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A exclusão do ICMS na base de cálculo do PIS

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A exclusão do ICMS na base de cálculo do PIS/Cofins é inconstitucionalERALDO MESQUITA ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) não integra a base de cálculo das contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Ao finalizar o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 574706, com repercussão geral reconhecida, os ministros entenderam que o valor arrecadado a título de ICMS não se incorpora ao patrimônio do contribuinte e, dessa forma, não pode integrar a base de cálculo dessas contribuições, que são destinadas ao financiamento da seguridade social.
Prevaleceu o voto da relatora, ministra Cármen Lúcia, no sentido de que a arrecadação do ICMS não se enquadra entre as fontes de financiamento da seguridade social previstas nas Constituição, pois não representa faturamento ou receita, representando apenas ingresso de caixa ou trânsito contábil a ser totalmente repassado ao fisco estadual. 
Desta forma, os contribuintes podem ingressar em juízo pleiteando a exclusão dos valores referentes ao ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS, bem como requerendo a compensação de todos os valores indevidamente recolhidos nos últimos 5 anos. 	
OBSERVAÇÃO: deve-se considerar a possibilidade da modulação dos efeitos das decisões pelos Tribunais Superiores, que poderão só admitir o ressarcimento dos pagamentos indevidos aos contribuintes que já tenham ajuizado ação visando à declaração de inconstitucionalidade do tributo, bem como frisar que a cada mês prescreve uma parcela do direito à restituição dos pagamentos indevidos. Por isso, quanto antes as empresas ingressarem em juízo, maiores serão os valores a serem compensados.
Destaca-se que o entendimento mais tradicional do STF, em que os pedidos de restituição só valeriam para aqueles que entraram com ação judicial, a Fazenda deverá restituir todos esses contribuintes pelos valores recolhidos a mais nos últimos cinco anos, o que, segundo a Fazenda, poderia ultrapassar os R$ 100 bi.
HONORÁRIOS: Os honorários são pagos ao final do processo sendo vinculados ao êxito, calculados em um percentual fixo sobre o valor efetivamente recuperado para a empresa. 
Rua Oliveira Botelho, .... – 7º andar- Sala 705, Centro – Campos dos Goytacazes- RJ.

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