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Prévia do material em texto

Células-tronco 
na Odontologia Regenerativa
André Antonio Pelegrine
Antônio Carlos Aloise
Carlos Eduardo da Silveira Bueno
Carolina Pessoa Stringheta
Daniel Navarro da Rocha
José Ricardo Minuiz Ferreira
Karla Mayra Rezende
Lara Picoli
Larissa Regina Kunize dos Santos
Marcia Moreira
Raul Canal
Rina Andréa Pelegrine
Vitor de Carvalho Moreno das Neves
APOIO
Este livro descreve os conceitos e técnicas mais 
utilizados no âmbito da Odontologia Regenerativa. Ele 
foi delineado pensando-se em, didaticamente, separar 
as principais especialidades da Odontologia em 
capítulos, dando-se ênfase ao uso da terapia celular 
em cada uma delas.
O livro é rico em esquemas ilustrativos que facilitam 
o entendimento do leitor. Ele foi criado tanto para
estudantes da graduação como para profissionais
graduados com interesse em ter um adequado
entendimento da terapia celular, seja para melhor
orientar seus pacientes, seja para atualização e/ou
satisfação profissional.
Células-tronco 
na Odontologia
Regenerativa
Células-tronco 
na Odontologia Regenerativa
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André Antonio Pelegrine
Antônio Carlos Aloise
Carlos Eduardo da Silveira Bueno
Carolina Pessoa Stringheta
Daniel Navarro da Rocha
José Ricardo Minuiz Ferreira
Karla Mayra Rezende
Lara Picoli
Larissa Regina Kunize dos Santos
Marcia Moreira
Raul Canal
Rina Andréa Pelegrine
Vitor de Carvalho Moreno das Neves
Células-tronco 
na Odontologia Regenerativa
APOIO
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ISBN: 978-65-86718-17-1 
Copyright © 2022
Células-tronco na Odontologia Regenerativa
São Leopoldo Mandic
Coordenação 
André Antonio Pelegrine
Projeto Gráfico 
Diagramação e tratamento de imagens 
Cristina Sigaud e Miriam Ribalta
Padronização e revisão de texto 
Aline Souza Hotta
São Leopoldo Mandic 
Rua José Rocha Junqueira, 13 – Ponte Preta 
CEP: 13045-755 – Campinas – SP – Brasil 
Tel.: (19) 3211-3600
Todos os direitos são reservados à São Leopoldo Mandic.
Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida por 
quaisquer meios sem a permissão prévia da editora.
Células-tronco na Odontologia regenerativa / André Antonio Pelegrine ... [et al.]. 
Campinas: Faculdade São Leopoldo Mandic, 2022. 
29 p.: il.
ISBN: 978-65-86718-17-1
 1. Odontologia. 2. Células-tronco. 3. Odontologia regenerativa. I. Aloise, 
Antônio Carlos. II. Bueno, Carlos Eduardo da Silveira. III. Stringheta, Carolina 
Pessoa. IV. Rocha, Daniel Navarro da. V. Ferreira, José Ricardo Minuiz. VI. 
Rezende, Karla Mayra. VII. Picoli, Lara. VIII. Santos, Larissa Regina Kunize 
dos. IX. Moreira, Marcia. X. Canal, Raul. XI. Pelegrine, Rina Andrea. XII. Neves, 
Vitor de Carvalho Moreno das. XIII. Título.
C394
Catalogação na publicação: Samanta Capeletto - CRB 8/8458
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Células-tronco na Odontologia Regenerativa | 7 
APRESENTAÇÃO
As mudanças do mundo sempre aconteceram pela evolução da ciência. Quem pensaria no início do século 20 que falaríamos com as pessoas por videochamada 
ou pagaríamos contas apertando apenas um botão?
Na Odontologia, a cada quatro anos, dizem os avaliadores, 
ocorrem mudanças que alteram 90% dos procedimentos.
Este trabalho que trata as células-tronco aplicadas para a 
regeneração tecidual é um novo marco na evolução pela ci-
ência! É a Odontologia evoluindo pelas pesquisas sérias reali-
zadas por competentes profissionais, verdadeiros líderes dos 
novos tempos. Ganha a profissão e, principalmente, o paciente 
– alvo dos melhores resultados da ciência inteligente dirigida 
ao bem comum.
Os autores formam um grupo campeão que, além de pes-
quisadores éticos e excelentes, tem a clínica como beneficiária 
de seus trabalhos. Sinto-me honrado por participar deste livro 
através deste prefácio e, indiretamente, por tê-los todos como 
parceiros profissionais da melhor qualidade.
Por certo, assim como eu, todos que saborearem este livro 
aprenderão muito sobre como a evolução pela ciência estará 
sempre presente no crescimento do bem-estar e da saúde da 
humanidade.
Células-tronco na Odontologia regenerativa: o começo do 
futuro!
Paz e bem!
Prof. Dr. José Luiz Cintra Junqueira
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8 | Células-tronco na Odontologia Regenerativa
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Células-tronco na Odontologia Regenerativa | 9 
Asociedade contemporânea exige pessoas empreendedoras, autôno-mas, com competências múltiplas, que saibam trabalhar em equipe, tenham capacidade de aprender, de adaptar-se a situações novas e 
complexas, de enfrentarem novos desafios e promoverem transformações.
Os temas abordados no livro “Células-tronco na Odontologia Regene-
rativa” enquadram-se no desenvolvimento de competências, segundo as 
recomendações do Relatório da Comissão Internacional Sobre Educação 
para o Século 21, da Unesco, coordenada pelo eminente professor e eco-
nomista Jacques Delors, e têm foco em um processo de educação empre-
endedora que integra o desenvolvimento das dimensões humanas: saber 
conhecer, saber ser/conviver e saber fazer.
O compromisso permanente com a realização de programas e projetos 
educacionais no campo da medicina regenerativa, éticos e socialmente 
responsáveis, é um fator crítico de sucesso para o desenvolvimento de 
competências empreendedoras, representadas por competências cogniti-
vas, como o pensar crítico (profissionalização orientada para a excelência 
técnica), competências atitudinais, como o pensar criativo (relacionamen-
to interpessoal e motivação), e competências de aplicação, como o pensar 
operacional (gestão sistêmica de atividades), requeridas para o exercício 
da profissão.
A Universidade Corporativa Anadem, em conformidade com a sua mis-
são, propósitos e visão de futuro na ampliação, universalização e mobili-
zação de conhecimentos, saberes, atitudes, habilidades e procedimentos 
na área do conhecimento sobre células-tronco e terapia celular – pilares 
fundamentais para a Medicina e Odontologia Regenerativa –, orgulha-se 
de participar dessa notável e importante obra “Células-tronco na Odonto-
logia Regenerativa”.
Prof. José Antonio Ramalho 
Diretor Pedagógico da Universidade Corporativa Anadem (UCA)
PREFÁCIO
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SUMÁRIO:
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Células-tronco na Odontologia Regenerativa | 11 
Capítulo 1: 
Odontologia Regenerativa e células-tronco ........................................... 14
Capítulo 2: 
Células-tronco na regeneração periodontal ........................................... 22
Capítulo 3: 
Células-tronco na regeneração óssea ..................................................... 34
Capítulo 4: 
Células-tronco na regeneração dos Tecidos Moles .............................. 46
Capítulo 5: 
Células-tronco na regeneração pulpar .................................................... 54
Capítulo 6: 
Células-troncona regeneração dental ................................................... 70
Capítulo 7: 
Perspectivas ................................................................................................... 80
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12 | Células-tronco na Odontologia Regenerativa
André Antonio Pelegrine
Cirurgião-dentista; Especialista em Periodontia e Implantodontia; Mestre em Implantodontia; Doutor em 
Clínica Médica; Pós doutorado em Cirurgia Translacional; Membro da Comissão de Odontologia Regenerativa 
do Crosp; Professor coordenador de Implantodontia da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic.
Antônio Carlos Aloise
Cirurgião-dentista; Especialista em Ortodontia, Ortopedia Facial, Prótese Dental e Implantodontia; Mestre 
e doutor em Ciências; Pós doutorado em Cirurgia Translacional; Membro da Comissão de Odontologia 
Regenerativa do Crosp;Professor da Faculdade de Engenharia da Unip e professor de Implantodontia da 
Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic.
Carlos Eduardo da Silveira Bueno
Cirurgião-dentista; Especialista, mestre e doutor em Endodontia; Pós-doutorado em Clínica Odontológica; 
Professor de Endodontia da PUC-Campinas; Professor coordenador de Endodontia da Faculdade de 
Odontologia São Leopoldo Mandic.
Carolina Pessoa Stringheta
Cirurgiã-dentista; Especialista e mestra em Endodontia; Doutora em Clínicas Odontológicas; Professora 
de Endodontia da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic.
Daniel Navarro da Rocha
Cirurgião-dentista; Mestre e doutor em Ciências dos Materiais; Membro da Comissão de Odontologia 
Regenerativa do Crosp; Pesquisador do Centro de Processamento Celular R-Crio Criogenia S.A.
José Ricardo Muniz Ferreira
Cirurgião-dentista; Especialista em Periodontia; Mestre em Implantodontia; Doutor em Ciências dos 
Materiais; Membro da Comissão de Odontologia Regenerativa do Crosp; Fundador, pesquisador e presidente 
do Centro de Processamento Celular R-Crio Criogenia S.A.
Autores
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Células-tronco na Odontologia Regenerativa | 13 
Karla Mayra Rezende
Cirurgiã-dentista; Doutora em Odontopediatria; Membro da Comissão de Odontologia Regenerativa do Crosp; 
Professora de Odontopediatria da Fousp e professora da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic.
Lara Picioli
Cirurgiã-dentista; Mestra em Ciências; Doutora em Morfologia Humana; Membro da Comissão de Odontologia 
Regenerativa do Crosp.
Larissa Regina Kuntze dos Santos
Cirurgiã-dentista; Especialista e mestra em Endodontia; Especialista em Odontologia em Saúde Coletiva; Espe-
cialista em Radiologia Odontológica.
Marcia Moreira
Cirurgiã-dentista; Mestra e doutora em Odontopediatria; Membro da Câmara Técnica de Odontopediatria e da 
Comissão de Odontologia Regenerativa do Crosp.
Raul Canal
Bacharel e especialista em Direito; Mestrando em Ciência, Tecnologia e Gestão Aplicadas à Regeneração Tecidual; 
Presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética – Anadem; Presidente do Capítulo Brasileiro da 
Associación Latinoamericana de Derecho Medico – Asolademe; Presidente do Supremo Conselho Internacional 
Acadêmico da Academia Latino-Americana de Ciências Humanas – Alach.
Rina Andréa Pelegrine
Cirurgiã-dentista; Especialista e mestra em Endodontia; Doutora em Clínicas Odontológicas; Professora de 
Endodontia da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic.
Vitor de Carvalho Moreno das Neves
Cirurgião-dentista; Mestre e doutor em Odontologia Translacional e Regenerativa; Professor de Periodontia da 
King’s College London.
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14 | Células-tronco na Odontologia Regenerativa
ODONTOLOGIA 
REGENERATIVA E 
CÉLULAS-TRONCO
Vitor de Carvalho Moreno das Neves
CAPÍTULO
1
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Células-tronco na Odontologia Regenerativa | 15 
Odontologia Regenerativa
A Odontologia vem evoluindo constante-
mente ao longo das últimas décadas, com os 
materiais cada vez mais refinados e as técnicas 
cirúrgicas menos invasivas e agressivas aos te-
cidos orais. Uma profissão que se iniciou em 
barbearias, por motivos funcionais e estéticos 
dos seus clientes, não se parece em nada com 
os processos clínicos oferecidos na atualidade, 
porém ainda não chegamos à última fronteira da 
profissão. Somente quando tratamentos orais 
não forem mais necessários e a espécie humana 
estiver livre de doenças orais, teremos alcançado 
o seu ápice. Visto que ainda estamos longe desta 
realidade, devemos continuar evoluindo o conhe-
cimento da Odontologia para que nossos trata-
mentos também evoluam, sempre alinhados a 
um conceito mais regenerativo.
Neste contexto, a Odontologia Regenerativa 
– uma nova especialidade da Odontologia global 
– vem com a proposta de usar conhecimentos 
oriundos das ciências básicas, tais como a bio-
logia, a química e a física, para que possamos 
desenvolver novos tratamentos e medidas pre-
ventivas frente às doenças orais e suas consequ-
ências. O uso desses conhecimentos básicos tem 
o intuito de promover ou potencializar a capaci-
dade regenerativa dos tratamentos oferecidos 
em clínicas odontológicas e que idealizam rege-
nerar os tecidos que foram perdidos em níveis 
celular, fisiológico e clínico, para que voltem às 
mesmas constituições (morfológica e funcional) 
prévias à doença ou trauma. Além disso, esta es-
pecialidade prioriza a evolução do conhecimento 
e o uso de materiais biológicos, visto que a re-
constituição biológica corporal deve se ver livre 
de materiais sintéticos substitutivos.
A conduta clínica atual prevê ainda como 
rotina, em determinadas situações clínicas, a 
remoção de tecidos orais acometidos por uma 
enfermidade e posterior substituição dedeles 
por materiais sintéticos capazes de promover 
um processo de reparação controlada com o 
objetivo de controle da progressão da doença e 
recuperação da função oral. Para se tornar um 
profissional qualificado, o aprendizado e treina-
mento das abordagens e protocolos devem ser 
realizados de maneira estruturada e intensa, 
para que o futuro dentista consiga trasladar do 
ambiente acadêmico para o profissional prepa-
rado para proceder o uso destas ferramentas de 
forma adequada, segura e previsível em sua ro-
tina clínica. Porém, com o aprendizado técnico, 
surge o desafio em visualizar novos horizontes. 
Em certos casos, há uma notória dificuldade para 
se demonstrar a superioridade ou maior previsi-
bilidade acerca de novas técnicas apresentadas 
como inovadoras para a prática odontológica, o 
que justifica, por vezes, tal ceticismo de clínicos 
no geral. No entanto, existe uma ausência de 
conhecimento básico e continuidade de estudo 
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16 | Células-tronco na Odontologia Regenerativa
sobre ciências básicas no âmbito odontológico 
profissional que indica uma possível falta de in-
formação para gerar uma análise crítica sobre as 
novas técnicas clínicas apresentadas no mundo 
regenerativo atual (Neves & Jamal, 2021). Por-
tanto, este e-book tem a intenção de apresentar 
uma revisão acerca do universo da terapia celular 
relacionado à Odontologia para profissionais, vi-
sando municiar o clínico com um arsenal de in-
formações e possibilidades clínicas reais e atuais 
para o uso de células-tronco na Odontologia, além 
de trazer perspectivas futuras paraa profissão 
em relação ao uso clínico das células-tronco.
Conceitos sobre células-tronco
O corpo humano é composto por trilhões de 
células e o triplo disso em bactérias. Esse con-
junto de informações biológicas move a balança 
da saúde oral para doença ou para o equilíbrio 
através da homeostase. O balanço ideal e quais 
bactérias são essenciais para a homeostase e 
para a doença ainda é foco em debates na co-
munidade científica, visto que o estudo do mi-
crobioma ainda vem ganhando espaço. Porém, 
nas últimas décadas, o conhecimento sobre as 
células humanas aumentou em ritmo acelerado. 
Dentro deste conhecimento adquirido, as célu-
las-tronco estão sendo estudadas em detalhes. 
Elas são consideradas de baixo ritmo de divisão 
celular e se encontram em locais específicos dos 
tecidos humanos, chamados nichos (Vishwa-
karma et al., 2017).
As células-tronco têm diferentes potenciais 
de transformação, de acordo com sua origem 
e momento da vida em que se encontram. Por 
exemplo, a célula formada pela junção do es-
permatozoide com o óvulo, denominada zigoto, 
é a primeira célula humana, considerada a cé-
lula-tronco primordial. Ela tem uma capacidade 
descrita como totipotente, que significa a ca-
pacidade de se transformar em qualquer célula 
humana, e ainda os chamados anexos embrio-
nários, o que lhe permite gerar um indivíduo efe-
tivamente. Passado este estado celular (zigoto), 
nenhuma outra célula humana sozinha traz con-
sigo essa capacidade totipotente, pois não con-
segue desenvolver a placenta. Posteriormente, 
na época de desenvolvimento (blastocisto), as 
células-tronco embrionárias passam a ter uma 
capacidade descrita como pluripotente, que sig-
nifica ter capacidade de se transformar em te-
cidos e células dos três folhetos de desenvolvi-
mento embrionário: mesoderma, endoderma e 
ectoderma. Esta capacidade é perdida com a es-
pecialização das células, de acordo com o desen-
volvimento embrionário do corpo humano, o que 
já ocorre a partir da vida intrauterina e se estende 
até a fase adulta.
Nos tecidos adultos, a maioria das células-
-tronco que se encontram dentro do corpo é mul-
tipotente ou unipotente. Em outras palavras, tem 
a capacidade de se autorreplicar e se diferenciar 
em múltiplas linhagens especiais de diferentes 
órgãos (multi) ou somente em uma linhagem ce-
lular (uni). Os tecidos orais são repletos destas 
células multi e unipotentes, as quais são respon-
sáveis pela manutenção da homeostase dos te-
cidos e disponibilização de células em situações 
de dano tecidual. Baseados neste conceito, nas 
últimas décadas, diversos pesquisadores conse-
guiram demonstrar a possibilidade de isolamento 
em laboratório de células dos tecidos orais, como 
a polpa dental, ligamento periodontal, gengiva, 
medula óssea intraoral, papila apical, gordura fa-
cial e muitos outros tecidos (Egusa et al., 2012).
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Células-tronco na Odontologia Regenerativa | 17 
O isolamento destas células tem um imenso 
valor, visto que foi aberto um leque de oportuni-
dades com estudos destas células em ambiente 
controlado sob o propósito de entender como 
elas se comportam e quão plásticas são. Também 
gera a oportunidade de criar novos tipos de trata-
mentos baseados na biologia celular, assim como 
o uso das células isoladas para transplante em 
clínica. Durante os capítulos deste e-book, deta-
lhes de como estas células são usadas em cada 
Figura 1 – Células-tronco e seus diferentes potenciais.
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18 | Células-tronco na Odontologia Regenerativa
especialidade odontológica serão elaborados e 
descritos com exemplos clínicos e laboratoriais.
Conceitos do uso das células-tronco 
em Odontologia
Um paciente que se encontra em sua cadeira 
odontológica pode se apresentar com problemas 
orais que vão desde uma simples gengivite/cárie a 
um câncer. Deste modo, em adição às técnicas clí-
nicas já estabelecidas e consolidadas acadêmica 
e clinicamente, é crucial buscar sempre a melhor 
forma de utilizar o conhecimento sobre células-
-tronco no planejamento do tratamento clínico. 
Quando pensamos no seu uso terapêutico, três 
maneiras de utilizá-las clinicamente podem ser 
consideradas: 1) mobilização de células-tronco; 
2) transplante de células-tronco; 3) formação de 
organoides. Cada opção tem um objetivo, riscos e 
benefícios, portanto todas as opções têm valor em 
seu devido lugar, levando-se em conta o desafio 
clínico a ser enfrentado e os protocolos descritos 
frente àquela condição. Um profundo conheci-
mento acerca dos processos que envolvem a apli-
cação das células-tronco equipa o dentista com 
o potencial de prover tratamentos cada vez mais 
seguros e eficazes para seus pacientes.
Mobilização de células-tronco
Como descrito anteriormente, as células-
-tronco também se encontram nos tecidos orais. 
Diante de qualquer dano sofrido nesses tecidos, 
haverá uma resposta fisiológica que inclui a ati-
vação dessas células-tronco in situ e sua atuação 
para que novas células especializadas sejam 
produzidas. Neste contexto, uma das técnicas 
descritas como tratamento baseado em células-
-tronco é fundamentada na sua ativação em seu 
local de origem, que representa a sua mobilização 
(Figura 2). Essa técnica é usada em todas as clí-
nicas odontológicas do mundo, porém o conheci-
mento sobre quais células estão sendo ativadas 
no nosso tratamento ainda é uma questão a ser 
respondida.
Materiais bioativos, como matrizes de es-
malte, trazem o conceito de que há um poten-
cial de mobilização de células periodontais para a 
melhora do reparo tecidual (Sculean et al., 2000). 
Além disso, novas técnicas de ativação de célu-
las-tronco de polpa dental, com o intuito de pro-
mover o reparo de dentina usando fármacos que 
ativam cascatas genéticas específicas, foram 
criadas e logo estarão em ensaios clínicos hu-
manos (Neves et al., 2017). O benefício dessa 
técnica vem do contexto de não ser necessário 
o transplante celular, porém o conhecimento das 
cascatas de sinalizações genéticas das células-
-tronco nos locais de tratamento necessita ser 
minuciosamente compreendido.
Para que as técnicas de mobilização de cé-
lulas-tronco evoluam, são necessários um maior 
conhecimento dos tipos celulares dentro de cada 
tecido odontológico e uma minuciosa descrição 
das interações de sinalizações genéticas. Tal co-
nhecimento está sendo buscado em laboratórios 
de ponta ao redor do mundo, pois, quando com-
parados ao transplante celular, a complexidade 
envolvida e o custo final para a produção indus-
trial e para o consumidor deverão ser substan-
cialmente menores, sem comprometimento da 
segurança e eficácia.
Transplante de células-tronco
Não só de sinalização genética se recons-
titui um tecido. Embora tratamentos usando fár-
macos para ativação celular tenham seu espaço 
Livro_Células -Tronco na Odontologia Regenerativa.indd 18Livro_Células -Tronco na Odontologia Regenerativa.indd 18 15/12/2021 18:17:3615/12/2021 18:17:36
Células-tronco na Odontologia Regenerativa | 19 
na regeneração de tecidos orais, existem tra-
tamentos que requerem transplante celular em 
razão da necessidade de especialização dessas 
células. É o que ocorre com a polpa dental. Uma 
vez removida, não há fonte de células de polpa no 
local para ativar suas células-tronco farmacolo-
gicamente.
Inicialmente, a idealização da metodologia 
de utilização de células-tronco em ambiente clí-
nico foi elaborada visualizando o transplante de 
células para o corpo humano, com o intuito de 
repor células doentes ou velhas. Uma biopsia 
de uma pessoa, seja esta jovemou adulta, seria 
usada para isolar células-tronco e multiplicá-las 
em laboratório para o transplante no local de in-
teresse. Estas células podem ser de origem autó-
loga ou alogênica.
Um exemplo de sucesso na Medicina a partir 
dessa técnica se dá pelo tratamento da anemia 
falciforme (Michigan Uni Infopage, 2020), na qual 
as células transplantadas ajudam na formação de 
hemácias sem a característica de foice. No âm-
bito odontológico, a utilização do transplante ce-
lular pode revolucionar as opções de tratamento 
clínico que são oferecidas aos pacientes, como no 
caso da regeneração pulpar, em que o paciente 
teria a opção de vitalizar seu dente mesmo após 
necrose pulpar ou lesões periapicais (Brizuela et 
al., 2020). Além disso, em tratamentos periodon-
tais, haveria a possibilidade de novas técnicas 
para ajudar em reconstruções periodontais com 
biomateriais impressos em 3D (Rasperini et al., 
2015), Figura 3. Finalmente, na Implantodontia, 
poderiam ajudar na reconstrução de tecidos ós-
seos de pessoas edêntulas.
Um dos grandes empecilhos para o uso de 
transplante celular é o custo do tratamento, visto 
que esta técnica implica em etapas laboratoriais 
e clínicas. O custo para o isolamento e expansão 
celular aumenta quando comparado aos trata-
Figura 2 – Mobilização de células-tronco hematopoiéticas.
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20 | Células-tronco na Odontologia Regenerativa
mentos oferecidos em clínicas nos dias atuais. 
Porém, para que esta técnica evolua e chegue 
na cadeira odontológica com um preço compe-
titivo, mais testes devem ser feitos em humanos 
e protocolos de industrialização deste processo 
devem ser aperfeiçoados, de modo a melhorar 
a relação custo/efetividade para o paciente. No 
Brasil, ainda não existem institutos que comer-
cializem essas técnicas de transplante celular, 
porém neste e-book abordaremos a fundo as 
técnicas elaboradas para o transplante de célu-
las-tronco na Odontologia, além de serem des-
critos os caminhos em curso ou já estabelecidos 
conceitualmente para esta técnica ser uma rea-
lidade clínico-comercial em um futuro próximo.
Formação de organoides
Uma terceira forma de utilização clínica 
das células-tronco se dá pelo uso com o intuito 
de promover a formação de organoides para 
transplante. Esta técnica vem sendo estudada e 
aperfeiçoada para o uso médico (rins, intestino e 
coração) e odontológico (dentes e glândulas sali-
vares). Visto que a perda de um dente é causa re-
conhecida de comprometimento na qualidade de 
vida, propostas compensatórias sob a intenção 
de repor um dente por uma alternativa protética 
(independente da estratégia adotada) têm sido a 
única solução.
Nas últimas décadas, cientistas vêm elabo-
rando modos de desenvolver uma cópia natural do 
dente em laboratório para que seja transplantado 
à boca do paciente (Yelick & Sharpe, 2019). Essa 
técnica é descrita na literatura como “recombi-
nação in vitro” e prevê o uso de células de epitélio 
e células mesenquimais, as quais originalmente 
produzem o dente durante a embriogênese. A 
recombinação dessas células resulta na capaci-
dade de induzir a formação de germes dentais, 
os quais são implantados na região intraoral, 
levando à produção de dentes completos que 
erupcionam e são funcionais (Ohazama et al., 
2004). Embora promissora e reproduzida di-
versas vezes em modelos animais, esta técnica 
nunca foi testada em humanos, portanto infor-
mações sobre dores de erupções, formatos den-
tais exatos e quanto tempo leva para o dente 
nascer em humanos ainda não são conhecidas. 
No entanto, visto que o mercado de implante está 
em crescimento, é possível que, uma vez esta-
belecida, esta técnica adicione um enorme be-
nefício ao leque de tratamentos para a reposição 
dental que podemos oferecer aos pacientes.
Figura 3 – Transplante de células-tronco para regeneração tecidual (exemplo: regeneração periodontal).
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Células-tronco na Odontologia Regenerativa | 21 
Conclusão
Tanto a Odontologia Regenerativa como a 
Medicina Regenerativa se baseiam nos princí-
pios básicos da biologia, com o intuito de pro-
mover um objetivo em comum: a regeneração 
tecidual e de órgãos. Visto que a Odontologia 
lida com apenas uma área do corpo humano, 
em comparação à Medicina Regenerativa, ainda 
estamos atrasados nos avanços e aplicações 
das técnicas que foram descritas aqui. Porém, a 
Odontologia Regenerativa deve liderar o campo 
da regeneração, uma vez que a maioria dos pa-
cientes que são assistidos em clínicas odonto-
lógicas está tendo seus órgãos tratados de ma-
neira mais acessível do que em qualquer outro 
campo médico. O uso de técnicas baseadas 
em biologia e células-tronco pode revolucionar 
a Odontologia. E quão maior forem os envolvi-
mentos científico e clínico para formação, con-
solidação e disseminação do conhecimento, 
maiores serão os avanços e entregas de so-
luções verdadeiramente viáveis e resolutivas 
nesse campo.
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Ortodon Dental Press 2007;6(1):69-84.
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analysis: an odontometric study. Dent 2019;13(1):14-6.
Figura 4 – Esquema representativo da formação de um organoide.
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22 | Células-tronco na Odontologia Regenerativa
CÉLULAS-TRONCO 
NA REGENERAÇÃO 
PERIODONTAL
CAPÍTULO
2
André Antonio Pelegrine e 
Antonio Carlos Aloise
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Células-tronco na Odontologia Regenerativa | 23 
As células-tronco e a engenharia tecidual 
foram recentemente introduzidas no campo da 
Periodontia e têm mostrado um potencial en-
corajador no tratamento da periodontite. Essa 
doença afeta a maioria da população adulta (Ai-
metti et al., 2015; Chapple et al., 2013), podendo 
causar edentulismo, sendo listada como um dos 
fatores de risco para as principais doenças sistê-
micas, como aterosclerose, doenças cardiovas-
culares (Ide & Linden, 2014), diabetes (Lalla & 
Papapanou, 2011) e artrite reumatoide (Araújo et 
al., 2015; Loos, 2006). Isso pode influenciar dire-
tamente na saúde geral, na vida social e no estado 
nutricional dos indivíduos afetados, prejudicando 
sua qualidade de vida em geral (Chapple, 2014; 
Chapple et al., 2015; Petersen & Ogawa, 2012; 
Pihlstrom et al., 2005; Cortellini et al. 2017).
A terapia periodontal não cirúrgica normal-
mente é o primeiro passo para qualquer paciente 
com diagnóstico de periodontite. A desagregação 
do biofilme bacteriano em locais com bolsape-
riodontal (BP) proporciona a sua redução e infla-
mação, especialmente em BPs ≤ 6 mm (Suvan et 
al., 2019; Sanz-Sánchez et al., 2020). Se o número 
de bolsas residuais for limitado e a inflamação 
estiver sob controle, espera-se que os pacientes 
apresentem perda dentária limitada (0,1 dente/
paciente/ano), segundo Trombelli et al., 2015. No 
entanto, os pacientes que ainda apresentam múl-
tiplas BPs ≥ 5 mm, ou mesmo uma BP ≥ 6 mm 
após terapia não cirúrgica, correm um risco sig-
nificativo de sofrerem progressão da doença e 
requererem tratamento cirúrgico adicional (Matu-
liene et al., 2008; Claffey & Egelberg, 1995).
Diferentes técnicas têm sido propostas, 
sendo que as abordagens minimamente inva-
sivas mostraram vantagens em ensaios clínicos 
randomizados (Graziani et al., 2012). A cirurgia 
ressectiva erradica a BP corrigindo a morfologia 
gengival e óssea, e, embora extremamente eficaz, 
é realizada às custas da perda do suporte perio-
dontal dos dentes envolvidos e invariavelmente 
causa recessão dos tecidos moles (Aimetti et 
al., 2015; Ferrarotti et al., 2020). A regeneração 
periodontal tem como objetivo restaurar o pe-
riodonto perdido, pois visa aumentar a inserção 
periodontal, reduzir a BP e limitar a recessão 
gengival. Isso torna a regeneração periodontal o 
padrão-ouro para o tratamento periodontal (Cor-
tellini & Tonetti, 2020).
A regeneração periodontal demonstrou ser 
eficaz no tratamento de defeitos ósseos e de 
furca com vários graus de eficácia (Kao et al., 
2015; Avila-Ortiz et al., 2015), no entanto os pro-
cedimentos regenerativos ainda estão sujeitos 
a falhas clínicas ou sucesso incompleto devido 
a várias limitações, como fatores específicos do 
paciente (tabagismo, controle de placa deficiente 
etc.), escolha inadequada dos tipos de retalhos 
de acesso, biomateriais e treinamento profis-
sional deficiente (Cortellini & Tonetti, 2015). Es-
pera-se que o osso alveolar propriamente dito, o 
cemento da raiz e o ligamento periodontal (LP) 
no periodonto previamente danificado sejam re-
generados como resultado de um tratamento 
ideal, mas nem sempre este desfecho tem sido 
demonstrado (Gottlow et al., 1984). Para superar 
essas limitações, novos tipos de retalhos (Cor-
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24 | Células-tronco na Odontologia Regenerativa
tellini & Tonetti, 2007; Cortellini & Tonetti, 2009; 
Harrel, 1999; Trombelli et al., 2009) e agentes 
biológicos (Hammarström, 1997; Trombelli & 
Farina, 2008) foram desenvolvidos nos últimos 
anos, porém os ensaios clínicos revelaram uma 
eficácia ainda controversa, e suas evidências 
histológicas geralmente são inconclusivas.
As células-tronco têm atraído a atenção 
dos pesquisadores, pois são células indiferen-
ciadas que possuem potencial regenerativo de-
vido à sua capacidade de se diferenciar em di-
versos tipos celulares após uma estimulação 
adequada (Palmer & Cortellini, 2008; Biehl & 
Russell, 2009). Na regeneração periodontal, 
células-tronco mesenquimais (CTMs) já foram 
testadas in vitro e em humanos, apresentando 
resultados promissores (Kobolak et al., 2016; 
Figura 1 – Tecidos dentais (polpa dental, ligamento periodontal, papila apical e folículo dental) são coletados e 
depois transportados em meio de transporte para manutenção da integridade celular. Após a coleta, os tecidos são 
desagregados mecanicamente ou por ação de enzimas no laboratório, para isolamento e expansão das células-tronco.
Huang et al., 2009). Entre as CTMs originárias 
dos tecidos dentais, podemos listar as células-
-tronco da polpa dentária (CTPDs) – Gronthos et 
al., 2000; células dos dentes decíduos esfoliados 
humanos (CTDDs) – Miura et al., 2003; células-
-tronco do ligamento periodontal (CTLPs) – Seo 
et al., 2004; células precursoras do folículo den-
tário (CTFDs) – Morsczeck et al., 2005; e célu-
las-tronco da papila apical (CTPAs) – Sonoyama 
et al., 2002 (Figura 1). Várias células-tronco não 
dentais têm sido usadas na regeneração perio-
dontal, tendo chamado mais a atenção dos pes-
quisadores: células-tronco derivadas da medula 
óssea (CTMOs), células-tronco derivadas do te-
cido adiposo (CTADPs), células-tronco embrio-
nárias (CTEs) e células-tronco pluripotentes in-
duzidas (iPSCs).
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Células-tronco na Odontologia Regenerativa | 25 
Células-tronco mesenquimais para 
regeneração periodontal
Células-tronco dentais (CTDs) são CTMs 
multipotentes e autorrenováveis. CTDs podem se 
diferenciar em linhagens osteogênicas, odonto-
gênicas, dentinogênicas, cementogênicas, adipo-
gênicas, condrogênicas, miogênicas e neurogê-
nicas. As CTDs são acessíveis, pois podem ser en-
contradas no corpo humano em todas as idades. 
Além disso, a sua criopreservação não afeta suas 
propriedades (Gronthos et al., 2002), Figura 2.
As células-tronco derivadas da polpa dental 
(CTPDs) são especialmente atraentes por várias 
Figura 2 – Populações de células-tronco derivadas de diferentes tecidos e regiões dentais que 
constituem as fontes de células-tronco mesenquimais. CTFDs: células-tronco derivadas do 
folículo dental; CTDDs: células-tronco derivadas dos dentes decíduos; CTPDs: células-tronco 
derivadas da polpa dental; CTLPs: células-tronco derivadas do ligamento periodontal; CTPAs: 
células-tronco derivadas da papila apical.
razões: primeiro, são encontradas na polpa den-
tária e sua coleta pode ser realizada em um dente 
extraído, incluindo a polpa de terceiros molares e 
dentes com o periodonto comprometido. Também 
tem sido especulado que elas podem ser obtidas 
da polpa dentária com inflamação (Tziafas & 
Kodonas, 2010) e ainda demonstrarem poten-
cial para se diferenciar em células semelhantes 
a osteoblastos. Além disso, as CTPDs comparti-
lham a origem, o padrão antigênico e as linha-
gens de diferenciação com as células-tronco 
periodontais (Gronthos et al., 2000; Gronthos et 
al., 2002; Tziafas & Kodonas, 2010). Elas também 
podem se diferenciar em outros tipos de células, 
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incluindo cardiomiócitos, células neuronais, adi-
pócitos, células epiteliais da córnea, células de 
melanoma e células beta secretoras de insulina 
(Yu et al., 2010). E, finalmente, elas interagem 
facilmente com os biomateriais (Graziano et al., 
2008; Papaccio et al., 2006).
As células-tronco do ligamento periodontal 
(CTLPs) têm sido consideradas candidatas ideais 
para a regeneração periodontal, uma vez que 
podem ser coletadas por procedimentos não 
invasivos, como após uma extração dentária. 
As CTLPs são conhecidas por possuírem poten-
cial osteogênico, condrogênico e adipogênico, e 
exibem características imunossupressoras se-
melhantes às descritas para CTMs da medula 
óssea (CTMOs) e CTPDs. Estas células possuem a 
capacidade de formar uma estrutura semelhante 
a um complexo de cemento/LPD.
As células-tronco derivadas da polpa de 
dentes decíduos (CTDDs) são fáceis de serem ob-
tidas com o uso de procedimentos não invasivos, 
pois são coletadas de dentes decíduos esfo-
liados. As CTDDs exibem uma alta taxa de prolife-
ração e propriedades imunomodulatórias seme-
lhantes às das células da medula óssea, que são 
comparativamente mais difíceis de coletar. Elas 
são capazes de se diferenciar em osteoblastos 
(Su et al., 2016) e podem expressar um potencial 
imunorregulador em células T, macrófagos e cé-
lulas dendríticas (Gao et al., 2018). Nakamura et 
al. (2009) compararam a “stemness” de CTDDs 
com CTLPs e CTMOs, enotaram que CTDDs reve-
laram uma taxa de proliferação mais alta do que 
ambas e maior expressão de genes de prolife-
ração celular e elementos da matriz extracelular. 
Isso torna essa célula uma forte candidata para a 
regeneração periodontal.
As células-tronco da papila apical (CTPAs) 
estão relacionadas ao desenvolvimento das raízes 
dentais. Sua presença na papila apical de raízes 
em formação tem sido sugerida como uma pos-
sível explicação sobre como dentes imaturos com 
polpas necróticas são capazes de sofrer o desen-
volvimento radicular. CTPAs também têm pro-
priedades resistentes a infecções (Chrepa et al., 
2017), e isso pode explicar ainda mais por que a 
formação do ápice radicular foi observada mesmo 
na presença de periodontite apical. Apesar de 
serem difíceis de coletar, essas células são uma 
ferramenta promissora para procedimentos re-
generativos, pois possuem potencial de diferen-
ciação multilinhagem (Nada & El Backly, 2018).
Células-tronco não dentais
As células-tronco derivadas da medula 
óssea (CTMOs) foram as primeiras CTMs desco-
bertas e amplamente testadas em modelos ani-
mais. Elas mostraram diferenciação osteogênica, 
adipogênica, condrogênica e miogênica. A prin-
cipal deficiência das CTMOs tem sido a morbi-
dade no local da coleta e a necessidade de um 
procedimento em ambiente de centro cirúrgico. 
As CTMOs podem se diferenciar em células se-
melhantes a ameloblastos (Hu et al., 2006A; Hu 
et al., 2006B) e células do tecido periodontal, po-
dendo aumentar a capacidade de regeneração 
periodontal (Hasegawa et al., 2006; Yang et al., 
2010). Curiosamente, além da regeneração pe-
riodontal, as CTMOs podem ser usadas para re-
generação dentária, pois podem regular positi-
vamente a expressão de genes odontogênicos e 
contribuir para a formação de novos dentes após 
a recombinação com o epitélio oral embrionário 
(Ohazama et al., 2004).
As células-tronco derivadas de tecido adi-
poso (CTADPs) são abundantes e permitem a 
expansão in vitro, possuindo a capacidade de 
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diferenciação osteogênica, condrogênica, adipo-
gênica e neurogênica em vários ambientes expe-
rimentais. O método da coleta é menos invasivo 
do que o método usado para CTMOs, uma vez que 
CTADPs podem ser recuperadas em grande nú-
mero após o procedimento de lipoaspiração ou 
lipectomia. Por esse motivo, elas têm sido am-
plamente usadas na Medicina Regenerativa.
As células-tronco embrionárias (CTEs) são 
células-tronco pluripotentes encontradas em 
blastocistos humanos e possuem um potencial 
extraordinário de diferenciação, pois podem se 
desenvolver em quase todas as linhagens celu-
lares (Evans & Kaufman, 1981). No contexto da 
pesquisa periodontal, foi demonstrado que as 
CTEs podem se diferenciar em linhagens de cé-
lulas odontogênicas e periodontais, em particular 
se forem cultivadas com CTLPs ou células de epi-
télio oral embrionário (Inanç et al., 2009; Ning et 
al., 2010). Preocupações éticas têm dificultado 
o uso de tais células para regeneração perio-
dontal, uma vez que sua coleta pode resultar na 
destruição de blastocistos humanos. Além disso, 
além de seu potencial ilimitado, foram demons-
trados efeitos adversos importantes, como tu-
mores e respostas imunes indesejadas.
As células-tronco pluripotentes induzidas 
(iPSC) foram descobertas pela primeira vez em 
2006 e, desde então, geraram um interesse subs-
tancial na Medicina Regenerativa (Takahashi & 
Yamanaka, 2006). Elas são um tipo de célula-
-tronco pluripotente que pode ser gerada dire-
tamente a partir de células assomáticas, com a 
possibilidade de se duplicar indefinidamente, bem 
como dar origem a todos os outros tipos de cé-
lulas no corpo. Recentemente, células dentárias 
como CTPDs, CTPDDs, CTLPs e CTPAs foram repro-
gramadas com sucesso em iPSCs na regeneração 
periodontal (Wada et al., 2011; Yan et al., 2010).
Estudos clínicos
A regeneração periodontal foi investigada 
em estudos clínicos humanos usando CTLPs, 
CTPDs e CTMOs. Em alguns relatos de caso (Ai-
metti et al., 2014; Hernández-Monjaraz et al., 
2018) e em três séries de casos (d’Aquino et 
al., 2009; Monti et al., 2017; Akbay et al., 2005), 
foram utilizadas CTPDs associadas a terapias 
periodontais cirúrgicas no tratamento de perdas 
ósseas verticais, apresentando resultados posi-
tivos para o transplante alogênico (Feng et al., 
2010). Paralelamente, alguns relatos iniciais em 
humanos demonstraram a eficácia clínica e ra-
diográfica de microenxertos de polpa dentária em 
defeitos alveolares pós-extração (Ki et al., 2017; 
Koo et al., 2012). Em geral, verificou-se que, na 
regeneração periodontal, os microenxertos as-
sociados às CTPD somados ao procedimento ci-
rúrgico foram capazes de reduzir a profundidade 
da bolsa periodontal e aumentar o nível de ade-
rência clínica.
As CTLPs foram testadas para procedi-
mentos regenerativos em defeitos intraósseos e 
defeitos de furca de grau II, em um relato de caso 
(McAllister, 2011). Um estudo retrospectivo, que 
incluiu 16 defeitos em três pacientes, observou 
redução da profundidade da bolsa periodontal 
(PBP) e ganho de nível de aderência clínica (NAC), 
apoiando assim um benefício potencial para o uso 
de CTLPs na regeneração periodontal (Yamada et 
al., 2006). Posteriormente, em um relato de caso 
(Yamada et al., 2013), observou-se que a cirurgia 
periodontal regenerativa com uso das CTLPs in-
corporadas em uma esponja de gelatina produzia 
redução da profundidade da bolsa periodontal 
(PBP) e aumento do nível de aderência clínica 
(NAC) e nível ósseo. Em defeitos de furca de grau 
II, CTLPs forneceram bons resultados clínicos, 
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28 | Células-tronco na Odontologia Regenerativa
reduzindo a PBP e melhorando o NAC em seis 
meses. As CTMOs foram testadas em quatro re-
latos de caso e uma série de casos que relataram 
bons resultados clínicos para a regeneração pe-
riodontal de defeitos intraósseos e defeitos de 
furca III (Rosen, 2013).
Ensaios clínicos randomizados
Uma vez que os resultados positivos com 
o uso de células-tronco na regeneração perio-
dontal foram comprovados em estudos com ani-
mais e estudos clínicos, os ensaios clínicos ran-
domizados (ECRs) são os próximos passos ne-
cessários para avaliar a segurança e a eficácia do 
uso destas células na regeneração periodontal, 
em comparação com os tratamentos-padrão. Al-
guns ECRs publicados (Chen et al., 2016; Shalini 
& Vandana, 2018; Ferrarotti et al., 2018) tiveram 
o objetivo de avaliar a eficácia das células-tronco 
na regeneração periodontal, em comparação 
com o debridamento de retalho aberto (Shalini & 
Vandana, 2018) ou com o uso de um arcabouço 
sozinho sem células-tronco em defeitos ósseos 
(Ferrarotti et al., 2018). Esses ECRs diferem no 
tipo de células-tronco selecionadas (CTLPs e 
CTPDs) e em sua aplicação para o procedimento 
regenerativo (uso ou isolamento em consultório, 
diferenciação e cultura de células em labora-
tório).
Shailini et al. (2018) aplicaram o conceito de 
“nicho de células-tronco” à regeneração perio-
dontal. Neste estudo prospectivo, randomizado, 
simples-cego e controlado com desenho para-
lelo, foram tratados 16 pacientes com um defeito 
ósseo. No grupo-teste, as CTLPs coletadas de um 
dente extraído, junto com o tecido mole aderente 
à superfície da raiz extraída e ao alvéolo (nicho 
de tecido do PDL), foram diretamente misturadas 
a uma esponja de gelatina e implantadas no de-
feito ósseo. O grupo-controle foi tratado com de-
bridamento e retalho aberto. Os resultados após 
um anomostraram redução da profundidade de 
bolsa, ganho de nível de aderência clínica e re-
solução do defeito ósseo no grupo tratado com 
CTLPs, no entanto as diferenças não foram es-
tatisticamente significativas. Nenhum efeito ad-
verso foi relatado, sugerindo assim a segurança 
do procedimento.
Semelhantemente a Shailini et al. (2018), 
Chen et al. (2016) estudaram a eficácia das 
CTLPs. Neste estudo randomizado de centro 
único, 41 defeitos ósseos foram tratados com a 
técnica da regeneração tecidual guiada (RTG) e 
CTLP, em combinação com matriz óssea bovina 
desmineralizada ou com RTG e matriz óssea bo-
vina desmineralizada sozinha. Os resultados após 
um ano mostraram aumento da altura óssea al-
veolar em ambos os grupos, sem diferenças es-
tatisticamente significativas entre eles. Quanto 
aos parâmetros clínicos periodontais, não foram 
encontradas diferenças estatisticamente signi-
ficativas para o aumento do nível de aderência 
clínica (NAC) entre os grupos de células e grupo-
-controle. Nenhum efeito adverso no uso de cé-
lulas do ligamento foi relatado.
Enquanto Chen et al. (2016) avaliaram a 
eficácia das CTLPs, Ferrarotti et al. (2018) ava-
liaram o uso de microenxertos contendo CTPDs 
em defeitos ósseos em arcabouço de colágeno. 
Neste estudo paralelo, duplo-cego, prospectivo 
e randomizado, 29 pacientes com defeito ósseo 
foram tratados com técnica cirúrgica minima-
mente invasiva associada a microenxertos de 
polpa dentária, em um biocomplexo de esponja 
de colágeno (teste) ou associado à esponja de 
colágeno sozinha (controle). Os microenxertos 
enriquecidos em CTPDs foram obtidos da polpa 
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de um dente extraído, dissociados pelo uso de 
um desagregador de tecido biológico (Rigenera 
Machine System, Rigenera HBW – Turin, Itália), 
e então semeados em um arcabouço de es-
ponja de colágeno. Após um ano, os resultados 
demonstraram uma redução estatisticamente 
significativa da bolsa periodontal, ganho de nível 
de aderência clínica e preenchimento de defeito 
ósseo, em comparação com o grupo que utilizou 
o arcabouço sozinho. Nenhum efeito adverso foi 
relatado.
Em vez de usarem células-tronco dentais, 
Dhote et al. (2015) testaram a eficácia das cé-
lulas-tronco não dentais na regeneração perio-
dontal, focando sua atenção nas CTMs do cordão 
umbilical (CTM-CUs). Neste ECR, 24 defeitos in-
fraósseos periodontais em 14 pacientes foram 
tratados aplicando CTMs do sangue do cordão 
umbilical alogênico em um arcabouço de beta-
-fosfato tricálcio (beta-TCP), em combinação 
com o fator de crescimento derivado de plaque-
tas-BB (rh-PDGF-BB), ou por debridamento de 
retalho aberto. Os resultados após seis meses 
demonstraram ganho de NAC significativamente 
maior, redução da profundidade da bolsa pe-
riodontal e preenchimento de defeito ósseo no 
grupo tratado com uma combinação de CTM-UCs 
alogênicas, rh-PDGF-BB e arcabouço de beta-
-TCP, em comparação com o retalho aberto. Ne-
nhum efeito adverso foi relatado, demonstrando 
a segurança de células-tronco mesenquimais 
derivadas de cordão umbilical para engenharia 
tecidual dentária.
Um campo interessante de aplicação para 
células-tronco tem sido representado por de-
feitos que não podem ser tratados de forma 
previsível com as técnicas disponíveis atual-
mente, como defeitos de furca ou supracrestais. 
A aplicação de células-tronco para aumentar a 
regeneração da região de furca foi testada em 
um ECR por Akbay et al. (2005), que avaliaram o 
potencial regenerativo periodontal de enxertos 
de LPD em defeitos de furca de grau II. Dez pa-
cientes foram tratados em um desenho de boca 
dividida: de um lado, um molar foi tratado com 
um retalho posicionado coronalmente associado 
ao uso de CTLPs de terceiros molares, enquanto 
do outro lado foi tratado com um retalho posicio-
nado coronalmente sozinho. Remanescentes de 
LPD fixados ao cemento e cemento celular foram 
coletados por escamação da superfície dos ter-
ceiros molares, extraídos com curetas e enxer-
tados diretamente no defeito de furca. Após seis 
meses, uma reentrada foi realizada em ambos os 
lados para avaliar o preenchimento do defeito. 
Em um paciente selecionado aleatoriamente, 
as biopsias gengivais foram feitas nos locais de 
teste e controle. Os resultados após seis meses 
demonstraram melhora em termos de preenchi-
mento de defeito horizontal e vertical, profundi-
dade de bolsa e NAC em ambos os grupos, com 
resultados significativamente melhores na re-
dução de profundidade da bolsa periodontal para 
os locais enxertados. Nenhum efeito adverso ou 
reação de corpo estranho foram observados.
Em geral, os ECRs publicados até agora su-
gerem segurança no uso de células-tronco e re-
sultados clínicos promissores. A necessidade de 
um dente que precisa ser extraído para colher 
CTLPs ou CTPDs é uma desvantagem dessas te-
rapias celulares, sendo considerado o principal 
problema no uso de células-tronco. A coleta, o 
isolamento e a possível diferenciação de células-
-tronco são processos demorados, complexos e 
caros. Protocolos com o uso direto das células 
coletadas foram propostos e avaliados por Shai-
lini et al. (2018) e Ferrarotti et al. (2018); o pri-
meiro sugeriu enxertar diretamente os tecidos do 
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LPD no defeito, enquanto o último sugeriu o uso 
de desagregação biológica do tecido para obter 
um microenxerto. A vantagem desses protocolos 
tem sido a redução de tempo e de custos do tra-
tamento, entretanto a presença e viabilidade das 
células implantadas nos defeitos não podem ser 
comprovadas, uma vez que não são realizados 
isolamento e caracterização. Os resultados dos 
ECRs disponíveis na literatura mostraram me-
didas indiretas promissoras da eficácia do pro-
cesso de regeneração, avaliada por meio de pa-
râmetros clínicos e radiográficos. No entanto, a 
verdadeira regeneração só pode ser comprovada 
por análise histológica.
Perspectivas para células-tronco na 
regeneração periodontal
Para superar algumas limitações da te-
rapia celular atual e com base nos resultados 
promissores das pesquisas com células-tronco 
em animais e humanos, mais um passo tem sido 
proposto pelos pesquisadores: CTMs humanas 
exógenas. O uso de células-tronco foi aplicado, 
apenas, usando um dente extraído como fonte 
de CTPDs ou CTPDs. Para superar essa limitação, 
bem como a limitação do uso de células-tronco 
em idosos, cuja capacidade regenerativa é limi-
tada, o uso de células-tronco exógenas ou alo-
gênicas tem sido proposto (Ledesma-Martínez 
et al., 2019). CTMs humanas exógenas já foram 
testadas em casos da doença de Crohn luminal 
refratária biológica com formação de fístulas, 
defeitos cranianos, regeneração miocárdica e 
pacientes com fragilidade pelo envelhecimento. A 
infusão exógena de CTMs pareceu ser muito bem 
tolerada, com apenas efeitos leves e de curto 
prazo, e frequentemente sem reação adversa. 
Assim, CTMs exógenas poderão constituir no fu-
turo uma técnica viável para tratamentos perio-
dontais e regenerativos em geral. Células-tronco 
pluripotentes geradas a partir de células somá-
ticas (iPSCs) são uma possível linhagem de célu-
las-tronco para estudo, para a regeneração pe-
riodontal (Cho et al., 2019). Elas têm o potencial 
de se diferenciar em um espectro de diferentes 
células e tecidos.
Com todas essas diferentes abordagens 
terapêuticas, não deveríamos nos esquecer dos 
quatro fatores-chave necessários para atingir o 
objetivo de uma “restitutio ad integrum” do apa-
relho periodontale ter uma verdadeira regene-
ração: células, ambiente, sinais e tempo. As cé-
lulas-tronco (CTMs, CTLPs, iPSCs etc.) devem ser 
colocadas ou recrutadas em um ambiente favo-
rável e protegidas por um arcabouço, e guiadas 
em seu processo de transformação por molé-
culas sinalizadoras (fatores de homing e diferen-
ciação), por um tempo suficiente para atingir sua 
fase madura.
Um papel fundamental também é desempe-
nhado pela capacidade de adesão e longevidade 
das CTMs, sendo crítica para a sobrevivência, pro-
liferação e diferenciação. Da mesma forma, a sua 
longevidade pode influenciar nos resultados das 
terapias regenerativas. Portanto, para maximizar 
o potencial das terapias de engenharia tecidual, 
os pesquisadores têm concentrado sua atenção 
em estruturas bem projetadas e moléculas de si-
nalização precisas. Os primeiros devem favorecer 
a adesão e os últimos devem ser usados antes 
e durante o transplante celular para estimular 
a proliferação e a longevidade, a fim de superar 
possíveis taxas baixas de sobrevivência das cé-
lulas (Lee et al., 2015). Esses métodos diferentes 
podem ter que ser combinados para alcançar o 
resultado máximo na regeneração tecidual. Um 
protocolo ideal deveria se concentrar em três 
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pontos principais: 1) o uso de CTMs exógenas ou 
endógenas pré-tratadas com fatores bioativos; 
2) uma estrutura protetora que favorecesse a 
adesão e disseminação das células; e 3) do-
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células, aumentando sua longevidade e a capaci-
dade de recrutamento de células-tronco já pre-
sentes nas proximidades (Hu et al., 2018; Ozasa 
et al., 2014).
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34 | Células-tronco na Odontologia Regenerativa
CÉLULAS-TRONCO 
NA REGENERAÇÃO 
ÓSSEA
CAPÍTULO
3
André Antonio Pelegrine e 
Antonio Carlos Aloise
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Células-tronco na Odontologia Regenerativa | 35 
A perda dos elementos dentais acarreta 
inúmeras alterações em maxila e mandíbula, já 
que a falta de estímulo ao tecido ósseo, anterior-
mente proporcionada pela presença do ligamento 
periodontal, promove o início de um processo 
gradativo de reabsorção óssea. As alterações di-
mensionais do processo alveolar após exodontia 
são significantes, tanto no eixo horizontal como 
no eixo vertical (Cawood & Howell, 1988). Além 
disso, trauma local, patologias ósseas e doenças 
periodontais podem ocasionar não somente a 
perda do elemento dental, mas também do te-
cido ósseo (Barber & Botts, 1993). Estes fatos 
frequentemente alteram o perfil estético dos in-
divíduos e dificultam ou impossibilitam a insta-
lação de implantes osseointegráveis.
Com o surgimento de defeitos ósseos, o 
osso cortical possui uma propriedade de tentar 
repetir eventos embriológicos e se regenerar, vi-
sando restabelecer o contorno ósseo deficiente 
(Hollinger et al., 1999). No entanto, a extensão 
dessa regeneração é autolimitante, trazendo a 
necessidade, em grande parte das situações, 
de procedimentos de enxertia óssea. Com isso, 
a demanda para reconstruções ósseas no com-
plexo maxilomandibular é bastante elevada, 
sendo o enxerto ósseo autógeno (i.e. removido 
do próprio indivíduo) considerado o padrão-ouro 
biológico, especialmente por apresentar, além do 
arcabouço mecânico, proteínas, fatores de cres-
cimento e células ósseas viáveis (Marx, 1994). 
Devido a estes fatores, este tipo de enxerto ósseo 
é capaz de promover regeneração óssea mesmo 
em regiões que tenham escassez de células os-
teocompetentes, como em rebordos em lâmina 
de faca, por exemplo (Pelegrine et al., 2018).
Diferentemente dos enxertos ósseos autó-
genos, os biomateriais substitutos ósseos (xe-
nógenos, homógenos e aloplásticos) não apre-
sentam potencial de reconstrução de defeitos 
ósseos críticos, pois não apresentam células 
viáveis osteocompetentes, como células-tronco 
mesenquimais e osteoblastos. Portanto, apesar 
dos biomateriais substitutos ósseos serem uma 
opção em algumas situações clínicas, evitan-
do-se a indesejável morbidade pós-operatória 
relacionada à remoção dos enxertos autógenos 
(além da problemática relacionada à sua dispo-
nibilidade restrita), torna-se lícito ponderar que 
a associação de terapias celulares aos biomate-
riais poderia sobrepujar suas limitações em re-
construções ósseas tidas como críticas. Neste 
escopo, o uso da terapia celular, especialmente 
por meio de metodologias com células-tronco 
mesenquimais, vem sendo muito explorado por 
possibilitar o uso de células com potencial oste-
ogênico. As células-tronco mesenquimais pos-
suem capacidade de se diferenciar em qualquer 
linhagem de origem mesenquimatosa, portanto, 
mediante um estímulo em situações de defeitos 
ósseos, podem se diferenciar em osteoblastos e 
contribuir para o processo de regeneração óssea 
(Aloise et al., 2015).
Tanto um enxerto ósseo autógeno como um 
arcabouço carreado com células de potencial 
osteogênico (e.g. células-tronco mesenquimais) 
terão suas “células originais” por cerca de três a 
cinco dias, devido ao seu contato de superfície 
e absorção de nutrientes do local receptor 
(Davies & Hosseini, 1999). No entanto, essa 
aparente “vida curta” das “células originais” 
repercute em um boom cicatricial que pode 
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36 | Células-tronco na Odontologia Regenerativa
fazer a diferença entre se regenerar ou apenas 
reparar, especialmente em situações de defeitos 
ósseos críticos. Células-tronco mesenquimais 
comprometidas com a osteogênese dão origem 
a uma linhagem de células ósseas que se 
diferenciam em células osteoprogenitoras, pré-
osteoblastos, osteoblastos e, possivelmente, 
em osteócitos, apresentando um grande 
potencial para formação óssea (Kale et al., 
2000). Muitas células-tronco mostram também 
potencial angiogênico, pois secretam fatores de 
crescimento (e.g. VEGF) quando transplantadas, 
o que favorece a integração de enxertos ósseos 
e o processo fisiológico de formação de novas 
células a partir de células pré-existentes, 
desencadeando o boom acima referido (Kaigler 
et al., 2003; Lucarelli et al., 2004).
No entanto, em terapia celular, faz-se 
mister selecionar um adequado tecido-fonte 
para obtenção das células-tronco mesenqui-
mais, já que células-tronco provenientes de te-
cidos distintos possuem capacidades diferentes. 
Com relação à regeneração óssea, recentemente 
foi demonstrado que células-tronco mesenqui-
mais provenientes da medula óssea são mais 
adequadas do que células-tronco mesenquimais 
oriundas do tecido adiposo (Coelho de Faria et 
al., 2016). Tecidos-fonte com potencial de forne-
cimento de células-tronco mesenquimais deve-
riam, idealmente, ser de fácil obtenção in vivo e 
de fácil isolamento e expansão ex vivo (Teven et 
al., 2011). Com a finalidade de reconstrução do 
tecido ósseo, células-tronco

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