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Ci_ncia_Pol_tica_e_Teoria_do_Estado_-_Aula_1

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DISCIPLINA: Ciência Política e Teoria do Estado - ARA0192
CURSO: Direito
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SEMANA DE AULA 1: O ESTADO: A QUESTÃO FUNDAMENTAL PARA O PENSAMENTO POLÍTICO MODERNO
Tema: 1. Formação do Estado Nação
Objetivos:
Compreender como o Estado tornou-se a questão fundamental para o pensamento político moderno;
Analisar como o Estado foi concebido nos tratados filosóficos que fundaram o pensamento político moderno.
ATENÇÃO ALUNO: ACESSE O AMBIENTE VIRTUAL DA DISCIPLINA EM: https://estudante.estacio.br/login 
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SEMANA DE AULA 1: O ESTADO: A QUESTÃO FUNDAMENTAL PARA O PENSAMENTO POLÍTICO MODERNO
Situação-problema: O conceito Estado costuma ser utilizado para definir o organismo institucional que nasceu na Europa, na transição do século XIV para o século XV, sendo caracterizado pela centralização administrativa, burocrática e militar e pela capacidade de exercer soberania sobre um território delimitado por fronteiras. Uma concepção mais formal a respeito do que é o Estado reside em considerá-lo um conjunto organizado das instituições políticas, jurídicas, policiais, administrativas, econômicas, sob um governo autônomo e ocupando um território próprio e independente. Tal organização, entretanto, não existiu desde sempre, ao mesmo tempo em que não existe um consenso a respeito de suas origens. Os filósofos da Idade Moderna Maquiavel, Hobbes, Rousseau, Locke e Montesquieu, cada qual de uma forma específica, nos legaram a compreensão acerca do que hoje chamamos de Estado. Com base nessa problematização, responda: Como cada um dos filósofos modernos abordados no Módulo 1 do tema 1, Maquiavel, Hobbes, Rousseau, Locke e Montesquieu conceberam de forma diversa a genealogia, o papel e as funções do Estado?
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SEMANA DE AULA 1: O ESTADO: A QUESTÃO FUNDAMENTAL PARA O PENSAMENTO POLÍTICO MODERNO
O ESTADO: evolução histórica
Estado antigo, oriental ou teocrático: 
3000 a.C. e o século V d.C;
Antigas civilizações do Oriente ou do Mediterrâneo; 
Natureza unitária e religiosidade; 
Estado grego: 
Séc. VI e IV a.C;
Ideal visado: autossuficiência e autarquia
Cidade-estado = polis
Elite -> compõe a classe política 
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SEMANA DE AULA 1: O ESTADO: A QUESTÃO FUNDAMENTAL PARA O PENSAMENTO POLÍTICO MODERNO
Estado romano:
Roma: característica de cidade-Estado, desde sua fundação, em 754 a.C., até a morte de Justiniano, em 565 da era cristã; 
Base familiar da organização;
Cristianismo;
Estado medieval: 
Período difícil, instável e heterogêneo;
Cristianismo, as invasões dos bárbaros e o feudalismo; 
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Estado Moderno:
Unidade territorial dotada de um poder soberano;
Elementos: soberania e territorialidade;
Vínculo jurídico?
Finalidade?
Fases: Estado Moderno; Estado Liberal; Crise no Estado Liberal; Estado Democrático Liberal.
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Características fundantes da República e da Monarquia
Monarquia:
Características basilares:
a) Hereditariedade 
b) Vitaliciedade 
c) Não representatividade popular
d) A irresponsabilidade
Maquiavel: “Todos os Estados, todos os domínios que têm havido e que há sobre os homens, foram e são repúblicas ou principados.”
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República:
O conceito de República: res (coisa) pública (de todos) está relacionado com o acesso ao poder, que é realizado por meio de sufrágio (voto) censitário (república aristocrática) ou universal (república democrática), enquanto a permanência é limitada temporalmente por meio de mandato fixo, durante o qual, via de regra, há uma responsabilização do governante.
Na República Presidencialista, o Presidente é Chefe de Estado e de Governo.
Na República Parlamentarista, o Presidente é Chefe de Estado e o Chefe de Governo é o Primeiro-Ministro liderando o Gabinete. Exemplo: França, Itália.
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Características definidoras da República:
a) Temporalidade 
b) Eletividade
c) Responsabilidade
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O ESTADO: TEORIAS DE SURGIMENTO
TEORIA NATURALISTA DO ESTADO:
O ser humano seria naturalmente gregário, e sua associação com os outros seres humanos, de maneira organizada ou não, é que estaria na origem da ideia contemporânea de Estado;
A cidade (polis) é o fim (telos) e a causa final da associação humana, segundo afirmou Aristóteles em uma de suas obras políticas mais relevantes (Ética a Nicômaco).
O precursor e, certamente, o mais importante nome dentre os que defendem a teoria naturalista é Aristóteles.
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SEMANA DE AULA 1: O ESTADO: A QUESTÃO FUNDAMENTAL PARA O PENSAMENTO POLÍTICO MODERNO
Vida reclusa e sem contato com outros homens: a) ou por aquele caracterizado pela vileza, pela barbárie e ignorância total diante dos fatos da vida; b) ou por aquele caracterizado pela pureza do ser, pelo desapego incondicional, em um estado de quase santidade ou divindade. (Aristóteles).
Dalmo de Abreu Dallari: a teoria naturalista seria aquela que não somente possui, na atualidade, o maior número de adeptos, mas também aquela que exerce maior influência na vida concreta do Estado.
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O fato é que, independentemente do pensador, em linhas gerais, os argumentos elaborados nesta linha de análise convergem para uma única conclusão: a sociedade é um fato natural.
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TEORIA CONTRATUALISTA DO ESTADO:
Ideia central: O Estado é fruto de um contrato (ou pacto) entre os seres humanos;
Pacto x convenção x contrato
Contratualismo possa ser considerado um tipo de teorização bastante cara não somente ao campo da chamada Ciência política, mas também à Filosofia e ao Direito;
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HOBBES:
Segundo Hobbes, o homem é movido por inclinações inatas (conatus), sendo que: a) se por um lado, o orgulho e a vaidade o levam a que deseje ardentemente a glória; b) por outro lado, é ele assediado de forma igualmente apaixonada pelo desejo de se conservar vivo, o que o leva a temer de forma profunda a morte. São duas paixões que convivem simultaneamente.
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O estado de natureza em Hobbes:
“Estado de natureza”: Trata-se de uma situação hipotética, imaginada por certos filósofos, na qual se encontrariam os homens antes de se organizarem em sociedade; 
No estado de natureza em Hobbes, ausentando-se normas e leis, o direito natural seria o direito de todos os homens sobre todas as coisas e também sobre todos;
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O contrato hobbesiano: 
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A finalidade do Estado em Hobbes:
Representar os cidadãos;
Assegurar a ordem;
Ser a única fonte da lei.
A possibilidade de queda do soberano e o surgimento de um novo Contrato
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LOCKE E A FUNDAMENTAÇÃO DO ESTADO LIBERAL:
Também em Locke, a teoria contratualista pressupõe a existência de um estado natural, contudo sua existência, diferentemente de Hobbes, parece ser uma realidade e não uma ficção. podemos afirmar que em Locke o estado de natureza não é um estado de luta, mas um estado de cooperação fundado sob o signo da racionalidade humana.
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As condições da coexistência harmoniosa dos indivíduos iguais e livres acabam porser, em Locke: a) uma lei positiva, clara para todos; b) um juiz reconhecido como tal por todos, imparcial e competente; c) um poder para fazer respeitar a lei. 
A passagem para o estado civil, então, opera-se pela convenção voluntária de um contrato que, ao contrário daquele previsto em Hobbes, parece manter um vínculo de continuidade com o estado natural.
O direito de resistência
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 ROUSSEAU E A FUNDAMENTAÇÃO DO ESTADO DEMOCRÁTICO PLEBISCITÁRIO:
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SEMANA DE AULA 1: O ESTADO: A QUESTÃO FUNDAMENTAL PARA O PENSAMENTO POLÍTICO MODERNO
O estado de natureza em Rousseau:
Para Rousseau, o estado de natureza é o reino da liberdade, da espontaneidade, da moralidade (natural) e também da felicidade do homem.
O homem em sociedade: a corrupção do estado natural:
A formação de grupos sociais acaba por corromper o homem;
Rousseau distingue uma dupla desigualdade: a) a natural ou física; b) a desigualdade moral ou política, que é de instituição humana. 
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O contrato social e o governo do povo soberano pelas leis:
Rousseau, em sua obra maior, “O Contrato Social”, procura demarcar as linhas gerais de “uma forma de associação que defenda e proteja com toda a força a pessoa e os bens de qualquer associado, e pela qual qualquer um, unindo-se a todos, não obedeça outro que não a si mesmo, permanecendo tão livre como antes.”
Contrato social: é ato convencional, absolutamente pioneiro e inaugural, que tem por pressuposto estabelecer uma comunidade política fundamentada na soberania do povo, única fonte legítima do poder.
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Vontade geral: a vontade do corpo social unido por um interesse comum. 
Cada membro do povo é concomitantemente cidadão, na medida em que participa da autoridade soberana; e súdito, tendo em vista estar submetido às regras que ele próprio produziu na condição de cidadão soberano.
Para Rousseau, este é o sentido da autonomia (uma autonomia pública): cada um obedece apenas a si próprio ao obedecer a todos.
A manifestação do povo somente pode ser considerada vontade geral quando, ao mesmo tempo, é expressão da maioria (a), em tema cuja discussão na arena pública envolva temática do interesse da cidadania (b).
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Ciência Política e Teoria do Estado
Orientações para programação depois da aula:
Leitura específica:
Leia o Capítulo 4: Os Contratualistas. RAMOS, Flamarion Caldeira; MELO, Rúrion; FRATESCHI, Yara. Manual de filosofia política : para os cursos de teoria do Estado e ciência política, filosofia e ciências sociais. 3ª ed. São Paulo: Saraiva Jur, 2018. 
Navegue no Conteúdo Digital de Ciência Política e Teoria do Estado. Tema 1: A Formação do Estado-nação: Módulo 1: Como o Estado tornou-se a questão fundamental para os tratados filosóficos que fundaram o pensamento político moderno.
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Ciência Política e Teoria do Estado
Orientações para programação depois da aula:
Assista aos vídeos:
O que é o Estado? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=P_X1zNTTGww 
Aristóteles - Estado e Política. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7EasFj9Xjug&t=129s 
SHAPIRO, Ian. Natural Law Roots of the Social Contract Tradition, disponível em https://youtu.be/fS16-tI5Zxk?list=PL2FD48CE33DFBEA7E. Trata-se de um curso sobre as teorias políticas com legendas em português.
Atividade Autônoma Aura - AAA: verificar no ambiente virtual.
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