Buscar

Resumo capitular de Dom Casmurro

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Capítulo 1: Do título 
• O autor inicia a obra, descrevendo o encontro com um conhecido em uma viagem de trem. Durante a viagem de curta duração para Engenho Novo, o conhecido de vista e chapéu recitou versos que adormeceram o narrador.
Tal acontecimento originou o apelido "Dom Casmurro", que será utilizado como título de sua história. 
> Significado de casmurro no livro: "Homem calado e metido consigo";
> Real significado de casmurro: Indivíduo teimoso, obstinado, cabeçudo.
Capítulo 2: Do livro 
• Depois da revelação do título, o autor descreve o motivo de escrever o livro.
> Ele revela que vive sozinho com um criado em uma casa idêntica à casa da rua de Matacavalos, onde ele cresceu (Uma tentativa de recuperar seu passado); 
> Diante da monotonia e de uma conversa com os bustos romanos, o escritor opta por escrever o livro para tentar resgatar seu passado / "atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência". 
> Começa sua história por uma tarde de novembro que nunca esqueceu;
> Os bustos com quem Bentinho fala são de César, Augusto, Nero (morreram vítima de uma traição) e Massinissa (matou a esposa com uma taça de vinho envenenada).
Capítulo 3: A denúncia 
• Em uma tarde de novembro de 1857, Bentinho, escondido atrás de uma porta, escuta uma conversa a respeito de seu futuro. Em um diálogo entre D. Glória (sua mãe), Cosme (seu tio) e Prima Justina (prima deles), o serviçal José Dias revela que a filha dos vizinhos Pádua pode comprometer a promessa feita pela matriarca. 
- Glória discorda de tal denúncia e crer que os dois são apenas criançolas e pretende colocar o filho no seminário o quanto antes;
- Cosme acredita que são imaginações do empregado;
- Justina se abstém.
Ao final, José argumenta que estava exercendo um dever amaríssimo!
> É revelado que Bentinho tem 13 e Capitu, 14.
> A relação dos Pádua com a família deu-se após uma grande enchente que fez com que os vizinhos perdessem muita coisa. 
Capítulo 4: Um dever amaríssimo! 
• É descrito que José Dias era alguém muito preocupado com a aparência nas palavras (uso exagerado de superlativos) e nas vestimentas (roupas antiquadas para a época). 
Capítulo 5: O agregado 
• É revelado que José Dias apresentou-se inicialmente a família como um médico homeopata, quando eles moravam em uma fazenda de Itaguaí (município do Rio). Depois de curar alguns escravos, o pai do Bentinho convida o mesmo para morar consigo. 
Com a eleição do patriarca como deputado, a família parte para o Rio de Janeiro junto com José.
Durante um novo surto de febre nos escravos, o agregado diz que não era médico e que havia estudado somente um pouco de homeopatia. Contudo, a família não o manda embora por considerá-lo como um membro da família. 
> Após a morte do pai da família, José chega a receber uma herança e palavras elogiosas no testamento;
> O personagem possui um desejo enorme de viajar para a Europa, mas não vai por conta da família;
> Ele considera a família como um elemento posterior a Deus.
Capítulo 6: Tio Cosme
• Cosme mudou-se para a casa da irmã após a mesma enviuvar do marido, tal como sua prima Justina. Trabalhando no "crime", era um advogado gordo e pesado, de respiração curta e olhos dorminhocos. O narrador relembra duas memórias referentes ao tio:
- De manhã, o tio Cosme, muito gordo, sofria para subir em seu cavalo e depois, fazia o cavalo sofrer graças ao seu peso;
- Quando Bentinho morava na roça, Cosme achou que seria uma boa ideia colocar o sobrinho de 9 anos sozinho em cima de um cavalo. Resultado = O menino teve um ataque de choro e mais tarde, aprendeu a montar mais por vergonha do que por gosto.
> Quando jovem, era um bom partido. Agora, estava velho e gordo;
> Ele tinha como lazer jogar e contar piadas.
Capítulo 7: Dona Glória 
• É descrita como uma boa criatura. Quando o marido morreu, ela tinha 31 anos e preferiu ficar perto da igreja onde o cônjuge foi sepultado. Vendeu a fazenda e os escravos, comprou outros junto de 12 prédios e mudou-se para a rua de Matacavalos. Aos 42 anos, ainda era bonita e moça. Era vista usando um vestido escuro e cuidando apenas dos serviços domésticos. 
> Nome do pai de Bentinho: Pedro de Albuquerque Santiago;
> Bento não se lembra nada do pai, exceto de sua altura e do cabelo grande;
> Em sua casa, o narrador mantém o retrato dos pais na parede e quando está numa situação ruim, ele olha para a fotografia e tudo melhora.
Capítulo 8: É tempo
• Após a descrição de seus familiares, o narrador diz que tudo aquilo não passava de uma preparação de cena para a "ópera" de sua vida. Ele promete explicar tal comparação dita por um tenor italiano no próximo capítulo.
Capítulo 9: A ópera (Ó capítulo chato!)
• Uma noite, após beber muito vinho, um tenor explica ao narrador que "a vida é uma ópera": Deus seria o poeta, Satanás seria a música, tudo seria uma ópera sem ensaio com harmonias e desarmonias durante seu andamento. 
Bento acha graça e é repreendido pelo tenor, dizendo que tudo na vida é música. 
> " No princípio era o dó, e o dó fez-se ré etc."
Capítulo 10: Aceito a teoria 
• Mesmo fazendo piada, Bento aceita essa teoria como verdadeira e retorna à parte em que "se descobre cantor" com a denúncia de José Dias.
Capítulo 11: A promessa
• Voltando para a história, Bento sai de seu esconderijo e observa sua mãe chorando por conta de seus projetos eclesiásticos. É relevado que após perder o 1° filho de forma prematura, D. Glória aproximou-se bastante de Deus para que o 2° vingasse e caso virasse varão, iria colocá-lo no seminário para virar padre.
> A promessa não foi informada ao pai de Bento;
> Glória sempre incentivou o filho a seguir com o plano, ensinando latim e doutrina + pedindo para que ele prestasse muita atenção ao padre na missa. 
Ainda criança, Bentinho já brincava de missa junto à Capitu. Depois de um tempo, o assunto "seminário" não foi mais debatido entre a família e o narrador pensava que a promessa já estava desfeita.
Capítulo 12: Na varanda 
• Após José Dias passar, Bentinho sai correndo para a varanda. Lá, ele fica tonto e com as pernas bambas por conta das palavras ditas pelo agregado:
"Sempre juntos...” “Em segredinhos...” “Se eles pegam de namoro...”
Diante de tais revelações, o narrador passa a analisar sua relação com a amiga. 
- Capitu o elogiava de bonito, mocetão, flor e achava os cabelos dele lindíssimos;
- A menina sempre sonhava com ele voando pelo Corcovado, dançando na lua;
(Obs.: Ele retribuía os elogios e tinha sonhos idênticos à familiaridade entre eles)
Assim, Bento percebe algo que nunca havia notado: ele amava Capitu e Capitu o amava. Não era à toa que ela não saía de seu pensamento durante a missa e José estava certo, tendo Bentinho agradecido por ajudar a descobrir. 
Capítulo 13: Capitu
• O narrador escuta a mãe de Capitu chamando pela filha no quintal. Bentinho é "levado" por suas pernas até a casa vizinha e lá, encontra Capitu riscando o muro com um prego. Assustada, ela cobre o que estava escrevendo com o corpo, enquanto o narrador admira sua beleza. Percebendo seu estranho comportamento, a garota pergunta o que ocorreu e Bento cogita revelar a promessa referente ao seminário, descobrindo se a amiga gosta ou não dele. Porém, ele direciona sua atenção para o muro.
Capítulo 14: A inscrição
• Percebendo tal ação, Capitu rapidamente apaga o que estava escrito, contudo Bentinho conseguiu ler o que havia sido escrito: BENTO CAPITOLINA.
Capitolina fica envergonhada e direciona seus olhos para chão e Bento não consegue dar nenhum passo. Contudo, as mãos de ambos se entrelaçam e revelam a confissão silenciosa entre eles. 
Eles ficam se olhando e não conseguem falar nenhuma palavra. 
> O narrador realiza uma comparação da menina com um altar (seu destino).
Capítulo 15: Outra voz repentina
• Então, uma voz repentina surge e é descoberta como a voz de Pádua, pai de Capitu, perguntando se os dois estavam jogando siso (‘‘jogo de encarar’). Ligeira, a menina risca a inscrição do muro e começa a fazer um desenho para distrair o pai. 
Insistindo se os dois estavamjogando, Capitu diz que sim para o pai e encara Bentinho, que não coopera por estar anestesiado pelo momento. 
Em seguida, Pádua chama o garoto para conhecer sua coleção de pássaros, mesmo o narrador querendo apenas passar mais tempo com a amiga.
> O narrador destaca a facilidade de Capitu em contar mentiras, inventar distrações nesse capítulo;
> José Dias apelidava o vizinho de ‘‘tartaruga’’.
Capítulo 16: O administrador interino 
• É relatado que Pádua trabalhava numa repartição do Ministério da Guerra, ganhando um salário modesto. Sua casa foi comprada devido um bilhete de loteria premiado, cujo o prêmio seria primeiramente gasto com cavalos, brilhantes e pássaros importados se não fosse pela intervenção de D. Fortunata (sua esposa).
Bento também descreve uma anedota relacionada ao vizinho: 
Certa vez, o administrador da repartição partiu para o Norte e deixou o cargo para Pádua. Com bastante dinheiro em mãos, ele ostentou com roupas, joias, visitas ao teatro, sapatos. Após o retorno do adm., Pádua cogitou se matar diante da perda monetária e abandonou a ideia depois de D. Glória pedir para que ele "virasse homem". Com o tempo a ferida ‘‘cicatrizou’ e o vizinho relembrava o tempo com orgulho.
> Ministério da Guerra fundou-se em 1815 (Séc. XIX - Período da obra).
Capítulo 17: Os vermes 
• O narrador faz uma pausa para explicar as semelhanças entre uma passagem bíblica dita no capítulo anterior e um episódio mitológico de Aquiles. Ele tenta achar a origem em comum em livros antigos, mas não consegue nada (nem mesmo ‘‘interrogando’ os vermes comedores dos livros).
Capítulo 18: Um plano
• Quando conseguem ficar a sós na sala, Bentinho revela a notícia que lhe afligia e Capitu fica paralisada diante do fato. Depois de um bom tempo inerte, a garota xinga D. Glória de:
> Beata - mulher que se entrega exclusivamente à oração;
> Carola - devota e vai à igreja com frequência;
> Papa-missas. 
Bento pensa em defender a mãe, mas opta apenas por prometer que jamais iria pro seminário e expulsaria José Dias da casa quando virasse dono. A menina questiona o interesse de José quanto a promessa e o narrador conta sem revelar que o motivo era a própria amiga. Quando ele comenta que sua mãe havia chorado, Capitu muda sua opinião e entende que a culpa não era realmente de Glória e sim, da "promessa".
Encerrada a conversa, um preto passa vendendo cocada e Capitu pede que ele vá embora dali. Bentinho chega a comprar os doces, mas come tudo sozinho devido a reflexão da menina ("Se eu fosse rica, você fugia, metia-se no paquete e ia para a Europa"). 
Então, a garota acredita que arranjar um aliado seria a melhor opção:
- Tio Cosme não iria se intrometer;
- Prima Justina talvez ajudasse;
- Padre Cabral não seria contra a Igreja;
- José Dias seria a melhor opção! Ele poderia persuadir D. Glória com seus discursos e ceder para Bentinho por ser o futuro dono da casa.
> Novamente, o narrador chama a atenção para a habilidade de Capitu de bolar grandes planos, convencer as pessoas ("Como vês, Capitu, tinha já ideias atrevidas, [...]na prática faziam-se hábeis, sinuosas, surdas, e alcançavam o fim proposto, não de salto, mas aos saltinhos"). 
Capítulo 19: Sem falta
• À noite, Bentinho retorna para casa e repassa as orientações de Capitu: deveria falar com o agregado em um tom seco e benévolo. O garoto modifica seu discurso, mas adota o meio-termo.
Capítulo 20: Mil padre-nossos e Mil ave-marias 
• Bentinho promete rezar mil padre-nossos e mil ave-marias, caso José Dias não o faça ir para o seminário. A quantidade é imensa pelo acúmulo de rezas prometidas e não cumpridas pelo narrador.
Capítulo 21: Prima Justina
• Voltando para a casa, Bentinho encontra Prima Justina na varanda. Ela pergunta onde ele esteve e informa que disse para D. Glória que o filho voltaria logo (uma mentira). 
> Ela tem mais de 40 anos, magra, pálida, boca fina e olhos curiosos;
> Vivia na casa de favor e por interesse de Glória em ter uma "senhora íntima".
Justina revela para Bento que José Dias fazia questão de relembrar a promessas para a matriarca através de discursos e elogios para a Igreja, além de ter contado algo secreto para os adultos da casa. Fingindo surpresa, o garoto pergunta se a "Prima" poderia ajudar caso ele não quisesse ser padre e a mesma responde que não se meteria onde não foi chamada.
Capítulo 22: Sensações alheias 
• Bento tenta entrar em casa, mas é "impedido" por Prima Justina continuando com a conversa. Dentre muitos assuntos, ela elogia Capitu e ao olhar a senhora, o menino percebe olhos diferentes, profundos como se a própria demonstrasse ciúmes da vizinha. Na cama, Bentinho percebe que Justina usava as sensações alheias para relembrar das suas. 
Capítulo 23: Prazo Dado
• Ao encontrar com José Dias no corredor, o narrador diz que precisa conversar no dia seguinte e pede para que o agregado escolha o lugar. José aceita o convite e diz que levará o garoto consigo para fazer as compras. 
Capítulo 24: De mãe e de servo
• É descrito que José sempre tratou Bentinho com extremos de mãe e atenções de servo: acompanhava na rua, cuidava das tarefas, dos livros, dos sapatos, da higiene e da educação. Inclusive, ele considera o garoto como o mais inteligente entre todos com quem teve contato.
Capítulo 25: No Passeio Público 
• Ao entrar no Passeio Público, Bentinho diz que faz muito tempo desde da última visita e José Dias corrige, relembrando que o garoto esteve no parque há 3 meses com Pádua. Aproveitando a oportunidade, José aconselha Bento a evitar companhia do vizinho, embora a família tivesse alguma estima, valorização - O agregado menciona que Capitu possuía olhos de cigana oblíqua e dissimulada. 
> Motivo do desprezo pelo "tartaruga" seria por conta de uma ofensa quanto aos sapatos. 
O narrador tenta contornar a situação revelando a admiração do vizinho por José e vacilante, expõe sua recusa para tornar-se padre + pede ajuda ao empregado. Inicialmente, Dias recusa e mente, dizendo que D. Glória toda hora se lembrava da promessa (deixando Bentinho puto internamente) e assim sendo, ele poderia fazer nada quanto a um projeto, promessa, ambição e sonho de longos anos - até que Bento comenta sobre a possibilidade de estudar leis em SP. 
Capítulo 26: As leis são belas
• Diante da possibilidade de acompanhar Bento em seus estudos fora da capital ou em outro país (principalmente, para algum da Europa), José Dias muda totalmente de opinião e promete que estará disposto a lutar para livrar Bentinho da promessa de D. Glória e encaminhar o garoto para os estudos de Direito, argumentando que as leis são belas!
Capítulo 27: Ao portão
• No portão do parque, Bentinho resolve dar uma moeda a um mendigo e pede para que ele rogasse para satisfazer seus desejos.
Capítulo 28: Na rua
• Andando com o José pela rua, Bentinho percebe que o agregado parecia outro homem, mais animado e inquieto. 
Capítulo 29: O imperador 
• Na volta para casa, o ônibus de Bentinho para e dá passagem para a carruagem imperial. O garoto, então, passa a sonhar acordado: Imagina um contato com o imperador e o mesmo convencendo D. Glória a deixar a promessa de lado e matricular o filho numa escola de medicina durante uma visita a casa da família.
Capítulo 30: O Santíssimo
• Em seguida, o ônibus cruza com a procissão do Santíssimo. Imediatamente, José Dias puxa Bentinho para ajudar a carregar as varas do pálio (tenda que cobre o sacerdote) e lá encontram Pádua, que também queria ocupar essa função. José argumenta que Bento seria um futuro seminarista e que ele merecia a honra de carregar o pálio, deixando Pádua encarregado de segurar a tocha da procissão. 
No caminho, eles chegam à casa de uma senhora muito doente que receberia uma unção. Lá, Bento avista uma jovem chorando - chegando a lacrimejar ao tomar as dores pensando em sua mãe - e ao perceber que a moça lembra Capitu, ele quase chega a sorrir (???).
Depois de uma repressão feita pelo agregado, ele retorna o caminho para igreja sério.
Capítulo 31: Curiosidades de Capitu 
• Após saber da conversa com JoséDias, Capitu fica satisfeita com a acordo e crê que qualquer destino seria bom para Bentinho desde que não fosse o seminário. 
O narrador, então, descreve o comportamento da amiga: Ela tinha curiosidade por tudo e facilidade de aprender idiomas e arte. Além disso, Capitu era uma figura muito próxima da família:
- Aprendeu a fazer renda com Prima Justina;
- Jogava gamão com Tio Cosme;
- Extraía conhecimentos sobre figuras históricas com José Dias;
- Ouvia a respeito do passado de Dona Glória.
> Sabia ler e escrever, francês, doutrina, desenhava, tocava piano, lia romances e livros de gravuras. 
Capítulo 32: Olhos de ressaca
• Passados alguns dias, Bentinho visita Capitu em sua casa para conversar a respeito do acordo com José Dias. Ele diz que o agregado não comentou nada com D. Glória e Capitu fica puta da vida, mandando que o garoto teime com ele.
Bento promete que irá fazer isso e pede para que a vizinha o encare depois de lembrar-se dos "olhos de cigana [...]" ditos por José.
Muitos instantes de passam e Bentinho finalmente consegue descrever o que "ver" nos olhos da amada: Eram olhos de ressaca, uma força que o atraí como a ressaca atraí as águas pro mar. Escapando dos olhos, ele pede para pentear os cabelos da amiga.
Capítulo 33: Penteado
• Bento pede para que Capitu se sente - ela era um nadinha mais alta que ele - para fazer o penteado. Saboreando cada toque nos cabelos, nuca e ombros da garota, o narrador deseja que os cabelos não acabassem nunca e que a trança fosse infinita. Terminado o penteado, Capitu abruptamente inclina a cabeça para trás, obrigando Bentinho a segurar seus ombros, e alinha seus olhos nos lábios do garoto e vice-versa. Imersos numa tensão, eles se beijam. 
Após esse momento, os dois vão para lado opostos da sala e Bento começa a sentir vertigens.
Capítulo 34: Sou homem!
• Ouvindo sua mãe chegar, Capitu rapidamente começa a rir para disfarçar a situação, reclamando do penteado que Bentinho fizera nela. D. Fortunata percebe o garoto quieto e defende-o, dizendo que a trança estava bem feita e avisando que sua mãe estava chamando para a aula de latim. Chegando em seu quarto, o narrador deita-se na cama, começa a relembra os momentos com a vizinha e admite que agora ele é UM HOMEM! (não podendo ser padre).
Capítulo 35: O protonotário apostólico
• Correndo para a aula, Bentinho tenta pensar em uma mentira para justificar seu atraso. Contudo, ao chegar na sala, percebe que toda a atenção estava voltada para o Padre Cabral e sua nomeação como protonotário apostólico. Estando tão contente, Cabral dispensa Bento da aula e José Dias diz que "o latim sempre seria preciso, ainda que ele não venha a ser padre" para a família. Contudo, D. Glória discorda e afirma que o filho será padre e Padre Cabral comenta que ele até poderia ser protonotário apostólico também. Puto da vida, o narrador pensa em soltar um desaforo, mas deixa quieto.
Capítulo 36: Ideia sem pernas e ideia sem braços
• Dizendo que iria brincar, Bentinho sai de casa e pensa em "ir correndo a casa, agarrar Capitu, desfazer-lhe as tranças, refazê-las e concluí-las daquela maneira particular, boca sobre boca". Contudo, ele caminha vagarosamente e encontra a menina costurando. 
Depois de saber que D. Fortunata não desconfia de nada, ele cogita pegar, puxar e beijar a menina e novamente, ele fica paralisado. O narrador comenta que se tivesse conhecimento sobre Cântico, teria feito de modo semelhante. 
Capítulo 37: A alma é cheia de mistérios
• Puxando conversa, Capitu pergunta sobre as aulas de latim e Bentinho explica todo o episódio. A menina revela que gostaria de visitar o Padre Cabral, mas não poderia ir sozinha por ser uma moça e ao final, ri. O riso anima o narrador que pega as mãos da menina, faz um movimento para beijá-la, ela recua, ele insiste e ela desvia os lábios.
Até que Pádua bate na porta de casa e enfim, Capitu deu o beijo que tanto recusava. 
Capítulo 38: Que susto, Meu Deus!
• Assim que o pai entra na sala, Capitu livra-se de Bentinho e volta para a costura, perguntando o que era protonotário apostólico para o garoto. Ela ainda grita "Que susto, Meu Deus!", quando o pai chega. Explicando pro pai o assunto, ela comenta que o mesmo deveria parabenizar o padre pelo título na casa vizinha, conseguindo o que era de seu interesse.
> Análise do comportamento dissimulado de Capitu pelo narrador.
Capítulo 39: A vocação
• Agora na casa dos Santiago, Capitu aproveita a oportunidade para elogiar a conquista do Padre Cabral. Aproveitando a oportunidade, José Dias comenta que o principal ingrediente para o clérigo seria a vocação e Cabral discorda, dizendo que ele mesmo queria fazer medicina, mas tomou gosto pela coisa no seminário + comenta que Bentinho sempre demonstrou vocação através de suas brincadeiras. 
Ao final da conversa, D. Glória pede para que o filho acompanhe a amiga na volta para casa, que recusa a oferta. Seguindo-a mesmo assim, o narrador tenta conversar e é interrompido pela menina, argumentando que a conversa seria melhor no dia seguinte. Nesse momento, uma escrava passa e ri dos dois e Capitu, preocupada que ela contasse sobre eles, saí imediatamente.
Capítulo 40: Uma égua.
• O narrador comenta que sua mente era como uma égua, já que os antigos diziam que égua nasciam do vento.
A partir dessa reflexão, surge a ideia de contar toda a verdade para D. Glória: a não vocação e o namoro com Capitu.
Capítulo 41: A audiência secreta
• Pensando no corredor, Bentinho depara-se com sua mãe saindo da sala. Relutante, o garoto tenta contar para a mãe sobre sua vontade e temendo que o filho esteja doente, ela puxa o narrador para o quarto. Lá, Bento demonstra desânimo quanto sua ida ao seminário e ao invés de contar a respeito de Capitu, justifica o sentimento pela saudade que sentiria da mãe. 
D. Glória se sensibiliza, mas insiste que ele iria gostar do seminário e que aquilo tudo era manha. Replicando, o narrador ordena que a mãe pedisse a Deus para desfazer a promessa (em vão). Ao sair do quarto, Bentinho percebe que sua mãe queria desfazer o trato, mas não havia outra possibilidade. 
> Passividade de Bentinho com a mãe.
Capítulo 42: Capitu refletindo 
• No dia seguinte, Bentinho vai até a casa de Capitu, que estava despedindo-se de duas amigas do colégio: Paula e Sancha. O garoto percebe que a amiga estava com um lenço na cabeça e a mesma explica que estava bem, somente preocupada com o que ouviu na casa dos Santiago. Então, Bento conta sobre sua conversa com a mãe + avisa que ele seria mandado em 2 ou 3 meses para o seminário e Capitu fica desapontada, enxugando os olhos. 
> O fato dela não ter chorada aponta mais um sinal de dissimulação da personagem.
A menina pede para que o narrador repita a conversa com D. Glória e Bentinho faz com medo de que a amada perdesse a esperança e o interesse nele. Capitu permanece pensativa. 
Capítulo 43: Você tem medo?
• Subitamente, Capitu encara e pergunta se Bentinho teria medo de apanhar, de ser preso, de brigar, de andar, de trabalhar. Sem resposta para a pergunta, Capitolina o chama de medroso e encerra a conversa, explicando que a dor de cabeça voltara e que ela precisa descansar. 
Os dois seguem até o quintal e se despedem, porém resolvem ficar sentados na borda no poço. Ela comenta novamente a separação deles e opta por fazer desenhos no chão com um graveto. 
Capítulo 44: Primeiro filho
• Então, Capitu pede para que Bentinho responda com sinceridade uma pergunta: ele a preferia ou sua mãe.
Desconcertado, ele não entende a pergunta e a garota insiste: se ela estivesse prestes a morrer, ele seria capaz de largar o seminário e ir contra sua mãe para vê-la. Bento cede e diz que sim e assim, Capitu sorri e escreve uma palavra no chão: mentiroso. 
Os dois iniciam um diálogo cheio de ironia e Santiago faz um pedido: Que Capitu só se confesse com ele e que ele seja o padre de seu casamento. Comovida, ela diz que ele demoraria muito para ser padre, mas que ele poderia batizar seu primeiro filho.
Capítulo 45: Abane a cabeça, leitor (O surto)
• O narrador pedepara que o leitor abane a cabeça e feche o livro, mas que acredite na veracidade daquelas palavras e maneiras feitas por Capitu. Enquanto ele imaginava espantado o casamento e o filho da namorada com algum outro, ela apenas sorria. 
Capítulo 46: As pazes
• Iniciando as pazes, Capitu olha ternamente para Bentinho, que coloca seu braço ao redor da cintura da menina e a mesma dá-lhe a mão. D. Fortunata aparece e desaparece da porta de casa, talvez apenas para confirmar o que ela já imaginava.
Ambos continuavam encostados e pediam perdão de forma recíproca, tomando as culpas para si.
Capítulo 47: "A senhora saiu"
• Bentinho questiona o motivo da amiga ter perguntando se ele tinha medo de apanhar e Capitu diz que tinha ouvido que os meninos apanham no seminário.
Bento comenta que a "mentira era como uma criada que mente ao dizer que a senhora saiu" + que ele ficou contente com isso, preferindo a mentira do que a verdade.
Capítulo 48: Juramento do poço
• Após refletir sobre a situação, Bentinho exclama que "não seria assim": ele pede para que Capitu jure se casar somente com ele e a mesma rapidamente concorda. Melhorando a promessa, Capitu faz com que os dois jurem se casar entre si - evitando que permaneçam solteiros e quebrem o juramento do poço. 
Bento iria tratar o seminário como uma escola qualquer e assim, não se ordenaria padre. 
Capítulo 49: Uma vela aos sábados 
• Bentinho e Capitu passam a fazer planos sobre seu futuro juntos: morariam numa casa longe da cidade, numa casa modesta com flores, móveis e um oratório. E para completar a promessa divina, iriam acender uma vela aos sábados
Capítulo 50: Um meio-termo
• Meses depois, Bentinho vai para o seminário de S. José entre lágrimas suas e de sua mãe. Entretanto, Padre Cabral propõe um meio-termo: se no fim de dois anos, Bento não revelasse vocação eclesiástica, seguiria outra carreia. 
D. Glória fica feliz, mas insiste que o garoto deveria ser padre + José Dias pede para que o menino aguente um ano pelo menos. Capitu aconselha da mesma forma e passa a receber mais atenção de Glória, sendo chamada de "filha" pela mesma.
O narrador encerra o capítulo, reservando o próximo para contar a respeito da despedida dos apaixonados.
Capítulo 51: Entre luz e frasco 
• Na casa dos Pádua, Bentinho e Capitu se despedem na sala de visitas, retornando o juramento do casamento e se beijando. 
Capítulo 52: O velho Pádua 
• Pádua também resolve se despedir e visita Bentinho em seu quarto. O vizinho aconselha o garoto e aproveita a oportunidade para oferecer a companhia de sua família, caso D. Glória ou Tio Cosme morressem. "Tartaruga" também pede uma lembrança e o Bento dá-lhe um cacho de cabelo, pensando que Capitu ficaria encarregada de cuidar do presente.
> Necessidade de Pádua em diferenciar-se de um parasita.
Capítulo 53: A caminho
• Preparando-se para ir ao seminário, Bentinho é agraciado com despedidas de todos, tanto seus parentes quanto suas escravas. 
Na véspera da ida, José Dias aconselha o garoto a aguentar um ano e depois, eles poderiam ir para a Europa. Bento demonstra interesse em estudar medicina no Brasil e é desestimulado pelo agregado, menosprezando a área.
Capítulo 54: Panegírico de Santa Mônica
• O narrador informa que ele não escreveria nenhum capítulo a respeito de sua passagem pelo seminário. 
No entanto, Bentinho comenta sobre um colega seminarista, que se tornou chefe de uma seção administrativa, e seu "panegírico" - texto, discurso elogioso para uma santa.
> Inicia com a intenção de não falar sobre o seminário, mas seus pensamentos fazem o oposto.
Capítulo 55: Um soneto
• Diante de uma cópia do panegírico recebida de presente, Bentinho relembra seu soneto. Após inúmeras tentativas e modificações, o narrador revela que nunca terminou a estrutura e deixa o trabalho para que algum desocupado possa concluir.
Capítulo 56: Um seminarista 
• Lembrando de seus companheiros de seminário, Bentinho comenta sobre Ezequiel de Sousa Escobar. 
> Rapaz esbelto, olhos claros e mãos, pés e fala fugitivos. Filho de um advogado curitibano, ele era 3 anos mais velho que Bentinho e tinha sorriso instantâneo.
A amizade dos dois inicia-se através de pedidos de explicações e repetições miúdas e estende-se até Escobar comentando sobre as cartas afetuosas de sua irmã. Bento compara a alma com uma casa e como naquela época ele não era "Dom Casmurro", Escobar empurrou as "portas" e entrou. Até que...
> Nem todos saíram seminaristas e assim, optaram por outras vocações como médico e senador. 
Capítulo 57: De preparação 
• O narrador comenta que houve uma história considerada indecente em sua vida, que ele cogitou contá-la em latim.
Porém, ele opta por contar no próximo capítulo, sendo este um capítulo "de preparação".
Capítulo 58: O tratado
• Numa segunda-feira, voltando para o seminário, Bentinho e José Dias assistem uma senhora cair na rua e durante a queda, suas meias e ligas apareceram. Durante a noite, o garoto passa a ser "assombrado" pela imagem de meias e ligas e para resolver a situação, ele propõe um tratado mental: as visões seriam apenas encarnações de seus vícios, e por isso seriam contempláveis. 
Capítulo 59: Convivas de boa memória 
• O narrador comenta que sua memória não é boa e que seu livro pode até ter falhas, mas elas podem ser preenchidas pelos leitores.
Capítulo 60: Querido opúsculo 
• O narrador saudoso reflete sobre as lembranças que o panegírico lhe trouxe, assim como o pregão das cocadas. No entanto, ele conclui que só quem viveu, sabe / consegue sentir saudades.
Capítulo 61: A vaca de Homero
• Durante uma visita, José Dias informa que toda a família estava sofrendo de saudades de Bentinho, principalmente sua mãe. 
Inquieto, ele expressa seu desejo de sair logo e José informa que ele tem um plano: Sugerindo que o garoto comece a tossir, Dias informa que a falta de vocação e a necessidade de mudar de ares por conta de uma suposta doença seriam os principais argumentos para convencer D. Glória.
Ao final do capítulo, Bentinho pergunta por Capitu. 
> Evidente objetivo de José Dias por trás do plano (Ano e mês da viagem traçados).
Capítulo 62: Uma ponta de Iago
• José relata que Capitu andava alegre e que se ela não pegasse algum peralta da vizinhança...
Diante dessa informação, Bentinho empalidece e é tomado por "um sentimento cruel e desconhecido, o puro ciúme". Refletindo, ele percebe que alguns meninos olhavam para Capitu - ele, tão senhor dela, pensava que os olhares eram para si por admiração ou de inveja alheia - e que sua alegria confirmava a suspeita que ela já namorava outro. Além disso, nele surge um ímpeto de atirar-se pelo portão, descer o resto da ladeira, correr, chegar à casa do Pádua, agarrar Capitu e intimar que confessasse quantos, quantos, quantos beijos o peralta lhe dera. Contudo, Bentinho não faz nada e combina uma visita para sua casa no dia seguinte.
> O capítulo referencia o personagem Iago, de William Shakespeare, que elabora um plano para destruir a vida de outros dois personagens. O nome do vilão aparece na literatura como sinônimo de ciúme, inveja e intriga.
> (Sant)iago. 
Capítulo 63: Metades de um sonho
• Antes de chegar o dia da visita (sábado), Bentinho sonhava com Capitu e antes que pudesse ter algum "momento" a sós, ele acorda. O narrador pontua que a força para voltar a dormir e permanecer com a amada era mais interessante do que o sonho em si.
Capítulo 64: Uma ideia e um escrúpulo (???)
• O narrador afirma que ao ler o capítulo anterior teve uma ideia, mas era tão banal que ele teve escrúpulo (receio) de escrevê-la. Depois disso, ele tem uma reflexão sobre o ato de sonhar.
Capítulo 65: A dissimulação
• Depois de um tempo, Bentinho acostuma-se com a vida no seminário e comenta que os padres, os rapazes e principalmente Escobar gostavam muito dele. Cogitando contar sua situação para o amigo, Bento é repreendido por Capitu e obedece a seu pedido para ficar calado e passar mais tempo com a saudosa mãe. 
Em uma visita, D. Glória pergunta para Capitu se o filho seria um bom padre e a garota respondesim, cheia de convicção. Puto, ele procura a amada para tirar satisfação e a mesma comenta que eles deviam agir de forma dissimulada para matar qualquer suspeita. Tal exemplo se confirma em um almoço, onde Capitu comenta que Bento seria o padre de seu casamento e todos riem e ficam interrogativos. 
Ao final do capítulo, Bentinho concorda com a namorada que eles iriam enganam toda esta gente.
Capítulo 66: Intimidade
• Passando a frequentar mais a casa de D. Glória, a presença de Capitu passa a incomodar Prima Justina. 
Segundo Bentinho, Prima Justina "não sentia bem com pessoa alguma", exceto com o marido que estava morto - em vida andavam às brigas e os últimos seis meses acabaram separados conforme dito por Tio Cosme. Quando D. Glória ficou doente e nomeou Capitu como enfermeira, Justina perguntou se ela não tinha o que fazer em casa e chamou-lhe de interesseira. 
Capítulo 67: Um pecado 
• Com uma forte febre, D. Glória pede para que a família chame Bentinho.
José Dias é encarregado de buscar o garoto sem dar muitas explicações, deixando-o receoso e desconfiado. Até que uma "esperança" passa pelo coração do menino: “Mamãe defunta, acaba o seminário". O narrador, depois, desculpa-se e argumenta que a sugestão "foi um instante, menos que um instante, o centésimo de um instante". 
Chegando em casa, Bento verifica que sua mãe estava queimando em febre e promete rezar 2.000 padre-nossos, caso Glória ficasse boa. Ele também se desculpa com algum padre leitor, explicando que seria seu último uso desse recurso. 
Capítulo 68: Adiemos a virtude
• A narrador reconhece que muitos não confessariam o pensamento do capítulo anterior, mas ele o fez por buscar manter sua "essência", sem abrir mão de seus pecados e virtudes. Segundo ele, todos nascem com certo n° de pecados e virtudes e os dois formam "casais" durante a vida, um compensando o outro.
Capítulo 69: A missa
• Necessitando agradecer pela melhora da mãe e pedir perdão pelo seu pecado (de desejá-la morta), Bentinho vai à missa.
Capítulo 70: Depois da missa
• Ao final da missa, Bentinho encontra com Sancha e seu pai Gurgel na porta da igreja. Eles perguntam por D. Glória e pedem para que o garoto almoce com eles. Mesmo recusando, Bento descansa na casa da família e tem uma longa conversa a respeito de sua minha idade, seus estudos, sua fé, conselhos para quando fosse padre. 
Indo embora, o menino é agraciado com um gesto largo de despedida do viúvo.
> Sancha é descrito como não feia e com nariz grosso como o do pai.
Capítulo 71: Visita de Escobar
• Voltando para casa, Bentinho é visitado por Escobar: ele estava preocupado com o amigo e ficou tranquilo ao saber que D. Glória estava bem.
Todos os familiares simpatizam com a figura de Escobar:
- Tio Cosme o convida para jantar;
- José Dias observou que seus olhos eram dulcíssimos; 
- Prima Justina achou que era um moço muito apreciável, não achando nenhum defeito.
Na casa, o hóspede estava mais solto que o normal e ganhava mais intimidade com Bentinho, chegando a comentar que seu pai era um homem de coração puro ao ver o retrato. Ao despedir-se de Escobar, Bento é surpreendido e interrogado por Capitu sobre quem era seu amigo de quem se despediu tão afetuosamente. 
Capítulo 72: Uma reforma dramática 
• O narrador divaga sobre o poder do "destino" em alterar o rumo de uma história, tal como o dramaturgo em uma peça. Ele, então, propõe que as peças comecem pelo fim: "Otelo" começaria pelo assassinato e terminaria com a declaração de amor do casal.
Capítulo 73: O contrarregra 
• O narrador também afirma que o "destino" é contrarregra de sua história: ordena entrada dos personagens, opera efeitos sonoros... Assim o destino "coloca em cena" um dândi que olhava para Capitu e a mesma olha para ele. Diante disso, Bentinho fica enciumado e sai da rua depressa para a sala de visitas.
Capítulo 74: A presilha
• Na sala de visitas, tio Cosme e José Dias conversavam. Vendo José, Bentinho lembra-se do que o agregado falou no seminário (“Aquilo, enquanto não pegar algum peralta da vizinhança, que case com ela...”) e rapidamente, remete à imagem do cavaleiro. Aproveitando a retirada de Cosme da sala, Bento pensa em questionar se realmente havia algo entre Capitu e os peraltas do bairro. Porém, ele teme pela resposta e distraí o agregado com sua presilha aberta para correr ao quarto. 
Capítulo 75: O desespero
• Em seu quarto, Bentinho chora e tem devaneios: jura não ver Capitu nunca mais e fazer-se padre + já ordenado, ele veria a amada chorando de arrependimento e iria tratá-la com desprezo. Vindo visitar D. Glória no resto da tarde, a garota ria e falava alto e Bentinho permanecia em seu quarto com "a vontade de cravar-lhe as unhas no pescoço, enterrá-las bem, até ver-lhe sair a vida com o sangue..."
Capítulo 76: Explicação
• Na manhã seguinte, Bentinho simula um incômodo para não ir ao seminário e interrogar Capitu. Questionada, a garota começa a chorar e é amparada por Bento, beijando suas mãos com tanta alma. Sendo assim, ela confessa que não conhecia o rapaz e se houvesse algo entre eles, a troca de olhares seria dissimulada + ia casar com uma moça de outra rua. 
Assim, ela promete nunca mais ir à janela e depois do garoto suplicar para que mude de ideia, Capitu faz com que ele prometa que na próxima suspeita contra ela, tudo estaria dissolvido entre eles. Bento aceita e jura que aquela seria a primeira e última suspeita. 
Capítulo 77: Prazer das dores velhas
• O narrador reflete que dores de sua adolescência o fazem sentir prazer, uma vez que ele refere tais aborrecimentos do que outros que ele não quer lembrar por nada.
Capítulo 78: Segredo por segredo
• Necessitando contar para alguém seu segredo, Bentinho escolhe Escobar.
Ele revela sua insatisfação em ser padre e é surpreendido pelo mesmo desejo no amigo, que tem o propósito e a paixão de ser comerciante. 
Bento revela que "uma pessoa..." é responsável pelo seu desgosto quanto ao seminário. Não demora muito para que o garoto conte sobre Capitu para Escobar, chegando a convidar o rapaz para conhecê-la.
Capítulo 79: Vamos ao capítulo
• Após ser convidado para jantar com a família de Bentinho, Escobar elogia D. Glória de "adorável'. Tal elogio faz o narrador relembrar um fato que tornou a mãe mais santa do que era e decide desvendar em um capítulo específico, no caso o próximo capítulo.
Capítulo 80: Venhamos ao capítulo
• É revelado que a tristeza de D. Glória adiou a ida de Bentinho ao seminário até que alguém a lembrou. Mesmo contraída, ela mandou o filho para o seminário e abriu suas portas para Capitu. Considerando que o amor dos dois seria uma justificativa para "trazer Bento de volta", ela passou a considerar essa união como uma deliberação divina.
> O narrador compara a situação com o episódio bíblico de Abraão levando o filho para ser sacrificado e no último momento, recebendo a bênção de ter ouvido Deus mesmo contra sua vontade.
Na comparação, Capitu seria o anjo vindo anunciar que o sacrifício de Bentinho não era mais necessário.
Capítulo 81: Uma palavra
• Durante uma visita, D. Glória pede para que o filho visite Capitu na casa de Gurgel e quando Prima Justina insinua que a garota estava ausente por está namorando, Bentinho deseja "matá-la" com um olhar furioso. Porém, ele não o faz e tomado pela insinuação, corre à Rua dos Inválidos.
Chegando na casa, Bento é recebido por Gurgel desalinho e triste: Sancha estava com febre e ele já cogitava suicídio caso a filha morresse. Capitu aparece e avisa que a enferma queria conversar com o pai + Capitu e Bentinho conversam em um tom baixo e abafado que nem as paredes ouviram.
Capítulo 82: O canapé 
• A única testemunha da conversa foi o canapé em que eles se sentam. Capitu conta a respeito do quadro clínico de Sancha e Bentinho comenta sobre o apoio da mãe para que ele fosse visitar a amada. Ouvindo isso, a garota afirma: " Seremos felizes!" e Bento repete o mesmo desejo, apertando as mãos da namorada.
Capítulo 83: O retrato
• Retornando para a sala, Gurgel informa que a doente deseja a presençade Capitu. A menina levanta-se, manda lembranças à D. Glória e Prima Justina e caminha para o corredor, deixando Bentinho incrédulo com nenhum ar de mistério deixado pela jovem.
> Possível sentimento de inveja por Capitu (Como era possível que Capitu se governasse tão facilmente e eu não?).
Após observar como Capitu estava ficando "moça", Gurgel direciona o olhar para um retrato e pergunta se a mulher era parecida com Capitu. 
Buscando sempre concordar com a opinião do interlocutor, Bento responde que sim e o anfitrião revela que aquela era sua esposa falecida, semelhante em aparência e comportamento com a menina.
> Todos que conheceram a finada achavam que ela realmente parecia com a filha dos Pádua. Era um consenso comum que "as feições eram semelhantes, a testa principalmente e os olhos. Quanto ao gênio, era um; pareciam irmãs". 
> Na vida há dessas semelhanças assim esquisitas.
Capítulo 84: Chamado
• Voltando satisfeito da visita, Bentinho é surpreendido pelo chamado de um homem grisalho e mal vestido, avisando que o filho Manduca havia morrido há meia hora e convidando Bento para o velório. 
Bentinho sente-se desconfortável, pois ele entendia o sofrimento daquele pai, mas não queria interromper seu momento contente com um episódio fúnebre (O mal foi que os dois casos se conjugassem na mesma tarde, e que a morte de um viesse meter o nariz na vida do outro). Insatisfeito, o garoto implica até com a hora de falecimento de Manduca.
Capítulo 85: O defunto
• Confuso, Bentinho entra no velório e faz uma comparação de como tudo estava mais "vivo" fora do que dentro da casa. Ao deparar-se com o corpo do falecido, Bento sente um mal estar por causa de como a lepra havia deixado o corpo do rapaz. Questionado pelo velho se o menino iria ao enterro, o garoto fiz que iria se a mãe permitisse e saí depressa dali. 
Capítulo 86: Amai, rapazes!
• Em casa, Bentinho tenta rapidamente esquecer o aspecto repugnante do corpo pensando mais na sua vida e na cara fresca e lépida de Capitu.
Capítulo 87: A sege
• Pensando sobre o enterro do Manduca, Bentinho considera a ideia interessante de comparecer através de um carro alugado. Então, ele lembra-se da sege de seu pai e de como gostava de espiar pela janela as pessoas curiosas, deduzindo quem estaria dentro da carruagem. O narrador também recorda que a sege antiga só estava em posse da família pelo desejo de D. Glória de ter uma lembrança do marido + sua necessidade de acumular bens antigos.
Capítulo 88: Um pretexto honesto
• O narrador revela então o verdadeiro motivo de ir ao enterro: no dia seguinte, ele não precisaria ir ao seminário e usando o pretexto de saber o estado de Sancha, poderia ter uma visita mais demorada com Capitu.
Assim, ele fica determinado a fazer o pedido para a mãe.
Capítulo 89: A recusa
• Relutante que o filho fosse perder mais um dia de seminário, D. Glória pede uma segunda opinião à Prima Justina e a mesma comenta que nunca viu amizade entre Bentinho e Manduca.
Contando o caso ao agregado, o garoto descobre que Justina não queria “o lustre" de Bento no enterro. Diante disso, o menino fica amuado com a recusa e depois de pensar, passa a considerar a intenção como boa.
> Preocupação de Justina com o status da família.
Capítulo 90: A polêmica
• No dia seguinte, Bentinho passa na frente da casa do defunto e relembra o episódio que uniu os jovens. Por conta da doença, Manduca viva recluso em sua cama e seu único recreio era espiar os passantes pela rua. Durante uma visita à loja, ele e Bento conversaram a respeito da guerra da Criméia e verificaram que cada um tinha uma opinião contrária.
Assim, eles iniciam um debate amigável e intenso através de cartas, onde pontos eram apresentados sobre a vitória ou derrota dos Aliados e dos russos em Constantinopla. Apesar da polêmica ter animado bastante os dias de Manduca, Bentinho logo cansa-se da troca de correspondências e foca em outras preocupações. 
Capítulo 91: Achado que consola
• Refletindo, o narrador considera sua relação com Manduca como um alívio e esse achado o consola-me, uma vez que proporcionou 2 ou 3 meses de felicidade a um pobre-diabo, fazendo-lhe esquecer o mal e até pagando alguns dos muitos pecados de Bentinho. 
Capítulo 92: O diabo não é tão feio como se pinta
• Ainda refletindo sobre Manduca, o narrador alerta que "o diabo não é tão feio como se pinta", referindo-se ao falecido: sua opinião antirrussa dava algum consolo ao corpo desfeito pela doença. Da mesma forma que o jardineiro de Bentinho dava estrume de porco para ter violetas mais perfumadas.
Capítulo 93: Um amigo por um defunto
• Num domingo, Escobar preocupa-se com Bentinho e vai até a casa do amigo, chegando a segurar a mão do narrador durante cerca de 5 minutos. Durante o jantar, D. Glória agradece pela amizade e o visitante responde com polidez, destacando as qualidades, aprimorada educação, os bons exemplos e “a doce e rara mãe” do companheiro. Além da matriarca, todos os membros da família agradecem a Escobar:
- José Dias desfecha 2 superlativos;
- Tio Cosme dá 2 casacos compridos; 
- Prima Justina não lhe coloca nenhum defeito até o 2° ou 3° domingo, confessando que o garoto era um tanto intrometido e tinha olhos policiais.
Comentando a respeito de um elogio de D. Glória (mocinho muito sério), Bento percebe um prazer extraordinário e conta sobre a vida de seus pais e a grande quantidade de posses da família para Escobar. Ao final do capítulo, os dois caminham pela propriedade com o narrador valorizando aquela boa hora do mundo e Escobar dizendo que Glória era um anjo dobrado.
> A riqueza da família Santiago com uma enorme quantidade de escravos (Escobar comenta que haviam cativos com "Todas as letras do alfabeto" + outros estavam alugados) e de casas grandes alugadas (Comprido, Cidade-Nova, Catete).
Capítulo 94: Ideias aritméticas
• Além de elogiar e pensar, Escobar sabia calcular bem e depressa, destoando das letras e enaltecendo os números. Depois de ouvir a defesa de Bentinho em prol da ortografia, Escobar pede para que seja desafiado e garante que consegue dar a soma total das casas alugadas de D. Glória. Diante de muitos escritos, Escobar consegue dar o resultado exato em pouco tempo e prova que as ideias aritméticas são mais simples e naturais. Entusiasmado com a facilidade mental do amigo, Bento o abraça no meio do pátio do seminário e é chamado a atenção por um padre, então ele aproveita o momento para fortalecer a amizade dos dois com um aperto apertado de mão.
Capítulo 95: O Papa
• Com esperanças de ir à Europa, José Dias avisa que tem um novo plano: iria com Bentinho até Roma e lá, pediriam o perdão pelo descumprimento da promessa ao Papa. Bento pede para que o agregado adie um pouco o ato de contar a proposta para D. Glória, uma vez que ele deseja consultar Capitu e Escobar antes da decisão.
Capítulo 96: Um substituto 
• Ouvindo a ideia do agregado, Capitu fica triste e crê que Bentinho irá esquecer-se dela na Europa. Não achando outra ideia, ela faz Bento jurar que ele voltaria dentro de 6 meses. 
Escobar também demonstra tristeza com o plano até que ele tem uma nova ideia: D. Glória podia muito bem entregar um sacerdote que não fosse o filho e assim, ela poderia adotar um órfão e fazê-lo ordenar padre. 
Aproveitando essa deixa, Escobar também sairia do seminário e se voltaria para o comércio.
Capítulo 97: A saída
• D. Glória hesitou um pouco, mas acabou cedendo para a proposta após consultar o padre Cabral. Ao final dos 17 anos, Bentinho finalmente sai do seminário.
O narrador revela que aquele devia ser o meio do livro e opta por resumir meses e anos de sua vida em alguns capítulos devido sua inexperiência, como por exemplos suas emoções de petulância e atrevido aos 17 anos, cercado de moças.
Capítulo 98: 5 anos
• Ocorre um salto temporal e um Bentinho de 22 anos apresenta-se como bacharel em Direito. Além dele, outros haviam mudado:
- D. Glória começara a envelhecer;
- Tio Cosme sofria do coração e precisava descansar;
- Prima Justina estava mais idosa;
- José Dias envelhecia, porém continuavalépido e viçoso diante das conquistas de Bento;
- D. Fortunata falecera;
- Pádua aposentou-se;
- Escobar negociava café e continuava muito próximo do amigo, sendo o 3° na troca das cartas entre Bentinho e Capitu.
- Sancha casa-se com Escobar e através da forte amizade entre elas, passa a apelidar Capitu de "cunhadinha".
> O desinteresse de Capitu em tornar Escobar como amigo e só aceitando após a "desistência" de José.
Capítulo 99: O filho é a cara do pai
• Voltando do bacharel, Bentinho é recebido entre lágrimas por sua mãe, destacando o filho era a cara do pai. Tio Cosme fortalece o argumento, dizendo que o rapaz "tinha alguma coisa, os olhos, a disposição do rosto. Era o pai, um pouco mais moderno [...]". 
É descrito que o substituto também estava prestes a ordenar-se dentro de um 1 ano e que todos da casa chamavam Bento de doutor, como também os escravos, as visitas, Pádua e a filha.
> Semelhança de Bentinho com o pai (exceto pelo bigode).
Capítulo 100: “Tu serás feliz, Bentinho!”
• Desfazendo suas malas ao lado de José Dias, Bentinho escuta a voz de uma ‘‘fada’’ lhe dizendo "Tu serás feliz, Bentinho!".
Questionando em voz alto o motivo dele não ser feliz, Bento percebe que estava falando sozinho e acaba iniciando uma conversa com o agregado a respeito de Capitu. Ele descobre que após a morte da mãe, a vizinha tomou todas as responsabilidades da casa e D. Glória considera a moça como uma boa nora por ser boa, discreta, prendada, amiga da gente. 
Semanas depois, Bento pede o apoio da mãe para casar-se com a namorada e ela aceita com o prenúncio: “Tu serás feliz, meu filho!”.
> Comparação da fada com as feiticeiras da Escócia: “Tu serás rei, Macbeth!”
> Após a morte da mãe, Capitu fica responsável pela distribuição do dinheiro, contas, rol das despesas, cuida de mantimento, roupa, luz.
Capítulo 101: No céu
• ENFIM, BENTINHO E CAPITU SE CASAM em março de 1865. No alto da Tijuca, os momentos nupciais do casal são descritos com teor religioso, citando trechos bíblicos sobre o amor entre mulheres e homens. 
Capítulo 102: De casada
• Toda a semana de lua-de-mel foi passada em uma casa na Tijuca. Lá, os dois conversavam e riam sobre a longa espera de namorados, os anos de adolescência, a denúncia e o festejo de José Dias com a união. Depois de um tempo, Bentinho percebe que Capitu estava impaciente pra descer e ela revela que seus parentes deviam estar receosos pela falta de notícias e principalmente, que desejava ver o estado do pai.
Descendo para a cidade, Bentinho entende que Capitu desejava mostrar-se como casada para a sociedade, assim ela passa a inventar passeios para que todos vissem e invejassem o jovem casal.
Capítulo 103: A felicidade tem alma boa
• José Dias foi o único a visitar o casal na Tijuca. Cheio de abraços e elogios, o agregado conseguiu convencer os dois de sua boa intenção e fez com que eles se esquecessem do passado, de quando ele era contra a união.
Capítulo 104: As pirâmides
• Ao final de 2 anos de casados, tudo corria bem nas palavras do narrador:
- José Dias dividia-se entre os almoços da rua Matacavalos e os jantares na casa de Glória;
- Pádua falecera;
- Tio Cosme estava por pouco de morrer;
- D. Glória continua com uma boa saúde;
- Bentinho era advogado de clientes ricos e seu único grande desgosto era não ter um filho.
É descrito que Escobar ainda permanecia amigo de Bentinho como Capitu tinha uma forte amizade com Sancha. Inclusive, os dois casais alternavam de jantar em suas respectivas casas aos domingos e despediam somente por volta de 21, 22 ou 23H. 
Diante do nascimento da filha do casal amigo, Capitu pedia a vinda da criança em suas orações e Bentinho orava de forma antecipada antes da graça desejada, diferente de quando ele era criança. 
> Relembrando os dias de lazer em Andaraí (bairro de Escobar e Sancha) e Glória (bairro de Bentinho e Capitu), o narrador sente que "a vida e o resto não sejam tão rijos como as Pirâmides" (Por que será?);
> Em dado tempo, o narrador "ouve falar de uma aventura do marido [Escobar], negócio de teatro, não sei que atriz ou bailarina, mas se foi certo, não deu escândalo".
Capítulo 105: Os braços
• O narrador descreve a esposa Capitu como uma figura que gostava de rir e divertir-se. Quando eles iam a passeios ou espetáculos, Capitolina arrumava-se com graça e modéstia. 
A vida do casal era tranquila: Quando não estavam com família e com amigos ou não iam a algum espetáculo ou serão particular, os dois passávamos as noites na janela de casa, mirando o mar e o céu ou passeando pela praia. 
Bento admirava Capitu por diversas qualidades, mas uma das principais era seus braços nus. Em um determinado baile, Bentinho chega a ficar vexado e aborrecido com o fato de os homens olharem para os braços da amada.
Ao confessar tal situação para Escobar, ele é apoiado pelo amigo que iria convencer Sancha a ir de mangas comprimidas e depois de saber a situação, Capitu também opta por usar um tecido em cima dos braços.
Capítulo 106: 10 libras esterlinas
• O narrador comenta como Capitu era poupada de coisas usadas como também de dinheiro.
Em certa ocasião, o casal estava na praia e enquanto Bentinho dava-lhe uma "aula" de astronomia, a esposa olhava para o mar com força e concentração. Interrogada, Capitu revela que estava fazendo uma conversão de cédula em ouro para descobrir uma certa parcela que faltava. Depois de ajudar a mulher com a conta, Bentinho recebe de Capitu 10 libras esterlinas restantes do dinheiro mensal para as despesas. Questionando quem tinha ajudado com a conversão, ela revela que Escobar tinha sido seu corretor.
No dia seguinte, Bento vai até o armazém de Escobar e o amigo diz que iria contar a respeito do segredo em seu escritório, além disso ele comenta que Sancha não possuía a mesma habilidade que Capitu.
Capítulo 107: Ciúmes do mar
• Diante do episódio das 10 libras esterlinas, Bentinho fica preocupado com a desatenção de Capitu e passa a ter "ciúmes do mar", ou seja, ele gostaria de saber o que Capitu realmente tinha na cabeça quando fitou o horizonte. 
Contudo, ele demostra está bem após 10 minutos, revelando que "seus ciúmes eram intensos, mas curtos". 
Ao final do capítulo, o narrador explica que tudo ficou bem entre o casal depois de tal situação e que Escobar também estava mais pegado ao amigo, fazendo visitas mais regulares e conversas mais íntimas.
Capítulo 108: Um filho 
• Indo a Andaraí, Bentinho e Capitu viam a filha de Escobar e Sancha e invejavam a criança graciosa, gorducha, faladeira e curiosa.
Porém, as invejas morreram e as esperanças nasceram quando o casal finalmente conseguiu gerar um filho robusto e lindo. Após o nascimento, o narrador é tomado por uma enorme alegria e atenção com a criança. Os dois receberam a ajuda de D. Glória, Sancha e Escobar, onde a amiga de Capitu passava os primeiros dias + noites e o amigo de Bentinho jantava. 
A amizade de Bentinho e Escobar fortaleceu-se tanto durante esse período que eles firmaram um pacto de casar seus filhos entre si. Além disso, Bento cogita indicar o amigo como padrinho de seu filho, porém ele desiste da ideia diante do pedido de Tio Cosme debilitado pela doença. 
> A homenagem nos nomes dos filhos de ambos os casais (Capituzinha e Ezequiel). 
> Bentinho comete o mesmo erro da mãe ao fazer uma promessa em cima do filho pequeno?
Capítulo 109: Um único filho
• Com mais um salto temporal, um Ezequiel de cinco anos é apresentado, sendo descrito como um rapagão bonito com os olhos claros e inquietos. Considerando que Ezequiel foi filho único, seus pais eram extremamente cuidadosos com a criança. 
> O fato de Ezequiel ter sido o único filho do casal é apontado como um dos elementos da possível traição. 
Capítulo 110: Rasgos da infância
• O narrador dedica o capítulo para relatar rasgos da infância do filho. Por volta de 5 e 6 anos, Ezequiel mostrava-se uma criança temperamental, tendo momentos de introversão ("metia-se às vezes consigo") e extroversão ("agitava-se todo e instava por ir persuadir às vizinhas que os doces dados pelo pai eram docesdeveras"). Além do gosto por doce, o menino gostava muito de música e demonstrava ter interesse por diversas profissões, como médico, militar, ator e bailarino. 
Durante um dia na chácara de Escobar, o garoto chega a pedir silêncio dos pais para assistir um gato matando um rato.
> O excesso de mimos de Bentinho;
> A semelhança curiosidade de Capitu e Ezequiel.
Capítulo 111: Contado depressa
• Refletindo sobre o caso do gato e rato, o narrador manifesta seu amor e respeito pelos animais através de um episódio envolvendo um cachorro.
Após o nascimento de Ezequiel, Capitu ficou com febre e 3 cães latiam toda a noite na rua Matacavalos. Para resolver o problema, Bento resolve matar os bichos com bolas de carne envenenadas após ele não encontrar o fiscal responsável. Na noite do crime, Bentinho desiste da ideia depois de um dos animais demonstrar carinho/confiança nele. 
Capítulo 112: As imitações de Ezequiel
• O narrador comenta que Ezequiel não seria capaz de dar bolas envenenadas, porém perseguiria os cães com pedras ou pau. Mas, o comportamento agressivo do filho não chama a atenção do casal e sim, sua habilidade de imitar os outros: "Imita os gestos, os modos, as atitudes; imita prima Justina, imita José Dias; já lhe achei até um jeito dos pés de Escobar e dos olhos...".
Observando o menino, Bentinho comenta que imitava os adultos quando ele estava com raiva na infância. Capitu responde que não gosta das imitações do filho e quando questionada pelo marido se gostava dele menino, ela ri.
Capítulo 113: Embargos de terceiro
• Mesmo tendo um filho e alguns anos de casamento, Bentinho continuava ciumento com Capitu, onde "um vizinho, um par de valsa, qualquer homem, moço ou maduro, enchia-lhe de terror ou desconfiança". Por outro lado, Bento recebia propostas de mulheres bonitas e rejeitava todas por todo seu amor está direcionado para a esposa, pensando nela no trabalho e indo sempre ao teatro com ela. 
Certo vez, Capitu adoeceu e pediu para que o marido fosse assistir uma ópera sozinho. Saindo no 1° ato, Bentinho encontra com Escobar na porta de casa para tratar sobre embargos de terceiro. O narrador explica que havia saído só por conta da doença da mulher e o convida para entrar e lá dentro, Capitu mostra-se saudável e explica que ela mentiu para que o marido pudesse ter uma noite de diversão sozinho. Bento desconfia dessa versão e ao final do capítulo, Escobar brinca que a "cunhadinha" estava tão "doente" quanto eles.
Capítulo 114: Em que se explica o explicado
• O narrador retoma o fato dele e Capitu esquecerem o "pregão das cocadas" para concluir que os juramentos podem ser esquecidos naturalmente sem que isso seja um pecado terrível, uma vez que ninguém é capaz de prever se lembrará do que foi jurado.
Capítulo 115: Dúvidas sobre dúvidas
• Voltando para os embargos, Bentinho esclarece para o amigo que os processos não valiam nada e o convida para tomar um chá. Durante o chá, o narrador percebe que Escobar olhava desconfiado, contudo, ele deixa tal suspeita de lado por conta da amizade dos dois. 
Bento questiona a esposa sobre a visita do amigo e ela responde que Escobar devia estar preocupado mesmo com os embargos. Na mesma conversa, Capitu avisa que D. Glória estava sendo fria e arredia com ela + Ezequiel. Argumentando que isso seria "coisas de sogra", Bento leva a família para jantar com os parentes. Na volta, Capitu torna-se mais amável com o marido, vendo-o chegar e sair para o trabalho ao lado do filho.
Capítulo 116: Filho do homem
• Ao questionar José Dias sobre a estranheza de D. Glória, Bentinho descobre que a mãe ainda direcionava louvores incessantes para “bela e virtuosa Capitu” e que ela não visitava a família do filho por conta de seus reumatismos. 
Durante uma visita, José chama Ezequiel de "filho do homem" e irrita Capitu. Então, o agregado pede para que o “profetazinho” imite ele e rapidamente, Capitu repreende o menino para que ele não o faça. No final do capítulo, Ezequiel surpreende todos com a imitação de Dias e é repreendido pela mãe.
> O reumatismo de Glória justificava apenas a interrupção das visitas, e não a frieza de como ela tratava a família do filho; 
> Ezequiel conseguia imitar todos com precisão, chegando a chamar elogios de José e beijos de Glória;
> Ezequiel repetia constantemente os gestos de Escobar (Alguns dos gestos já lhe iam ficando mais repetidos, como o das mãos e pés de Escobar; ultimamente, até apanhara o modo de voltar a cabeça deste, quando falava, e o de deixá-la cair, quando ria.).
Capítulo 117: Amigos próximos 
• Escobar muda-se para uma casa no bairro Flamengo e ao visitar a residência do amigo falecido, o narrador experimenta boas sensações antigas. Devido à distância de uma praia entre os bairros, as duas famílias tornaram-se mais próximas, inclusive os filhos dos casais que já estavam parecidos.
Bentinho observa que tal semelhança era explicada pela mania de imitação do Ezequiel e Escobar concorda, comentando que crianças que se frequentam muito acabam parecendo-se umas com as outras. Ao final do capítulo, o pacto de Bentinho e Escobar não se concretiza pela revelação de que seus filhos não casaram entre si.
Capítulo 118: A mão de Sancha
• Contudo, tudo acaba. Num domingo, a família tinha ido para o Flamengo na companhia de José Dias e Prima Justina.
Lá, Escobar convida o casal para um jantar no dia seguinte, onde ele falaria sobre um projeto para os 4. Após sua retirada, Sancha revela para Bentinho o projeto: uma viagem à Europa dentro de 2 anos. Após contar o segredo, Bento percebe que Sancha o encarava com olhos quentes e intimativos. 
Distanciando-se da amiga, Escobar puxa conversa e revela para o companheiro que pretende entrar no mar amanhã, uma vez que ele costuma entrar no mar agressivo para nadar bem, ter pulmões e braços fortes. Após obedecer ao pedido de apalpar os braços de Escobar e imaginar que eles eram de Sancha, Bento acha os membros mais grossos e fortes que os dele e passa a ter inveja. 
Na despedida, Sancha aperta mão de Bentinho de modo forte e demorado, fazendo com que ele não consiga esquecer inteiramente a mão e olhares de Sancha. 
Recolhendo-se em seu gabinete, o narrador encara o retrato do amigo e combate seus impulsos, rejeitando a figura da mulher do amigo. No final do capítulo, Bentinho prefere acreditar que Sancha estava muito interessada na viagem e por isso, apertou sua mão daquela forma. Ele também admite que sua timidez devia ter provocado tal sensação e tenta anular esse desejo ao dormir.
> A intensidade de como gestos alheios impulsionam as emoções de Bentinho. 
> O fato curioso de ter um retrato de Escobar ao lado de D. Glória no gabinete de Bentinho.
> A "luta" sentimental travada após o aperto de mãos. 
Capítulo 119: Não faça isso, querida! 
• O narrador pede à leitora do livro que não feche ao perceber o rumo ao "abismo", uma vez ele mudará rumo da história.
Capítulo 120: Os autos
• Na manhã seguinte, livre das alucinações, Bentinho toma seu café, lê jornais e estuda seus autos/processos judiciais, enquanto Capitu e prima Justina saem para a missa.
Durante seu trabalho, ele chega a olhar para o retrato de Escobar tirado 1 ano antes e diante da dedicatória do amigo (“Ao meu querido Bentinho o seu querido Escobar. 20-4-70"), ele esquece completamente as recordações da véspera.
Capítulo 121: A catástrofe
• Então, Bentinho ouve passos precipitados na escada, barulho da campainha e de palmas, golpes na cancela e ao abrir a porta, escuta o seguinte chamamento de um escravo de Sancha: "Para ir lá... sinhô nadando, sinhô morrendo".
Assim, Bento se veste, deixa um recado a Capitu, corre para o Flamengo e no caminho, descobre a verdade: Escobar arriscou nadar fora do seu limite costumeiro, foi enrolado pelo mar e morreu. 
Capítulo 122: O enterro
• Chegando na praia, Bentinho pede que Capitu e Prima Justina amparem Sancha, enquanto ele toma conta dos detalhes do enterro. 
Com um grande número de pessoas interessadas na vida e na morte de Escobar, Bento escreve um curto discurso para proclamar no cemitérioe ao mostrar para José Dias, sua homenagem é aprovada. Ao recordar o tempo do seminário, as relações, as simpatias e a amizade com Escobar, o narrador chega em casa e expressa suas emoções num papel, fazendo um novo discurso.
Capítulo 123:  Olhos de ressaca 
• No final do velório, a despedida de Sancha consternou a todos, fazendo com que muitos homens e mulheres chorassem. No entanto, Capitu mantinha-se firme, consolando a melhor amiga ao seu lado. 
Bentinho cessa suas lágrimas ao observar que "os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos; como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã". 
Capítulo 124: O discurso
• Bento prosseguiu com as formalidades do enterro, carregando o caixão do amigo e contendo seu impulso emocional de jogar o morto na rua. No cemitério, todos os olhos estavam direcionados para Bentinho e total silêncio imperava até que José Dias lembrou que aquele era o momento do discurso. Por conta de lembrar as memórias, as saudades, os louvores e os méritos do melhor amigo, o narrador lê o texto aos trambolhões e é compreendido/aprovado pelos presentes.
Capítulo 125: Uma comparação 
• O narrador compara sua situação com a história em que Príamo sentia-se o mais infeliz dos homens por ter beijado a mão de Aquiles, que havia matado seu filho Heitor, de modo semelhante que ele fez elogios ao amigo que havia recebido olhares viúvos da esposa.
Capítulo 126: Cismando
• No carro, voltando para casa, Bentinho rasga seu discurso e é contrariado por José Dias que elogia o discurso, o enterro, o finado, sua esposa amantíssima...
Diante do longo discurso do agregado, Bento sai do carro e comenta que iria a pé para casa. No caminho, o narrador consegue deixar que a cabeça cismasse à vontade: Sancha realmente era uma viúva amantíssima devido seu desespero no velório e Capitu não devia ser infiel por não ter dissimulado seu choro para o morto. Por ordem lógica e dedutiva, Bentinho se convence que tudo tinha sido motivado pela barafunda de ideias e sensações e chegando na porta de casa, ele toma outro caminho por conta das dúvidas que afligiam e da necessidade de afligir Capitu com a demora. 
Capítulo 127: O barbeiro
• Perto de casa, Bentinho encontra um barbeiro conhecido tocando um instrumento. Observando a cena, o narrador descreve o profissional deixou de atender 2 clientes e continuou a tocar, então uma roda de curiosos se forma e Bento retorna para casa.
Ele comenta que nunca esqueceu o episódio por ter sido uma boa ação ou estar ligado a um grave momento de sua vida.
Capítulo 128: Punhado de sucessos
• Voltado para casa, Bentinho encontra Prima Justina, José Dias e Capitu na sala. Enquanto todos falavam do desastre e da viúva, Capitu cuidou de censurar a imprudência de Escobar e expressar a tristeza pela dor de Sancha, comentando sobre como a amiga recusou 2 pedidos de dormir próximo dela. Dias comenta que a viúva não conseguiria olhar para o mar e essa observação inicia uma conversa, fazendo com que Capitu saísse e ao retornar chorando para o recinto, ela abraça o marido e revela que pensou na situação de Capituzinha e na aflição de Sancha ao verificar o filho dormindo.
No dia seguinte, Bento expressa arrependimento por ter rasgado o discurso por ser uma lembrança do finado amigo. Além disso, ele cuida de realizar o inventário de Escobar, encontrando diversas memórias que eles trocaram juntos. 
Na segunda, o narrador depara-se com jornais dedicados à Escobar e na terça, ele descobre uma carta deixada no testamento do amigo, cujas palavras fizeram Capitu chorar muito.
Ao final do capítulo, é revelado que Sancha mudou-se para a casa de parentes no Paraná pouco tempo depois. 
> A insatisfação de Bentinho por suas ações impulsivas (Pensa em muitas maneiras de recuperar o discurso). 
Capítulo 129: A D. Sancha
• O narrador pede para que D. Sancha, caso esteja lendo este livro, não prossiga com a leitura da obra. O flerte entre eles daquele sábado anterior à morte de Escobar era fruto de sua ilusão, mas o que virá nos próximos capítulos é indelével. Assim, ele pede para que a amiga fique em paz para que possam realizar um reencontro no céu.
Capítulo 130: Um dia...
• Notando o marido calado e aborrecido, Capitu pede para que ele vá a Europa, Minas, Petrópolis ou em uma série de bailes, remediando sua melancolia. Diante da insistência, Bentinho responde que seus negócios andavam mal e então, sua esposa sorri numa tentativa de animá-lo e comenta que eles poderiam viver sossegados e esquecidos num beco se vendessem joias e objetos de valor até os negócios melhorarem. Bento responde secamente que não era preciso vender nada e volta a ficar calado e aborrecido. Assim sendo, Capitu lhe propõe jogar cartas ou damas, um passeio a pé, uma visita a Matacavalos e como o esposo não aceitou nada, ela vai até para a sala, abre o piano e começou a tocar, fazendo com que Bentinho aproveite sua ausência e sai de casa.
O narrador explica que esse capítulo deveria ser precedido de outro explicando um incidente após a partida de Sancha e como custa altera o número de páginas, deixa assim mesmo e conta o ocorrido no capítulo seguinte. 
Capítulo 131: Anterior ao anterior 
• Era o começo de 1872 e a vida do narrador voltara a ser outra vez doce e plácida: Bentinho estava ganhando muito, Capitu estava mais bela e Ezequiel ia crescendo.
Depois de um jantar, Capitu repara que o filho possuía olhos com uma expressão esquisita, vista somente em duas pessoas: um amigo de seu pai e Escobar. Bento concorda e diz que o filho tinha os "olhos de Escobar", mas isso não lhe pareceu esquisito por haver mais que meia dúzia de expressões no mundo e que muitas semelhanças se dariam naturalmente. Olhando para a esposa, Bentinho elogia seus olhos e é retribuído com um gesto que o encanta. 
Contudo, esse não era necessariamente o incidente e pede para que o leitor foque nos olhos de Ezequiel. 
> O alerta de Capitu quanto aos olhos do filho pode ser uma defesa de sua fidelidade.
Capítulo 132: O debuxo e o colorido (O início do fim!)
• Então, o narrador começa a achar que Ezequiel era o debuxo/o rascunho que ia sendo colorido com a cara, o corpo e a pessoa inteira de Escobar. 
Assim, Bento passa a tolerar a "figura de Escobar vinda da sepultura, do seminário e do Flamengo" para sentar em sua mesa, recebê-lo na escada, lhe beijar no gabinete de manhã ou pedir bênção à noite. Quando a esposa e o filho estavam ausentes, ele era tomado por um grande desespero era grande e "jurava matá-los a ambos, ora de golpe, ora devagar, para dividir pelo tempo da morte todos os minutos da vida embaraçada e agoniada". 
Diante das brigas contínuas e terríveis do casal, Capitu opta por colocar Ezequiel num colégio e permite que ele só visse os pais aos sábados. Contudo, a ausência temporária do filho não resolveu a situação e "a volta de Escobar mais vivo e ruidoso" fazia com que Bentinho não jantasse em casa e só entrasse quando o filho estivesse dormindo. Para piorar a situação, Ezequiel demonstra um grande apego pelo pai que correspondia isolando-se em seu gabinete e saindo para passear pela cidade.
Capítulo 133: Uma ideia
• Numa sexta-feira, considerada como o dia do agouro, Bentinho tem uma certa ideia negra. Ele comenta que a vida é tão bela ao ponto da ideia de a morte vir de alguém vivo para que ela possa ser cumprida e pede que o leitor leia o outro capítulo.
Capítulo 134: O dia de sábado 
• Depois de uma noite sem conseguir dormir, a ideia saiu finalmente do cérebro de Bentinho e prosseguiu com ele até o amanhecer. O narrador não se recorda bem do restante do dia, somente que ele escreveu algumas cartas e comprou uma substância, cujo nome não é revelado para despertar o desejo de prová-la no leitor.
Então, Bento vai até a casa da mãe para se despedir de todos, acreditando que sua família estava relativamente melhor ("Tudo ali me pareceu melhor nesse dia, minha mãe menos triste, tio Cosme esquecido do coração, prima Justina, da língua") e assim,abrindo mão do projeto.
Capítulo 135: Otelo
• De noite, Bentinho vai ao teatro assistir à peça Otelo, tendo seu contato com a obra pela primeira vez. 
Durante o último ato, ele assimila sua vida com a peça e compreende que é Capitu quem deve morrer: Diferente de Desdêmona e suas palavras amorosas e puras, Capitu era culpada e "um travesseiro não bastaria; era preciso sangue e fogo, um fogo intenso e vasto, que a consumisse de todo, e a reduzisse a pó, e o pó seria lançado ao vento, como eterna extinção". 
No restante da noite, vagando pelas ruas, o narrador contempla as últimas horas da noite e as primeiras do dia, despedindo-se da cidade. Voltando para seu gabinete às 6 da manhã, Bento tira o veneno do bolso e escreve 2 cartas para a esposa: A primeira por ser longa e difusa é queimada e a segunda, clara e breve, falava só de Escobar e da necessidade de morrer.
> As semelhanças da obra com a peça:
· Capitu e Desdêmona encontravam-se envolvidas numa situação dramática que culmina com trágico desfecho. Para Capitu, porém, a situação é ainda mais complexa, pois o filho é usado como prova do adultério em comparação com o lenço de Desdêmona;
· Bentinho e Otelo viram a morte de suas esposas como solução para a enganosa infidelidade. Otelo, em sua personalidade mais sanguinária, parte para o ato evidente, estrangulando Desdêmona, reparando sua honra numa atitude movida pela emoção e insanidade. Já Bentinho, um homem que prezava pelas convenções sociais, buscou uma solução mais racional, embora covarde, em ignorar Capitu, retirando-a aos poucos de seu convívio.
> A necessidade de Bentinho querer culpar Capitu pela sua morte.
Capítulo 136: A xícara de café 
• O seu plano era esperar o café, dissolver nele a droga e ingeri-la. Até lá, Bentinho ocupa-se lendo sobre vida de Platão estirado no canapé, assim como figuras históricas fizeram antes do suicídio. Então o copeiro traz o café, Bento se ergue, guarda o livro e vai para a mesa, despejando a substância na xícara e relembrando o espetáculo da véspera. Quando ia beber, ele cogita esperar que Capitu e o filho saíssem para a missa e passeia pelo gabinete. De surpresa, Ezequiel entra, abraça os joelhos do pai e estica-se na ponta dos pés numa tentativa de dar um beijo, enquanto Bentinho recua até dar de costas com a estante.
> A necessidade de Bentinho em fazer do suicídio um "espetáculo dramático" (devido à questão do orgulho). 
> A manifestação de incômodo do pai pelo filho até nos momentos finais.
Capítulo 137: Segundo impulso
• O narrador revela que se não tivesse olhado para Ezequiel, ele teria sucumbido ao primeiro impulso de correr ao café e bebê-lo. Contudo, a presença do filho e o gesto de beijar sua mão fez com que ele tivesse um segundo impulso criminoso: 
"Inclinei-me e perguntei a Ezequiel se já tomara café. 
— Já, papai; vou à missa com mamãe.
— Toma outra xícara, meia xícara só. 
— E papai?
— Eu mando vir mais; anda, bebe!"
Com Ezequiel de boca aberta, Bentinho estava disposto a fazer com que a xícara caísse pela goela abaixo do filho, mas recua! Colocando a xícara em cima da mesa, ele beija doidamente a cabeça do menino enquanto diz que não era seu pai.
Capítulo 138: Capitu que entra
• Quando o narrador levanta a cabeça, a figura de Capitu mostra-se diante dele, já que a esposa sempre informava para o marido quando saía (mesmo que o próprio nem olhasse para ela), e pede para o filho saia do recinto. 
Pedindo uma explicação para as lágrimas de Bentinho e Ezequiel e não sabendo do episódio da xícara, Capitu ouve as mesmas palavras do final do capítulo anterior: "Não, não, eu não sou teu pai!". Assim, uma grande estupefação parte de Capitu e ela pede o motivo de tal injúria vinda de um homem tão cioso dos menores gestos que nunca revelou a menor sombra de desconfiança. 
Relutante, Bento não disse tudo e mal consegue mencionar os supostos amores de Escobar sem proferir-lhe o nome. Capitu ri e responde num tom juntamente irônico e melancólico:
 — Pois até os defuntos! Nem os mortos escapam aos seus ciúmes!
Ao final do capítulo, ela se ergue, olha com desdém e murmura para o marido que sabia que a casualidade da semelhança era a razão da suspeita. 
Capítulo 139: A fotografia 
• De modo repentino, Ezequiel entra no gabinete, avisando a mãe a respeito da hora da missa. 
Involuntariamente, Bentinho e Capitu olham para a fotografia de Escobar, e depois um para o outro. A partir disso, o narrador interpreta o gesto como uma confissão pura e silenciosa da esposa, que puxa o filho e saí para a missa.
> A interpretação de Bento quanto ao olhar de Capitu para a fotografia.
Capítulo 140: Volta da igreja 
• Perdendo o gosto pela morte, Bentinho acha uma outra solução que garantiria sua reparação, isto é, "justiça" e aguarda pelo regresso da esposa.
Ao voltar da igreja, Capitu revela que confiou a Deus todas as suas amarguras e demonstra que a separação deles era indispensável, estando às ordens do marido. Bento responde que ia pensar e fariam o que ele pensasse.
Ao final do capítulo, o narrador relembra todos os casos que "sua cegueira não pôs malícia".
> A evidente confusão mental em que Bentinho encontrava-se ao tomar tal decisão ("[...] Ezequiel ia ter comigo ao gabinete, e as feições do pequeno davam ideia clara das do outro, ou eu ia atentando mais nelas.").
Capítulo 141: A solução 
• Então, a família parte para a Suíça. Lá, uma professora do Rio Grande fica de companhia a Capitu e de auxiliadora com a língua materna a Ezequiel. Regulada a situação, Bentinho retorna para o Brasil sozinho.
Depois de alguns meses, Capitu manda cartas afetuosas e saudosas, pedindo que o narrador fosse vê-la. Um ano depois, Bento embarca para o país, mas não procura pela mulher e repete a viagem com o mesmo resultado. Na volta, ele mente para todos que queriam notícias de Capitu e revela que as viagens de navio eram feitas para simular as visitas e enganar a opinião pública.
> Preocupação de Bentinho de como ele seria visto pela sociedade após a separação. 
Capítulo 142: Uma santa
• O narrador deixa evidente que José Dias não o acompanhou em nenhuma das viagens à Europa, devido ser o principal cuidador de tio Cosme quase inválido e de D. Glória que envelhecera depressa. Mesmo estando velho, Dias sempre se despedia de Bentinho a bordo em lágrimas e na última viagem do patrão, ele recusa o convite de embarcar e avisa que iria para uma outra Europa, a eterna...
Bento destaca que Glória foi a primeira a morrer e comenta sobre a história de sua sepultura com uma única indicação: Uma santa. 
Capítulo 143: O último superlativo
• José Dias passa a morar com Bentinho e diz para o patrão que não se separaria dele, mesmo recebendo uma pequena herança de D. Glória - o narrador suspeitava que o agregado queria "enterrá-lo". 
É revelado que Dias correspondia-se com Capitu, pedindo que ela mandasse o retrato de Ezequiel (desejo não realizado por conta do adiamento de Capitu) e contasse sobre o velho amigo do pai e do avô, "destinado pelo céu a amar o mesmo sangue”.
Mas logo José Dias adoeceu e morreu sereno, após uma agonia curta. Pouco antes de sua morte, ele ouviu que o céu estava lindo, pediu para que abrissem a janela e olhando para fora, após alguns instantes, deixou cair a cabeça, murmurando: Lindíssimo! (Sua última palavra).
Capítulo 144: Uma pergunta tardia
• Diante da morte do agregado, Bentinho comenta que poucos vão chorar sua morte por morar longe e sair pouco, fazendo-se recluso.
Refletindo sobre a casa que construiu em Engenho Novo, o narrador responde uma pergunta tardia do leitor: Por que não impediu de demolir a própria casa velha e reproduziu uma nova? A razão era que, logo depois da morte de mãe, a casa não o ‘‘reconheceu’’ após uma longa visita de inspeção (não havia sentimento de identificação, nostalgia, posse, etc.).
Capítulo 145: O regresso
• Num certo dia, na casa de Engenho Novo, Bentinho vestia-se para almoçar quando recebe um cartão escrito: EZEQUIEL A. DE SANTIAGO.
Pedindo para que o rapaz espere na sala, o narrador veste-se às pressas e toma ares

Continue navegando