Buscar

Bebê do lábio azul

Prévia do material em texto

APG - Aula 3: Bebê do Lábio Azul
1. Termos Desconhecidos: Nenhum
2. Questões: 
· Qual a patologia da cor azulada da boca da criança?
· Qual o período fetal do desenvolvimento do coração?
· Qual a diferença entre a circulação antes e após o nascimento?
· Como ocorre as malformações no período fértil?
3. Respostas:
· Má formação cardíaca, o que gera falta de circulação do sangue oxigenado
· 2° semana
· Antes do nascimento a circulação do feto é totalmente dependente da circulação da própria mãe, após o nascimento o bebê é autossuficiente
· A influência genética no feto, trombose, etc...
4. Resumo: Na APG, discutimos sobre a partir de que período o coração do embrião começa a se desenvolver, falamos também sobre a diferença entre a circulação fetal e a neonatal. Relatamos também sobre as causas das malformações cardíacas fetais.
5. Objetivos: 
· Descrever o desenvolvimento cardíaco no período fetal
· Compreender as diferenças entre circulação fetal e neonatal
· Citar as principais malformações cardíacas congênitas
6. Socialização
7. Autoaprendizado:
· O coração primitivo e o sistema vascular fetal começam a aparecer no meio da terceira semana, o coração em si só começa a bater entre 22 e 23 dias.
O primórdio do coração é observado no 18º dia de desenvolvimento na área cardiogênica. O acúmulo de células mesenquimais esplâncnicas ventrais ao celoma pericárdico leva à formação dos cordões angioblásticos, que se canalizam e formam os dois tubos endocárdicos. Com o dobramento lateral do embrião, esses tubos se fundem para formar um único tubo cardíaco. Essa fusão começa na extremidade cranial e se estender caudalmente, entre o 22º e 28º dia de desenvolvimento. O coração em desenvolvimento é composto de um tubo endotelial separado de um tubo muscular (miocárdio primitivo) por tecido conjuntivo gelatinoso (geléia cardíaca).  O tubo endotelial torna-se o endocárdio, o miocárdio primitivo torna-se a parede muscular do coração e o epicárdio é derivado de células mesoteliais que se originam da superfície externa do seio venoso. Com o dobramento cefálico o coração e a cavidade pericárdica passam a ficar ventralmente ao intestino anterior e caudalmente a membrana bucofaríngea. Em conseqüência desse dobramento o coração tubular se alonga e desenvolve dilatações e constrições alternadas: tronco arterial, bulbo cardíaco, ventrículo primitivo, átrio primitivo e seio venoso. Dessa maneira, podemos considerar que o desenvolvimento inicial do coração pode ser dividido em três fases: plexiforme, tubular reta e em alça. A 1° fase caracteriza-se por um plexo endotelial (que forma o endocárdio) envolvido pelo miocárdio. A 2° fase consiste em dois tubos endocárdicos dando origem a um ventrículo único e na última fase ocorre a formação da alça cardíaca, em que o coração assume uma morfologia semelhante a um S. Durante o desenvolvimento o coração se invagina para a cavidade pericárdica e a parte central do mesocárdio se degenera formando o seio pericárdico transverso, entre os lados direito e esquerdo da cavidade pericárdica, separando os vasos de entrada e saída em adultos. O crescimento mais rápido do bulbo cardíaco e do ventrículo primitivo leva a formação da alça bulboventricular em forma de U. O seio venoso recebe as veias vitelínicas, umbilicais e cardinais.
OBS: antes do dobramento cardíaco as estruturas do coração encontravam-se em série, o estabelecimento da alça ventricular é importante para a transformação da disposição em séria para a em paralelo. Dessa forma, o resultado final do dobramento cardíaco é colocar as quatro futuras câmaras do coração nas suas relações espaciais exatas uma com a outra.
 O sistema cardiovascular do feto é derivado da:
· Mesoderme Esplâncnica (forma o primórdio do coração)
· Mesoderme Paraxial e Lateral próximas ao placoides óticos
As células mesodérmicas da linha primitiva migram para formar cordões pareados bilaterais (RCP), e da mesoderme faríngea, a RCS, localizada medialmente à RCP. Esses cordões formam dois tubos cardíacos delgados, que logo se fusionam em um único tubo cardíaco no final da terceira semana, como resultado do dobramento do embrião
· Derivados do Tubo Cardíaco:
-Tronco arterioso → aorta ascendente e tronco pulmonar
-Bulbus cordis: músculo do ventrículo direito e partes lisas dos tratos de saída do ventrículo direito e esquerdo
-Revestimento endocárdico → septo auricular, septo interventricular membranoso, válvulas atrioventriculares (AV) e válvulas semilunares
-Veias posteriores, subcardinais, supracardinais → veia cava inferior (VCI)
-Aurícula primitiva → partes trabeculadas da aurícula esquerda e direita
-Veia pulmonar primitiva → parte lisa da auricula esquerda
-Ventrículo primitivo → partes trabeculadas do ventrículo esquerdo e direito
-Veia cardinal comum direita (RCCV, pela sigla em inglês) e veia cardinal anterior direita (RACV, pela sigla em inglês) → veia cava superior (VCS)
-Corno esquerdo do seio venoso → seio coronário
-Corno direito do seio venoso → parte posterior da aurícula direita (sinus venarum) com uma superfície relativamente lisa
· Veias associadas ao coração embrionário:
-As veias vitelinas (extremidade venosa do coração primitivo): retornam com o sangue pouco oxigenado da vesícula umbilical; ao passar pelo septo transverso, as veias vitelinas entram no seio venoso, a veia esquerda regride e a direita forma uma grande parte do sistema porta hepático e também uma parte da veia cava inferior 
-As veias umbilicais: transportam o sangue rico em oxigênio a placenta ao seio venoso, desaparece na sétima semana a veia umbilical esquerda, deixando a outra como único vaso que leva sangue com oxigênio d placenta ao embrião
-As veias cardinais (Constitui o principal sistema de drenagem do embrião): devolvem o sangue pouco oxigenado do corpo do embrião para o coração; são formadas pela união das veias cardinais anterior e posterior que drenavam as porções cranial e caudal do embrião. As veias cardinais anterior e posterior drenam as porções cranial e caudal do embrião, respectivamente, as quais se unem para formar as veias cardinais comuns, que penetram no seio venoso. Durante a oitava semana, as veias cardinais anteriores estão conectadas por uma anastomose oblíqua, que desvia o sangue da veia cardinal anterior esquerda para a direita, o desvio se torna a veia braquiocefálica esquerda quando a porção caudal da veia cardinal anterior esquerda degenera. A veia cava superior (VCS) se forma a partir da veia cardinal anterior direita e veia cardinal comum direita. As veias subcardinais e supracardinais gradualmente substituem e suplementam as veias cardinais posteriores.
OBS: As veias subcardinais aparecem primeiro e formam um tronco com a veia renal esquerda, as veias suprarrenais, as veias gonadais (testicular e ovariana) e um segmento da veia cava inferior. As veias supracardinais se tornam interrompidas na região dos rins. Cranialmente, elas se anastomosam e formam as veias ázigo e hemiázigo. Caudalmente aos rins, a veia supracardinal esquerda degenera, enquanto a veia supracardinal direita se torna a porção inferior da VCI. A veia cava inferior se forma quando o sangue que retorna da porção caudal do embrião é desviado do lado esquerdo para o direito do corpo. 
· Destino das Artérias Vitelinas e Umbilicais:
Artérias Vitelinas: percorrem a vesícula e mais tardar o intestino primitivo, formado na parte incorporada da vesícula umbilical. As artérias vitelinas podem ter três destinos diferentes, entre eles: o tronco celíaco arterial para intestino anterior, a artéria mesentérica superior do intestino médio e a artéria mesentérica inferior do intestino posterior.
Artérias Umbilicais: passam posteriormente ao cordão umbilical primitivo e se tornam contínuas com os vasos do córion (porção embrionária da placenta). As porções proximais das artérias umbilicais se transformam em artérias ilíacas internas e artérias vesicais superiores, já as porções distais se fecham e formam o ligamento umbilical mediano.
*Fontes: Embriologia Moore, Sanar Med e Artigo Científicoda famema.
· 
· Circulação fetal
O sangue altamente oxigenado e rico em nutrientes retorna sob alta pressão da placenta pela veia umbilical. Ao se aproximar do fígado, cerca de metade do sangue passa diretamente pelo ducto venoso, um vaso fetal conectando a veia umbilical à VCI; consequentemente, o sangue é desviado do fígado. A outra metade do sangue na veia umbilical flui para os sinusoides do fígado e entram na VCI através das veias hepáticas. O fluxo sanguíneo através do ducto venoso é regulado pelo mecanismo de esfíncter próximo à veia umbilical. Após um curto trajeto na VCI, todo o sangue entra no átrio direito do coração. A maior parte do sangue da VCI é direcionada pelas cristas dividens, através do forame oval para o átrio esquerdo. Ali, ele se mistura com uma quantidade relativamente pequena de sangue pobremente oxigenado que está retornando dos pulmões através das veias pulmonares. Os pulmões fetais usam o oxigênio do sangue, em vez de repô-lo. A partir do átrio esquerdo, o sangue então passa para o ventrículo esquerdo e o deixa através da aorta ascendente. As artérias do coração, do pescoço, da cabeça e dos membros superiores recebem o sangue altamente oxigenado da aorta ascendente. O fígado também recebe o sangue altamente oxigenado a partir da veia umbilical.
A pequena quantidade de sangue altamente oxigenado a partir da VCI no átrio direito se mistura com o sangue pobre em oxigênio da VCS e do seio coronário e passa para o ventrículo direito. Esse sangue, com um conteúdo mediano de oxigênio, deixa o coração através do tronco pulmonar. Devido à alta resistência vascular pulmonar na vida fetal, o fluxo de sangue pulmonar é baixo. Aproximadamente 10% desse fluxo sanguíneo vão para os pulmões; a maioria do sangue passa através do DA na aorta para o corpo fetal. Então, retorna à placenta através das artérias umbilicais. Aproximadamente 10% do sangue oriundo da aorta ascendente entram na aorta descendente para irrigar as vísceras e a parte inferior do corpo. A maior parte do sangue na aorta descendente passa para as artérias umbilicais e retorna para a placenta para reoxigenação.
A pequena quantidade de sangue altamente oxigenado a partir da VCI no átrio direito se mistura com o sangue pobre em oxigênio da VCS e do seio coronário e passa para o ventrículo direito. Esse sangue, com um conteúdo mediano de oxigênio, deixa o coração através do tronco pulmonar. Devido à alta resistência vascular pulmonar na vida fetal, o fluxo de sangue pulmonar é baixo. Aproximadamente 10% desse fluxo sanguíneo vão para os pulmões; a maioria do sangue passa através do DA na aorta para o corpo fetal. Então, retorna à placenta através das artérias umbilicais. Aproximadamente 10% do sangue oriundo da aorta ascendente entram na aorta descendente para irrigar as vísceras e a parte inferior do corpo. A maior parte do sangue na aorta descendente passa para as artérias umbilicais e retorna para a placenta para reoxigenação.
O sangue altamente oxigenado e rico em nutrientes retorna sob alta pressão da placenta pela veia umbilical. Ao se aproximar do fígado, cerca de metade do sangue passa diretamente pelo ducto venoso, um vaso fetal conectando a veia umbilical à VCI; consequentemente, o sangue é desviado do fígado. A outra metade do sangue na veia umbilical flui para os sinusoides do fígado e entram na VCI através das veias hepáticas. O fluxo sanguíneo através do ducto venoso é regulado pelo mecanismo de esfíncter próximo à veia umbilical. Após um curto trajeto na VCI, todo o sangue entra no átrio direito do coração. A maior parte do sangue da VCI é direcionada pelas cristas dividens, através do forame oval para o átrio esquerdo. Ali, ele se mistura com uma quantidade relativamente pequena de sangue pobremente oxigenado que está retornando dos pulmões através das veias pulmonares. Os pulmões fetais usam o oxigênio do sangue, em vez de repô-lo. A partir do átrio esquerdo, o sangue então passa para o ventrículo esquerdo e o deixa através da aorta ascendente. As artérias do coração, do pescoço, da cabeça e dos membros superiores recebem o sangue altamente oxigenado da aorta ascendente. O fígado também recebe o sangue altamente oxigenado a partir da veia umbilical.
A pequena quantidade de sangue altamente oxigenado a partir da VCI no átrio direito se mistura com o sangue pobre em oxigênio da VCS e do seio coronário e passa para o ventrículo direito. Esse sangue, com um conteúdo mediano de oxigênio, deixa o coração através do tronco pulmonar. Devido à alta resistência vascular pulmonar na vida fetal, o fluxo de sangue pulmonar é baixo. Aproximadamente 10% desse fluxo sanguíneo vão para os pulmões; a maioria do sangue passa através do DA na aorta para o corpo fetal. Então, retorna à placenta através das artérias umbilicais. Aproximadamente 10% do sangue oriundo da aorta ascendente entram na aorta descendente para irrigar as vísceras e a parte inferior do corpo. A maior parte do sangue na aorta descendente passa para as artérias umbilicais e retorna para a placenta para reoxigenação.
· Circulação neonatal transitória
Ajustes circulatórios importantes acontecem ao nascimento, quando cessa a circulação sanguínea fetal através da placenta e os pulmões da criança se expandem e começam a funcionar. Assim que a criança nasce, o forame oval, DA, o ducto venoso e as veias umbilicais não são mais necessários. O esfíncter no ducto venoso se contrai e todo o sangue que entrou no fígado passa pelos sinusoides hepáticos. Isso, associado à oclusão da circulação placentária, causa um imediato declínio na pressão sanguínea na VCI e no átrio direito.
Devido ao aumento do fluxo sanguíneo pulmonar, a pressão no átrio esquerdo é maior que no átrio direito. O aumento da pressão atrial esquerda fecha o forame oval pela compressão da valva do forame contra o septo secundum. O sangue do ventrículo direito então flui inteiramente para a circulação pulmonar. Devido ao fato de a resistência vascular pulmonar ser menor que a resistência vascular sistêmica, o fluxo no DA inverte, passando da aorta para o tronco pulmonar. O DA começa a constringir ao nascimento, porém, por poucos dias, é frequente a presença de um pequeno desvio de sangue da aorta para o tronco pulmonar em neonatos saudáveis a termo. Em recém-nascidos prematuros e naqueles com hipoxia persistente (baixa oxigenação), o DA pode permanecer aberto por mais tempo. Em recém-nascidos a termo, o oxigênio é o fator mais importante no controle do fechamento do DA e parece ser mediado pela bradicinina (uma substância liberada pelos pulmões) e pelas prostaglandinas que atuam na musculatura lisa da parede do DA.
As artérias umbilicais se contraem ao nascimento, prevenindo a perda do sangue neonatal. O cordão umbilical não está completamente fechado por um minuto ou mais; consequentemente, o fluxo sanguíneo através da veia umbilical continua transferindo o sangue fetal da placenta para o neonato.
A mudança da circulação fetal para o padrão adulto não ocorre subitamente. Algumas alterações acontecem com a primeira respiração; outras, após horas ou dias. O fechamento dos vasos fetais e o forame oval são, inicialmente, uma mudança funcional. Mais tarde, o fechamento anatômico ocorre por meio da proliferação dos tecidos endotelial e fibroso.
· Derivados dos vasos e estruturas fetais:
Devido às alterações no sistema cardiovascular ao nascimento, alguns vasos e estruturas não são mais necessários. Durante um período de meses, esses vasos fetais formam ligamentos não funcionais.
· Veia umbilical e ligamento redondo do fígado:
A parte intra-abdominal da veia umbilical se torna o ligamento redondo do fígado (ligamentum teres) (ver Figura 14.33). A veia umbilical permanece patente por um período considerável e pode ser usada para transfusão de sangue ou administração de medicamentos durante o início do período neonatal. Essas transfusões são frequentemente realizadas para prevenir o dano cerebral e a morte em neonatos com anemia devido à eritroblastose fetal.
· Ducto venoso e ligamento venoso:
O ducto venosose torna o ligamento venoso; entretanto, seu fechamento é mais prolongado do que o do DA. O ligamento venoso passa através do fígado a partir do ramo esquerdo da veia porta para a VCI, à qual está ligado
Ajustes circulatórios importantes acontecem ao nascimento, quando cessa a circulação sanguínea fetal através da placenta e os pulmões da criança se expandem e começam a funcionar. Assim que a criança nasce, o forame oval, DA, o ducto venoso e as veias umbilicais não são mais necessários. O esfíncter no ducto venoso se contrai e todo o sangue que entrou no fígado passa pelos sinusoides hepáticos. Isso, associado à oclusão da circulação placentária, causa um imediato declínio na pressão sanguínea na VCI e no átrio direito.
Devido ao aumento do fluxo sanguíneo pulmonar, a pressão no átrio esquerdo é maior que no átrio direito. O aumento da pressão atrial esquerda fecha o forame oval pela compressão da valva do forame contra o septo secundum. O sangue do ventrículo direito então flui inteiramente para a circulação pulmonar. Devido ao fato de a resistência vascular pulmonar ser menor que a resistência vascular sistêmica, o fluxo no DA inverte, passando da aorta para o tronco pulmonar.
O DA começa a constringir ao nascimento, porém, por poucos dias, é frequente a presença de um pequeno desvio de sangue da aorta para o tronco pulmonar em neonatos saudáveis a termo. Em recém-nascidos prematuros e naqueles com hipoxia persistente (baixa oxigenação), o DA pode permanecer aberto por mais tempo. Em recém-nascidos a termo, o oxigênio é o fator mais importante no controle do fechamento do DA e parece ser mediado pela bradicinina (uma substância liberada pelos pulmões) e pelas prostaglandinas que atuam na musculatura lisa da parede do DA.
Ela é estruturada para suprir as necessidades de um organismo em crescimento rápido num ambiente de hipóxia relativa. A única conexão entre o feto e o meio externo é a placenta. Antes do nascimento, o sangue proveniente da placenta, com cerca de 80% de saturação de oxigênio, retorna para o feto pela veia umbilical.
Quando chega ao fígado, a maior parte desse sangue flui pelo ducto venoso diretamente para a veia cava inferior, sem passar pelo fígado. Um volume menor de sangue entra nos sinusóides hepáticos e se mistura com o sangue da circulação porta. O mecanismo de esfíncter no ducto venoso fecha a entrada da veia umbilical e regula o fluxo sanguíneo umbilical pelos sinusóides hepáticos. Esse esfíncter se fecha quando a contração uterina faz com que o retorno venoso seja muito alto, evitando sobrecarga para o coração.
Após um pequeno percurso na veia cava inferior, onde o sangue placentário se mistura com o sangue não oxigenado que retorna dos membros inferiores, ele entra no átrio direito. Após a entrada, é levado para o forame oval pela veia cava inferior, de modo que um volume maior do sangue passa diretamente para o átrio esquerdo. Um pequeno volume de sangue não consegue fazer isso por causa da extremidade inferior do septo secundário, a crista dividens, e permanece no átrio direito. Ali, ele se mistura com o sangue pobre em oxigênio que retorna da cabeça e dos braços através da veia cava superior.
No átrio esquerdo, onde ele se mistura com um pequeno volume de sangue pobre em oxigênio que retorna dos pulmões, o sangue entra no ventrículo esquerdo e na aorta ascendente. Uma vez que, as artérias coronárias e carótida são as primeiras ramificações da aorta ascendente, a musculatura cardíaca e o cérebro são abastecidos com sangue rico em oxigênio.
 O sangue pouco oxigenado da veia cava superior flui através do ventrículo direito para o tronco pulmonar. Durante a vida fetal, a resistência nos vasos pulmonares é alta, de modo que, boa parte desse sangue passa diretamente pelo ducto arterioso para a aorta descendente, onde se mistura com o sangue da aorta proximal. Após sua passagem pela aorta descendente, o sangue flui para a placenta pelas duas artérias umbilicais. A saturação de oxigênio nas artérias umbilicais é de aproximadamente 58%. Ao longo de seu percurso desde a placenta até os órgãos do feto, o sangue na veia umbilical perde gradualmente seu alto teor de oxigênio à medida que se mistura com o sangue pobre em oxigênio.
Teoricamente, a mistura sanguínea ocorre nos seguintes locais:
1. Fígado, pela mistura com um pequeno volume de sangue que retorna do sistema porta.
2.  Veia cava inferior, que carrega sangue desoxigenado que retorna dos membros inferiores, da pelve e dos rins.
3.  Átrio direito, pela mistura com o sangue da cabeça e dos membros superiores.
4.  Átrio esquerdo, pela mistura com o sangue que retorna dos pulmões.
5. Entrada do ducto arterioso na aorta descendente.
· Transição para a Circulação Neonatal
Alterações no sistema vascular ao nascimento são causadas pela cessação do fluxo sanguíneo placentário e pelo início da respiração. Depois que o ducto arterioso se fecha pela contração muscular de sua parede, o volume de sangue que flui pelos vasos pulmonares aumenta rapidamente. Isso, por sua vez, aumenta a pressão no átrio esquerdo. Simultaneamente, a pressão no átrio direito diminui como resultado da interrupção do fluxo sanguíneo placentário.
O septo primário é, então, aposto ao secundário, e o forame oval se fecha funcionalmente. Em resumo, ocorrem as alterações a seguir no sistema vascular após o nascimento. O fechamento das artérias umbilicais, acompanhado pela contração da musculatura lisa em suas paredes, é provavelmente causado por estímulos térmico e mecânico e pela variação na tensão de oxigênio. Funcionalmente, as artérias se fecham alguns minutos após o nascimento, embora a obliteração final do lúmen por proliferação fibrosa leve entre 2 e 3 meses. As partes distais das artérias umbilicais formam os ligamentos umbilicais médios, e as partes proximais permanecem abertas, assim como as artérias vesicais superiores.
O fechamento da veia umbilical e do ducto arterioso ocorre logo após o fechamento das artérias umbilicais. Assim, o sangue da placenta pode entrar no recém-nascido por algum tempo após o nascimento. Após a obliteração, a veia umbilical forma o ligamento redondo hepático na margem inferior do ligamento falciforme. O ducto venoso, que segue do ligamento redondo até a veia cava inferior, também é ocluído e forma o ligamento venoso.
O fechamento do ducto arterioso ocorre pela contração da sua parede muscular quase imediatamente após o nascimento e é mediado pela bradicinina, uma substância liberada pelos pulmões durante a insuflação inicial. Acredita-se que a oclusão anatômica completa pela proliferação da íntima leve entre 1 e 3 meses. No adulto, o ducto arterioso ocluído forma o ligamento arterioso.
O fechamento do forame oval é causado pelo aumento de pressão no átrio esquerdo combinado com diminuição da pressão do lado direito. A primeira respiração pressiona o septo primário contra o septo secundário. Entretanto, durante os primeiros dias de vida, esse fechamento é reversível. O choro do recém-nascido cria um desvio da direita para a esquerda, que é responsável por episódios cianóticos dos recém-nascidos. A aposição constante leva gradualmente à fusão dos dois septos em cerca de 1 ano. Contudo, em 20% dos indivíduos, um fechamento anatômico perfeito nunca ocorre havendo assim, a persistência do forame oval.
*Fontes: Sanar Med, Embriologia Moore
· As cardiopatias congênitas podem provocar ou não cianose (coloração azul-arroxeada da pele, leitos ungueais ou das mucosas). Por isso, são classificadas em cianóticas e acianóticas.
Dessa classificação, compreende-se melhor as diversas manifestações clínicas. Elas vão desde um sopro assintomático até quadros de insuficiência cardíaca biventricular importante. Cabe salientar que a presença de sopro em crianças não significa cardiopatia congênita. Existem vários tipos, chamados sopros inocentes, que não representam uma anomalia no coração.
· Cardiopatias Acianóticas
A característica mais evidente das cardiopatias acianóticas que cursam com fluxo aumentado no pulmão é o cansaço fácil e episódiosde pneumonia de repetição. Já a coarctação da aorta tem como principal característica a hipertensão arterial.
As cardiopatias congênitas acianóticas são as mais frequentes. Entre elas, estão:
· Comunicação Interventricular (CIV)
· Comunicação Interatrial (CIA)
· Persistência do Canal Arterial (PCA)
· Coarctação de Aorta (CoAo)
· Cardiopatias Cianóticas
A característica mais evidente das cardiopatias cianóticas é a tonalidade azulada dos lábios e da pele. Trata-se de um sinal claro de que não há oxigênio suficiente no sangue. A forma mais comum da doença é conhecida como tetralogia de Fallot.
Muitos casos são leves e podem ser tratados com cirurgia e medicamentos. Problemas mais graves podem necessitar de um transplante de coração para evitar complicações fatais.
Nas cardiopatias não corrigidas, o aumento do volume sanguíneo e o consequente aumento do retorno venoso, associados à diminuição da resistência vascular periférica, provocam um aumento do shunt D-E, com o aumento também da cianose.
Entre elas, estão:
· Tetralogia de Fallot
· Transposição das Grandes Artérias
· Atresia Tricúspide
· Anomalia de Ebstein
· Defeitos do septo atrioventricular (DSAV)
*Fontes: Site Seucardio, 
image5.tmp
image1.tmp
image2.tmp
image3.png
image4.tmp

Continue navegando

Outros materiais