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Administração Financeira Avançada - E-book 2

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Paulo Altman
ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA 
AVANÇADA
E-book 2
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO ����������������������������������������������������������� 3
CUSTO DE CAPITAL ������������������������������������������������ 5
ESTRUTURA DE CAPITAL DA EMPRESA ����������11
CÁLCULO DO CUSTO DE CAPITAL �������������������21
CONSIDERAÇÕES FINAIS ������������������������������������31
SÍNTESE �������������������������������������������������������������������� 32
2
INTRODUÇÃO
A principal razão de existir de uma empresa é maxi-
mizar os investimentos que nela são realizados para 
criar valor e potencializar a riqueza de seus proprietá-
rios. Neste módulo, você compreenderá que o custo 
de capital é uma ferramenta financeira, contábil e 
econômica que envolve os custos de oportunidade 
dos investimentos. Fundamentalmente, o custo de 
capital de um projeto de investimento é o custo da 
oportunidade e aplicar determinado valor que via-
bilize a realização do projeto. Melhores decisões 
financeiras são tomadas por meio desse raciocínio 
essencial referente ao uso de capital.
Qualquer negócio ou projeto empresarial necessita 
de fundos para investimento. Isso é a essência do 
início e expansão das empresas. Ao analisar e decidir 
sobre diferentes fontes de investimento, o gerente 
financeiro realizará a estrutura de capital da empresa. 
Nessa estrutura de capital, os recursos próprios e de 
terceiros são considerados como fontes de operacio-
nalização e desenvolvimento da empresa. Portanto, 
uma importante questão para os resultados empre-
sariais que você terá a oportunidade de entender é 
a relação entre fontes de capital próprio e o uso de 
financiamentos e empréstimos.
3
Por fim, a taxa de retorno necessária para que os 
projetos de investimento sejam realizados será abor-
dada no final deste módulo. Você, então, irá deter-
minar como a ponderação entre capital próprio e de 
terceiros e a taxa de retorno esperada em cada tipo 
de fonte de financiamento influenciam em um custo 
médio do capital utilizado como base para determinar 
a viabilidade financeira dos investimentos.
4
CUSTO DE CAPITAL
O custo do capital é o retorno esperado por investi-
dores e financiadores de capital para um projeto de 
investimento. No contexto das finanças empresa-
riais, investidores integralizam capital no Patrimônio 
Líquido da empresa por meio de investimentos dire-
tos ou compra de ações. Por sua vez, financiadores 
de investimentos de longo prazo efetuam emprés-
timos que compõem o Passivo Não Circulante. Os 
objetivos de ambos são identificados como remune-
ração de seus respectivos investimentos (capitais). 
Portanto, investidores e financiadores de projetos 
de investimento empresariais esperam um retorno 
sobre seus investimentos. Esse retorno esperado 
chama-se custo de capital.
Acesse o Podcast 1 em Módulos
O custo de capital representa uma fronteira estabe-
lecida por uma taxa (também chamada de taxa de 
desconto) que determina os projetos considerados 
viáveis e os projetos inviáveis do ponto de vista eco-
nômico financeiro. Oportunidades de investimento 
que superam o custo de capital são reconhecidas 
como viáveis e podem, mediante outros critérios 
que serão vistos mais adiante, compor o orçamento 
de capital da empresa. Assim, você pode entender 
o custo de capital como uma taxa mínima exigida 
como retorno sobre os investimentos.
5
Na perspectiva dos investidores, o custo de capital 
é uma ferramenta ou um marco que estabelece um 
padrão de desempenho para os resultados da em-
presa, a fim de garantir resultados e maximizar seu 
valor. Consequentemente, o custo de capital exerce 
um papel de grande relevância no processo de to-
mada de decisão da gestão financeira. Considere 
os seguintes objetivos empresariais, com o uso do 
conceito de custo de capital:
Maximizar o valor da empresa: custo de capital total 
é uma ponderação do custo de capital próprio e do 
custo de capital de terceiros. Com vistas à maxi-
mização do valor da empresa, gerentes financeiros 
procuram determinar o melhor equilíbrio entre esses 
dois tipos de origem de recursos para os projetos de 
investimento.
Decidir sobre orçamento de capital: determinar o 
custo de capital correto significa aprovar e viabilizar 
projetos de investimentos que irão gerar os resulta-
dos de criação de valor esperados e estabelecidos 
no planejamento estratégico.
Gerenciar capital de giro: como o valor do inves-
timento em projetos também envolve o capital de 
giro para sua operação, o custo de capital indica os 
critérios que devem ser estabelecidos para gerenciar 
os recebíveis (clientes a pagar) e o custo financeiro 
dos estoques.
6
Determinar a estrutura de capital: os gerentes finan-
ceiros e analistas projetam e procuram estabelecer 
uma estrutura de capital ideal para a empresa. Como 
exposto acima, a estrutura de capital é a proporção 
de passivo (dívida) e PL (patrimônio líquido). Procura-
se minimizar o custo total do capital para que o valor 
criado (riqueza) pela empresa seja maximizado.
Avaliar o desempenho financeiro: proprietários e 
acionistas avaliam o desempenho dos executivos 
da empresa por meio da comparação entre o retorno 
realizado pelos projetos de investimento e o custo 
total do capital.
FIQUE ATENTO
O que é “custo de capital”?
Custo de capital é o retorno necessário para fa-
zer um projeto de orçamento de capital, como a 
construção de uma nova fábrica, valer a pena. 
Quando analistas e investidores discutem o custo 
do capital, eles normalmente se referem à média 
ponderada do custo da dívida e do custo do patri-
mônio de uma empresa combinados. A métrica 
de custo de capital é usada: pelas empresas in-
ternamente para julgar se um projeto de capital 
vale o gasto de recursos; e por investidores que o 
utilizam para determinar se um investimento vale 
o risco, em comparação ao retorno. O custo do 
capital depende do modo de financiamento utili-
zado. Refere-se ao custo do patrimônio líquido, se 
o negócio for financiado exclusivamente por meio 
7
do patrimônio líquido, ou ao custo da dívida, se 
for financiado exclusivamente por meio da dívida. 
Muitas empresas usam uma combinação de dívida 
e patrimônio para financiar seus negócios e, para 
essas empresas, o custo total de capital é derivado 
do custo médio ponderado de todas as fontes de 
capital, conhecido como custo médio ponderado 
de capital (WACC).
Cost of Capital Definition. In: Investopedia. 
Disponível em: https://www.investopedia.com/
terms/c/costofcapital.asp
O desempenho e a capacidade da empresa em gerar 
riqueza para seus proprietários são financeiramente 
medidos e comparados por meio do custo de capi-
tal. Projetos de investimento somente devem ser 
aprovados pela gestão financeira se acusarem, pelo 
menos, uma taxa de retorno maior que o custo de 
capital. Não obstante, a contabilidade e a economia 
também utilizam o conceito. Uma outra nomenclatura 
que você precisa saber e dominar acerca do custo 
de capital é o custo de oportunidade.
Em economia, o custo de oportunidade de um inves-
timento significa o valor da alternativa com o valor 
mais alto que se aproxime desse investimento.
Se, por exemplo, você gasta tempo e dinheiro indo ao 
cinema, não pode gastar esse tempo em casa lendo 
um livro e não pode gastar o dinheiro em outra coisa. 
Se a sua melhor alternativa para assistir ao filme for ler 
o livro, o custo de oportunidade para assistir ao filme 
8
é o dinheiro gasto mais o prazer que você renuncia ao 
não ler o livro. (HENDERSON, 2020).
Nos termos mais contábeis, o custo de capital 
é o custo da dívida de longo prazo (Passivo Não 
Circulante) após impostos, ponderado com o custo 
do Patrimônio Líquido.
REFLITA
Reflita sobre este trecho do artigo Cost of Capital: 
“A estimativa do custo de capital é uma tarefa de-
safiadora. O custo de capital não é observável, mas 
deve ser estimado. Chegar a uma estimativa de 
custo de capital requer uma série de premissas e 
estimativas. Outro desafio é que o custo de capi-
tal aplicadoapropriadamente a um investimento 
específico depende das características desse in-
vestimento: quanto mais arriscado o fluxo de caixa 
do investimento, maior o seu custo de capital. Na 
realidade, uma empresa deve estimar custos de 
capital específicos do projeto. O que geralmente 
é feito, no entanto, é estimar o custo de capital da 
empresa como um todo e, em seguida, ajustar esse 
custo corporativo geral de capital para cima ou 
para baixo para refletir o risco do projeto contem-
plado em relação ao projeto médio da empresa.”
Disponível em:
https://www.cfainstitute.org/en/membership/pro-
fessional-development/refresher-readings/2020/
cost-capital
9
Mas como o custo de capital funciona na gestão 
financeira?
A determinação do custo de capital é, em última análise, 
realizada pelo mercado. Isso acontece porque, na práti-
ca, ele significa o nível de risco que os investidores per-
cebem. Como a relação decisiva é a de risco e retorno, 
dois investimentos de igual retorno serão comparados 
pelo grau de risco que oferecem. Investidores (o merca-
do) escolhem, nesse caso, o que oferecer menor risco.
Assuma que determinada empresa considere renovar 
suas instalações de produção. A reforma custará $ 
500.000 e a economia será de $ 100.000 por ano, 
nos próximos cinco anos. Existe um risco que essa 
projeção não ocorra e a economia esperada não 
se realize. A empresa tem a opção de aplicar os $ 
500.000 em títulos de outra empresa que oferecem 
o mesmo risco e retornam 12% a.a.
A reforma projeta 20% de retorno (100.000 / 500.000) 
e é uma melhor alternativa para o capital de empresa 
porque projeta um retorno maior com menor risco.
Esse retorno esperado para o investidor (20%) é o 
custo que a empresa tem ao realizar o investimen-
to, pois o investidor vai absorver o ganho que ele 
projetou. Como você estudará adiante, o custo total 
de capital de uma empresa é uma combinação de 
retornos exigidos para compensar credores e acio-
nistas. Isso é denominado custo médio ponderado 
de capital e define-se por meio dos custos médios 
ponderados de patrimônio e dívida da empresa.
10
ESTRUTURA DE CAPITAL 
DA EMPRESA
A estrutura de capital indica a origem dos recursos da 
empresa que são aplicados nos ativos necessários 
para as operações da empresa. Dessa maneira, o 
crescimento da empresa por meio de projetos de in-
vestimento se inicia numa estrutura de financiamento 
que garante a obtenção dos recursos pretendidos. 
Essa estrutura de financiamento é composta por em-
préstimos, ou seja, dívidas no passivo da empresa, e/
ou por meio do capital dos acionistas, isto é, recursos 
próprios indicados no Patrimônio Líquido. Também é 
importante lembrar que o capital operacional relativo 
à necessidade de caixa, estoques e prazos para clien-
tes efetuarem pagamentos (capital de giro) também 
são obtidos por meio de dívidas de curto prazo ou 
investimentos dos sócios proprietários.
Estrutura de capital é, portanto, uma parte percentu-
al de recursos em dinheiro que é empregado como 
recurso (capital) para a empresa funcionar, por cate-
goria de origem. Assim, você pode entender que uma 
parte do capital da empresa é próprio, por exemplo, 
25%. Outra parte é originada de empréstimo, ou seja, 
o capital é de terceiros, por exemplo, 75%. Ou seja, há 
duas categorias de capital: dos proprietários (sócios) 
e de dívida (terceiros).
11
SAIBA MAIS
“A decisão mais importante que uma empresa 
toma na busca de maximizar seu valor é, normal-
mente, a decisão sobre quais produtos fabricar e/
ou quais serviços oferecer. A decisão sobre como 
financiar investimentos (por exemplo, em fábricas 
e equipamentos), a chamada decisão de estrutura 
de capital, é frequentemente vista como menos 
importante, até secundária.”
Capital Structure. In: Chartered Financial Analyst 
Institute. Disponível em:
https://www.cfainstitute.org/en/membership/pro-
fessional-development/refresher-readings/2020/
capital-structure
O balanço patrimonial é o demonstrativo financeiro 
que informa a origem e a aplicação de recursos da 
empresa. O lado do passivo e patrimônio líquido in-
dicam a origem dos recursos, enquanto o ativo se 
refere às aplicações. Assim, você pode identificar a 
estrutura de capital (dívida e patrimônio) por meio 
do balanço. É importante saber identificar que, no 
Passivo Circulante, você encontrará a origem de re-
cursos operacionais (capital de giro) financiados por 
terceiros. No Passivo Não Circulante você identificará 
as dívidas de longo prazo que fazem parte da origem 
de recursos para imóveis e equipamentos por meio 
de empréstimos. Por fim, no Patrimônio Líquido, você 
será capaz de identificar os recursos próprios (origi-
nados por meio dos proprietários da empresa).
12
A análise realizada na estrutura de capital é relativa 
à parte da origem dos recursos que são de terceiros 
em relação à parte dos recursos que têm origem nos 
proprietários ou sócios da empresa. Essa relação é 
dada por Passivo dividido pelo Patrimônio Líquido, 
ou seja, ( P / PL ). A relação Passivo / Patrimônio 
Líquido revela o quanto da origem dos recursos é 
financiada por terceiros. Observe:
Passivo = $ 600.000
Patrimônio Líquido = $ 400.000
Passivo / Patrimônio Líquido = 600.000 / 400.000 = 1,5
Interpretação: para cada $ 1 investido pelos proprietários da 
empresa $ 1,5 foram adicionalmente obtidos por empréstimo.
Quanto maior for esse número, maior é a participação 
de dívida e mais arriscada a empresa se torna. Por 
outro lado, a fonte de financiamento de terceiros é 
uma importante estratégia para acelerar o cresci-
mento da empresa. Ainda, as dívidas também se 
traduzem em vantagens fiscais porque são deduzidas 
de imposto. Os juros pagos provenientes de dívidas 
reduzem o imposto de renda a pagar.
Por exemplo, considere uma empresa que apresenta 
lucro $ 100.000 e paga 40% de imposto sobre o lucro. 
Essa empresa pagaria $ 40.000 de impostos. Agora, 
considere que essa empresa fez empréstimos e paga 
$ 10.000 de juros. Seu lucro passa a ser de $ 90.000 
e seus impostos são reduzidos para $ 36.000. Essa 
redução precisa ser considerada para os cálculos de 
custo de capital que você estudará na próxima seção.
13
O capital de dívida apresenta diversos tipos. Observe 
alguns exemplos:
 ● Debêntures de longo prazo: empresas listadas 
em bolsa podem emitir debêntures e conseguir em-
préstimos a taxas menores e maiores prazos que 
normalmente os bancos oferecem.
 ● Financiamento de investimentos (longo prazo e 
capital de giro): no Brasil, o BNDES (Banco Nacional 
de Desenvolvimento Econômico e Social) oferece 
créditos específicos para fomento de negócios com 
taxas competitivas e prazos de carência para paga-
mento, no caso de empréstimo de longo prazo.
 ● Fornecedores: o prazo para pagamento de forne-
cedores é uma forma de financiamento do capital de 
giro, pois a empresa pode obter benefício de receber 
do cliente e pagar o fornecedor depois.
 ● Crédito bancário: os bancos múltiplos oferecem 
uma diversidade de crédito para o curto prazo e li-
nhas de financiamento no longo prazo. Eles também 
podem atuar como representantes do BNDES.
O patrimônio líquido é geralmente mais caro para a 
empresa, pois os proprietários tendem a exigir um 
retorno maior que os credores. A diferença é a não 
exigência legal de reembolso das expectativas de 
retorno dos sócios. Já as dívidas do passivo são exi-
gíveis legalmente. Taxas de juros baixas favorecem 
pedir empréstimos. Já o aumento das taxas de juros 
inibe os sócios de realizarem muitos empréstimos.
14
Normalmente, a origem de recursos próprios pode 
ser identificada no Patrimônio Líquido nestas duas 
categorias:
 ● Capital social: o valor integralizado pelos sócios 
na origem do empreendimento.
 ● Lucros retidos: valores de resultado das opera-
ções que permanecem na empresa para financiar 
sua expansão.
Acesse o Podcast 2 em Módulos
De fato, há vantagens e desvantagens em cada uma 
das categorias de origem de recursos para empresas 
que formam a estrutura docapital. Isso se aplica 
para qualquer tamanho de empresa. O importante 
é buscar o equilíbrio entre capital próprio e capital 
de terceiros de forma a balancear risco com retorno 
(rentabilidade) do negócio. A questão é tomar deci-
sões de financiamentos e empréstimos que ajudem 
no crescimento sem colocar em risco os negócios.
Otimizar a estrutura de capital da empresa significa 
buscar alcançar dois objetivos: maximizar o valor 
de mercado da empresa e minimizar o custo do seu 
capital.
Como você observou acima, financiar a dívida pode 
ser benéfico porque é um menor custo para empresa 
(os proprietários tendem a pedir maior retorno que 
os credores) e reduz imposto a pagar. Portanto, é 
preciso encontrar um equilíbrio entre os benefícios 
15
da dívida e os riscos que ela acarreta. O aumento 
de risco, por sua vez, deriva em maiores custos no 
capital próprio, pois os investidores irão pedir maior 
retorno mediante maior risco.
REFLITA
Reflita sobre este comparativo do artigo What is 
Capital Structure?
Prós e contras do patrimônio:
- Nenhum pagamento de juros
- Nenhum pagamento fixo obrigatório (os dividen-
dos são discricionários)
- Sem datas de vencimento (sem reembolso de 
capital)
- Possui propriedade e controle sobre os negócios
- Tem direito a voto (normalmente)
- Tem um alto custo implícito de capital
- Espera uma alta taxa de retorno (dividendos e 
valorização do capital)
- Última reivindicação sobre os ativos da empresa 
em caso de liquidação
- Oferece flexibilidade operacional máxima
Prós e contras da dívida:
- Tem pagamentos de juros (normalmente)
- Tem um cronograma de pagamento fixo
- Primeira reivindicação sobre os ativos da empre-
sa em caso de liquidação
16
- Requer convênios e métricas de desempenho 
financeiro que devem ser atendidas
- Contém restrições à flexibilidade operacional
- Tem um custo menor que o patrimônio líquido
- Espera uma taxa de retorno menor do que o pa-
trimônio líquido
Disponível em:
https://corporatefinanceinstitute.com/resources/
knowledge/finance/capital-structure-overview
Minimizar o custo de capital significa viabilizar mais 
investimentos para empresa e reduzir a exigência de 
retorno sobre esse capital. Quanto menor o custo 
de capital, mais valor a empresa tende a criar para 
seus proprietários e, portanto, há uma maximização 
da riqueza.
Como pode ser complexo identificar a estrutura de 
capital ideal e praticamente impossível determinar 
uma estrutura de capital perfeita, gerentes e ana-
listas financeiros geralmente tentam estabelecer 
objetivos mais flexíveis. Na verdade, a maior dificul-
dade é estabelecer projeções sobre como o mercado 
(investidores e credores) irá reagir às decisões de 
financiamento que os gerentes financeiros executam.
Uma empresa que apresente boas oportunidades 
de negócios futuros deve tentar aumentar a parti-
cipação do capital de dívida em vez de patrimônio, 
isso significa que atores externos à organização 
estão dispostos a financiar seus projetos, portanto, 
17
assume-se que sejam bons projetos. Essas sinaliza-
ções de dívidas são, muitas vezes, positivas e atuam 
como indicadores de que a empresa apresenta boas 
projeções de futuro. Todavia, um balanço forte pode 
ser definido por níveis de dívida baixos e níveis de 
patrimônio alto.
A relação dívida / patrimônio é geralmente analisada 
por meio de comparação com o setor. A referência é 
sempre setorial porque assume-se que as empresas 
tendem a trabalhar em uma estrutura de capital ideal. 
Consequentemente, gestores financeiros buscam 
operar a estrutura de capital na média do setor e 
não se afastar dela.
Os bancos também operam como referência e rea-
lizam análises setoriais para determinar o perfil de 
crédito das empresas de acordo com a relação dívida 
/ patrimônio. Mas, infelizmente, não há uma fórmula 
mágica dessa relação entre dívida e patrimônio. É 
extremamente ousado estabelecer uma orientação 
determinística para as empresas alcançarem uma 
estrutura de capital perfeita. O importante é man-
ter a estrutura de capital parametrizada pelo setor 
e considerar o tipo de linha de negócios e o ciclo de 
vida da empresa (estágio inicial até uma empresa 
madura). O contexto externo também é influenciador. 
Oportunidades e ameaças no ambiente, regulação 
e taxas de juros do país são alguns desses fatores.
O especialista Paulo Sérgio Dortas, no artigo 
“Estrutura ótima de capital: como chegar lá?”, expli-
ca quanto se pode tomar de dívida com bancos para 
18
ajudar a empresa a crescer, mas sem comprometer 
a operação; e destaca os seguintes fatores:
 ● Nível de maturidade: empresas em fase inicial 
de operação, startup’s, tendem a se financiar com 
recursos do próprio empreendedor, já que, nessa 
fase, o principal foco é a sobrevivência do negócio, 
não havendo como oferecer garantias para o paga-
mento dos juros e, principal, de uma eventual dívida. 
Empresas com um nível maior de maturidade tendem 
a ter um acesso maior ao capital de terceiros, já que 
há um histórico a ser apresentado, servindo de base, 
inclusive, para a determinação de um fluxo de caixa 
para pagamento da dívida. Ainda nessa fase, em-
presas que possuem um Plano de Negócios focado 
na expansão das atividades podem ainda atrair ter-
ceiros interessados em participar dessa expansão 
e consequentes riscos. Fundos de Private Equity ou 
mesmo operações no mercado de capitais, abertu-
ra de capital ou emissão de debêntures, aparecem 
como fortes candidatos para financiar Planos de 
Negócios bem estruturados.
 ● Ramo de atuação: empreendimentos focados em 
negócios de risco internet, por exemplo, tendem a ter 
um custo de captação maior do que aqueles foca-
dos em setores menos arriscados e já consolidados, 
como serviços e produtos fortemente demandados.
 ● Rentabilidade: empresas que tem elevado nível de 
rentabilidade sobre o capital investido geralmente 
são mais bem vistas pelos agentes financiadores do 
que aquelas que apresentam baixo retorno. Para a 
correta avaliação da rentabilidade da empresa deve-
19
-se levar em consideração vários aspectos, dentre 
eles o EBITDA gerado. O termo EBITDA representa 
a rentabilidade, lucro líquido, ajustado pelo imposto 
de renda e contribuição social e pela depreciação e 
amortização.
20
CÁLCULO DO CUSTO DE 
CAPITAL
O cálculo do custo de capital de uma empresa é 
realizado por meio do Custo Médio Ponderado de 
Capital (CMPC) ou, em inglês, Weighted Average Cost 
of Capital (WACC). É importante que você saiba o 
termo em inglês, pois é comumente utilizado na prá-
tica profissional. O processo é simples, mas envolve 
algumas etapas que requerem atenção. As categorias 
de origem de recursos (próprios – PL e terceiros – 
Passivo) da empresa são ponderadas. Portanto, o 
WACC considera a média ponderada entre o capital 
próprio e o capital da dívida. É preciso identificar os 
elementos do Balanço Patrimonial que representam 
a dívida e o patrimônio, ou seja, para uma empresa 
sociedade anônima com oferta pública de ações é ne-
cessário analisar o valor em ações ordinárias, ações 
preferenciais, debêntures e outros títulos de dívida.
Observe que o WACC é um elemento estratégico 
de decisão sobre a origem dos recursos a serem 
aplicados na empresa. Essa estratégia significa de-
cidir sobre a combinação de recursos próprios e de 
terceiros. Também é importante notar que empresas 
mais recentes apresentam dificuldade de estabele-
cer garantias para obter financiamento e tendem a 
precisar utilizar, majoritariamente, recursos próprios. 
Essas empresas tendem também a ter um custo de 
capital total mais alto que empresas tradicionais 
21
porque apresentam maior risco por não apresentar 
um histórico mais sólido.
Para calcular o WACC inicie pelo cálculo do custo da 
dívida para a empresa. Considere o total dos valores 
emprestados pela empresa. Em seguida, agregue 
e examine todas as taxas de juros que a empresa 
paga no momento. Por exemplo, é comum empresas 
operarem com linhas de crédito. Considereque, na 
média, determinada empresa opere linhas de crédito 
a 40% ao ano. Os empréstimos a longo prazo efe-
tuados por esta mesma empresa são realizados a 
uma taxa de 12% ao ano e títulos (debêntures) são 
emitidos com taxa de 8% ao ano. É preciso observar, 
também, que as dívidas são deduzíveis de impostos 
porque o IR (Imposto de Renda e afins) é calculado 
após o pagamento de juros. Portanto:
Custo da dívida = custo médio de juros da dívida x (1 – 
taxa de imposto)
No exemplo acima, calcule: (40% + 12% + 8%) / 3 
= 20%. Então, multiplique 20% x (1 – 30%) = 14%. 
Trinta por cento é o valor hipotético para o IR pago 
pela empresa.
O custo da dívida calculado nesse método é, portan-
to, simplesmente a média aritmética das taxas de 
financiamento pagas pela empresa. Por ser deduzida 
de impostos, o componente (1 – IR%) retira a taxa 
do imposto no cálculo.
Esse processo é direto e pode ser utilizado para de-
terminar o custo médio da dívida de um projeto de 
22
investimento de forma antecipada, ou seja, sem sa-
ber de forma prévia qual será a proporção de cada 
recurso (próprio ou terceiro e que tipo de dívida).
FIQUE ATENTO
O que é uma linha de crédito?
A linha de crédito é um produto disponível no sis-
tema financeiro que difere do empréstimo comum. 
Ela funciona como um crédito pré-aprovado. Por 
exemplo, se a empresa obtiver uma linha de crédito 
de $ 50.000 em determinado banco, isso significa 
que terá esse valor disponível para usar como em-
préstimo. As taxas e os prazos de pagamento são 
também previamente estabelecidos. A vantagem 
da linha de crédito é que a empresa não necessita 
negociar vários empréstimos menores. Ela pode 
usar ou não sua linha de crédito e somente pagará 
prestações sobre o valor que, efetivamente, utilizar.
Outra maneira de calcular o custo da dívida é por 
meio exclusivamente dos demonstrativos financeiros 
(Demonstração do Resultado do Exercício e Balanço 
Patrimonial) é realizado da seguinte forma:
Custo da dívida = $ despesa com juros / $ dívida total
Você encontrará o item despesas com juros no DRE e 
a dívida total somando Passivo Circulante e Passivo 
Não Circulante (BP – balanço patrimonial). Esse pro-
cesso é útil para considerar o histórico de origem 
de recursos de forma ponderada e para analistas 
23
externos à empresa efetuarem o cálculo do custo 
da dívida.
Considere este exemplo:
Despesas com juros (DRE) = 5.000,00
Passivo Circulante (BP) = 10.000,00
Passivo Não Circulante = 15.000,00
Custo da dívida = 5.000 / (10.000 + 15.000) = 0,25 = 25%
Considere, agora, o cálculo do custo de capital do 
Patrimônio Líquido. A taxa de retorno demandada 
por investidores no Patrimônio Líquido não é es-
tabelecida de forma direta e clara, como as taxas 
de empréstimos. O método de definição do custo e 
capital de recursos próprios é definido pelo CAPM 
(Capital Asset Pricing Model). O CAPM é um modelo 
de precificação de ativos de capital.
A fórmula do CAPM é apresentada abaixo:
Custo do capital próprio = Rf + B (Rm – Rf)
Onde:
Rf = taxa de retorno livre de risco (risk free rate of 
return)
Rm = taxa de retorno do mercado (market rate of 
return)
B = beta (estimativa de risco)
Conforme indicado acima, o beta é uma medida de 
risco. Essa medida é obtida por meio da relação es-
tatística da variação dos preços das ações de uma 
24
dada empresa listada em bolsa de valores com o 
mercado, como um todo, representada pelo índice 
do mercado. No caso do Brasil, o indicador para o 
mercado é o Índice Bovespa. O beta médio do setor 
das empresas listadas em bolsa é utilizado como re-
ferência e determina o beta das empresas do mesmo 
setor que não estão presentes na bolsa de valores.
SAIBA MAIS
“Beta mede a volatilidade das ações da empresa 
em comparação com o mercado. Quanto maior o 
beta, mais arriscada é a ação. Se uma ação subir e 
cair próximo à mesma taxa que o mercado, o beta 
será próximo de 1. Se tende a subir e cair mais do 
que o mercado, pode ter um beta mais próximo de 
1,5. E, se não flutuar tanto quanto o mercado, pode 
estar mais perto de 0,75.”
Finding the cost of Equity, In: Investopedia. 
Disponível em:
https://www.investopedia.com/terms/c/costofca-
pital.asp
A taxa de retorno do mercado (Rm) é obtida pelo 
retorno médio do mercado em um período igual ao 
projeto de investimento. Assim, se o projeto de inves-
timento contempla um horizonte de tempo futuro de 
cinco anos, o retorno esperado deve ser obtido pela 
média de variação do índice de mercado no mesmo 
período. Por exemplo, considere hipoteticamente 
que o Índice Bovespa variou, em média, 15% ao ano 
25
nos últimos cinco anos. Você aplicará essa taxa de 
retorno como a taxa Rm para o modelo CAPM.
A taxa livre de risco (Rf) apresenta como parâmetro 
investimento com risco próximo de zero. No Brasil, 
as referências usadas são a taxa SELIC, o CDI e o 
tesouro direto. Há debate sobre qual indicador é o 
melhor a ser usado. Evidências de pesquisa recente 
indicam que o CDI pode ser o indicador de melhor 
aderência para a taxa Rf.
Agora, considere este exemplo: suponha que o beta 
da empresa seja 1,5, ou seja, é uma empresa con-
siderada de alto risco. A taxa livre de risco é 5% ao 
ano e o retorno médio do mercado é de 15% ao ano. 
O custo do capital próprio pelo método CAPM seria:
Custo do capital próprio = 5% + 1,5 (15% – 5%) = 20%
Seguindo o exemplo, suponha, agora, uma empresa 
com beta de 0,75, ou seja, considerada de baixo ris-
co. As outras variáveis permanecendo constantes, 
resultam no seguinte custo de capital:
Custo do capital próprio = 5% + 0,75 (15% – 5%) = 12,5%
Observe que a diferença de nível de risco (volatilida-
de) representa grande diferença no custo de capital. 
Em outras palavras, o maior risco determina maior 
demanda por retorno.
Vamos supor que o beta da empresa seja 1, que use 
2% para a taxa livre de risco e 11% para a taxa de 
mercado, então, você obterá o seguinte cálculo:
26
2% + 1 (11% – 2%) = 11%
Observe o quão importante o beta pode ser. Por 
exemplo, se o beta da empresa fosse 2 em vez de 
1, o custo se o patrimônio fosse de 20% em vez de 
11%. Isso é bastante diferente.
Agora, o próximo passo é tomar suas duas porcen-
tagens – o custo da dívida (4,3% no exemplo acima) 
e o custo do patrimônio (11%) – e ponderá-las de 
acordo com o percentual da dívida e do patrimônio 
que a empresa usa para financiar seus investimentos 
e operações. Vamos supor que a empresa use 30% 
da dívida e 70% do patrimônio para administrar seus 
negócios. Então, você faz o seguinte cálculo final:
(0,3 x 4,3%) + (0,7 x 11%) = 8,99%
Esse é o WACC da empresa.
Lembre-se de que para calcular o WACC é preciso 
estabelecer o custo do Patrimônio Líquido e o custo 
do Passivo, pois eles formam a estrutura de capital 
da empresa. O custo médio ponderado do capital 
(WACC) é um componente fundamental para a avalia-
ção de investimentos, que será abordada no próximo 
módulo desta disciplina. Portanto, é essencial que 
você pratique a aprenda a calcular o WACC. Observe 
o exemplo abaixo.
Suponha que determinada empresa precise angariar 
$ 100.000 em capital para comprar e operar um equi-
pamento necessário para expandir seus negócios. 
A empresa levanta os primeiros $ 60.000 por meio 
27
dos sócios proprietários da empresa. Os sócios es-
peram um retorno de 6% a.a. em seus investimentos. 
Portanto, o custo do patrimônio líquido é de 6% a.a. 
Para levantar os outros $ 40.000 em capital a empre-
sa recorre a um financiamento de longo prazo pela 
taxa anual de 5%. Portanto, o custo da dívida é de 5% 
a.a. O imposto de renda pago pela empresa é 35%.
WACC = (($ 60.000 / $ 100.000) * 0,06) + [(($ 40.000 
/ $ 100.000) * 0,05) * (1–0,35))] = 0,049 = 4,9%
O custo médio ponderado de capital (CPMC ou 
WACC) dessa empresa é de 4,9%.
Ou seja, se você já tiver os valores do custo de capital 
próprio e do custo de capital de terceiros, a fórmula 
é bem direta:
WACC = ((valor capital próprio / valor total) * % ca-
pital próprio) + [((valor capital de terceiros/ valor 
total) * % capital de terceiros) * (1 – IR))]
Mas, lembre-se: para obter o custo do capital próprio 
é preciso que você saiba aplicar o modelo CAPM e 
para obter o custo da dívida é preciso consultar as 
várias fontes de financiamento e realizar o cálculo 
da média simples, ou consultar os demonstrativos 
da empresa.
Considere este último exemplo como uma revisão 
geral.
28
Determinada empresa atua em um setor que o beta 
(B) é de 1,5. A taxa livre de risco (Rf) é de 4% e a 
taxa de retorno do mercado é de 10%. O valor do 
Patrimônio Líquido dessa empresa é de $ 200.000. 
O passivo dessa empresa é composto por dívidas 
de longo prazo ao custo 4% e de curto prazo em 8% 
de taxas anuais de juros. Imposto de renda sobre 
lucro em 40%. O total do passivo é de $ 400.000. O 
WACC para um projeto de investimento não especi-
ficado seria:
Calcular custo da dívida da empresa: (4% + 8%) / 2 
= 6%
Retirar imposto de renda: 6% * (1 – 0,4) = 3,6%
Custo da dívida sem imposto: 3,6%
Calcular custo do capital próprio: 4% + 1,5 * (10% – 
4%) = 13%
Calcular o WACC:
Participação da dívida na estrutura de capital:
400.000 / (200.000 + 400.000) = 66,7%
Participação do capital próprio na estrutura de 
capital:
200.000 / (200.000 + 400.000) = 33,3%
WACC = (3,6 * 0,667) + (13 * 0,333) = 2,4 + 4,3 = 6,7%
O custo médio ponderado de capital (CMPC ou 
WACC) é basicamente uma taxa média de retorno 
que uma empresa deve pagar pelos investimentos 
29
nela realizados. Para que projetos de investimento 
sejam viáveis eles devem, pelo menos, cobrir o WACC 
e, assim, a empresa será capaz de remunerar as fon-
tes de recursos dos investimentos.
Valor é criado quando uma empresa obtém retornos 
para seus sócios e proprietários acima do custo mé-
dio ponderado de capital, ou seja, o WACC. O orça-
mento de capital tecnicamente correto de uma em-
presa é efetivo quando a empresa escolhe implantar 
seu capital apenas nos projetos que retornam acima 
do WACC. A escolha de alocar recursos em projetos 
de capital com retorno menor destruirá o valor e não 
cumprirá o objetivo de maximização da riqueza.
30
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O custo de capital é uma ferramenta e um conceito 
essencial para determinar a maximização dos re-
tornos gerados pela empresa. Ele deve ser aplicado 
como uma referência mínima para que investimen-
tos sejam realizados e o crescimento empresarial 
aconteça com base na criação de valor. Nesse sen-
tido, todo projeto ou negócio deve ser analisado e 
decidido mediante a consideração e a aplicação do 
custo de capital.
Também é de fundamental importância observar que 
há diversas fontes de recursos e que o financiamento 
dos negócios se origina nos proprietários de empre-
sas e credores que financiam projetos e operações 
com expectativas de remuneração do seu capital. 
Essa prática de obtenção de recursos gera uma es-
trutura de capital que é objeto da gestão financeira 
na medida em que decisões que buscam equilíbrio 
entre risco e retorno são balizadas nessa estrutura.
Neste módulo você também observou que a viabilida-
de financeira dos negócios é fundamenta no custo de 
capital. Aprendeu, portanto, a calcular a média pon-
derada do custo de capital e a defini-la como a taxa 
mínima que deve ser usada para referenciar decisões 
sobre realizar ou não determinados investimentos.
31
SÍNTESE
• Maximizar do valor da empresa
• Decidir sobre orçamento de capital
• Gerenciar de capital de giro
• Determinar a estrutura de capital
• Avaliar o desempenho financeiro
O custo de capital é uma taxa mínima determinada para classificar a 
viabilidade de projetos de investimento. É uma ferramenta que auxilia no 
alcance dos objetivos empresariais de:
• Dívida – capital de terceiros: Passivo
  Debêntures de longo prazo
  Financiamento de investimentos
  Fornecedores
  Crédito bancário
• Sócios – capital próprio: Patrimônio Líquido
  Capital social
  Lucros retidos
A estrutura de capital é formada por dois tipos de origem de recursos 
para empresa:
• Custo médio da dívida livre dos impostos
• Custo do capital próprio
  Taxa livre de risco
  Taxa de mercado
  Beta (medida de risco)
O cálculo do custo de capital é realizado por meio do método do Custo 
Médio Ponderado do Capital (CMPC) – mais conhecido como WACC 
(Weighted Average Cost Of Capital).
O WACC considera:
GESTÃO FINANCEIRA 
AVANÇADA
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