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Ranin Lena Lima – Enfermagem em Saúde Coletiva III 
1 
 
Enfermagem em Saúde Coletiva 
 
INTRODUÇÃO 
 A Organização Mundial de Saúde - OMS estima que 
todos os anos são registrados 357 milhões de novos 
casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis que 
têm cura e atingem pessoas entre 15 e 49 anos de 
idade 
 No Brasil, dentre as estratégias do Ministério da 
Saúde para atingir as metas planejadas no controle 
de IST, destaca-se o fornecimento gratuito de testes 
 rápidos (TR) a todos os estados e municípios 
brasileiros. Os TR são utilizados como testes iniciais 
no diagnóstico de HIV, hepatite B, hepatite C e 
Sífilis. 
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS -IST 
 São aquelas transmitidas de uma pessoa para outra, 
principalmente, por contato sexual, em relações 
desprotegidas com parcerias infectadas e, 
eventualmente, por via sanguínea. 
 A transmissão ainda pode acontecer da mãe para o 
filho durante a gestação, o parto ou a 
amamentação. 
 Essas infecções podem ser causadas por vírus, 
bactérias e protozoários 
 Clinicamente podem apresentar-se de forma 
assintomática, com sintomatologia inespecífica, 
com sintomatologia discreta, ou ainda, com lesões 
e sintomas característicos tais como úlceras, 
corrimentos, bolhas ou verrugas. 
 Quando não forem diagnosticadas e tratadas, 
podem progredir para estados crônicos associados 
a grande morbidade. O caráter silencioso dessas 
infecções dificulta o diagnóstico, gerando um 
quadro em que os indivíduos são direcionados ao 
tratamento apenas quando já apresentam estágios 
avançados das doenças, reduzindo sua chance de 
recuperação e aumentando a morbimortalidade 
associada a esses agravos 
 Além das infecções conceituadas como IST, existem 
outras infecções que eventualmente podem ser 
transmitidas durante a atividade sexual, 
entretanto, essa não é a sua principal forma de 
transmissão, portanto, não são conceituadas como 
IST. Exemplos: 
o Hepatite C - vírus cuja principal forma é a 
transmissão parenteral; 
o Candida spp. – fungo considerado 
endógeno; 
o Gardnerella vaginallis – bactéria 
considerada endógena; 
o Entamoeba histolytica – protozoário 
intestinal de transmissão oral fecal. 
 
 ISTs causadas por bactérias: 
 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem em Saúde Coletiva III 
2 
 
 
 ISTs causadas por vírus: 
 
 
 ISTs causadas por protozoários: 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem em Saúde Coletiva III 
3 
 
 Infecções que também podem ser transmitidas por 
contato sexual desprotegido: 
 
 
TESTES RÁPIDOS 
 Os testes rápidos são apresentados na forma de 
conjunto diagnóstico, também conhecidos como 
“kit”, os quais contêm lancetas para punção digital 
ou swabs para coleta do fluido oral, materiais para 
coleta das amostras, dispositivos plásticos para a 
realização dos testes reagentes necessários para a 
sua execução e a bula do fabricante. 
 Os TR são de fácil execução e não necessitam de 
estrutura laboratorial, podendo ser executados em 
qualquer Unidade de Saúde ou em ambientes 
externos, facilitando o acesso do cidadão ao 
diagnóstico, mesmo em locais remotos. 
 Na maioria das vezes, a execução, leitura e 
interpretação do resultado do TR é feita em até 30 
minutos. 
 Reagente - Quando aparecem linhas coloridas, na 
área de teste (T) e na área de controle (C): 
 
 Não reagente - Quando aparece uma linha colorida 
somente na área de controle (C). A área de teste (T) 
permanece incolor, indicando ausência do 
anticorpo pesquisado: 
 
 Inválido - Quando não aparece linha colorida na 
área de controle, independentemente de ter 
aparecido ou não linha colorida na área de teste: 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem em Saúde Coletiva III 
4 
 
 Quando utilizados adequadamente, os testes 
rápidos são excelentes ferramentas e permitem a 
ampliação do diagnóstico das infecções 
sexualmente transmissíveis. 
 Os TR podem apresentar, eventualmente, 
resultados inconsistentes: 
o falso-não-reagente, quando a pessoa tem 
uma infecção e o resultado é não 
reagente. 
o falso-reagente, quando a pessoa não tem 
uma infecção e o resultado é reagente. 
 Resultados falsos podem acontecer em diversas 
circunstâncias como erro de execução do teste, 
condições de armazenamento e características do 
Kit, particularidades da pessoa testada como, 
presença de outras infecções e imunizações 
recentes. 
 Resultados falso-reagentes estão comumente 
associados a determinados fatores dentre eles, 
alguns estão fora do controle do operador e outros 
podem estar relacionadas a erros humanos e/ou 
problemas no controle de qualidade dos testes: 
 
 
 
 
 Deve-se, também, atentar para as limitações de uso 
dos testes rápidos, indicadas nos manuais do MS e 
na bula do fabricante, que determinarão as 
situações em que os testes podem ou não ser 
usados. É preciso sempre ler com cuidado a bula do 
produto, a fim de conhecer essas limitações 
RECEPÇÃO DOS TR DISTRIBUÍDOS PELO 
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
 O responsável pelo recebimento deve fazer o 
registro de entrada do material num formulário de 
controle e relatar, no verso da nota fiscal, eventuais 
problemas identificados durante a entrega do 
produto. 
 Na recepção dos conjuntos diagnósticos é 
fundamental que você observe: 
o se as embalagens não estão danificadas; 
o se os conjuntos diagnósticos estão no 
período de validade; 
o se o transporte ocorreu no intervalo de 
temperatura recomendada pelo 
fabricante, de acordo com a estabilidade 
dos TR 
Ranin Lena Lima – Enfermagem em Saúde Coletiva III 
5 
 
 
CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO E 
ESTABILIDADE 
 Os componentes do kit para TR são estáveis até a 
data de validade indicada nas respectivas 
embalagens, desde que sejam conservados em 
condições adequadas. 
 Jamais congelar qualquer componente do kit; 
 Proteger o kit da ação da umidade; 
 Não expor ao sol; 
 Guardar ao abrigo da luz; 
 Conservar o kit na faixa de temperatura que está 
expressa na bula de cada fabricante; 
 Conferir o prazo de validade impresso na parte 
externa da embalagem do kit, antes de realizar o 
teste; 
 Não utilizar testes após a data de vencimento; 
 Manter os envelopes lacrados até o momento da 
utilização 
REVISANDO CONCEITOS 
 A resposta imunológica é um processo complexo, 
mediado por diferentes células do sistema imune 
ou sistema de defesa e baseia-se na capacidade do 
organismo reconhecer substâncias estranhas e 
reagir especificamente contra elas. 
 Quando o sistema imunológico reconhece a 
presença de um antígeno, produz como defesa um 
anticorpo (Ac) específico para reconhecer e 
neutralizar esse antígeno. 
 Antígeno é uma substância capaz de desencadear 
uma resposta imunológica do sistema de defesa. 
 Anticorpos são a resposta do sistema de defesa 
para reconhecer e neutralizar um antígeno. 
 Os anticorpos são proteínas do tipo 
imunoglobulina, por isso são representados por 
“Ig” e, de acordo com suas estruturas, classificam-
se como IgM, IgG, IgA, IgE e IgD. 
 
 As classes de imunoglobulinas são produzidas em 
tempos diferentes durante uma infecção, surgindo 
na circulação na medida em que a infecção progride 
no organismo. 
 Os testes rápidos, distribuídos pelo Ministério da 
Saúde, são capazes de detectar os anticorpos IgM, 
IgG e IgA, por isso, neste curso Telelab focaremos 
nessas classes de anticorpos 
 A IgM é a principal imunoglobulina da resposta 
primária aos antígenos, isto é, produzido quando o 
organismo detecta pela primeira vez aquele 
antígeno. É a primeira classe de anticorpo que surge 
e caracteriza a fase aguda de uma infecção. 
 Os anticorpos IgG aparecem em maior quantidade 
e podem permanecer circulando indefinidamente. 
É o anticorpo mais importante da resposta imune 
secundária e possui memória específica e 
duradoura contra determinado antígeno. É o único 
anticorpo que, na gestante, é capaz de atravessar a 
placenta, conferindo imunidade passiva ao feto. 
 A IgA é principal imunoglobulina encontrada em 
secreções como saliva, lágrima,leite materno e 
mucos. É transmitida da mãe para o filho, através 
da amamentação 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem em Saúde Coletiva III 
6 
 
EXATIDÃO X PRECISÃO 
 Exatidão indica o quanto o valor que se obteve 
numa análise está próximo do valor real e a 
precisão mostra a reprodutibilidade do método. 
 A precisão se concentra em oferecer um dado sobre 
determinada fórmula ou solução, com resultados 
mais próximos uns dos outros. Nesse caso, a 
precisão expõe uma comparação entre vários 
resultados, que serve para conferir se o 
instrumento utilizado realmente consegue 
reproduzir um resultado por meio da medição feita 
anteriormente. 
 Um equipamento descalibrado, por exemplo, pode 
repetir sempre o mesmo erro dando resultados 
precisos, porém inexatos. 
SENSIBILIDADE X ESPECIFICIDADE 
 Sensibilidade e especificidade diagnósticas 
referem-se à capacidade do teste em diferenciar 
um indivíduo com determinada infecção ou 
condição clínica daqueles que não têm a infecção 
ou condição clínica 
 Sensibilidade de um teste define a proporção de 
pessoas com a infecção que apresentam resultado 
reagente. 
 Os testes com alta sensibilidade são importantes 
ferramentas para a triagem diagnóstica porque 
apresentam baixas taxas de resultados falso-não 
reagente. 
 A probabilidade de o resultado de um teste ser 
verdadeiro é dada pelo valor preditivo do teste (VP) 
e pode ser: 
o Valor Preditivo Positivo (VPP): 
porcentagem de indivíduos com um 
resultado reagente e que são portadores 
de uma doença ou condição. 
o Valor Preditivo Negativo (VPN): 
porcentagem de indivíduos com um 
resultado não reagente e que não são 
portadores de uma doença ou condição 
 Incidência: Número total de casos novos de uma 
infecção ou doença existentes na população de um 
local em determinado período de tempo. 
 Prevalência: Número total de casos novos e antigos 
de uma infecção ou doença existentes na 
população de um local em determinado período de 
tempo. 
 Os testes para triagem e diagnóstico disponíveis no 
mercado, atualmente, apresentam valores de 
sensibilidade e especificidade próximos a 100%. 
ABORDAGEM AO USUÁRIO NO TESTE RÁPIDO 
 Profissionais da saúde devem conhecer os fatores 
que podem interferir na leitura e na interpretação 
dos resultados dos TR. 
 A fase pré-teste refere-se às situações que 
antecedem a execução do teste e é específica para 
cada infecção investigada. Essa fase deve ser 
conduzida com o rigor técnico necessário para 
garantir segurança à pessoa sendo testada e ao 
resultado. 
 Receba a pessoa com simpatia e cordialidade e 
cumprimente-a chamando-a pelo nome que está na 
requisição e, quando for o caso, pelo nome social. A 
pessoa deve sentir-se confortável para esclarecer 
suas dúvidas tanto sobre os procedimentos que 
serão realizados, como dos eventuais 
encaminhamentos. 
 Reafirme o caráter voluntário da testagem e 
esclareça à pessoa que o atendimento é sigiloso. 
 Assegure a privacidade do (a) usuário (a) durante a 
entrevista e a testagem. 
 Quando se tratar de criança (0 a 12 anos 
incompletos), a testagem e a entrega dos exames 
anti-HIV devem ser realizadas exclusivamente com 
a presença dos pais ou responsáveis legais. 
 Quando se tratar de adolescente (12 a 18 anos), 
após uma avaliação de suas condições de 
discernimento, fica restrita à sua vontade a 
realização do exame, assim como a revelação do 
resultado a outras pessoas. Isso significa que, se o 
adolescente assim desejar, e se for constatado que 
ele está em condições físicas, psíquicas e 
emocionais de receber o resultado do exame, a 
testagem poderá ser realizada mesmo sem a 
presença dos responsáveis legais 
FALANDO SOBRE O TESTE 
 É importante que você, profissional de saúde, tenha 
conhecimento a respeito de algumas informações 
sobre o teste, para que possa dar um diagnóstico 
seguro. 
 Tipos de amostras utilizadas nos TR: Os testes 
rápidos para HIV, HBV, HCV e sífilis distribuídos pelo 
Ministério da Saúde estão disponíveis nas versões 
usando amostras de sangue total obtido por 
punção digital – eventualmente podem ser 
Ranin Lena Lima – Enfermagem em Saúde Coletiva III 
7 
 
executados em amostras de soro ou plasma, obtido 
a partir de sangue coletado por punção venosa. 
Para o HIV, alguns testes podem ser realizados com 
amostras de fluido oral (FO). 
 Informações à pessoa sendo testada - Procure 
informar à pessoa sobre os procedimentos que 
serão realizados. Explique: 
o Como será feita a coleta da amostra – se por 
punção digital, punção venosa ou com um 
swab para coleta do fluido oral; 
o Como funciona o teste, quanto tempo levará 
até sair o resultado. 
o Permita que o (a) usuário (a) esclareça suas 
dúvidas nesse momento. 
o Informe ainda que, durante a testagem 
rápida, talvez seja necessário realizar mais de 
uma punção digital ou até mesmo uma 
punção venosa, para a repetição do teste ou, 
ainda, para a realização de outros testes. Isso 
evitará que a pessoa fique insegura quanto ao 
seu desempenho técnico. 
o Explique sobre a necessidade de seguir os 
fluxogramas definidos pelo Ministério da 
Saúde até a definição do diagnóstico. 
o Deixe claro ao(à) usuário(a) que os testes 
iniciais para a investigação da infecção pelo 
HIV, HCV e sífilis são capazes de detectar 
anticorpos produzidos pelo organismo como 
resposta à infecção causada pelo agente 
infeccioso. Se o teste a ser realizado for o 
teste rápido para hepatite B, esclareça que 
será detectado um antígeno (HBsAg). 
o Verifique se a pessoa teve algum tipo de 
exposição de risco recentemente e explique o 
que é janela diagnóstica. 
o Em caso de exposição recente, evidencie a 
importância de a pessoa exposta retornar 
para fazer o teste no período adequado, ou 
seja, após 30 dias. 
 Janela diagnóstica: O período de janela diagnóstica 
é o tempo decorrido entre o contágio e o 
aparecimento ou detecção de marcadores da 
infecção, seja ele antígeno ou anticorpo (no caso de 
anticorpo, também podemos chamar de janela 
imunológica). A duração desse período é de, 
aproximadamente, 30 dias. Durante a janela 
diagnóstica, o teste pode apresentar resultado não 
reagente, mesmo se a pessoa estiver infectada. 
 
ABORDAGEM NA PRÉ-TESTAGEM PARA AS 
HEPATITES VIRAIS 
 Pergunte se a pessoa já é vacinada para hepatite B. 
 Informe que pode haver resultados falsos 
reagentes nos testes que detectam o antígeno de 
superfície do HBV (HBsAg) em um período de até 21 
dias após a vacinação. 
 Caso a pessoa nunca tenha sido vacinada, ofereça a 
vacina ou informe qual é o serviço mais próximo 
para a vacinação. 
 Ressalte também que, para a prevenção das 
hepatites virais, além de práticas sexuais seguras, é 
preciso considerar o não compartilhamento de 
objetos de higiene pessoal, como: escovas de 
dente, alicates de unhas, bem como lâminas de 
barbear ou de depilação. 
 A maior parte das pessoas infectadas pelo HCV 
concentra-se na faixa etária acima dos 40 anos. Por 
isso o teste deve ser preferencialmente ofertado 
para pessoas dessa idade 
ABORDAGEM NA PRÉ-TESTAGEM PARA A SÍFILIS 
 Pergunte se a pessoa alguma vez já realizou o teste 
para sífilis, se já teve algum resultado reagente e se 
já fez algum tratamento para essa infecção. 
 Faça as mesmas perguntas a respeito da pessoa ou 
das pessoas com quem ela manteve contato sexual. 
 Se a pessoa testada for uma mulher, pergunte se 
está grávida, se tem filhos, se está fazendo ou se fez 
acompanhamento pré-natal em gestações 
anteriores e se realizou os testes recomendados. 
 Esclareça que o teste rápido para sífilis detecta 
anticorpos que podem ser de uma infecção atual ou 
de infecções anteriores. 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem em Saúde Coletiva III 
8 
 
ABORDAGEM NA PRÉ-TESTAGEM PARA O HIV 
 Pergunte se a pessoa teve uma exposição de risco 
nas últimas 72 horas. Nesses casos, informe que 
existe no Brasil o protocolo para Profilaxia Pós-
Exposição (PEP) 
 Encaminhe a pessoa para uma unidade de saúde 
onde aPEP esteja disponível. 
 O tratamento dura 28 dias e a pessoa exposta deve 
ser acompanhada, por 90 dias, pela equipe de 
saúde. 
COMO PROCEDER NO PÓS-TESTE 
 Um dos objetivos essenciais desta etapa é apoiar o 
(a) usuário (a), que vivencia situações de risco 
acrescido no fortalecimento de práticas mais 
seguras para não se infectarem, ou na adesão ao 
tratamento no caso de resultado reagente. 
 Para tanto, o serviço ou o projeto de base 
comunitária deve ter uma equipe com profissionais 
de saúde preparados para realizar a entrega do 
resultado, oferecer aconselhamento e fazer os 
encaminhamentos necessários. Portanto é 
necessário conhecer o fluxo de serviços de saúde de 
sua região. 
 Informe que o tratamento é gratuito pelo SUS, bem 
como todo o acompanhamento e monitoramento 
médico. 
 Oriente sobre estratégias de redução de danos e 
valorize a prevenção 
 Resultado não reagente: 
o Um resultado não reagente indica que o 
teste não detectou o antígeno e (ou) 
anticorpo na amostra testada. No entanto, 
não exclui definitivamente que o indivíduo 
esteja infectado. 
o Lembre à pessoa da existência da janela 
diagnóstica, reforçando que, se persistir a 
suspeita da infecção, o teste deverá ser 
repetido após 30 dias. 
o Lembre-se de que um resultado não 
reagente não significa imunidade. Oriente 
sobre as medidas de prevenção, a fim de 
evitar futuras exposições de risco, e 
esclareça que realizar apenas a testagem 
não evitará a transmissão de IST em novas 
exposições. 
o Reforce a importância de todas as pessoas 
receberem as três doses da vacina para 
hepatite B. 
o Atenção: se a pessoa teve uma exposição 
de risco recente (até 72h), encaminhe-a 
para realizar o protocolo da Profilaxia Pós-
Exposição (PEP) para HIV. Tenha em mãos 
as informações sobre onde o paciente 
pode encontrar esse serviço em sua cidade 
 Resultado reagente: 
o É fundamental que o profissional de 
saúde, esteja preparado para esclarecer 
que outros testes serão realizados para 
confirmar o diagnóstico e que existe 
tratamento disponível pelo SUS para os 
agravos pesquisados (HIV, HBV, HCV e 
sífilis). 
o Faça os devidos encaminhamentos para 
que a pessoa receba todos os cuidados e 
as orientações necessárias para a 
aceitação e adesão ao tratamento, quando 
for o caso. 
o Utilize a palavra reagente para informar o 
resultado do teste. Dizer que um teste tem 
resultado “positivo” é inadequado. 
o Esclareça que este é um teste inicial e que 
há a necessidade de um segundo teste 
para a determinação do diagnóstico, 
conforme fluxogramas estabelecidos pelo 
Ministério da Saúde. 
o É importante informar sobre a realização 
dos testes para as parcerias 
 Resultado reagente para HIV: 
o Se o primeiro teste rápido para HIV for 
reagente, deverá ser realizado um 
segundo teste rápido, de um fabricante 
diferente. Se o resultado do segundo teste 
também for reagente, o usuário será 
encaminhado à unidade de saúde onde 
serão requisitados outros exames 
complementares, como o teste molecular 
para quantificação de carga viral. 
o Ao informar um resultado reagente, o 
profissional deve demonstrar interesse 
pelos sentimentos da pessoa e 
disponibilidade para esclarecer suas 
dúvidas. 
o Deve ainda ressaltar a importância do 
acompanhamento médico, laboratorial, 
psicossocial e da adesão plena ao 
tratamento para o controle da infecção 
o Nos casos em que os dois testes rápidos 
apresentarem resultados discordantes, 
coleta-se uma nova amostra e repete-se a 
Ranin Lena Lima – Enfermagem em Saúde Coletiva III 
9 
 
testagem para verificar se houve erro de 
execução. 
o Persistindo a discordância, uma amostra é 
coletada por punção venosa e 
encaminhada a um laboratório de 
referência do município ou do estado 
o Quando isso não for possível, a pessoa será 
encaminhada a um serviço de saúde ou 
deverá ser testada, novamente, após 30 
dias 
 Resultado reagente para hepatites virais: 
o Lembre-se de que um resultado reagente 
no teste rápido para hepatite C indica 
contato prévio com o vírus. Para identificar 
uma infecção pelo HCV, é preciso realizar 
um teste molecular (carga viral). 
o No teste rápido para hepatite B, um 
resultado reagente indica a presença do 
HBsAg no indivíduo, sugerindo infecção 
pelo HBV. Informe que serão necessários 
outros testes para estabelecer o 
diagnóstico e a conduta correta a ser 
seguida pelo médico. 
o Nos locais sem condições para tratamento 
e acompanhamento das infecções, a 
pessoa deverá ser encaminhada ao serviço 
de saúde mais próximo, mesmo que não 
apresente sinais ou sintomas da doença, 
uma vez que portadores, mesmo 
assintomáticos, podem evoluir para 
doença grave. 
o Portadores do vírus podem transmitir a 
infecção, por isso, os comunicantes 
também devem ser testados para hepatite 
B: 
 Filhos nascidos de mãe HBsAg 
reagente 
 Parcerias ou contatos sexuais 
 Pessoas que compartilham objetos 
de uso pessoal 
 Usuários de drogas que 
compartilham seringas, agulhas, 
canudos, cachimbos, entre outros 
 Resultado reagente para sífilis: 
o O teste rápido para sífilis, distribuído pelo 
Ministério da Saúde, detecta anticorpos 
do tipo treponêmico. O resultado reagente 
indica que a pessoa foi exposta ao agente 
causador da sífilis pelo menos uma vez na 
vida, mas não necessariamente que esteja 
com sífilis no momento da realização do 
teste. 
o Portanto, informe que se trata de um teste 
inicial e que é necessária a realização de 
testes complementares para definir o 
diagnóstico, conforme está determinado 
nos fluxogramas recomendados pelo 
Ministério da Saúde 
SITUAÇÕES QUE PODEM INTERFERIR NO 
RESULTADO DO TESTE 
GRAVIDEZ 
 Este grupo necessita de atenção especial. É 
importante que a grávida tenha conhecimento de 
seu próprio estado sorológico, pois estão 
disponíveis protocolos específicos, a serem 
adotados em todos os serviços, para prevenir a 
transmissão vertical de IST 
 Resultados falsos reagentes para diversas infecções 
têm sido observados em mulheres durante a 
gestação. As causas são desconhecidas, mas o MS 
tem recomendações para o diagnóstico da infecção 
do HIV em gestantes no manual técnico para o 
diagnóstico da infecção pelo HIV. 
 O diagnóstico precoce e a instauração do 
tratamento adequado e oportuno do HIV, da sífilis 
e das hepatites virais, durante a gravidez, levam à 
prevenção da transmissão vertical, o que deve ser 
valorizado em todos os níveis de atenção 
VACINAÇÃO 
 Estudos indicam que as vacinas contra influenza 
(vacina da gripe), tétano, raiva, entre outras, 
podem gerar resultados falsos reagentes para HIV e 
hepatite C. 
 Esses resultados transitórios, algumas vezes, são 
consequência de reatividade cruzada induzida pela 
vacina, permanecendo por um período entre 2 e 6 
meses após a vacinação 
MEDICAMENTOS 
Alguns medicamentos podem interferir nos resultados do 
teste rápido. Por exemplo, pessoas que tomam 
antirretrovirais podem apresentar resultados falsos não 
reagentes em testes para detecção da infecção pelo HIV. 
Portanto, é importante, antes de realizar o teste, verificar o 
histórico de tratamento de doenças. 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem em Saúde Coletiva III 
10 
 
AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE 
 AEQ é um programa do Ministério da Saúde para 
avaliar o desempenho do operador de testes 
rápidos, no qual são distribuídos painéis de 
materiais para os serviços que executam TR, no 
Brasil e que, usando a mesma metodologia, 
deverão alcançar o mesmo resultado 
 Desse modo, cada pessoa que executa testes 
rápidos, poderá ter a avaliação sigilosa de seu 
desempenho, analisar suas dificuldades e procurar 
corrigir suas falhas para melhorar os seus 
resultados 
 Participar da AEQ-TR confere acreditação para o 
profissional e sua instituição. 
 A AEQ permite que o executor conheça as suas 
dificuldades e assim melhore os resultados, nos 
casos em que a avaliação de desempenho não seja 
excelente. 
 Informar os problemas percebidos na sua rotina 
contribui paraque soluções sejam encontradas e 
compartilhadas com outros profissionais da saúde 
que executam testes rápidos. 
 Os fatos relatados poderão servir de subsídio para 
a tomada das medidas cabíveis quando forem 
identificados problemas no desempenho de um 
conjunto diagnóstico. 
PREVENINDO ERROS NA EXECUÇÃO DE MAIS DE 
UM TESTE RÁPIDO A PARTIR DE UMA MESMA 
PUNÇÃO DIGITAL 
 Antes de iniciar qualquer procedimento, verifique 
quantos testes serão realizados naquela pessoa 
para planejar suas ações. 
 Recomenda-se iniciar pelo teste que necessita de 
maior volume de amostra. 
 
1. Inicie organizando sua área de trabalho e assegure-
se de que dispõe de todos os materiais necessários 
para a realização dos testes e que eles estejam 
dispostos na sequência de utilização. Em todos os 
locais onde se faz a coleta de sangue existe o risco 
de contaminação com agentes infecciosos, 
portanto é imprescindível utilizar os equipamentos 
de proteção individual como jaleco e luvas 
descartáveis. 
2. Abra a embalagem do dispositivo do primeiro teste 
a ser executado e identifique-o com as iniciais do 
nome da pessoa. Mantenha os demais testes 
fechados até o momento de sua utilização porque a 
membrana contida no dispositivo do teste já aberto 
e exposto a um ambiente inadequado pode sofrer 
hidratação ou ressecamento. 
3. Antes de iniciar a coleta, sempre que possível, peça 
para o usuário que higienize as mãos; Se a mão do 
usuário estiver muito fria, faça uma massagem 
delicada no sentido do punho para os dedos para 
aquecê-la. Escolha preferencialmente a ponta do 
dedo médio, anelar ou indicador e faça a punção. 
Colete o sangue, evitando a formação de bolhas. A 
presença de bolhas de ar na pipeta coletora altera 
o volume da amostra. Os testes rápidos para HIV, 
hepatites virais e sífilis podem utilizar volumes 
diferentes de sangue, portanto, cada conjunto 
diagnóstico disponibiliza uma pipeta específica que 
permite coletar o volume correto para aquele teste. 
Use sempre a pipeta fornecida no kit. 
4. Enquanto aguarda a próxima coleta, nessa mesma 
punção, cubra delicadamente a área puncionada 
com gaze ou algodão sem pressionar o local e peça 
à pessoa que espere com a mão abaixo da altura do 
cotovelo. 
 
5. Aplique a amostra já coletada no poço do 
dispositivo de teste. Jamais bata a ponteira do 
coletor na membrana do dispositivo, pois esta pode 
se romper ou ser perfurada, afetando o resultado 
do teste. 
6. Acrescente o tampão correspondente ao teste. A 
troca de tampão promove falsos resultados. 
Lembre-se também que se houver demora na 
aplicação do tampão, o sangue pode coagular no 
poço do dispositivo. A presença de coágulos pode 
causar entupimento dos microporos da membrana 
do dispositivo de teste, dificultando ou até 
impedindo a corrida da amostra, podendo gerar 
resultados falso-negativos. 
7. Marque o tempo de espera do primeiro teste. Após 
marcar o tempo de espera do primeiro teste, pode-
se iniciar o teste seguinte. 
 
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PARA REALIZAR O SEGUNDO TESTE COM AMOSTRA 
COLETADA DESSA MESMA PUNÇÃO 
8. Abra a embalagem do dispositivo do segundo teste 
e identifique-a com as iniciais do nome da pessoa. 
9. Limpe o local da punção com gaze ou algodão seco, 
assegurando-se de que foi removido todo o sangue 
aparente do dedo. Lembre-se que a coagulação do 
sangue, no local da punção, poderá iniciar no 
tempo de espera entre uma coleta e outra e a 
presença de coágulos pode gerar resultado falso 
negativo. 
10. Faça uma ordenha delicada na mão e no dedo 
puncionado para que brote uma nova gota de 
sangue, livre de coágulos. Evite espremer ou 
massagear o dedo puncionado com muita força. 
Nesses casos, outros líquidos corporais podem se 
misturar ao sangue, diluindo a amostra 
11. Colete o sangue da segunda amostra com a pipeta 
específica do segundo teste e evite a formação de 
bolhas para não alterar o volume. 
12. Aplique a amostra no poço indicado do dispositivo 
de teste e coloque o tampão. 
13. Marque o tempo de espera do segundo teste 
14. Após a coleta, limpe e cubra a área da punção com 
algodão ou gaze. Se não for realizar mais nenhum 
teste, solicite à pessoa que pressione levemente 
esse material sobre o local para interromper o 
sangramento. 
 
 Essas orientações sobre a coleta de sangue para 
mais de um teste rápido, na mesma punção digital, 
devem ser seguidas rigorosamente 
 Se as condições mencionadas não forem atendidas, 
puncione um segundo dedo para fazer a coleta de 
sangue para o terceiro ou quarto testes. Não é 
recomendado realizar mais de duas punções 
digitais na mesma pessoa. 
 Quando houver solicitação de testes para HIV, sífilis 
e hepatites B e C para uma mesma pessoa, e ela não 
se sentir confortável com a punção digital, avalie a 
possibilidade de que a amostra seja coletada por 
punção venosa, ocasionando, desse modo, menos 
desconforto para a pessoa testada e prevenindo 
contra a utilização de uma amostra que pode ser 
inadequada 
 A amostra coletada por punção venosa é o sangue, 
porém, dependendo do exame a ser executado e do 
tratamento que se dá a essa amostra, é possível 
obter sangue total, plasma ou soro e deverá ser 
realizada por profissional capacitado e que dispõe 
de infraestrutura adequada. 
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADO DE TR 
REAGENTE PARA HIV-2 
 Existem duas espécies de HIV: o HIV-1, que é o mais 
disseminado pelo mundo e o HIV-2, que é 
encontrado quase que exclusivamente no Oeste da 
África e parece ser menos patogênico que o HIV-1. 
 A distinção entre HIV-1 e HIV-2 é fundamental para 
a administração correta do tratamento. 
 Alguns testes rápidos utilizados como testes iniciais 
para detectar a infecção pelo HIV são capazes de 
diferenciar a presença de anticorpos contra o HIV-1 
e de anticorpos contra o HIV-2. 
 Esses testes apresentam, na área de leitura, 
antígenos fixados na membrana de nitrocelulose, 
em duas linhas (T1 e T2), onde se lê o resultado da 
amostra testada, além da área de controle (C), cuja 
visualização é indispensável para a validação do 
teste. As linhas T1 e T2 serão visíveis nos casos de 
resultado reagente para HIV-1 (T1) ou HIV-2 (T2). 
 A infecção pelo HIV-2 é rara no Brasil. A dupla 
infecção, por HIV-1 e HIV-2, ou seja, o aparecimento 
das linhas T1 e T2 na área de leitura do mesmo TR é 
ainda mais raro. Na maioria das vezes, isso é 
causado por reatividade cruzada, em função da 
semelhança existente entre as proteínas do HIV-1 e 
do HIV-2 
 Nas situações em que qualquer um dos testes 
rápidos apresente resultado reagente para HIV-2, 
uma amostra de sangue obtida por punção venosa 
deverá ser encaminhada ao laboratório de 
referência municipal e/ou estadual e ser submetida 
a um dos fluxogramas propostos para laboratório. 
ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A EXECUÇÃO DOS 
TESTES RÁPIDOS 
 Sempre que possível, faça o teste na presença da 
pessoa, prevenindo dessa forma uma eventual 
troca de amostras. 
 Só utilize a pipeta coletora fornecida pelo 
fabricante do teste específico que está sendo 
realizado, mesmo que tenha preferência por outro 
tipo de coletor. 
 Espere o sangue coletado descer naturalmente 
para o poço e jamais bata a pipeta na membrana do 
dispositivo de teste. Perfurar ou danificar essa 
membrana afeta e até inviabiliza o resultado 
 Nunca pingue o sangue diretamente do dedo no 
dispositivo de teste. 
 Tome muito cuidado para não misturar frascos de 
tampões de testes diferentes. No TR, as reações 
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somente irão ocorrer adequadamente com o seu 
tampão específico. 
 Observe o tempo estabelecido pelo fabricante para 
fazer a leitura dos resultados do teste. 
 Fazer a leitura do teste após o tempo determinado 
pelo fabricante inviabiliza o resultado. 
 Não faça adaptações utilizando materiais 
provenientes de caixas diferentes. Quando acabar 
qualquer item de uma caixa de testes, não 
improvise! 
 Descarte as sobras einicie seu trabalho com uma 
caixa nova e completa.

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