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MANUAL DO CURSO DE LICENCIATURA EM Gestão Ambiental 4º Ano Disciplina: PROJETO EM GESTÃO E COMUNICAÇÃO AMBIENTAL Código: ISCED41-CAMBCFE007 Total Horas/1o Semestre: 125 Créditos (SNATCA): 5 Número de Temas: 4 INSTITUTO SUP INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - ISCED ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 2 Direitos de autor (copyright) Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos judiciais em vigor no País. Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) Direcção Académica Rua Dr. Almeida Lacerda, No 212 Ponta - Gêa Beira - Moçambique Telefone: +258 23 323501 Cel: +258 82 3055839 Fax: 23323501 E-mail: isced HYPERLINK "mailto:isced@isced.ac.mz"@ HYPERLINK "mailto:isced@isced.ac.mz"isced.ac.mz Website: www.isced HYPERLINK "http://www.isced.ac.mz/".ac.mz mailto:isced@isced.ac.mz mailto:isced@isced.ac.mz http://www.isced.ac.mz/ ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 3 Agradecimentos O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) agradece a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: Autor André Camanguira Nguiraze, PhD pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte- Brasil Coordenação Design Financiamento e Logística Revisão Científica Ano de Publicação Local de Publicação Edição Direcção Académica do ISCED Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) Instituto Africano de Promoção da Educação a Distancia (IAPED) Dra. Teresa Saugina Arnaldo Rungo 2017 ISCED – BEIRA IAPED – ISCED ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 4 Índice Visão Geral Quem deve estudar este módulo ....................................................................................................... 6 Como está estruturado este módulo .................................................................................................. 7 Ícones de actividade ........................................................................................................................... 8 Habilidades de estudo......................................................................................................................... 8 Precisa de apoio? .............................................................................................................................. 10 Tarefas (avaliação e auto avaliação) ................................................................................................. 10 Avaliação ........................................................................................................................................... 11 TEMA – I: CONSIDERAÇÕES GERAIS ........................................................................... 12 UNIDADE Temática 1.1. Introdução, a evoluição de conceito de gestão de Projecto, Noções Gerais à Economia do meio ambiente e financiamento de projecto. ........................................ 12 Sumário ............................................................................................................................................. 19 Exercícios de Auto-Avaliação ............................................................................................................ 20 Exercícios de Avaliação ..................................................................................................................... 21 Unidade Temática 1.2: Comunicação e Marketing em Projectos Ambientais ............................... 22 Sumário ............................................................................................................................................. 27 Exercícios de Auto-Avaliação ............................................................................................................ 27 Exercícios de Avaliação ..................................................................................................................... 28 Unidade temática 1.3. Sistema de Gestão Ambiental ................................................................ 30 Sumário ............................................................................................................................................. 33 Exercícios de Auto-Avaliação ............................................................................................................ 34 Exercícios de Avaliação ..................................................................................................................... 34 Unidade temática 1.4. Planejamento Urbano x Meio ambiente. ............................................... 36 Sumário ............................................................................................................................................. 41 Exercícios de Auto-Avaliação ............................................................................................................ 42 Exercícios de Avaliação ..................................................................................................................... 43 Unidade temática 1.5. Educação Ambiental e a Responsabilidade Prática ............................... 44 Sumário ............................................................................................................................................. 46 Exercícios de Auto-Avaliação ............................................................................................................ 47 Exercícios de Avaliação ..................................................................................................................... 48 TEMA – II: AMBIENTE DE PROJECTOS ....................................................................... 50 UNIDADE Temática 2.1. Evoluição da ideia de ambiente do projecto ....................................... 50 Sumário ............................................................................................................................................. 55 Exercícios de Auto-Avaliação ............................................................................................................ 56 Exercícios de Avaliação ..................................................................................................................... 57 Unidade temática 2.2. A necessidade do Projecto ..................................................................... 58 Identificando um Projecto x Stakeholder .................................................................................... 59 ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 5 Sumário ............................................................................................................................................. 63 Exercícios de Auto-Avaliação ............................................................................................................ 63 Exercícios de Avaliação .....................................................................................................................64 Unidade temática 2.3. Níveis de Influência de Cada Stakeholder, Desdobramento do Projeto e, Estrutura de Desdobramento do Trabalho – EDT e Elaboração de Estrutura de desdobramento ............................................................................................................................ 66 Elaboração de Estrutura de desdobramento .............................................................................. 69 Sumário ............................................................................................................................................. 70 Exercícios de Auto-Avaliação ............................................................................................................ 70 Exercícios de Avaliação ..................................................................................................................... 71 TEMA – III: CONCEPÇAO DE PROJECTO ..................................................................... 74 Unidade temática 3.1. Roteiro do projecto ................................................................................. 74 Sumário ............................................................................................................................................. 99 Exercícios de Auto-Avaliação ............................................................................................................ 99 Exercícios de Avaliação ................................................................................................................... 100 Unidade temática 3.2. Planejamento Estratégico em Gestão e Comunicação Ambiental ...... 101 Sumário ........................................................................................................................................... 114 Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................................... 114 Exercícios de Avaliação ................................................................................................................... 115 Unidade temática 3.3. Programação do projecto ..................................................................... 117 Sumário ........................................................................................................................................... 119 Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................................... 119 Exercícios de Avaliação ................................................................................................................... 120 Unidade temática 3.4. Execução e Controlo do Projecto ......................................................... 121 Sumário ........................................................................................................................................... 125 Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................................... 125 Exercícios de Avaliação ................................................................................................................... 126 TEMA – IV: ACOMPANHAMENTO DE PROJETOS COM ORIENTAÇÃO: 128 Unidade temática 4.1- Orientação do projeto .......................................................................... 129 Sumário ........................................................................................................................................... 139 Exercícios de Avaliação ................................................................................................................... 140 Exercícios de Avaliação [15 (questões)] .......................................................................................... 142 EXERCÍCIOS FECHADOS, abrangendo todos os temas do módulo .................................................. 142 Referências Bibliográficas ............................................................................................................... 146 ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 6 Visão Geral Benvindo à Disciplina/Módulo de Contabilidade Geral Objectivos do Módulo Ao terminar o estudo deste módulo de Projecto em Gestão e Comunicação Ambiental deverás ser capaz de saber os diferentes estágios de evoluição do conceito da gestão do projecto, conhecer a comunicação e markenting em projectos e no concernente ao sistema de gestão ambiental, compreender o planejamento Urbano, tendo em conta a questão de fundo do meio ambiente, saber a necessidade de um projecto e neste caso identificar os interessados verus stakeholder, saber a elaboração de roteiro de um projecto, saber que para o sucesso do projecto é necessário o planejamento estratégico em gestão e comunicacão na sua execução. Objectivos Específicos • Deverás conhecer o que a gestão de projecto; • Conhecer nações gerais a economia do meio ambiente; • Demonstrar a importância da comunicação e marketing em projecto; • Identificar os sistemas de gestão ambiental; • Compreender o desdobramento do projecto e sua estrutura de Desdobramento do Trabalho-EDT; • Saber implementar ainda o roteiro do projecto e o seu planejamento estratégico em gestão e comunicacão ambiental; • Saber definir o programa, execução e controle de um projecto; • Saber quanto a orientação, apresentação e defesa de um projecto. Quem deve estudar este módulo Este Módulo foi concebido para estudantes do 4º ano do curso de licenciatura em Gestão Ambiental do ISCED. Poderá ocorrer, contudo, que haja leitores que queiram se actualizar e consolidar seus conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem-vindos, não sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá adquirir o manual. ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 7 Como está estruturado este módulo Este módulo de Projecto em Gestão e Comunicação Ambiental, para estudantes do 4º ano do curso de licenciatura em Gestão Ambiental, à semelhança dos restantes do ISCED, está estruturado como se segue: Páginas introdutórias • Um índice completo. • Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de começar o seu estudo, como componente de habilidades de estudos. Conteúdo desta Disciplina / módulo Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente unidades,. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma introdução, objectivos, conteúdos. No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só depois é que aparecem os exercícios de avaliação. Os exercícios de avaliação têm as seguintes caracteristicas: Puros exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e actividades práticas algunas incluido estudo de caso. Outros recursos A equipa dos académicoa e pedagogos do ISCED, pensando em si, num cantinho, recóndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu módulo para você explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro de recursos mais material de estudos relacionado com o seu curso como: Livros e/ou módulos, CD, CD- ROOM, DVD. Para elém deste material físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode ter acesso a Plataforma digital moodle para alargar mais ainda as possibilidades dos seus estudos. Auto-avaliação e Tarefas de avaliação ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectosem Gestão e Comunicação Ambiental 8 Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no final de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos exercícios de auto-avaliação apresntam duas caracteristicas: primeeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, exercícios que mostram apenas respostas. Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto- avaliação, mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. Parte das terefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo a serem entregues aos tutores/doceentes para efeitos de correcção e subsequentemente nota. Também constará do exame do fim do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exrcícios de avaliação é uma grande vantagem. Comentários e sugestões Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza diadáctico- Pedagógica, etc, sobre como deveriam ser ou estar apresentadas. Pode ser que graças as suas observações que, em goso de confiança, classificamo-las de úteis, o próximo módulo venha a ser melhorado. Ícones de actividade Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. Habilidades de estudo O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a aprender. Aprender aprende-se. Durante a formação e desenvolvimento de competências, para facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando estudar. Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos que caro estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos estudos, procedendo como se segue: 1º praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de leitura. 2º fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 3º voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 4º fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 9 5º fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou as de estudo de caso se existirem. IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, respectivamente como, onde e quando...estudar, como foi referido no início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de tarde/fins de semana/ao longo da semana? Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num sítio barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em cada hora, etc. É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado durante um determinado período de tempo; deve estudar cada ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que já domina bem o anterior. Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos de cada tema, no módulo. Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chama-se descanso à mudança de actividades). Ou seja, que durante o intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos das actividades obrigatórias. Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalhjo intelectual obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento da aprendizagem. Porque o estudante acumula um elevado volume de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando interferência entre os conhecimentos, perde sequência lógica, por fim ao perceber que estuda tanto, mas não aprende, cai em insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente incapaz! Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda sistemáticamente), não estudar apenas para responder a questões de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, estude pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que está a se formar. Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as partes que está a estudar e pode escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir à compreensão do texto ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 10 e não depois de uma primeira leitura; Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado não conhece ou não lhe é familiar. Precisa de apoio? Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas trocadas ou invertidas, etc). Nestes casos, contacte os seriços de atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando a preocupação. Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes (Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, estudante – CR, etc. As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED indigetada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza pedagógica e/ou admibistrativa. O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% do tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida em que permite lhe situar, em termos do grau de aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta maneira ficar’a a saber se precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver habito de debater assuntos relacionados com os conteúdos programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade temática, no módulo. Tarefas (avaliação e auto avaliação) O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues duas semanas antes das sessões presenciais seguintes. Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de campo conta eé decisiva para ser admitido ao exame final da disciplina/módulo. Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do autor. O plágio é uma viloção do direito intelectual do(s) autor(es). Uma transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade científica e o respeito pelos direitos autoriais devem caracterizar a realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 11 Avaliação Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, estando eles fisicamente separados e muito distantes do docente/turor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja uma avaliação mais fiável e concistente. Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A avaliação do estudante consta detalhada do regulamentada de avaliação. Os trabalhos de campo por si realizaos, durante estudos e aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de frequência para ir aos exames. Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) trabalhos e 1 (um) (exame). Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados como ferramentas de avaliação formativa. Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a identificação das referências bibliográficas utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de Avaliação. ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 12 TEMA – I: CONSIDERAÇÕES GERAIS. UNIDADE Temática 1.1. Introdução, a evoluição de conceito de gestão de Projecto, Noções Gerais à Economia do meio ambiente e financiamento de projecto. UNIDADE Temática 1.2. A Comunicação e Marketing em Projectos Ambientais. UNIDADE Temática 1.3. Sistemas de Gestão Ambiental. UNIDADE Temática 1.4. Planeamento Urbano x Meio Ambiente UNIDADE Temática 1.5. Educação Ambiental e responsabilidade prática UNIDADE Temática 1.6. EXERCÍCIOS INTEGRADOS das unidades deste tema. UNIDADE Temática 1.1. Introdução, a evoluição de conceito de gestão de Projecto, Noções Gerais à Economia do meio ambiente e financiamento de projecto. UNIDADE Temática 1.1. Introdução, a evoluição de conceito de gestão de Projecto, Noções Gerais à Economia do meio ambiente e financiamento de projecto. Introdução Partindo de pressuposto que na metade do séc. XIX, um crescente aumento das estruturas econômicas do mundo ocidental foi profundamente alterado pela revolução industrial, tendo como uma de suas principais conseqüências, o desenvolvimento do capitalismo industrial. A complexidade dos novos negócios em escala mundial acarretou o surgimento dos princípios da gestão de projetos e de comunicação ambiental. Apesar de ser considerada relativamente recente, “a gestão de projetos é utilizada desde a década de 1950, época da guerra fria, com projetos militares liderados pelo governo dos EUA, desenvolvendo ferramentas específicas para seu planejamento e controle” (Valle, et al 2007, p.17). Não obstante, Novas metodologias e técnicas foram aprimorando esta tecnologia de gestão, após os EUA serem surpreendidos pelos Soviéticos, onde o Departamento de Defesa dos Estados Unidos decidiu investir no desenvolvimento de novas técnicas e ferramentas destinadas a acelerar a implementação de projetos militares, determinando assim o “Program Evaluation and Review Technique - PERT”. De acordo com Oppelt Junior (2007), com a mesma intenção a americana Dupont, maior fabricante de explosivos na época, logo desenvolveu uma técnica similar a dos EUA, conhecida como “critical path mothod – CPM” – conhecido com o método do caminho crítico. ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 13 Depreende-se que foi neste periodo que popularizou-se a “gestão por objetivos”, um processo no qual o corpo diretivo e os funcionários concordavam com os objetivos comuns e passavam a estabelecer prazos, “metrics” e modo de atingi-los. É neste contexto, que o conceito de gestão por objetivos influenciaria significamente a formulação da teoria da gestão de projetos. Logo Gaddis (1959) cita pela primeira vez o termo gerente de projeto, com o mesmo significado utilizado atualmente. Após o uso militar, as técnicas de gerenciamento de projetos foram sendo adotadas por inúmeras empresas. Após o uso militar, as técnicas de gerenciamento de projetos foram sendo adotadas por muitas empresas. Dai que, para Oppelt Junior (2007), o Project Management Institute – mundialmente conhecido por “PMI”, administra e coordena um programa de credencimento para promover o aperfeiçoamento profissional, fundado em 1969, na Pensilvânia, EUA, por cinco profissionais de projetos que tinham consigo o valor de “networking”, do compartilhamento das informações dos processos e da discussão dos problemas comuns em projetos. No entanto, busca persistente da racionalidade e da eficiência econômica, da equidade social e da conservação ambiental, base para o aumento da sustentabilidade do processo de desenvolvimento, é necessário um projecto consistente que possa ter maiores chances de êxito e a dinâmica que possibilitem diferentes formas e metodologias (objetivos, resultados, indicadores, atividades, recursos e prazos). Objectivos Específicos Ao completar esta unidade o estudante, deverá ser capaz de: • Descrever os diferentes estágios da ideia de gestão de projecto; • Identificar os critérios econômicos no gerenciamento dos recursos naturais; • Descrever o valor econômico dos recursos naturais; • Entender o papel das organizações ambientais na comunicação das empresas; • Identificar o modelo da cadeia produtiva ecologicamente responsável; • Registar o modelo de sistema de gestão ambiental; • Compreender os possíveis impactos ambientais e qualificar as mudanças projectando a proposta para o futuro; • Descrever as concepções pedagógicas ambientais. ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 14 A Evoluição do Conceito de Gestão de Projecto De acordo com o “Aurélio”, projecto é uma “ideia que se forma de executar ou realizar algo no futuro; plano, intento, desígno”; um “empreendimento a ser realizado dentro de determinado esquema”; “redação ou esboço provisório de um texto” ou, ainda, “esboço ou risco de obra a se realizar”. Para Armani (2008) um projecto é uma acção planejada, estruturada em objetivos, resultado e atividades baseados em uma quantidade limitada de recursos (humanos, materiais e financeiros) e de tempo. Já para Maximiano (2002, p.26), define Gestão de Projetos como “um empreendimento temporário ou uma seqüência de atividades com começo, meio e fim programados, que tem por objetivofornecer um produto singular dentro de restrições orçamentárias”. Ainda existe outra definição da ISO 10.006, projeto é “um processo único, constituído de um grupo de atividades coordenadas e controladas com datas para início e término, empreendido para alcance de um objetivo conforme requisitos específicos, incluindo limitações de tempo, custo e recursos”. Nos ultimos anos, o próprio meio ambiente vem surgindo, de forma crescente, como um negócio na economia mundial: já se fala amplamente em “serviços ambientais”, contribuição de diferentes ecossistemas para o equilibrio e funcionamento da natureza e, portanto, da economia mundial, como a formação de solo, o abastencimento de água, os ciclos de geração de nutrientes, o processamento de dejetos e a polinização, entre outros que interagem no sistema global. Na mesma direcção, para Buarque (2006) começam a surgir também como grande negócio mundial as cotas de “sequestro de carbono” criadas por florestas e reservas ambientais, passíveis de negociação na medida em que o protocolo de Kyoto que trata de mudanças climáticas seja amplamente aceito na comunidade internacional. As negociações mundiais em torno da distribuição equitativa de direito ao meio ambiente e, portanto, à emissão de gases e poluentes podem levar a criação de cotas nacionais equivalentes à população. As cotas de poluiçao passariam a constituir um negocio mundial, algumas nações com pouca geração de poluentes venderiam suas cotas aos grandes produtores; ou os países com ecossistemas que digerem e processam os gases agressores do planeta venderiam este serviço para os agressores, como prémio económico pela conservação da natureza. ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 15 Economia do Meio Ambiente e Financiamento de Projecto Conforme tem sido amplamente debatido, a proteção do meio ambiente é basicamente uma questão de eqüidade inter e intra-temporal. Quando os custos da degradação ecológica não são pagos por aqueles que a geram, estes custos são externalidades para o sistema econômico. Ou seja, custos que afetam terceiros sem a devida compensação. Atividades econômicas são, desse modo, planejadas sem levar em conta essas externalidades ambientais e, conseqüentemente, os padrões de consumo das pessoas são forjados sem nenhuma internalização dos custos ambientais. O resultado é um padrão de apropriação do capital natural onde os benefícios são providos para alguns usuários de recursos ambientais sem que estes compensem os custos incorridos por usuários excluídos. Além disso, as gerações futuras serão deixadas com um estoque de capital natural resultante das decisões das gerações atuais, arcando os custos que estas decisões podem implicar. Embora o uso de recursos ambientais não tenha o seu preço reconhecido no mercado, seu valor econômico existe na medida em que seu uso altera o nível da produção e consumo (bem-estar) da sociedade. Diante da presença destas externaridades ambientais nós temos uma situação oportuna para a intervenção governamental. Essa intervenção pode incluir instrumentos destintos tais, como: a determinação de direitos de propriedades, o uso de normas e padrões, os instrumentos econômicos, a compensação monetária por danos e outros. Existe um consenso quanto às dificuldades da gestão ambiental. Os actuais problemas podem ser classificados em três categorias: (i) baixas privisões orçamentárias face aos altos custos de gerenciamento. (ii) politicas econômicas indutoras de perdas ambientais; e, (iii) questões de iquidades que dificultam o cumprimento da lei. Assim, é possível afirmar que nós temos uma clara situação que requer a introdução do critério econômico na gestão ambiental. No entanto, a literatura sobre o critério econômico no gerenciamento dos recursos naturais tem sido usada nos últimos anos, tendo em conta as principais preposições, classificadas em três tópicos: (i) Analise Custo-Beneficio (ACB); (iii) Análise Custo-Utilidade (ACU); (III) Analise Custo-eficiencia. Depreende-se que ACB e ACU são métodos determinantes de prioridades enquanto ACE é mais proveitoso para a definição de ações. Determinando prioridades com o critério econômico a) Análise Custo-Beneficio (ABC) ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 16 ABC é a técnica da economia que permite comparar custos e benefícios associados aos impactos das estreategias alternativas de politicas em termos de seus valores monetários. Para McNeeley et al (1997), os benefícios referidos são aqueles bens e serviços ecológicos, cuja conservação acarretara na recuperação ou manutenção destes para a sociedade, impactando positivamente o bem-estar das pessoas. Por outro lado, o custo representa o bem-estar que se deixou de ter em função do desvio dos recursos da economia para politicas ambientais em detrimento de outras atividades econômicas. A mensuração dos valores monetários associados a benefícios ambientais pode ser contudo, muito difícil e, em se tratando de benefícios da biodiversidade, a mensuração é ainda mais problemática. b) Análise Custo-Utilidade (ACU) = pode-se dizer que a ACU é uma abordagem muito honorosa e, assim estaria acima da capacidade institucional, do compromisso político e da aceitação social nos países em desenvolvimento, baseando neste juízo de valor, a existência de algumas sugestões na análise de custo-viabilidade onde a capacidade institucional, o compromisso político e a aceitação social são critérios adicionais para se avaliar projectos que englobam benefícios ecológicos e econômicos. C) Análise Custos-Eficiência (ACE) = ACE é um instrumento para definição de ações, tendo em vista que a prioridade já foi devidamente definida. Haverá também situações de decisões nas quais os custos institucionais da avaliação do projecto excede aos ganhos de eficiência com o uso ACB ou ACU e, portanto, a ACE terá assim um papel importante na orientação de ações de gestão. Medindo os custos de oportunidade da Protecção Ambiental Os custos de oportunidade são mensurados, levando-se em conta o consumo de bens e serviços que foi abdicado, i. é, custos dos recursos alocados para investimentos e gastos ambientais. Por exemplo, restrições ao uso da terra em unidade de conservação impõem perdas de geração de receita, visto que a atividades econômicas são restritas in situ. A renda liquida abdicada pela restrição destas atividades é uma boa medida do custo de oportunidade associado com a criação desta unidade de conservação. De facto, a renda liquida significa a receita liquida provida pelas atividades sacrificadas e representaria, assim, o custo de oportunidade da conservação. Os custos associados aos investimentos e operação das ações para a proteção ambiental (gastos de proteção), também devem ser somados aos custos de oportunidade, visto que demanda recursos que poderia estar sendo utilizado em outras atividades. O valor econômico dos recursos ambientais. ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 17 O valor econômico dos recursos ambientais Lembrar que devemos perceber que o valor econômico dos recursos ambientais é derivado de todos os seus atributos, e estes atributos podem estar ou não associados a um uso, ou seja, o consumo de um recurso ambiental ser ealiza via uso e não-uso. Assim, é comum na literatura desagregar o valor econômico do recurso ambiental (VERA) em Valor de Uso (VU) e Valor de Não-Uso (VNU). Valores de uso podem ser, por sua vez, desagregados em: Valor de uso Direto (VUD) = quando o individuo usa um recurso, por exemplo, na força de extração, ecoturismo ou outra atividade produçãoou consumo direto. Valor de Uso Indireto (VUI) = quando o beneficio actual do recurso deriva das funções de ecossistemas, como por exemplo, a proteção do solo e a estabilidade climática, decorrente de proteção de florestas. Valor de opção = quando um individuo atribui valor em uso direto e indireto que poderão ser optados em futuro próximo e cuja preservão pode ser ameçada. Por exemplo, o benefício, advindo de farmácia desenvolvido com base em propriedades medicinais ainda não descoberta de plantas em florestas tropiciais. Valor de Não-Uso (ou valor passivo) = representa o valor de existência (VE) que está dissociado do uso (embora representa consumo ambiental) e deriva-se de uma posição moral, cultural, ética ou altruísta em relação aos direitos de existência de species não-humanas ou preservação de outras riquezas naturais , mesmo que estas não representem uso actual ou futuro para o individuo, exemplo, uma expressão simples deste valor é a grande atração da opinião pública para salvamento de baleias ou sua preservação em regiões remotas do planeta onde a maioria das pessoas nunca visitaram ou nunca tiveram beneficio de uso. Valor da existência = representa o desejo do individuo de manter certos recursos ambientais para que seus herdeiros, isto é, geração futuros usfruam de usos diretos e indiretos (“bequest value”). É uma questão conceitual considerar até que ponto um valor assim definido está mais associado da opção ou da existência. ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 18 Matriz 1 - que sintetiza valor econômico do recurso ambiental Taxonomia Geral do Valor econômico do recurso ambiental Valor Economico do Recurso Ambiental Valor de uso Direto Valor de uso indireto Valor de opção Valor de existencia Bens e serviços ambientais apropriedades diretamente da exploração dos recursos e consumidos hoje Bens e serviços ambientais que são gerados de funções de ecossistemas e apropriados e consumidos indirectamente hoje Bens e serviços ambientais de uso direto e indireto a serem apropriados e consumidos no futuro. Valor não associado ao uso actual ou futuro e que reflete questões morais culturais, éticas ou altruístas. Fonte: Motta, 1997. Note, entretanto, que um tipo de uso pode excluir outro tipo de uso do recurso ambiental. Por exemplo, o uso de uma área para agricultura, exclui seu uso para conservação da floresta que cobria este solo. Assim, o primeiro passo na determinação da VERA, será identificar, estes conflitos de uso. E segundo será a determinação destes valores. Os métodos de valoração aqui analisados são assim classificados: 1 - Métodos da função de produção = métodos da produtividade marginal e de mercados de bens substitutos (reposição, gastos defensivos ou custos evitados e custos de controle). O beneficio (ou custo) da variação da disponibilidade do recurso ambiental é dado pelo produto da quantidade variada do recurso vezes o valor econômico estimado. Exemplo, a perda de nutrientes do solo causada por desmatamento, pode afectar a produtividade agrícola. Ou a redução do nível de sedimento numa bacia, por conta de um projecto de regeneração, pode aumentar a vida útil de uma hidrielectrica e sua produtividade. 2- Metodo de função da demanda = estes métodos assumem que a variação da disponibilidade do recurso ambiental altera a disposição a pagar ou aceitar dos agentes econômicos em relação aquele recurso ou seu bem privado complementar. ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 19 Matriz-2: Metodos de valoração Valor de uso Valor passivo ou de não uso Valor direto Valor indireto Valor opção Valor de existência Provisão de recursos básicos: alimentos, medicamentos, nutrientes, turismos e outros Fornecimento de suportes para as atividades econômicas e bens-estar humanos: por exemplo, proteção dos corpos de água, estocagem e reciclagem de lixo. Manutenção da diversidade genética e controle da erosão. Provisão de recursos básicos: por exemplo, água, oxigênio e recursos energéticos. Preservação de valores de uso direto e indireto. Uso não consumptivo: recreação e marketing Floresta como objeto de valor intrínseco como uma doação, como uma responsab ilidade que inclui valores culturais, religiosos e históricos. Recursos genéticos de plantas Provisão de benefícios, associados a informação, como como conhecimento cientifico Fonte: Sbstta (1996). Sumário Nesta unidade temática, aferimos que, a reputacão da empresa é um importante activo intangível que se relaciona fortemente com o seu desempenho financeiro e mercadológico. https://www.google.co.mz/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiVn8ubsarQAhVF7hoKHW5YC70QjRwIBw&url=https://twitter.com/bertaspaini/media&bvm=bv.138493631,d.ZGg&psig=AFQjCNHmnptONjxAKQuNgWYa1LVaRw_9gQ&ust=1479286271409070 ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 20 Depreender-se também, que quando os custos da degradação ecológica não são pagos por aqueles que a geram, estes custos são externalidades para o sistema econômico. Outra ferramenta importante é perceber que o valor econômico dos recursos ambientais é derivado de todos os seus atributos, e estes atributos podem estar ou não associados a um uso, ou seja, o consumo de um recurso ambiental. Dai que, um tipo de uso pode excluir outro tipo de uso do recurso ambiental. Por exemplo, o uso de uma área para agricultura, exclui seu uso para conservação da floresta que cobria este solo. Exercícios de Auto-Avaliação 1- A complexidade dos novos negócios em escala mundial acarretou o surgimento dos princípios da gestão de projetos e de comunicação ambiental, teve o seu inicio em: A. 1945 B. 1950 C. 1955 D. 1960. 2- O Program Evaluation and Review Technique – PERT, novas técnicas e ferramentas destinadas a acelerar a implementação de projetos~, foi desenvolvido pela primeira vez pelo: A. China B. Estados Unidos da America C. Russia D. Africa de Sul. 3. O próprio meio ambiente vem surgindo, de forma crescente, como um negócio na economia mundial, que ficou conhecido como: A. serviços de ecossistemas B. Valores ecossistemas C. Serviços ambientais D. economia ambiental. 4- As cotas de poluiçao passariam a constituir um negócio mundial, algumas nações com pouca geração de poluentes venderiam suas cotas aos grandes produtores, que ficou conhecido por: A. Cultivo de carbono B. Externaridades negativas C. Sequestro de carbono. D. Crédito de carbono. https://www.google.co.mz/imgres?imgurl=http://preg.sites.ufms.br/files/2014/11/metodoavaliacao.jpg&imgrefurl=http://preg.sites.ufms.br/avaliacao-de-cursos/&docid=E3ddK3jYLDgbvM&tbnid=CjCfb-AkqRndYM:&vet=1&w=570&h=347&bih=551&biw=1138&ved=0ahUKEwiOveGKo6rQAhVIB8AKHf8rBjsQMwg9KA0wDQ&iact=mrc&uact=8 ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 21 5- O desejo do individuo de manter certos recursos ambientais para que seus herdeiros, isto é, geração futuros usfruam de usos diretos e indiretos, ficou conceituando por: A. Valor da existência B. Valor de opção C. Valor de não uso D. Valor de uso direto. Correcção: 1 2 3 4 5 B B C D A Exercícios de Avaliação 1. Um crescente aumento das estruturas econômicas do mundo ocidental foi profundamentealterado pela revolução industrial, no século: A. Século XVII B. Século XVIII C. XIX D. Século XX. 2. A epistemologia de gestão de projecto, está intimamente relacionado com o desenvolvimento de ferramente militar durante: A. Guerra fria B. As duas guerras mundiais C. Guerra dos 100 anos D. Guerra dos EUA. 3. Em Moçambique, diante da presença das externaridades ambientais, há uma situação oportuna para a intervenção governamental, que denomina-se: A. Determinação de direito de propriedade B. Direito de uso C. Direito de não-uso D. internalização dos custos ambientais 4- Os custos associados aos investimentos e operação das ações para a proteção ambiental (gastos de proteção), também devem ser designado por: A. Custos de oportunidades B. Custo de proteção C. soma aos custos de oportunidade D. Custos das externaridades https://www.google.co.mz/imgres?imgurl=http://preg.sites.ufms.br/files/2014/11/metodoavaliacao.jpg&imgrefurl=http://preg.sites.ufms.br/avaliacao-de-cursos/&docid=E3ddK3jYLDgbvM&tbnid=CjCfb-AkqRndYM:&vet=1&w=570&h=347&bih=551&biw=1138&ved=0ahUKEwiOveGKo6rQAhVIB8AKHf8rBjsQMwg9KA0wDQ&iact=mrc&uact=8 ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 22 5- Na comunicação de gestão ambiental, a análise Custo-Utilidade e análise Custo-eficiência permite: A. A mensuração dos valores monetários associados a benefícios ambientais; B. A capacidade institucional; C. Instrumento de definicão de acção; D. Situações de decisões ambientais. Correcção: 1 2 3 4 5 C A A C A Unidade Temática 1.2: Comunicação e Marketing em Projectos Ambientais Introdução Na segunda metade do século XX, o crescimento descontrolado das atividades produtivas, do consumo e da população levou a uma veloz degradação de ambientes naturais, seja para a geração de recursos produtivos, seja pelo acúmulo de poluentes. Multiplicaram-se as pessoas afetadas por sérios problemas ambientais e, como consequência, emergiram robustos movimentos sociais questionando os fazeres e os saberes dos propositores do industrialismo. Argumenta-se que esta situação transformou as condições em que ocorre o embate sobre as questões ambientais e sobre as potenciais soluções para estas questões. Neste conjunto de publicidades, aparecem elementos para construirmos hipóteses sobre as articulações realizadas pelo setor corporativo para responder ao desafio ambientalista. Objectivos Específicos Ao completar esta unidade, o estudante deve: Compreender a emergência de um sistema de comunicação ambiental corporativo. Identificar a gestão socioambiental eficiente; Descrever os principais objectivos das empresas aos projectos ambientais. ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 23 A emergência de um sistema de comunicação ambiental corporativo Um dos resultados mais importantes da preocupação empresarial com as questões ambientais é a emergência de um complexo sistema de comunicação publicitária voltado à produção de mensagens de cunho ambiental e patrocinado por organizações privadas e estatais. Inicialmente, tais organizações recorreram somente às agências de publicidade e às empresas de relações públicas tradicionais para elaborar seu discurso ambiental. No entanto, ficou evidente que isto não era suficiente e as próprias agências de publicidade e as empresas de relações públicas buscaram ou constituíram outros atores para participar da elaboração desse discurso ambiental. Tudo isso resultou em transformações significativas dos sistemas de comunicação publicitária tradicional. Entre outros fatores, a falta de credibilidade das corporações nas questões ambientais abriu espaço para que outros agentes, supostamente mais confiáveis, fossem chamados a atestar suas ações. Assim, surgiram empresas de certificação ambiental, organizações que patrocinam prêmios por ações ambientais, ONGs que executam projetos socioambientais com recursos das empresas, instituições que publicam índices socioambientais e outros agentes que testemunham sobre as ações, os produtos, os projetos e as tecnologias de produção empregadas pelas corporações. Desta forma, podemos tranquilamente afirmar que a imagem das empresas não é o resultado de uma mera publicidade, mas de uma rede de organizações testemunhas que atestam sua responsabilidade socioambiental. Brockhoff et al (1999) em sua pesquisa, definiu diferentes categorias que descrevem o perfil das empresas com relação à motivação para o investimento em práticas ambientais. Ele identificou que as mais preocupadas com a publicidade de suas políticas ambientais eram aquelas categorizadas como "defenders", ou seja, aquelas cujas razões para investimentos ambientais são o atendimento a requisitos legais. ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 24 Organização ambiental na comunicação de empresa As empresas são responsáveis pela grande parte de alterações feitas no meio ambiente, pois elas utilizam os recursos naturais para obtenção de bens, prejudicando grandemente a natureza. Muitas empresas contaminaram o meio ambiente natural desde a Revolução Industrial no século XIX, ocasionando inúmeros estragos ao redor do planeta. Segundo Dias (2006, p.46) ‘’quando se explora o meio ambiente, que é um bem comum, buscando o benefício privado, podem ser causados impactos ambientais que afetam negativamente o bem- estar de outras pessoas que não tem relação com quem os gera’’. Se uma empresa trabalha bem seus recursos, preocupa-se com o meio ambiente em geral, seu nível de competitividade aumenta. Uma organização bem estruturada e bem administrada, que organiza seus processos de produção de forma que respeite as questões ambientais, que gerencie seus recursos tecnológicos, humanos e financeiros de forma ecoeficiente, estará elevando sua reputação e aceitação frente aos diversos. Esquema -1: Papel da organização ambiental na comunicação de empresa Fonte: A.R. Almeida Junior & H.R.M. Gomes, (2012). Neste caso, O marketing ambiental também foi definido por Kotler (2007) em seu livro Princípios de Marketing como: "(...) um movimento das empresas para criarem e colocarem no mercado produtos ambientalmente responsáveis em relação ao meio ambiente". ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 25 Michael Jay Polonsky, autor de várias obras sobre o tema, propõe um conceito para o marketing verde, que ele próprio considera como sendo o conceito mais abrangente: "Marketing Verde ou Ambiental consiste em todas as atividades desenvolvidas para gerar e facilitar quaisquer trocas com a intenção de satisfazer os desejos e necessidades dos consumidores, desde que a satisfação de tais desejos e necessidades ocorra com o mínimo de impacto negativo sobre o meio ambiente." Nessa mesma reflexão, Churchill & Peter (2000, p. 44) assinalam que marketing verde consiste em "atividades de marketing destinadas a minimizar os efeitos negativos sobre o ambiente físico ou melhorar sua qualidade”. O marketing ambiental nasce como uma ferramenta de apoio e controle, desde o processo de desenvolvimento, produção, entrega, até o descarte do produto, buscando atender as necessidades e desejos dos consumidores e sugerindo aos seus demais relacionados a busca pelo lucro com responsabilidade ambiental. A cadeia produtiva ecologicamente responsável utiliza-se de ferramentas de controle como certificações ambientais, tais como a ISO:14000 - norma que controla a gestão ambientaldas empresas criada pela International Organization for Standardization - e os selos de garantia ecológica que afirmam a procedência dos materiais utilizados na fabricação dos produtos e nos seus processos. Junto a essas ferramentas estão outros membros da cadeia que são ao mesmo tempo controladores e controlados, no caso os fornecedores e compradores. O governo tem sua função como criador da legislação e aplicador de sanções aos infratores. Já as ONGs, com o seu poder de influência e mídia, são os fiscalizadores e investigadores do cliente. Elas, junto com a comunidade, têm a função de conscientizar o consumidor final sobre as empresas e seus produtos no mercado. Deprende-se de acordo com Kotler & Armstrong (2007) que uma empresa socialmente engajada toma decisões de marketing de acordo com os desejos e os interesses dos consumidores, os requisitos da empresa e interesses de longo prazo da sociedade. ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 26 Gestão socioambiental eficiente No entanto, as empresas deveriam investir em uma gestão socioambiental eficiente, pois os ganhos em longo prazo são enormes. Há diversas razões que podem incentivar uma empresa a adotar métodos de gestão sócio ambiental, além dos interesses econômicos, como preceitua Reinaldo Dias (2006), dividindo em: Estímulos internos, como a necessidade de redução de custos; incremento na qualidade do produto; melhoria da imagem do produto e da empresa; a necessidade de inovação; aumento da responsabilidade social; sensibilização do pessoal interno. E, estímulos externos, como a demanda do mercado; a concorrência, o poder público e a legislação ambiental; o meio sociocultural; e as certificações ambientais. A titulo de exemplo, a Natura através de suas ações e iniciativas em prol do meio ambiente e da comunidade, consegue fixar uma imagem na mente dos consumidores de ser uma marca de cosméticos que respeita as gerações futuras. Com campanha publicitária que força o lado ecosustentável e responsável, a Natura leva às consumidoras a imagem de que toda a matéria prima utilizada é natural e ecologicamente correcta, fazendo suas vendas crescerem vertiginosamente. Assim, as consumidoras, além de promever e divulgar a marca Natura, tornam-se advogadas e defensoras da marca. Figura-2: Sintetiza demanda e resposta à sociedade. Fonte: Natura (2011). O apoio das empresas aos projectos ambientais já são respostas à sociedade que está mais exigente em relação ao processo de produção e em relação a responsabilidade do sector produtivo para com os recursos naturais. Percebe-se que, são muitas as questões que vêm corroborar para estimular uma empresa utilizar técnicas de gestão ambiental. ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 27 A melhoria da imagem do produto e da empresa, diz respeito à reputação da empresa junto aos seus públicos, desde os consumidores até aos fornecedores e colaboradores; o meio sociocultural, que são as pressões exercidas principalmente por consumidores e a sociedade, trazendo à mídia questões ambientais que podem desvalorizar a empresa; e a responsabilidade social (Dias & Marques, 2013). Enfim, a empresa faz parte da sociedade e deve agir de forma responsável, tendo deveres e obrigações. Deve agir ética e moralmente de forma aceitável, portanto deve respeitar o meio ambiente. Sumário Nesta unidade abordamos o envolvimento empresarial na constituição de sistemas de comunicação ambiental capaz de compor às necessidades empresariais. O marketing ambiental também foi definido como um movimento das empresas para criarem e colocarem no mercado produtos ambientalmente responsáveis em relação ao meio ambiente. Ainda, abordou-se os interesses econômicos que visam em Estímulos internos, como a necessidade de redução de custos; incremento na qualidade do produto; melhoria da imagem do produto e da empresa; a necessidade de inovação; aumento da responsabilidade social; sensibilização do pessoal interno. E, estímulos externos, como a demanda do mercado; a concorrência, o poder público e a legislação ambiental; o meio sociocultural; e as certificações ambientais. Exercícios de Auto-Avaliação 1. Um dos resultados mais importantes da preocupação empresarial com as questões ambientais, é: A. Obtenção de lucros B. cunho ambiental C. mínimizar conflitos D.comunicação publicitária 2. Na segunda metade do século XX, o crescimento descontrolado das atividades produtivas, do consumo e da população levou: A. Escassez de alimentos B. Degradação dos ecossistemas C. Todas opções estão correctas D. Todas estão erradas https://www.google.co.mz/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiVn8ubsarQAhVF7hoKHW5YC70QjRwIBw&url=https://twitter.com/bertaspaini/media&bvm=bv.138493631,d.ZGg&psig=AFQjCNHmnptONjxAKQuNgWYa1LVaRw_9gQ&ust=1479286271409070 https://www.google.co.mz/imgres?imgurl=http://preg.sites.ufms.br/files/2014/11/metodoavaliacao.jpg&imgrefurl=http://preg.sites.ufms.br/avaliacao-de-cursos/&docid=E3ddK3jYLDgbvM&tbnid=CjCfb-AkqRndYM:&vet=1&w=570&h=347&bih=551&biw=1138&ved=0ahUKEwiOveGKo6rQAhVIB8AKHf8rBjsQMwg9KA0wDQ&iact=mrc&uact=8 ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 28 3. Houve transformações significativas nos sistemas de comunicação publicitária tradicional devido a: A. falta de credibilidade das corporações nas questões ambientais; B. abriu espaço para que outros agentes; C. Alinea a) e b) são as opções estão certas; D. Devido ao poder público e a legislação. Das afirmações que se seguem, assinave com “V” as Verdadeiras e com “F” as Falsas: 4- O marketing ambiental nasce como uma ferramenta de apoio e controle. 5- O apoio das empresas aos projectos ambientais não já são respostas à sociedade que está mais exigente em relação ao processo de produção e em relação a responsabilidade do sector produtivo para com os recursos naturais. Correcção: 1 2 3 4 5 D B A V F Exercícios de Avaliação 1. Multiplicaram-se as pessoas afetadas por sérios problemas ambientais e, como consequência, emergiram robustos movimentos sociais questionando os fazeres e os saberes dos propositores do industrialismo. A. Desafio ambientalista B. Acasionou embate sobre as questões ambientais C. Conjunto de publicidade D. Todas as opções estão correctas. 2. As empresas deveriam investir em uma gestão socioambiental eficiente, sobretudo nos estimulos externos: A. Certificações ambientais B. Necessidade de inovação C. Aumento da responsabilidade social D. Imagem do produto e da empresa. https://www.google.co.mz/imgres?imgurl=http://preg.sites.ufms.br/files/2014/11/metodoavaliacao.jpg&imgrefurl=http://preg.sites.ufms.br/avaliacao-de-cursos/&docid=E3ddK3jYLDgbvM&tbnid=CjCfb-AkqRndYM:&vet=1&w=570&h=347&bih=551&biw=1138&ved=0ahUKEwiOveGKo6rQAhVIB8AKHf8rBjsQMwg9KA0wDQ&iact=mrc&uact=8 ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 29 3. Marketing Verde ou Ambiental consiste em todas as atividades desenvolvidas para gerar e facilitar quaisquer trocas com a intenção de satisfazer os desejos e necessidades dos consumidores, desde que a satisfação de tais desejos e necessidades ocorra com o mínimo de impacto negativo sobre o meio ambiente: A. Satisfazer a reputação da empresa; B. Minimizar os efeitos negativos sobre o ambiente físico; C. Inserção mercadológica; D. Descarte do produto. 4. ISO:14000 - norma que controla a gestão ambiental das empresas criada pela International Organizationfor Standardization, e tem como objectivo principal: A. Controle de consumo; B. Cadeia produtiva ecologicamente responsável utiliza-se de ferramentas de controlo como certificações ambientais; C. Os selos de garantia ecológica que afirmam a procedência dos materiais utilizados na fabricação dos produtos e nos seus processos D. Todas estão opções correctas. 5. Faça corresponder as seguintes ideias elencadas: A não melhoria da imagem do produto e da empresa, diz respeito à: Ideias elencadas Impactos no markentig 1- Fontes de pressão das empresas A-Responsabilidade sociaambiental; 2-Os passivos ambientais B-Trazendo à mídia questões ambientais que podem desvalorizar a empresa 3-Corporativismos sustentavel C-as pressões exercidas principalmente por consumidores e a sociedade; Correcção: 1 2 3 4 5 D A B C *** *** 1 2 3 C B A ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 30 Unidade temática 1.3. Sistema de Gestão Ambiental Introdução Nesta unidade, iremos abordar acerca da gestão ambiental empresarial e a sua evoluição conceitual que está fortemente relacionada com a realidade de um meio ambiente de negócios em transformação, em que a criação de sistemas e modelos de gestão está influenciada por questões sociais, ambientais, econômicas, éticas e culturais. Objectivos Específicos Ao completar esta unidade, o estudante deve: Conhecer a evoluição conceitual da gestão ambiental; Identificar os sistemas e modelos de gestão que influência no carácter social, ambienal, económico, ético e cultural; Compreender a responsabilidade socioambiental das empresas. Modelo de Gestão ambiental para a reputação Fonte: PMBOK, (2000) ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 31 No entanto, as empresas devem demonstrar o seu comportamento com uma maior responsabilidade socioambiental, através da mudança no seu modelo de Gestão ambiental, uma vez que uma empresa bem estruturada para tratar dos seus aspectos ambientais apresenta um menor risco de ter que enfrentar multas, acções legais, por descumprimento da legislação, menor probabilidade de acidentes ambientais, menor passivo ambiental, redução dos riscos para os utilizadores dos produtos, além de reduzir impactos ambientais causados ao meio ambiente (Machado, 2013). No entanto, o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) deve ser entendido como um processo voltado a resolver, mitigar e/ou prevenir os problemas de carácter ambiental, com objetivo de pôr em pratica o desenvolvimento sustentável. E de acordo com ISO: 1400 é a parte do sistema de gestão que inclui estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidade prática, procedimentos, processos e recursos para desenvolver e implementar sua politica ambiental. Matriz-4: Modelo de Sistema de Gestão Ambiental empresarial Fonte: Nicollella et al (2004) No decorrer da década de 1990, as organizações responsáveis pela padronização e normalização, notadamente aquelas localizadas nos países industrializados, começaram a atender as demandas da sociedade e as exigências do mercado, no sentido de sistematizar procedimentos pelas empresas que refletissem suas preocupações com a qualidade ambiental e com a conservação dos recursos naturais. ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 32 No entato, esses procedimentos materializaram-se por meio da criação e do desenvolvimento de Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) destinados a orientar as empresas a adequarem-se a determinadas normas de aceitação e reconhecimento geral. Para Nicolella et all (2004), estes sistemas, posteriormente, vieram a configurar-se como importantes componentes nas estratégias empresariais. Neste caso, a International Organization Standardization é uma instituição formada por órgãos internacionais de normalização criada em 1947, com o foco de desenvolver a normalização e atividades relacionadas para facilitar as trocas de bens e serviços no mercado internacional e a cooperação entre os países nas esferas científicas, tecnológicas e produtivas, Barbieri (2007). A mesma ideia é corroborada por ISO citado por Machado (2003), tem por objetivo, também, garantir que os produtos e serviços sejam seguros, confiáveis e de boa qualidade. Para Machado (2013), as empresas, as normas são ferramentas estratégicas que reduzem os custos, minimizando desperdícios, e, por conseguinte, aumentando a produtividade. A Série ISO:14.000 trata-se de um grupo de normas que fornece ferramentas e estabelece um padrão de Sistema de Gestão Ambiental, abrangendo seis áreas bem definidas: Sistemas de Gestão Ambiental (ISO: 14001), Auditorias Ambientais (ISO:14010, 14011, 14012 e 14015), Rotulagem Ambiental (Série ISO:14020, 14021, 14021 e 14025), Avaliação de Desempenho Ambiental (Série ISO:14031 e 14032), Avaliação do Ciclo de Vida de Produto (Série ISO:14040, 14041, 14042 e 14043) e Termos e Definições (Série ISO:14050), trata-se dos requisitos para implementação do Sistema de Gestão Ambiental, sendo passível de aplicação em qualquer tipo e tamanho de empresa. Para a obtenção e manutenção do certificado ISO:14001, a organização tem que se submeter à auditoria periódica, realizada por uma empresa certificadora, credenciada e reconhecida. Nesta auditoria são verificados os cumprimentos de requisitos como: cumprimento da legislação ambiental; diagnóstico atualizado dos aspectos e impactos ambientais de suas atividades; procedimentos padrão e planos de ação para eliminar ou diminuir os impactos ambientais e pessoal devidamente treinado e qualificado. Benefícios de se adotar o Sistema de Gestão Ambiental Para ser considerado um empreendimento verde, um negócio deve percorrer um caminho que certamente demanda esforços e investimentos, uma vez que depende de muito comprometimento em todos seus setores para a melhoria efetiva dos processos. ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 33 Por outro lado, a proposta do SGA aplicada às empresas traz inúmeros benefícios, como a redução de riscos de acidentes ecológicos e a melhoria significativa na administração dos recursos energéticos, materiais e humanos, o que tem um impacto positivo direto nas contas de água e luz. O fortalecimento da imagem da empresa junto à comunidade, assim como aos fornecedores, stakeholders, clientes e autoridades também entra na lista das vantagens de se seguir um modelo verde de gerenciamento. Cumpre ressaltar que a tendência da procura por produtos e serviços oriundos de empresas ecologicamente conscientes e socialmente responsáveis, que já é comum na Europa, está se fortalecendo de forma impressionante em Moçambique. Outro ponto positivo é a possibilidade de conquistar financiamentos governamentais e bancários, assim como programas de investimento, que aumenta consideravelmente com o bom histórico ambiental das empresas. Um bom exemplo deste quesito é a iniciativa do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). Sumário Nesta unidade abordamos a pertinencia da certificação dos sistemas de gestão ambiental que tem-se tornado imprescindível para as empresas devido ao aumento da conscientização ambiental e a busca pela sustentabilidade, inclusive esteve em pauta na agenda do século 21. Fazer parte deste rol é uma escolha acertada de empreendedores de todos os segmentos de atuação, mas é importante enfatizar que o sucesso da implementação da SGA depende – e muito – do comprometimento com as metas estabelecidas e dos próprios colaboradores. Qualquerempresa pode implementar o SGA. Na etapa inicial do processo, é feito um mapeamento de todas as atividades da empresa e suas necessidades. Depois deste primeiro momento, a empresa interessada deve passar por quatro etapas, organizadas do seguinte modo: Definição e comunicação do projeto, bem como a geração de um documento detalhando as bases; Revisão ambiental inicial para planejamento do SGA; Implementação; Auditoria e certificação. https://www.google.co.mz/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiVn8ubsarQAhVF7hoKHW5YC70QjRwIBw&url=https://twitter.com/bertaspaini/media&bvm=bv.138493631,d.ZGg&psig=AFQjCNHmnptONjxAKQuNgWYa1LVaRw_9gQ&ust=1479286271409070 ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 34 Exercícios de Auto-Avaliação 1. A concepção do conceito de gestão ambiental teve como gêneses: A. Saneamento urbano B. Saneamento básico C. Planejamento urbano D. Poluição de ar 2. A evoluição do conceito de Gestão Ambiental sistematizou-se na decáda: A. 1990 B. 1960 C. 1980 D. 1970 3. O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) deve ser entendido como um processo voltado a resolver a questão ligada a: A. Passivos ambientais B. Risco de multas C. Contravenção ambiental D. Desenvolvimento sustentável 4. O ISO:1400 é a parte do sistema de gestão que inclui estrutura organizacional que está introjetado com: A. Atividades de planejamento B.Actividades de monitória C. Actividade de avaliação D. Todas as opções estao correctas 5. Para ser considerado um empreendimento verde, um negócio deve percorrer um caminho que certamente demanda esforços e investimentos, uma vez que depende de muito comprometimento em todos seus setores para o melhoramento efectivo dos processos. Quais os benefícios de se adotar o Sistema de Gestão Ambiental: A. Revisão ambiental B. Desenvolvimento ecológico C. Fortalecimento da imagem da empresa D. Marcas associada Correcção: 1 2 3 4 5 B A D A C Exercícios de Avaliação 1. A primeira experiência de gestão ambiental realizou-se em: A. 1950 B. 1960 C. 1970 D. 1980 https://www.google.co.mz/imgres?imgurl=http://preg.sites.ufms.br/files/2014/11/metodoavaliacao.jpg&imgrefurl=http://preg.sites.ufms.br/avaliacao-de-cursos/&docid=E3ddK3jYLDgbvM&tbnid=CjCfb-AkqRndYM:&vet=1&w=570&h=347&bih=551&biw=1138&ved=0ahUKEwiOveGKo6rQAhVIB8AKHf8rBjsQMwg9KA0wDQ&iact=mrc&uact=8 https://www.google.co.mz/imgres?imgurl=http://preg.sites.ufms.br/files/2014/11/metodoavaliacao.jpg&imgrefurl=http://preg.sites.ufms.br/avaliacao-de-cursos/&docid=E3ddK3jYLDgbvM&tbnid=CjCfb-AkqRndYM:&vet=1&w=570&h=347&bih=551&biw=1138&ved=0ahUKEwiOveGKo6rQAhVIB8AKHf8rBjsQMwg9KA0wDQ&iact=mrc&uact=8 ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 35 2. No decorrer da década de 1990, as organizações responsáveis pela padronização e normalização, começou a adotar a seguinte medida de responsabilidade social: A. Demandas da comunidade B.Sistematizar procedimentos C. Plano de de acção D. Declaração do Milénio 3. A Série ISO:14.000 trata-se de um grupo de normas que fornece ferramentas e estabelece um padrão de Sistema de Gestão Ambiental, abrangendo: A. Seis áreas bem definidas B. Duas áreas bem definidas C. Quatro áreas bem definidas D. Oito áreas bem definidas 4. Indique o requisito válido para implementação do Sistema de Gestão Ambiental: A. Termos e Definições das empresas envolvidas B. Avaliação de cada estágio da producao C. Cumprimento da legislação ambiental D. Desempenho da responsabilidade civil 5- Das afirmações que se seguem, assinala “V”, apenas uma Verdadeiras. Para a obtenção e manutenção do certificado ISO:14001, a organização tem que se submeter à auditoria periódica: a) Nesta auditoria são verificados os cumprimentos de requisitos como: o não cumprimento da legislação ambiental; b) Nesta auditoria são verificados os cumprimentos de requisitos como: diagnóstico não atualizado dos aspectos e impactos ambientais de suas atividades; c) Nesta auditoria não são verificados pessoal devidamente treinado e qualificado d) Procedimentos padrão e planos de acção para eliminar ou diminuir os impactos ambientais. Correcção: 1 2 3 4 5 B A A C D ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 36 Unidade temática 1.4. Planejamento Urbano x Meio ambiente. Introdução Nesta unidade iremos discutir o conceito Planejamento Urbano verus Meio ambiente bem como sua gêneses, elementos que marcam os diferentes estágios da evoluição de planejamento dos espaços urbanos. No entanto, vai-se abordar também a emergência de modelos, conceitos e estratégias como: O Plano de Gestão Ambiental (PGA), a proteção dos recursos naturais, as acções antrópicas e suas interferências no ambiente natural, a idéia de ecológia e paisagem urbana, associados ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Somados a esses conceitos e exigências legais, ainda temos a interdisciplinaridade, o projeto participativo, a educação e conscientização ambiental da sociedade, que são pontos essenciais para a qualidade de qualquer projeto de urbanismo nos dias atuais. Objectivos Específicos Ao completar esta unidade, o estudante deve: Definir o Planejamento urbano e Meio Ambiente Explicar a História e evolução do pensamento de construção dos espaços urbanos. Descrever o Plano de Gestão Ambiental (PGA), Caracterizar a idéia de ecológia e paisagem urbana, associados ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA) Compreender a necessidade de interdisciplinaridade nesta materia. Entender o Estudo Internacional da Eficácia da Avaliação Ambiental sistematizada os objetivos da AAE, relacionando- os aos benefícios Planejamento Urbano e Territorial No início dos anos 70, obras começaram a ser publicadas com poderosas influências sobre estudos urbanos e inicia-se então uma renovação crítica da pesquisa urbana, com diferentes autores, os quais são objecto de estudo até hoje. Porém, estes conceitos são constantemente revisados, como é o caso de UN-Habitat, que trata de diretrizes Internacionais sobre Planejamento Urbano. ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 37 Figura-3: Parte Urbana Planificada Fonte: Camanguira 2017 Figura-4: Ocupação desordenada na zona urbana Fonte: Camanguira 2017 Depreende-se que “Planejamento Urbano e Territorial pode ser definido como um processo de tomada de decisão com o objetivo de alcançar metas econômicas, sociais, culturais e ambientais, por meio do desenvolvimento de visões, estratégias e planos territoriais e da aplicação de um conjunto de princípios de políticas, ferramentas, mecanismos institucionais e participativos de procedimentos regulatórios” (UN-HABITAT, 2015, s.p.). Este conceito de planejamento urbano – o qual deve, aliás, ser sempre pensado junto com a gestão - é analisado no recorte escalar de um espaço público, onde a vitalidade e atratividade de investimentos não depende de um fator, mas de um arranjo coerente destes. ISCED CURSO: Gestão Ambiental - 4° Ano Disciplina/Módulo: Projectos em Gestão e Comunicação Ambiental 38 Esquema-2: Recorte de um espaço público Fonte: UN-HABITAT, (2015). É neste contexto,
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