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Resumo Imuno UCVI 00 - Conceitos Fagócitos: São os monócitos/ macrófagos, eosinófilos e neutrófilos, estão na primeira linha de defesa. Células Dendríticas • Reconhecem o antígeno e apresentam ao linfócito T. • É a ÚNICA célula que ativa o Linfócito T virgem (que não possui memória). Mastócitos: Estão presentes na pele e no epitélio de mucosa e, rapidamente, secretam citocinas pró-inflamatórias e mediadores lipídicos em resposta a infecções e outros estímulos. Essas células apresentam abundantes grânulos citoplasmáticos contendo diversos mediadores inflamatórios que são liberados quando as células são ativadas. O conteúdo dos seus grânulos induz alterações vasculares que promovem inflamação aguda. Células NK • Induz a apoptose de células contaminadas. • Produz IFN-gama que ativa os macrófagos. (estimuladas pelo IL-12) • São linfócitos que desempenham funções importantes contra vírus e bactérias intracelulares. Leucócitos • São células de passagem na circulação • Aparece na fase tardia da infecção TLR: Receptores de reconhecimento de patógenos Quimiotaxia: Fenômeno no qual os fagócitos dirigem-se em linha reta para o local onde estão os patógenos. Linfócitos: Células de defesa, produzidas na medula óssea, a partir de uma célula mielóide tronco (pluripotente), se dividem em Linfócitos T e Linfócitos B. Linfócito B: Expressam IgM e IgD, são capazes de recircular e ocupar órgãos linfóides, reconhecendo e respondendo à antígenos invasores. Se diferenciam em plasmócitos, que liberam imunoglobulinas. Linfócito T • Ajuda o macrófago a fagocitar, ajuda todo mundo, é o “comandante” do sistema imunológico. • A resposta de linfócitos T é apenas induzida através de antígeno proteico. • O receptor de célula T (TCR) da especificidade ao linfócito (é o que determina contra qual microrganismo ele vai atuar), desde a diferenciação em T, este já é predestinado a atuar contra determinados antígenos, dependendo do TCR que apresente. • Quando alcançam os órgãos linfóides secundários, reconhecem antígenos apresentados, completando sua diferenciação final em: linfócitos T citotóxicos, T auxiliares, T reguladores, T produtores de citocinas, T de memória e linfócitos NKT (natural killer T cells) LINF B OU T NEIVE = VIRGENS Linfócitos T Citotóxicos (CD8+) • São reconhecidos por anticorpos antiCD8. • Ligantes em APCS B7-1 (CD80). • Interagem diretamente com células, tendo como ação final a lise de células infectadas com microrganismos intracelulares e de células tumorais ou apoptose. • Contêm vesículas com grânulos que foram denominados perfurinas. Esses grânulos de perfurinas são exocitados quando linfocitos T são estimulados por antígenos. As perfurinas são depositadas na superfície da célula a ser destruída. LINFÓCITOS T AUXILIARES (CD4+) • Promove a cooperação de linfócitos B com o consequente aumento da resposta imunológica humoral. • Ativação da resposta inata, pela produção de citocinas específicas • Irá também atuar na célula B, induzindo a mudança de isotipo de anticorpo. • The helper decide se vai virar TH1 ou TH17, todos produzem citocinas, mas elas tem padrões diferentes -> Os linfócitos T reguladores (Treg) são um subtipo de linfócitos T CD4+ (auxiliar/helper) que têm a função de regular a resposta imune e manter a autotolerância. MHC: serve pra prender o antígeno, só prende peptídeos e macromoléculas MHCI - Encontra antígeno livre no citosol (endógeno). Se liga ao CD8. MCHII – Encontra um antígeno vindo de fora pra dentro (exógeno). Se liga ao CD4. TLR - Toll-like • São proteínas transmembranas •Receptores de reconhecimento de patógenos • Receptores em célula para padrões moleculares associados a patógenos (aquela bandeirinha em cima da célula) • Geração de sinais para a produção de citocinas e proteínas pró-inflamatórias CDR: É a região que encosta no antígeno, está na parte do variável (três de cada cadeia) são o que formam o sítio de ligação, é uma sequência de aminoácido, chamados de parátopo Epitopo: é aparte do anticorpo que se liga no antígeno FAB: fragmento que se liga no antígeno Fc: fragmento que se cristaliza 01 - tbl Imunidade de Helmintos e Protozoários 1) LTh1: quais as citocinas para a sua diferenciação (células fontes destas citocinas)? Quais citocinas produz?) -> Para TH0 virar TH1 precisa de IL-12 (produzida por células dendríticas e macrófagos) e IFN-y (produzido por NK e estimulado por IL-12, que veio do macrófago). 2) LTh2: quais as citocinas para a sua diferenciação (células fontes destas citocinas)? Quais citocinas produz? -> Ele vai precisar de IL4 (essa citocina vem dos mastócitos ou de outro T helper ->Produz a citocina IL4 e IL5. IL5 estimula a produção de eosinófilo na medula no combate a helmintos 3) CTL: como é ativado? Para ele ser ativado precisa ser ativado pelo antígeno da célula dentro da molécula de MHC classe I -> Essa citocina ou veio de uma célula dendrítica (jogada da vesícula para dentro do citosol) ou do próprio ribossomo. 4)Macrófago: qual a sua relação com LTh1 e LTh2? quando o monócito está se transformando em macrofago, ele vai fazer diapedese e receber citocinas, normalmente citocinas padrão th1 e vira macrófago com ativação clássica/N1 (aquele que fagocita, que mata, também produz citocinas inflamatórias..) Ativação alternativa TH2: macrofaco N2 recebe citocinas il12 e il13, ele é anti inflamatórios, promove fibrose. Costuma ser formado no fim de uma resposta inflamatória crônica. 5) C5a, C3a do sistema complemento. Quais as principais funções? Há 3 funções principais do sistema complemento ativado: quimiotaxia e ativação de leocócitos (principalmente neutrófilos) ativação de mastócitos (para liberar a IL4, precisa de ativação da C5A do SC) C5A = INFLAMAÇÃO 6) LB e produção de IgE: o que linfócito B precisa para produzir IgE? LB precisa interagir com o antígeno e precisa da ajuda do TH, existem condições para o LB produzir esses anticorpos. Quando tem ajuda do Th ele é ativado. Ajuda: contato fisico e citocinas (precisa da ajuda do th2 para se multiplicar). para fazer ige precisa da ajuda do TH2 para fazer iGG precisa de ajuda do TH1 -> Ou seja, respondendo a pergunta, o lb precisa de th2 para produzir o iGE 7) Mastócito: qual anticorpo ativa esta célula? Quais citocinas esta célula produz? Qual a principal amina que esta célula produz? Quem ativa ele é o IgE (mastócito tem receptor pra IGE, este se liga e quando o antígeno entra novamente, há ativação do mastócito - degranulação etc). Produção de histamina na alergia e contra helmintos. Funções de IGE ➔ Proliferação de linfócitos B e se só tiver IGE, esse linf B vai fazer uma recombinação em seu DNA, fazendo com que ele produza apenas IGE. ➔ Ativa mastócito e ele vai desgranular. ➔ Pode ser ativado também pelo C5A do sistema complemento. Vermes - intestino Precisa do peristaltismo e produção de muco para jogá-los pra fora. Incentiva também a produção de eosinófilos, IGE (ativação de mastócitos)... TH2 estimula o peristaltismo e secreção de muco. 8) Eosinófilos: como esta célula faz ADCC (classe de anticorpo)? Quais as principais moléculas que esta célula produz? IL5 - produção de eosinófilo na MO, também é ativado pelo IGE, podendo interagir diretamente com o helminto. Nesse caso o eosinófilo faz ADCC, libera algumas substâncias que levam a morte do helminto. Imunoparasitologia Os parasitas incluem protozoários (unicelulares), vermes multicelulares complexos (helmintos) e ectoparasitas -ex: carrapatos e ácaros. ➢ As infecções parasitárias são um importante problema de saúde, particularmente nos países pobres e em desenvolvimento (especialmente os tropicais). ➢ Muitas infecções parasitárias são crônicas, por causa de uma imunidade inata fraca e da habilidade dos parasitas de evadir ou resistir à eliminação pelas respostas imunes adaptativas. Mecanismos de imunidade para protozóarios: *pode estar no meio extra ou intracelular, e os mecanismos contra ele vai depender disso. mecanismos extracelulares: IGM OU IGG* (sistema complemento, neutralização e opsonização) -> relembrando:produção do IGG há LB com ajuda do TH2 e TH1 OBS: Fagocitose tem um lado bom e um ruim, bom porque mata o protozoário e o ruim porque se o macrófago não estiver ativado o suficiente ele se desenvolve dentro. Macrofago bem ativado precisa de ifn-y, quem vai dar IG é a célula NK (pq recebe il12 do próprio macrófago que fagocitou e das células dendrídicas) e também Lth1. Mecanismos de imunidade para helmintos • papel central = TH2 • para virar th2 -> IL4 -> mastócitos sendo ativado pelo sistema complemento. Receptor pra IgE: basófilo, eosinófilo e mastócito. Há liberação da proteína cationina. IL5: produção de eosinófilos pela medula óssea. Imunidade inata aos parasitos Fagocitose (principal resposta) são reconhecidos por TLRs. • Resistentes ao killing fagocítico e podem até mesmo se replicar no interior dos macrófagos. • Helmintos são grandes (não podem ser fagocitados, são multicelulares). Fagócitos também podem atacar helmintos e secretar substâncias microbicidas para matar organismos. Entretanto, muitos helmintos têm tegumentos espessos que os tornam resistentes. Helmintos podem ativar a via alternativa do S. complemento, embora os parasitas parecem ter desenvolvido resistência à lise mediada pelo complemento (MAC) Imunidade Adaptativa aos protozoários Alguns protozoários patogênicos evoluíram para sobreviver dentro das células hospedeiras, por isso a imunidade protetora contra estes organismos é mediada por mecanismos similares àqueles que eliminam bactérias e vírus intracelulares. Extracelulares e sua eliminação muitas vezes depende de tipos especiais de respostas de anticorpo. Papel das citocinas para determinar os feixos de uma infecção: (produção pelo TH1, TH17..) Macrófago: não conseguem destruir as parasitoses -> multiplicação no interior dos vacúolos digestivos. IL10, IL4 E IL13 inibem a ativação clássica do macrófago. Imunidade Adaptativa aos Parasitos - Helmintos A defesa é mediada pela ativação de células Th2, a qual resulta em produção de anticorpos IgE e ativação de eosinófilos. • Os helmintos estimulam a diferenciação de células T CD4+ naive na subpopulação Th2 de células efetoras que secretam IL-4 e IL-5. • A IL-4 estimula a produção de IgE, que se liga ao receptor Fcɛ de eosinófilos e mastócitos, e a IL-5. • A IgE cobre os parasitas e os eosinófilos se ligam à IgE e são ativados para liberar os conteúdos de seus grânulos, os quais destroem os helmintos. • As ações combinadas de mastócitos e eosinófilos também contribuem para a expulsão dos parasitas do intestino. Respostas imunes adaptativas a parasitas também podem contribuir para a lesão tecidual. • Ex. Os ovos de Schistosoma mansoni depositados no fígado leva a DTH (hipersensibilidade do tipo IV) com formação de granulomas ao redor dos ovos. Serve para conter os ovos do esquistossoma, porém a fibrose intensa associada a esta resposta imune celular crônica leva à cirrose, interrupção do fluxo de sangue venoso no fígado e hipertensão portal. • Ex. Esquistossomíase e malária, infecções crônicas e persistentes frequentemente estão associadas à formação de imunocomplexos (hipersensibilidade do tipo III) levando a vasculite e nefrite. 02 - Anticorpos monoclonais → Um anticorpo monoclonal é uma coleção pura de moléculas de anticorpo idênticas e com a mesma especificidade. → Um tumor de plasmócitos (mieloma ou plasmacitoma), assim como a maioria dos tumores de qualquer origem celular, é monoclonal, dessa maneira, produz anticorpos de uma única especificidade. → A descoberta de anticorpos monoclonais produzidos por esses tumores levou à ideia de que seria possível produzir anticorpos monoclonais similares de qualquer especificidade desejada, pela imortalização de células secretoras de anticorpo individuais de um animal imunizado com um antígeno conhecido. → O método se baseia na fusão das células B de um animal imunizado (geralmente camundongo), com uma linhagem celular imortalizada de mieloma, seguido pelo crescimento dessas células sob condições nas quais as células normais e as células tumorais que não se fundiram não possam sobreviver. = Ou seja, restando apenas aquelas que se fundiram. → As células resultantes são chamadas hibridomas, porque são híbridas de células B normais e de um mieloma (tumor maligno que se desenvolve nas células plasmáticas). → Cada hibridoma produz somente uma Ig, derivada de uma célula B do animal imunizado. → Os anticorpos secretados por vários clones de hibridomas são triados para ligação a um antígeno de interesse e o clone com a especificidade desejada é selecionado e expandido, ou seja, de todos os hibridomas formados, um que seja específico para o que se quer irá ser selecionado e expandido. → Os produtos desses clones individuais são anticorpos monoclonais e cada anticorpo é específico para um único epítopo no antígeno usado para imunizar o animal. Epítopo ou determinante antigênico: é a menor porção de antígeno com potencial de gerar a resposta imune Os anticorpos monoclonais classificam-se em: murinos, quiméricos, humanizados e humanos (segundo o tipo de cadeias que compõem a estrutura do anticorpo) ● Anticorpos quiméricos: o local de reconhecimento do antígeno não é humano, mas o resto do anticorpo sim. ● Anticorpos humanizados: a única porção murina é parte integrante das cadeias variáveis. ● Anticorpos humanos: utilização de animais transgênicos com genes humanos. Recombinantes: anticorpos que funcionam por si só e não requerem outra terapia ou outros medicamentos simultaneamente. Eles são os tipos mais comuns de anticorpos monoclonais usados no tratamento do câncer. Conjugados: Os anticorpos monoclonais conjugados são preparados para transportar substâncias, como quimioterápicos ou radioterápicos, que são liberados em células específicas no corpo levando à sua destruição. Esses anticorpos atuam em conjunto com a quimioterapia ou radioterapia. Em geral são usados como guias para transportar as substâncias diretamente para as células cancerígenas. Esses anticorpos monoclonais circulam pelo corpo todo até encontrar e se ligar ao antígeno alvo. Biespecícos: São feitos de partes de dois anticorpos monoclonais diferentes, o que significa que podem se conectar a dois antígenos ao mesmo tempo. Ao se conectar a ambas, os remédios com anticorpos monoclonais biespecíficos aproximam as células cancerosas das imunes, o que faz o sistema imunológico atacar as cancerosas. 03 - Aula dengue -> Vírus = DENV -> Dengue tem 2 ciclos: urbano e silvestre. Aedes aegypti, características: • Hábitos diurnos; • Vive próximo da habitações humanas; • Fêmea – hematofagia (pode picar até 5 pessoas de uma mesma família em um mesmo dia); • Deposita ovos preferencialmente em ambientes artificiais; • Vive 45 dias (pode transmitir o vírus para 300 pessoas); • Ovos viáveis até 1 ano. Transmissão do DENV: • Repasto da fêmea do sangue infectado (ela só “suga” sg, quando está com os ovos) ->infecção células epiteliais do intestino do mosquito -> circulação -> glândulas salivares -> incubação extrínseca (8 a 12 dias); • Transovariana. Do ser humano para o mosquito (transmissibilidade): • Viremia: é alta 1 dia antes do início dos sintomas, até 6 o dia da doença (às vezes até o 9o ou mais)- Incubação intrínseca. Características do DENV: •Partícula viral esférica (mede 40 a 60 nm de diâmetro) •Nucleocapsídeo formado pela proteína C •Genoma de RNA de fita simples de polaridade positiva (RNAfs+) •Envelope viral contém 90 dímeros da glicoproteína E. • Proteína M está localizada abaixo da camada de proteína E. •Proteínas não estruturais: NS1; NS2a; NS2b; NS3; NS4a; NS4b; NS5 (responsáveis pelas atividades reguladoras e de expressão do vírus, incluindo replicação, virulência e patogenicidade – produzidas somente na célula hospedeira). • Esse vírus não sai por brotamento, mas consegue levar um pouco de membrana. Proteínas não estruturais (NS): estão envolvidas com a replicação e/ou amadurecimento da partícula viral. Encontradas em células hospedeiras. *Uma coisa que pode proibir a adsorção é o próprioAnticorpo -> neutralização. (a quantidade de anticorpo é importante, assim como sua especificidade.) (por isso que a vacina da dengue só é recomendada para quem já teve a doença uma vez. *A montagem do vírus começa a acontecer no citosol e vai pro retículo endoplasmático, onde há a formação de membrana. Parte dessa membrana vai cobrir o vírus. *O vírus da dengue sai por exocitose. Patogênese Inoculação viral por picada do mosquito -> Se replica inicialmente em células musculares e fibroblastos. -> Células de Langerhans (células dendríticas) -> linfonodos -> sangue -> sobe a resposta imunológica (viremia). Período de viremia vírus pode ser isolado (soro e células mononucleares). Da corrente sanguínea, os vírus são disseminados a órgãos como fígado, baço, linfonodos regionais, medula óssea, podendo atingir pulmão, coração e trato gastrointestinal. Infecção Viral da dengue -> Uma consequência do IFN do tipo I é a redução de produção de células pela medula óssea. -> A linhagem celular que tem a taxa de renovação mais rápida é a das plaquetas (6 a 8 h) seguida pelos granulócitos (16 a 18 h) e, por fim, os monócitos (24 h). Dengue hemorrágica e síndrome de choque da dengue (nomenclatura + antiga) Alguns fatores podem ser determinantes para o agravamento da doença: • Infecção pelos sorotipos 2 e 3 pode estar associada a casos graves sem necessariamente ter havido contato prévio com qualquer outro sorotipo. • Os sorotipos 1 e 4 são relacionados com quadros mais amenos. • Há grande variação genética entre cada sorotipo, sendo conhecidos até o momento 4 ou 5 subtipos para cada sorotipo. Algumas mutações desses subtipos são associadas ao aumento da virulência, provavelmente aumentando a eficiência da replicação viral ou potencializando a ligação da partícula à célula hospedeira. • Fatores genéticos do hospedeiro também podem ser determinantes para o agravamento do quadro clínico, como mutações em genes associados à suscetibilidade à doença. ➢ Acredita-se, por exemplo, que polimorfismos no gene HLA (human leukocyte antigen) possam estar relacionados com proteção ou agravamento da doença, graças à resposta diferencial das células T que ocorre em cada caso. ➢ Outra associação genética ocorre com ICAM-3 (dendritic cell-specific intercellular adhesion molecule-3), receptor de células dendríticas. Estudos mostraram que há relação entre o aumento da expressão desse receptor e a diminuição da replicação do sorotipo 2. *A segunda infecção por dengue é pior, pq por exemplo houve infecção pelo tipo 1, e agora entra o 2, há anticorpos que se ligam, mas não são exatamente os necessários. 04 - TBL Bactérias de vida intracelular são aquelas que não se acostumaram a viver entre células, tendo que ir pro meio intracelular. -> Entram por endocitose. Fagocitose realizada por macrófagos residentes (teciduais) em repouso -> Incapaz de eliminar bactérias de vida extracelular. Porque a bactéria resiste aos radicais livres desse macrófago, já que ele está em repouso. Assim sendo, a bactéria é mais forte, se desenvolvendo dentro do macrófago. Para o macrófago se tornar mais potente, precisa produzir mais radicais livres (estímulo de TH1) Sistema complemento: atuação do C3b como opsonina e a formação do MAC -> Aumentaria a fagocitose das bactérias, o que é bom para elas, já que fora das células elas justamente não sobrevivem. O sistema complemento nem consegue chegar dentro da célula, assim não é ativado suficientemente. Células NK ativada pela ausência de MHC1 na célula infectada pela bactéria. -> Não é eficiente. NK não sabe que essa célula está infectada, pois a célula vai mostrar um MHC1 normal, afinal, bactéria de vida intracelular não mexe com DNA (o vírus mexe), já que ela ou está na vesícula fagocítica ou no citosol, longe do núcleo. Células NK estimuladas por IL-12 -> É eficiente. O IL-12 é produzido pelos macrófagos, que recebe essas citocinas e libera interferon gama, que vai ativar macrófagos. Para tH0 virar TH1 precisa de IL-12 (produzida por células dendríticas e macrófagos) e Interferon gama (produzido por NK estimulado por IL-12 que veio do macrófago). Anticorpos realizando neutralização e opsonização. -> É ineficiente. Linfócitos TCD8+ -> O TCD8 vai ser ativado quando o MCH1 mostrar o peptídeo pra bactéria, mas essa tem que estar no citosol. (há 2 tipos de bactéria, uma crescendo no citosol, e uma na vesícula. Essa que está no citosol é induzida a apoptose, o que é ruim, já que se a célula morre seu conteúdo vai se disseminar. Há a formação dos corpos apoptóticos, que serão fagocitados pelos macrófagos vizinhos (depende se estiver ativado ou não, se o macrófago estiver ativado e cheio de radicais livres, o macrófago “ganha” a batalha, se ele estiver desativado - falta de interferon gama, produzido por nk ou th1 a bactéria ganha e “entra pra dentro”). Resumindo, o TCD8 só será eficiente na bactéria que está no citosol e se houver IFN-y suficientes. Participação de LTh1, LTh2 e LTh17 Quando a bactéria não está no citosol (vesícula) -> exp: tuberculose no pulmão Inata sem memória ainda, primeira vez a bactéria entra em fagócitos (neutrófilos e macrófagos), geralmente desconsidera o neutrófilos pq é mais “bobinho”, não mata a bactéria e nem ela dá conta de se replicar nele, mesmo assim produz IL-15 (importante!). A IL-15 faz que o linfócito produza IFN-y e TNF-a. Ajudam na ativação de macrófago, mas são insuficientes para acabar com a infecção, alguns crescem e alguns morrem. O que precisa ter para matar as células que estão no citosol -> CTL matam e formam os corpos apoptóticos, que podem liberar as bactérias, pra fora ou ficar dentro do corpo, geralmente ficam nele mesmo. Se tem ifn-y ativando o macrófagos´, outros macrófagos que estão se aproximando também serão ativados e dai há uma “superativação”, tornando o mecanismo mais eficiente. *LT ajuda CTL: diferenciação e citocinas. TH1 E TH17 SÃO AMIGUINHOS, TH2 É INIMIGO DOS DOIS, SEMPRE O CONTRÁRIO. -> Se seu corpo faz uma boa resposta a th1 (alta produção de IFN-y e TNF = ativação dos macrófagos, imunidade mediada por células), geralmente faz uma resposta ruim para th2 (produz IL-10 e IL-4, que inibem a ativação dos macrófagos). -> Microorganismos intracelulares servem para bactérias, fungos, protozoários…. precisam de th1 pra ativar macrófago. Kiling: morte no interior dos fagócitos. Granuloma: inflamação em forma de nódulo. Os microorganismos podem ficar dentro da célula, e lá estando no citosol ou dentro da vesícula fagocítica. Aqui apenas NK ou Linf T citolítico com alta apresentação de IFN-y (CITOSOL) ou macrófagos ativados por NK ou TH1, já que se esta dentro da vesícula entrou por fagocitose. Ou está no espaço extracelular: sangue, espaço intersticial.. havendo ativação do SC, anticorpos que neutralizam toxinas (IgA), facilitam a fagocitose. 05- Aula chagas Imunoparasitologia T. cruzi: parasita mais usado para se estudar a parte da resposta imune de parasitas. •Consegue inibir completamente o sistema complemento. •Entra pelas mucosas e pela picada do barbeiro (fezes). •É a parasitose com maior número de mortes. •Na fase crônica nem sempre aparece os anticorpos. “T.cruzi parece uma bactéria de vida intracelular”. Os parasitos (parasitas) incluem protozoários (unicelulares), vermes multicelulares complexos (helmintos) e ectoparasitas (p. ex.: carrapatos e ácaros). ➢ As infecções parasitárias são um importante problema de saúde, particularmente nos países pobres e em desenvolvimento (especialmente os tropicais). ➢ Muitas infecções parasitárias são crônicas, por causa de uma imunidade inata fraca e da habilidade dos parasitas de evadir ou resistir à eliminação pelas respostas imunes adaptativas. Sinal de Romanã: Aparece na fase aguda, em 10 e 20% das infecções. Ocorre quando a infecção ocorre pelas mucosas dos olhos, o mosquito pica e o paciente leva essa mão ao olho. Depois vem uma reação de fase tardia, demora um pouco para aparecer e para sumir porque é uma DTH (hipersensibilidade do tipo IV) – resposta de células, não deanticorpo. ➢ Se não for na mucosa, pode ter chagoma, é uma picada um pouco maior porque o que ele usa para furar a pele é mais grosso Imunidade Adaptativa aos Parasitos – Protozoários Alguns protozoários patogênicos evoluíram para sobreviver dentro das células hospedeiras, por isso a imunidade protetora contra estes organismos é mediada por mecanismos similares àqueles que eliminam bactérias e vírus intracelulares. Extracelulares e sua eliminação muitas vezes depende de tipos especiais de respostas de anticorpo. •Os anticorpos não tem uma resposta efetiva contra o T.cruzi •Não tem uma boa resposta humoral •Quando se replicam dentro de células, acabam provocando lise, estimulando respostas específicas de anticorpo e CTL, similarmente aos vírus citopáticos. (ex. CTL mata hepatócitos e reduz a disseminação) •O principal mecanismo de defesa contra os protozoários que sobrevivem nos macrófagos é a imunidade celular, particularmente a ativação de macrófagos por citocinas derivadas de células Th1. •Desenvolver padrão de resposta Th1 ou Th2 determina a resistência ou a suscetibilidade à doença! Se o parasita t cruzi estiver no citosol da célula precisa do linf t citolítico para matar a célula infectada. Se estiver dentro de vespiculas precisa de muuuito th1 para produzir itf-y e chamar macrófagos para poder matar ele. Tripomastigotas conseguem se deslocar “como uma serpente” devido a ligação do flagelo ao longo de todo corpo celular até encontrar a superfície de células do hospedeiro. -> glicoproteínas de tamanhos entre 80 e 90 kDa (do tripomastigota) reconhecem diversos tipos de moléculas da superfície da célula do hospedeiro e de elementos da matriz extracelular. -> Entra na célula por meio da fagocitose. -> T.cruzi modifica a membrana e modifica o citoesqueleto. -> T. cruzi faz com que a célula muscular faça uma envaginaçao, como se fosse uma macrópinocitose (NÃO É ALGO NATURAL). T.cruzi induz essa macropinocitose por meio de uma proteina/enzima chamada cruzipain. Cruzipain é um importante mecanismo infectivo usado por T. cruzi, responsável pelo processo de internalização em células não fagocíticas, como as estriadas cardíacas e esqueléticas. -> mecanismo de entrada é a fagocitose/macropinocitose (tripomastigotas liberam substâncias que provocam alterações na membrana e citoesqueleto = formação de vacúolo); ->vacúolo é acidificado pela fusão com lisossomos (vacúolo parasitóforo); ->lisossomos depositam no vacúolo glicoproteínas ricas em ácido siálico (carboidrato que normalmente protege a membrana da autodigestão pelas enzimas lisossomais); ->parasita libera a enzima trans-sialidase que remove o ácido siálico, possibilitando rompimento da membrana do vacúolo e o parasita (perde flagelo) escapa para o citosol da célula hospedeira obs: Trans-sialidase da superfície do parasita é fator importante na passagem do parasita através das células endoteliais atuando na modulação do sistema imune do hospedeiro através da indução de apoptose em diversos tecidos. ->amastigotas no citosol da célula hospedeira (ambiente rico em nutrientes); ->amastigota demora cerca de 20 a 35 horas (de acordo com a “cepa”) para iniciar multiplicação; ->multiplicação por fissão binária (± a cada 12 - 16 horas) até ocupar todo o espaço citosólico; ->os nutrientes do hospedeiro ficam escassos sinalizando ao parasita para sintetizar novas proteínas de superfície necessárias na sua fase extracelular (tripomastigota); ->cresce flagelo e expressa trans-sialidase (e mucinas) que irão recobrir a sua superfície; ->parasita induz o rompimento da célula hospedeira (já na forma tripomastigota); Resposta Imune Inata Macrófagos e células dendríticas: possuem receptores que reconhecem a forma amastigota. ● Amastigota que sobraram -> Macrófago fagocita amastigota, secreta IL-12, NK produz IFN-γ; -> Macrófago secreta TNF-α; -> IFN-γ e TNF induzem produção de NO e radicais livres colocados no fagolisossomo = possui ação tripanocida. -> NK não mata célula infectada devido a ativação do MHC1. Resposta Imune adaptativa tem produção de anticorpos, mas não controla a infecção quem controla é o TH1. Macrófagos e células dendríticas: possuem receptores que reconhecem a forma amastigota. ● Célula dendrítica leva para os linfonodos mais próximos e apresenta para LT (Th1, Th2 e Th17); • TH1 = grande importância na fase aguda da doença; ● CTL indispensável no controle da infecção na fase aguda e também está envolvido no dano tecidual na fase crônica (ex. Leavey e Tarleton (2003) observaram que a maioria dos linfócitos T CD8 infiltrados no coração, possuíam fenótipo de células ativadas e/ou memória). Parasito tende a se alojar em locais de difícil acesso do sistema imune: ninhos de amastigotas no interior dos macrófagos ou das fibras cardíacas. Anticorpo? (não tem papel protetor) ● SC e Opsonização (não funcionam). ● Na fase aguda da doença ocorre ativação policlonal de linfócitos B e hipergamaglobulinemia oriunda da diferenciação dos linfócitos B em plasmócitos produtores de anticorpos. ● São secretadas imunoglobulinas específicas e inespecíficas aos antígenos do T. cruzi e, igualmente, anticorpos capazes de reagir aos epítopos do hospedeiro vertebrado (autoanticorpos). ● Tem sido proposto que a maior parte dos linfócitos B ativados não responde especificamente ao protozoário. ● Reação cruzada: molécula B13 do T cruzi ~ cadeia pesada da miosina cardíaca, Ac que se liga a receptor muscarínicos de acetilcolina podendo agravar lesões cardíacas (principalmente na fase crônica). Imunossupressão Evento relevante no processo de resposta imune, ocorrendo, em geral, à partir da segunda semana da doença aguda; ● Tem participação na disseminação do T. cruzi, facilitando a invasão de novas células; ● Ocorre em células B e T, além das células do sistema mononuclear fagocitário; ● Redução da produção de IL-2; ● Atrofia do timo (apoptose) e o “escape” anormal de células imaturas e potencialmente autorreativas; ● Perda de células T regulatórias de origem tímica (Treg), evento que parece estar relacionado parcialmente à desregulação imunológica A resposta celular (e humoral?) que se institui após o período de inflamação sendo capaz de minimizar a presença do patógeno na corrente sanguínea, o que caracteriza a fase crônica da doença. Acredita-se hoje que as diferentes manifestações clínicas da doença de Chagas sejam consequência de: Múltiplos fatores ligados ao T. cruzi: 1. cepa 2. virulência 3. antigenicidade 4. tropismo 5. tamanho do inóculo Múltiplos fatores ligados ao hospedeiro: 1. idade 2. características relacionadas a hormonais sexuais 3. características genéticas 4. status imune prévio e decorrente de co-infecções Assim, os mecanismos moleculares envolvidos na patogênese das manifestações crônicas na doença de Chagas que resultam na forma cardíaca, na forma digestiva com formação de megacólon e/ou megaesôfago, assim como da forma nervosa permanecem em discussão. Aula 06 - Imunodeficiências primárias ou congênitas → São defeitos genéticos que resultam no aumento da suscetibilidade à infecção; → se for uma deficiência de fagocitose já é percebida na mesma semana (lactação); → geralmente são percebidas ao longo da vida, podendo nunca serem observadas. Estudo das imunodeficiências: as mais graves são percebidas pelo pediatra e encaminhadas para especialistas. Imunodeficiência envolvendo fagócitos → envolve receptor toll (deficiência nele), anticorpo IgG pode não opsonizar, e pode não fazer diapedese (há problema para sair do vaso, e, ficando ali, não consegue agir no agente infeccioso. problema nos fagócitos: doença granulomatosa crônica (com granulomas que não se resolvem, já que há fagocitos, mas estes “fazem o trabalho mal feito”. → anticorpo em grande quantidade inibe resposta imune linfócito B problema no linfócito B: doença seletiva de IgA é a mais comum. Se há deficiência de IgA = doenças (infecções no geral) nos tratos respiratórios e gastro (IgA faz neutralização). Há quatro “grandes” componentes do sistema imune:fagócitos, SC, LF e LT (LTH e CTL) → escassez de IgG = problema na fagocitose, já que se liga ao macrófago. → LTh8 é um dos grandes responsáveis pelo controle dos tumores. estudo de caso → Dennis tem falta de CD40, que é a causa de todos os seus problemas, a única coisa que funciona em seu SI é o SC. O que ele tem de errado: ● problema nos LB, ele não consegue diferenciar seus anticorpos. Ou seja, ele possui apenas IgM e IgD (que são os anticorpos do linf t neive) ● O ligante do CD40 é nos LT, assim Dennis faz anticorpos sem ajuda do LT, produzindo apenas anticorpos contra açúcares (LB), e não contra proteínas.
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