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Linfonodos e Principais Linfocentros

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LINFONODOS E PRINCIPAIS LINFOCENTROS
29/09/2019
Linfonodos
	Linfonodos são firmes, possuem uma superfície lisa, de formato geralmente ovoide ou de feijão, com uma superfície convexa extensa e uma área côncava menos, o hilo.
	Internamente, o linfonodo se divide em um córtex e uma medula. O córtex contém os centros germinativos onde os linfócitos são produzidos continuamente. A medula consiste em cordões de linfócitos em anastomose. Cada linfonodo é envolvido por uma cápsula de tecido mole, da qual septos e trabéculas se projetam para o órgão, formando uma arquitetura interna. Os vasos linfáticos aferentes se abrem no seio subcapsular ou marginal.
	Ramos do seio subcapsular formam um seio medular, próximo ao hilo, de onde emergem os vasos linfáticos eferentes. No suíno, essa organização apresenta uma ordem invertida: os vasos aferentes penetram o linfonodo na altura do hilo, e os vasos eferentes deixam o linfonodo pelo seio subcapsular. Os linfonodos são bastante vascularizados por vasos sanguíneos que penetram o órgão na altura do hilo.
	Cada linfonodo é responsável pela drenagem de uma região determinada, sua zona de tributação. Grupos de linfonodos vizinhos compõem linfocentros. Há diferenças entre as espécies quanto aos linfocentros: nos carnívoros e nos ruminantes há uma quantidade menor de linfocentros, mas os linfonodos são individualmente maiores, enquanto no suíno e no equino, há uma grande quantidade de linfonodos relativamente pequenos.
	Toda a linfa, com possíveis exceções, passa pelo menos por um linfonodo em seu trajeto dos tecidos para a circulação sanguínea. Nos linfonodos, a maioria da matéria particulada, incluindo microrganismos e células tumorais, é removida e destruída. Desse modo, o linfonodo se torna uma barreira para a disseminação de infecções e tumores. O edema de um linfonodo costuma indicar a presença de um processo de doença em sua zona de tributação.
	Conhecer a localização, a acessibilidade e a zona de tributação dos linfocentros é essencial para todos os veterinários, especialmente cirurgiões, patologistas e fiscais sanitários de carne de abate. Conhecimento sobre a localização e as dimensões de linfonodos palpáveis também é relevante para o exame clínico.
Linfonodos da cabeça
	Os linfonodos da cabeça se agrupam nos seguintes linfocentros: linfocentro parotídeo; linfocentro mandibular e linfocentro retrofaríngeo.
Linfocentro parotídeo
	O linfocentro parotídeo compõe-se de um ou mais linfonodos parotídeos na base da orelha próximos da articulação temporomandibular e cobertos pela glândula parótida ou pelo músculo masseter. Os linfáticos aferentes drenam a metade dorsal da cabeça, a órbita e a musculatura da mastigação.
Linfocentro mandibular
	O linfocentro mandibular compreende uma série de linfonodos situados entre as hemimandíbulas, próximos da glândula salivar sublingual monostomática e da glândula salivar mandibular. Esses linfonodos podem ser facilmente identificados por palpação. 
	Os linfáticos aferentes do linfocentro mandibular drenam a cavidade oral, incluindo a língua e os dentes, as glândulas salivares, o espaço intermandibular e a musculatura da mastigação.
Linfocentro retrofaríngeo
	O linfocentro retrofaríngeo se divide em um grupo medial e outro lateral. Seus vasos linfáticos aferentes drenam as partes profundas da cabeça, incluindo a faringe, a laringe, a parte cranial da traqueia e do esôfago.
	No equino, o linfonodo retrofaríngeo lateral drena a partir do divertículo da tuba auditiva (bolsa gutural). Toda a linfa da cabeça passa através dos linfonodos retrofaríngeos mediais antes de desembocarem para o tronco traqueal (jugular).
Linfonodos do pescoço
	Os linfonodos do pescoço se organizam em dois grupos: linfocentro cervical superficial e linfocentro cervical profundo.
Linfocentro cervical superficial
	O linfocentro cervical superficial se situa cranial à articulação do ombro, coberto pelos músculos braquicefálico e omotransverso. Entre os linfonodos do linfocentro cervical superficial estão os linfonodos cervicais superficiais dorsal, médio e ventral, com variações entre as espécies.
	Esses linfonodos possuem uma zona tributária relativamente extensa, que inclui a pele e as estruturas subjacentes da região cervical, do tórax e da parte proximal do membro torácico. Os vasos linfáticos eferentes desses linfonodos passam para os linfonodos cervicais profundos caudais.
Linfocentro cervical profundo
	O linfocentro cervical profundo compreende vários grupos de linfonodos localizados na extensão da traqueia e os linfonodos cervicais profundos craniais, médios e caudais. Há uma grande variação na distribuição desses linfonodos, e o linfonodo médio pode inexistir em algumas espécies. A zona de tributação desse linfocentro inclui as estruturas profundas da região cervical, além do esôfago, da traqueia, do timo e da glândula tireóide.
	Os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos cervicais profundos se unem ao ducto linfático, o qual passa caudalmente na extensão da traqueia, em trajetória paralela à artéria carótida, até abrir-se na veia cava cranial ou, conforme o observado em alguns casos, no ducto linfático esquerdo para o ducto torácico.
Linfonodos do membro torácico
	A linfa das partes superficial e proximal do membro torácico drena para o linfocentro cervical superficial; a linfa do restante do membro drena para o linfocentro axilar.
Linfocentro axilar
	O linfocentro axilar situa-se na axila, medial à articulação do ombro, onde a artéria axilar se bifurca para formar as artérias subescapular e braquial. Além do linfonodo axilar próprio, pode haver um linfonodo axilar acessório na direção caudal, e um linfonodo da primeira costela na direção cranial. No equino e no ovino, um grupo mais distal pode ser localizado na face medial da articulação do ombro.
	O centro axilar drena as estruturas mais profundas do membro inteiro e as estruturas superficiais da porção distal do membro. Sua zona de tributação também se prolonga na face lateroventral do tórax, incluindo as glândulas mamárias localizadas nessa região, o que deve ser levado em consideração quando tumores mamários forem removidos cirurgicamente. 
	Os vasos linfáticos eferentes do linfocentro axilar se abrem na parte terminal do ducto linfático ou diretamente nas veias na abertura torácica.
Linfonodos do tórax
	As paredes torácicas são drenadas pelo linfocentro torácico dorsal e pelo linfocentro torácico ventral. 
	Os órgãos no interior da cavidade torácica são drenados por: linfocentro mediastinal; linfocentro bronquial; linfocentro torácico dorsal; e linfocentro torácico ventral.
Linfocentro torácico dorsal
	O linfocentro torácico dorsal compreende dois grupos de linfonodos, os linfonodos intercostais e os linfonodos aorticotorácicos. Como seus nomes indicam, os linfonodos se situam na parte superior de alguns espaços intercostais, e os linfonodos aorticotorácicos se espalham na extensão da aorta. Sua quantidade é inconstante de uma espécie para outra.
	Ruminantes costumam apresentar linfonodos hemais nessa região. Linfonodos hemais possuem uma arquitetura semelhante à dos linfonodos, sendo que a diferença é que seus seios não contêm linfa, e sim sangue, e estão conectados a vasos sanguíneos ao invés de vasos linfáticos.
	O linfocentro torácico dorsal drena o teto do tórax e envia seus vasos eferentes para o ducto torácico.
Linfocentro torácico ventral
	Os linfonodos do linfocentro torácico ventral situam-se dorsalmente ao esterno e lateralmente ao músculo transverso do tórax. Eles se agrupam em um conjunto cranial em todas as espécies domésticas, sendo que os ruminantes e alguns gatos possuem um segundo conjunto caudal de linfonodos torácicos ventrais.
	O linfocentro torácico ventral drena a parte ventral da parede torácica e envia seus vasos linfáticos eferentes diretamente para o ducto torácico, ou então para os linfonodos mediastinais.
Linfocentro mediastinal
	O linfocentro mediastinal compreende os linfonodos mediastinais cranial, médio e caudal, os quais se posicionamnas partes de mesmo nome do mediastino. O conjunto caudal inexiste no cão e no gato. Em ruminantes, os linfonodos mediastinais caudais formam uma massa relativamente grande na face dorsal do esôfago.
	O aumento desses linfonodos pode causar obstrução do esôfago nessas espécies. A zona de tributação do linfocentro mediastinal compreende os órgãos no interior do mediastino, incluindo o coração, a traqueia, o esôfago e o timo. Ele recebe vasos linfáticos eferentes de outros linfonodos torácicos, do diafragma e dos órgãos abdominais imediatamente caudais ao diafragma.
Linfocentro bronquial
	O linfocentro bronquial compõe-se dos linfonodos traqueobronquiais situados sobre a bifurcação da traqueia. Eles estão agrupados em conjuntos direito, médio e esquerdo de linfonodos. Nos ruminantes e no suíno, os quais apresentam um brônquio traqueal, há um grupo adicional traqueobronquial cranial. Pequenos linfonodos pulmonares podem estar presentes dentro do tecido pulmonar juntamente aos brônquios principais. Esses linfonodos são importantes para a drenagem linfática dos pulmões.
	No equino, o grupo traqueobronquial esquerdo é particularmente importante devido à patogênese da paralisia do nervo laríngeo recorrente esquerdo. Supõe-se que a inflamação desses linfonodos possa se espalhar para o nervo contíguo ou que o aumento dos linfonodos possa danificar o nervo mecanicamente, e assim levar à condição clínica de hemiplegia laríngea (ronco ou chiado).
Linfonodos do abdome
	A cavidade abdominal e seus órgãos são drenados por vários grupos de linfonodos na extensão da aorta abdominal, localizados na região lombar e na origem das artérias intestinais. Linfonodos adicionais são encontrados próximos aos órgãos que drenam.
	Os três linfocentros associados à drenagem das vísceras abdominais possuem zonas tributárias que correspondem de modo geral às artérias celíaca, mesentérica cranial e mesentérica caudal. Os vasos eferentes desses centros convergem para formar a cisterna do quilo.
Linfocentro lombar
	O linfocentro lombar compõe-se dos linfonodos lombares aórticos e renais. Os linfonodos lombares aórticos posicionam-se de cada lado da aorta, entre os processos transversos das vértebras lombares. Linfonodos hemais também podem estar presentes no mesmo local em ruminantes. Os linfonodos lombares recebem vasos linfáticos aferentes do teto abdominal e dos vasos eferentes dos linfonodos situados mais caudalmente. 
	A drenagem linfática do linfocentro lombar é recebida pela cisterna do quilo. Os linfonodos renais estão associados aos vasos renais e drenam os rins.
Linfocentro celíaco
	O linfocentro celíaco compõe-se dos linfonodos localizados na região irrigada pela artéria celíaca, ou seja, dos linfonodos celíacos, esplênicos, gástricos e pancreaticoduodenais. Em ruminantes, os linfonodos gástricos subdividem-se em ruminais, reticulares, omasais e abomasais.
	Sua zona tributária é indicada por sua nomenclatura. Os vasos eferentes formam o tronco linfático celíaco, uma das raízes da cisterna do quilo.
Linfocentro mesentérico cranial
	O linfocentro mesentérico cranial é composto pelos linfonodos mesentérico cranial, jejunal, cecal e cólico. Eles apresentam variações consideráveis entre as espécies quanto a quantidade, forma e posição. Esses linfonodos drenam o intestino delgado e o intestino grosso, prolongando-se distalmente até o colo transverso.
	Seus vasos eferentes convergem para formar o tronco mesentérico cranial, o qual se une com o tronco mesentérico caudal no tronco intestinal antes de se unir à cisterna do quilo.
Linfocentro mesentérico caudal
	O linfocentro mesentérico caudal compõe-se dos linfonodos mesentéricos caudais, os quais recebem a linfa do colo descendente do intestino. Seus vasos eferentes formam o tronco mesentérico caudal, o qual se abre para a cisterna do quilo.
Linfonodos da cavidade pélvica e do membro pélvico
	As zonas tributárias dos linfonodos da pelve costumam coincidir com os associados à parede abdominal. A importância clínica dessa ocorrência se traduz na remoção de tumores das glândulas mamárias em cães.
Linfocentro iliossacral
	O linfocentro iliossacral compreende os linfonodos: ilíacos mediais; ilíacos laterais; ilíacos internos; sacrais; e anorretais.
	Os linfonodos ilíacos mediais são o grupo principal do linfocentro iliossacral e posicionam-se na ramificação final da aorta. Esses linfonodos são os centros de filtração secundários através dos quais flui a linfa eferente dos outros linfonodos das vísceras pélvicas e dos membros pélvicos.
	Essa ocorrência possui relevância clínica particularmente na ocorrência de tumores nessa região como, por exemplo, câncer dos testículos, já que as células cancerosas são transportadas diretamente para os linfonodos ilíacos mediais sem passarem por outro linfonodo. Os linfonodos ilíacos mediais dão origem aos troncos lombares, os quais se abrem na cisterna do quilo.
	Os linfonodos ilíacos laterais inexistem no cão e no gato e não estão presentes de forma consistente nos outros mamíferos domésticos. Quando eles se encontram em um animal, posicionam-se na bifurcação da artéria circunflexa ilíaca.
	Outros linfonodos pertencentes ao centro iliossacral situam-se no sentido ventral ao sacro (linfonodos sacrais), laterais ao reto (linfonodos anorretais) e na artéria ilíaca interna (linfonodos ilíacos internos). Esses diversos linfonodos drenam as estruturas adjacentes.
Linfocentro iliofemoral
	O linfocentro iliofemoral compreende linfonodos localizados na extensão da artéria ilíaca externa ou sua continuação femoral (no gato e no equino). Sua zona de tributação inclui a parede corporal contígua e a coxa. 
	Ele também recebe vasos linfáticos eferentes dos linfonodos inguinais superficiais no gato e dos linfonodos poplíteos no equino. Seus vasos eferentes drenam para os linfonodos ilíacos mediais.
Linfocentro inguinofemoral
	O linfocentro inguinofemoral compreende os seguintes linfonodos: inguinais superficiais; subilíaco; coxal; da fossa paralombar; e epigástricos.
	O linfocentro inguinofemoral drena o flanco, a parte caudoventral da parede abdominal, o escroto e as glândulas mamárias. Por este motivo, os linfonodos inguinais superficiais devem ser examinados, e sua remoção pode se tornar necessária quando os tumores mamários são extirpados. Os vasos eferentes desses linfonodos desembocam nos linfonodos ilíacos mediais.
Linfocentro isquiático
	O linfocentro isquiático compõe-se do linfonodo isquiático, o qual se situa na face lateral do ligamento sacroisquiático próximo à tuberosidade isquiática. Ele recebe a linfa da parte caudal da garupa e femoral e, no gato, dos vasos eferentes do linfonodo poplíteo. Seus vasos eferentes desembocam no linfonodo iliossacral. Esse linfonodo não está presente no cão.
Linfocentro poplíteo
	O linfocentro poplíteo é o centro mais distal do membro pélvico e compreende linfonodos poplíteos superficiais e profundos, os quais se posicionam na fossa poplítea caudal ao joelho. No cão e no gato, os linfonodos poplíteos superficiais são facilmente palpáveis pela pele. 
	O linfocentro poplíteo drena a parte distal do membro e direciona seu fluxo eferente para o centro ilíaco medial, exceto no equino, no qual ele passa para os linfonodos inguinais profundos.

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