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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS (FMU) DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS DO DESIGN CARLOS EDUARDO LUZ MARTINS ÉTICA NO DESIGN Atividade 3 (A3) São Paulo - SP 2020 1. A ÉTICA NO DESIGN: Como toda profissão, as carreiras relacionadas ao design também devem possuir seus próprios códigos de ética, de forma a proteger tanto os profissionais do ramo quanto seus clientes. Embora sejam muitas as organizações e áreas de atuação, a ética profissional dos designers abrange alguns princípios-chave. Os autores Evans e Goulder (2014) afirmam que quatro pontos relevantes para se pensar a ética no design são: primeiramente, a ética pessoal; segundo, para quem se trabalha; terceiro, o impacto gerado pela cadeia produtiva de seu projeto e, por último, o propósito e impactos terão suas criações. Em seu artigo Código de ética e conduta para designers, Gonzalez (2018), destaca como obrigações gerais: “Como designer você deve se esforçar para melhorar e aperfeiçoar os seus conhecimentos e experiências na profissão de Design e todos os esforços para contribuir para o seu melhoramento e crescimento”. Nisto, espera-se que o profissional se esforce para demonstrar e aprimorar seus conhecimentos e competências, busque elevar seus padrões de projeto e conscientizar o público referente à avaliação da competência profissional de um designer. Sobre o lugar do designer na sociedade, trata-se de uma profissão que visa impactar a vida das pessoas, podendo melhorá-la ou prejudica-la. Assim, é fundamental a consideração de quais os efeitos um projeto de design terá quando realizado, suas dimensões sociais, econômicas e ecológicas. Embora seja impossível prever todas as maneiras com as quais o mundo irá interagir com o projeto, o designer deve ser responsável por aquilo que cria e leva seu nome, não surpreendendo-se quando um trabalho cujo propósito é prejudicar alguém exerça tal função. Tal responsabilidade dobra quando o designer, por ignorância, exerce um trabalho desconsiderando os possíveis impactos negativos que eles possam ter. Ademais, o design deve ser valorizado pelo seu impacto na sociedade e não por aspectos estéticos, uma vez que uma criação que prejudique as pessoas não pode ser considerada bem projetada. O designer é contratado não apenas pelo seu trabalho, mas pelo seu conselho. Parte da especialidade do profissional é comunicar o impacto de um projeto para seu empregador na intenção de minimizar quaisquer aspectos negativos. O designer que recebe instruções contrárias à sua ética profissional deve corrigi-las ou recursar o trabalho. Ao exercer sua profissão, o designer deve saber receber e encorajar críticas, uma vez que apenas assim seu trabalho poderá ser aprimorado. Uma criação frágil a ponto de não poder ser criticada não deveria existir. No entanto, tal profissional deve ser justo e objetivo ao criticar o trabalho de outro designer, evitando desmerecer o trabalho e reputação de seus colegas de profissão. Da mesma forma, ao fazer parte de uma comunidade profissional, as ações de um designer repercutem nos demais. Trabalhos mal feitos ou deliberadamente não-remunerados levarão clientes a esperar o mesmo dos profissionais seguintes. Neste mesmo raciocínio, plágios, redesenhos públicos de projetos alheios ou qualquer trabalho que ocorra em detrimento de outros designers são considerados um desserviço para a categoria. Por fim, espera-se que o designer se esforce para conhecer seu público e as realidades para as quais projeta. Quanto melhor compreender as pessoas e seus problemas, considerando restrições e particularidades, mais capaz o profissional será de solucioná-lo. Nisto, o designer deve evitar perspectivas discriminatórias ou excludentes, procurando sempre aprender e confrontar o desconhecido. Isto envolve conhecer as experiências de diversas pessoas, culturas e origens diferentes, abrindo espaço para aqueles que a sociedade historicamente marginalizou. 2. REFERÊNCIAS: GONZALEZ, Guilherme. Código de ética e conduta para designers. Medium, 2018. Disponível em: <https://medium.com/@guiperezgo/c%C3%B3digo-de-%C3%A9tica-e-conduta-para-designers-9378be1703c8>. Acesso em: 24 set. 2020. MONTEIRO, Mike. A Designer’s Code of Ethics. Dear Design Student, 2017. Disponível em: <https://deardesignstudent.com/a-designers-code-of-ethics-f4a88aca9e95>. Acesso em: 26 set. 2020. ZILLIG, Fabricio. Ética e Design: uma conversa necessária. UX Collective, 2019. Disponível em: <https://brasil.uxdesign.cc/%C3%A9tica-e-design-uma-conversa-necess%C3%A1ria-d10f4ee6565e>. Acesso em: 24 set. 2020. CÓDIGO de ética. Associação Brasileira de Designers de Interiores. Disponível em: <http://abd.org.br/codigo-de-etica>. Acesso em 25 set. 2020. AIGA Standards of professional practice. The professional association for design. Disponível em: <https://www.aiga.org/standards-professional-practice/>. Acesso em 25. Set 2020. PONTES, Iran. Código de ética profissional do Designer Gráfico. Design Culture. Disponível em: <https://designculture.com.br/codigo-de-etica-profissional-do-designer-grafico>. Acesso em: 25 set 2020. ELVINS, L.; GOULDER, N. Trabalhando com ética. In: GAVIN, A. HARRIS, P. (Org.). Fundamentos de design criativo. Porto Alegre Bookman, 2014. p. 185-191.
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