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AULA 01 Identificação Humana ATF

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IDENTIFICAÇÃO 
CIVIL E CRIMINAL
Professores: Vitor Fernandes Dias Lopes e Lucas Savieto
APRESENTAÇÃO DOS PROFESSORES
Vitor Fernandes Dias Bacharel e Mestre em Engenharia Química – UFRN
Perito Oficial Criminal – ITEP/RN 
Concurso de 2018
IC - Setor de Perícias de Biometria e Papiloscopia Aplicada – 2018/2020
IC - Núcleo de Perícias Externas – 2018/atual
Lucas Savieto Bacharel em Geologia UFRN, Especialização em Engenharia do Petróleo UFRJ
Agente Técnico Papiloscopista- ITEP RN
IC - Núcleo de Perícias Externas – 2018/2019
II- Setor de Análise e Conferência 2019/atual
SuMÁRIO-Cromograma
1. Identificação humana: evolução histórica, conceitos e definições; 
2. Papiloscopia: conceito, princípios científicos e divisão
3. Datiloscopia; 
4. Equipamentos instrumentais necessários aos trabalhos periciais; 
5. Principais técnicas de busca, revelação e de decalque de impressões digitais aplicadas em locais de crime e em laboratório; 
6. Métodos de confrontos papiloscópicos para identificação humana; 
7. Sistemas de Identificação automáticos de Impressões Digitais (AFIS);
 8. Identificação civil e criminal: finalidades, legislação, etapas e processos envolvidos; 
9. Perícia necropapiloscópica: aspectos legais, biossegurança, avaliação das condições dos corpos e condições para coleta e procedimentos de limpeza do corpo objeto da perícia; 
10. Métodos de coleta e fotos de impressões necropapilares; 
11. Técnicas de preparação e reabilitação da pele.
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Lei n°571, 31 de maio de 2016 – Estatuto do ITEP/RN
 Art. 32. Compete ao Agente Técnico Forense:
I – realizar a identificação civil e criminal de pessoas, elaborar os documentos correspondentes a cada identificação, arquivar os prontuários e os documentos que serviram a sua formação, na forma da lei e das normas jurídicas de hierarquia inferior editadas para disciplinar estas atividades;
II – executar atividades de apoio em exames periciais, por solicitação direta do Perito Médico Legista, Perito Odontolegista ou Perito Criminal, para:
III – receber, registrar, classificar, arquivar, custodiar, fotografar ou filmar corpos de delito e as peças, físicas ou eletrônicas, de interesse dos Institutos, por determinação e sob a orientação do Perito Médico Legista, Perito Odontolegista ou Perito Criminal responsável;
VI – proceder à coleta de impressões das linhas papilares das extremidades digitais das mãos, sua classificação e pesquisa, bem como ao arquivamento dos prontuários e da documentação correspondente;
IX – realizar, quando solicitada pela autoridade competente, a identificação criminal de pessoas presas ou detidas, tomando-lhes as impressões digitais em prontuário específico, na forma da legislação vigente; 
Competências do Agente Técnico Forense
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Parágrafo único. Os Agentes Técnicos Forenses que possuam habilitação técnica para o desempenho de atividades de identificação humana por meio de papilas dérmicas (impressões digitais) serão denominados Agentes Técnicos Forenses Papiloscopistas, mantidas as demais disposições desta Seção.
Competências do Agente Técnico Forense
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Identificação Humana
Conceitos, critérios e métodos
Papiloscopia
Conceito, história e definições
Datiloscopia
Coleta de Impressões Digitais
Vivos
Mortos 
Local de Crime
Comparação de Impressões Digitais
Necropapiloscopia
Importância, Técnicas 
Decreto 7166/2010
Lei 12037/2009
Decreto 9278/2018 - Regulamenta a Lei 7116/83
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Identidade: “soma de caracteres que individualizam uma pessoa, distinguindo-a das demais” (SIEGEL, KNUPPER e SUKKO, 2020)
Identificação: “emprego de meios adequados para determinar a identidade ou não identidade das pessoas” (SIEGEL, KNUPPER e SUKKO, 2020)
Fonte: Google Imagens 
Fonte: Google Imagens 
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Para o procedimento de identificação é fundamental que haja um método capaz de estabelecer uma relação unívoca entre os elementos em questão, criando um conjunto de caracteres próprios que possam diferenciar pessoas ou coisas entre si. Afinal, mais do que apenas reconhecer uma pessoa, é preciso individualizá-la, estabelecendo uma identidade (ARAÚJO; PASQUALI, 2007).
Métodos de identificação humana cofiáveis devem dispor de ao menos 04 (quatro) características indispensáveis, sendo 02 (duas) de caráter biológico, quais sejam, a unicidade e a imutabilidade; e 02 (duas) de caráter técnico, tais como, a classificabilidade e a praticabiliadade. 
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Unicidade ou individualidade (também chamado de exclusividade):
O processo de identificação deve ser capaz de individualizar a pessoa, sendo assim, não é aconselhável, nem produtivo, por exemplo, que se use como método de identificação a cor dos cabelos ou olhos de um indivíduo, pois inúmeras outras pessoas terão aquela mesma cor. Respeitam o requisito da unicidade: coleta de impressões digitais (datiloscopia) e o exame de DNA - este último, apesar de muito preciso e fidedigno, pode não ser aconselhável em caso de gêmeos univitelinos, pois estes terão o mesmo DNA, distinguindo-se pelas impressões digitais.
Imutabilidade:
O processo de identificação tem que avaliar características que não se modifiquem com o tempo, sendo assim, a cor dos cabelos não é um método que respeita esse requisito, pois com o passar dos anos os cabelos ficam grisalhos e podem até cair. Outro exemplo de método que não respeita o requisito da imutabilidade é a fotografia simples, uma vez que os rostos dos indivíduos sofrem alterações com o passar da idade.
 Perenidade:
O processo de identificação não pode se valer de um método onde a característica analisada desaparece com o tempo, exemplo disso é o raio-X da arcada dentária de uma criança, exemplo de um método não eficiente quanto a este requisito, pois com a avançar da idade os dentes de leite serão substituídos, fazendo com que a arcada dentária se altere. 
Classificabilidade:
A característica deve ser de fácil e rápida comparação em um banco de dados, fácil classificação.
Praticabilidade 
um processo que não seja complexo, tanto na obtenção como no registro dos caracteres.
Sistemas de Identificação
A identificação de seres humanos nem sempre foi precisa, sendo necessários séculos de desenvolvimento para atingir a maturação necessária para uma correta e eficaz aplicação. Inicialmente, a necessidade de identificação objetivou a individualização de pessoas na esfera civil, posteriormente houve a preocupação em se fazer a identificação criminal de indivíduos transgressores da lei. 
Sistemas de identificação mais comuns:
Nome - Um dos primeiros critérios identificadores catalogados foi o nome. Preceitua o art. 16 do Código Civil de 2002 que “toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e sobrenome” 
Mutilação - Segundo Jobim et al. (2012), no Código de Hamurabi (aproximadamente 1700 a.C.), havia a previsão de identificação de criminosos, e para tanto, a amputação das orelhas; a extirpação das mãos para casos de furto e roubos; e a extirpação da língua para os caluniadores confessos 
 
Sistemas de Identificação
Tatuagem - Conhecido por Sistema Cromodérmico, proposto inicialmente pelo filósofo inglês Jeremy Bentham, o qual propunha a inscrição de letras no antebraço para a identificação civil, e, a gravação de números para a distinção de criminosos (ARAÚJO; PASQUALI, 2007) 
Sistemas de Identificação
Papiloscopia -É a ciência de identificação humana através das papilas dérmicas presentes nos dedos, palmas das mão ou na sola dos pés, e possui as subdivisões quiroscopia, podoscopia, poroscopia e datiloscopia.
Quiroscopia é o processo de identificação humana por meio das impressões da palma da mão, classificada em três regiões: tênar, hipotênar e superior.
 Podoscopia é o processo de identificação humana através das impressões da sola dos pés. Esse tipo é mais utilizado em maternidades, na identificação dos recém-nascidos.
Poroscopia é o tipo de identificação que utiliza os poros digitais.
Datiloscopiaé a identificação pelas impressões digitais, feitas pelas cristas papilares dos dígitos(dedos).
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Para identificar é necessário comparar
Padrão 
Coletado em ambiente controlado
Mecanismo para evitar fraudes e diminuir erros humanos
Órgão público, médico, justiça
Questionado
Objeto da perícia, investigação 
Aquele que se deseja obter a identidade
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Fonte: Certfy ID
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Métodos de Identificação Atuais (Interpol)
Primários: métodos confiáveis para confirmar uma identificação
Secundários: métodos que podem auxiliar na identificação, mas não possuem a mesma confiabilidade dos primários
Norteiam o uso dos métodos primários
Em caso de não haver a possibilidade de se utilizar método primário, métodos secundários podem ser utilizados em combinação para identificar
Métodos de Identificação
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Métodos Secundários
Histórico Médicos 
Doenças congênitas
Remoção de órgãos
Cicatrizes
Cirurgias
Corpos estranhos inseridos (próteses, marca-passo, etc.)
Tatuagens
Piercings 
Vestes e acessórios 
Aparência física
Escrita – Grafotécnica 
A perícia deve materializar todos estes e outros possíveis meios de identificação
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Métodos Secundários
Bertillonagem 
Alphonse Bertillon, 1888
Um dos primeiros métodos de identificação humana
Identificação através das dimensões antropométricas
Foi um dos principais métodos de identificação humana na época, devido a falta de outros métodos mais robustos 
Fonte: Google Imagens 
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Fonte: Google Imagens 
Fonte: Google Imagens 
Fonte: Google Imagens 
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Métodos Secundários
Reconstrução facial
Visa dar um norte à identificação, trazendo suspeitos para comparação 
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Métodos Primários
Critérios 
Unicidade
Perenidade
Imutabilidade
Classificabilidade
Praticidade
Meios 
Arcada Dentária
DNA
Papilas dérmicas 
Fonte: Google Imagens 
Fonte: Google Imagens 
Fonte: Google Imagens 
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Métodos Primários
 Arcada Dentária
Odontologia Forense
Comparar a configuração da arcada dentária 
Única para cada pessoa 
Necessário prontuários odontológicos
Dificuldades
Histórico odontológico é difícil de encontrar
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Fonte: Google Imagens
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Métodos Primários
 DNA
Técnica relativamente recente: 1985 – descoberta do perfil genético através da molécula de DNA
Unicidade
Gêmeos univitelinos apresentam o mesmo perfil genético
Método estatístico
Grande gama de matrizes
Sangue
Saliva
Sêmen
Cabelo
Permite confronto entre parentes
Problemas
Método de alto custo
Dificuldade em se criar banco de dados 
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Métodos Primários
 DNA
Brasil: 125.206 perfis genéticos
Reino Unido: 6,6 milhões de perfis genéticos 
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Métodos Primários
 Papilas dérmicas
Únicas
Até em gêmeos univitelinos
Não mudam e são constantes durante toda a vida
Método simples e barato 
Fácil construção de banco de dados 
Principal método de Identificação civil
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Métodos Primários
 Ordem preferencial
Papilas dérmicas
DNA
Arcada Dentária 
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
AFIS- AUTOMATED FINGERPRINT IDENTIFICATION SYSTEM
Automated Fingerprint Identification System, traduzido, Sistema de Identificação Automatizada de Impressões Digitais.
O AFIS é usado para comparar uma impressão digital com impressões previamente arquivadas no banco de dados do sistema. Em países que já possuem este sistema, vários crimes do passado estão sendo solucionados com a identificação das impressões digitais arquivadas por falta de suspeitos com os quais pudessem ser confrontadas.
Para funcionar, um AFIS necessita de uma base de dados estabelecida. Esta base de dados consiste nas impressões digitais de todos os cidadãos do estado/ país. Nos bancos de dados, temos os prontuários, eles são chamados cartões ten-print (impressões dos dez dedos), por isso dizemos procura TP (uma procura pelas digitais dos 10 dedos.
Em locais de crime, trabalhamos com fragmentos, ou seja pedaços de impressões digitais
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
ABIS- AUTOMATED BIOMETRIC IDENTIFICATION SYSTEM
O Sistema automatizado de identificação biométrica (ABIS) é usado para identificação e deduplicação biométricas em grande escala.
ABIS é um tipo de sistema de pesquisa biométrica que realiza uma comparação “um para muitos” (chamado de “1 para N”) de uma amostra de “averiguação” às amostras de um banco de dados que contém muitos modelos biométricos. Esse processo é chamado de identificação biométrica. Ele permite buscar correspondência entre uma amostra ao vivo e diversos modelos biométricos existentes, no intuito de encontrar um registro de um indivíduo específico e confirmar a identidade dele.
Identificação biométrica é diferente da verificação “um para um” (um modelo biométrico, uma amostra de usuário) utilizada nos modelos de autenticação. A identificação biométrica responde à pergunta “quem é você?” A verificação biométrica responde à pergunta “você é realmente você?”
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
ABIS- AUTOMATED BIOMETRIC IDENTIFICATION SYSTEM
O Sistema automatizado de identificação biométrica (ABIS).
Vamos entender como funciona, passo a passo do cadastramento, até a verificação.
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
ABIS- AUTOMATED BIOMETRIC IDENTIFICATION SYSTEM
O Sistema automatizado de identificação biométrica (ABIS).
Vamos entender como funciona, passo a passo do cadastramento, até a verificação.

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