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25/10/2021 18:50 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/26
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DE FINANÇAS PÚBLICAS
AULA 1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Fabrício Ramos Neves
25/10/2021 18:50 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/26
CONVERSA INICIAL
Caro aluno, nesta disciplina vamos apresentar assuntos interessantes que impactam a nossa vida.
Você é nosso convidado para refletir sobre temas que dizem respeito à gestão das finanças públicas.
Vamos lá?
Começamos com uma pergunta: quando começa a nossa relação com o setor público? Bem, o
setor público está associado à prestação de serviços pelo Estado, aos cidadãos de um país. Desde o
momento em que acordamos, nos relacionamos com diversos serviços prestados pelo Estado, de
forma direta ou indireta: ao acordar, ligamos o interruptor para iluminar a casa, vamos tomar banho,
escovar os dentes, fazer e tomar café da manhã e nos preparamos para sair (para o trabalho ou para
os estudos). Depois, pegamos o transporte público ou nosso veículo próprio e chegamos ao nosso
destino matinal. Consegue perceber quando começa a nossa relação com o setor público?
CONTEXTUALIZANDO
Em todas essas atividades, o Estado está envolvido: na produção própria ou na concessão de
energia elétrica; no fornecimento de água encanada e no saneamento básico; no transporte público
ou mesmo na construção e manutenção das vias públicas. Com o entendimento de como funciona o
Estado, de como as decisões públicas são definidas e de como as finanças públicas afetam a situação
econômica e social das empresas e pessoas, esperamos que você possa também entender e
participar das decisões políticas do País de forma mais consciente.
Nas aulas seguintes, vamos discutir os aspectos gerais da Administração Pública e seus
princípios, apresentar algumas teorias, entender de que forma os governos podem alocar seus
recursos, como podem ser organizados os orçamentos e suas fontes normativas.
A intenção é que, ao final das nossas aulas, você veja as questões de finanças públicas com
outros olhos.
25/10/2021 18:50 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/26
TEMA 1 – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E PRINCÍPIOS DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Definir conceitualmente a Administração Pública não é uma tarefa das mais fáceis, dada a sua
complexidade e amplitude de atividades em que ela se faz presente em nosso cotidiano. Procuro ser
o mais sucinto possível, mas sem deixar de apresentar as ideias básicas para a evolução do
pensamento em relação ao assunto.
Bobbio, Mattteucci e Pasquino (1986, p. 10), afirmam que “a expressão Administração Pública
designa o conjunto das atividades diretamente destinadas à execução concreta das tarefas ou
incumbências consideradas de interesse público ou comum, numa coletividade ou organização
estatal”.
No nosso bate-papo inicial, começamos mostrando que a nossa relação com o Estado está em
praticamente todos os níveis. Temos, de forma direta ou indireta, a participação do Estado na nossa
vida. Dessa maneira, é possível pensar que o sentido da Administração Pública está relacionado à
totalidade de serviços e entidades ligadas ao Estado que buscam satisfazer o bem de uma
coletividade (Meirelles, 2004).
Assim, a Administração Pública não pode se confundir apenas como uma função administrativa,
pois é mais ampla e se refere ao Estado de maneira geral. Por exemplo, o juiz (representante do
poder judiciário) emite, além do julgamento legal, uma série de atos administrativos relacionados aos
servidores que estão no seu órgão — o que nos parece ser bem simples. Se pensamos na realização
de obras públicas como estradas, hidrelétricas, ferrovias, portos ou aquelas relacionadas ao
provimento de serviços de educação, da saúde da população ou o apoio à ciência e tecnologia, a
Administração Pública se torna bem mais complexa. Para Meirelles (1993, p. 56-61), “a Administração
é o instrumental de que dispõe o Estado para pôr em prática as opções políticas de governo”.
Para realizar suas atividades, o Estado pode agir sendo:
unitário ou centralizado;
federativo ou descentralizado.
No formato unitário, prevalece uma gestão centralizada tanto política quanto administrativa; no
segundo formato, o Estado Federativo — como no caso do Brasil de hoje — possui autonomias que
lhes são próprias, dividindo responsabilidades de atuação, não sendo suas competências
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(administrativas, legislativas e políticas) diminuídas ou mesmo unilateralmente retiradas pelo poder
central, como em um Estado Centralizado.
No Brasil, a Administração Pública pode ser organizada tanto por uma administração direta
quanto indireta. No nível da União, a administração direta inclui os serviços desempenhados pelos
seus Ministérios. A administração indireta (ou administração descentralizada) inclui as diversas
autarquias (como as Universidades Federais), fundações públicas (como a Funai), sociedades de
economia mista (como o Banco do Brasil) e empresas públicas (como a Caixa Econômica Federal) que
desempenham diversos serviços públicos. O Decreto-Lei n. 200/1967, que trata sobre a organização
da Administração Federal, define que as entidades da Administração Direta possuem personalidade
jurídica e patrimônio próprios. Mas para realizar suas atividades, tanto a administração direta quanto
a indireta devem seguir os normativos legais e seus princípios para a realização de suas atividades
públicas. Esse ordenamento está bem definido no art. 37 da Constituição Federal de 1988.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 19, de 1998) (Brasil 1988)
1.1 PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Existe uma formação de palavras muito antiga, verdadeiro clássico do Direito Administrativo e
usada muito por quem estuda para concursos, para não esquecer os princípios expressos na CF.
Lembre-se: LIMPE (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência).
Um aspecto que deve ficar bem claro é que o disposto no art. 37 da CF/88 apresenta apenas
uma pequena lista dos princípios que estão explícitos na Constituição. Existem outros princípios que
não estão expressamente indicados na Constituição, mas que podem ser extraídos da leitura de
outros artigos contidos ao longo da sua leitura, como, por exemplo, os princípios da motivação,
proporcionalidade, razoabilidade, segurança jurídica, supremacia do interesse público, continuidade
dos serviços públicos, entre outros.
Não existe hierarquia na aplicação dos princípios. Todos têm de ser respeitados durante a
atividade do agente público, sejam princípios expressos ou implícitos. O ato deve ser ao mesmo
tempo praticado de acordo com a lei, com impessoalidade e moralidade; corretamente divulgado,
eficiente, dentro dos seus limites (razoável e proporcional); e sempre justificado.
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Assim, todo agente público deve obedecer aos princípios expressos e implícitos na Constituição.
Qualquer violação a um desses princípios pode significar a nulidade do ato do agente público, por
isso é importante conhecer esses princípios.
1.2 PRINCÍPIOS EXPRESSOS
1.2.1 Legalidade
Esse é um dos principais princípios que regem que o agente público somente pode fazer aquilo
que a lei determina ou autoriza. Exige que o administrador e o agente público pautem-se sempre
pela Lei. Esse princípio, para o agente público, é a legalidade expressa do art. 37 da CF/88, que exige
que os seus atos estejam estritos à lei. Ao contrário, de maneira geral, para o cidadão comum, o
princípio da legalidade está relacionado ao definido no art. 5º, inciso II da CF/88, que informa que
ninguém será obrigado a fazerou deixar de fazer algo, senão em virtude de lei. Enquanto para o
particular é legal fazer o que não está proibido expressamente em lei, para a Administração Pública
só é legal fazer aquilo que a lei determina.
1.2.2 Impessoalidade
A atuação da Administração Pública não pode ter cunho pessoal. O agente público não pode,
em nenhuma situação, oferecer tratamento diferenciado, visando privilegiar quaisquer pessoas. Esse
princípio também tem por objetivo evitar que o agente público (sendo o gestor ou o servidor)
pratique ato com finalidade diferente daquela determinada em lei. O interesse público deve ser
sempre buscado com a realização dos seus atos. Por exemplo, um agente público pode querer evitar
a divulgação de notícias que possam lhe prejudicar, seja um governante, que busca a manutenção no
cargo eletivo, ou um agente público, para evitar um processo administrativo. Mas esse é um interesse
individual, que não pode ser confundido com o interesse público, que rege a publicidade dos atos de
toda administração e de todos que nela estão.
Existem vários dispositivos que decorrem do princípio da impessoalidade, como a
obrigatoriedade de realização de concursos, o pagamento por meio de precatórios, a exigência de
procedimento licitatório antes da realização de contratos etc.
O parágrafo 1º do art. 37 da Constituição Federal apresenta proibições de preferência de nome,
símbolos ou imagens que possam caracterizar promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos na publicação de atos, programas, serviços, obras ou campanhas promovidas pelos órgãos
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públicos. Esse dispositivo também decorre da impessoalidade, que deve nortear a administração. As
ações ou atos governamentais não são do agente, e sim da Administração; o agente público pratica o
ato em nome do Estado naquele momento da realização. Assim, se o administrador pretende utilizar
sua função para a promoção individual, violará o princípio da impessoalidade e, portanto, estará
sujeito à ação de improbidade administrativa, fora outros crimes.
O texto da Súmula Vinculante n. 13 do STF vedou
a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o
terceiro grau, inclusive da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido
em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de
confiança ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta em qualquer
dos poderes da união, dos estados, do distrito federal e dos municípios, compreendido o ajuste
mediante designações recíprocas, viola a constituição federal. (Brasil, 2008)
1.2.3 Moralidade
Hoje, esse princípio tem autonomia própria, mas no passado um ato imoral somente era
considerado como ilegal quando violava a legalidade. Houve uma evolução e o ganho de autonomia.
A moralidade hoje exige que a conduta praticada por qualquer agente público seja pautada de
acordo com a ética, o bom senso, os bons costumes e, principalmente, a honestidade.
O ato administrativo não deve ser apenas legal, mas também deve atender às questões morais e
éticas da própria instituição em que o agente público trabalha. Atualmente, não basta o agente
público atuar de acordo com a lei, mas também que seja honesto. Como exemplo de atos imorais,
temos o uso de máquinas em benefício próprio ou qualquer outro tipo de vantagem.
A moralidade administrativa constitui importante peso na atuação de qualquer agente público,
pois é pilar de validade de todo ato administrativo. Moralidade administrativa significa observar os
padrões de comportamento da Administração Pública.
1.2.4 Publicidade
Publicidade é o dever que todo agente público tem em relação à transparência da
Administração Pública, pois a sua atuação deve ser transparente. Essa é a regra. O atendimento ao
princípio da publicidade é condição básica que o ato tenha eficácia, pois este só terá condição de
produzir os seus efeitos se houver a divulgação pelo órgão oficial, quando exigido por lei.
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Por exemplo, a Lei n. 8.112/1990 (que trata do Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da
União) dispõe que o início do exercício de cargo em função de confiança e a aposentadoria
voluntária serão coincidentes com a data de publicação do ato que dispõe sobre o assunto. Nesses
casos, exige-se a publicação no órgão oficial, para que o ato inicie a sua produção legal de efeitos. O
mesmo acontece com os contratos administrativos. A Lei n. 8.666/1993 (Lei de Licitações) rege a
publicação resumida do instrumento contratual na imprensa oficial como condição para sua eficácia.
Saiba Mais
Publicidade é diferente de publicação. Publicação significa a divulgação de atos na imprensa
oficial. A publicação é uma forma de publicidade, mas princípio da publicidade é muito mais que
publicação de atos. A publicidade pode ser restringida quando houve motivo de segurança da
sociedade ou do Estado; ou em casos de proteção à intimidade ou privacidade.
1.2.5 Eficiência
Esse princípio possui como base a observância de que a atividade da administração pública seja
exercida com presteza, qualidade e de forma econômica. Esse princípio foi acrescido de forma
expressa na CF, com a Emenda Constitucional n. 19/1998 (antes era apenas implícito). A Emenda
Constitucional n. 45/2004 inseriu, no art. 5º, o inciso LXXVII, que “assegura a todos, no âmbito judicial
e administrativo, a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua
tramitação”. O princípio da eficiência então passou a ter um peso constitucional.
1.3 PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS
Veremos agora alguns princípios que estão espalhados de forma implícita pela Constituição.
Lembro que não se restringem a esses, há outros que são discutidos no ambiente jurídico.
1.3.1 Razoabilidade e proporcionalidade
A Administração Pública pode praticar atos com certo grau de liberdade, e o princípio da
razoabilidade e proporcionalidade visa conter os excessos da Administração Pública. São os
chamados atos discricionários, nos quais há uma análise de conveniência e oportunidade para
escolher a conduta mais adequada para determinada situação.
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Nesse sentido, o princípio da razoabilidade procura balizar se os meios e os fins são compatíveis,
de modo a evitar problemas desnecessários ou abusivos praticados pela Administração Pública,
especialmente nos atos discricionários. Trata-se de importante princípio para controlar os atos
discricionários (aqueles atos em que o agente público possui certa liberdade de decisão, tendo em
vista que o legislador não consegue antever todas as situações, e confere ao agente público uma
margem de possibilidade de escolha dentro do que estabelece a lei).
1.3.2 Motivação
O princípio da motivação não quer dizer que o servidor deva estar sempre motivado para
trabalhar. É bom que esteja, mas motivação aqui tem outra definição. Motivação é a justificação com
base nos fundamentos jurídicos que antecedem a prática do ato administrativo.
Saiba Mais
Motivo do ato e sua motivação não se confundem. Significa que, quando a administração
indica os motivos que a levaram a praticar o ato, este só será válido se os motivos forem
verdadeiros. Assim, a validade de um ato depende de sua motivação. Se for apresentada uma
motivação inexistente, falsa ou incompatível com o ato praticado, tratar-se-á de um ato ilegal.
1.3.3 Supremacia do interesse público sobre o interesse particular
O nome do princípio já é o seu conceito. Quando surgir um conflito entre o interesse de um
particular e o interesse da sociedade, deve prevalecer sempre o interesse público. O interesse público
que se sobrepõe ao interesse do particular é o interesse público primário, sendo o interesse da
coletividade.
Saiba Mais
Os princípios podem estar relacionadosentre si ou acabarem se confundindo. Um cuidado
necessário que se deve ter é a análise do caso concreto para a aplicação de um princípio. Por
exemplo, o caso do uso da máquina administrativa por agentes públicos para fins pessoais ou
políticos é considerado ilegal. Nesse caso, podemos acabar usando o conceito da supremacia do
interesse público com o objetivo de invalidar a conduta que, na realidade, está mais relacionada
aos princípios da moralidade e impessoalidade.
25/10/2021 18:50 UNINTER
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TEMA 2 – FINANÇAS PÚBLICAS: DEFINIÇÃO E TEORIA
Durante as aulas, falaremos constantemente que as finanças públicas estão relacionadas à
capacidade de arrecadação de recursos pelo Estado e a utilização dos recursos arrecadados para
procurar atender às necessidades da sociedade. Em outras palavras, quando estamos nos
relacionando às finanças públicas, estamos falando da forma como o Estado trata o gasto (despesas)
e o seu financiamento (receitas). As finanças públicas de um país estão orientadas para a arrecadação
dos tributos, que impõe obrigações à sociedade, retirando dela parte da riqueza produzida pela
nação, para que o Estado possa realizar gastos que se transformem em serviços à essa mesma
sociedade (Matias-Pereira, 2010).
Musgrave (1976, grifo nosso), um dos teóricos mais conhecidos no assunto, complementa ao
mencionar que “finanças públicas é a terminologia que tem sido tradicionalmente aplicada ao
conjunto de problemas da política econômica que envolvem o uso de medidas de tributação e de
dispêndios públicos”.
Como discutimos no início de nossa aula, nos damos conta de que os problemas econômicos do
Setor Público são uma parte do dia a dia da nossa sociedade. A ideia inicial da teoria econômica
defendia que a própria atividade do mercado seria responsável por atender todas as necessidades
dos indivíduos. Essa teoria foi inaugurada por Adam Smith na sua obra A Riqueza das Nações (1776),
que ficou conhecida como teoria clássica da economia.
Outras ideias derivam da obra de Smith, mas a ideia principal, segundo a teoria, indicava que o
próprio mercado teria capacidade de definir e alinhar os preços, alcançar níveis ótimos de emprego e
produzir o máximo de bem-estar a todos. Assim, nasceu a ideia de que haveria uma “mão invisível”
que regularia o mercado e que conduziria a economia ao melhor patamar possível para a
coletividade, sem a necessidade de intervenção do Estado.
Assim, havia um predomínio da ideia de Estado mínimo em relação ao tamanho do Estado e sua
intervenção na economia. Isto é, o governo somente interferiria caso a iniciativa privada não tivesse
interesse em atuar. Por exemplo, se a inciativa privada tivesse interesse em construir estradas,
hospitais e escolas, o Estado não deveria intervir. De forma contrária, se a inciativa privada não
atuasse, aí alguma ação do Estado seria necessária para disponibilizar tais serviços.
25/10/2021 18:50 UNINTER
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Essa teoria clássica parecia se aplicar bem em países que adotavam essa ideia. No entanto, essa
visão acabou mudando na década de 1930, com a chamada Grande Depressão, como ficou conhecida
a forte recessão econômica que atingiu o capitalismo internacional no início da década de 1930. Os
fundamentos da teoria clássica, à época, foram insuficientes para afastar o grande desemprego e o
crescente desequilíbrio que assolou o período de 1930.
John Maynard Keynes, em seu livro The general theory of employment, interest and money (1936),
criou uma teoria para compreender os mecanismos que poderiam determinar os níveis de produção
que pudessem gerar um nível de emprego ótimo com a ajuda do Estado. Dessa forma, demonstrava
a importância que o Estado tinha para compensar eventuais decréscimos no consumo das famílias e
no nível de investimentos das empresas.
Saiba Mais
Há alguns pequenos vídeos no YouTube sobre o evento da crise de 1929. Uma sugestão é
“A Crise de 1929 e o Crash da bolsa de valores”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watc
h?v=PuXyboguY5c>.
Segundo Keynes, sem a intervenção do Estado, a economia acabaria caindo em crises que não
poderiam ser solucionadas sem o auxílio dos governos. Para Keynes, o Estado deveria tomar decisões
sobre o controle da moeda (Política Monetária), do crédito (controle da inflação e juros) e do nível de
investimento. As ideias de Keynes foram os primeiros passos para a entrada do Estado na economia.
Concomitante a essas ideias, outros importantes avanços aconteceram, como as ideias de Richard
Musgrave, a partir da publicação de sua obra A Teoria das Finanças Públicas, em 1959.
Musgrave dizia que as teorias econômicas seriam abordadas de duas maneiras. A primeira delas
era denomina de teoria normativa do setor público, que “procura estabelecer as regras e princípios
que proporcionem uma gestão eficiente da economia pública […], que possuía como base as
condições inicialmente definidas”. A segunda era considerada “uma sociologia da política fiscal”, que
poderia “explicar por que estão sendo seguidas as políticas existentes e prever as que serão seguidas
no futuro”. Isso significava identificar as forças econômicas, políticas, sociais, que influenciam as
decisões do Estado, assim como entender as estruturas das receitas e despesas dos governos.
Para tanto, o Estado financiaria seus gastos por meio de três formas básicas:
https://www.youtube.com/watch?v=PuXyboguY5c
25/10/2021 18:50 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/26
i. recursos provenientes de tributos, produção ou mesmo a receita vinda da prestação de
serviços;
ii. endividamento (por meio de empréstimos externos ou internos);
iii. inflação (emitindo papel moeda para cobrir seus gastos ou retardando pagamento de
fornecedores ou pessoal em contexto inflacionário).
A teoria das finanças públicas é fundamentada nas falhas de mercado, que acabam
representando as necessidades de intervenção do governo para ajustar o mercado, por meio do
estudo de suas funções, tributação e dos gastos públicos.
2.1 FALHA DE MERCADO
As falhas existentes no mercado nos mostram que o mercado sozinho não consegue resolver
todos os problemas de alocação de recursos. A partir do momento em que o mercado não se
consegue mais alocar os recursos para gerar bem-estar a um indivíduo, sem prejudicar outro
indivíduo, ocorre o “ótimo de Pareto”. Ocorre falha de mercado quando alguma dessas três
condições deixa de valer:
preços e/ou concorrência deixam de ser bons reguladores;
mercado pode simplesmente não funcionar ou não ser a forma mais eficiente de alocação de
recursos;
em alguns casos, quando geram sérios riscos para o consumidor.
Para um mercado funcionar bem, precisamos de:
1. Direitos de propriedade bem definidos, em que todos os recursos dos processos produtivos são
de propriedade de alguém, que pode cobrar por seu uso;
2. Informação suficiente e simétrica para ambos os lados da transação de mercado (consumidor e
produtor) que possam comparar alternativas e realizarem trocas;
3. Concorrência com a existência de vários produtores independentes, com produtos
homogêneos e sem barreira à entrada de novos produtores.
2.2 DESEMPREGO E INFLAÇÃO
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O livre mercado nem sempre soluciona problemas de altos níveis de desemprego e da geração
da inflação. Sem a intervenção do Estado, o mercado pode apresentar grandes níveis de desemprego
e inflação. Nesse caso, o governo implanta uma política de manutenção econômica para a
estabilização dos preços e dos empregos. Uma redução do desemprego, quase que de forma
automática, pode aumentar o consumo, o preço se estabiliza, o que garante a produção e
desenvolvimento do sistema econômico.
Saiba Mais
“Acordo permitirá suspensão e redução de jornada e salário em Porto Alegre”. Confira a
matéria completa no Jornal do Comércio. Disponível em: <https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/economia/2021/02/777584-acordo-permitira-supensao-e-reducao-de-jornada-e-salari
o-em-porto-alegre.html>.
2.3 BENS PÚBLICOS
Para entender sobre bens públicos, precisamos distingui-los dos bens privados. Quando eu
estou consumindo um bem que é meu, eu acabo privando o uso de outra pessoa. O mesmo não
ocorre com os bens públicos. O consumo ou o uso de um bem é indivisível. Bens públicos são os
bens consumidos por um indivíduo que não prejudica o potencial de uso ou consumo dos demais
indivíduos, pois todos são beneficiados. Por exemplo, a iluminação pública, a justiça e a segurança
pública. Quando há a ampliação da iluminação pública em uma via, várias pessoas serão
beneficiadas. Assim o Estado intervém, produzindo bens públicos.
2.4 MONOPÓLIOS NATURAIS
A existência de monopólios tende a surgir devido ao ganho de escala que o setor oferece – por
exemplo, petróleo, água, energia. Existem duas formas principais de intervenção do Estado. Em uma
delas, o próprio Estado assume a produção do bem ou serviço; na outra situação, o Estado atua
regulando (através das agências reguladoras) determinadas atividades a fim de impedir cobrança de
preços abusivos aos consumidores.
2.5 EXTERNALIDADES
https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/economia/2021/02/777584-acordo-permitira-supensao-e-reducao-de-jornada-e-salario-em-porto-alegre.html
25/10/2021 18:50 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/26
As externalidades significam entender que a ação de um indivíduo ou de uma empresa pode
afetar de forma direta ou indiretamente outras pessoas no mercado. As externalidades podem ser
tanto positivas quanto negativas. Por exemplo, a construção de uma fábrica possui o potencial de
poluir um rio, ao mesmo tempo que gera novos empregos. Dessa forma, a poluição é uma
externalidade negativa, pois gera danos ao meio ambiente e a criação de empregos é uma
externalidade positiva, alavancando a economia local.
A intervenção do Estado pode se dar através da concessão de subsídios para instalação de novas
empresas; para desestimular externalidades negativas, leis podem implementar multas ou impostos
mais pesados para algumas atividades (a exemplo do tabaco); e através da regulamentação (quando
se estipula um máximo de emissão de gases emitidos pelas empresas etc.).
TEMA 3 – ESPÉCIES DE ORÇAMENTO
Em nosso dia a dia, temos que administrar nossos próprios recursos. Para aqueles que
trabalham, administrar o salário (receitas) e as despesas de modo a suprir todas as necessidades
corriqueiras e quem sabe ainda investir é um verdadeiro desafio. Quando se pensa no orçamento
familiar, qual é a primeira coisa que vem à sua mente? Uma planilha com uma relação de ingressos e
gastos para saber o quanto tem de ganhos e quanto gasta em um período determinado? Entretanto,
a maioria das pessoas faz isso de maneira intuitiva — e na maioria das vezes, sem planejamento
prévio. Imagine como deve ser administrar um Município, um Estado ou país. Arrecadar seus tributos
(receitas), pagar as despesas corriqueiras (salários e manutenção), definir outras despesas (o quanto
aplicar em outras áreas ou políticas públicas) e ainda realizar novos investimentos (aqui definidos
como investimentos em infraestrutura). Ou seja, administrar um orçamento relacionado à própria
atividade de planejar.
A origem do orçamento público se deu em oposição ao Estado patrimonialista, quando as
obrigações tributárias impostas pela monarquia se tornaram extremamente pesadas e foi necessário
instituir um controle dos gastos, até surgir a ideia atual de um orçamento da res publica (da coisa
pública). A Inglaterra, a França e os Estados Unidos são considerados os precursores do modelo de
orçamento público que acabou difundido no mundo, sendo aprimorado ao longo do tempo em
relação à sua elaboração, execução e avaliação, com a finalidade de reduzir ou até mesmo eliminar o
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desperdício dos recursos públicos, uma das questões mais sensíveis da relação entre os governantes
e os cidadãos.
Assim, vários tipos ou técnicas de orçamentos, com suas características, finalidades e
classificações próprias têm sido utilizadas e adaptadas até os dias de hoje, e vamos tratar dessas
tipologias agora. Para se ter uma noção quanto à evolução do orçamento, o Quadro 1 traz a
evolução orçamentária nos Estados Unidos, que serviu de indutor para os modelos orçamentários de
outros países, inclusive para os modelos adotados no Brasil.
Quadro 1 – Tipos de orçamento adotados nos Estados Unidos
Período Conceito Ênfase
Final do século XIX
Orçamento por Objeto
(chamado de tradicional)
Controlar
Década de 1950 Orçamento de Desempenho Visão de eficiência
Década de 1960
PPBS - Planning Programning Budgeting System (Orçamento-
Programa)
Planejamento; Avaliação e
Eficácia
Décadas de 1970 e
1980
Orçamento Base-zero Redução e Priorização do
Orçamento
Década de 1990 Orçamento Desempenho Accountability e Economia
Século XXI Orçamento Participativo Accountability e Racionalidade
Fonte: Giacomoni, 2012.
3.1 ORÇAMENTO CLÁSSICO OU TRADICIONAL
3.1.1 Ideia geral
Este tipo de orçamento tinha como característica ser um documento onde constava apenas a
simples previsão da receita e da despesa. Sua classificação era baseada no objeto do gasto e
distribuída para os diversos órgãos, para ser realizado no período de um ano. A peça orçamentária
era constituída de uma listagem do que o governo precisaria receber e gastar para manter as suas
atividades existentes, não se preocupando com a execução de novas ações, programas ou políticas
públicas, muito menos com planejamento de médio ou longo prazo.
3.1.2 Principais características
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No orçamento tradicional, as projeções de gastos eram baseadas nos orçamentos dos anos
anteriores, em dados históricos, e isso poderia levar a uma repetição dos erros do passado, sem
ajustes posteriores. Esse tipo de orçamento tinha como foco o que o governo gastava (objeto de
gasto), e não no que realizava.
Outra característica desse tipo de elaboração orçamentária era a elaboração com um certo viés
incremental (ou inercial), realizando apenas pequenos ajustes nos itens de receitas e despesas a cada
exercício, sendo atualizado monetariamente em relação ao que se gastava no exercício anterior, sem
a preocupação de exercer as funções clássicas do orçamento mais moderno.
Saiba Mais
Antes da Lei n. 4.320/1964, o tipo de orçamento utilizado pelos governos brasileiros era o
orçamento tradicional.
Segundo (Paludo, 2017), o “orçamento incremental é aquele que, a partir dos gastos atuais,
propõe um aumento percentual para o ano seguinte, considerando apenas o aumento ou diminuição
dos gastos, ajustados por algum índice oficial, sem análise de alternativas possíveis”.
3.2 ORÇAMENTO DE DESEMPENHO (FUNCIONAL OU DE REALIZAÇÕES)
3.2.1 Ideia geral
O orçamento tradicional acabou sendo substituído pelo orçamento de realizações, também
conhecido como orçamento de desempenho. É considerado por muitos autores como uma evolução
do orçamento clássico, surgindo nas primeiras décadas do século XX, marcando uma transição entre
o orçamento tradicional e o orçamento mais moderno. O orçamento de desempenho possui com o
objetivo controlar o que o governo faz e não faz, e em que o governo gasta.
3.2.2 Principais características
Esse tipo de orçamento baseado em desempenho trouxe uma característica interessante
apresentando duas principais dimensões do orçamento: um programa de trabalho e o objeto de
gasto (importante nos orçamentos mais atuais), contendo as ações que foram desenvolvidas. Dessa
forma, esse modelo de orçamento, além de apresentar o objeto de gasto (relacionado ao que se
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gastava), como no orçamento tradicional, também apresentava uma outra dimensão com a finalidade
de avaliaro que era desenvolvido, buscando eficácia no gasto público.
A importância do orçamento de desempenho estava em permitir conhecer “as coisas (objetos)
que o governo faz, e não as coisas que o governo gasta”. Era dada uma ênfase ao resultado,
entretanto, ainda não se podia falar em um orçamento-programa, pois não estava vinculado a um
planejamento geral das ações do governo, que interligasse os objetos de gastos aos objetivos
governamentais.
3.3 ORÇAMENTO-PROGRAMA
3.3.1 Ideia geral
Considerado a evolução do orçamento de desempenho, o orçamento-programa é definido
como a construção de um plano de trabalho definido por objetivos, ações e metas a serem
alcançadas, vinculadas a um processo de planejamento público de curto, médio ou longo prazo e
pelo acompanhamento e identificação dos recursos que são necessários à sua execução. Esse modelo
orçamentário foi utilizado no final da década de 1950 nos Estados Unidos, com o nome de Planning
Programning Budgeting System (PPBS).
O orçamento-programa foi introduzido no Brasil com a Lei n. 4.320/1964 e o Decreto-Lei n.
200/1967. No entanto, na prática, o orçamento-programa só ganhou efetividade em 1998, com a
edição de várias normativas do Ministério do Planejamento que tratavam do assunto.
3.3.2 Principais características
Com o orçamento-programa, temos uma técnica mais elaborada em relação ao orçamento de
desempenho. As características principais do orçamento-programa são: planejamento, fixação de
metas e quantificação de objetivos; instituição de programas; relações entre o insumo e produto;
acompanhamento físico-financeiro das ações e atividades e avaliação de resultados.
A Constituição Federal de 1988 consolidou esse pensamento e possui em seu texto a ideia do
orçamento-programa no Brasil, estabelecendo e disciplinando a sua implementação através da inter-
relação do Plano Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária
Anual (LOA), que trataremos mais adiante.
Vamos conferir o art. 2º da Lei n. 4.320/1964:
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Art. 2º. A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a
política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos aos princípios de
unidade, universalidade e anualidade. (Brasil, 1964)
Três anos depois, o Decreto-Lei n. 200/1967 reforçou a ideia de orçamento programa em seu
art.16:
Art. 16. Em cada ano, será elaborado um orçamento-programa, que pormenorizará a etapa do
programa plurianual a ser realizada no exercício seguinte e que servirá de roteiro à execução
coordenada do programa anual.
3.4 ORÇAMENTO BASE ZERO (OBZ)
3.4.1 Ideia geral
O orçamento por estratégia, ou Orçamento Base Zero, exigia uma avaliação de toda a
programação de gastos a cada novo exercício, por isso a denominação base zero. Esse tipo
orçamentário foi desenvolvido nos Estados Unidos, por um contador da Texas Instruments Inc., em
1969, e foi adotado durante o governo de Jimmy Carter pelo estado de Geórgia, no ano fiscal de
1973. O grande problema desse tipo de orçamento é que a cada ano era necessário justificar a
realização dos gastos, para evitar a relação com base nos gastos feitos anteriormente, começando do
zero (daí o seu nome), mas que deveria ser corrigido por indicador inflacionário (aí estaria mais
relacionado a um orçamento do tipo incremental).
3.4.2 Principais características
O Orçamento Base Zero exige do gestor público o conhecimento de todas as prioridades do
órgão, para que sejam classificadas em ordem de importância. Tendo como característica um modelo
do tipo mais racional, em que as decisões eram voltadas para maximizar a alocação dos recursos
públicos. Não havia uma preferência pelos programas que já estevam em execução; e para que
fossem mantidos, os programas tinham que demostrar o seu sucesso, senão eram retirados.
Cabe observar que, apesar de sua denominação, o Orçamento Base Zero não se trata de uma
evolução do orçamento. O Orçamento Base Zero era uma ferramenta com base em uma estratégia
no momento de elaboração orçamentária. Partia-se da ideia de se estabelecer todos os custos e as
despesas a partir de uma base zerada, sem levar em consideração os períodos anteriores. Isso levava
a um trabalho muito grande para a montagem desse tipo de orçamento.
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Saiba Mais
“Orçamento federal é extremamente amarrado devido a vinculações constitucionais,
partilhas de receitas e orçamentos autônomos de outros poderes”. Disponível em: <https://veja.a
bril.com.br/economia/especialistas-dizem-que-orcamento-base-zero-e-inviavel-entenda/>.
“Orçamento de 2020 será base zero, diz futuro chefe da Casa Civil”. Disponível em: <https://
veja.abril.com.br/economia/orcamento-de-2020-sera-base-zero-diz-futuro-chefe-da-casa-
civil/>.
3.5 ORÇAMENTO PARTICIPATIVO
3.5.1 Ideia geral
O orçamento participativo é tido como um mecanismo de democracia participativa, não sendo
considerado por alguns autores como um tipo de orçamento como os demais, mas de uma técnica
de elaboração orçamentária que permite a participação dos cidadãos para decidir sobre a alocação
de alguns gastos públicos, sobretudo nos orçamentos relacionados aos investimentos das prefeituras
e governos estaduais.
O principal objetivo é assegurar a participação direta da população na avaliação e definição para
determinados investimentos públicos. No país, existem algumas experiências de implementação do
orçamento participativo, sendo o primeiro caso que se tem conhecimento realizado em Porto Alegre,
no ano de 1989, sendo estendido posteriormente para o Estado do Rio Grande do Sul. Hoje, vários
governos municipais e estaduais convocam os cidadãos para participar dos processos orçamentários
a se envolverem na seleção de determinadas políticas públicas (Streck, 2003).
Saiba Mais
Na página da prefeitura municipal de Salvador das Missões/RS, é possível ver uma iniciativa
de orçamento participativo que aconteceu no ano de 2017. Disponível em: <https://www.salvado
rdasmissoes.rs.gov.br/?pg=noticias&rel=b8c2820c312feeaf5b59bcca831ceb92>.
3.5.2 Principais características
https://veja.abril.com.br/economia/especialistas-dizem-que-orcamento-base-zero-e-inviavel-entenda/
https://veja.abril.com.br/economia/orcamento-de-2020-sera-base-zero-diz-futuro-chefe-da-casa-civil/
https://www.salvadordasmissoes.rs.gov.br/?pg=noticias&rel=b8c2820c312feeaf5b59bcca831ceb92
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O orçamento participativo, por suas próprias características, tem maior aplicabilidade em
governos locais, pela maior aproximação aos cidadãos. Esta participação se dá por intermédio de
conselhos, associações, ONGs etc., em que a sociedade civil deve ser ouvida, quando da definição de
prioridades.
Está na lei. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n. 101/2000), que dispõe, em seu art. 48, que “a
transparência será assegurada também mediante: I – incentivo à participação popular e realização de
audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes
orçamentárias orçamentos” (Brasil, 2000).
Saiba Mais
A iniciativa formal das leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) é privativa do Chefe do Poder
Executivo (prefeito, governador e presidente), de forma que não estará obrigado a seguir as
sugestões da sociedade. Acompanhe um exemplo do Orçamento Participativo de Porto Alegre.
Disponível em: <http://www2.portoalegre.rs.gov.br/op/default.php?p_secao=1129>.
TEMA 4 – FUNÇÕES DO GOVERNO
Um dos assuntos bastante discutidos em termos macroeconômicos e políticos é a necessidade
de intervenção do Estado no mercado. Alguns motivos que apontam essas necessidades estão
relacionados às questões de mercado, como os contratos, que precisam ser protegidos pelo Estado,
além de necessitarem de proteção legal para a garantia das suas cláusulas.
As falhas dosistema mercadológico (ou falhas de mercado) podem trazer problemas para as
atividades econômicas, devendo ser protegidas pelo Estado. Quando imaginamos um país
desenvolvido, não significa que o mercado ou a economia daquele país sejam equilibrados, que ele
possua baixas taxas de desemprego, baixas taxas de inflação, entre outras coisas. Em relação às
finanças públicas, a classificação tradicional de Musgrave (1976) distribui as ações governamentais de
forma garantir o ajuste na alocação de recursos, proporcionar alinhamento na distribuição da riqueza
e renda, e assegurar a estabilidade econômica.
4.1 FUNÇÕES ECONÔMICAS DO ESTADO
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/op/default.php?p_secao=1129
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Para os nossos estudos, um aspecto importante é conhecer e reconhecer quando as
necessidades de intervenção do Estado são necessárias. A forma que o Estado intervém possui
algumas funções. São elas: a função alocativa de recursos, a função distributiva de riquezas e de
renda e a função de dar estabilidade à economia.
Função alocativa: essa função está relacionada à oferta de certos bens e serviços que não são
oferecidos de forma equitativa pelo mercado (vimos isso quando falamos de bens públicos), e
que por vezes a sua oferta se torna inviável economicamente à iniciativa privada. Para suprir
essa falta (ou falha de mercado), o Estado busca alocar os recursos de forma a garantir a
produção de bens públicos de forma direta. Um exemplo da função alocativa ocorre quando o
governo executa obras que beneficiarão uma grande parcela da população, como no caso da
transposição do Rio São Francisco, que implica na garantia do fornecimento de água para
grande parta da população que vive na região Nordeste do país.
Função distributiva: essa função está associada aos fatores que levam à desigualdade
existente na distribuição da renda nacional. Para reduzir essas desigualdades, o Estado intervém
na economia utilizando como ferramentas principais o sistema tributário (com impostos
regressivos) e a política de gastos governamentais como forma a promover ajustes na
distribuição da riqueza na sociedade. Exemplos dessa intervenção é a adoção de políticas de
transferência de renda em favor de populações mais carentes (como o Bolsa Família) e a
cobrança do imposto de renda, em que quem ganha mais paga mais proporcionalmente a seu
padrão de renda e aqueles que ganham menos podem ser isentos da tributação.
Saiba Mais
“Programas de renda serão desafio para o orçamento federal em 2021”. Disponível em: <htt
ps://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2020/09/01/programas-de-renda-serao-desafio-par
a-o-orcamento-federal-em-2021>.
Função estabilizadora: todos os governos se utilizam de instrumentos macroeconômicos
como controle do nível de atividade econômica através do equilíbrio dos gastos e das contas
externas; da busca pela estabilidade da moeda e dos preços (relacionada ao nível de inflação e
juros). Para isso, os governos podem utilizar políticas fiscais e econômicas para manter o nível
de atividade da economia. Por meio da função estabilizadora, o Estado intervém sempre que
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2020/09/01/programas-de-renda-serao-desafio-para-o-orcamento-federal-em-2021
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necessário para proteger e fortalecer a economia e os mercados para que não sofram muito
com crises internas ou externas. Dessa forma, o impacto econômico e social da inflação (altas
dos preços) e deflação (que pode causar uma recessão quando os consumidores compram
menos e forçam as empresas a reduzir preços) são amortecidos.
As três funções apresentadas iniciam um conceito importante que está presente no Orçamento
Público. Você perceberá que a principal forma de presença do Estado na economia é feita por meio
do Orçamento Público, que é uma peça legal que representa as diversas ações do governo nos
segmentos da economia, tais como educação, saúde, segurança, entre outros.
4.2 NATUREZA JURÍDICA DO ORÇAMENTO BRASILEIRO
No conceito clássico de orçamento, visto no início desta aula, de forma geral, o orçamento é
definido como uma peça contábil com a autorização para realização das despesas e previsão de
receitas. Essa definição simplória não faz relação a nenhuma regra de direito. No conceito atual, a
partir da sua inserção na Constituição, o orçamento ganha uma característica legal como um
conjunto de normas jurídicas relacionadas às finalidades que são dispostas no seu conteúdo. Dessa
forma, numa visão mais completa, o orçamento possui aspecto político, econômico e técnico.
Ainda assim, para entendermos a natureza da lei orçamentária e a diferença ente o seu conceito
clássico e o atual, é necessário fazer uma diferenciação entre a lei no sentido formal do sentido
material. O orçamento é uma lei em sentido formal (constituída na forma da lei), no entanto, uma
discussão recorrente em finanças públicas é que a simples previsão de gastos e investimentos na lei
orçamentária anual (LOA) não cria obrigação para a sua realização, não sendo possível exigir, por via
judicial, que determinado gasto previsto no orçamento seja realizado.
Esse pensamento está alinhado às ideias do jurista Paul Laband (1979). A sua teoria consiste em
defender que o orçamento não possui significado jurídico, que embora apresente o formato de uma
lei, possui conteúdo de um ato administrativo. Para Laband, com efeito, somente é lei a disposição
que contenha um preceito ou uma regra jurídica, ou a lei no sentido material (que são responsáveis
por estabelecer as regras de convívio social, regulando a grande variedade de relações jurídicas entre
as pessoas). Os orçamentos que, embora revestidos da forma de lei, não tenham por conteúdo uma
regra de direito, não possuem a força material da lei.
Podemos então definir as principais características da lei orçamentária:
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É uma lei formal: o orçamento é uma lei. Pode parecer meio óbvio, mas em vários casos, ela não
obriga o Poder Executivo a realizar uma despesa que foi autorizada pelo Legislativo. Então, diz-
se que o orçamento é uma norma que possui forma de lei, mas não possui uma característica
essencial das leis: a força coercitiva. Lembra que a Administração Pública só faz o que está
definido em lei? Para a lei orçamentária, é diferente, ficando com cara de um acordo entre as
intenções do Poder Executivo para o Poder Legislativo (que representa a sociedade).
É uma lei temporária: todas as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) possuem vigência limitada.
É uma lei ordinária: porque as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) são leis ordinárias (são lei
comuns).
É uma lei especial: o seu processo é diferenciado, pois se inicia a partir do executivo e trata de
uma matéria específica (veremos mais adiante quando tratarmos dos princípios orçamentários).
Saiba Mais
“PEC do orçamento impositivo: o que são, as vantagens e desvantagens”. Disponível em: <ht
tps://economia.estadao.com.br/noticias/geral,pec-do-orcamento-impositivo-o-que-e-e-quais-sa
o-as-vantagens-e-desvantagens,70002780624>.
TEMA 5 – FONTE NORMATIVA DO DIREITO FINANCEIRO
BRASILEIRO
O direito financeiro é um dos ramos do direito que estuda as finanças de Estados em relação às
suas atividades financeiras. De outra maneira, o direito financeiro reúne o conjunto de princípios e
regras que procura estudar a atividade financeira do Estado, que envolve suas receitas, despesas, a
elaboração do orçamento e os créditos públicos.
O direito financeiro está relacionado com às ciências das finanças públicas, que oferecem uma
característica própria de trabalhar e entender a gestão da coisa pública, e se complementam. Assim,
enquanto as ciências das finanças públicas se ocupam com o estudo da atividade financeira do
Estado, o direito financeiro estuda seu aspecto jurídico. Dessaforma, ao tratarmos da elaboração e
execução do orçamento público, o aspecto financeiro fornece dados para que os gestores públicos
possam realizar seus processos decisórios mais acertados.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,pec-do-orcamento-impositivo-o-que-e-e-quais-sao-as-vantagens-e-desvantagens,70002780624
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O estudo sobre as fontes do direito financeiro nos indica o local de extração do conjunto de
normas que nos auxiliam a tratar da matéria.
As principais fontes são:
a. Constituição Federal: como se demonstrou ao longo desta aula, a Constituição Federal está
repleta de temáticas relacionados ao direito financeiro, em especial por conta da inclusão dos
aspectos de planejamento em seu conteúdo textual. Em diversas partes da Constituição Federal,
temos diversas referências ao direito financeiro e às finanças públicas, tais como: a) aspectos de
fiscalização contábil, financeira e orçamentária (arts. 70 a 75); b) repartição de receitas
tributárias (arts. 157 a 162); c) dos créditos públicos (empréstimos) (art. 163); c) do subsistema
monetário (art. 164); e) da função orçamentária (art. 165 a 169).
b. Leis complementares: a Constituição Federal possui em seu texto, em determinadas passagens
que determinados assuntos do direito financeiro devem ser tratados por meio de uma lei
complementar específica. Essas leis estão definidas nos arts. 161, 163 e 165, parágrafo 9º, da
Constituição. Do conjunto de leis complementares em matéria financeira, temos: a Lei
Complementar n. 101/2000 (conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal) e a Lei n.
4.320/1964 (normas gerais em matéria de direito financeiro). Apesar da Lei n. 4.320/1964 ser
originalmente uma lei ordinária, ela foi recepcionada como uma lei complementar pela
Constituição Federal, por não se contrária a ela e tratar de assunto reservado dada pela própria
Constituição.
Saiba Mais
“Tesouro vai à Câmara defender a Nova Lei de Finanças Públicas”. Disponível em: <https://w
ww.gov.br/tesouronacional/pt-br/noticias/tesouro-vai-a-camara-defender-a-nova-lei-de-financa
s-publicas>.
TROCANDO IDEIAS
Como pudemos observar durante a aula, com base no entendimento do funcionamento do
Estado e de como as decisões públicas são definidas, podemos entender como as finanças públicas
afetam a situação econômica e social das empresas e pessoas. Dessa forma, esperamos que você
https://www.gov.br/tesouronacional/pt-br/noticias/tesouro-vai-a-camara-defender-a-nova-lei-de-financas-publicas
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possa também entender e participar das decisões políticas do país de forma mais consciente. Tendo
isso e vista, participe do fórum de discussões, debatendo sobre o impacto das decisões financeiras
dos governos e sobre o papel do Estado na vida cotidiana.
Para apoiar essa discussão, faça uma leitura do artigo “Democracia local e orçamento
participativo: análise da experiência de Cambuí” (disponível em: <https://revistas.uautonoma.cl/index.
php/riem/article/view/566>).
NA PRÁTICA
Devido às falhas no sistema mercadológico e tendo em vista a necessidade de proteção para
garantir o bem-estar da população, o Estado intervém na economia. Identifique, dentre as opções a
seguir, aquela que represente as ações do Estado relacionadas à função alocativa.
a. O Estado procura aumentar o nível de emprego e reduzir a taxa de inflação, adotando políticas
monetárias e fiscais.
b. Na adoção de políticas monetárias e fiscais, o Estado procura manter a estabilidade da moeda.
c. O Estado oferece bens e serviços públicos diretamente, ou pode interferir na oferta do setor
privado, por meio da implementação de políticas.
d. O Estado age na redistribuição da riqueza e da renda entre as classes sociais.
e. O Estado estabelece impostos progressivos, com a finalidade de gastar mais em regiões mais
pobres que beneficiem as pessoas carentes.
A resposta está na seção Gabarito, após as referências.
FINALIZANDO
Esta aula mostrou a responsabilidade do Estado no controle da economia. A teoria faz parte do
entendimento para que você consiga assimilar na prática o significado dos bens públicos e a
atividade financeira do Estado.
Tratamos dos princípios que regem as ações da Administração Pública e quão importante é
conhecer sobre eles. Também tratamos das espécies orçamentárias ao longo da história e de como
https://revistas.uautonoma.cl/index.php/riem/article/view/566
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chegamos no atual modelo implantado no país. Conhecemos mais sobre as funções dos governos na
atividade econômica e suas bases teóricas.
Por fim, tratamos da natureza jurídica do orçamento, que nos dará base para as próximas aulas.
Futuramente, trataremos da teoria dos orçamentos e como ele é formado. Sigamos firmes!
REFERÊNCIAS
ARVATE, P.; BIDERMAN, C. Economia do setor público no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2005.
BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. 2. ed. Brasília: UNB, 1986.
BRAGA, R.; CARVALHO, J. Lei n. 8.112/90 Esquematizada. 3. ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2009.
(Série Concursos).
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional – STN. Glossário de Termos.
Disponível em: <https://www.tesourotransparente.gov.br/sobre/glossario-do-tesouro-nacional>.
Acesso em: 22 dez. 2020.
GIACOMONI, J. Orçamento público. 16. ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2013.
GIAMBIAGI, F.; ALEM, A. C. Finanças Pública. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
LABAND, P. El derecho pressupuestario. Madrid: Instituto de Estudios Fiscales, 1979.
MATIAS-PEREIRA, J. A governança corporativa aplicada no setor público brasileiro.
Administração Pública e Gestão Social, v. 2, n. 1, p. 109-134, 2010.
MEIRELLES, H. L. Direito administrativo brasileiro. 29. ed. São Paulo: Malheiros, 2004.
MUSGRAVE, R. A. A Teoria das Finanças Públicas. São Paulo: Atlas, 1976.
_____. MUSGRAVE, P. Finanças Públicas: teoria e prática. São Paulo: EDUSP, 1980.
PALUDO, A. Orçamento Público, Administração Financeira e Orçamentária e LRF. 7. ed. rev. e
atual. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017.
PIRES, V. Orçamento Participativo: o que é, para que serve e como se faz. São Paulo: Manole,
2001.
25/10/2021 18:50 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 26/26
SILVA, F. R. et al. Finanças Públicas. São Paulo: Atlas, 2001.
STRECK, D. R. Educação para um novo contrato social. Petrópolis: Vozes, 2003.
GABARITO
Resposta: alternativa C.

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