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Resumo de Legislação Tributária

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LEGISLAÇÃO
 
TRIBUTÁRIA
RESUMO DE AULAS
ÍNDICE
MENSAGEM PÁGINA		03
RESUMO DE AULAS PÁGINA		04
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL PÁGINA		21
CONSTITUIÇÃO (PARTE) PÁGINA	 47 
ANEXO: MICROEMPRESAS E EPP. PÁGINA 56
*João Marcos B. Martins
MENSAGEM AO FUTURO PROFISSIONAL
 Alguém já disse que nós todos somos absolutamente ignorantes. Só que numa determinada coisa ou ramo do conhecimento. É uma verdade. A diferença estará em nossa maneira de lidar com essa ignorância. A humildade científica é de todo desejável. 
 Ao início de mais um semestre refaçamos nossas forças, pois o esforço e disciplina constantes são fatores conducentes à realização de um desempenho favorável. Que os fatos da vida, embora por vezes amargos, não se constituam em barreiras ao aprendizado e aprimoramento profissional. 
 Como estudar legislação tributária? Como entender as normas do direito tributário e sua influência no dia-a-dia do cidadão? A técnica existe e sempre será detalhada em sala de aula ao sabor da casuística em estudo, que determina modos diferentes para assuntos diversos.
 No entanto, no nosso caso, tão ou mais importante que a técnica é a visão que devemos ter acerca dos fenômenos que nos são dados a analisar. Não pensemos como ser individual resultante dos mais diversos contextos e situações vividas. Certamente seremos traídos por nossas manias e preconceitos.
 Pensemos, isto sim, como profissionais. Aí, a partir deste pressuposto, todas as análises deverão levar em conta os fatores de mercado, o nível de desenvolvimento do país, a economia, a religião etc. A sociedade como um todo.
 O Estado provedor parece estar com os dias contados. A arrecadação de tributos, objetivando posterior redistribuição à população, tem esbarrado em barreiras dos mais variados tipos. A insatisfação da sociedade é visível e, por conseguinte, nos dá certa dimensão dos erros e acertos.
 Caberá a você fazer a sua parte. A primeira e fundamental providência será entender a formação da sociedade brasileira. Muita leitura e reflexão nas questões recorrentes na mídia. Discussões dos especialistas também serão úteis. Só pode planejar quem tem os fundamentos para tal. Então, reflexão, sempre, dentro de um contexto. O raciocínio isolado não ajudará muito. No mais, disciplina e dedicação.
 Bom estudo! Conte conosco.
* Prof. João Marcos Brito Martins
Administrador, Pós-graduado em Administração(PUC-RIO), Advogado, Mestre em Direito(UNESA-RIO). Membro da Associação Internacional de Direito de Seguro (AIDA-BR). Autor dos Livros: 1- “Direito de Seguro: Responsabilidade Civil das Seguradoras”; 2- “O Contrato de Seguro”; 3- “Dicionário de Seguros, Previdência Privada e Capitalização”, 4- “Mil Perguntas de Seguros, Previdência Privada e Capitalização e 5- “Resseguros: Fundamentos Técnicos e Jurídicos” da Editora Forense Universitária-RJ e Autor dos Manuais de Responsabilidade Civil da Escola Superior Nacional de Seguros. Consultor Jurídico de Villela Duplan Advocacia. RJ. 
RESUMO DE AULAS
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
PROF°: JOÃO MARCOS B. MARTINS
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE I : O TRIBUTO - Introdução- Noções Financeiras- Conceito de Tributo- Espécies de Tributo: Imposto, Taxa e Contribuição: características gerais- UNIDADE II : OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA – Relação Jurídica Tributária e seus elementos- Fato gerador: a lei, o fato, os sujeitos e o objeto – Natureza da obrigação tributária: distinção da obrigação do direito privado. UNIDADE III: O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL - Princípios constitucionais tributários- Limitações ao poder de tributar- Impostos da União, Estados e Municípios – Repartição das receitas tributárias- UNIDADE IV: CRÉDITO TRIBUTÁRIO – Constituição do crédito tributário- Lançamento- Revisibilidade administrativa. Exigibilidade administrativa e suspensão da exigibilidade- Garantias e privilégios- Causas da extinção do crédito tributário- Exclusão do crédito tributário. UNIDADE V- ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS: Impostos (Renda, Patrimônio, Comércio Exterior, Circulação e serviços, Produção e consumo)- Taxas- Contribuições especiais – Empréstimos compulsórios 
OBJETIVOS
O aluno deverá ser capaz de: compreender as noções fundamentais sobre Direito Tributário, identificar a legislação pertinente aplicável ao campo da administração e identificar as questões de tributação exclusivamente voltadas para as atividades empresariais aplicando o planejamento fiscal em situações concretas.
METODOLOGIA DE ENSINO
Os temas serão apresentados através de aulas expositivas com auxílio de retroprojetor em todas as sessões. A participação do aluno será estimulada através da apresentação de questões inerentes ao seu cotidiano , tendo a visão do administrador como pano de fundo. 
BIBLIOGRAFIA
UNIDADE 1 –O TRIBUTO
1.1- INTRODUÇÃO – Histórico – Legislação básica: CTN- Código Tributário Nacional(Lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1966) e CF- Constituição Federal de 1988).
Conceito: CTN. Art. 3° - “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
Espécies de tributos(CTN.art.5 e CF.art.145): impostos, taxas e contribuições de melhoria, incluindo-se também os empréstimos compulsórios(CF.art.148) e contribuições especiais ou parafiscais(CF.art.149) 
TRIBUTOS E APLICAÇÃO DA RECEITA:
1-Imposto: financiamento de serviços públicos gerais (tributo não vinculado); de competência de cada poder público.
2-Taxa: vinculada a uma atividade estatal diretamente dirigida ao contribuinte.
3- Contribuição de melhoria: vinculada à realização de obras públicas
4- Empréstimo compulsório: receita vinculada à causa que lhe deu origem; de competência exclusiva da União. 
5- Contribuições especiais: custeio da seguridade social, de entidades representativas de categorias profissionais, de paraestatais etc.; de competência exclusiva da União à exceção de contribuições de Estados e Municípios cobradas de seus funcionários para custeio de sistemas de previdência. 
TRIBUTOS E TIPOS 
1- Impostos: federais, estaduais e municipais (conforme a constituição)
2- Taxas: a)- taxa de fiscalização: exercício do poder de polícia; b)- taxa de serviços: específicos, divisíveis, prestados efetivamente ou postos à disposição do usuário.
3- Contribuição de melhoria: sem subespécie
4- Empréstimo compulsório: a)- em razão de despesas extraordinárias: calamidade pública, guerra externa ou sua iminência; b)- investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
5- Contribuições especiais: a)- sociais: para seguridade social: INSS, PIS, PASEP, FGTS...) b)- de intervenção no domínio econômico(CIDE); c)- de interesse de categorias profissionais( conselhos, OAB...) ou econômicas(senai, sesc, sesi, imposto sindical...)
1.2- NOÇÕES FINANCEIRAS 
ATIVIDADE FINANCEIRA “é o conjunto de ações do Estado para a obtenção da receita e a realização dos gastos visando o atendimento das necessidades públicas(atividade-meio : instrumental, que se resumem em: obtenção de recursos =receitas públicas=entradas; aplicação de recursos=despesas públicas=saídas; administração do patrimônio público=gestão pública) ”.
OBS.: CF. art. 3º (objetivos do Estado Brasileiro- atividade-fim)
DIREITO FINANCEIRO “é o conjunto de normas e princípios que regulam a atividade financeira. Incumbe-lhe disciplinara constituição e a gestão da fazenda pública, estabelecendo as regras e procedimentos para a obtenção da receita pública e a realização dos gastos necessários à consecução dos objetivos do Estado”
RECEITA PÚBLICA divide-se em derivada (arrecadação dos tributos, multas) e originária (vinculada à exploração do patrimônio público: preço público, tarifas...)
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA “é o conjunto de leis, decretos, normas complementares, tratados e convenções internacionais que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes” (CTN.art.96)
DIREITO TRIBUTÁRIO OU FISCAL “é o conjunto de normas e princípios que regulam a atividade financeira relacionada com a instituição e cobrança de tributos”.
FAZENDA PÚBLICA é o complexo dos recursos e obrigações financeiras do Estado.
FISCO: é o aparelho administrativo destinado à arrecadação das rendas públicas e guarda dos bens do Estado.
ORÇAMENTO PÚBLICO: CF. Art.165.
1.3- CONCEITO DE TRIBUTO
Do latim tributum. CTN-Art. 3° - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Art. 4° - A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Nota: vide CF: art.145
CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS:
Vinculados: têm o fato gerador ligado a alguma atividade estatal específica que beneficia diretamente o contribuinte(taxas e contribuições de melhoria). Não vinculados: têm por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica(impostos).
1.4- ESPÉCIES DE TRIBUTO
Art. 5°-CTN - Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
CTN-art.16 “ Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”.
CTN-art. 77 “ As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
CTN-art. 81 “ A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
OBS: CF: empréstimos compulsórios:art.148 e contribuições especiais(parafiscais): art.149 e 195.
1.5- CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS TRIBUTOS.
 I)- IMPOSTOS
Destinam-se ao financiamento de serviços públicos gerais; são de competência exclusiva do poder público; tipos: federais, estaduais e municipais, conforme atribuição constitucional; criados por lei ordinária. 
II)- TAXAS
São vinculadas a uma atividade estatal diretamente dirigida ao contribuinte: prestação de serviço ou poder de polícia; de competência comum; tipos: a) taxas de fiscalização: exercício do poder de polícia e taxas de serviços: específicos, divisíveis, prestados efetivamente ou postos à disposição do usuário; criadas por lei ordinária.
III)- CONTRIBUIÇAO DE MELHORIA
É vinculada à realização de obras públicas; de competência comum; tipos: não apresenta sub-espécies; criada por lei ordinária.
IV)- EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
A CF obriga que sua receita seja vinculada à causa que lhe deu origem; de competência exclusiva da União; tipos: a) em razão de despesas extraordinárias(calamidade pública, guerra) e b) investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional; criado por lei complementar.
V)- CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS(PARAFISCAIS)
Se destinam ao custeio da seguridade social , de entidades representativas de categorias profissionais etc; de competência exclusiva da União(exceção aos demais entes que poderão cobrar de seus servidores para custeio dos sistemas de previdência e assistência social); tipos: a) sociais(para seguridade social) b) de intervenção no domínio econômico e c) de interesses de categorias profissionais ou econômicas; criadas (em regra) por lei ordinária.
UNIDADE 2- OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
(lei + fato gerador) - OBS: Princípio da Legalidade(CF art.5,II)
2.1- RELAÇÃO JURÍDICA 
Sujeito ativo=credor; sujeito passivo=devedor; objeto=consiste num dar, fazer ou não fazer; vínculo jurídico=une os dois sujeitos por causa da prestação (impõe a submissão do objeto ao sujeito); causa.
2.2-RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
Sujeito ativo: o Estado; sujeito passivo: o particular; objeto: prestação positiva ou negativa; causa: a lei.
“CTN-Art. 113 - A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1° - A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2° - A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3° - A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente a penalidade pecuniária.
2.3- FATO GERADOR: A LEI, O FATO, OS SUJEITOS E O OBJETO
Obs: O fato gerador recebe também, pela doutrina, os nomes de situação-base, pressuposto de fato do tributo, objeto da tributação, fato imponível, suporte fático, hipótese de incidência etc. Tal termo se refere a duas realidades distintas: a) uma situação hipotética, descrita abstratamente em lei e, b) o fato concreto efetivamente ocorrido no mundo real.
CTN- “ Art. 114 - Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
Art. 115 - Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
Art. 116 - Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:
I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
II - tratando-se da situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.
{Parágrafo único introduzido pela Lei Complementar n° 104, de 10 de janeiro de 2001.}
Art. 117 - Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:
I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
ESTRUTURA DO FATO GERADOR - ASPECTOS 
material: situação descrita na lei do tributo.
temporal: momento da realização do fato determina a legislação aplicável e prazos.
espacial(territorialidade): determina o ente tributante/lei aplicável.
pessoal: determina os sujeitos da obrigação
quantitativo(valorativo): respeitante à determinação da base de cálculo e da alíquota. 
CLASSIFICAÇÃO DO FATO GERADOR:a)- quanto aos elementos que o integram: 
a1) simples: constituído de um único elemento(ex. II, IE, IPI, IOF, ITD, ICMS, IPVA, IPTU, ITR , ISS...);
a2) complexo: constituído de vários elementos(ex. IR: salários, aluguéis, aplicações etc), cada um dos quais capazes de gerar, por si só, tributação.
b)- quanto à periodicidade(freqüência):
b1) instantâneos: se completam num só momento(ex. II, IE, IPI, IOF, ITD, ICMS, ITBI, ISS...)
b2) periódicos: se iniciam e se completam num determinado período, em regra anual( ex. IR, ITR, IGF, IPVA , IPTU...)
b3) continuados: ao se completarem dão início a novo fato gerador( ex. os periódicos).
SUJEITO ATIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
CTN- “Art. 119 - Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu cumprimento.”
OBS: Sujeito ativo direto/sujeito ativo por delegação(das funções de fiscalizar e arrecadar tributos)
Nota: Parafiscalidade
SUJEITO PASSIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
CTN- Art. 121 - Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - CONTRIBUINTE, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;(ex. o importador no II, o proprietário do imóvel no IPTU, o proprietário do veículo no IPVA, o titular da renda no IR etc)
II - RESPONSÁVEL, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.(ex. os herdeiros pelos tributos devidos pelo falecido, a Caixa pelo IR do ganhador de loteria, o empregador pelo IR retido na fonte do empregado etc).
Importante: seja sujeito passivo direto(contribuinte) ou sujeito passivo indireto(responsável) a ele será atribuída responsabilidade pessoal, vale dizer, a obrigação deve ser cumprida pelo próprio(nota: CTN.art.123 “Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.”).
Nota: O sujeito passivo indireto pode ser responsável:
a) Por substituição: a lei determina que terceira pessoa(responsável por substituição, contribuinte substituto ou substituto tributário) ocupe o lugar do contribuinte desde a ocorrência do fato gerador: ex. a CEF no IR do prêmio de loteria . 
b) Por transferência: a lei transfere para terceira pessoa a obrigação tributária em razão de acontecimento posterior à ocorrência do fato gerador, surgindo daí as figuras: a)- da solidariedade tributária passiva( natural ou legal), b)- da responsabilidade dos sucessores e , c)- da responsabilidade de terceiros(Obs: CTN- art.124 a 138)
CTN.Art.122- Sujeito passivo obrigação acessória.
2.4- OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA-NATUREZA 
Art. 118 - A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.”
Nota: interpretação objetiva do fato gerador(cláusula non olet- não cheira). Validade do ato jurídico: agente capaz, objeto lícito e possível e forma prescrita ou não proibida em lei. 
UNIDADE 3- SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
“Sistema tributário nacional designa o conjunto de princípios constitucionais que informam o quadro orgânico de todas as normas de direito tributário vigentes no Brasil”. É sistema racional pois resulta da ação premeditada do legislador(CTN). É também um sistema rígido pois não admite a competência concorrente, isto é, proíbe a bi-tributação” 
3.1- PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
“Princípio é toda proposição diretora à qual todo ordenamento subseqüente deve estar subordinado” 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Genérico: CF- art.5,II 
Específico: CF.art.150,I- 
Exceção parcial ao princípio da legalidade, no tocante à majoração, face o poder executivo poder alterar a alíquota(CF, art.153,§ 1º): II e IE (regulam o comércio exterior), IPI (regula a produção e concorrência dos produtos nacionais e estrangeiros), IOF(influencia a política econômica interna) .
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI.
CF. art.150,III,b : estipula a vedação de cobrança de tributo no mesmo exercício financeiro em que for publicada a lei que o instituiu ou aumentou, com as seguintes exceções: 
a)- quanto ao II, IE, IPI e IOF podem ser majorados pelo executivo ,
b)- impostos extraordinários por motivo de guerra 
c)- empréstimos compulsórios por motivo de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência,
d)- contribuições sociais: possuem regra própria entrando em vigor 90 dias após a data da publicação da lei que as instituiu ou majorou( CF.art.195, caput, § 6°)
PRINCÍPIO DA ISONOMIA . Genérico: CF, art.5,caput. Específico: CF, art.150, II.
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA.CF, art.145,§ 1°.
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO CONFISCO.CF, art. 150, IV.
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE TRIBUTÁRIA. CF. Art. 151,I.
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO DO TRÁFEGO. CF. art 150,V.
PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE DOS IMPOSTOS. CF. art. 153,155 e 156.
PRINCÍPIO DA INDELEGABILIDADE DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA.CTN. art.7/8.
 PRINCÍPIO DA LITERALIDADE NA INTERPRETAÇÃO. CTN.art.111
 PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI TRIBUTÁRIA. CF.art. 150,III,a- CTN.art.106
 PRINCÍPIO DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. CTN.art.204
 PRINCÍPIO DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA.
IMUNIDADES: recíprocas(CF.art.150,caput, e VI,a), genéricas(CF.art.150, caput, VI, alíneas b,c,d e art.184, § 5-imóveis desapropriados para fins de reforma agrária) e específicas: IR (CF.153, § 2, II), ITR (CF.art.153, § 4), IPI (CF.art.153, § 3, III, e art. 155, § 3), ICMS (CF. art.153, § 5 e art.155, § 2, X, a, b) ITBI (CF. art.156, § 2, I)
Nota: Diferenças básicas entre Imunidade e Isenção.
Imunidade: prevista na CF, inexistência de fato gerador e obrigação tributária, situa-se no campo da não-incidência, alteração só através de EC)
Isenção: lei infraconstitucional, ocorre o fator gerador mas fica dispensado o pagamento do tributo, situa-se no campo da incidência, alteração através de lei ordinária.
3.2- LIMITAÇÃO AO PODER DE TRIBUTAR
“É vedado à União ...” . Obs: a autolimitação imposta pelos princípios.
3.3- IMPOSTOS DA UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS
CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS
I)- QUANTO AO ENTE ARRECADADOR
-UNIÃO (Impostos Federais)
-ESTADOS E DF (Impostos Estaduais)
-MUNICÍPIOS E DF (Impostos Municipais)
II)- QUANTO À BASE ECONÔMICA(CTN)
COMÉRCIO EXTERIOR
PATRIMÔNIO
RENDA
PRODUÇÃO
CIRCULAÇÃO
III)- QUANTO A DISTRIBUIÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA
FIXOS
PROPORCIONAIS
PROGRESSIVO
IV)- QUANTO A FORMA DE PERCEPÇÃO
DIRETOS: arcado pelo próprio contribuinte
INDIRETOS: podem ser repassados ao consumidor final.
V)- QUANTO AO OBJETO DE INCIDÊNCIA
PESSOAIS: INCIDEM SOBRE PATRIMÔNIO E RENDA (ex. diretos)
REAIS: CONSIDERAM A MATÉRIA TRIBUTÁVEL(ex. Indiretos)
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
IMPOSTO COMPETÊNCIA BASE ECONÔMICA FORMA DE PERCEPÇÃO
ITBI_________________________________________________________________
II___________________________________________________________________
IPVA________________________________________________________________
ISS__________________________________________________________________
IPI__________________________________________________________________
ITR__________________________________________________________________
IPTU________________________________________________________________
IR___________________________________________________________________
IE___________________________________________________________________
ITD_________________________________________________________________IGF__________________________________________________________________
IOF__________________________________________________________________
ICMS________________________________________________________________
OBS: caráter fiscal e extrafiscal de um tributo.
IMPOSTOS DA UNIÃO: 
II= IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO
Fato gerador(FG): entrada de mercadoria estrangeira no território nacional; base de cálculo: valor da mercadoria ou sua quantidade, conforme a alíquota, se específica ou ad valorem; não sujeito à anterioridade.
Nota. Temas para reflexão: regula preços internos, controle de inflação setorial, incentivo à produção nacional, superávit da balança comercial(entrada de dólares), aumento na produção industrial(importação de bens de capital) etc. 
IE= IMPOSTO SOBRE A EXPORTAÇÃO, PARA O EXTERIOR, DE PRODUTOS NACIONAIS OU NACIONALIZADOS.
FG: saída de produtos nacionais ou nacionalizados; não sujeito à anterioridade.
IR= IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA.
FG: aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica de renda(produto do capital, do trabalho ou de ambos) ou proventos de qualquer natureza(outros acréscimos patrimoniais); Base de cálculo sobre os acréscimos patrimoniais (PF) ou sobre o lucro (PJ) real , arbitrado(*) ou presumido. Princípios específicos: generalidade(todos), universalidade(tudo) e progressividade(capacidade contributiva).
NOTA: IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA
I)- LUCRO ARBITRADO: ANUAL OU PROPORCIONAL; PAGAMENTO DEFINITIVO COM BASE NA RECEITA BRUTA OU CRITÉRIO ALTERNATIVO. É uma faculdade do fisco e não prerrogativa do contribuinte. O fisco pode arbitrar o lucro em caso do contribuinte não apresentar documentação adequada ou em caso de destruição dos documentos em caso fortuito.
II)- LUCRO PRESUMIDO: TRIMESTRAL; PAGAMENTO DEFINITIVO COM BASE NA RECEITA BRUTA. Forma de tributação mais simplificada. O lucro presumido é determinado pela aplicação de um percentual sobre a receita bruta da empresa. Nem toda empresa pode utilizar esta forma de tributação.
III)- LUCRO REAL: é a forma mais complexa de tributação do IR, obrigatoriamente utilizada pelas pessoas jurídicas indicadas no Regulamento do Imposto de Renda(ex. imobiliárias, construtoras, bancos, instituições financeiras etc) e facultativa para as demais.
LUCRO REAL TRIMESTRAL: PAGAMENTO DEFINITIVO COM BASE NO LUCRO REAL TRIMESTRAL.
LUCRO REAL ANUAL: PAGAMENTO COM BASE NA RECEITA(ESTIMADA) BRUTA MENSAL E AJUSTE PELO LUCRO REAL ACUMULADO MENSALMENTE E AJUSTE NA DECLARAÇÃO ANUAL
Nota: as alíquotas do imposto de renda(IR) das pessoas jurídicas, na prática, oscilam entre 15% e 25%, dependendo do lucro apurado, a saber: alíquota básica =15%(quinze por cento) sobre o lucro real, presumido ou arbitrado. Adicional de 10%(dez por cento) sobre a parcela que exceder a R$ 240.000,00(duzentos e quarenta mil reais), por ano, sendo aplicada proporcionalmente em períodos menores(R$20.000,00 por mês).
NOTA: OPÇÃO PELO LUCRO PRESUMIDO
Como regra, qualquer empresa poderia optar pelo lucro presumido. No entanto, algumas são obrigadas a declarar com base no lucro real, como segue: empresas, cuja receita total no ano-calendário anterior, seja superior a R$ 48.000.000,00(quarenta e oito milhões),admitindo-se a proporcionalidade quando em prazo inferior; instituições financeira e equiparadas; empresas que tiveram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundo do exterior; que usufruam benefícios fiscais relativos à isenção ou redução de impostos; empresas que tenham efetuado pagamento mensal com base no regime de estimativa. 
IPI= IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
FG: saída de mercadorias de estabelecimento industrial (ou equivalente= atacadista de estabelecimento industrial) ou desembaraço aduaneiro; não sujeito à anterioridade; princípios específicos: seletividade(alíquotas segundo a essencialidade) e não cumulatividade.(Questão: isenção de IPI barateia o produto?)
ITR= IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL
FG: propriedade, domínio útil ou posse de imóvel por natureza, fora da zona urbana(exceção para pequenas glebas rurais); finalidade extrafiscal (propriedades improdutivas): a alíquota leva em conta o tamanho da propriedade, o coeficiente de utilização da terra e a produtividade. Reflexão: função social da propriedade.
6- IOF= IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGURO, OU RELATIVAS A TÍTULOS OU VALORES MOBILIÁRIOS.
FG: operações de crédito, câmbio, seguro, títulos e valores mobiliários ou ouro quando definido como ativo financeiro; alíquotas variáveis; função extrafiscal; não sujeito à anterioridade.
7- IGF= IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS
Ainda não regulamentado (lei complementar) 
8- IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS DE GUERRA
Cobrado em caso ou iminência de guerra; enseja bitributação; não sujeito à anterioridade; instituído por lei ordinária.
IMPOSTOS DA COMPETÊNCIA RESIDUAL.
Instituídos por lei complementar ; não cumulativos; não podem ter base de cálculo ou fato gerador próprios de impostos existentes; observarão o princípio das anterioridade. 
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
- PIS/PASEP : PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL/PROGRAMA DE FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO DO SERVIDOR PÚBLICO
LEGISLAÇÃO: Lei Complementar n° 7/70(PIS) e Lei Complementar 8/70(PASEP). Após essas leis diversas alterações foram feitas até o presente.
a) - SUJEITO ATIVO: União
b) - SUJEITO PASSIVO: pessoas jurídicas( e físicas no caso de importações)
c) - FATO GERADOR: receita bruta das pessoas jurídicas e importações.
d) - BASE DE CÁLCULO: a alíquota incidirá sobre a receita bruta, esta entendida como a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas. 
e) - ALÍQUOTA: 0,65%(sessenta e cinco centésimos por cento) pelo método cumulativo e 1,65%(hum inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) pelo método não cumulativo.
OBS: o método não cumulativo é obrigatório para a maior parte das empresas tributadas pelo lucro real. Denomina-se não cumulativo em função de se permitir a dedução de créditos expressamente previstos em lei.
OBS: alíquota de 1% (hum por cento) incidentes sobre a folha de pagamento(Instrução Normativa 247/02 e IN 358/03), para entidades a saber: templos, partidos políticos, instituições de educação , assistência social e filantrópicas nos termos da lei, sindicatos, serviços sociais, conselhos de profissões regulamentadas, fundações de direito privado, condomínios e cooperativas(em determinados casos). As entidades sem fins lucrativos, sem empregados, não estarão obrigadas ao pagamento do PIS.
OBS: atualmente, a finalidade constitucional do PIS/PASEP é a de custear o programa de seguro-desemprego (operacionalizado pelo FAT-fundo de amparo ao trabalhador) e pagamentos do abono anual àqueles trabalhadores que se enquadrarem nos requisitos estipulados em lei(renda anual até dois salários mínimos e cinco(mínimo) anos de registro no PIS).
- COFINS : CONTRIBUIÇÃO PARA FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL.
LEGISLAÇÃO: a Cofins foi autorizada pelo artigo 195(alterado pela emenda n° 20) da Constituição Federal que possibilitou as contribuições para o financiamento da seguridade social. Criada pela Lei complementar 70/91 vem sendo objeto de constantes alterações por parte do poder público. 
a) - SUJEITO ATIVO: União.
b) - SUJEITO PASSIVO: pessoas jurídicas( e físicas no caso de importações)
c) - FATO GERADOR: receita bruta das pessoas jurídicas e importações.
d) - BASE DE CÁLCULO: a alíquota incidirá sobre a receita bruta, esta entendida como a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas. 
e) - ALÍQUOTA: 
Cumulativa: também chamada de tributação em cascata pois é cobrada em todas as etapas da produção = 3% (três por cento).Não Cumulativa = 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento). Alíquota paga pela maior parte das empresas que declaram com base no lucro real, podendo tais empresas deduzirem créditos permitidos pelas leis 10833/03 e 10865/03. Tais créditos permitidos por lei, resumidamente, para qualquer tipo de declaração, são: receita de equivalência patrimonial, receitas de vendas de mercadorias para o exterior, ganhos com vendas de bens do ativo permanente, etc. Para as empresas, exclusivamente, com declaração pelo lucro real, são permitidos os descontos dos seguintes créditos: aquisição de mercadorias para revendas, insumos utilizados na produção de bens destinados à venda, arrendamento mercantil, energia elétrica e aluguel pagos a pessoa jurídica etc.
OBERVAÇÕES ACERCA DO PIS/COFINS
2.1-Entidades Imunes(nas receitas de atividades próprias): templos de qualquer culto, partidos políticos, sindicatos, autarquias e fundações, instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos.
2.2-Entidades Isentas(nas receitas de atividades próprias): destacadas no RIR-99 art.174: sociedades filantrópicas, recreativas e culturais, microempresas e empresas de pequeno porte (tributação pelo simples), previdência fechada sem fins lucrativos que atendam às normas do Conselho Monetário Nacional e outras associações civis que se enquadrem nas condições previstas em lei.
2.3-Tributação Monofásica e Substituição Tributária. Tais modelos de tributação foram criados pelo legislador objetivando reduzir o custo de cobrança de alguns tributos, com vistas a reduzir a sonegação, naturalmente. Assim agindo, adotou a cobrança antecipada de alguns tributos, tendo o ICMS como precursor da modalidade de substituição tributária(para a frente, como se diz). No caso do PIS e da COFINS, os casos específicos tiveram o tratamento de tributação monofásica. Este se diferencia do modelo de substituição tributária, uma vez que o contribuinte recolhe todo o PIS/COFINS de todo o processo de uma só vez, sem destaque da parcela própria e a do contribuinte substituído. Já no modelo de substituição tributária a base de cálculo é presumida. Vale dizer, a lei define uma margem de lucro relativa a etapa seguinte do processo na cadeia produtiva. Daí que o modelo de tributação monofásica é mais simples por fazer com que o contribuinte monofásico recolha (antecipadamente) o tributo com base numa alíquota majorada. Exemplos de alíquotas, de tributação monofásica(recolhidas pelos fabricantes, liberando assim o restante da cadeia produtiva), casos específicos: receita de venda de gasolina(menos aviação): 23,44%-cofins e 5,08%-pis; indústria farmacêutica e de cosméticos: 10,3%-cofins e 2,2%-pis; veículos novos: 6,79%-cofins e 1,47%-pis; refrigerantes: 11,9%-cofins e 2,5% pis; etc. Tais alíquotas são alteradas constantemente por legislações subseqüentes.
2.4-Empresas que deverão calcular PIS/COFINS pelo método cumulativo: empresas tributadas pelo lucro presumido ou que seu lucro arbitrado, instituições financeiras e equiparadas, empresas de seguros privados, securitizadoras de créditos, previdência privada aberta e/ou fechadas, cooperativas(exceto agropecuária), planos de saúde, serviços de vigilância, segurança e transporte de valores. Determinados setores como telecomunicações, transportes em geral, empresas jornalísticas e de radiodifusão, serviços médicos, setor elétrico, educação e outras, possuem regras específicas contemplando exceções e peculiaridades. Certas empresas, mesmo obrigadas à declaração pelo lucro real, continuarão declarando PIS/COFINS pelo método cumulativo, nas alíquotas de 4%-cofins e 0,65%-pis, a saber: instituições financeiras, seguradoras, empresas de capitalização, dentre outras. Outras ainda, mesmo declarando com base no lucro real, deverão calcular PIS e COFINS pelo método cumulativo, alíquotas, respectivamente, de 0,65% e 3%(ex. hospitais, clínicas, escolas, colégios, universidades, empresas de transporte coletivo, telecomunicações, comunicações etc)
2.5- PIS-IMPORTAÇÃO e COFINS IMPORTAÇÃO. O contribuinte será qualquer pessoa, física ou jurídica, que promova a entrada de bens estrangeiros no território nacional e/ou a contratante de serviço de residente ou domiciliado no exterior, com as exceções previstas na lei 10865/04(relativas às alíquotas e as base de cálculo também). As alíquotas aplicadas, de maneira geral, seguem as do método não-cumulativo, a saber: 7,6%-cofins e 1,65%-pis. Não obstante, existe uma fórmula para o cálculo final(ver ato declaratório 17 de 10.05.04). 
– CSL : CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO
LEGISLAÇÃO: Criada através da Lei 7.689 de 15.12.88 e alterada por outras leis(mais de dezoito) até o presente.
a) - SUJEITO ATIVO: União
b) - SUJEITO PASSIVO: todas as pessoas jurídicas domiciliadas no país e as que lhe são equiparadas pela legislação do IR das pessoas jurídicas.
c) - FATO GERADOR: o lucro.
d) - BASE DE CÁLCULO: é o resultado ajustado(lucro real), presumido(lucro presumido) ou arbitrado(lucro arbitrado), apurado pelas entidades empresariais em determinado período(mensal, trimestral ou anual).
Obs. Lucro Presumido: a base de cálculo da contribuição será obtida através da aplicação de um percentual específico(vide abaixo) sobre a receita obtida pela empresa. Tal percentual depende da atividade exercida.
Percentuais de presunção do lucro presumido, alguns: revenda de bens e serviços(IR=8%, CSL=12%); prestação de serviços(IR=32%, CSL=32%); transporte de passageiros(IR=16%, CSL=12%); prestação de serviços até 120 mil/ano, menos regulamentadas(IR=16%, CSL=32%), outras receitas não definidas no estatuto ou contrato social(IR=100%, CSL=100%). 
e) - ALÍQUOTA: 9% (nove por cento)-CSL.
4) – RETENÇÕES NA FONTE. Visando combater a sonegação, o legislador determinou a retenção na fonte de alguns tributos. “Retenção na fonte”, esta terminologia, implica na transferência da obrigação da retenção e recolhimento de impostos e contribuições para o contribuinte que faz o pagamento de serviços prestados. Desta forma o fisco garante, não só o pagamento e recolhimento de retenções na fonte, bem como a ciência dessa operação, que poderia não ser realizada, por parte do prestador de serviços, caso não houvesse tal exigência. O valor retido do imposto e das contribuições sociais, será considerado como antecipação do que for devido pelo contribuinte em relação aos mesmos impostos e contribuições.
5.1-Imposto de Renda. O pagamento feito por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, pela prestação de serviço profissional, deve sofrer retenção de imposto de renda na fonte com a alíquota de 1,5%(HUM INTEIRO E CINCO DÉCIMOS POR CENTO). O regulamento do imposto de renda RIR-99 lista os serviços objeto da retenção consoante o art.647 § 1º. São mais de quarenta tipos de serviços, aumentados ainda pela lei 10833/03. Alguns serviços sofrem a retenção de 1% ( ex. limpeza, conservação, segurança, vigilância, locação de mão-de-obra ).
 
5.2- PIS, COFINS E CSL. Os serviços alcançados pela retenção são os mesmos do IR(tópico acima), na alíquota de 4,65% correspondente a: PIS= 0,65%, COFINS= 3%, CSL=1%. As retenções de PIS/COFINS são aplicadas tanto para as modalidade cumulativa quanto para a não-cumulativa. As empresas enquadradas no SIMPLES não estão obrigadas a reter nem sofrerão retenção.
NOTA: “CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II - do trabalhadore dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;
{Incisos I e II, com redação dada pela Emenda n° 20, de 15 de dezembro de 1998.}
{*0112060313* Duplo clique aqui para ver as antigas redações.}
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
{Inciso IV introduzido pela Emenda n° 42, de 19 de dezembro de 2003.}”
(Bibliografia: Pêgas, Paulo Henrique. Manual de Contabilidade Tributária. 2 ed. Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos Editora S/A, 2004.)
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IMPOSTOS DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL(DF)
ITD= IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO, DE QUAISQUER BENS E DIREITOS.
Incide sobre transmissões gratuitas(doações ou heranças); quaisquer bens: móveis(compete ao Estado onde mora o doador ou onde foi processado o inventário) ou imóveis( compete ao Estado de situação do bem); alíquotas máximas fixadas pelo senado Federal.
2- ICMS= IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÕES , AINDA QUE AS OPERAÇÕES E AS PRESTAÇÕES SE INICIEM NO EXTERIOR. 
Incide sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de comunicação em geral, de transporte interestadual e intermunicipal e outros serviços não compreendidos no ISS; não incide sobre exportação(exceto os semi-elaborados) e transporte interestadual de derivados de petróleo. É não cumulativo. Pode ser seletivo. Senado estabelece alíquotas máxima e mínimas nas operações intra-estaduais e nas operações interestaduais e de exportação às alíquotas aplicáveis. Obs. Tema para reflexão: taxação na origem ou no destino? 
NÃO CUMULATIVIDADE-
EXEMPLO DIDÁTICO ALÍQUOTA DE 18%
VENDEDOR COMPRADOR VR.MERC DÉBITO CRÉDITO ICMS 
fab ata 100.000 18.000 - 18.000
ata loj 200.000 36.000 18.000 18.000
loj con 300.000 54.000 36.000 18.000
TOT 600.000 108.000 54.000 54.000
Legenda: fab= fabricante; ata= atacadista; loj= lojista; con= consumidor
3- IPVA= IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
FG: propriedade de veículo automotor (50% da arrecadação pertence ao município onde o veículo foi licenciado). 
IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS E DF
IPTU= IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL TERRITORIAL URBANA
Nota: A propriedade envolve o domínio( direito de dispor e reaver a coisa) e a posse (direito de usar e gozar da coisa).
FG: domínio útil ou posse de bem imóvel, localizado na zona urbana do município. Zona urbana: ver CTN.art.32
2- ITBI= IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO INTER VIVOS, A QUALQUER TÍTULO, POR ATO ONEROSO, DE BENS IMÓVEIS, POR NATUREZA OU ACESSÃO FÍSICA, E DE DIREITOS REAIS SOBRE IMÓVEIS, EXCETO OS DE GARANTIA, BEM COMO CESSÃO DE DIREITOS À SUA AQUISIÇÃO.
FG: transmissão onerosa de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis(ex. compra e venda, usufruto, habitação etc); não inclui transmissão decorrente de realização de capital de pessoa jurídica, bem como fusão, incorporação, cisão e extinção de pessoa jurídica, exceto imobiliárias e empresas de locação e arrendamento mercantil. Também não inclui os direitos reais de garantia sobre imóveis(hipoteca e anticrese). 
Nota. Direitos reais sobre imóveis= a propriedade, a superfície, as servidões, o usufruto, o uso, a habitação, o direito do promitente comprador do imóvel, a hipoteca, a anticrese. Obs.Enfiteuse: O Cód. Civil/2002 proibiu a constituição de enfiteuses, subordinando as então existentes, até a sua extinção, às disposições do Cód. Civil/1916 e leis posteriores (art. 2.038, do Cód. Civil/2002).
Obs: Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código. 
ISS= IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA, NÃO COMPREENDIDOS NO ICMS.
FG: prestação de serviço de qualquer natureza previsto em lei complementar (exceto os compreendidos no ICMS). Valor fixo anual para pessoa física e percentagem sobre os serviços prestados para pessoa jurídica (alíquotas em lei complementar).
3.4- REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
CF. Art.157/162
Os Estados, Distrito Federal e Municípios, além de contarem com seus tributos próprios, também participam de impostos da União, a saber:
– pertencem aos Estados e DF o produto da arrecadação do IR incidente na fonte, sobre rendimentos por eles pagos, bem como 20% de impostos residuais da União;
– pertencem aos Municípios: o produto da arrecadação do IR na fonte sobre rendimentos por eles pagos; 50% do ITR sobre imóveis situados em seus territórios; 50% do IPVA relativos a veículos licenciados em sues territórios; 25% do ICMS dos seus respectivos Estados(sendo ¾ , no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações realizadas nos territórios municipais e ¼ , no máximo, conforme dispuser lei Estadual);
– a UNIÃO entregará: C1)- 47% do IR e do IPI , na seguinte distribuição: 21,5% ao fundo de participações dos Estados e DF e 22,5% ao fundo de participação dos municípios e 3% para aplicação em programas de financiamento das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste;
C2)- 10% do IPI aos Estados e DF, proporcionalmente ao valor das exportações de produtos industrializados, estes, por sua vez, deverão repassar aos Municípios 25% do que receberem; C4 - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico(CIDE), 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal destinados ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes, distribuídos na forma da lei. 
UNIDADE 4- CRÉDITO TRIBUTÁRIO
4.1- CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Crédito, dentre outros significados, é “ o direito que o sujeito ativo tem de exigir do sujeito passivo o cumprimento da obrigação contraída” bem como “ o montante apurável desse direito ou da respectiva obrigação”. 
Crédito tributário (CTN.art.139): “ O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta”
Nota: obrigação principal =pagamento de tributo ou de multa.
Obrigação tributária = Lei + Fato gerador.
Daí crédito tributário é a obrigação tornada exigível, por parte do Fisco, através do lançamento tributário(obrigação tributária + lançamento = crédito tributário). Vide CTN. Art. 139/141.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO (esquema simplificado)
Lei + Fato Gerador = Obrigação Tributária
Obrigação Tributária + Lançamento = Crédito Tributário
Sujeito Ativo = Credor = Fisco
Sujeito Passivo = Devedor (Direto ou Indireto)
Direto = Contribuinte
 Por Substituição 
 						
Indireto = Responsável Solidariedade: natural ou legal (CTN.124)
 
 Por Transferência Responsabilidade de sucessores (CTN.129)
 						 Responsabilidade de terceiros (CTN.134) 
							 DarPositiva
Objeto = Prestação Fazer
 
		 Negativa Não Fazer
4.2- LANÇAMENTO
CTN. Art. 142 - Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
Art. 144 - O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.(Verifica-se a retroatividade do lançamento e a irretroatividade da lei tributária)
§ 1° - Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.(Exceção à retroatividade)
§ 2° - O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.(Impostos lançados por períodos certos de tempo são aqueles apurados e recolhidos em intervalos regulares de tempo = mensal, quinzenal, decendial, anual... Em resumo, todos os impostos à exceção do II, IE, ITD e ITBI pois nestes a apuração e recolhimento é efetuada individualmente a cada operação realizada).
MODALIDADES DE LANÇAMENTO
Obs: classificação baseada no grau de participação do contribuinte na feitura do lançamento.
Lançamento de ofício(direto). EX. IPTU
 Lançamento de imposto efetuado pelo fisco sem participação ou intervenção do sujeito passivo. Tal lançamento também é utilizado para taxas, contribuições de melhoria, revisão de lançamento já homologado e lavratura de auto de infração. CTN.art.149
Lançamento por declaração. Ex. II, IE, ITR.
Lançamento efetuado pelo fisco com base em informações prestadas pelo contribuinte que são indispensáveis para sua efetivação.(CTN.art.147).
Obs: Arbitramento.CTN.art.148.
Lançamento por homologação. 
É aquele em que fica a cargo do sujeito passivo tomar todas as providências necessárias para constituir o crédito tributário, a saber: emite os documentos fiscais; determina a base de cálculo, alíquota e o montante do tributo; antecipa o pagamento (recolhe o tributo antes do prévio exame da autoridade). CTN. Art.150. 
4.3- REVISIBILIDADE ADMINISTRATIVA 
Obs: regularmente notificado o sujeito passivo, o lançamento assume caráter definitivo.
CTN. Art. 145 - O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de:
I - impugnação do sujeito passivo;
II - recurso de ofício;
Obs: o recurso de ofício ocorre quando a autoridade, no processo administrativo, em decisão desfavorável à fazenda pública, tem que recorrer, ela mesma, da decisão de primeira instância.
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no art. 149.
Art. 149 - O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos:
I - quando a lei assim o determine;
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária;
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte;
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior;
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade essencial.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.
4.4- EXIGIBILIDADE ADMINISTRATIVA(SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO)
CTN.Art. 151 - Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;
{Inciso V introduzido pela Lei Complementar n° 104, de 10 de janeiro de 2001.}
VI - o parcelamento.
{Inciso VI introduzido pela Lei Complementar n° 104, de 10 de janeiro de 2001.}
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes.
4.5- GARANTIAS E PRIVILÉGIOS
As garantias e privilégios do crédito tributário se acham em consonância com o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado, configuradas nos artigos 183/193 - CTN.
GARANTIAS:
a)- Rol não-exaustivo (CTN.183)
b)- Implicação da totalidade dos bens do sujeito passivo, exceto os absolutamente impenhoráveis(CTN.art.184- CPC.art.649)
c)- Fraude presumida do sujeito passivo(CTN.art.185)
d)- Exigência de certidão negativa.(artr.191)
PRIVILÉGIOS(PREFERÊNCIAS)
– Privilégio quase absoluto( CTN.art.186)
OBS: Lei n° 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, Art. 83: A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem: I - os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho; II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado; III - créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias; IV - créditos com privilégio especial, V - créditos com privilégio geral, VI - créditos quirografários, VII - as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias; VIII - créditos subordinados
b)- Supremacia do executivo fiscal( CTN.art.187)
c) – Preferência na falência, na concordata, no inventário e na liquidação(CTN. art.188/190)
4.6- CAUSAS DA EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
CTN.Art. 156 - Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento(ver imputação do pagamento=art.163;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - a remissão;
V - a prescrição e a decadência;
Nota: PRAZO PRESCRICIONAL: é de 5 (cinco anos) a contar da data da constituição definitiva do crédito tributário.
Nota: PRAZO DECADENCIAL: é de 5(cinco) anos, a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos tributos lançados de ofício, por declaraçãoou por homologação(quando o contribuinte não antecipou o pagamento ou quando agiu com fraude dolo ou simulação). Nos tributos lançados por homologação, quando o contribuinte antecipou o pagamento, o prazo é de 5(cinco) anos a partir da ocorrência do fato gerador.
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no art. 150 e seus §§ 1° e 4°;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2° do art. 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI - a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
{Inciso XI introduzido pela Lei Complementar n° 104, de 10 de janeiro de 2001.}
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos arts. 144 e 149.
4.7- EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO(ART. 175/182-CTN)
Art. 175 - Excluem o crédito tributário:
I - a isenção;
II - a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias, dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente.
SEÇÃO II - Isenção
Art. 176 - A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares.
Art. 180 - A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando:
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;
II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.
Em resumo: isenção visa tributos, obrigação a nascer, lei anterior ao fato gerador; anistia é respeitante a infrações, dispensa pagamento de multas por infrações já cometidas e lei posterior à aplicação da multa. 
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
O Presidente da República:
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1° - Esta Lei regula, com fundamento na Emenda Constitucional n° 18, de 1° de dezembro de 1965, o sistema tributário nacional e estabelece, com fundamento no art. 5°, XV, "b", da Constituição Federal, as normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, sem prejuízo da respectiva legislação complementar, supletiva ou regulamentar.
LIVRO PRIMEIRO - Sistema Tributário Nacional
TÍTULO I - Disposições Gerais
Art. 2° - O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Emenda Constitucional n° 18, de 1° de dezembro de 1965, em leis complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais.
Art. 3° - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Art. 4° - A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Art. 5° - Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
TÍTULO II - Competência Tributária
CAPÍTULO I - Disposições Gerais
Art. 6° - A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei.
Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencem à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos.
Art. 7° - A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3° do art. 18 da Constituição.
§ 1° - A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.
§ 2° - A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.
§ 3° - Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.
Art. 8° - O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.
CAPÍTULO II - Limitações da Competência Tributária
SEÇÃO I - Disposições Gerais
Art. 9° - É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - instituir ou majorar tributos sem que a lei o estabeleça, ressalvado, quanto à majoração, o disposto nos arts. 21, 26 e 65;
II - cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em lei posterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda;
III - estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais;
IV - cobrar imposto sobre:
a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo;
{Alínea "c" com redação dada pela Lei Complementar n° 104, de 10 de janeiro de 2001.}
d) papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, periódicos e livros.
§ 1° - O disposto no inciso IV não exclui a atribuição, por lei, às entidades nele referidas, da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte, e não as dispensa da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros.
§ 2° - O disposto na alínea "a" do inciso IV aplica-se, exclusivamente, aos serviços próprios das pessoas jurídicas de direito público a que se refere este artigo, e inerentes aos seus objetivos.
Art. 10 - É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, ou que importe distinção ou preferência em favor de determinado Estado ou Município.
Art. 11 - É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens de qualquer natureza, em razão da sua procedência ou do seu destino.
SEÇÃO II - Disposições Especiais
Art. 12 - O disposto na alínea "a" do inciso IV do art. 9°, observado o disposto nos seus §§ 1° e 2°, é extensivo às autarquias criadas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal, ou pelos Municípios, tão-somente no que se refere ao patrimônio, à renda ou aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais, ou delas decorrentes.
Art. 13 - O disposto na alínea "a" do inciso IV do art. 9° não se aplica aos serviços públicos concedidos, cujo tratamento tributárioé estabelecido pelo poder concedente, no que se refere aos tributos de sua competência, ressalvado o que dispõe o parágrafo único.
Parágrafo único. Mediante lei especial e tendo em vista o interesse comum, a União pode instituir isenção de tributos federais, estaduais e municipais para os serviços públicos que conceder, observado o disposto no § 1° do art. 9°.
Art. 14 - O disposto na alínea "c" do inciso IV do art. 9° é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:
I - não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;
{Inciso I com redação dada pela Lei Complementar n° 104, de 10 de janeiro de 2001.}
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.
§ 1° - Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1° do art. 9°, a autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício.
§ 2° - Os serviços a que se refere a alínea "c" do inciso IV do art. 9° são exclusivamente os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previsto nos respectivos estatutos ou atos constitutivos.
Art. 15 - Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios:
I - guerra externa, ou sua iminência;
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis;
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.
{Em nossa opinião o item acima está prejudicado pelo art. 148 da Constituição.}
Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei.
TÍTULO III - Impostos
CAPÍTULO I - Disposições Gerais
Art. 16 - Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Art. 17 - Os impostos componentes do sistema tributário nacional são exclusivamente os que constam deste Título, com as competências e limitações nele previstas.
Art. 18 - Compete:
I - à União instituir, nos Territórios Federais, os impostos atribuídos aos Estados e, se aqueles não forem divididos em Municípios, cumulativamente, os atribuídos a estes;
II - ao Distrito Federal e aos Estados não divididos em Municípios instituir, cumulativamente, os impostos atribuídos aos Estados e aos Municípios.
CAPÍTULO II - Impostos sobre o Comércio Exterior
SEÇÃO I - IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO
Art. 19 - O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional.
Art. 20 - A base de cálculo do imposto é:
I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
II - quando a alíquota seja "ad valorem", o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País;
III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação.
Art. 21 - O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
Art. 22 - Contribuinte do imposto é:
I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;
II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.
SEÇÃO II - IMPOSTO SOBRE A EXPORTAÇÃO
Art. 23 - O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional.
Art. 24 - A base de cálculo do imposto é:
I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
II - quando a alíquota seja "ad valorem", o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência.
Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto ou lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no mercado internacional, o custo do financiamento.
Art. 25 - A lei pode adotar como base de cálculo a parcela do valor ou do preço, referidos no artigo anterior, excedente de valor básico, fixado de acordo com os critérios e dentro dos limites por ela estabelecidos.
Art. 26 - O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
Art. 27 - Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar.
Art. 28 - A receita líquida do imposto destina-se à formação de reservas monetárias, na forma da lei.
CAPÍTULO III - Impostos sobre o Patrimônio e a Renda
SEÇÃO I - IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL
Art. 29 - O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da zona urbana do Município.
Art. 30 - A base do cálculo do imposto é o valor fundiário.
Art. 31 - Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título.
SEÇÃO II - IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA
Art. 32 - O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
§ 1° - Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal, observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos dois dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.
§ 2° - A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior.
Art. 33 - A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.
Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade.
Art. 34 - Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título.
SEÇÃO III - IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS E DE DIREITOS A ELES RELATIVOS
Art. 35 - O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador:
I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis, por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil;
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia;
III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisosI e II.
Parágrafo único. Nas transmissões "causa mortis", ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários.
Art. 36 - Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o imposto não incide sobre a transmissão dos bens ou direitos referidos no artigo anterior:
I - quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em pagamento de capital nela subscrito;
II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de uma pessoa jurídica por outra ou com outra.
Parágrafo único. O imposto não incide sobre a transmissão aos mesmos alienantes, dos bens e direitos adquiridos na forma do inciso I deste artigo, em decorrência da sua desincorporação do patrimônio da pessoa jurídica a que foram conferidos.
Art. 37 - O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha como atividade preponderante a venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de direitos relativos à sua aquisição.
§ 1° - Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo quando mais de 50% (cinqüenta por cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 (dois) anos anteriores e nos 2 (dois) anos subseqüentes à aquisição, decorrer de transações mencionadas neste artigo.
§ 2° - Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos de 2 (dois) anos antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no parágrafo anterior, levando em conta os 3 (três) primeiros anos seguintes à data da aquisição.
§ 3° - Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o imposto, nos termos da lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa data.
§ 4° - O disposto neste artigo não se aplica à transmissão de bens ou direitos, quando realizada em conjunto com a da totalidade do patrimônio da pessoa jurídica alienante.
Art. 38 - A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.
Art. 39 - A alíquota do imposto não excederá os limites fixados em resolução do Senado Federal, que distinguirá, para efeito de aplicação de alíquota mais baixa, as transmissões que atendam à política nacional de habitação.
Art. 40 - O montante do imposto é dedutível do devido à União, a título do imposto de que trata o art. 43, sobre o provento decorrente da mesma transmissão.
Art. 41 - O imposto compete ao Estado da situação do imóvel transmitido, ou sobre que versarem os direitos cedidos, mesmo que a mutação patrimonial decorra de sucessão aberta no estrangeiro.
Art. 42 - Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.
SEÇÃO IV - IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA
Art. 43 - O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
§ 1° A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.
{§ 1° introduzido pela Lei Complementar n° 104, de 10 de janeiro de 2001.}
§ 2° Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo.
{§ 2° introduzido pela Lei Complementar n° 104, de 10 de janeiro de 2001.}
Art. 44 - A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.
Art. 45 - Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o art. 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.
CAPÍTULO IV - Impostos sobre a Produção e a Circulação
SEÇÃO I - IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
Art. 46 - O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador:
I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;
II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do art. 51;
III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.
Art. 47 - A base de cálculo do imposto é:
I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II do art. 20, acrescido do montante:
a) do Imposto sobre a Importação;
b) das taxas exigidas para entrada do produto no País;
c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis;
II - no caso do inciso II do artigo anterior:
a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria;
b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente;
III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação.
Art. 48 - O imposto é seletivo em função da essencialidade dos produtos.
Art. 49 - O imposto é não-cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido resulte da diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados.
Parágrafo único. O saldo verificado, em determinado período, em favor do contribuinte, transfere-se para o período ou períodos seguintes.
Art. 50 - Os produtos sujeitos ao imposto, quando remetidos de um para outro Estado, ou do ou para o Distrito Federal, serão acompanhados de nota fiscal de modelo especial, emitida em séries próprias e contendo, além dos elementos necessários ao controle fiscal, os dados indispensáveis à elaboração da estatística do comércio por cabotagem e demais vias internas.
Art. 51 - Contribuinte do imposto é:
I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;
II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar;
III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior;
IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante.
SEÇÃO II - IMPOSTO ESTADUAL SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS (LC.87/96)
Arts. 52 a 58 - (Revogados pelo Decreto-lei n° 406, de 31/12/1968.)
SEÇÃO III - Imposto Municipal sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias
Arts. 59 a 62 - (Revogados pelo Ato Complementar n° 31, de 28/12/1966.)
SEÇÃO IV - IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGURO, E SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS A TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
Art. 63 - O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado;
II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado, em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este;
III - quanto às

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