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Anticorpos DM tipo 1 Anticorpo anti-insulina Anticorpos anti-GAD Antidescarboxilase do ácido glutâmico O tipo 1 terá um início abrupto na infância e adolescência; O tipo 2 terá um inicio lento e gradual na fase adulta. Depósitos de proteínas amiloides no pâncreas elevam a disfunção pancreática, diminuindo a secreção de insulina iniciando um quadro de resistência + baixa produção de insulina Estado pró inflamatório Acanthosis nigricans - o aumento da produção de insulina estimula a produção dos queratinócitos e melanócitos gerando o aumento de pigmentação da pele nesses locais; a acanthosis nigricans não acontece só no diabetes/aumento da insulina, existe também em outras patologias (p. ex. neoplasia gástrica). FISIOPATOLOGIA Primeiro a aparecer, se manifesta de forma aguda fazendo o paciente ter poliuria, perda ponderal, etc. Surge com o tratamento de insulina (se tratar o paciente tipo 2 com insulina esse anti corpo pode aparecer mesmo o paciente tendo DM2 e não DM1. Pode permanecer positivo por até 10 dias (só na fase inicial do diabetes). No tipo 1 ele para de forma abrupta de produzir insulina, faz hiperglicemia, parte dessa glicose elevada na corrente sanguínea é secretada na urina. A glicose elevada na urina tem um efeito osmótico, atraindo mais água nos túbulos contorcidos, aumentando a quantidade de urina. ·Associado a isso, ele perde liquido, tem uma polidipsia (aumento da sede) e emagrecimento (não tem insulina, queima gordura). No tipo 2 a resistência a insulina faz com que haja como resposta o aumento da secreção da insulina. No inicio do quadro esse aumento compensa a glicemia, mas à medida que a resistência aumenta não há mais compensação fazendo episódios de hiperglicemia. Para diagnosticar o paciente (quando ele já está mostrando sintomas) leva muito tempo do desenvolvimento da doença, nesse momento ele pode já estar fazendo lesão de órgão alvo. No momento do diagnóstico da DM2 deve-se fazer o screening de lesão de órgão alvo e pesquisa de lesões microvasculares. Observação: Paciente com DM2 que começa a perder peso – fase que ele tem uma insulinopenia intensa (não consegue mais usar a glicose porque não tem insulina), começa a quebrar gordura; Esse é um dos sinais que vai indicar a necessidade de tratamento com reposição de insulina exógena. Insulina – promove a entrada de glicose pra dentro da célula, síntese proteica, acumulo de gordura (é um hormônio anabólico, faz com que o organismo aumente o número de células). Síntese de glicogênio, proteínas e triglicerídeos Hormônios contra reguladores da insulina: glucagon, cortisona, GH e adrenalina Quebrar e gerar corpos cetônicos quando: em jejum ou quando não tem insulina (DM1). DIABETES MELLITUS Conceitos DIABETES MELLITUS I E II Resumo I - fisiopatologia e diagnóstico Diagnóstico tardio Medicina: 6º semestre Clínica Médica II (Módulo 2) CAMILA D'AVILA UNC Corpos cetônicos: para ter um quadro de cetoacidose diabética precisa ter um defeito na produção de insulina então a cetoacidose diabética é do paciente portador de DM1. No paciente tipo 2 o pouco de insulina produzido é o suficiente para impedir a formação de corpos cetônicos. Na hora que ocorre a secreção de insulina, ele é quebrado e libera as duas cadeias A e B. Quando essa macromolécula é clivada libera o peptídeo C e a insulina. Jejum Peptídeo C Marcador de secreção de insulina Na duvida de diabetes tipo 1 ou 2 o peptídeo C pode ser dosado: no tipo 2 terá peptídeo C elevado, já no diabetes tipo 1 não terá produção de peptídeo C porque nunca estará produzindo insulina. Critérios diagnósticos ·Hemoglobina glicada acima de 6,5 (controle glicêmico dos últimos 3 meses) Glicemia de jejum maior ou igual a 126 Verificar glicemia aleatória acima de 200 mg/dl (só faz o diagnóstico se houver presença de sintomas de diabetes associada), glicemia plasmática pois a glicemia capilar não faz diagnóstico. Para saber nos últimos 15 dias pedir frutosamina. Dois testes diferentes alterados na mesma amostra ou o mesmo teste alterado em duas amostras separadas. Pré diabetes* hemoglobina glicada 5.7 – 6.4, glicemia de jejum 125-126. Pacientes já diagnosticados com obesidade devem fazer acompanhamento anual. Mulheres que tiveram diabetes gestacionais devem fazer acompanhamento anual. Quem não é obeso ou pré diabético deve fazer screening a partir dos 35 anos. Produzidos pelas células intestino Diminuem o esvaziamento gástrico Diminuem a produção de glucagon Diminuem o apetite Aumentam a secreção de insulina Dependente da glicemia GLP-1 Hemoglobina glicada abaixo de 7 Glicemia pré prandial 80-130 Pós prandial sempre abaixo de 180 2 vezes ao ano nos pacientes com controle glicêmico adequado. 4 vezes ao ano nos pacientes ajustando a terapia. Se o paciente internou e a ultima hemoglobina glicada foi há mais de 3 meses deve-se solicitar uma nova. Hipoglicemia Sintomas de Hipoglicemia Melhora dos sintomas com reversão da hipoglicemia com aplicação de glicose ou glucagon. Hipoglicemia grau 1 – 70-74 Grau 2 – abaixo de 54 Grau 3 – hipoglicemia que causa alteração de estado mental Dosar a glicemia capilar, fazer o HGT, confirmar a hipoglicemia deve-se utilizar 15-20g de carboidratos Repetir HGT em 15 minutos Pode orientar o paciente a ter em casa o glucagon No ambiente hospitalar: glicose hipertônica 50% 4 Ampolas de 10 ml. Perda Ponderal de 5% Melhora do controle glicêmico, lipídico e pressão arterial Seleção de medicamentos para tratamento do DM tipo II deve considerar o efeito do medicamento no peso Medicamentos são efetivos como adjuvantes da dieta, atividade física em DMII com IMC > 27 Resposta do Paciente a medicação em 3 meses Perda Ponderal de 5%: Continuo Sem Perda de 5%: Suspender ALVOS DO TRATAMENTO 3 controles principais: 1. 2. 3. Esses valores podem ser adaptados as necessidades de cada paciente. Quando dosar hemoglobina glicada? (HbA1C) HIPOGLICEMIA Tríade de Whipple 1. 2. 3. Classificação Paciente que fez hipoglicemia deve: Se HGT menor que 70: repetir tratamento Se HGT > 70 realizar refeição para evitar recorrência. Paciente que faz uso de betabloqueador pode não apresentar os sintomas de hipoglicemia. OBESIDADE Orlistate Liraglutina – semaglutina ainda não aprovada para obesidade apenas para diabetes, uso off label Sibutramina Lorcaserina* Anfetaminas* IMC > 40: Deve ser considerado 35-39,9: Deve ser considerado em comorbidades, incluindo hiperglicemia 30-34,9: Pode ser considerado em comorbidades, incluído hiperglicemia. Cirurgia Metabólica: DM Tipo II Maturety-onset diabetes of the young: MODY Doenças Exócrinas: Fibrose cística e pancreatite Induzida por drogas: Corticóide Insulina NPH e regular o que diferencia é o inicio e o tempo de ação. CLASSIFICAÇÃO Tipo I – Destruição autoimune das células Beta. Tipo II – Perda progressiva da secreção de insulina pelas células Beta acompanhado de resistência à insulina. Tipo III Tipos Específicos – não faz complicações pela hiperglicemia, não precisa fazer tratamento se não fizer sintomas. Tipo IV – Gestacional. TRATAMENTO DM1 Objetivo do tratamento é impedir ou postergar as complicações e otimizar a qualidade de vida. Esquema que tenha uma dose de insulina basal pra sempre manter um nível de insulina no organismo + insulina em cada uma das refeições para controlar a hiperglicemia pós prandial. Insulina basal opções principais: devem ter duração longa, NPH e insulina glargina. DIABETES MELLITUS I E II Resumo II - classificação e tratamentos Medicamentos e tratamento cirúrgico da obesidade na DM2 Medicina: 6º semestre Clínica Médica II (Módulo 2) CAMILA D'AVILA UNC Insulina NPH faz um pico e o período de ação dela não cobre 24h, obrigatoriamente no DM1 deve-se fazer 2 ou 3 doses durante o dia. Insulinas que começam o pico de ação de 5-15 min devem ser usadas imediatamente antes da refeição. Cuidados: pico grande de ação em torno de 6 a 8 horas após a aplicação então a dose noturna pode terum pico durante a madrugada causando hipoglicemia. Fazer em torno de 22h para que o pico de ação seja próximo ao início da manhã para controlar a glicemia da manhã e não hipoglicemiar durante a madrugada. *Se alimentar antes de dormir, não pode dormir em jejum. Insulina para controlar hiperglicemia pós prandial: Começa a agir em torno de 30 min fazendo pico de ação em 2 horas. Basal + Bolus de correção Basal, prandial e correção Apenas um esquema de tratamento de correção não é recomendado Início em 5-15 min Pico em 30 min-1 h. Lispro (Humalog), Asparte (Novoraid), Glulisina Início em 30 min - 1 h Pico em 2-4 h Regular Início em 2-4 h Pico em 6-12 h NPH (se feita no fim da tarde, ela não afeta a janta, faz mais efeito durante a madrugada). Glargina: Lantus Detemir: Levemir – Pode fazer um pico em 6-8 h Degludeca: Tresiba NPH antes do Café as 22h Dose única de Ação Prolongada TIPO I Devem receber educação sobre doses de insulina prandial com base no carboidrato da dieta, glicemia pré-prandial e atividade física Cuidado Hospitalar Tratamento INSULINOTERAPIA Insulina de ação ultrarrápida Insulinas de Ação Rápida Insulinas de Ação Intermediária Insulinas de Ação Prolongada ESQUEMAS MAIS UTILIZADOS Bolus + Basal Regular ou Ultrarápida antes do Café, Almoço e Jantar. Regular ou Ultrarápida. *Primeiro aspirar a regular e depois a NPH, pois se aspirar primeiro a NPH ela pode entrar na injeção regular e misturar. Acidose lática, dificuldade de absorver vitamina b12, pode ter náusea, vomito, diarreia. Evidencias de catabolismo: perda ponderal Sintomas de hipoglicemia HbA1C >10% Glicemia > 300 mg/dl Doença renal crônica Insuficiência cardíaca Doença cardiovascular previa Aumenta o efeito insulínico na captação e utilização de glicose no músculo esquelético Pioglitazona ▫ Rosiglitazona Aumento de efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares Aumento de Peso Retenção Hidrosalina Contra indicados em ICC grave Bloqueio dos Canais de K dependentes de ATP nas células beta-pancreáticas Redução da HbA1c: 1-2% Hipoglicemia e ganho de Peso Tendência do diabetes se tornar refratário aos secretatogos pela falência pancreática progressiva Quanto maior a geração menor a chance de hipoglicemia e menor a excreção renal. De preferencia: para estimular a produção de insulina no pâncreas usar sulfoniuréias. 2. Insulina (não precisa suspender os outros medicamentos com exceção das sulfonilureias). Ver se o paciente tem: Se o paciente tiver ICC ou outras doenças cardiovasculares e não puder fazer uso de metformina – considerar análogos do GLP1 Se o paciente tiver histórico de ICC e DRC – considerar inibidores do SGLT2. Se o paciente é renal crônico e já começou uso de inibidores do SGLT2 e não controlou glicemia – considerar iniciar análogo do GLP1. Se não apresentar essas doenças pode iniciar sulfonilureias mas considerar efeitos colaterais importantes: hipoglicemia, ganho de peso; 3. Glitazonas 4. Sulfoniuréias 2ª Geração: Glibenclamida ▫ Gliburida: Daonil ▫ Glipzida ▫ Glicazida: Diamicrom/ Diamicrom MR 30/60mg 3ª Geração ▫ Glimepirida: Amaryl 2mg. Monitoramento anual em pré- diabéticos e história de diabetes gestacional Modificação do Estilo de vida Perda Ponderal de 7% Aumento da Atividade Física Dietas Intervenção intensiva no estilo de vida pode reduzir o risco de DM tipo II em 58% ao longo de 3 anos Pré-diabetes, especialmente aqueles com: IMC > 35 ou < 60 anos ·Mulheres com histórico de diabetes gestacional Pré-Diabetes Metformina 0,3 - 0,5 Unidades/Kg/Dia de insulina 40-60% de dose dividida em insulina basal NPH: ⅔ manhã e ⅓ as 22h Dose Rápida/Ultrarápida de bolus Contagem de Carboidratos + Ajuste 15 g= 1 Unidade de Insulina Jejum: NPH das 22h Se ele está fazendo hiperglicemia antes do almoço: ajustar bolus da manhã Se ele está fazendo hiperglicemia antes da Janta: ajustar NPH da manhã Se ele está fazendo hiperglicemia antes de dormir: ajustar bolus da janta Fenômeno do Alvorecer: pico de hiperglicemia pelo aumento dos hormônios (solução: aumentar a insulina da noite) Efeito Somogy: durante a madrugada faz hipoglicemia e ativa o sistema contra regulador e de manhã faz hiperglicemia (solução é diminuir a insulina da noite) Intensificação do tratamento em pacientes que não estão alcançando os alvos não deve ser postergada 3-6 meses Metformina – “geralmente” agente de escolha para tratamento inicial. Se necessário, outros devem ser acrescidos ao tratamento, inclusive insulina. TFG> 30ml/min Evitar em pacientes com ICC instáveis ou hospitalizados Aumenta a captação de glicose pela musculatura; Tem risco baixo de fazer hipoglicemia Preferencialmente antes da refeição DOSES Fator de Sensibilidade (quanto que 1 unidade de insulina vai variar a glicemia do paciente): 1500/Dose diária total - 1800 Ajuste das Insulinas de Acordo com HGT Situações que podem fazer hiperglicemia de manhã no paciente Para diferenciar: dosar HGT as 3h da manhã. Tratamento DM2 1. DIABETES MELLITUS I E II Resumo III - medicamento e prevenção Atuam na célula beta-pancreática Controle da Hiperglicemia pós-prandial Repaglinida: Prandin Redução da HbA1c: 0,5-1,5% Hipoglicemia Inibe a quebra dos carboidratos em monossacarídeos Retarda absorção da glicose dos carboidratos Intolerância gastrointestinal e dificuldade de tratar a hipoglicemia Secretados pelas células endócrinas K e L do intestino delgado GLP-1: Secreção de insulina dependente da glicemia Diminui o esvaziamento gástrico causando emagrecimento Inibe a enzima Dipeptidilpeptidase IV que inativa o GLP-1 Redução da HbA1c: 0,5-0,8% Não alteram o peso corporal Não causam hipoglicemia Não pode associar o análogo do GLP1 com o inibidor do DPP4 . Atuam sobre o receptor do GLP-1 Maior resistência a degradação que o hormônio endógeno Redução da HbA1c: 0,5-1,0% Pancreatite, Intolerância Gástrica Perda de Peso Liraglutide: Victoza: 0,6-1,8 Dulaglutina, Semaglutide: doses semanais 5. Glinidas 6. Acarbose ▫ Glucobay Grupo de medicamentos que demonstram melhores resultados Incretinas Gliptinas - Inibidores do DPP-IV (inibe a enzima que quebra o GLP1) Análogos do GLP-1 Prevenção do DM2 Medicina: 6º semestre Clínica Médica II (Módulo 2) CAMILA D'AVILA UNC
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