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56 Sistemas de iluminação de emergência Sistema que também é um item de caráter obri- gatório nas edificações de acordo com a legislação atual e muito utilizado nas edificações em sistemas de proteção de incêndios que permite clarear áreas escuras de passagens, horizontais e verticais, incluin- do áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de restabelecimento de serviços essenciais e normais, na falta de iluminação normal. Na ocorrência de um incêndio, este poderá afe- tar o sistema de energia da edificação, provocando a sua interrupção e conseqüentemente apagando as luminárias, provocando pânico dos ocupantes, tanto pelo incêndio como pela falta de luminosidade para deixar o local. Há então a necessidade da edificação possuir um sistema de iluminação de emergência com intensidade suficiente para evitar acidentes e garantir a evacuação das pessoas, levando em conta também a possível penetração de fumaça nas áreas. Objetivo No caso de um imprevisto com a falta de ilumi- nação na edificação ela deve proporcionar ilumina- ção suficiente e adequada, a fim de permitir a saída fácil e segura das pessoas para o exterior da edifi- cação, em caso de interrupção da alimentação nor- mal, bem como proporcionar a execução de serviços do interesse da segurança e intervenção de socor- 57 ro (Bombeiros) e garantir a continuação do traba- lho nos locais onde não possa haver interrupção de iluminação normal. O sistema alimentará principal- mente os seguintes locais: corredores, escadas, ram- pas, saídas, áreas de trabalho, áreas técnicas, e áreas de primeiros socorros. Composição básica Quanto ao tipo de sistema para a finalidade aci- ma descrita, são aceitos os seguintes tipos: conjunto de blocos autônomos (instalação fixa), sistema cen- tralizado com baterias e sistema centralizado com grupo motogerador. Conjunto de blocos autônomos São aparelhos de iluminação de emergência constituídos de um único invólucro adequado, con- tendo lâmpadas incandescentes, fluorescentes ou si- milares, fonte de energia com carregador e controles de supervisão e sensor de falha na tensão alternada, dispositivo necessário para colocá-lo em funciona- mento, no caso de interrupção de alimentação da rede elétrica da concessionária ou na falta de uma iluminação adequada. Sistema centralizado O sistema centralizado com bateria de acumu- ladores elétricos deve possuir circuito carregador 58 com recarga automática, de modo a garantir a au- tonomia do sistema de iluminação de emergência. A alimentação principal do circuito de recarga deve estar ligada ao quadro geral de distribuição de ener- gia elétrica e o sistema protegido por disjuntores termomagnéticos da rede elétrica da concessionária. Os eletrodutos deverão ser metálicos ou em PVC antichama e as luminárias deverão suportar até uma temperatura de 70ºC. Grupo moto gerador O grupo motogerador deve incorporar: a) todos os dispositivos adicionais que garan- tam seu arranque automático após a falta de energia da concessionária, no máximo em 12 s; b) deve ser garantido o acesso irrestrito desde a área externa do prédio, sem passar por áreas com material combustível; c) indicador de quantidade de combustível; d) botão de arranque manual; e) dispositivos de funcionamento, como esca- pamento sem perdas, silenciador e de manutenção, como duto de descarga do radiador, etc.; 59 Quanto ao tipo de luminárias, poderão ser de dois tipos: a) iluminação de emergência de aclaramento; b) sistema composto por dispositivos de ilumi- nação de ambientes para permitir a saída fácil e se- gura das pessoas para o exterior da edificação, bem como proporcionar a execução de intervenção ou garantir a continuação do trabalho em certas áreas, em caso de interrupção da alimentação normal; c) iluminação de emergência de balizamento ou de sinalização: d) iluminação de sinalização com símbolos e/ou letras que indicam a rota de saída (mudança de direção e saídas) que pode ser utilizada neste momento. Bloco autônomo A interrupção de energia faz com que seja acio- nado um dispositivo no interior do aparelho que per- mitirá o funcionamento da luminária através de uma fonte de alimentação interna (bateria). Sistema centralizado Neste caso, a central de iluminação de emergên- cia, quando da interrupção de energia, acionará o sis- 60 tema, alimentado por um conjunto de baterias, que fará acender todas as luminárias ligadas ao laço de fiação elétrica. Grupo moto gerador Este sistema poderá abranger outros equipa- mentos, todas as luminárias ou apenas as luminárias necessárias para a saída de emergência. Na ocorrência da interrupção da energia da concessionária, um dis- positivo do painel de controle do gerador (relê) será acionado, mandando sinal para o gerador cujo funcio- namento é através de motor à explosão alimentado por liquido combustível ou inflamável, que será acio- nado através de baterias. Este gerador fornecerá ener- gia elétrica para o funcionamento dos equipamentos e/ou luminárias pré-estabelecidas. Compartmentação horizontal e comparti- mentação vertical Esta proteção devemos ter a noção exata e co- nhecimento da edificação para compartimentarmos as áreas que corresponde a uma medida de proteção passiva, constituída de elementos de construção re- sistentes ao fogo e destinados a evitar ou minimizar a propagação do fogo, calor e gases, tanto interna quan- to externamente ao edifício e no mesmo pavimento ou para pavimentos elevados consecutivos. 61 Compartimentação horizontal: medida de proteção, constituída de elementos construtivos re- sistentes ao fogo, separando ambientes, de tal modo que o incêndio fique contido no local de origem e evite a sua propagação no plano horizontal. i. Incluem-se nesse conceito os elementos de vedação abaixo descritos: ii. paredes corta-fogo de compartimentação de áreas; iii. portas e vedadores corta-fogo nas paredes de compartimentação de áreas; iv. selagem corta-fogo nas passagens das instalações prediais existentes nas paredes de compartimentação; v. registros corta-fogo nas tubulações de venti- lação e de ar condicionado que transpassam as pare- des de compartimentação; vi. paredes corta-fogo de isolamento de riscos entre unidades autônomas; vii. paredes corta-fogo entre unidades autôno- mas e áreas comuns; e 62 viii. portas corta-fogo de ingresso de unida- des autônomas. A compartimentação horizontal é constituída dos seguintes elementos construtivos: a) paredes corta-fogo de compartimentação; b) portas corta-fogo; c) vedadores corta-fogo; d) registros corta-fogo (dampers); e) selos corta-fogo; e f) afastamento horizontal entre aberturas. Compartimentação vertical: quando nos re- ferimos a compartimentação vertical, são medidas de proteção constituída de elementos construtivos resistentes ao fogo separando pavimentos consecu- tivos, de tal modo que o incêndio fique contido no local de origem e dificulte a sua propagação no pla- no vertical. Incluem-se nesse conceito os elementos de ve- 63 dação abaixo descritos: 1. entrepisos ou lajes corta-fogo de comparti- mentação de áreas; 2. vedadores corta-fogo nos entrepisos ou lajes corta-fogo; 3. enclausuramento de dutos (“shafts”) por meio de paredes corta-fogo; 4. enclausuramento das escadas por meio de paredes e portas corta-fogo; 5. selagem corta-fogo dos dutos (“shafts”) na altura dos pisos e entrepisos; 6. paredes resistentes ao fogo na envoltória do edifício; 7. parapeitos ou abas resistentes ao fogo, sepa- rando aberturas de pavimentos consecutivos; 8. registros corta-fogo nas aberturas em cada pa- vimento dos dutos de ventilação e de ar condicionado. 64 Compartimentação vertical no interior dos edifícios Temos como compartimentação vertical no inte- rior dos edifícios é provida por meio de entrepisos cuja resistência ao fogo não deve ser comprometida pelas transposições que intercomunicam os pavimentos. Os entrepisos podem ser compostospor lajes de concreto armado ou protendido ou por compo- sição de outros materiais que garantam a separação física dos pavimentos. A resistência ao fogo dos entrepisos deve ser determinada por meio de ensaio segundo a NBR 5628 ou dimensionada de acordo com norma bra- sileira pertinente. Deve atender às seguintes condições: a) no interior da edificação,todas as aberturas no entrepiso destinadas às passagens das instalações de serviços devem ser vedadas por selos corta-fogo; b) as aberturas existentes nos entrepisos devem ser protegidas por vedadores corta-fogo; c) os poços destinados a elevadores, monta- -carga e outras finalidades devem ser constituídos por paredes corta-fogo devidamente consolidadas de forma adequada às lajes dos pavimentos, com re- sistência ao fogo de no mínimo 240 minutos. Suas aberturas devem ser protegidas por vedadores pára- 65 -chamas e portas pára-chamas, as quais devem apre- sentar resistência ao fogo; d) as escadas devem ser enclausuradas por meio de paredes corta-fogo e portas corta-fogo as quais devem ter resistência ao fogo de, no mínimo, 240 minutos para as paredes e, no mínimo, 60 minu- tos para as portas; e) no caso de dutos de ventilação, ar-condicio- nado e exaustão que atravessarem as lajes, além da selagem das passagens destes equipamentos, devem existir registros corta-fogo devidamente ancorados à laje com resistência ao fogo igual à da laje; f) quando a escada de segurança for utilizada como via de circulação vertical em situação de uso normal dos edifícios, suas portas corta-fogo podem permanecer abertas desde que sejam utilizados dis- positivos elétricos (eletroímãs) que permitam seu fe- chamento em caso de incêndio e comandados por sistema de detecção automática de fumaça instalado nos “halls” de acesso à(s) escada(s); g) a falha dos dispositivos de acionamento das portas corta-fogo deve dar-se na posição de seguran- ça, ou seja, qualquer falha que possa ocorrer deve de- terminar automaticamente o fechamento da porta; 66 h) a situação (“status”) das portas corta-fogo (aberto ou fechado) deve ser indicada na central do sistema de detecção e o fechamento das mesmas deve poder ser efetuado por decisão humana na central; i) nos pavimentos de descarga os trechos das escadas que provém do subsolo ou dos pavimentos elevados devem ser enclausurados de maneira equi- valente a todos os outros pavimentos; j) a exigência de resistência ao fogo das pare- des de enclausuramento da escada também se aplica às antecâmaras quando estas existirem; l) uma outra alternativa às portas pára-cha- mas de andar constitui-se de enclausuramento dos “halls” dos elevadores, por meio de portas retráteis corta-fogo mantidas permanentemente abertas e comandadas por sistema de detecção automática de fumaça, de acordo com a NBR 9441, fechando auto- maticamente em caso de incêndio e atendendo ainda ao disposto das letras “f ” e “g”; p) o enclausuramento dos “halls” dos elevado- res permitirá a disposição do elevador de emergência em seu interior; q) as portas de andar de elevadores e as portas 67 de enclausuramento dos “halls” devem ter resistên- cia ao fogo de no mínimo 60 minutos. Átrios Estes locais são entendidos como locais dife- renciados e devem ser entendidos como espaços no interior de edifícios que interferem na compartimen- tação horizontal ou vertical, devendo atender a uma série de condições para não facilitarem a propagação do incêndio. Para que a existência do átrio não afete a com- partimentação vertical é necessário que as seguintes condições adicionais sejam atendidas: a) compartimentação do átrio deve ser feita em todos os pavimentos servidos em seu perímetro in- terno ou no perímetro da área de circulação que o rodeia em cada pavimento; b) os elementos de compartimentação do átrio devem apresentar resistência ao fogo, podendo, in- clusive, constituírem-se por paredes corta-fogo de compartimentação, vidros corta-fogo e vedadores corta-fogo; c) as paredes corta-fogo de compartimentação de- vem ter resistência ao fogo de no mínimo 120 minutos; 68 d) os vedadores corta-fogo podem ser retráteis, de correr ou de deslocamento horizontal, devendo ser compostos integralmente por materiais incom- bustíveis; os vedadores podem apresentar fechamen- to automático, comandado por sistema de detecção automática de fumaça; e) as condições de fechamento dos vedadores mencionados no item anterior devem ser tais que não ofereçam risco de provocar acidentes e ferimen- tos nas pessoas. Compartimentação horizontal: a) as paredes de compartimentação presentes em grandes galpões servem para limitar a propaga- ção do incêndio; b) as portas corta-fogo existentes nas paredes de compartimentação podem apresentar-se de dois tipos para uso de pessoas, e do tipo industrial que tem fechamento automático; c) as outras aberturas presentes na parede de compartimentação devem ter elemento resistente ao fogo com resistência igual a da parede; e d) a área compartimentada serve de área de refúgio, porém deve–se sempre procurar a saída de 69 emergência para abandono do local. Compartimentação vertical: a) serve para evitar a propagação do incêndio por convecção; b) as aberturas (“shafts”) podem não ter ele- mentos de compartimentação, daí a propagação do incêndio irá ocorrer por esta abertura; c) as escadas enclausuradas nos prédios eleva- dos servem como área de progressão para o comba- te a incêndio e retirada de pessoas; e d) os elevadores comuns não devem ser utili- zados como rota de fuga, pois não tem elementos resistentes ao fogo.