cidade, entretato, Bento entendeu que o desejo de sua mulher era 
mostrar-se como casada perante a sociedade: era possível notar as pessoas olhando para 
o casal e invejando sua felicidade, enquanto andavam pelas ruas de braços dados. 
CAPÍTULO 103 - A felicidade tem boa alma 
José Dias foi o único a visitar o casal na Tijuca: cheio de elogios poéticos aos 
pombinhos, o agregado da família conseguiu convencê-los de sua boa intenção e fazê-
los esquecerem-se do passado, quando ele era contra a união. 
CAPÍTULO 104 - As pirâmides 
Passaram-se dois anos de casados: Capitu perdeu seu pai, tio Cosme estava muito 
doente, José Dias continuava acompanhando d. Glória e Bento em almoços e jantares… 
Bento advogava para clientes ricos e sua única decepção era não ter um filho. 
Escobar permaneceu amigo de Bento, assim como Sancha e Capitu: os dois casais 
passavam dias inteiros reunidos na casa de um e de outro. Pensando sobre esta época, o 
narrador sente que “a vida e o resto não sejam tão rijos como as Pirâmides”. (O que será 
que aconteceu para ele sentir isso? Só lendo os próximos capítulos!) 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 35 
 
Um dia Bento reclamou com Escobar sobre não ter um filho, o amigo aconselhou que 
não se preocupasse, pois isto era uma decisão que seria tomada por Deus, se fosse 
tomada, no momento correto. A necessidade de um filho era tanta que Bento realizava 
orações como pagamento antecipado pela graça desejada, diferente de quando era 
criança, e prometia orações que nunca realizava. 
CAPÍTULO 105 - Os braços 
A vida do casal era tranquila: passavam noites conversando, iam a passeios e 
espetáculos. 
Bento admirava Capitu por diversas qualidades, mas principalmente por seus braços, 
que desviavam a atenção dos homens nos bailes, quando estavam descobertos. Tal 
admiração causou ciúmes no marido, que chegou a pedir que ela não saísse mais vestida 
daquele jeito, apoiado por Escobar, a quem confidenciava tudo. 
CAPÍTULO 106 - Dez libras esterlinas 
Certa noite Bento discursava para sua esposa sobre as estrelas que observavam, quando 
percebeu que ela estava distraída olhando o mar: mais tarde ela lhe confessou que fazia 
contas de algumas economias que juntou, dez libras esterlinas. Questionada sobre quem 
a ajudou com a conversão de tal dinheiro, revelou que Escobar foi seu confidente. 
Mais tarde, Bento comentou com Escobar sobre seu segredo com Capitu. Escobar 
parabenizou Bento pela esposa que tem, lamentando por Sancha não saber economizar 
dinheiro da mesma forma. 
CAPÍTULO 107 - Ciúmes do mar 
O autor deixa claro que não questionou a desatenção de Capitu por simplesmente 
desejar atenção, ou por ter ciúmes do mar para onde ela olhava, mas sim pelo que podia 
estar passando dentro da cabeça de sua mulher. Estas crises de ciúmes eram intensas, 
porém curtas. 
Efetivamente, tudo parecia correr cada vez melhor entre o casal. Da mesma forma, o 
relacionamento com Escobar estava mais íntimo. 
CAPÍTULO 108 - Um filho 
Tudo o que faltava para Bento e Capitu era um filho. O casal invejava Escobar e 
Sancha, que já tinham uma menina: ela foi batizada como Capitu, em homenagem à 
amiga. 
DOM CASMURRO: RESUMO POR CAPÍTULO 
 
ResumoPorCapítulo.com.br 36 
 
Tempos depois, veio o bebê: um garoto forte, alegre, que deixou Bento e Capitu muito 
orgulhosos. Sancha e Escobar ajudaram os pais novatos nos primeiros dias. Esta 
proximidade fez os dois pais entrarem em um acordo: criariam os filhos juntos para que 
um dia formassem um casal! 
Tio Cosme fez questão de ser padrinho da criança, pedindo que o batizado fosse logo, 
pois sua doença estava muito avançada. Bento chegou a adiar este momento, esperando 
a morte do tio, já que desejava dar o título de padrinho ao amigo Escobar, mas não 
adiantou. Para compensar, o menino foi batizado como Ezequiel, primeiro nome de 
Escobar. 
CAPÍTULO 109 - Um filho único 
Com mais um salto de tempo, Ezequiel já completa cinco anos: é um rapagão bonito, de 
olhos claros. 
O fato de ser filho único fez com que os pais o cercassem de cuidados. 
CAPÍTULO 110 - Rasgos da infância 
O narrador dedica

Continue navegando