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material de concurso - Combate a Incendios

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Aula 16
Edificações p/ TRT 11ª Região (Analista Judiciário - Engenharia Civil) Com videoaulas
Professor: Marcus Campiteli
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1 – INTRODUÇÃO 
Começo essa parte da aula com a figura do reservatório 
superior de uma edificação com sistema de proteção contra incêndio. 
Nessa figura, é possível observar a reserva técnica de incêndio, ela 
corresponde por norma a 20% do volume total do reservatório. Essa 
parte sempre estará cheia, mesmo que acabe a água de distribuição 
a reserva não poderá ser utilizada. Para garantir esse nível mínimo da 
reserva técnica a tubulação que saí para o barrilete de distribuição 
encontra-se acima desse nível, assim em caso de incêndio haverá 
esse volume da reserva mais o volume de água que estava no 
reservatório para distribuição. 
Um princípio desse tipo de sistema é que desde o barrilete até 
as colunas e ramais de distribuição de água, a independência do 
sistema de distribuição de água e o sistema de combate a incêndio. 
Lembrando que por norma a tubulação do sistema de distribuição de 
água deve ser pintada de verde e a tubulação do sistema de combate 
a incêndio deve ser pintada de vermelho. 
Na figura abaixo há que se notar que após o barrilete de 
combate a incêndio existe uma válvula de retenção (logo adiante 
explicarei a razão da válvula) e, no caso do barrilete de distribuição, 
não existe essa válvula. 
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Importante, tratar nesse tópico, das classificações aplicadas aos 
incêndios, pois pode ser questão de prova. 
Os incêndios se classificam-se em três classes, segundo o 
Federal Fire Conucil: 
Classe A: incêndios causados que deixam brasa, como os 
à base de celulose (madeiras, lonas, papéis, palhas, serragens, lixos), 
os materiais carbonáceos (carvão e coque), e os materiais a base de 
nitrocelulose (filmes, material fotográfico). 
Classe B: incêndios causados por óleos minerais 
(petróleo, gasolina, querosene, graxa, verniz, tinta), por óleos 
vegetais(alcoóis, acetona, éter, óleo de linhaça), e por óleos de 
animais (banha, peixe, etc). 
Classe C: incêndios em equipamentos elétricos (motor, 
transformador, reator), quando eletrificados. Caso contrário serão 
incêndios classe A. 
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Essa classificação é importante para combater o incêndio de 
com o agente extintor mais adequado. A água pode ser usada sem 
restrições para incêndios Classe A e com restrições para as classes B 
e C, no último caso, C, só deve ser utilizada água, após desligamento 
da energia. Além da água, pode se utilizar Espuma (Sulfato de 
alumínio) e Soda ácido para incêndios classe A. Para as classes B e C 
utiliza-se extintores de Anidrido carbônico (fumaça branca, expulsa o 
oxigênio da queima), Tetracloreto de carbono (extingue o fogo por 
ser um vapor mais denso que o ar, abafando o fogo por falta de 
oxigênio), esse último é mais recomendado para os incêndios da 
classe C, por ser um vapor não condutor. 
Classificam-se também as áreas quanto ao perigo de incêndio: 
Classe I: pequeno risco, como escolas, residências e 
escritórios; 
Classe II: risco médio ou normal, como oficinas, fábricas, 
armazéns. 
Classe III: grande risco, como depósitos de combustíveis, 
paióis de munição, refinarias de petróleo. 
Para as instalações de Combate a incêndio, a seguinte nomenclatura 
de componentes de combate a incêndio pode ser útil nas provas. 
Abrigo - Compartimento destinado ao acondicionamento de 
Mangueiras e seus acessórios 
Agente Extintor - É o produto químico, ou não, utilizado para extinção 
do fogo. 
Antecâmara - É o recinto que antecede a caixa da escada 
enclausurada à prova de fumaça, podendo ser dos tipos vestíbulo, 
terraço ou balcão. 
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Armazém de Produtos Acondicionados - Área coberta, ou não, onde 
são armazenados recipientes, tais como: tambores, tonéis, latas, 
baldes, etc., que contenham derivados de petróleo ou álcool. 
Aspersor — Dispositivo utilizado nos chuveiros automáticos ou sob 
comando para formação de neblina. 
Base de Distribuição - Instalação com as facilidades necessárias ao 
recebimento, armazenamento, mistura, embalagens e distribuição de 
derivados de petróleo em urna área de mercado específico. 
Bomba de Incêndio - Aparelho hidráulico especial destinado a recalcar 
água no sistema de hidrante 
Bomba “Booster” - Aparelho hidráulico especial destinado a suprir 
deficiência de pressão em uma instalação hidráulica de proteção 
contra incêndios. Obs.: O booster é uma bomba que funciona sem 
reservatório, ela é acoplada diretamente na tubulação aumentando a 
pressão. 
Canalização - Rede de canos destinados a conduzir água para 
alimentar os hidrantes de combate a incêndio. 
Carreta Extintor - Sobre rodas, com capacidade de no mínimo 20 kg 
de agente extintor, em um único recipiente. 
Compartimentação de Área - Isolamento através das paredes 
resistentes a combustão, portas corta-fogo, destinado a evitar ou 
reduzir as probabilidades de propagação do fogo. 
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Câmara de Espuma - Dispositivo dotado de selo destinado a conduzir 
a espuma para o interior de tanques de armazenamento do tipo teto 
cônico 
Chuveiro Automático - Peça dotada de dispositivo sensível à elevação 
de temperatura e destinado a espargir água sobre a área incendiada, 
quando acionado pelo aumento de temperatura ambiente. 
Demanda - Solicitação quantitativa da instalação de hidrantes à fonte 
de alimentação. 
Defletor - Dispositivo destinado a dirigir a espuma contra a parede do 
tanque 
Deslizador de Espuma - Dispositivo destinado a facilitar o 
espargimento suave de espuma sobre o liquido armazenado. 
Diagrama Isométrico - Desenho em perspectiva, em ângulo de 30º, 
da instalação de hidrantes. 
Detector de Incêndio - Dispositivo do funcionamento elétrico que 
reage a um incêndio detectando o calor ou a fumaça e é capaz de 
emitir um sinal elétrico a uma central do alarme. Um detector do 
incêndio pode ser projetado do modo a reagir a um aumento de 
temperatura, ou a presença de fumaça por dispositivo fotoelétrico ou 
de ionização, ou ainda, por um sistema de leitura infravermelha. 
Duto de Ventilação – É o espaço no interior da edificação que permite 
a saída, em qualquer pavimento, de gases o fumaça da antecâmara 
da escada para o ar livre, acima da cobertura da edificação. 
Elevador de Segurança - Aquele dotado de alimentação elétrica 
independente da chave geral da edificação, chave com duplo 
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comando, automático o manual, no piso de descarga, gerador 
próprio, tendo a caixa envolvida por paredes resistentes ao fogo por 
02 (duas) horas, com as portas abrindo para uma antecâmara. 
Escada Enclausurada - Escada que apresenta a caixa envolvida por 
paredes resistentes a 04 (quatro) horas do fogo e separada da área 
comum por porta corta-fogo leve (sem antecâmara e duto do 
venti1ação). 
Escada Enclausurada a Prova do Fumaça - É a escada cuja caixa e 
envolvida por paredes e portas resistentes ao fogo o procedida de 
antecâmara e duto de venti1ação, do modo a evitar, em caso do 
incêndio, a penetração do fogo e fumaça. 
Esguicho - Dispositivo hidráulico destinadoa dar forma, alcance e 
direção ao jato d’água. 
Esguicho para Espuma - Equipamento destinado a formar e orientar a 
fluxo da espuma. 
Estação Fixa de Emulsionamento - Local onde se localizam bombas, 
proporcionadores, válvulas e tanques do líquido gerador da espuma 
(LGE). 
Estação Móvel de Emulsionamento - Veículos especializados para 
transporte do líquido gerador de espuma e o equipamento para seu 
emulsionamento automático com a água. 
Espuma Mecânica - Agente extintor, constituída por um aglomerado 
de bolhas, produzido por turbilhonamento de água com um 
concentrado proteínico ou sintético e o ar atmosférico. 
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Extintor do Incêndio - Aparelho portátil ou montado sobre rodas, 
destinado ao combate imediato ao incêndio em seu início. 
Gasômetro - Local destinado à fabricação do gás e/ou 
engarrafamento e/ou armazenamento. 
Gerador de Espuma - Equipamento que se destina a facilitar a 
mistura da solução com o ar para formação de espuma. 
 Grampo do Segurança - Grampo metálico solidário a estrutura na 
laje de cobertura para fins do acoplamento de equipamentos de 
salvamento do Corpo de Bombeiros. 
Hidrante - Ponto de tomada de água provido de dispositivo de 
manobra (registro) e união de engate rápido 
Hidrante de Parede - É o hidrante interno instalado na parede externa 
da edificação. Pode ser usado como hidrante de recalque. 
Iluminação de Emergência - Aquela que tem por finalidade auxiliar a 
evacuação da edificação sempre que necessário, devendo entrar em 
funcionamento automático, sempre que houver interrupção de 
suprimento de energia elétrica. 
Instalação para Tratamento de Produtos - Aquela onde os produtos 
sofrem modificações por mistura, aquecimento e outros processos. 
Isolamento Vertical - Obtido através do afastamento entre vergas e 
peitoris de pavimentos consecutivos ou através de elementos 
construtivos horizontais, solidários com o antipiso, de maneira a 
evitar a propagação de um incêndio de um pavimento para outro. 
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Linha de Espuma - Canalização ou linha de mangueiras destinadas a 
conduzir a espuma. 
Líquido Gerador de Espuma (LGE) - Concentrado em forma de 
líquidos de origem animal ou sintético, que misturado com água 
forma uma solução que, sofrendo um processo do batimento e 
aeração, produz espuma. 
Mangotinho - Tubo flexível de seção indeformável e diâmetro máximo 
de 25 mm. 
Monitor - Esguicho montado sobre rodas ou plataforma elevada com 
capacidade mínima de vazão de 800 litros por minuto. 
Nebulizador - Bico especial destinado a realizar o resfriamento de 
tanques do armazenamento de derivados do petróleo ou álcool. 
Parque - Área destinada ao armazenamento e transferência de 
produtos onde se situam tanques, armazéns e bombas de 
transferência. 
Plataforma de Carregamento - Local onde são carregados a granel, 
caminhões ou vagões tanques. 
Porta Corta-fogo - É o conjunto de portas propriamente dito, batente 
e seus acessórios, capaz do impedir ou retardar a propagação do 
fogo, fumaça e gases do um ambiente para outro. 
Posto de Serviço - Local onde se localizam tanques de combustíveis e 
bombas de distribuição. 
Proporcionador - Equipamento destinado a misturar em quantidades 
proporcionais pré-estabelecidas (água + líquido gerador de espuma). 
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Registro de Manobra - Destinado à abertura e fechamento de 
hidrantes. 
Registro de Paragem - Dispositivo hidráulico destinado a interromper 
o fluxo de água nas instalações hidráulicas de proteção contra
incêndios. 
Registro de Recalque - Dispositivo hidráulico destinado a permitir a 
introdução de água proveniente de fontes externas na instalação 
hidráulica de proteção contra incêndios instalado em posição que 
assegure a rápida identificação e facilidade de acesso a viaturas do 
Corpo de Bombeiros 
Requinte – É o bocal existente na ponta do esguicho do diâmetro 
variável. 
Reserva de Incêndio - Quantidade de água reservada especialmente 
para combate a incêndios 
Reservatório - Local destinado ao armazenamento de água que irá 
alimentar a instalação hidráulica de proteção contra incêndios 
Risco – Compreende as ocupações ou parte delas. 
Risco Isolado - São os riscos separados por paredes, dispositivos de 
retardamento da propagação do fogo e afastamentos, dentro dos 
critérios estabelecidos pela Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil. 
Sinalização - Meios utilizados para indicar aos ocupantes de uma 
edificação, as rotas de fuga e posição dos equipamentos de combate 
a incêndios 
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Sistema do Chuveiro Automático - Equipamentos que mediante um 
impulso ocasionado por uma queda de pressão, fluxo de água, 
variação de temperatura, evolução de fumaça, presença de chamas, 
etc, entra em funcionamento sem a interferência do ser humano. 
Sistema de Alarme - Conjunto de equipamento destinado a dar um 
aviso sonoro e/ou luminoso da ocorrência de incêndios acionados 
manualmente. 
Sistema de Acionamento Manual - Equipamento que, para entrar em 
funcionamento, necessita da interferência do ser humano. 
Sistema de Detecção - Conjunto de equipamentos destinados a dar 
um aviso sonoro e/ou luminoso da ocorrência de incêndio acionado 
manual e automaticamente pela ação de detectores capazes de 
captar fenômenos físicos da combustão. 
Sistema Fixo - Equipamento para proteção de tanques de 
armazenamento do combustível, cujos componentes são fixos, 
permanentemente, desde a estação geradora de espuma ate a 
câmara aplicadora. 
Sistema Portátil - Equipamento cujos componentes são transportados 
para o local onde serão utilizados pelos próprios operadores. 
Sistema Semifixo - Equipamento destinado à proteção e de tanques 
de armazenamento de combustível, cujos componentes, 
permanentemente fixos, são complementados por equipamentos 
móveis para sua operação. 
Neste tipo do sistema, a tomada de alimentação da 
câmara poderá ser operada através de rede comum de 
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alimentação dos hidrantes, com a interposição de um 
proporcionador de linha tipo especial, pelo sistema “ around the 
pump “ (proporcionador em paralelo ou by—pass), ou ainda 
pela interposição de uma bomba “booster” (em série). 
Solução de Espuma - Mistura de água com líquido gerador de 
espuma. 
Tambor - Recipiente portátil, cilíndrico, feito em chapa metálica, com 
capacidade máxima de 250 litros. 
Tanque do Armazenamento - Reservatório especialmente construído 
para acumulação de petróleo, seus derivados ou ainda de álcool. 
Tanque de Serviço - Reservatório especialmente construído para 
operações auxiliares e/ou distribuição de produtos. 
Unidade Extintora - Capacidade mínima convencionada do agente 
extintor.
Válvula de Retenção - Dispositivo hidráulico destinado a permitir o 
fluxo de água apenas em um sentido dentro da canalização. 
2 – NBR 9077/2010 – Saídas de Emergência em Edifícios 
A norma NBR 9077 fixa as condições exigíveis que as 
edificações devem possuir: 
a) a fim de que sua população possa abandoná-las, em caso de
incêndio, completamente protegida em sua integridade física; 
b) para permitir o fácil acesso de auxílio externo (bombeiros)
para o combate ao fogo e a retirada da população. 
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Os objetivos previstos acima devem ser atingidos projetando-
se: 
a) as saídas comuns das edificações para que possam servir
como saídas de emergência; 
b) as saídas de emergência, quando exigidas.
A norma NBR 9077 se aplica a todas as edificações, 
classificadas quanto à sua ocupação, constantes na tabela 1 a seguir, 
independentemente de suas alturas, dimensões em planta ou 
características construtivas. 
A norma NBR 9077 fixa requisitos para edifícios novos, 
podendo, entretanto, servir como exemplo de situação ideal que deve 
ser buscada em adaptações de edificações em uso, consideradas suas 
devidas limitações. 
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2.1 – Definições 
a) Abertura desprotegida: porta, janela ou qualquer outra abertura
não dotada de vedação com o exigido índice de proteção ao fogo, ou 
qualquer parte da parede externa da edificação com índice de 
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resistência ao fogo menor que o exigido para a face exposta da 
edificação. 
b) Acesso: caminho a ser percorrido pelos usuários do pavimento,
constituindo a rota de saída horizontal, para alcançar a escada ou 
rampa, área de refúgio ou descarga. Os acessos podem ser 
constituídos por corredores, passagens, vestíbulos, balcões, varandas 
e terraços. 
c) Alçapão de alívio de fumaça (AAF) ou alçapão de tiragem:
abertura horizontal localizada na parte mais elevada da cobertura de 
uma edificação ou de parte desta, que, em caso de incêndio, pode ser 
aberta manual ou automaticamente, para deixar a fumaça escapar. 
d) Altura da edificação ou altura descendente: medida em
metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, 
sob a projeção do paramento externo da parede do prédio, ao ponto 
mais alto do piso do último pavimento, não considerando pavimentos 
superiores destinados exclusivamente a casas de máquinas, caixas 
d’água, e outros. 
e) Altura ascendente: medida em metros entre o ponto que
caracteriza a saída ao nível da descarga, sob a projeção do 
paramento externo da parede da edificação, ao ponto mais baixo do 
nível do piso do pavimento mais baixo da edificação (subsolo). 
d) Antecâmara: recinto que antecede a caixa da escada, com
ventilação natural garantida por janela para o exterior, por dutos de 
entrada e saída de ar ou por ventilação forçada (pressurização). 
e) Área de pavimento: medida em metros quadrados, em qualquer
pavimento de uma edificação, do espaço compreendido pelo 
perímetro interno das paredes externas e paredes corta-fogo, e 
excluindo a área de antecâmaras, e dos recintos fechados de escadas 
e rampas. 
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f) Área do maior pavimento: área do maior pavimento da
edificação, excluindo o da descarga. 
g) Balcão ou sacada: parte de pavimento da edificação em balanço
em relação à parede externa do prédio, tendo, pelo menos, uma face 
aberta para o espaço livre exterior. 
h) Bocel ou nariz do degrau: borda saliente do degrau sobre o
espelho, arredondada inferiormente ou não. 
Nota: Se o degrau não possui bocel, a linha de concorrência dos 
planos do degrau e do espelho, neste caso obrigatoriamente 
inclinada, chama-se quina do degrau; a saliência do bocel ou da 
quina sobre o degrau imediatamente inferior não pode ser menor que 
15 mm em projeção horizontal. 
i) Carga-incêndio, carga térmica ou carga combustível de uma
edificação: conteúdo combustível de uma edificação ou de parte 
dela, expresso em termos de massa média de materiais combustíveis 
por unidade de área, pelo qual é calculada a liberação de calor 
baseada no valor calorífico dos materiais, incluindo móveis e seu 
conteúdo, divisórias, acabamento de pisos, paredes e forros, tapetes, 
cortinas, e outros. 
A carga combustível é expressa em MJ/m2, ou kg/m2, 
correspondendo à quantidade de madeira (kg de madeira por m2) 
que emite a mesma quantidade de calor que a combustão total dos 
materiais considerados nas dependências. 
j) Compartimentar: separar um ou mais locais do resto da
edificação por intermédio de paredes e portas corta-fogo. 
k) Corrimão ou mainel: barra, cano ou peça similar, com superfície
lisa, arredondada e contínua, localizada junto às paredes ou guardas 
de escadas, rampas ou passagens para as pessoas nela se apoiarem 
ao subir, descer ou se deslocar. 
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l) Descarga: parte da saída de emergência de uma edificação que
fica entre a escada e o logradouro público ou área externa com 
acesso a este. 
m) Distância de segurança: Distância entre uma face exposta da
edificação ou de um local compartimentado à divisão do lote, ao eixo 
da rua ou a uma linha imaginária entre duas edificações ou áreas 
compartimentadas do mesmo lote, medida perpendicularmente à face 
exposta da edificação. 
n) Divisória ou tabique: Parede interna, baixa ou atingindo o teto,
sem efeito estrutural e que, portanto, pode ser suprimida facilmente 
em caso de reforma. 
o) Duto de entrada de ar (DE): Espaço no interior da edificação,
que conduz ar puro, coletado ao nível inferior desta, às escadas, 
antecâmaras ou acessos, exclusivamente, mantendo-os, com isso, 
devidamente ventilados e livres de fumaça em caso de incêndio. 
p) Duto de saída de ar (DS): Espaço vertical no interior da
edificação, que permite a saída, em qualquer pavimento, de gases e 
fumaça para o ar livre, acima da cobertura da edificação. 
q) Entrepiso: Conjunto de elementos de construção, com ou sem
espaços vazios, compreendido entre a parte inferior do forro de um 
pavimento e a parte superior do piso do pavimento imediatamente 
superior. 
r) Escada de emergência: Escada integrante de uma rota de saída,
podendo ser uma escada enclausurada à prova de fumaça, escada 
enclausurada protegida ou escada não enclausurada. 
s) Escada à prova de fumaça pressurizada (PFP): Escada à
prova de fumaça, cuja condição de estanqueidade à fumaça é obtida 
por método de pressurização. 
t) Escada enclausurada à prova de fumaça (PF): Escada cuja
caixa é envolvida por paredes corta-fogo e dotada de portas corta-
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fogo, cujo acesso é por antecâmara igualmente enclausurada ou local 
aberto, de modo a evitar fogo e fumaça em caso de incêndio. 
u) Escada enclausurada protegida (EP): Escada devidamente
ventilada situada em ambiente envolvido por paredes corta-fogo e 
dotada de portas resistentes ao fogo. 
v) Escada não enclausurada ou escada comum (NE): Escada
que, embora possa fazer parte de uma rota de saída, se comunica 
diretamente com os demais ambientes, como corredores, halls e 
outros, em cada pavimento, não possuindo portas corta-fogo. 
w) Espaço livre exterior: Espaço externo à edificação para o qual
abrem seus vãos de ventilação e iluminação. Pode ser constituído por 
logradouro público ou pátio amplo. 
x) Guarda ou guarda-corpo: Barreira protetora vertical, maciça ou
não, delimitando as faces laterais abertas de escadas, rampas, 
patamares, terraços, balcões, galerias e assemelhados, servindo 
como proteção contra eventuais quedas de um nível para outro. 
y) Incombustível: Material que atende aos padrões de método deensaio para determinação da não-combustibilidade. 
z) Lanço de escada: Sucessão ininterrupta de degraus entre dois
patamares sucessivos. 
Nota: Um lanço de escada nunca pode ter menos de três degraus, 
nem subir altura superior a 3,70 m. 
a.a) Largura do degrau (b): Distância entre o bocel do degrau e a 
projeção do bocel do degrau imediatamente superior, medida 
horizontalmente sobre a linha de percurso da escada. 
a.b) Linha de percurso de uma escada: Linha imaginária sobre a 
qual sobe ou desce uma pessoa que segura o corrimão da bomba, 
estando afastada 0,55 m da borda livre da escada ou da parede. 
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Nota: Sobre esta linha, todos os degraus possuem piso de largura 
igual, inclusive os degraus ingrauxidos nos locais em que a escada faz 
deflexão. Nas escadas de menos de 1,10 m de largura, a linha de 
percurso coincide com o eixo da escada, ficando, pois, mais perto da 
borda. 
a.c) Local de saída única: Local em um pavimento da edificação, 
onde a saída é possível apenas em um sentido. 
a.d) Nível de acesso: Nível do terreno no ponto em que se 
atravessa a projeção do paramento externo da parede do prédio, ao 
se entrar na edificação. 
Nota: É aplicado para a determinação da altura da edificação. 
a.e) Nível de descarga: Nível no qual uma porta externa de saída 
conduz ao exterior. 
a.f) Parede corta-fogo: Tipo de separação corta-fogo que, sob a 
ação do fogo, conserva suas características de resistência mecânica, 
é estanque à propagação da chama e proporciona um isolamento 
térmico tal que a temperatura medida sobre a superfície não exposta 
não ultrapasse 140°C durante um tempo especificado. 
a.g) Parede resistente ao fogo: Parede capaz de resistir 
estruturalmente aos efeitos de qualquer fogo ao qual possa vir a ficar 
exposta, durante um tempo determinado. 
a.h) Pavimento de descarga: Pavimento que possui uma porta 
externa de saída. 
a.i) Poço de instalação: Passagem essencialmente vertical deixada 
numa edificação com a finalidade específica de facilitar a instalação 
de serviços tais como dutos de ar-condicionado, ventilação, 
canalizações hidráulico-sanitárias, eletrodutos, cabos, tubos de lixo, 
elevadores, monta-cargas, e outros. 
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a.j) População: Número de pessoas para as quais uma edificação, 
ou parte dela, é projetada. 
a.k) Porta corta-fogo (PCF): Conjunto de folha de porta, marco e 
acessórios, que atende à NBR 11742. 
Nota: As portas podem ser dotadas de vidros aramados 
transparentes, com 6,5 mm de espessura e 0,50 m2 de área máxima. 
a.l) Prédio misto: Edificação cuja ocupação é diversificada, 
englobando mais de um uso e que, portanto, deve satisfazer às 
exigências de proteção de acordo com o exigido para o maior risco, 
salvo se houver isolamento de risco, isto é, compartimentação. 
a.m) Rampa: Parte inclinada de uma rota de saída, que se destina a 
unir dois níveis de pavimento. 
a.n) Saída de emergência, rota de saída ou saída: Caminho 
contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas, 
corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, 
rampas ou outros dispositivos de saída ou combinações destes, a ser 
percorrido pelo usuário, em caso de um incêndio, de qualquer ponto 
da edificação até atingir a via pública ou espaço aberto, protegido do 
incêndio, em comunicação com o logradouro. 
a.o) Saída horizontal: Passagem de um edifício para outro por meio 
de porta corta-fogo, vestíbulo, passagem coberta, passadiço ou 
balcão. 
a.p) Separação corta-fogo: Elemento de construção que funciona 
como barreira contra a propagação do fogo, avaliado conforme NBR 
10636. 
a.q) Unidade de passagem: Largura mínima para a passagem de 
uma fila de pessoas, fixada em 0,55 m. 
Nota: Capacidade de uma unidade de passagem é o número de 
pessoas que passa por esta unidade em 1 min. 
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2.2 – Classificação das Edificações 
As edificações são classificadas: 
a) quanto à ocupação, de acordo com a Tabela 1 apresentada
acima; 
b) quanto à altura, dimensões em planta e características
construtivas, de acordo, respectivamente, com as Tabelas 2, 3 e 4 a 
seguir. 
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2.3 – Componentes da saída de emergência 
A saída de emergência compreende o seguinte: 
a) acessos ou rotas de saídas horizontais, isto é, acessos às
escadas, quando houver, e respectivas portas ou ao espaço livre 
exterior, nas edificações térreas; 
b) escadas ou rampas;
c) descarga.
2.4 – Cálculo da população 
As saídas de emergência são dimensionadas em função da 
população da edificação. 
A população de cada pavimento da edificação é calculada pelos 
coeficientes da Tabela 5 do Anexo, considerando sua ocupação, dada 
na Tabela 1 do Anexo. 
Exclusivamente para o cálculo da população, devem ser 
incluídas nas áreas de pavimento: 
a) as áreas de terraços, sacadas e assemelhados, excetuadas
aquelas pertencentes às edificações dos grupos de ocupação A, B e 
H; 
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b) as áreas totais cobertas das edificações F-3 e F-6, inclusive
canchas e assemelhados; 
c) as áreas de escadas, rampas e assemelhados, no caso de
edificações dos grupos F-3, F-6 e F-7, quando, em razão de sua 
disposição em planta, estes lugares puderem, eventualmente, ser 
utilizados como arquibancadas. 
Exclusivamente para o cálculo da população, as áreas de 
sanitários nas ocupações E e F são excluídas das áreas de pavimento. 
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(A) Os parâmetros dados nesta Tabela são os mínimos aceitáveis para o cálculo da 
população. Em projetos específicos, devem ser cotejados com os obtidos em função 
da localização de assentos, máquinas, arquibancadas e outros, e adotados os mais 
exigentes, para maior segurança. 
(B) As capacidades das unidades de passagem (ver Nota da definição da “Unidade 
de Passagem”) em escadas e rampas estendem-se para lanços retos e saída 
descendente. Nos demais casos, devem sofrer redução, como abaixo especificado. 
Estas percentagens de redução são cumulativas, quando for o caso: 
a) lanços curvos de escadas (com degraus ingrauxidos): redução de 10%;
b) lanços ascendentes de escadas, com degraus até 17 cm de altura: redução de
10%; 
c) lanços ascendentes de escada com degraus até 17,5 cm de altura: redução de
15%; 
d) lanços ascendentes de escadas com degraus até 18 cm de altura: redução de
20%; 
e) rampas ascendentes, declividade até 10%: redução de 1% por grau percentual
de inclinação (1% a 10%); 
f) rampas ascendentes de mais de 10% (máximo: 12,5%): redução de 20%.
2.4 – Dimensionamento das saídas de emergência 
a) Largura das saídas
A largura das saídas deve ser dimensionada em função do 
número de pessoas que por elas deva transitar, observados os 
seguintes critérios: 
a) os acessos são dimensionados em função dos pavimentos
que servirem à população; 
b) as escadas, rampas e descargas são dimensionadas
em função do pavimento de maior população, o qual determina 
as larguras mínimas para os lanços correspondentes aos demais 
pavimentos, considerando-se o sentido da saída. 
A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, e 
outros, é dada pela seguinte fórmula: 
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Onde: 
N = número de unidades de passagem, arredondado para número 
inteiro 
P = população, conforme coeficiente da Tabela 5 do Anexo e critérios 
do subitem 2.3 e da alínea “a” acima. 
C = capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela 5. 
b) Larguras mínimas a serem adotadas
As larguras mínimas das saídas, em qualquer caso, devem ser 
as seguintes: 
a) 1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem e 55
cm, para as ocupações em geral, ressalvado o disposto a seguir; 
b) 2,20 m, para permitir a passagem de macas, camas, e
outros, nas ocupações do grupo H, divisão H-3. 
c) Exigências adicionais
A largura das saídas deve ser medida em sua parte mais 
estreita, não sendo admitidas saliências de alizares, pilares, e outros, 
com dimensões maiores que as indicadas na figura a seguir, e estas 
somente em saídas com largura superior a 1,10 m. 
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As portas que abrem para dentro de rotas de saída, em ângulo 
de 180°, em seu movimento de abrir, no sentido do trânsito de saída, 
não podem diminuir a largura efetiva destas em valor menor que a 
metade (ver Figura 2), sempre mantendo uma largura mínima livre 
de 1,10 m para as ocupações em geral e de 1,65 m para as do grupo 
F. 
As portas que abrem no sentido do trânsito de saída, para 
dentro de rotas de saída, em ângulo de 90°, devem ficar em recessos 
de paredes, de forma a não reduzir a largura efetiva em valor maior 
que 0,10 m (ver Figura 2). 
2.5 – Acessos 
Os acessos devem satisfazer às seguintes condições: 
a) permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes do prédio;
b) permanecer desobstruídos em todos os pavimentos;
c) ter larguras de acordo com o estabelecido no subitem 2.4;
d) ter pé-direito mínimo de 2,50 m, com exceção de obstáculos
representados por vigas, vergas de portas, e outros, cuja altura 
mínima livre deve ser de 2,00 m; 
e) ser sinalizados e iluminados com indicação clara do sentido
da saída. 
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Os acessos devem permanecer livres de quaisquer obstáculos, 
tais como móveis, divisórias móveis, locais para exposição de 
mercadorias, e outros, de forma permanente, mesmo quando o 
prédio esteja supostamente fora de uso. 
a) Distâncias máximas a serem percorridas
As distâncias máximas a serem percorridas para atingir um 
local seguro (espaço livre exterior, área de refúgio, escada protegida 
ou à prova de fumaça), tendo em vista o risco à vida humana 
decorrente do fogo e da fumaça, devem considerar: 
a) o acréscimo de risco quando a fuga é possível em apenas um 
sentido; 
b) o acréscimo de risco em função das características 
construtivas da edificação; 
c) a redução de risco em caso de proteção por chuveiros
automáticos; 
d) a redução de risco pela facilidade de saídas em edificações
térreas. 
As distâncias máximas a serem percorridas constam da Tabela 
6 a seguir. 
Para uso da Tabela 6 do Anexo devem ser consideradas as 
características construtivas da edificação, constante na Tabela 4, 
edificações classes X, Y e Z. 
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Um prédio é classificado como de classe X – edificações em que 
a propagação do fogo é fácil - quando tiver qualquer peça estrutural 
ou entrepiso combustível ou não resistente ao fogo e desprotegido. 
Qualquer edificação dotada de estrutura resistente ao fogo é 
classificada como de classe Y - mediana resistência ao fogo - se, em 
qualquer ponto da edificação, houver qualquer uma das seguintes 
condições de risco: 
a) aberturas entre pavimentos, que permitam a fácil
propagação vertical do incêndio, tais como escadas, vazios 
ornamentais ou não, dutos desprotegidos, e outros; 
b) inexistência de distância satisfatória entre aberturas de
pavimentos consecutivos, tais como prédios com paredes-cortina, 
"pele de vidro", peitoris muito baixos e outros; 
c) existência, em edifícios de escritórios (grupo D), de grandes
salões - dependências com mais de 125 m2 - sem divisões ou 
utilizando divisórias leves, não-resistentes ao fogo; 
d) vãos de iluminação e ventilação, dando para pátios internos
que não atendam às condições de espaço livre exterior (ver definição 
de espaço livre exterior). 
Para que um prédio seja classificado em Z – edificações em que 
a propagação do fogo é difícil - e, portanto, a distância máxima a ser 
percorrida possa ser maior, é necessário que: 
a) sua estrutura seja de concreto armado ou protendido,
calculado e executado conforme NBR 5627; 
b) tenha paredes externas com resistência ao fogo igual ou
superior à da estrutura, resistindo, pelo menos, a 2 h de fogo; 
c) tenha isolamento entre pavimentos, o qual é obtido por
afastamentos mínimos de 1,20 m entre vergas e peitoris de aberturas 
situadas em pavimentos consecutivos, com parede ou viga com 
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resistência ao fogo igual à exigida para a laje de entrepiso e nunca 
inferior a 2 h; esta distância entre aberturas pode ser substituída por 
aba horizontal que avance 0,90 m da face da edificação, solidária 
com o entrepiso e com a mesma resistência ao fogo deste; 
d) tenha isolamento entre unidades autônomas, conforme a
seguir. 
Para que as unidades autônomas sejam consideradas isoladas 
entre si, devem: 
a) ser separadas entre si e das áreas de uso comum por
paredes resistentes a 2 h de fogo; 4 h de fogo se em edifício alto 
(tipo 0); 
b) ser dotadas de portas resistentes ao fogo quando em
comunicação com os acessos; 
c) ter as aberturas situadas em lados opostos de paredes
divisórias entre unidades autônomas e afastamentos de 1,00 m entre 
si; esta distância pode ser substituída por moldura vertical, 
perpendicular ao plano das aberturas, com 0,50 m de saliência sobre 
ele e ultrapassando 0,30 m a verga da abertura mais alta; 
d) ter as aberturas situadas em paredes paralelas,
perpendiculares ou oblíquas entre si, que pertençam a unidades 
autônomas distintas; afastamento mínimo de 1,50 m. 
Notas: 
a) Para efeito da aplicação desta seção, são equiparados a
unidades autônomas os apartamentos de hotéis, as salas de aulas, as 
enfermarias e quartos de hospitais, e outros. 
b) Para efeito da aplicação da alínea a, enquanto não houver
norma brasileira específica, devem ser adotadas como padrões as 
paredes de tijolos maciços de meio-tijolo (15 cm) em um tijolo (25 
cm) como resistentes a 2 h e 4 h de fogo, respectivamente. 
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Em edificações térreas, pode ser considerada como saída, para 
efeito da distância máxima a ser percorrida, qualquer abertura, sem 
grades fixas, com peitoril, tanto interna como externamente, com 
altura máxima de 1,20 m, vão livre com área mínima de 1,20 m2 e 
nenhuma dimensão inferior a 1,00 m. 
A existência de chaminés ou dutos de ventilação natural ou 
mecânica não prejudica o isolamento exigido acima, desde que com 
área máxima de 1,50 m2, com suas aberturas com vergas a, no 
máximo, 15 cm do forro e peitoris com altura mínima de 1,80 m. 
As tubulações de lixo e similares, quando existirem, devem ter 
portas estanques à fumaça e aberturas no alto da edificação com 
secção no mínimo igual à sua, para permitir eventual exaustão de 
fumaça. 
b) Número de saídas
O número mínimo de saídasé definido em função do tipo de 
ocupação, da altura, dimensões em planta e características 
construtivas da edificação. 
Admite-se saída única nas habitações multifamiliares, quando 
não houver mais de quatro unidades autônomas por pavimento. 
c) Portas
As portas das rotas de saída e aquelas das salas com 
capacidade acima de 50 pessoas e em comunicação com os acessos e 
descargas devem abrir no sentido do trânsito de saída, conforme 
figura 2 acima. 
A largura, vão livre ou “luz” das portas, comuns ou corta-fogo, 
utilizadas nas rotas de saída, deve ser dimensionada como 
estabelecido em 2.4, admitindo-se uma redução no vão de luz, isto é, 
no vão livre, das portas em até 75 mm de cada lado (golas), para o 
contramarco, marco e alizares. As portas devem ter as seguintes 
dimensões mínimas de luz: 
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a) 80 cm, valendo por uma unidade de passagem;
b) 1,00 m, valendo por duas unidades de passagem;
c) 1,50 m, em duas folhas, valendo por três unidades de
passagem. 
Nota: Acima de 2,20 m, exige-se coluna central. 
As portas das antecâmaras das escadas à prova de fumaça e 
das paredes corta-fogo devem ser do tipo corta-fogo, obedecendo à 
NBR 11742, no que lhe for aplicável. 
As portas das antecâmaras, escadas e outros devem ser 
providas de dispositivos mecânicos e automáticos, de modo a 
permanecerem fechadas, mas destrancadas, no sentido do fluxo de 
saída, sendo admissível que se mantenham abertas, desde que 
disponham de dispositivo de fechamento, quando necessário. 
Se as portas dividem corredores que constituem rotas de saída, 
devem: 
a) ter condições de reter a fumaça e ser providas de visor
transparente de área mínima de 0,07 m2, com altura mínima de 25 
cm; 
b) abrir no sentido do fluxo de saída;
c) abrir nos dois sentidos, caso o corredor possibilite saída nos
dois sentidos. 
Em salas com capacidade acima de 200 pessoas e nas rotas de 
saída de locais de reunião com capacidade acima de 200 pessoas, as 
portas de comunicação com os acessos, escadas e descarga devem 
ser dotadas de ferragem do tipo antipânico, conforme NBR 11785. 
É vedado o uso de peças plásticas em fechaduras, espelhos, 
maçanetas, dobradiças e outros, e portas de: 
a) rotas de saída;
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b) entrada em unidades autônomas;
c) salas com capacidade acima de 50 pessoas.
A colocação de fechaduras nas portas de acesso e descargas é 
permitida desde que seja possível a abertura pelo lado interno, sem 
necessidade de chave, admitindo-se que a abertura pelo lado externo 
seja feita apenas por meio de chave, dispensando-se maçanetas, etc. 
2.6 – Rampas 
a) Obrigatoriedade
O uso de rampas é obrigatório nos seguintes casos: 
a) para unir dois pavimentos de diferentes níveis em acessos a
áreas de refúgio em edificações com ocupações dos grupos H-2 e H-
3; 
b) na descarga e acesso de elevadores de emergência;
c) sempre que a altura a vencer for inferior a 0,48 m, já que
são vedados lanços de escadas com menos de três degraus; 
d) quando a altura a ser vencida não permitir o
dimensionamento equilibrado dos degraus de uma escada; 
e) para unir o nível externo ao nível do saguão térreo das
edificações em que houver usuários de cadeiras de rodas. 
b) Condições de atendimento
O dimensionamento das rampas deve obedecer ao estabelecido 
em 2.4. 
As rampas não podem terminar em degraus ou soleiras, 
devendo ser precedidas e sucedidas sempre por patamares planos. 
Os patamares das rampas devem ser sempre em nível, tendo 
comprimento mínimo de 1,10 m, medidos na direção do trânsito, 
sendo obrigatórios sempre que houver mudança de direção ou 
quando a altura a ser vencida ultrapassar 3,70 m. 
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As rampas podem suceder um lanço de escada, no sentido 
descendente de saída, mas não podem precedê-lo. 
Não é permitida a colocação de portas em rampas; estas devem 
estar situadas sempre em patamares planos, com largura não-inferior 
à da folha da porta de cada lado do vão. 
O piso das rampas deve ser antiderrapante. 
As rampas devem ser dotadas de guardas e corrimãos de forma 
análoga ao especificado em 2.8. 
As exigências de sinalização, iluminação, ausência de 
obstáculos, e outros, dos acessos aplicam-se, com as devidas 
alterações, às rampas. 
c) Declividade
A declividade máxima das rampas externas à edificação deve 
ser de 10% (1:10). 
As declividades máximas das rampas internas devem ser de: 
a) 10%, isto é, 1:10, nas edificações de ocupações A, B, E, F e
H; 
b) 12,5%, isto é, 1:8, quando o sentido de saída é na descida,
nas edificações de ocupações D e G; sendo a saída em rampa 
ascendente, a inclinação máxima é de 10%; 
c) 12,5% (1:8), nas ocupações C, I e J.
Quando, em ocupações em que sejam admitidas rampas de 
mais de 10% em ambos os sentidos, o sentido da saída for 
ascendente, deve ser dado um acréscimo de 25% na largura 
calculada conforme 2.3. 
2.7 - Escadas 
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Em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em nível para 
o espaço livre exterior devem ser dotados de escadas, enclausuradas
ou não, as quais devem: 
a) quando enclausuradas, ser constituídas com material
incombustível; 
b) quando não enclausuradas, além da incombustibilidade,
oferecer nos elementos estruturais resistência ao fogo de, no mínimo, 
2 h; 
c) ter os pisos dos degraus e patamares revestidos com
materiais resistentes à propagação superficial de chama, isto é, com 
índice "A" da NBR 9442; 
d) ser dotados de guardas em seus lados abertos, conforme
2.8; 
e) ser dotadas de corrimãos, conforme 2.8;
f) atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descarga,
mas terminando obrigatoriamente no piso desta, não podendo ter 
comunicação direta com outro lanço na mesma prumada (ver Figura 
3); 
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g) ter os pisos com condições antiderrapantes, e que
permaneçam antiderrapantes com o uso; 
h) atender à seção 2.5 (Os acessos devem permanecer livres de
quaisquer obstáculos, tais como móveis, divisórias móveis, locais 
para exposição de mercadorias, e outros, de forma permanente, 
mesmo quando o prédio esteja supostamente fora de uso). 
a) Largura
As larguras das escadas devem atender aos seguintes 
requisitos: 
a) ser proporcionais ao número de pessoas que por elas devam
transitar em caso de emergência, conforme 2.4; 
b) ser medidas no ponto mais estreito da escada ou patamar,
excluindo os corrimãos (mas não as guardas ou balaustradas), que se 
podem projetar até 10 cm de cada lado, sem obrigatoriedade de 
aumento na largura das escadas; 
c) ter, quando se desenvolver em lanços paralelos, espaço
mínimo de 10 cm entre lanços, para permitir localização de guarda ou 
fixação do corrimão. 
b) Dimensionamento de degraus e patamares
Os degraus devem: 
a) ter altura h (ver Figura 4 a seguir) compreendida entre 16,0
cm e 18,0 cm, com tolerância de 0,05 cm; 
b) ter largura b (ver Figura 4) dimensionada pela fórmula de
Blondel: 
63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64 cm 
c) ser balanceados quando o lanço da escada for curvo (escada
em leque), caso em que a medida do degrau (largura do degrau) será 
feita segundo a linha de percurso (ver 3.32) e a parte mais estreita 
destes degraus ingrauxidos não tenha menos de 15 cm; 
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d) ter, num mesmo lanço, larguras e alturas iguais e, em lanços
sucessivos de uma mesma escada, diferenças entre as alturas de 
degraus de, no máximo, 5 mm; 
e) ter bocel (nariz) de 1,5 cm, no mínimo, ou, quando este
inexistir, balanço da quina do degrau sobre o imediatamente inferior 
com este mesmo valor mínimo (ver Figura 4). 
O lanço mínimo deve ser de três degraus e o lanço máximo, 
entre dois patamares consecutivos, não deve ultrapassar 3,70 m de 
altura. 
O comprimento dos patamares deve ser (ver Figura 5): 
a) dado pela fórmula:
p = (2h + b)n + b, 
em que o n é um número inteiro (1, 2 ou 3), quando se tratar 
de escada reta, medido na direção do trânsito; 
b) no mínimo, igual à largura da escada, quando há mudança
de direção da escada sem degraus ingrauxidos, não se aplicando, 
neste caso, a fórmula anterior. 
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Em ambos os lados de vão da porta, deve haver patamares 
com comprimento mínimo igual à largura da folha da porta. 
c) Caixas das escadas
As paredes das caixas de escadas, das guardas, dos acessos e 
das descargas devem ter acabamento liso. 
As caixas de escadas não podem ser utilizadas como depósitos, 
mesmo por curto espaço de tempo, nem para a localização de 
quaisquer móveis ou equipamentos, exceto os previstos 
especificamente nesta Norma. 
Nas caixas de escadas, não podem existir aberturas para 
tubulações de lixo, passagens para a rede elétrica, centros de 
distribuição elétrica, armários para medidores de gás e 
assemelhados, excetuadas as escadas não enclausuradas em 
edificações com alturas classificadas em L e M (de baixa e de média 
alturas). 
d) Escadas não destinadas a saídas de emergência
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As escadas secundárias, não destinadas a saídas de 
emergência, mas que podem eventualmente funcionar como tais, isto 
é, todas as demais escadas da edificação, devem: 
a) ter os pisos em condições antiderrapantes e que
permaneçam como tais com o uso; 
b) ser dotadas de corrimãos, atendendo ao prescrito em 2.8,
bastando, porém, apenas um corrimão nas escadas com até 1,20 m 
de largura e dispensando-se corrimãos intermediários; 
c) ser dotadas de guardas em seus lados abertos, conforme
2.8; 
d) atender ao prescrito em 2.7 (dimensionamento dos degraus
conforme lei de Blondel, balanceamento e outros), admitindo-se, 
porém, nas escadas curvas, que a parte mais estreita dos degraus 
ingrauxidos chegue a um mínimo de 7 cm e dispensando-se a 
aplicação da fórmula dos patamares, bastando que o patamar tenha 
um mínimo de 80 cm. 
Admitem-se nas escadas secundárias, exclusivamente de 
serviço e não destinadas a saídas de emergência, as seguintes alturas 
máximas h dos degraus, respeitando-se, porém, sempre a lei de 
Blondel: 
a) ocupações A até G: h = 20 cm;
b) ocupações H: h = 19 cm;
c) ocupações I e J: h = 23 cm.
e) Escadas em edificações em construção
Em edificações em construção, as escadas devem ser 
construídas concomitantemente com a execução da estrutura, 
permitindo a fácil evacuação da obra e o acesso dos bombeiros, salvo 
se houver outro sistema eficiente de escape e de combate ao fogo, 
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que o dispense, ou no caso de uso exclusivo de materiais 
incombustíveis (estruturas exclusivamente metálicas, por exemplo). 
f) Escadas em edificações com população total inferior a 50
pessoas 
Qualquer tipo de escada de emergência pode ter largura de 90 
cm e degraus ingrauxidos, respeitadas as demais exigências para 
escadas de saídas de emergência, quando se enquadrar em uma das 
seguintes situações: 
a) atender a edificações classificadas nos grupos de ocupação
A, B, D, G, I ou J, com população total do prédio inferior a 50 
pessoas, sendo uma edificação baixa (tipo L - altura até 6,00 m); 
b) a escada for exigida apenas como segunda saída, desde que
haja outra escada que atenda a toda população, que não pode 
ultrapassar 50 pessoas, nos mesmos grupos de ocupação citados na 
alínea anterior. 
2.8 – Guardas e corrimãos 
a) Guarda-corpos e balaustradas
Toda saída de emergência - corredores, balcões, terraços, 
mezaninos, galerias, patamares, escadas, rampas e outros - deve ser 
protegida de ambos os lados por paredes ou guardas (guarda-corpos) 
contínuas, sempre que houver qualquer desnível maior de 19 cm, 
para evitar quedas. 
A altura das guardas, internamente, deve ser, no mínimo, de 
1,05 m ao longo dos patamares, corredores, mezaninos, e outros 
(ver Figura a seguir), podendo ser reduzida para até 92 cm nas 
escadas internas, quando medida verticalmente do topo da guarda a 
uma linha que una as pontas dos bocéis ou quinas dos degraus. 
A altura das guardas em escadas externas, de seus patamares, 
de balcões e assemelhados, quando a mais de 12,00 m acima do solo 
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adjacente, deve ser de, no mínimo, 1,30 m, medido como 
especificado no parágrafo anterior. 
Exceto em ocupações dos grupos I e J, as guardas constituídas 
por balaustradas, grades, telas e assemelhados, isto é, as guardas 
vazadas, devem: 
a) ter balaústres verticais, longarinas intermediárias, grades,
telas, vidros de segurança laminados ou aramados e outros, de modo 
que uma esfera de 15 cm de diâmetro não possa passar por nenhuma 
abertura; 
b) ser isentas de aberturas, saliências, reentrâncias ou
quaisquer elementos que possam enganchar em roupas; 
c) ser constituídas por materiais não-estilhaçáveis, exigindo-se
o uso de vidros aramados ou de segurança laminados, se for o caso.
b) Corrimãos
Os corrimãos devem estar situados entre 80 cm e 92 cm acima 
do nível do piso, sendo, em escadas, esta medida tomada 
verticalmente da forma especificada no item “a” (ver Figura acima). 
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Uma escada pode ter corrimãos em diversas alturas, além do 
corrimão principal na altura normal exigida; em escolas, jardins-de-
infância e assemelhados, se for o caso, deve haver corrimãos nas 
alturas indicadas para os respectivos usuários, além do corrimão 
principal. 
Os corrimãos devem ser projetados de forma a poderem ser 
agarrados fácil e confortavelmente, permitindo um contínuo 
deslocamento da mão ao longo de toda a sua extensão, sem 
encontrar quaisquer obstruções, arestas ou soluções de continuidade. 
No caso de secção circular, seu diâmetro varia entre 38 mm e 65 mm 
(ver Figura a seguir). 
Os corrimãos devem estar afastados 40 mm, no mínimo, das 
paredes ou guardas às quais forem fixados. 
Não são aceitáveis, em saídas de emergência, corrimãos 
constituídos por elementos com arestas vivas, tábuas largas, e outros 
(ver Figura a seguir). 
c) Exigências estruturais
As guardas de alvenaria ou concreto, as grades de 
balaustradas, as paredes, as esquadrias, as divisórias leves e outros 
elementos de construção que envolvam as saídas de emergência 
devem ser projetados de forma a: 
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a) resistir a cargas transmitidas por corrimãos nelas fixados ou
calculadas para resistir a uma força horizontal de 730 N/m aplicada a 
1,05 m de altura, adotando-se a condição que conduzir a maiores 
tensões (ver Figura a seguir); 
b)ter seus painéis, longarinas, balaústres e assemelhados
calculados para resistir a uma carga horizontal de 1,20 kPa aplicada à 
área bruta da guarda ou equivalente da qual façam parte; as reações 
devidas a este carregamento não precisam ser adicionadas às cargas 
especificadas na alínea precedente (ver Figura a seguir). 
Os corrimãos devem ser calculados para resistirem a uma carga 
de 900 N, aplicada em qualquer ponto deles, verticalmente de cima 
para baixo e horizontalmente em ambos os sentidos. 
2.9 – Elevadores de emergência 
É obrigatória a instalação de elevadores de emergência: 
a) em todas as edificações com mais de 20 pavimentos,
excetuadas as de classe de ocupação G-1, e em torres 
exclusivamente monumentais de ocupação F-2; 
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b) nas ocupações institucionais H-2 e H-3, sempre que sua
altura ultrapassar 12,00 m. 
a) Exigências
Enquanto não houver norma específica referente a elevadores 
de emergência, estes devem atender a todas as normas gerais de 
segurança previstas nas NBR 5410 e NBR 7192, e ao seguinte: 
a) ter sua caixa enclausurada por paredes resistentes a 4 h de
fogo; 
b) ter suas portas metálicas abrindo para antecâmara ventilada,
para hall enclausurado e pressurizado, para patamar de escada 
pressurizada ou local análogo do ponto de vista de segurança contra 
fogo e fumaça; 
c) ter circuito de alimentação de energia elétrica com chave
própria independente da chave geral do edifício, possuindo este 
circuito chave reversível no piso da descarga, que possibilite que ele 
seja ligado a um gerador externo na falta de energia elétrica na rede 
pública. 
O painel de comando deve atender, ainda, às seguintes 
condições: 
a) estar localizado no pavimento da descarga;
b) possuir chave de comando de reversão para permitir a volta
do elevador a este piso, em caso de emergência; 
c) possuir dispositivo de retorno e bloqueio dos carros no
pavimento da descarga, anulando as chamas existentes, de modo 
que as respectivas portas permaneçam abertas, sem prejuízo do 
fechamento dos vãos do poço nos demais pavimentos; 
d) possuir duplo comando automático e manual reversível,
mediante chamada apropriada. 
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Nas ocupações institucionais H-2 e H-3, o elevador de 
emergência deve ter cabine com dimensões apropriadas para o 
transporte de maca. 
As caixas de corrida e casas de máquinas dos elevadores de 
emergência devem ser enclausuradas e totalmente isoladas das 
caixas de corrida e casas de máquinas dos demais elevadores. 
2.10 - Áreas de refúgio 
Área de refúgio é a parte de um pavimento separada do 
restante por paredes corta-fogo e portas corta-fogo, tendo acesso 
direto, cada uma delas, a uma escada de emergência (ver Figura a 
seguir). 
A estrutura dos prédios dotados de áreas de refúgio deve ter 
resistência a 4 h de fogo, devendo obedecer à NBR 5627, se for de 
concreto armado ou protendido. 
Em edificações dotadas de áreas de refúgio, as larguras das 
saídas de emergência podem ser reduzidas em até 50%, desde que 
cada local compartimentado tenha acesso direto às saídas, com 
larguras correspondentes às suas respectivas áreas e não-menores 
que as mínimas absolutas de 1,10 m para as edificações em geral, e 
2,20 m para as ocupações H-2 e H-3. 
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É obrigatória a existência de áreas de refúgio nos seguintes 
casos: 
a) em prédios institucionais de ocupações H-2 e H-3, quando
classificados em M, N ou O por suas alturas (altura superior a 6,00 
m); 
b) em prédios institucionais e educacionais – ocupações H-1, H-
2 e E - quando forem classificados em “W” por suas dimensões em 
plantas (mais de 5000 m2). 
2.11 – Alarme de incêndio e comunicação de emergência 
a) Alarme
Devem ser instalados alarme de incêndio, do tipo bitonal (fá-
dó), ressalvados os casos especiais que recomendam somente 
luminosos, tais como nas ocupações H-2, H-3. 
b) Comunicação de emergência
Deve ser instalado sistema de comunicação de emergência, 
ligado à Central de Emergência e Controle de Alarme (CECA), nos 
prédios classificados como W simultaneamente com O, nas ocupações 
C-2, C-3, D, F, H-2, H-3, H-5 e I-3. 
A comunicação de emergência pode ser feita utilizando o 
porteiro eletrônico, sistema de interfones, e outros, nas ocupações A 
e B. 
2.12 - Iluminação de emergência e sinalização de saída 
a) Iluminação das rotas de saída
As rotas de saída devem ter iluminação natural e/ou artificial 
em nível suficiente, de acordo com a NBR 5413. 
Mesmo nos casos de edificações destinadas a uso unicamente 
durante o dia, é indispensável a iluminação artificial noturna. 
b) Iluminação de emergência
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A iluminação de emergência é obrigatória nos acessos e 
descargas: 
a) sempre que houver exigência de escadas enclausuradas;
b) quando estas rotas de saída ultrapassarem 30 m, excetuadas
as edificações de ocupação A (residencial); 
c) em qualquer edificação não-residencial, classe Y;
d) em todas as edificações classe X, exceto casas unifamiliares
(A-1). 
A iluminação de emergência é obrigatória nas escadas 
destinadas a saídas de emergência, nos seguintes casos: 
a) sempre que estas escadas não tiverem iluminação natural,
exceto em edificações de ocupação A, classificadas ao mesmo tempo 
em P e L ou M; 
b) quando estas escadas forem enclausuradas (EP, PF);
c) nas escadas NE em edificações das classes X e Y, exceto
prédios L. 
c) Sinalização de saída
A sinalização de saída é obrigatória: 
a) nos acessos e descargas das escadas de emergência em
geral, em prédios não-residenciais (isto é, excluídas as edificações do 
grupo A); 
b) nos acessos e descargas dos locais de reunião de público
(grupo F), mesmo quando não dotados de escadas; 
c) nas edificações das ocupações B, C, D, E e H, quando
classificadas em O (área maior que 750 m2). 
Os textos e símbolos de sinalização devem ter, de preferência, 
cor branca sobre fundo verde-amarelado, para melhor visualização 
através da fumaça, admitindo-se o uso da cor vermelha prescrita pela 
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NBR 10898 nos locais em que a luz verde vier a prejudicar condições 
necessárias de escuridão, como, por exemplo, em cinemas, 
laboratórios especiais e outros. 
3 – NBR 10897 – Sistemas de proteção contra incêndio por 
chuveiros automáticos (Roque, 2015) 
O chuveiro automático ou sprinkler é definido como um 
dispositivo para extinção ou controle de incêndios que funciona 
automaticamente quando seu elemento termo-sensível é aquecido à 
sua temperatura de operação ou acima dela, permitindo que a água 
seja descarregada sobre uma área específica. 
A tecnologia do uso de sprinklers ou chuveiros automáticos é 
aplicada no controle ou extinção de focos de incêndios de baixa 
intensidade através da aplicação de água sob forma de gotículas 
pulverizadas sobre as chamas e sobre a matéria em combustão 
geradora do incêndio. 
O sprinkler ou chuveiro automático é composto de um corpo 
(metálico), um obturador, um elemento termo sensível (também 
nomeado de sensor térmico) e um difusor (também nomeado de 
defletor metálico), conforme figura a seguir, que quando acionados 
promovem a aspersão de um fluído com alta potência sobre uma 
determinada área promovendo o controle ou extinção do foco de 
incêndio até a chegadada brigada de incêndio ou do corpo de 
bombeiros. 
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Fonte: Nakamura (2014) apud Roque (2015) 
O corpo é a estrutura formada pela rosca metálica para fixação 
na tubulação, braços e orifícios de descarga, e serve como suporte 
dos demais componentes. 
O obturador é constituído de um pequeno disco metálico 
destinado à vedação do orifício de descarga nos chuveiros 
automáticos que também atua como base para o elemento termo-
sensível tipo bulbo de vidro. 
De acordo com Macintyre (2010) apud Roque (2015), o 
sprinkler contém um obturador ou sensor térmico que impede a saída 
da água em situações normais. Esse obturador pode ser constituído 
de uma ampola de quartzóide, contendo um líquido apropriado que, 
sob a ação do calor ao irromper o incêndio, se expande graças ao seu 
elevado coeficiente de expansão, rompendo a ampola e permitindo a 
aspersão da água sobre o local. 
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E o elemento termo sensível é o elemento que, por efeito da 
elevação da temperatura, se rompe, liberando o obturador para a 
saída de água do sistema projetando a mesma sobre o foco de 
incêndio. O obturador pode ser uma peça fusível de liga metálica 
eutética de ponto de fusão muito baixo ou uma ampola de vidro 
(quartzoid) de acordo com a figura a seguir. O elemento sensível 
mais usado é a ampola de vidro. 
Fonte: IKLIM Ltd (2015) apud Roque (2015) 
O Defletor ou Difusor é o componente do sprinkler destinado 
a quebrar o jato sólido de água, de modo a distribuir uniformemente 
a mesma sobre o foco de incêndio. 
De acordo com Brentano (2007) apud Roque (2015), o defletor 
é uma peça presa à estrutura do chuveiro automático sobre a qual 
incide com bastante força o jato sólido de água após removido o 
obturador, formando um cone de aspersão sobre toda a área de 
proteção do chuveiro automático. O jato sólido pode ser ascendente 
ou descendente para atingir o defletor e formar o cone de aspersão, 
de acordo com o tipo de chuveiro automático especificado pelo 
projeto. 
3.1 – Tipos de Chuveiros Automáticos 
Segundo Brentano (2007) apud Roque (2015), existem vários 
tipos de sprinklers, os principais são: 
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a) chuveiro automático “Padrão” (Spray Sprinkler): O
chuveiro automático padrão tem toda a descarga de água projetada 
para baixo, de forma esférica, abaixo do plano do defletor dirigido 
totalmente sobre o foco do incêndio com pouca ou nenhuma água 
lançada sobre o piso. É o chuveiro automático que tem a maior 
utilização, pois pode ser usado em todas as classes de risco, em 
todos os tipos de edificações e nos tipos de sistema de Canalizações 
Molhada e Seca e no de Pré–Ação; 
b) chuveiro automático de “Cobertura Estendida”− (CE)
(Extended Coverage Sprinkler − EC): O chuveiro automático de 
Cobertura Estendida (CE), que é também chamado de Amplo Alcance 
(AA), tem a capacidade de proteção sobre uma área maior que os 
demais tipos devido ao formato especial de seu defletor. Comparando 
com os chuveiros do tipo padrão sua área de cobertura é mais de 
70% maior. Os chuveiros de Cobertura Estendida (CE) são indicados 
para controlar ou extinguir incêndios de graus de risco específicos; 
c) chuveiro automático de “Gotas Grandes” (GG) (Large
Drop Sprinkler – LD): O chuveiro automático de Gotas Grandes é 
capaz de produzir gotas grandes características, com uma grande 
densidade de aplicação de água. Possui defletor grande com largos 
espaços, entre os dentes, para facilitar a criação de grandes gotas de 
água, que tem a capacidade de penetrar mais profundamente e de 
forma rápida nas correntes ascendentes de calor geradas por fogos 
de grande intensidade, retardando a evaporação e fazendo com que 
uma grande quantidade de água atinja o material em chamas; 
d) chuveiro automático de “Orificio Extragrande” (ELO)
(Extra Large Orifice- ELO): O Chuveiro automático de Orifício 
Extragrande é capaz de produzir uma grande densidade de aplicação 
de água sobre o fogo com a necessidade de pressões muito baixas. 
São indicados para controlar ou extinguir focos de incêndio de altos 
riscos específicos, como depósitos com empilhamentos altos, que 
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exigem uma grande densidade de aplicação de água com baixa 
pressão, a partir de 50 kPa (5 mca), podendo com isso eliminar até a 
necessidade de bombas e seus acessórios, redução do diâmetro e o 
aumento dos espaçamentos entre os sub-ramais, diminuindo o custo 
total da instalação; 
e) chuveiro automático de “Resposta Rápida”: Os
chuveiros automáticos de Resposta Rápida têm um tempo de 
resposta térmica extremamente rápida, podendo ser de cinco a seis 
vezes mais rápido que o chuveiro automático de resposta normal, 
porque o seu elemento termo sensível tem uma inércia térmica muito 
menor, permitindo uma ação imediata no inicio do desenvolvimento 
do fogo. Eles são fabricados em diversos tipos e modelos, com 
características próprias de cada fabricante. São utilizados em locais 
com a possibilidade de incêndios muito rápidos; 
f) chuveiro automático de Resposta e Supressão Rápidas
(ESFR) (Early Suppressionand Fast Response sprinkler - 
ESFR): O chuveiro automático de Resposta Rápida possui um orifício 
extragrande que permite a aplicação de uma grande densidade de 
água na base do incêndio quando ainda se encontra na sua fase 
inicial. Podem ser usados em edificações com pé-direito até 14,0 m e 
empilhamento de até 12,0 m de altura, instalados em certos tipos de 
configurações de construção; 
g) chuveiro automático “Residencial” (Residencial
Sprinkler): São chuveiros automáticos de Resposta Rápida (RR) 
usados especificamente na proteção de incêndios em edificações 
tipicamente residenciais uni e bi familiares, que funcionam com baixa 
vazão e pressão, reduzindo o diâmetro das canalizações e a 
necessidade de grande reserva de água. 
3.2 – Classificação quanto à Posição de Instalação 
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A posição de instalação dos chuveiros automáticos depende do 
formato de seu defletor e podem ser classificados como: 
a) pendente (pendent = para baixo): são sprinklers
utilizados geralmente em instalações aparentes, onde as tubulações 
correm paralelas à laje ou à cobertura, não tendo forro técnico ("forro 
falso", local por onde há a passagem de rede elétrica, de ar 
condicionado, rede de sprinklers, rede telefônica, rede lógica, e que 
necessitem de proteção), conforme figura a seguir (item 2); 
b) em pé (upright = para cima): são aqueles utilizados,
dependendo da situação, em redes aparentes e também em locais 
onde ocorre forro técnico e que exista possibilidade de risco de 
incêndios, conforme figura a seguir (item 1); 
c) lateral (sidewall = de parede): são os chuveiros que se
instalam em paredes quando necessários, conforme figura a seguir 
(item 3). 
Fonte: Pereira & Araújo (2015) apud Roque (2015) 
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 3.3 – Fator K de descarga para chuveiros automáticos 
O fator K é um fator que define a capacidade de descarga de 
água de um chuveiro automático. Este fator de descarga representa 
uma constante de proporcionalidade entre a vazão e a pressão nos 
orifícios de saída dos chuveirose varia conforme o diâmetro dos 
orifícios e também de fabricante. Pode ser calculado pela seguinte 
fórmula: 
Onde: 
K = Fator K (l/min/bar½) 
Q = vazão (l/min) 
P = Pressão (kPa) 
A NBR 10897 prevê os valores do fator K conforme a tabela a 
seguir: 
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3.4 – Sistemas de Sprinklers 
Segundo Brentano (2007) apud Roque (2015), um sistema de 
chuveiros automáticos pode ser definido como um sistema hidráulico 
fixo de combate a incêndios constituídos de chuveiros automáticos 
(sprinklers) regularmente distribuídos por toda a edificação, ativados 
pelo calor do fogo, que descarregam água sobre a área de incêndio, 
com vazões, pressões e áreas de coberturas máxima determinadas 
por normas de acordo com o grau de risco, alimentados por uma rede 
de canalizações aéreas e subterrâneas com diâmetros compatíveis, a 
partir de um sistema de bombas de incêndio e de uma reserva de 
água exclusivas. 
Segundo o mesmo autor, o sistema de sprinklers é constituído 
como um sistema integrado compreendendo os seguintes elementos: 
- abastecimento de água: o sistema de chuveiros 
automáticos requer grande reserva de água, obtida de fontes de 
abastecimento confiáveis, cujo volume mínimo necessário deve ser 
constante e estar permanentemente à disposição. O abastecimento 
de água inclui o hidrante de recalque que vai ser usado pelo Corpo de 
Bombeiros quando terminar a água do sistema interno de 
abastecimento. 
- sistema de bombas: o sistema de bombas é necessário 
quando no sistema de chuveiros automáticos não pode ser abastecido 
por gravidade, por não atender as condições mínimas de pressão e 
vazão requeridas por norma. Geralmente o sistema de chuveiros 
automáticos possui reservatório térreo devido ao grande volume de 
água necessário, tendo consequentemente, um sistema de bombas. A 
alimentação pode ser por gravidade quando houver um 
favorecimento topográfico que o justifique ou tiver um castelo de 
água com altura suficiente 
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- sistema de controle de alarme: é o sistema que controla o 
escoamento de água para a rede de distribuição através de válvulas 
especiais e aciona o sistema de alarme. 
- rede hidráulica de distribuição: é a rede formada por 
canalizações fixas localizadas após o sistema de controle e alarme, 
que alimenta os chuveiros automáticos. 
A rede hidráulica de distribuição é composta de tubulações e 
conexões dispostas geometricamente com a finalidade de promover o 
escoamento da água até os locais definidos em projeto. A NBR 
10.897 define as canalizações como: 
- coluna principal de alimentação do sistema (riser): tubo 
não subterrâneo, horizontal ou vertical, localizado entre a fonte de 
abastecimento de água e as tubulações gerais e subgerais, contando 
com uma válvula de governo e alarme. 
- ramais: tubos aos quais os chuveiros são fixados. 
- tubulações gerais: tubos que alimentam as tubulações 
subgerais, diretamente ou com conexões. 
- tubulações subgerais: tubos que alimentam os ramais. 
Fonte: RMS (2015) apud Roque (2015) 
3.4.1 – Tipos de Sistemas 
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Os sistemas de sprinklers podem ser classificados em seis 
categorias: sistema de ação prévia, sistemas de “tubulações 
molhadas” (wet-pipe systems), sistema de dilúvio ou 
“inundação”(deluge system), sistemas de “tubulações secas”(dry-pipe 
systems), sistema de anel fechado, e sistema tipo grelha. 
a) Sistema de Ação Prévia:
Sistema que utiliza chuveiros automáticos, fixados a uma 
tubulação que contém ar, que pode ou não estar sob pressão, 
conjugado a um sistema suplementar de detecção instalado na 
mesma área dos chuveiros automáticos. 
Macintyre (2008) apud Roque (2015) explica o sistema de ação 
prévia ou de pré-ação como o sistema que emprega sprinklers 
colocados em tubulações contendo ar (comprimido ou não) e um 
sistema suplementar de detectores mais sensíveis que o bulbo do 
sprinkler, os quais são colocados no mesmo local que os sprinklers. A 
pronta ação dos detectores ao início de um incêndio abre uma válvula 
que permite à água escoar pelo sistema tão logo se rompa o bulbo do 
sprinkler. 
b) Sistema com as tubulações molhadas (wet-pipe systems)
Sistema de chuveiros automáticos fixados a uma tubulação que 
contém água e conectada a uma fonte de abastecimento, de maneira 
que a água seja descarregada imediatamente pelos chuveiros 
automáticos quando abertos pelo calor de um incêndio. 
Macintyre (2008) apud Roque (2015) explica a utilização de um 
sistema “wet-pipe systems” ou de “tubulações molhadas” como as 
tubulações que permanecem sempre com água e ligadas a um 
reservatório, de modo que a atuação da água se faz prontamente 
pelo sprinkler localizado onde irrompeu o fogo. É o sistema mais 
usado. 
c) Sistema de dilúvio ou inundação (deluge system)
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Sistema automático de chuveiros que utiliza chuveiros abertos 
acoplados a uma tubulação conectada a uma fonte de abastecimento 
de água por uma válvula de dilúvio. Esta válvula é aberta pela 
operação de um sistema de detecção instalado na mesma área dos 
chuveiros. Com a abertura da válvula ocorre entrada de água na 
tubulação, sendo descarregada por todos os chuveiros 
simultaneamente. 
Macintyre (2008) apud Roque (2015) esclarece que nesse 
sistema os sprinklers estão sempre abertos, isto é, sem ampola, e 
conectados a tubulações secas. Detectores de chama ou fumaça, uma 
vez acionados pelo agente específico, fazem operar uma válvula de 
inundação ou “dilúvio” (deluge-valve), que permite o escoamento da 
água até os sprinklers, os quais atuarão simultaneamente. A válvula 
deve também poder ser aberta e fechada manualmente. É preciso 
notar que somente em casos especiais deve-se usar este sistema, 
pelas consequências que advêm da “inundação” de uma área 
considerável. 
d) Sistema com tubulações secas (dry-pipe systems)
Sistema de chuveiros automáticos fixados a uma tubulação que 
contenha ar ou nitrogênio sob pressão. A partir da abertura de um 
chuveiro, a pressão de água abre uma válvula, conhecida como 
válvula para sistema seco, deixando a água entrar na tubulação para 
controle do incêndio, sendo descarregada pelos chuveiros abertos. 
Macintyre (2008) apud Roque (2015) define um sistema em 
tubulação seca também aquele utilizado em locais onde possa ocorrer 
o congelamento da água nas canalizações. As tubulações do sistema
que contém os sprinklers possuem ar comprimido que, ao ser 
liberado pela ruptura de uma ampola, permite à água, também sob 
pressão, abrir uma válvula conhecida como “válvula de tubo seco”. A 
água escoa nas tubulações do sistema até o sprinkler acionado. Esse 
sistema é aplicado geralmente em locais de clima que possa 
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determinar o congelamento da água nos encanamentos, 
principalmente em instalações exteriores. 
e) Sistema de anel fechado
Sistema de chuveiros automáticos no qual tubulações subgerais 
múltiplas são conectadas de modo a permitir que a água siga mais do 
que uma rota de escoamento até chegar a um chuveiro em operação. 
Neste sistema, os ramais não são conectados entre si. 
Fonte: ABNT (2014) apur Roque (2015) 
f) Sistema tipo grelha
Sistema de chuveiros automáticos no qual as tubulações 
subgerais são conectadas a ramais múltiplos. Um chuveiro

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