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APG 12 - SOI II

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APG 12 – Saquei,mas...
Cíngulo do membro superior (ombro)
O corpo humano possui dois cíngulos dos membros superiores que prendem os ossos dos membros superiores ao esqueleto axial. Cada um dos dois cíngulos dos membros superiores consiste em uma clavícula e uma escápula. A clavícula é o osso anterior e se articula com o manúbrio do esterno na articulação esternoclavicular. A escápula se articula com a clavícula na articulação acromioclavicular e com o úmero na articulação do ombro. Os cíngulos dos membros superiores não se articulam com a coluna vertebral e são mantidos em posição e estabilizados por um grupo de grandes músculos que se estendem da coluna vertebral e das costelas à escápula.
Clavícula
Cada clavícula, delgada e com formato da letra S, repousa horizontalmente na região anterior do tórax, superiormente à primeira costela. A clavícula é subcutânea (debaixo da pele) e facilmente palpável ao longo de toda a sua extensão. O osso tem formato de S porque sua metade medial é convexa e sua metade lateral é côncava anteriormente. É mais rugosa e mais curvada nos homens. A extremidade medial, chamada de extremidade esternal, é arredondada e se articula com o manúbrio do esterno para formar a articulação esternoclavicular. A larga e plana extremidade lateral, a extremidade acromial, se articula com o acrômio da escápula para formar a articulação acromioclavicular. O tubérculo conoide na face inferior da extremidade lateral do osso é ponto de inserção do ligamento 
conoide, que liga a clavícula à escápula. Como o próprio nome sugere, a impressão do ligamento costoclavicular na face inferior da extremidade esternal é o ponto de inserção do ligamento costoclavicular, que conecta a clavícula à primeira costela.
Fratura de clavícula A clavícula transmite força mecânica do membro superior para o tronco. Se a força transmitida pela clavícula for excessiva, como quando caímos sobre o braço estendido, pode ocorrer fratura da clavícula. A fratura da clavícula também pode ser resultante de um traumatismo na parte superior da parte anterior do tórax, por exemplo, em consequência de um impacto após um acidente automobilístico. A clavícula é um dos ossos mais frequentemente fraturados do corpo. Já que a junção das duas curvaturas da clavícula é o ponto mais fraco desse osso, a região média da clavícula é o local fraturado com mais frequência. Mesmo na ausência de fratura, a compressão da clavícula por um acidente automobilístico envolvendo o uso de cinto de segurança de 3 pontos muitas vezes causa dano ao plexo braquial (a rede de nervos que se dirige ao membro superior) que se encontra entre a clavícula e a segunda costela. Em geral, a clavícula fraturada é tratada com uma tipoia em 8 para impedir a rotação lateral do braço.
Escápula
Cada escápula é um osso grande, triangular e plano, situado na parte superior e posterior do tórax, entre os níveis da segunda e sétima costelas. Uma crista proeminente chamada espinha passa diagonalmente pela face posterior da escápula. A extremidade lateral da espinha se projeta como um processo achatado e expandido chamado acrômio, palpado com facilidade como o ponto mais alto do ombro. Alfaiates medem o comprimento do membro superior a partir do acrômio. Conforme já observado, o acrômio se articula com a extremidade acromial da clavícula para formar a articulação acromioclavicular. Inferiormente ao acrômio há uma depressão rasa, a cavidade glenoidal, que acolhe a cabeça do úmero para formar a articulação do ombro. A fina margem da escápula próxima à coluna vertebral é chamada de margem medial (vertebral). E a margem espessa da escápula próxima ao braço é chamada margem lateral (axilar). As margens medial e lateral se unem no ângulo inferior. A parte superior da escápula, chamada margem superior, se une à margem medial no ângulo superior. A incisura da escápula é um entalhe proeminente ao longo da margem superior pelo qual passa o nervo supraescapular. Na extremidade lateral da margem superior da escápula há uma projeção da face anterior chamada processo coracoide, onde tendões (do peitoral menor, coracobraquial e bíceps braquial) e ligamentos (coracoacromial, conoide e trapezoide) se inserem. Superior e inferiormente à coluna vertebral, na face posterior da escápula, estão duas fossas: a fossa supraespinal, superfície de inserção para o músculo supraespinal do ombro, e a fossa infraespinal, que serve de superfície de inserção para o músculo infraespinal do ombro. Na face anterior da escápula há uma área ligeiramente côncava chamada fossa subescapular, uma superfície de inserção para o músculo subescapular.
Úmero
O úmero, ou osso do braço, é o mais longo e maior osso do membro superior. Sua extremidade proximal se articula com a escápula e a distal com dois ossos, a ulna e o rádio, formando a articulação do cotovelo. A extremidade proximal do úmero apresenta uma cabeça arredondada que se articula com a cavidade glenoidal da escápula para formar a articulação do ombro. O colo anatômico é distal à cabeça e visível como um sulco oblíquo que consiste, no úmero do adulto, no local da antiga placa epifisial (de crescimento). O tubérculo maior, uma projeção lateral distal ao colo anatômico, é o acidente ósseo palpável mais lateral da região do ombro, imediatamente abaixo do acrômio da escápula, palpável, mencionado antes. O tubérculo menor se projeta anteriormente. Entre os dois tubérculos, há um sulco chamado sulco intertubercular. O colo cirúrgico é uma constrição no úmero imediatamente distal aos tubérculos, local onde a cabeça se afila de maneira gradativa até a diáfise; é assim chamado porque muitas vezes ocorrem fraturas nesse local.
Que partes do úmero se articulam com o rádio e a ulna no cotovelo? O corpo (diáfise) do úmero é praticamente cilíndrico em sua extremidade proximal, porém, de maneira gradativa, se torna triangular até ficar achatado e largo em sua extremidade distal. Lateralmente, na parte média da diáfise, há uma área rugosa em forma de V chamada tuberosidade para o músculo deltoide. Essa região serve de ponto de inserção para os tendões desse músculo. Na face posterior do úmero, há um sulco do nervo radial, percorrendo a tuberosidade deltóidea e contendo o nervo. Vários acidentes anatômicos proeminentes são evidentes na extremidade distal do úmero. O capítulo é uma protuberância arredondada na parte lateral do osso que se articula com a cabeça do rádio. A fossa radial é uma depressão anterior acima do capítulo que se articula com a cabeça do rádio quando o antebraço é flexionado. A tróclea, localizada medialmente ao capítulo, é uma superfície em forma de carretel que se articula com a incisura troclear da ulna. A fossa coronóidea é uma depressão anterior que recebe o processo coronoide da ulna quando o antebraço é flexionado. A fossa do olécrano é uma grande depressão posterior que recebe o olécrano da ulna quando o antebraço é estendido. Os epicôndilos medial e lateral são projeções rugosas nos dois lados da extremidade distal do úmero nas quais os tendões da maioria dos músculos do antebraço estão inseridos. O nervo ulnar pode ser palpado movimentando-se o dedo sobre a pele acima da face posterior do epicôndilo medial. Esse nervo é aquele que nos faz sentir um forte “choque” quando sofremos uma pancada no cotovelo.
Músculos
Músculos do tórax que movimentam o cíngulo do membro superior
A principal ação dos músculos que movimentam o cíngulo do membro superior (clavícula e escápula) é estabilizar a escápula de forma que possa atuar como uma origem fixa para a maioria dos músculos que movimentam o úmero. Uma vez que os movimentos escapulares normalmente acompanham os movimentos umerais na mesma direção, os músculos também movimentam a escápula para aumentar a amplitude de movimento do úmero. Por exemplo, não seria possível elevar o braço acima da cabeça se a escápula não se movesse com o úmero. Durante a abdução, a escápula acompanha o úmero rodando para cima. Os músculos que movimentam o cíngulo do membro superior podem ser classificados em doisgrupos com base na sua localização no tórax: músculos torácicos anteriores e posteriores. Os músculos torácicos anteriores compreendem o subclávio, o peitoral menor e o serrátil anterior. O músculo subclávio é pequeno e cilíndrico, localizado sob a clavícula e que se estende desta até a primeira costela. Ele estabiliza a clavícula durante os movimentos do cíngulo do membro superior. O músculo peitoral menor é delgado, plano e triangular, localizado profundamente ao músculo peitoral maior. Além da sua função nos movimentos da escápula, o músculo peitoral menor ajuda na expiração forçada. O músculo serrátil anterior é grande e plano, localizado entre as costelas e a escápula; é assim chamado por conta do aspecto serrilhado da sua origem nas costelas. Os músculos torácicos posteriores são o trapézio, o levantador da escápula, o romboide maior e o romboide menor. O músculo trapézio é grande, plano e triangular e se estende do crânio e coluna vertebral medialmente até o cíngulo do membro superior lateralmente. É o músculo posterior mais superficial que recobre a região cervical posterior e a porção superior do tronco. Os dois músculos trapézio formam um trapezoide, daí sua nomenclatura. O músculo levantador da escápula é alongado e estreito encontrado na parte posterior do pescoço. É profundo em relação aos músculos esternocleidomastóideo e trapézio. Como seu próprio nome sugere, uma de suas ações é levantar a escápula. Os músculos romboide maior e romboide menor estão localizados profundamente em relação ao músculo trapézio e nem sempre é possível diferenciálos; parecem bandas paralelas que passam inferior e lateralmente das vértebras à escápula. Suas nomenclaturas se baseiam na sua forma – isto é, um romboide (um paralelogramo oblíquo). O músculo romboide maior é cerca de 2 vezes mais largo que o músculo romboide menor. Os dois músculos são usados quando abaixamos com força os membros superiores elevados, como ao bater em uma estaca com uma marreta.
Para entender as ações dos músculos que movimentam a escápula, primeiramente é válido revisar os diversos movimentos da escápula: Elevação: movimento superior da escápula, como ao encolher os ombros ou levantar um peso acima da cabeça 
Abaixamento: movimento inferior da escápula como ao tracionar para baixo uma corda presa a uma roldana Abdução (protração): movimento da escápula lateral e anteriormente, como ao realizar o exercício de flexão de braço ou efetuar um soco 
Adução (retração): movimento da escápula medial e posteriormente, como ao remar Rotação para cima: movimento lateral do ângulo inferior da escápula de forma que a cavidade glenoidal é levada para cima. Esse movimento é necessário para movimentar o úmero além da horizontal, como na elevação dos braços no polichinelo 
Rotação para baixo: movimento medial do ângulo inferior da escápula de forma que a cavidade glenoidal é movimentada para baixo. Esse movimento é observado quando um ginasta nas barras paralelas suporta o peso do corpo nas mãos.
Músculos do tórax e do ombro que movimentam o úmero
Dos nove músculos que cruzam a articulação do ombro, todos, exceto os músculos peitoral maior e latíssimo do dorso, se originam na escápula. Por isso, os músculos peitoral maior e o latíssimo do dorso são chamados de músculos axiais, pois se originam no esqueleto axial. Os outros 7 músculos, os músculos escapulares, se originam na escápula. Dos dois músculos axiais que movimentam o úmero, o músculo peitoral maior é grande, espesso e em forma de leque, recobrindo a parte superior do tórax e forma a dobra anterior do tórax. Esse músculo apresenta duas origens: uma cabeça clavicular menor e uma cabeça esternocostal maior. O músculo latíssimo do dorso é largo e triangular, localizado na parte inferior do dorso, que forma a maior parte da parede posterior da axila. A ação muscular reversa (AMR) do músculo latíssimo do dorso possibilita que a coluna vertebral e o tronco sejam elevados, como nos exercícios na barra. É comumente chamado de “músculo do nadador” porque suas muitas ações são usadas na natação; consequentemente, muitos nadadores apresentam esses músculos bem desenvolvidos. Entre os músculos escapulares, o deltoide é espesso e forte, recobrindo a articulação do ombro e formando o contorno arredondado do ombro. Esse músculo é local frequente de injeções intramusculares. Os fascículos do músculo deltoide se originam de 3 pontos diferentes e cada grupo de fascículos movimenta o úmero de maneira diferente. O músculo subescapular é grande e triangular, preenchendo a fossa subescapular da escápula e formando uma pequena parte do ápice da parede posterior da axila. O músculo supraespinal, que é arredondado e recebeu sua denominação por conta de sua localização na fossa supraespinal da escápula, está localizado profundamente em relação ao músculo trapézio. O músculo infraespinal é triangular e também recebeu sua 
denominação por conta de sua localização na fossa infraespinal da escápula. O músculo redondo maior é plano e espesso, localizado abaixo do músculo redondo menor que também ajuda a formar parte da parede posterior da axila. O músculo redondo menor é alongado e cilíndrico, muitas vezes inseparável do músculo infraespinal, o qual repousa ao longo da sua margem superior. O músculo coracobraquial é alongado e estreito e está localizado no braço. Quatro músculos profundos do ombro – subescapular, supraespinal, infraespinal e redondo menor – fortalecem e estabilizam a articulação do ombro. Esses músculos unem a escápula ao úmero. Seus tendões achatados se fundem para formar o manguito rotador (musculotendíneo), um círculo quase completo de tendões em torno da articulação do ombro, como o punho de uma camisa de manga comprida. O músculo supraespinal está especialmente sujeito ao desgaste devido à sua localização entre a cabeça do úmero e o acrômio da escápula, o que faz com que seu tendão seja comprimido durante os movimentos do ombro, sobretudo abdução do braço. Esse problema é ainda mais agravado pela má postura, com ombros curvados e caídos para frente.
Articulações
As articulações sinoviais apresentam certas características que as distinguem das outras articulações. A característica única da articulação sinovial é a presença de um espaço chamado de cavidade articular ou cavidade sinovial entre os ossos integrantes da articulação. Uma vez que a cavidade articular possibilita movimento considerável na articulação, todas as articulações sinoviais são classificadas do ponto de vista funcional como livremente móveis (diartroses). Os ossos na articulação sinovial são cobertos por uma camada de cartilagem hialina chamada de cartilagem articular. A cartilagem cobre as faces articulares dos ossos com uma superfície lisa e deslizante, porém não as une. A cartilagem articular reduz o atrito entre os ossos na articulação durante o movimento e ajuda a absorver impactos. Cápsula articular A cápsula articular envolve a articulação sinovial como uma luva, encerra a cavidade articular e une os ossos integrantes da articulação.
A cápsula articular é composta de duas camadas, uma membrana fibrosa externa e uma membrana sinovial interna. Em geral, a membrana fibrosa consiste em tecido conjuntivo denso não modelado (na maioria fibras de colágeno) que se fixa ao periósteo dos ossos da articulação. De fato, a membrana fibrosa é, literalmente, uma continuação mais espessa do periósteo entre os ossos. A flexibilidade da membrana fibrosa possibilita movimento considerável na articulação, enquanto sua grande resistência à tração (resistência a estiramento) ajuda a evitar que os ossos se desloquem da articulação. As fibras de algumas membranas fibrosas são distribuídas como feixes paralelos de tecido conjuntivo denso não modelado, altamente adaptados para resistir às tensões. A resistência desses feixes de fibras, chamado ligamentos, é um dos principais fatores mecânicos que mantêm os ossos unidos na articulação sinovial. Muitas vezes, os ligamentos possuem nomenclatura individual. A camadamais interna da cápsula articular, a membrana sinovial, é composta de tecido conjuntivo areolar com fibras elásticas. Em muitas articulações sinoviais, a membrana sinovial possui acúmulos de tecido adiposo, chamados de corpos adiposos articulares. O corpo adiposo infrapatelar presente no joelho é um exemplo. Uma pessoa com hipermobilidade articular apresenta flexibilidade maior nas cápsulas articulares e ligamentos; o aumento resultante da amplitude de movimento os permite entreter amigos com atividades como encostar o polegar no punho e colocar os cotovelos ou tornozelos atrás do pescoço. Infelizmente, essas articulações tão flexíveis são menos estáveis do ponto de vista estrutural e são luxadas com mais facilidade. Líquido sinovial A membrana sinovial secreta líquido sinovial, um líquido viscoso, claro ou amareloclaro, assim nomeado por sua similaridade em aparência e consistência com a clara do ovo. O líquido sinovial é composto por ácido hialurônico secretado por células sinoviais na membrana sinovial e líquido intersticial filtrado do plasma sanguíneo. Ele forma uma película fina sobre as superfícies dentro da cápsula articular. Suas funções incluem redução do atrito pela lubrificação da articulação, absorção de impactos, fornecimento de oxigênio e nutrientes e remoção de dióxido de carbono e resíduos metabólicos dos condrócitos dentro da cartilagem articular. (Lembrese de que a cartilagem é um tecido avascular, logo não apresenta vasos sanguíneos para realizar a última função citada.) O líquido sinovial também contém células fagocíticas que removem micróbios e resíduos resultantes do uso e desgaste da articulação. Quando uma articulação sinovial fica imobilizada por algum tempo, o líquido se torna bastante viscoso (como um gel), porém, conforme o movimento articular se intensifica, o líquido se torna menos viscoso. Um dos benefícios do aquecimento antes da prática de exercícios é a estimulação da produção e secreção de líquido sinovial; mais líquido quer dizer menos estresse nas articulações durante a prática de exercícios.
Suprimento sanguíneo e nervoso
 Os nervos que suprem uma articulação são os mesmos que atendem aos músculos esqueléticos que a movimentam. As articulações sinoviais contêm muitas terminações nervosas, distribuídas para a cápsula articular e para os ligamentos associados. Algumas das terminações nervosas levam informações sobre dor na articulação para a medula espinal e para o encéfalo para que sejam processadas. Outras terminações nervosas respondem ao grau de movimento e estiramento em uma articulação, como quando um médico percute o tendão abaixo da patela para testar os reflexos. A medula espinal e o encéfalo respondem enviando impulsos por diferentes nervos para os músculos com objetivo de ajustar os movimentos corporais. Embora muitos dos componentes das articulações sinoviais sejam avasculares, as artérias circunjacentes enviam inúmeros ramos que penetram nos ligamentos e na cápsula articular para levar oxigênio e nutrientes. As veias removem o dióxido de carbono e os resíduos das articulações. Os ramos arteriais das diferentes artérias normalmente emergem em volta da articulação antes de penetrar na cápsula articular. Os condrócitos na cartilagem articular de uma articulação sinovial recebem oxigênio e nutrientes do líquido sinovial derivado do sangue; todos os outros tecidos articulares são supridos diretamente por capilares. O dióxido de carbono e os resíduos passam dos condrócitos da cartilagem articular para o líquido sinovial e, daí, para as veias; o dióxido de carbono e os resíduos de todas as outras estruturas articulares passam diretamente para as veias. 
Bolsas e bainhas sinoviais Os diversos movimentos do corpo provocam atrito entre as partes que se movem. Estruturas saciformes chamadas de bolsas estão estrategicamente situadas para aliviar o atrito em algumas articulações, como as articulações do joelho e do ombro. As bolsas não são parte estrita das articulações sinoviais, mas se assemelham às cápsulas articulares porque suas paredes consistem em uma membrana fibrosa externa de fino tecido conjuntivo denso revestido por uma membrana sinovial. Uma pequena quantidade de líquido similar ao líquido sinovial enche essas bolsas. As bolsas podem estar localizadas entre pele e ossos, entre tendões e ossos, entre músculos e ossos ou entre ligamentos e ossos. Os sacos cheios de líquidos amortecem o movimento dessas partes corporais umas contra as outras.
Movimentos
A articulação do ombro permite flexão, extensão, hiperextensão, abdução, adução, rotação medial, rotação lateral e circundução do braço. Ela é mais móvel do que qualquer outra articulação no corpo, em virtude da frouxidão da cápsula articular e da pouca profundidade da cavidade glenoidal em relação ao grande tamanho da cabeça do úmero. Embora os ligamentos da articulação do ombro confiram, até certo ponto, resistência à articulação, grande parte da resistência resulta dos músculos que envolvem a articulação, especialmente os músculos do manguito rotador. Esses músculos (supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular), unem a escápula ao úmero. Os tendões dos músculos do manguito rotador circundam a articulação (exceto na parte inferior) e envolvem intimamente a cápsula articular. Os músculos do manguito rotador atuam como um grupo para manter a cabeça do úmero na cavidade glenoidal.
A articulação do ombro é uma articulação esferóidea, formada pela cabeça do úmero e pela cavidade glenoidal da escápula. Na prática clínica é chamada de articulação glenoumeral. Componentes anatômicos Cápsula articular. Saco fino e frouxo que envolve de maneira completa a articulação e se estende da cavidade glenoidal até o colo anatômico do úmero. A parte inferior da cápsula é sua área mais fraca. Ligamento coracoumeral. Ligamento largo e forte que reforça a parte superior da cápsula articular e se estende do processo coracoide da escápula até o tubérculo maior do úmero. O ligamento reforça as partes superior e anterior da cápsula articular. Ligamentos glenoumerais. Três espessamentos da cápsula articular sobre a face anterior da articulação que se estendem da cavidade glenoidal até o tubérculo menor e o colo anatômico do úmero. Esses ligamentos são muitas vezes indistintos ou ausentes e conferem apenas um reforço mínimo. Eles desempenham função na estabilização articular quando o úmero se aproxima ou excede seus limites de movimento. Ligamento transverso do úmero. Lâmina estreita que se estende entre os tubérculos maior e menor do úmero. O ligamento atua como um retináculo (faixa de retenção de tecido conjuntivo) para segurar o tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial. Lábio glenoidal. Margem estreita de fibrocartilagem em torno da circunferência externa da cavidade glenoidal, que aprofunda discretamente e aumenta discretamente esta cavidade. Bolsas. Quatro bolsas estão associadas à articulação do ombro. São elas as bolsas subtendínea do m. subescapular subdeltóidea, subacromial e subcoracóidea.
Tecidos cartilaginosos
 Cartilagem hialina
É o tipo mais frequentemente encontrado no corpo e, por isso, o mais estudado. A fresco, a cartilagem hialina é branco-azulada e translúcida. Recobre as superfícies articulares dos ossos longos (articulações com grande mobilidade). Além disso, esse tipo de cartilagem constitui o primeiro esqueleto do embrião, que posteriormente é substituído por um esqueleto ósseo. 
Matriz cartilaginosa
A cartilagem hialina é formada, em 40% do seu peso seco, por fibrilas de colágeno tipo II associadas a ácido hialurônico e a outros glicosaminoglicanos, proteoglicanos muito hidratados e glicoproteínas. 
Dentre as proteínas, um componente importante da matriz da cartilagem hialina é a glicoproteína estrutural condronectina, uma macromolécula com regiões de ligação para condrócitos, fibrilas colágenas tipo II e glicosaminoglicanos. Assim, a condronectina participa da associação do arcabouço macromolecular da matriz com os condrócitos.
Além do colágeno e deglicoproteínas multiadesivas, uma grande parte da matriz é ocupada por glicosaminoglicanos combinados covalentemente com proteínas, formando proteoglicanos. 
Pericôndrio
Todas as cartilagens hialinas, exceto as articulares, são envolvidas por uma camada de tecido conjuntivo denso denominado pericôndrio. Além de ser uma fonte de novos condrócitos para o crescimento, o pericôndrio é responsável por nutrição, oxigenação e eliminação dos refugos metabólicos da cartilagem, porque nele estão localizados vasos sanguíneos e linfáticos, inexistentes no interior do tecido cartilaginoso.
Condrócitos
Na periferia da cartilagem hialina, os condrócitos apresentam forma alongada, com o eixo maior paralelo à superfície. Mais internamente, são arredondados e frequentemente aparecem em grupos de até oito células, chamados grupos isógenos, porque suas células são pequenos clones originados por divisão de um único condroblasto.
As células e a matriz cartilaginosa sofrem retração durante o processo histológico, o que explica a forma estrelada dos condrócitos e seu afastamento da parede da lacuna em que se situam. Nos tecidos vivos e nos cortes cuidadosamente preparados, os condrócitos ocupam totalmente as lacunas. Os condrócitos são também células secretoras de colágeno, principalmente do tipo II, proteoglicanos e glicoproteínas, como a condronectina.
A cartilagem hialina degrada a glicose principalmente por mecanismo anaeróbio, com formação de ácido láctico como produto final. Os nutrientes transportados pelo sangue chegam pelo pericôndrio, atravessam a matriz da cartilagem por difusão e alcançam os condrócitos mais internos. 
Histogênese
No embrião, os esboços das cartilagens surgem no mesênquima. A primeira modificação observada durante a histogênese da cartilagem consiste no arredondamento das células mesenquimatosas, que retraem seus prolongamentos e, multiplicando-se rapidamente, formam aglomerados. As células assim formadas têm citoplasma muito basófilo e recebem o nome de condroblastos. Em seguida, inicia-se a síntese da matriz extracelular, que afasta os condroblastos uns dos outros. A diferenciação das cartilagens ocorre do centro para a periferia, de modo que as células mais centrais já apresentam as características de condrócitos, enquanto as mais periféricas ainda são condroblastos típicos. O mesênquima da superfície de cada peça de cartilagem forma o pericôndrio.
CARTILAGEM FIBROSA
 A cartilagem fibrosa possui características intermediárias entre o tecido conjuntivo denso modelado e a cartilagem hialina. É encontrada nos discos intervertebrais, nos pontos em que alguns tendões e ligamentos se inserem nos ossos, e na sínfise pubiana. Está sempre associada a tecido conjuntivo denso, e os limites entre os dois são imprecisos. A matriz da fibrocartilagem é acidófila por conter grande quantidade de fibras colágenas formadas por colágeno tipo I, além de colágeno tipo II. A substância fundamental são ácido hialurônico, proteoglicanos e glicoproteínas.
Lesões que acometem o ombro
Lesão do nervo acessório(XI): A principal manifestação clínica da paralisia do nervo acessório é um ombro “caído” com acentuada fraqueza ipsilateral quando os ombros são elevados (retraídos) contra resistência. A lesão do nervo acessório geralmente ocorre como consequência de tração, como no mecanismo de lesão em chicotada, tumor, biopsia de linfonodo cervical ou procedimento cirúrgico no trígono posterior.
Fratura da escápula: A fratura da escápula geralmente é causada por traumatismo importante, como ocorre em acidentes envolvendo pedestres e veículos. Em geral, também há fratura das costelas. A maioria das fraturas exige pouco tratamento porque a escápula está coberta por músculos nos dois lados. A maioria das fraturas inclui o acrômio subcutâneo protruso.
Tendinite bicipital: O tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial é revestido por uma bainha sinovial e movimenta-se para a frente e para trás no sulco intertubercular do úmero. O desgaste desse mecanismo pode causar dor no ombro. A inflamação do tendão (tendinite bicipital) resulta de microlacerações quando a unidade musculotendínea é agudamente sobrecarregada e está associada a degeneração do tendão, ruptura vascular e resposta de reparo inflamatória. 
Tendinose é a degeneração no colágeno do tendão em decorrência de vascularização insatisfatória, uso excessivo crônico ou envelhecimento; não há resposta inflamatória nesse caso. Essas condições podem ser causadas por microtraumatismos repetitivos comuns em esportes que incluem arremesso (p. ex., beisebol e críquete) e uso de raquete (p. ex., tênis). Um sulco intertubercular apertado, estreito e/ou áspero pode causar irritação e inflamação do tendão, provocando dor à palpação e crepitação. Luxação do tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial O tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial pode sofrer deslocamento parcial ou total do sulco intertubercular no úmero. Esse distúrbio doloroso pode ocorrer em jovens durante a separação traumática da epífise proximal do úmero. A lesão também ocorre em pessoas idosas com história de tendinite bicipital. Em geral, há uma sensação de estalo ou aprisionamento durante a rotação do braço.
 Ruptura do tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial: A ruptura do tendão geralmente resulta do desgaste de um tendão inflamado que se movimenta para a frente e para trás no sulco intertubercular do úmero. Essa lesão geralmente ocorre em indivíduos > 35 anos de idade. Geralmente, o tendão é arrancado de sua inserção no tubérculo supraglenoidal da escápula. A ruptura costuma ser dramática e está associada a um estalido ou estouro. O ventre do músculo separado forma uma bola perto do centro da parte distal da face anterior do braço (deformidade de Popeye). A ruptura do tendão do músculo bíceps braquial pode resultar da flexão forçada do braço contra resistência excessiva, como ocorre em levantadores de peso. Na maioria das vezes, porém, a ruptura do tendão é consequência de tendinite prolongada que o enfraquece. A ruptura resulta de movimentos repetitivos acima da cabeça, como ocorre em nadadores e arremessadores de beisebol, que rompem o tendão enfraquecido no sulco intertubercular.

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